O presente trabalho pretende analisar o primeiro movimento da Sonata para viola e piano de Radamés Gnattali, um personagem merecedor de maior sistematização e divulgação de sua obra em estudos que associem os processos criativos com a prática musical, contribuindo para a escuta e a apreciação. Apresenta resumidamente uma visão geral sobre o compositor e a sua obra. A análise abrangeu, de um lado, a estrutura e a forma e de outro, processos harmônicos e melódicos da sonata. A peça se mostrou coesa e equilibrada.
Este documento discute a percepção da forma musical como um processo. Apresenta diferentes teorias históricas que entendem a forma como resultado da sucessão de segmentos musicais, cada um com uma função formal específica. Também discute a teoria das funções formais de William Caplin, que considera progressões harmônicas como determinantes da forma. Por fim, exemplifica a análise de uma obra de Haydn usando esta abordagem.
Este documento discute o acorde tristão na ópera Tristão e Isolda de Richard Wagner e seu papel como símbolo da superação da teoria musical tonal. O acorde tristão contradiz alguns princípios fundamentais da teoria tonal, como a composição de notas do acorde e o posicionamento do trítono. Além disso, a ópera de Wagner utiliza uma textura mais polifônica do que homofônica, característica do tonalismo. O acorde tristão cria uma tensão jamais
O documento descreve as sonatas barrocas e clássicas. As sonatas barrocas eram compostas principalmente para dois violinos e baixo contínuo, enquanto as sonatas de Domenico Scarlatti eram peças de um só movimento para cravo. As sonatas clássicas seguiam a forma sonata com três seções - exposição, desenvolvimento e recapitulação - e os compositores desenvolveram melodias curtas e contrastantes.
Este documento apresenta uma entrevista com o compositor e educador Paulo Costa Lima sobre a pedagogia da teoria e análise musical. Paulo Lima argumenta que a análise musical pode ser vista como um "feito composicional" ou uma forma de "escrever música", e que isso pode ajudar a construir pontes entre a didática da composição e da análise musical. Ele também discute como a experiência musical, teoria, análise e composição estão interligadas e não devem ser vistas como compartimentos isolados.
Principios Semiologicos Para CompreensãO Da ObraHOME
Este documento discute os princípios semiológicos para compreender a obra musical como um objeto de compreensão e interpretação. Ele explora diferentes formas simbólicas na música, incluindo símbolos endógenos e exógenos. Os símbolos exógenos incluem símbolos orgânicos que representam emoções e movimentos através da imitação de qualidades como ritmo e dinâmica.
Os modos antigos são escalas musicais usadas na música medieval europeia. O documento descreve os sete modos autênticos e seus correspondentes modos plagais, explica conceitos como final, âmbito e tenor, e resume as principais formas polifônicas desenvolvidas a partir do organum primitivo como a vox principalis/vox organalis, o fabordão, o organum livre e o organum com clausula.
O documento discute a escala dominante diminuta e sua aplicação na análise de obras de Mozart e Chopin. A escala é percebida em fragmentos musicais dos compositores e fornece uma explicação harmônica concisa para progressões consideradas instáveis. Além disso, defende que a análise musical deve considerar aspectos materiais da execução e que escalas da teoria popular carregam cultura de combinações de notas.
O documento descreve a música orquestral dos séculos XVII e XVIII. No século XVII, distinguiu-se entre música de câmara e orquestral. No século XVIII, a música foi influenciada pelas ideias iluministas de naturalidade, simplicidade e capacidade de cativar qualquer ouvinte. A melodia passou a ser mais periódica e a harmonia baseada na tríade. Formas como a sonata e a sinfonia tornaram-se populares.
Este documento discute a percepção da forma musical como um processo. Apresenta diferentes teorias históricas que entendem a forma como resultado da sucessão de segmentos musicais, cada um com uma função formal específica. Também discute a teoria das funções formais de William Caplin, que considera progressões harmônicas como determinantes da forma. Por fim, exemplifica a análise de uma obra de Haydn usando esta abordagem.
Este documento discute o acorde tristão na ópera Tristão e Isolda de Richard Wagner e seu papel como símbolo da superação da teoria musical tonal. O acorde tristão contradiz alguns princípios fundamentais da teoria tonal, como a composição de notas do acorde e o posicionamento do trítono. Além disso, a ópera de Wagner utiliza uma textura mais polifônica do que homofônica, característica do tonalismo. O acorde tristão cria uma tensão jamais
O documento descreve as sonatas barrocas e clássicas. As sonatas barrocas eram compostas principalmente para dois violinos e baixo contínuo, enquanto as sonatas de Domenico Scarlatti eram peças de um só movimento para cravo. As sonatas clássicas seguiam a forma sonata com três seções - exposição, desenvolvimento e recapitulação - e os compositores desenvolveram melodias curtas e contrastantes.
Este documento apresenta uma entrevista com o compositor e educador Paulo Costa Lima sobre a pedagogia da teoria e análise musical. Paulo Lima argumenta que a análise musical pode ser vista como um "feito composicional" ou uma forma de "escrever música", e que isso pode ajudar a construir pontes entre a didática da composição e da análise musical. Ele também discute como a experiência musical, teoria, análise e composição estão interligadas e não devem ser vistas como compartimentos isolados.
Principios Semiologicos Para CompreensãO Da ObraHOME
Este documento discute os princípios semiológicos para compreender a obra musical como um objeto de compreensão e interpretação. Ele explora diferentes formas simbólicas na música, incluindo símbolos endógenos e exógenos. Os símbolos exógenos incluem símbolos orgânicos que representam emoções e movimentos através da imitação de qualidades como ritmo e dinâmica.
Os modos antigos são escalas musicais usadas na música medieval europeia. O documento descreve os sete modos autênticos e seus correspondentes modos plagais, explica conceitos como final, âmbito e tenor, e resume as principais formas polifônicas desenvolvidas a partir do organum primitivo como a vox principalis/vox organalis, o fabordão, o organum livre e o organum com clausula.
O documento discute a escala dominante diminuta e sua aplicação na análise de obras de Mozart e Chopin. A escala é percebida em fragmentos musicais dos compositores e fornece uma explicação harmônica concisa para progressões consideradas instáveis. Além disso, defende que a análise musical deve considerar aspectos materiais da execução e que escalas da teoria popular carregam cultura de combinações de notas.
O documento descreve a música orquestral dos séculos XVII e XVIII. No século XVII, distinguiu-se entre música de câmara e orquestral. No século XVIII, a música foi influenciada pelas ideias iluministas de naturalidade, simplicidade e capacidade de cativar qualquer ouvinte. A melodia passou a ser mais periódica e a harmonia baseada na tríade. Formas como a sonata e a sinfonia tornaram-se populares.
Este documento discute a evolução do ritmo na música, especialmente no século XX. Apresenta como o metrônomo trouxe maior precisão aos tempos musicais e como a modulação rítmica, desenvolvida por Elliot Carter, permitiu mudanças sistemáticas nos andamentos através de proporções matemáticas entre figuras rítmicas. Também descreve o método "regra de senso comum" de Artur Weisberg para facilitar a compreensão e aplicação dos modos rítmicos.
