1. O documento discute as 12 Valsas de Esquina para Piano de Francisco Mignone. 2. Analisa a vida e obra de Mignone, incluindo suas influências musicais e estilo composicional marcado pela música popular brasileira. 3. Aborda aspectos interpretativos das Valsas relacionados a reproduzir o som e timbre característicos da intenção do compositor através da técnica do intérprete.
Vergara analise critica do elementos de musica bomtempo op 19 unirio 2013Jorge Vergara
“Every Freedom Song Comes from the Gaol: Homophobia, Misogyny and Racism in the Reception of Mário de Andrade’s Work” resorts to queer theory, feminism, musicology, the history of medicine, Brazilian history and literary criticism in order to confront texts from magazines, newspapers, books, music and correspondence written by Mário de Andrade with those of his contemporaries.
The first chapter explains how the newspaper Folha da Noite (1923), the magazine Revista de antropofagia (1929) and the newspaper Dom Casmurro (1939) moved racist, misogynist and homophobic campaigns against Mário de Andrade – the first of which hitherto unacknowledged by the literature.
The second chapter stresses Mário de Andrade’s empathy with figures of homoeroticism and subalternity as presented in the 1922 poetry book Paulicea desvairada (Deranged São Paulo city) to argue that stylization testifies to how society has condemned some people and their practices to ignominy and silence.
The third chapter interprets Mário de Andrade’s discourses on music insofar as they contest authoritarianisms and prejudices disseminated in the contemporary image-repertoire. While the popular “pretty boys” figures implies homosexuality, effeminacy, transvestism and male prostitution, such poems as“A caçada” (The hunt) and “Nocturno” (Nocturne), from Paulicea desvairada, and “Cabo Machado” (Corporal Machado), from the 1926 book Losango cáqui (Khaki lozenge), confront the reader with the mulatto in compositions that blend subalternity, music and nationality, in which the ideas of race, modernization, masculinity and nationalism betray an anti-authoritarian frame of mind.
Mário de Andrade’s “art world” (Becker, 1982) depends on interaction with the mental and social universe of the time. Production and interaction do not take place without discourse, and such discourses not always tackle music, misogyny, anti-Semitism, homophobia and whitening in a direct way. The value of art works is lessened when they are analysed according to technical competence and elaboration only.
O documento apresenta o método pedagógico para ensino de piano desenvolvido por Oscar Guanabarino e publicado em 1880. O método divide o ensino em quatro épocas e discute tópicos como a idade ideal para começar os estudos, exercícios para desenvolver a técnica e leitura à primeira vista. Guanabarino teve importante atuação acadêmica e como professor de piano no Rio de Janeiro no final do século XIX.
O documento fornece um resumo da história da música em Portugal nos séculos XX e XXI, desde as rupturas com o sistema tonal até os desenvolvimentos do folclore. Aborda compositores portugueses que estudaram na Alemanha e suas obras, assim como instituições musicais em Lisboa e Porto. Também discute o trabalho de pesquisadores do folclore como Lopes-Graça e Michel Giacometti.
Este documento resume um trabalho acadêmico sobre a música do século XIX, especificamente focando na ópera Carmen de Georges Bizet. O trabalho descreve o contexto histórico e artístico do Romantismo, a vida e carreira de Bizet, e faz um arranjo musical da famosa ária Habanera de Carmen usando instrumentos diferentes.
Vergara trinta preludios op 19 simpom 2012Jorge Vergara
Este documento discute o método Elementos de Música e Método de Forte-Piano Op.19 de João Domingos Bomtempo e como os prelúdios nele contidos podem estar relacionados à prática da improvisação no início do século XIX. Analisa comparativamente os métodos de Clementi e Cramer, observando semelhanças e diferenças com o método de Bomtempo no que se refere aos prelúdios. Aponta que os curtos prelúdios no método de Bomtempo podem ter servido para introduzir outras peças
Este documento apresenta uma análise de duas danças para piano a quatro mãos do compositor brasileiro Ronaldo Miranda: Frevo, inspirada na dança popular do carnaval de Pernambuco, e Tango, que explora recursos do instrumento através de uma variedade de texturas. As obras requerem domínio técnico e artístico dos intérpretes, e se destacam no repertório contemporâneo brasileiro para esta formação, explorando plenamente as possibilidades sonoras do piano.
