O documento analisa a vida média da literatura de antropologia social em duas revistas, encontrando uma vida média de 11 anos para a revista Mana e 8 anos para o The Journal of the Royal Anthropological Institute, indicando que pesquisadores usam literatura mais recente nessa segunda revista. Ele introduz conceitos como vida média, obsolescência e análise de citações, e apresenta gráficos mostrando o declínio de citações ao longo dos anos.

1. A OBSOLESCÊNCIA DA LITERATURA DE ANTROPOLOGIA
SOCIAL: análise bibliométrica da vida-média
Lourdes Cristina Araujo Coimbra
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Doutora em Ciências da Educação
Maria José Veloso da Costa Santos
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Doutora em História das Ciências e das Técnicas
Rio de Janeiro, 2018

2. -Conceito de Vida Média na área de Ciência da
Informação
-introduzido na década de 60
-adotado pelo Institute for Scientific Information
(ISI)
-base Scielo – distribuição cronológica de citações
de revistas citantes
Metrias na comunicação científica

3. VIDA-MÉDIA E OBSOLESCÊNCIA
O termo foi transposto da Física para a área da CI por Burton
(Físico) e Kebler (Bibliotecário) em 1960 para expressar o
período em que a pesquisa alcança a metade de sua vida útil.
A literatura torna-se obsoleta antes mesmo de desintegrar-se
(usando seu significado original proveniente da Física).

4. VIDA-MÉDIA E OBSOLESCÊNCIA
• A Vida-Média e a Obsolescência da Literatura é um estudo
considerado, pelos especialistas, como importante
instrumento que utiliza a técnica bibliométrica de análise de
citações.
➢Essa técnica investiga o tempo em que a literatura em uma
determinada área do conhecimento torna-se pouco utilizada,
ou seja, investiga o declínio do uso de uma determinada
literatura.

5. ANÁLISE DE CITAÇÕES
Tornou-se ferramenta importante para compreensão
das atividades científicas e dos processos de
comunicação, uma vez que permite identificar modelos
de comportamento de pesquisadores e uso da
informação.

6. OBSOLESCÊNCIA
O termo aparece pela primeira vez no trabalho dos autores Gross
& Gross em 1927, quando os autores analisaram o volume de 1926
do Chemical literature, e observaram que o número de referências
caia pela metade depois de 15 anos.
➢Obsolescência – pensamento de Gross & Gross (1927),
concordando com autores que afirmam: “só os leitores tem o
poder da obsolescência da literatura, só eles podem manter vivo
um artigo através de suas citações, leituras ou torná-lo obsoleto”
porque sem uso essa literatura envelhece nas estantes sem nunca
terem sido utilizadas.

7. RESULTADO
Gráfico 1 – Citações e Vida-média em anos, Mana, 2015

8. RESULTADO
Gráfico 2 – Citações e Vida-média em anos, The Journal of the Royal Anthropological, 2015

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerou-se que os objetivos da presente pesquisa foram
alcançados e os resultados encontrados surpreenderam, na
medida em que o cálculo da Vida-Média da literatura de
Antropologia Social encontrado para a revista Mana foi de
11 anos e no The Journal of the Royal Anthropological
Institute foi de 8 anos, ou seja, nesse periódico os
pesquisadores utilizaram uma literatura mais recente.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise de citações da literatura de Antropologia Social
foi fundamental para melhorar a compreensão desse
campo do conhecimento, e também, mostrou que os
antropólogos brasileiros estão na vanguarda da área,
quando foram encontradas citações a seus trabalhos no
periódico The Journal of the Royal Anthropological
Institute, vez que esse periódico é considerado referência
na área.

11. REFERÊNCIAS
. Acesso em: 06 maio 2009.
http://www.sbu.unicamp.br/snbu2008/anais/site/pdfs/3081.pdf>.
LINE, Maurice Bernard; SANDISON, A. Progress in documentation. Journal of Documentation, v.30, n.3,
p.283-350, 1974.
MEADOWS, A.J. A comunicação científica. Brasília, DF.: Briquet de Lemos, 1999.
NALIMOV, V.V.; MULCHENKO, Z.M. Naukometriya, Nauchenie Razvitiya kak Informatzionnogo Protzessa.
[Moscow]: Nauka, 1969. (Tradução da língua inglesa: 1971).
SANTOS, M. J. Adolpho Lutz e a Medicina Tropical no Brasil: análise bibliométrica de cartas como gênero
do discurso científico. 150f. 2016. Rio de Janeiro, 2016. (Tese Doutorado) - Programa de História das
Ciências e das Técnicas e Epistemologia, UFRJ.
TAGUE-SUTCLIFFE, J. An introduction to informatics. Information Processing & Management, v. 28, n. 1,
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