ALMEIDA PRADO: ASPECTOS CONTEXTUAIS RELEVANTES À RUPTURA E À DIRECIONALIDADE ...EDSON HANSEN SANT ' ANA
O documento discute como aspectos do contexto sociocultural influenciaram a direção estética na composição de Almeida Prado, especialmente após sua ruptura com o nacionalismo. Aponta Gilberto Mendes como figura fundamental que apresentou novas tendências musicais européias a Prado por meio de livros e discos. Também destaca que, sendo um "homem urbano" da cidade de Santos, Prado não se identificava com a estética caipira promovida por seu primeiro professor Camargo Guarnieri.
Régis duprat musicologia e interpretação - teoria e práticaGisele Laura Haddad
O documento discute a música como um ato interpretativo que nos transforma, baseado na teoria de Gadamer de uma fusão de horizontes no ato interpretativo. Aborda a história da música dos séculos XV e XVI até a atualidade, mostrando a simbiose entre teoria e prática. Defende que a interpretação requer mais do que apenas o uso de instrumentos originais, mas também compreensão de elementos como ritmo, ornamentos e paixões.
O documento discute as principais contribuições da semiótica para o estudo do sentido na música entre 1990-2010, abordando questões metodológicas e conceituais. Analisa o trabalho de semioticistas como Ruwet, Nattiez e Tarasti e como eles aplicaram métodos como análise paradigmática e modelos inspirados em Greimas para entender a significação musical. Também discute precursores como Schenker, Kurth e Meyer que anteciparam abordagens semióticas na música.
O documento discute a importância das obras de Schubert para os estudantes de música. Considerado um grande poeta lírico, Schubert compôs obras que combinam elementos clássicos e românticos. Suas composições, como a "Truta", são relevantes para o estudo da forma musical e da interação entre instrumentos como o piano e cordas.
Três pontos importantes sobre o desenvolvimento da análise musical são destacados:
1) Sua origem ligada à crítica musical para auxiliar notas de programas;
2) Posteriormente usada no ensino composicional para decompor obras;
3) Finalmente se consolidou como área autônoma de estudo da música no século XX.
Traducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwaSamuel Lima
Trabalho apresentado à disciplina de Estética e Comunicação do Curso de Comunicação Social / Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins, como requisito parcial de avaliação do 1º bimestre de 2012. Orientadora: Profª MsC. Daniela Soares.
Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque d...Lucas Miranda Nascimento
A tradução ocorreu por intertextualidade externa nos últimos versos e pela criação de signos rítmicos e textuais que denotam o poema ao longo da música.
O documento descreve o Barroco no Brasil, mencionando seu início no século XVII na Bahia e sua manifestação nas artes por meio de obras de Aleijadinho. Também define o Barroco como um estilo artístico do século XVII marcado por contrastes e harmonia intensa, e destaca Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira como principais autores barrocos no Brasil.
A música clássica abrange um período amplo da música ocidental, desde o século IX até hoje. Ela segue cânones estabelecidos ao longo da história e utiliza notação em partituras. As orquestras, compostas por diferentes instrumentos, são importantes para a execução da música clássica.
1) O documento discute contribuições dos estudos etnomusicológicos e musicais para o estudo acadêmico do jazz, cobrindo a história da etnomusicologia e perspectivas teóricas.
2) É dividido em duas partes, primeiro revisando estudos musicais e depois descrevendo características do jazz que apontam para seus aspectos normativos e convencionais.
3) A etnomusicologia forneceu novas abordagens antropológicas para o estudo da música popular e do jazz.
Este documento apresenta 14 artigos acadêmicos sobre diversos temas relacionados ao violão clássico, incluindo técnicas, métodos de ensino, análise musical e performance. Os artigos discutem tópicos como o uso de roteiros para improvisação, a aplicação pedagógica dos estudos de Leo Brouwer, a aquisição de habilidades rítmicas e mais.
O documento fornece uma breve história do conceito de harmonia na música ocidental ao longo dos séculos, desde a tradição pitagórica até o século XVIII. Também apresenta definições de harmonia ao longo do tempo e destaca o trabalho fundamental de Jean-Philippe Rameau no século XVIII para estabelecer a moderna ciência da harmonia.
Heitor vila lobos e o conceito maestro parte 3Crezeomar Alves
O documento discute o papel do maestro na execução musical. Explica que, embora os músicos devam entender a obra e a intenção do compositor, um maestro é necessário para unificar a interpretação e assegurar uma visão pessoal coerente. A batuta derivou de um rolo de partitura usado pelos compositores para marcar o ritmo.
Este documento resume a história da dança em Goiânia entre 1973 e 1988, destacando os principais grupos e estilos que se desenvolveram durante este período e suas contribuições para a cena da dança no Brasil. O texto explora como a dança foi usada como forma de expressão artística e criação durante este tempo em Goiânia.
1. O documento discute as 12 Valsas de Esquina para Piano de Francisco Mignone. 2. Analisa a vida e obra de Mignone, incluindo suas influências musicais e estilo composicional marcado pela música popular brasileira. 3. Aborda aspectos interpretativos das Valsas relacionados a reproduzir o som e timbre característicos da intenção do compositor através da técnica do intérprete.
Este documento apresenta a obra L'Oiseau Lyre do compositor português Jorge Peixinho. A obra foi composta em 1982 e é considerada uma obra-prima para guitarra. O documento descreve a vida e obra de Jorge Peixinho, analisa L'Oiseau Lyre e discute os principais intérpretes desta obra, incluindo o guitarrista Lopes e Silva, que estreou e gravou a obra.
(1) A melodia e a harmonia são partes integrantes da música e compõem o timbre. A melodia é a combinação de notas musicais sucessivas e a harmonia é a combinação de notas tocadas ao mesmo tempo.
(2) A música profana medieval incluía canções de amor e sátiras políticas, não ligadas às tradições religiosas. A música sacra tinha o canto gregoriano como forma inicial feita apenas com vozes.
(3) Os trovadores eram nobres que compunham e cantavam poesias acompan
O documento discute tratados de música da Antiguidade e resumi os pontos principais de Aristides Quintiliano e sua obra De Musica. Primeiramente, apresenta a concepção de alma como central para entendimento da música e seu efeito. Segundo, discute as críticas de autores como o Papiro de Hibeh, Filodemo e Sexto Empírico à teoria da relação entre música e características morais ou afetivas. Terceiramente, destaca a distinção entre música e poesia defendida por Filodemo.
1 - O documento apresenta quatro momentos da obra de Henri Lefebvre: o momento marxista, o momento vida cotidiana, o momento cidade e o momento do Estado, da autogestão, das representações e dos ritmos sociais.
2 - No momento marxista, Lefebvre se dedicou à tradução e divulgação dos escritos de Marx por 60 anos.
3 - No momento vida cotidiana, Lefebvre estudou as práticas sociais e o cotidiano, publicando três volumes sobre o tema entre 1947 e 1981.