O documento descreve as principais instituições de ensino e performance musical na cidade de Salvador na primeira metade do século XX. Apresenta o Curso de Música da professora Zulmira Silvany, fundado em 1930, que oferecia ensino musical de alto nível e promovia concertos públicos com seus alunos. Também discute as atividades musicais desenvolvidas por bandas filarmônicas e conjuntos de câmara na época.
Este documento discute os 26 Prelúdios Característicos e Concertantes para Violino Solo de Flausino Vale. O compositor mineiro escreveu esta coleção de peças entre as décadas de 1920 e 1940, combinando técnica tradicional com temas folclóricos brasileiros. Seu Prelúdio mais famoso, "Ao pé da fogueira", foi gravado e apresentado por Jascha Heifetz nos EUA e ainda faz parte do repertório internacional para violino, embora poucos conheçam o autor. O trabalho visa re
Vergara analise critica do elementos de musica bomtempo op 19 unirio 2013Jorge Vergara
“Every Freedom Song Comes from the Gaol: Homophobia, Misogyny and Racism in the Reception of Mário de Andrade’s Work” resorts to queer theory, feminism, musicology, the history of medicine, Brazilian history and literary criticism in order to confront texts from magazines, newspapers, books, music and correspondence written by Mário de Andrade with those of his contemporaries.
The first chapter explains how the newspaper Folha da Noite (1923), the magazine Revista de antropofagia (1929) and the newspaper Dom Casmurro (1939) moved racist, misogynist and homophobic campaigns against Mário de Andrade – the first of which hitherto unacknowledged by the literature.
The second chapter stresses Mário de Andrade’s empathy with figures of homoeroticism and subalternity as presented in the 1922 poetry book Paulicea desvairada (Deranged São Paulo city) to argue that stylization testifies to how society has condemned some people and their practices to ignominy and silence.
The third chapter interprets Mário de Andrade’s discourses on music insofar as they contest authoritarianisms and prejudices disseminated in the contemporary image-repertoire. While the popular “pretty boys” figures implies homosexuality, effeminacy, transvestism and male prostitution, such poems as“A caçada” (The hunt) and “Nocturno” (Nocturne), from Paulicea desvairada, and “Cabo Machado” (Corporal Machado), from the 1926 book Losango cáqui (Khaki lozenge), confront the reader with the mulatto in compositions that blend subalternity, music and nationality, in which the ideas of race, modernization, masculinity and nationalism betray an anti-authoritarian frame of mind.
Mário de Andrade’s “art world” (Becker, 1982) depends on interaction with the mental and social universe of the time. Production and interaction do not take place without discourse, and such discourses not always tackle music, misogyny, anti-Semitism, homophobia and whitening in a direct way. The value of art works is lessened when they are analysed according to technical competence and elaboration only.
O documento apresenta o método pedagógico para ensino de piano desenvolvido por Oscar Guanabarino e publicado em 1880. O método divide o ensino em quatro épocas e discute tópicos como a idade ideal para começar os estudos, exercícios para desenvolver a técnica e leitura à primeira vista. Guanabarino teve importante atuação acadêmica e como professor de piano no Rio de Janeiro no final do século XIX.
O documento fornece um resumo da história da música em Portugal nos séculos XX e XXI, desde as rupturas com o sistema tonal até os desenvolvimentos do folclore. Aborda compositores portugueses que estudaram na Alemanha e suas obras, assim como instituições musicais em Lisboa e Porto. Também discute o trabalho de pesquisadores do folclore como Lopes-Graça e Michel Giacometti.
Este documento resume um trabalho acadêmico sobre a música do século XIX, especificamente focando na ópera Carmen de Georges Bizet. O trabalho descreve o contexto histórico e artístico do Romantismo, a vida e carreira de Bizet, e faz um arranjo musical da famosa ária Habanera de Carmen usando instrumentos diferentes.
Vergara trinta preludios op 19 simpom 2012Jorge Vergara
Este documento discute o método Elementos de Música e Método de Forte-Piano Op.19 de João Domingos Bomtempo e como os prelúdios nele contidos podem estar relacionados à prática da improvisação no início do século XIX. Analisa comparativamente os métodos de Clementi e Cramer, observando semelhanças e diferenças com o método de Bomtempo no que se refere aos prelúdios. Aponta que os curtos prelúdios no método de Bomtempo podem ter servido para introduzir outras peças
Este documento apresenta uma análise de duas danças para piano a quatro mãos do compositor brasileiro Ronaldo Miranda: Frevo, inspirada na dança popular do carnaval de Pernambuco, e Tango, que explora recursos do instrumento através de uma variedade de texturas. As obras requerem domínio técnico e artístico dos intérpretes, e se destacam no repertório contemporâneo brasileiro para esta formação, explorando plenamente as possibilidades sonoras do piano.
O documento descreve as principais instituições de ensino e performance musical na cidade de Salvador na primeira metade do século XX. Apresenta o Curso de Música da professora Zulmira Silvany, fundado em 1930, que oferecia ensino musical de alto nível e promovia concertos públicos com seus alunos. Também discute as atividades musicais desenvolvidas por bandas filarmônicas e conjuntos de câmara na época.
Este documento discute os 26 Prelúdios Característicos e Concertantes para Violino Solo de Flausino Vale. O compositor mineiro escreveu esta coleção de peças entre as décadas de 1920 e 1940, combinando técnica tradicional com temas folclóricos brasileiros. Seu Prelúdio mais famoso, "Ao pé da fogueira", foi gravado e apresentado por Jascha Heifetz nos EUA e ainda faz parte do repertório internacional para violino, embora poucos conheçam o autor. O trabalho visa re
A arte da improvisação” de nelson faria influências na pedagogia da mús...Partitura de Banda
Este trabalho analisa o livro "A Arte da Improvisação" de Nelson Faria, o primeiro método sobre improvisação musical na música popular brasileira. O autor sistematizou processos de improvisação que eram predominantemente intuitivos, influenciando músicos que tiveram acesso ao seu método. Além disso, relaciona o declínio da improvisação na Europa Ocidental com a realidade das universidades brasileiras.
O documento descreve os principais gêneros musicais da música erudita, incluindo sinfonia, concerto, sonata, missa, moteto, música de câmara e ópera. Explica que uma obra é composta por movimentos e lista os tipos de movimento de acordo com a velocidade da música, como allegro, andante e adagio.
O documento discute o "Choro de Araçatuba", uma música composta em 1980 pelo músico Mauro Rico para retratar sua infância na cidade. A música inspirou-se nos momentos que Rico passava no bairro onde cresceu e nas atividades que realizava, como nadar em uma praia local e colher frutas das árvores. O documento também aborda brevemente a origem do gênero musical choro no Brasil e a importância de sua divulgação, especialmente entre os jovens.
A improvisação no choro processos harmônicos e suas influências.pdfPartitura de Banda
Este documento discute a improvisação no choro, especificamente os processos harmônicos e suas influências. Analisa como a harmonia influencia a forma de improvisar a melodia no choro tradicional e contemporâneo, levando em conta influências como o jazz e a bossa nova. Apresenta exemplos musicais para ilustrar diferentes tratamentos harmônicos no choro ao longo do tempo.
Este documento apresenta a obra L'Oiseau Lyre do compositor português Jorge Peixinho. A obra foi composta em 1982 e é considerada uma obra-prima para guitarra. O documento descreve a vida e obra de Jorge Peixinho, analisa L'Oiseau Lyre e discute os principais intérpretes desta obra, incluindo o guitarrista Lopes e Silva, que estreou e gravou a obra.
O documento apresenta a biografia do pianista brasileiro Eduardo Monteiro, destacando sua sólida formação musical adquirida em diversos países e os principais prêmios conquistados no Brasil e exterior, como o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano de Colônia. O texto também menciona sua atuação como professor na USP.