1. O documento analisa a importância da música popular brasileira e de Radamés Gnattali na construção da identidade nacional durante a Era Vargas, quando o rádio foi usado para disseminar a ideologia do governo.
2. Radamés Gnattali trabalhou na Rádio Nacional e inovou os arranjos musicais, introduzindo elementos eruditos na música popular brasileira e ajudando a definir a identidade nacional.
3. Gnattali foi criticado por alguns por usar acordes não tradicionais, mas seu trabalho foi importante para popularizar a
Este documento apresenta uma dissertação sobre a independência da linha do contrabaixo orquestral em três peças de Radamés Gnattali: Suíte para Pequena Orquestra, Concerto para Harpa e Orquestra de Cordas e Canção e Dansa. O autor analisa como Gnattali concedeu tratamentos idiomáticos variáveis à linha do contrabaixo, ora tornando-a independente das demais cordas, ora integrando elementos populares em sua escrita.
Este documento discute a evolução do ritmo na música, especialmente no século XX. Apresenta como o metrônomo trouxe maior precisão aos tempos musicais e como a modulação rítmica, desenvolvida por Elliot Carter, permitiu mudanças sistemáticas nos andamentos através de proporções matemáticas entre figuras rítmicas. Também descreve o método "regra de senso comum" de Artur Weisberg para facilitar a compreensão e aplicação dos modos rítmicos.
ALMEIDA PRADO: ASPECTOS CONTEXTUAIS RELEVANTES À RUPTURA E À DIRECIONALIDADE ...EDSON HANSEN SANT ' ANA
O documento discute como aspectos do contexto sociocultural influenciaram a direção estética na composição de Almeida Prado, especialmente após sua ruptura com o nacionalismo. Aponta Gilberto Mendes como figura fundamental que apresentou novas tendências musicais européias a Prado por meio de livros e discos. Também destaca que, sendo um "homem urbano" da cidade de Santos, Prado não se identificava com a estética caipira promovida por seu primeiro professor Camargo Guarnieri.
Régis duprat musicologia e interpretação - teoria e práticaGisele Laura Haddad
O documento discute a música como um ato interpretativo que nos transforma, baseado na teoria de Gadamer de uma fusão de horizontes no ato interpretativo. Aborda a história da música dos séculos XV e XVI até a atualidade, mostrando a simbiose entre teoria e prática. Defende que a interpretação requer mais do que apenas o uso de instrumentos originais, mas também compreensão de elementos como ritmo, ornamentos e paixões.
O documento discute as principais contribuições da semiótica para o estudo do sentido na música entre 1990-2010, abordando questões metodológicas e conceituais. Analisa o trabalho de semioticistas como Ruwet, Nattiez e Tarasti e como eles aplicaram métodos como análise paradigmática e modelos inspirados em Greimas para entender a significação musical. Também discute precursores como Schenker, Kurth e Meyer que anteciparam abordagens semióticas na música.
O documento discute a importância das obras de Schubert para os estudantes de música. Considerado um grande poeta lírico, Schubert compôs obras que combinam elementos clássicos e românticos. Suas composições, como a "Truta", são relevantes para o estudo da forma musical e da interação entre instrumentos como o piano e cordas.
Três pontos importantes sobre o desenvolvimento da análise musical são destacados:
1) Sua origem ligada à crítica musical para auxiliar notas de programas;
2) Posteriormente usada no ensino composicional para decompor obras;
3) Finalmente se consolidou como área autônoma de estudo da música no século XX.
Traducao intersemiotica em grafismos e cantos htamha e steromkwaSamuel Lima
Trabalho apresentado à disciplina de Estética e Comunicação do Curso de Comunicação Social / Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins, como requisito parcial de avaliação do 1º bimestre de 2012. Orientadora: Profª MsC. Daniela Soares.
Analise Intersemiótica da letra da Música “Flor da Idade” de Chico Buarque d...Lucas Miranda Nascimento
A tradução ocorreu por intertextualidade externa nos últimos versos e pela criação de signos rítmicos e textuais que denotam o poema ao longo da música.
O documento descreve o Barroco no Brasil, mencionando seu início no século XVII na Bahia e sua manifestação nas artes por meio de obras de Aleijadinho. Também define o Barroco como um estilo artístico do século XVII marcado por contrastes e harmonia intensa, e destaca Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira como principais autores barrocos no Brasil.
A música clássica abrange um período amplo da música ocidental, desde o século IX até hoje. Ela segue cânones estabelecidos ao longo da história e utiliza notação em partituras. As orquestras, compostas por diferentes instrumentos, são importantes para a execução da música clássica.
1) O documento discute contribuições dos estudos etnomusicológicos e musicais para o estudo acadêmico do jazz, cobrindo a história da etnomusicologia e perspectivas teóricas.
2) É dividido em duas partes, primeiro revisando estudos musicais e depois descrevendo características do jazz que apontam para seus aspectos normativos e convencionais.
3) A etnomusicologia forneceu novas abordagens antropológicas para o estudo da música popular e do jazz.
Este documento apresenta 14 artigos acadêmicos sobre diversos temas relacionados ao violão clássico, incluindo técnicas, métodos de ensino, análise musical e performance. Os artigos discutem tópicos como o uso de roteiros para improvisação, a aplicação pedagógica dos estudos de Leo Brouwer, a aquisição de habilidades rítmicas e mais.
O documento fornece uma breve história do conceito de harmonia na música ocidental ao longo dos séculos, desde a tradição pitagórica até o século XVIII. Também apresenta definições de harmonia ao longo do tempo e destaca o trabalho fundamental de Jean-Philippe Rameau no século XVIII para estabelecer a moderna ciência da harmonia.
Heitor vila lobos e o conceito maestro parte 3Crezeomar Alves
O documento discute o papel do maestro na execução musical. Explica que, embora os músicos devam entender a obra e a intenção do compositor, um maestro é necessário para unificar a interpretação e assegurar uma visão pessoal coerente. A batuta derivou de um rolo de partitura usado pelos compositores para marcar o ritmo.
Este documento resume a história da dança em Goiânia entre 1973 e 1988, destacando os principais grupos e estilos que se desenvolveram durante este período e suas contribuições para a cena da dança no Brasil. O texto explora como a dança foi usada como forma de expressão artística e criação durante este tempo em Goiânia.
1. O documento discute as 12 Valsas de Esquina para Piano de Francisco Mignone. 2. Analisa a vida e obra de Mignone, incluindo suas influências musicais e estilo composicional marcado pela música popular brasileira. 3. Aborda aspectos interpretativos das Valsas relacionados a reproduzir o som e timbre característicos da intenção do compositor através da técnica do intérprete.
Este documento apresenta a obra L'Oiseau Lyre do compositor português Jorge Peixinho. A obra foi composta em 1982 e é considerada uma obra-prima para guitarra. O documento descreve a vida e obra de Jorge Peixinho, analisa L'Oiseau Lyre e discute os principais intérpretes desta obra, incluindo o guitarrista Lopes e Silva, que estreou e gravou a obra.
(1) A melodia e a harmonia são partes integrantes da música e compõem o timbre. A melodia é a combinação de notas musicais sucessivas e a harmonia é a combinação de notas tocadas ao mesmo tempo.