Este documento é um manual de reparo e manutenção de instrumentos musicais de sopro. Apresenta um prefácio que resume a trajetória do autor José Vieira Filho como músico e professor, destacando sua pioneira iniciativa de sistematizar conhecimentos sobre manutenção de instrumentos musicais. Também inclui notas introdutórias sobre o objetivo do manual e sua história de publicações.
Este documento apresenta o projeto musical "Amor em Duetos", que irá apresentar um recital de canto lírico com duetos para vozes femininas e piano. O repertório varia do período barroco ao século XX, abordando o tema do amor em diferentes culturas e épocas. O recital inclui obras de compositores como Monteverdi, Brahms, Mendelssohn, Dvořák e Rossini.
Meireles, Vinci, C. Bach, por uma interpretação vocalKatya Oliveira
Este documento analisa as similaridades estilísticas entre a obra "O Lingua Benedicta" do compositor brasileiro José Rodrigues Domingues de Meireles e obras de dois compositores europeus, visando chegar a uma interpretação vocal historicamente informada. Faz um paralelo entre a obra de Meireles com uma de Leonardo Vinci e outra de Johann Christian Bach, analisando estrutura, ornamentação, harmonia e afeto. Busca entender a música sacra mineira do século 18 situada entre o barroco e o clássico europeu.
O documento descreve o desenvolvimento da música para sopros entre os séculos XVIII e XIX. A Revolução Francesa estimulou a criação de bandas para o povo, expandindo significativamente o repertório através das transcrições de Wieprecht. A Banda da Guarda Nacional Francesa organizada por Bernard Serrette em 1789 é apontada como o marco inicial da banda moderna.
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)Gisele Laura Haddad
Este documento analisa a participação de músicos estrangeiros na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto entre 1995-2000, sob a batuta do maestro Roberto Minczuk. A pesquisa oferece um histórico da influência estrangeira na cena musical local desde a chegada de imigrantes e destaca figuras como François Cassoulet. Relatos de vida de músicos estrangeiros e brasileiros que atuaram na orquestra nesse período são apresentados.
Fatores de motivação na participação dos componentes da fanfarra colégio padr...Eduardo Araujo
Este documento discute os fatores motivacionais que levam os integrantes da Fanfarra Padre Galvão a participarem e seu impacto no desempenho musical. A pesquisa mostrou que a maioria continua participando por compromisso com a fanfarra, mesmo sem incentivos financeiros. Fatores como aprender instrumentos, praticar em conjunto e se apresentar público motivaram a participação.
Myrian de Souza Strambi atuação e produção literária musicalGisele Laura Haddad
Este documento é uma monografia apresentada por Isabela Marques à Universidade de Ribeirão Preto sobre a vida e obra de Myrian de Souza Strambi. A monografia analisa a atuação de Strambi como professora, compositora, arranjadora e memorialista, destacando sua importante contribuição à educação musical em Ribeirão Preto entre as décadas de 1950 e 1990. Além disso, o trabalho busca divulgar a metodologia desenvolvida por Strambi para o ensino de harmonia musical.
Bach e pink floyd breve estudo comparativo entre a música clássica e a música...BRIAN MOORE
Este documento discute os elementos essenciais da música - melodia, harmonia e ritmo - e fornece exemplos de como esses elementos são utilizados na música clássica e no rock. O documento analisa como Bach e Pink Floyd utilizam esses elementos de maneira diferente e como a música clássica geralmente dá mais ênfase à melodia em comparação com o rock, que enfatiza mais o ritmo e os efeitos especiais.
Este documento é uma dissertação sobre a vida e obra do compositor Belmácio Pousa Godinho. A dissertação apresenta detalhes biográficos do compositor, analisa os diversos gêneros musicais cultivados por ele e cataloga sua extensa produção musical. O trabalho busca destacar a importância de Godinho para a música brasileira e para a cidade de Ribeirão Preto durante o século XX.
Egberto Gismonti é um multi-instrumentista brasileiro que se dedica principalmente ao violão e piano. Ele explora diversos estilos musicais e influências, do jazz à música erudita. Sua carreira internacional de sucesso começou na década de 1970, quando lançou o álbum "Dança das Cabeças" que recebeu o Grammy. Gismonti continua inovando com novos instrumentos e estilos musicais até hoje.
"REELABORAÇÕES PARA VIOLÃO DA OBRA DE J.S. BACH: ANÁLISE DAS VERSÕES DE FRANC...Sérgio Ribeiro
A música de Johann Sebastian Bach foi introduzida no repertório do violão pelo espanhol Francisco de Asís Tárrega Eixea, em 1907. Desde então, a música de Bach foi mantida como parte central do repertório tradicional, já que os grandes intérpretes do instrumento, como Llobet, Pujol, Segovia e seus discípulos, passaram a inserir as transcrições tarreganeanas em seus programas de concertos, além de contribuírem com novas versões e encorajarem futuras gerações. No presente trabalho analisamos duas reelaborações para violão da Fuga BWV1001, realizadas em um intervalo de, aproximadamente, 100 anos por Tárrega e pelo violonista argentino Pablo Marquez (1967). Como referencial teórico, empregamos os conceitos apresentados por Flavia Pereira relacionados às práticas de reelaboração e as abordagens e definições utilizadas pelos autores Philip Hii, Nicolas Goluses, Stanley Yates e Pedro Rodrigues. Nosso objetivo é apontar as diferentes técnicas de reelaboração no violão utilizadas por arranjadores e responder as seguintes questões: Quais técnicas de reelaboração foram utilizadas nas versões? Quais são as principais influências que definiram os caminhos tomados pelos arranjadores em suas versões? Quais foram os recursos que eles utilizaram? Seus pressupostos básicos sobre reelaboração são divergentes? Que subsídios podemos apontar a partir dos resultados obtidos? Finalmente, dentro dos parâmetros apresentados por Pereira, concluímos que a reelaboração musical de Tárrega pode ser classificada como ‘transcrição’, enquanto preferimos classificar a reelaboração de Marquez como ‘idiomatização’, que definimos como a prática que procura não só adequar a obra às possibilidades físicas do instrumento de destino, mas transformar seus elementos (da obra) em função do novo meio.
Brasileiro: Villa-Lobos & Friends, com Nelson FreirealfeuRIO
UMA VIAGEM AFETIVA: NELSON FREIRE INTERPRETA MÚSICA BRASILEIRA
Não foi por acaso que o Brasil entrou no século XX com uma constelação de pianistas notáveis - bastando mencionar Guiomar Novaes (1894-1979), Antonieta Rudge (1885-1974) e Magda lena Tagliaferro (1893-1986). Do último quartel do século XIX em diante, uma importante escola de piano desenvolveu-se no país, por um lado no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, e de uma forma especial em São Paulo, através de Luigi Chiaffarelli (1856-1923), considerado por Arthur Rubinstein um professor do calibre de lsidore Phillipp em Paris ou de Ferruccio Busoni em Berlim. Nelson Freire pode traçar uma descendência em linha direta dessas duas tradições, especialmente a de Chiaffarelli, por intermédio, na sua infância, de sua professora Lucia Branco, e pelo relacionamento e forte amizade que desenvolveu com Guiomar Novaes.
O repertório escolhido por Freire para este CD abrange música brasileira para piano, composta nos cerca de sessenta anos entre 1890 e o imediato Pós-Guerra. Esta seleção - em torno de obras compostas por Villa-Lobos entre 1919 e 1940 - apresenta composições de outros compositores importantes, desde a geração mais velha representada por Alexandre Levy, Henrique Oswald e Barrozo Netto, - passando pelos contemporâneos de Villa-Lobos, Lorenzo Fernández e Francisco Mignone -, até a geração mais nova de Camargo Guarnieri e Claudio Santoro. Este repertório, composto ao longo de três gerações de músicos preocupados com a consolidação de uma autêntica música brasileira, é em muitos aspectos comparável em qualidade, senso do colorido, originalidade rítmica e profundo conhecimento do instrumento, ao repertório para piano composto pela escola espanhola, entre as gerações de Isaac Albéniz e a de Federico Mompou.