(2) A música profana medieval incluía canções de amor e sátiras políticas, não ligadas às tradições religiosas. A música sacra tinha o canto gregoriano como forma inicial feita apenas com vozes.
(3) Os trovadores eram nobres que compunham e cantavam poesias acompan
O documento discute tratados de música da Antiguidade e resumi os pontos principais de Aristides Quintiliano e sua obra De Musica. Primeiramente, apresenta a concepção de alma como central para entendimento da música e seu efeito. Segundo, discute as críticas de autores como o Papiro de Hibeh, Filodemo e Sexto Empírico à teoria da relação entre música e características morais ou afetivas. Terceiramente, destaca a distinção entre música e poesia defendida por Filodemo.
1 - O documento apresenta quatro momentos da obra de Henri Lefebvre: o momento marxista, o momento vida cotidiana, o momento cidade e o momento do Estado, da autogestão, das representações e dos ritmos sociais.
2 - No momento marxista, Lefebvre se dedicou à tradução e divulgação dos escritos de Marx por 60 anos.
3 - No momento vida cotidiana, Lefebvre estudou as práticas sociais e o cotidiano, publicando três volumes sobre o tema entre 1947 e 1981.
1. O documento analisa a importância da música popular brasileira e de Radamés Gnattali na construção da identidade nacional durante a Era Vargas, quando o rádio foi usado para disseminar a ideologia do governo.
2. Radamés Gnattali trabalhou na Rádio Nacional e inovou os arranjos musicais, introduzindo elementos eruditos na música popular brasileira e ajudando a definir a identidade nacional.
3. Gnattali foi criticado por alguns por usar acordes não tradicionais, mas seu trabalho foi importante para popularizar a
Este documento apresenta uma dissertação sobre a independência da linha do contrabaixo orquestral em três peças de Radamés Gnattali: Suíte para Pequena Orquestra, Concerto para Harpa e Orquestra de Cordas e Canção e Dansa. O autor analisa como Gnattali concedeu tratamentos idiomáticos variáveis à linha do contrabaixo, ora tornando-a independente das demais cordas, ora integrando elementos populares em sua escrita.
O violonista Vitor Garbelotto grava o primeiro álbum com a obra completa de Radamés Gnattali e cria o "Sarau para Radamés", um concerto que apresenta a música do compositor acompanhada de outros estilos musicais brasileiros. O show recebeu o prêmio ProAC 2010 e circulará por cidades do interior de São Paulo, permitindo que o público conheça mais sobre Gnattali e Garbelotto.
Zé Barbeiro, O Tremendão do Choro. Jornal Alagoas.barbeiroze
O documento apresenta a trajetória do músico alagoano Zé Barbeiro, considerado um dos grandes mestres do choro no Brasil. Ele cresceu em Carapicuíba, São Paulo, onde seu pai tinha uma barbearia, e se interessou pela música após ouvir sucessos da Jovem Guarda. Anos depois, ao conhecer o violonista João Macacão, descobriu seu talento para o choro, gênero que passou a se dedicar.
O documento descreve a história do choro no Brasil e em Belo Horizonte. Apresenta os principais compositores de choro da cidade e cataloga suas obras, com detalhes como data, compositor, dedicatória e gênero. O texto busca documentar a trajetória do choro em Belo Horizonte desde sua chegada do Rio de Janeiro, passando pelos programas de rádio até os dias atuais, com foco nos compositores que atuaram em grupos locais e dedicaram composições ao estilo.
1) O documento apresenta informações sobre o cavaquinho, incluindo sua origem, partes, afinação e exercícios básicos.
2) É descrito como segurar o instrumento corretamente e exercícios para desenvolver a técnica da mão esquerda e direita.
3) São explicados conceitos musicais como acordes maiores, menores e com sétima, além de apresentar sequências rítmicas e de acordes.
This document summarizes the latest issue of the TeMA newsletter. It discusses an interview with music theorist Michael Klein on intertextuality and narrativity in music analysis, highlights of an upcoming TeMA conference in João Pessoa, Brazil, and summaries of recent publications in music theory and analysis from Brazil and abroad.
A concepção intervalar na poética pós-ruptura: uma análise da Sonata n. 3 de ...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este documento discute a concepção intervalar na poética pós-ruptura de Almeida Prado, analisando especificamente a Sonata n.o 3. O autor demonstra como Prado desenvolveu um espaço "entre" sistemas musicais, chamado transtonalismo, utilizando mecanismos intervalares. A análise da Sonata mostra como esses intervalos característicos ocorrem nas fases Pós-Tonal, Síntese e Pós-Moderna de Prado.
1. O documento discute os sistemas de cifragem de acordes desde o Renascimento, incluindo a contribuição de Zarlino e o desenvolvimento do baixo contínuo.
2. Explica os sistemas de análise harmônica gradual de Weber e funcional de Riemann e a cifragem de acordes da música popular.
3. Fornece exemplos de cifragem de tríades, tétrades e pêntades segundo diferentes sistemas.
O documento discute a harmonia funcional e tradicional no Brasil. O autor aborda como os conceitos de harmonia foram introduzidos no país e como manuais populares as vezes misturam essas abordagens. Ele também analisa o uso inicial de cifras em partituras para banjo nas orquestras de dança americanas na década de 1920 e como isso pode ter influenciado o uso de cifras no Brasil.
Felipe valoz nova hermenêutica” e “new historicism” – uma breve comparaçãoGisele Laura Haddad
O documento compara a "Nova Hermenêutica" e o "New Historicism", abordagens analíticas da música e literatura respectivamente. Ambas rejeitam o distanciamento do observador da obra e enfatizam a compreensão da obra como parte integrante do discurso histórico mais amplo.
A tendência da teoria e análise ao direcionamento crítico na nova musicologia...EDSON HANSEN SANT ' ANA
Este artigo discute autores que tem estabelecido contribuições significativas quanto ao
direcionamento da teoria e da análise musical no cenário contemporâneo da musicologia brasileira
em direção à crítica musical. Discorre sobre o desafio de transcender a compreensão da
composição musical atual e cânon teórico em direção à aplicabilidade da análise musical embasada
em teoria crítica capaz de superar aspectos tecnicistas em direção à utopia e à inovação na
metodologia musicológica e seus resultados como produto de conhecimento contextualizado.
O documento discute o diálogo De Musica de Santo Agostinho, no qual ele define música como uma "Scientia". O diálogo fazia parte de um projeto maior de Agostinho para escrever sobre as sete artes liberais. Ele pretendia usar as disciplinas liberais para conduzir as pessoas das realidades sensíveis às inteligíveis.