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoGabriel Resende
O documento descreve a música, artes visuais, dança e teatro nos períodos da Idade Média, Renascimento e Barroco, fornecendo detalhes sobre cada área em cada período. Na música da Idade Média, destaca-se o canto gregoriano e o desenvolvimento da polifonia, com compositores como Hildegarda de Bingen, Leonin e Pérotin. O Renascimento trouxe novos estilos musicais como a música profana e a polifonia complexa. O período Barroco é caracterizado por gêner
O violino tem sua origem no século XVI na Itália, onde cidades como Cremona se tornaram centros de fabricação. No século XVII, Antonio Stradivari aperfeiçoou o desenho do violino e produziu alguns dos melhores instrumentos. Seus violinos ainda possuem um valor inestimável pela beleza e qualidade do som.
A arte da improvisação” de nelson faria influências na pedagogia da mús...Partitura de Banda
Este trabalho analisa o livro "A Arte da Improvisação" de Nelson Faria, o primeiro método sobre improvisação musical na música popular brasileira. O autor sistematizou processos de improvisação que eram predominantemente intuitivos, influenciando músicos que tiveram acesso ao seu método. Além disso, relaciona o declínio da improvisação na Europa Ocidental com a realidade das universidades brasileiras.
O documento descreve os principais gêneros musicais da música erudita, incluindo sinfonia, concerto, sonata, missa, moteto, música de câmara e ópera. Explica que uma obra é composta por movimentos e lista os tipos de movimento de acordo com a velocidade da música, como allegro, andante e adagio.
O documento discute o "Choro de Araçatuba", uma música composta em 1980 pelo músico Mauro Rico para retratar sua infância na cidade. A música inspirou-se nos momentos que Rico passava no bairro onde cresceu e nas atividades que realizava, como nadar em uma praia local e colher frutas das árvores. O documento também aborda brevemente a origem do gênero musical choro no Brasil e a importância de sua divulgação, especialmente entre os jovens.
A improvisação no choro processos harmônicos e suas influências.pdfPartitura de Banda
Este documento discute a improvisação no choro, especificamente os processos harmônicos e suas influências. Analisa como a harmonia influencia a forma de improvisar a melodia no choro tradicional e contemporâneo, levando em conta influências como o jazz e a bossa nova. Apresenta exemplos musicais para ilustrar diferentes tratamentos harmônicos no choro ao longo do tempo.
Este documento apresenta a obra L'Oiseau Lyre do compositor português Jorge Peixinho. A obra foi composta em 1982 e é considerada uma obra-prima para guitarra. O documento descreve a vida e obra de Jorge Peixinho, analisa L'Oiseau Lyre e discute os principais intérpretes desta obra, incluindo o guitarrista Lopes e Silva, que estreou e gravou a obra.
O documento apresenta a biografia do pianista brasileiro Eduardo Monteiro, destacando sua sólida formação musical adquirida em diversos países e os principais prêmios conquistados no Brasil e exterior, como o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano de Colônia. O texto também menciona sua atuação como professor na USP.
Este documento é um manual de reparo e manutenção de instrumentos musicais de sopro. Apresenta um prefácio que resume a trajetória do autor José Vieira Filho como músico e professor, destacando sua pioneira iniciativa de sistematizar conhecimentos sobre manutenção de instrumentos musicais. Também inclui notas introdutórias sobre o objetivo do manual e sua história de publicações.
Este documento apresenta o projeto musical "Amor em Duetos", que irá apresentar um recital de canto lírico com duetos para vozes femininas e piano. O repertório varia do período barroco ao século XX, abordando o tema do amor em diferentes culturas e épocas. O recital inclui obras de compositores como Monteverdi, Brahms, Mendelssohn, Dvořák e Rossini.
Meireles, Vinci, C. Bach, por uma interpretação vocalKatya Oliveira
Este documento analisa as similaridades estilísticas entre a obra "O Lingua Benedicta" do compositor brasileiro José Rodrigues Domingues de Meireles e obras de dois compositores europeus, visando chegar a uma interpretação vocal historicamente informada. Faz um paralelo entre a obra de Meireles com uma de Leonardo Vinci e outra de Johann Christian Bach, analisando estrutura, ornamentação, harmonia e afeto. Busca entender a música sacra mineira do século 18 situada entre o barroco e o clássico europeu.