A Textura no Arranjo Vocal de Música Popular Brasileira.pdfAnaCleriaRocha
Este documento discute as principais texturas encontradas nos arranjos vocais de música popular brasileira, como:
1) Solo, quando apenas uma voz canta a melodia principal
2) Uníssono, quando duas ou mais vozes cantam a melodia juntas
3) Harmonização em bloco ("soli"), quando vozes cantam a melodia com intervalos diferentes
Vergara analise critica do elementos de musica bomtempo op 19 unirio 2013Jorge Vergara
“Every Freedom Song Comes from the Gaol: Homophobia, Misogyny and Racism in the Reception of Mário de Andrade’s Work” resorts to queer theory, feminism, musicology, the history of medicine, Brazilian history and literary criticism in order to confront texts from magazines, newspapers, books, music and correspondence written by Mário de Andrade with those of his contemporaries.
The first chapter explains how the newspaper Folha da Noite (1923), the magazine Revista de antropofagia (1929) and the newspaper Dom Casmurro (1939) moved racist, misogynist and homophobic campaigns against Mário de Andrade – the first of which hitherto unacknowledged by the literature.
The second chapter stresses Mário de Andrade’s empathy with figures of homoeroticism and subalternity as presented in the 1922 poetry book Paulicea desvairada (Deranged São Paulo city) to argue that stylization testifies to how society has condemned some people and their practices to ignominy and silence.
The third chapter interprets Mário de Andrade’s discourses on music insofar as they contest authoritarianisms and prejudices disseminated in the contemporary image-repertoire. While the popular “pretty boys” figures implies homosexuality, effeminacy, transvestism and male prostitution, such poems as“A caçada” (The hunt) and “Nocturno” (Nocturne), from Paulicea desvairada, and “Cabo Machado” (Corporal Machado), from the 1926 book Losango cáqui (Khaki lozenge), confront the reader with the mulatto in compositions that blend subalternity, music and nationality, in which the ideas of race, modernization, masculinity and nationalism betray an anti-authoritarian frame of mind.
Mário de Andrade’s “art world” (Becker, 1982) depends on interaction with the mental and social universe of the time. Production and interaction do not take place without discourse, and such discourses not always tackle music, misogyny, anti-Semitism, homophobia and whitening in a direct way. The value of art works is lessened when they are analysed according to technical competence and elaboration only.
1) O livro analisa a relação entre poesia, música e voz na canção, reunindo ensaios de diferentes áreas do conhecimento.
2) Dois ensaios destacam a importância de se compreender a canção como performance, questionando abordagens tradicionais e redimensionando o papel da voz.
3) Mário de Andrade buscou compreender a canção de forma interdisciplinar e a partir da origem comum da fala e do canto no grito primitivo.
Este resumo descreve:
1) A estrutura hierárquica da orquestra, com instrumentos de cordas em posições mais altas do que sopros e metais.
2) As origens sociais dos músicos, com cordas tendo origens mais altas do que sopros e metais.
3) A importância da formação musical desde cedo, especialmente para filhos de músicos, para se adaptar à carreira orquestral.
1) O documento descreve a música do período clássico entre 1750-1820, focando em compositores como Haydn, Mozart e Beethoven.
2) Neste período, formas musicais como a sonata e a sinfonia se desenvolveram, enfatizando princípios como ordem, equilíbrio e razão.
3) A música clássica valorizava a beleza, graça e refinamento, com exploração da dinâmica e novos instrumentos como o piano e clarinete.
1) O documento discute a diferença entre música e ruído, e como a percepção disso mudou ao longo da história da música, com ruídos passando a ser incorporados como elementos musicais.
2) É proposto um conjunto de atividades em aula para explorar a diferenciação entre sons e ruídos, como composição, ditado e observação sonora.
3) Referências bibliográficas sobre o tema são fornecidas.
1. O documento discute as tentativas de definir música e apresenta as visões de diversos autores sobre o assunto.
2. Muitos autores apontam que música é um "fato social total" cuja definição varia de acordo com a época e cultura, tornando difícil uma definição universal.
3. Apesar dos desafios, a música é reconhecida como um fenômeno cultural universal capaz de comunicar e provocar emoções intensas no ser humano.
O documento resume uma análise estilística da obra "Canção e Dansa" de Radamés Gnattali para contrabaixo e piano segundo o livro "Guidelines for Style Analysis" de Jan La Rue. A análise descreve os parâmetros de som, harmonia, melodia e ritmo da obra nas dimensões ampla, média e pequena, além de fornecer contexto histórico sobre o compositor e a obra.
O documento descreve a música medieval na Europa entre os séculos V e XV, período marcado pela espiritualidade e expressão artística religiosa. Apresenta os principais gêneros musicais como o canto gregoriano e a polifonia, o desenvolvimento da notação musical, as escolas de Notre-Dame e Ars Antiqua e Nova, assim como a música profana dos trovadores. Também lista os principais instrumentos musicais dessa era.
Texto música antiga - história completaValdene Silva
O documento discute a história da música antiga, desde a Idade Média até o Barroco. Aborda tópicos como modos gregorianos, notação musical, trovadores, introdução do pentagrama, escolas de música, entre outros. Também discute a interpretação histórica da música antiga e sua chegada no Brasil no século 20.
Expressividade intervalar como conceituação desenvolvida a partir de considerações de Almeida Prado. Uma ampliação dessas considerações em busca de formar um corpus de entendimento da ordem dos materiais construídos a partir da lógica de intervalos. O intervalo recursivo entendido também como marca indelével no aspecto de conferir unidade e coesão da peça.
1. Desde a Grécia Antiga que arquitetura e música são associadas através da matemática, sendo consideradas por Pitágoras como expressões da harmonia universal.
2. Vitrúvio defendia que o arquiteto deveria conhecer a música para alcançar a harmonia na obra. Leonardo da Vinci e Le Corbusier se inspiraram nessa associação.
3. No Renascimento, arquitetos como Alberti e Palladio utilizaram proporções musicais em suas obras, enquanto Blondel tentou traduzir
O documento discute a representação da informação musical através da análise de termos e estruturas da Classificação Decimal de Dewey. Apresenta exemplos de linguagens para representar obras, formas, períodos e instrumentos musicais. Também aborda desafios na recuperação da informação musical e a importância de padronizar termos.
Semelhante a Análise da Sonata para viola e piano de Radamés Gnattali: primeiro movimento (20)
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1. O documento analisa a importância da música popular brasileira e de Radamés Gnattali na construção da identidade nacional durante a Era Vargas.
2. Vargas usou o rádio como instrumento de coesão política e ideológica para promover uma cultura nacional brasileira.
3. Radamés Gnattali trabalhou em estações de rádio e criou arranjos musicais inovadores que ajudaram a definir a música popular brasileira e, inadvertidamente, contribuiu para a construção da identidade nacional promovida por Vargas.
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
Análise da Sonata para viola e piano de Radamés Gnattali: primeiro movimento
1. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
Análise da Sonata para viola e piano de Radamés Gnattali: primeiro
movimento
MODALIDADE: COMUNICAÇÃO
Maria Aparecida dos Reis Valiatti Passamae
Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ – aparecidavaliatti@hotmail.com
Felipe Mendes de Vasconcelos
Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG – felipemendes21@gmail.com
Resumo: O presente trabalho pretende analisar o primeiro movimento da Sonata para viola e
piano de Radamés Gnattali, um personagem merecedor de maior sistematização e divulgação de
sua obra em estudos que associemos processos criativos coma prática musical, contribuindo para
a escuta e a apreciação. Apresenta resumidamente uma visão geral sobre o compositor e a sua
obra. A análise abrangeu, de um lado, a estrutura e a forma e de outro, processos harmônicos e
melódicos da sonata. A peça se mostrou coesa e equilibrada.
Palavras-chave: Radamés Gnattali. Sonata para viola e piano. Análise musical. Primeiro
movimento
Title of the Paper in English Analysis of Radamés Gnattali's Sonata for Viola and Piano: The
First Movement.
Abstract: Radamés Gnattali’s work deserves more systematization and dissemination. Studies
that associate the creative process with the musical practice certainly contribute to a better hearing
experience and appreciation of his pieces. The present paper aims to analyze the first movement of
Gnattali’s Sonata for viola and piano. It presents an overview of the composer and his work to
then analyze not only the structure and the form of the Sonata but also the harmonic and melodic
processes involved. The Sonata has proved to be a cohesive and balanced musical piece.
Keywords: Radames Gnattali. Sonata for piano and viola. Musical analysis. First movement.
1. Introdução
Radamés Gnattali é, segundo Leme (2009, p. 4), um personagem que merece
maior “sistematização e divulgação de sua obra, especialmente em trabalhos que associem a
compreensão dos processos criativos e a prática musical, contribuindo com elementos que
favoreçam não apenas sua escuta, mas também sua apreciação”. As investigações presentes
neste trabalho se dão através de sua Sonata para viola e piano (1969). Aqui, buscou-se
aspectos que evidenciam uma obra coesa, equilibrada, fruto de um ambiente sócio-cultural
determinado e própria de uma época. Para Whittall:
música que pertence a um lugar, tempo e personalidade composicional específica
não deve ser seriamente abordada como se fosse separada do mundo e de todas as
incertezas que incidem assim que buscamos explicar culturas como também
processos de pensamentos de seres humanos individuais (WHITTALL apud
OLIVEIRA, 2008, p. 110).
2. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
Portanto, a análise da escrita não deve distanciar-se do contexto histórico, ou seja,
sócio cultural no qual a peça foi escrita. Agawu (1996, p. 5) mostra que:
a alternativa da nova musicologia de problematizar a fissura entre o musical e o
extra-musical por meio de referências históricas , programas, cenários emocionais e
outros expedientes apenas substitui o tipo de comentário associado aos padrões
observados, semalterar a natureza do processo.
Para Dante Grela (1986), a parte mais importante do seu método de análise é a
análise de interrelações onde, após os resultados obtidos em análises estatística, paramétrica,
articulatória, comparativa e funcional, se pode “alcançar as conclusões ou interpretações da
obra analisada tanto do ponto de vista da forma orgânica quanto do contexto cronológico e
cultural em que uma obra se localiza” (p. 12).
Retornando a Agawu (1996, p. 5), “uma análise musical consiste na construção de
argumentos e comentários para conectar, de maneira coerente, os padrões sonoros observados
em uma peça”. Em nosso entender, essas conexões se dão tanto num nível imanente, próprio
daquela peça, quanto num nível sócio-cultural e histórico.
2. O compositor: uma visão geral
Importante figura da terceira geração nacionalista, a produção artística de Gnattali
pode ser dividida em dois períodos: o primeiro compreende composições de 1931 a 1940 e o
segundo período, as composições escritas a partir de 1944 (MARIZ, 2000, p. 265).
Segundo Zorzal (2005, p. 16), Mariz (2000), Neves (1981) e Behague (1979)
concordam que a obra de Gnattali pode ser dividida em duas fases e que essa divisão ocorre
em meados dos anos 40 por ocasião da sua eleição como membro fundador da Academia
Brasileira de Música.
A principal característica do primeiro período foi o folclorismo direto, em que se
pode “observar referências ao estilo romântico de Grieg e ao jazz norte-americano com
composições bastante idiomáticas do ponto de vista da execução pianística. Exemplo disso é o
uso de acordes em blocos, típico dos arranjos para big band e orquestras de música popular”
(SANTOS, 2001, p. 13). Nessa época, Radamés “exibe um nacionalismo subjetivo que se
expressa com meios mais reservados e simples. Gnattali continua a cultivar um estilo musical
de fácil e imediata compreensão” (BÉHAGUE, 1979, p. 302).
Já no segundo período, a partir de 1944, pode-se observar um progressivo
afastamento ou a libertação da música norte-americana. Um “folclorismo transfigurado
essencial, menos virtuosismo, excelente instrumentação” (MARIZ, 2000, p. 265). Gnattali,
assim, “emprega habitualmente os motivos do populário nordestino, em suas composições,
3. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
destacando os modos lídio e mixolídio e os ritmos afro-brasileiros, como o maxixe e o baião,
dentre outros” (ZORZAL, 2008, p. 14).
A propósito dessa segunda fase Béhague (1979, p. 302) sustenta que “durante a
década de 50, Gnattali tratou deliberadamente de afastar-se do nacionalismo musical.
Orientou-se segundo modelos neo-românticos e neo-clássicos mantendo, todavia, um estilo
frequentemente associado ao jazz sinfônico”.
3. A Sonata para viola e piano
Embora não haja dedicatória no manuscrito, essa partitura foi composta no Rio de
Janeiro em 1969 para Pérez Dworecki, a seu pedido (PASSAMAE, 2009). A informação
encontra respaldo na literatura, pois Barbosa e Devos (1984, p. 65) citam uma assertiva do
compositor em que diz “eu sempre escrevi música para meus amigos (...)”.
Vale notar que a primeira audição da peça foi executada por Dworecki, em 22 de
agosto de 1970, às 16 horas, num concerto de música de câmara dedicada à Juventude
Musical de São Paulo, no Teatro Municipal daquela cidade, conforme fac-símile do programa
do concerto.
O estilo composicional de Radamés Gnattali, segundo Leme (2009, p. 133) foi
estabelecido “baseado na simplicidade e clareza de expressão, resultado da reação direta aos
procedimentos formais e harmônicos característicos da estética do século XIX”.
A escolha da estrutura também não é aleatória, “já que, a forma ternária,
historicamente sem desenvolvimento temático – se revela um molde bastante propício aos
requintes de sonoridade resultantes de escolhas texturais e harmônicas” (CANAUD, 1991, p.
111).
4. Análise: estrutura e forma
A análise das obras de Gnattali confirma um alto grau de controle composicional
fortalecendo os dados biográficos que apresentam, segundo Leme (2009, p. 134), “Radamés
como um compositor meticuloso”.
A peça de Gnattali segue uma ordem comum às sonatas de três movimentos. Ou
seja, um primeiro movimento de caráter vivo, um segundo lento e o terceiro movimento
também com um caráter vivo. A sonata, como “consequência evolutiva” da suite, mantinha o
Rondó como uma forma desejável para último movimento (GROVE, 1994; ZAMACOIS,
1979). É exatamente a forma que Radamés dá ao terceiro movimento de sua sonata. O
segundo movimento tem, historicamente, mais flexibilidade quanto à escolha formal. Na
4. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
Sonata para viola e piano, o compositor traz um apelo popular, se valendo da pouca variação
e uma linha melódica cantabile, quase vocal, tudo isso dentro de uma forma ternária.
No primeiro movimento, foco deste estudo, comumente se utilizava a forma
sonata, no entanto, Gnattali não faz uma seção de desenvolvimento tal qual se esperaria em
uma sonata clássica, descaracterizando essa predileção formal. Utilizamos a análise
articulatória proposta por Grela (1986) para averiguar onde situam os principais cortes
estruturais do primeiro movimento (figura 1).
Dante Grela propõe algumas áreas de análise1, dentre as quais está a análise
articulatória. A análise articulatória visa seccionar uma dada forma sonora (uma peça ou um
trecho de peça). Seguindo alguns modos de articulação2 a forma sonora é dividida em
unidades formais. Essas divisões são organizadas hierarquicamente em níveis formais
seguindo da macroestrutura para a microestrutura.
A meticulosidade de Radamés pode ser vista no equilíbrio formal que o primeiro
movimento apresenta. A análise aqui efetuada só atesta as impressões obtidas ao se ouvir a
peça, e a percepção de equilíbrio das ideias musicais. A noção de equilíbrio está
frequentemente associada a simetrias e proporções naturais como a proporção áurea3
(HOWAT, 1986). Em música, tanto Debussy (HOWAT, 1986) quanto Bartók (LENDVAI,
2001) se apropriaram da proporção áurea, e também da série de Fibonacci4, como fatores
estruturantes em suas obras.
A Sonata para viola e piano tem a proporção áurea como pontos estratégicos de
articulação. Momentos próximos às transições de unidades formais importantes se encontram
balanceados segundo a razão áurea.
Pela constante mudança de fórmulas de compasso, fez-se necessário, também, a
contagem dos tempos (em semínimas) para ter maior precisão na demarcação das proporções.
Na figura 1 essa contagem de semínimas é notada entre parênteses. Os números fora dos
parênteses representam a contagem de compassos.
O primeiro corte estrutural, que separa a exposição da reexposição, divide a forma
sonora segundo a proporção áurea, ou seja, o primeiro movimento possui 457 tempos de
semínimas, a seção de reexposição se inicia depois de 282 semínimas (457x 0,618=282,4). No
nível formal seguinte, as unidades formais são seccionadas, também, segundo a proporção
áurea. A seção B corresponde a 61,8% da exposição, a seção A 38,2%, mantendo a mesma
relação entre as partes. A exposição contém 282 semínimas, o a tempo localizado no
compasso 32 é a introdução para B e marca essa separação. Esse compasso está a 109
semínimas do início correspondendo a aproximadamente 38,2% de toda a exposição.
5. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
Figura 1: Análise estrutural segundo o modelo de Dante Grela.
A reexposição é constituída por A', B' e Coda. A soma dos tempos de B' e Coda
correspondem a 61,8% da reexposição, mantendo a mesma relação existente na exposição. O
compasso 101, na marcação Lento, serve de introdução para B', criando uma forte
correspondência com a exposição.
5. Análise: harmonia e melodia
Apesar de alguns autores apontarem o uso constante de elementos nacionais na
obra de Radamés, como nos relata Passamae (2011), ele foi frequentemente criticado por uma
suposta ausência de brasilidade. O uso recorrente dos acordes de nona, por exemplo – que
também podem ser vistos na sonata (fig. 2) – trouxe comparações com o jazz norte-
americano. Radamés, entretanto, mostrou-se elegante ao rebater as críticas:
O acorde americano, como ficou conhecido o acorde de nona, agradou muito o
público e, se também era utilizado no jazz, era porque os compositores de jazz
ouviam Ravel e Debussy. Aqui ninguém nunca tinha ouvido o tal acorde em outro
lugar a não ser em música americana, e vieram as críticas. (BRESSON, 1979, p. 26).
6. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
Figura 2: O Acorde de nona emDebussy (Images: II - Hommage à Rameau, compasso 29) e em Radamés
(Sonata para viola e piano, compasso 82).
Mesmo Tom Jobim, precursor da bossa-nova – movimento que sofrera os mesmos
tipos de críticas –, também devota suas inspirações harmônicas a Debussy e Villa-Lobos antes
do jazz norte-americano:
Gosto muito de harmonia. Estudei muito o Debussy, Claude-Achille Debussy (o
americano me perguntou: Debu...who?). Muito bonito aquelas harmonias, o Villa-
Lobos também tem harmonias incríveis... (JOBIM, Programa Roda Viva da TV
Cultura, 19935)
Sobre Radamés, Jobim diz: “Me ajudou muito. Ajudou toda essa geração que está aí. Um
homem muito bom e um grande músico, um amigo excelente”6. A amizade entre eles pode ser
refletida nas preferências harmônicas:
Figura 3: Acorde de sete sons (escala dórica a partir da fundamental) em Jobim (Luiza, compasso 8, arranjo:
Paulo Jobim) e em Radamés (Sonata para viola e piano, compasso 83).
A Sonata ainda apresenta os chamados acordes com segundas adicionadas7,
também explorados por Villa-Lobos (quem também explorou os acordes de nona), onde são
acrescentadas notas que fazem uma segunda com uma ou mais notas do acorde convencional,
gera, por exemplo, acordes com terças maiores e menores ou com sétimas maiores e menores:
Tais formações são típicas do modernismo musical e, muito embora sua utilização
não destrua as funções tonais em jogo, tal técnica faz parte de uma série de
procedimentos que diversos compositores do século XX criaram justamente para
desestabilizar o tonalismo. (CAMARA, 2008, p. 149)
7. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
Figura 4: Acordes de segundas adicionadas emVilla-Lobos [baixo pedal] (das Cirandas: Terezinha de Jesus) e
em Radamés (Sonata para viola e piano).
No que diz respeito ao tratamento melódico, embora a Sonata apresente sequência
de notas características dos modos lídio e mixolídio, próprios dessa fase como apontou Zorzal
(2008, p. 14), essas escalas não são consolidadas. A constante mudança de modos e o uso
recorrente de cromatismos coloca a Sonata próxima à noção de pandiatonismo8. Esse aspecto
melódico aproxima Radamés de Villa-Lobos, mais uma vez. Salles (2012), analisando o
Quarteto de cordas nº7 de Villa-Lobos, evidencia esse mesmo tipo de tratamento das alturas.
Além da vivência na música popular que permitiu Radamés apropriar-se de
técnicas e a trabalhar com grandes nomes desse gênero, o aprendizado de Radamés no ensino
tradicional de música pode se notado no tratamento dos motivos musicais, no
desenvolvimentismo e alto grau de elaboração dos materiais. A figura 5 mostra alguns
exemplos de elaboração do motivo inicial:
Figura 5: Elaboração dos motivos iniciais.
6. Conclusão
O resultado do presente trabalho, configurado pela análise do primeiro movimento
da Sonata para viola e piano (1969), repercute Gnattali como o personagem merecedor de
maior “sistematização e divulgação de sua obra”. No presente estudo, verificou-se as
evidências de uma obra coesa, equilibrada, fruto de um ambiente sócio-cultural determinado e
própria de uma época na qual todos os seus conhecimentos, seja da música popular ou erudita,
contribuíram juntamente para a composição da Sonata para viola e piano numa miscelânea de
cores harmônicas, resultando numa compreensão de um compositor livre.
Conforme mencionado, a meticulosidade de Radamés pode ser verificada no
equilíbrio formal que o primeiro movimento apresenta, constatada pela presente análise que
8. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
atesta as impressões obtidas ao se ouvir a peça, bem como a percepção de equilíbrio das
ideias musicais. Essa noção de equilíbrio está associada a simetrias e proporções naturais
como a proporção áurea e a série de Fibonacci que tanto Debussy quanto Bartók se
apropriaram como fatores estruturantes em suas obras.
A sonata ainda apresenta os chamados acordes com segundas adicionadas,
explorados por Villa-Lobos que também utilizou os acordes de nona. Além disso, a mudança
frequente de modos e o uso recorrente de cromatismos aproxima a Sonata da noção de
pandiatonismo, aspecto melódico que torna Radamés próximo de Villa-Lobos, constatado na
análise do seu Quarteto de cordas nº 7 que evidencia esse mesmo tipo de tratamento das
alturas, conforme já discutido na subseção anterior.
Gnattali é um personagem da terceira geração nacionalista brasileira. Sua Sonata
para viola e piano é composição da sua segunda fase de criação, já sem as características do
folclorismo direto da primeira fase. De qualquer modo, o compositor conserva o estilo
musical de fácil e imediata compreensão, conforme já havia observado Béhague (1979).
Decidia, assim, por escolhas que se destacam “por sua inserção no universo da música
popular ou por seu contato com a música tradicional europeia”.
Não se pode, portanto, dissociar Radamés da música popular ou da musica
erudita. É essa mútua convivência a sua característica marcante. Suas peças de caráter erudito
têm fortes influências do popular da mesma forma que as peças populares sofrem influências
dos seus conhecimentos eruditos.
Sem caricaturas e cacoetes de uma brasilidade falsa, Radamés mostra um
nacionalismo maduro, característica que é assumida pelo próprio compositor ao definir-se
como um neoclássico nacionalista. Era dessa forma que Radamés se via como músico, ou
seja, “inserido numa linhagem de compositores cuja produção altamente intelectualizada,
tinha suas matrizes na musica popular e seus respectivos contextos” (RABELLO apud
CANAUD, 1991, p. 116).
Assim, em vista do exposto e aproveitando o pensamento de Leme (2009, p. 137)
pode-se afirmar que, o fato relevante é que “num período em que a chamada 'música séria' já
não admitia certas manifestações 'anacrônicas', a obra de Radamés foi (e é) o atestado de uma
personalidade extremamente segura de si no campo musical”. Desinteressou-se, assim, “em se
adequar à ordem vigente, tampouco de superá-la. Em vez disso, mostrou em sua obra traços
de um ecletismo imenso, contribuindo especialmente para a quebra de paradigmas não
estilísticos, mas ideológicos”.
9. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
Em resumo, como atesta seu discípulo e colega Rafael Rabello, “dentro da música
contemporânea sua maior contribuição foi a quebra dos preconceitos. Ele mergulhou fundo na
brasilidade, fez uma loucura e foi completo” (CANAUD, 1991, p. 102).
Referências
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v. 2, n. 4, 1996.
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Rio de Janeiro: Funarte, 1984.
BÉHAGUE, Gerard. Music in América Latina: an Introduction. New Jersey: Prentice Hall,
1979.
BRESSON. Bruno Cartier.Uma história que conta como os violinos chegaram aos arranjos
do samba. O Estado de S. Paulo. 19.03.1979. p. 26.
CAMARA, Fábio Adour da. Sobre Harmonia: uma proposta de perfil conceitual. 2008. Tese
(doutorado em educação) Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.
CANAUD, Fernanda Chaves. Interpretação da obra pianística de Radamés Gnattali através
do conhecimento da música popular urbana brasileira. 1991. Dissertação (Mestrado em
música) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1991.
DANJAS, Kilder. Canção e Dansa para Contrabaixo e piano de Radamés Gnattali: estudo de
aspectos técnico – interpretativos. 2008. Dissertação (Mestrado em música) – Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008.
GRELA, Dante. Serie 5: la musica en el tiempo. Rosário: [s.n.], 1987. 48p.
HOWAT, Roy. Debussy in Proportion: a musical analysis. Londres: University Cambridge
Press, 1983
LENDVAI, Ernö. Béla Bartók: an analysis of his music. Londres: Lesurc, 1971
LEME, Antônio Carlos Junior. Três Valsas para Piano de Radamés Gnattali: uma abordagem
analítico – interpretativa. 2009. Dissertação (Mestrado em música) – UNICAMP, Campinas,
2009.
MARIZ, Vasco. História da música no Brasil. 6°ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.
NEVES, José Maria. Música contemporânea brasileira. São Paulo: Ricordi Brasileira, 1981.
SALLES, Paulo de Tarso. Haydn, segundo Villa-Lobos: uma análise do 1º movimento do
Quarteto de cordas nº 7 de Villa-Lobos. Per Musi, Belo Horizonte, n.25, 2012, p. 27-38.
10. XXV Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação emMúsica – Vitória – 2015
SANTOS, Rafael dos. Análise e considerações sobre a execução dos choros para piano solo
Canhôto e Manhosamente de Radamés Gnattali. Per Musi, v.3, Belo Horizonte; UFMG, 2001.
OLIVEIRA, Heitor Martins. Teoria, análise e nova musicologia: debates e perspectivas.
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PASSAMAE, Maria Aparecida dos Reis Valiatti. Entrevista de Maria Aparecida dos Reis
Valiatti Passamae em julho de 2009. São Paulo. Voz. Residência.
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ZORZAL, Ricieri Carlini. Dez Estudos para violão de Radamés Gnattali: estilos musicais e
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Federal da Bahia, Bahia, 2005.
Notas
1 As áreas de análise propostas porGrela são: análise estatística,paramétrica, articulatória, comparativa,
funcional.
2 Os modos articulatórios, segundo Grela, são:separação, justaposição,elisão, superposição,inclusão.
3 De modo geral, a proporção áurea pode ser vista como a divisão de um todo (ou partes dele) em dois
seguimentos que devem correspondera aproximadamente 61,8% e 38,2% desse todo.
4 Sequência numérica cuja forma mais representativa é {0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55...}, o número seguinte é
sempre obtido por meio da soma dos seus dois antecessores.
5 Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=BmPrm3j8yUs.
6 Idem.
7 Explorados por Vincent Persichetti no 5º capítulo,'Added Note Chords',de seu 'Twentieth-century harmony'
(1961).
8 Termo utilizado para as peças ou passagens que utilizam sons de uma escala diatônica sem basear-se nas
progressões harmônicas tradicionais e regras de conduções próprias do tonalismo. Termo propício para a
música diatônica pós-tonal(ver SALLES, 2012)