O documento descreve o desenvolvimento da música para sopros entre os séculos XVIII e XIX. A Revolução Francesa estimulou a criação de bandas para o povo, expandindo significativamente o repertório através das transcrições de Wieprecht. A Banda da Guarda Nacional Francesa organizada por Bernard Serrette em 1789 é apontada como o marco inicial da banda moderna.
Músicos estrangeiros à orquestra sinfônica de ribeirão preto sp (1995-2000)Gisele Laura Haddad
Este documento analisa a participação de músicos estrangeiros na Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto entre 1995-2000, sob a batuta do maestro Roberto Minczuk. A pesquisa oferece um histórico da influência estrangeira na cena musical local desde a chegada de imigrantes e destaca figuras como François Cassoulet. Relatos de vida de músicos estrangeiros e brasileiros que atuaram na orquestra nesse período são apresentados.
Fatores de motivação na participação dos componentes da fanfarra colégio padr...Eduardo Araujo
Este documento discute os fatores motivacionais que levam os integrantes da Fanfarra Padre Galvão a participarem e seu impacto no desempenho musical. A pesquisa mostrou que a maioria continua participando por compromisso com a fanfarra, mesmo sem incentivos financeiros. Fatores como aprender instrumentos, praticar em conjunto e se apresentar público motivaram a participação.
Myrian de Souza Strambi atuação e produção literária musicalGisele Laura Haddad
Este documento é uma monografia apresentada por Isabela Marques à Universidade de Ribeirão Preto sobre a vida e obra de Myrian de Souza Strambi. A monografia analisa a atuação de Strambi como professora, compositora, arranjadora e memorialista, destacando sua importante contribuição à educação musical em Ribeirão Preto entre as décadas de 1950 e 1990. Além disso, o trabalho busca divulgar a metodologia desenvolvida por Strambi para o ensino de harmonia musical.
Bach e pink floyd breve estudo comparativo entre a música clássica e a música...BRIAN MOORE
Este documento discute os elementos essenciais da música - melodia, harmonia e ritmo - e fornece exemplos de como esses elementos são utilizados na música clássica e no rock. O documento analisa como Bach e Pink Floyd utilizam esses elementos de maneira diferente e como a música clássica geralmente dá mais ênfase à melodia em comparação com o rock, que enfatiza mais o ritmo e os efeitos especiais.
Este documento é uma dissertação sobre a vida e obra do compositor Belmácio Pousa Godinho. A dissertação apresenta detalhes biográficos do compositor, analisa os diversos gêneros musicais cultivados por ele e cataloga sua extensa produção musical. O trabalho busca destacar a importância de Godinho para a música brasileira e para a cidade de Ribeirão Preto durante o século XX.
Egberto Gismonti é um multi-instrumentista brasileiro que se dedica principalmente ao violão e piano. Ele explora diversos estilos musicais e influências, do jazz à música erudita. Sua carreira internacional de sucesso começou na década de 1970, quando lançou o álbum "Dança das Cabeças" que recebeu o Grammy. Gismonti continua inovando com novos instrumentos e estilos musicais até hoje.
"REELABORAÇÕES PARA VIOLÃO DA OBRA DE J.S. BACH: ANÁLISE DAS VERSÕES DE FRANC...Sérgio Ribeiro
A música de Johann Sebastian Bach foi introduzida no repertório do violão pelo espanhol Francisco de Asís Tárrega Eixea, em 1907. Desde então, a música de Bach foi mantida como parte central do repertório tradicional, já que os grandes intérpretes do instrumento, como Llobet, Pujol, Segovia e seus discípulos, passaram a inserir as transcrições tarreganeanas em seus programas de concertos, além de contribuírem com novas versões e encorajarem futuras gerações. No presente trabalho analisamos duas reelaborações para violão da Fuga BWV1001, realizadas em um intervalo de, aproximadamente, 100 anos por Tárrega e pelo violonista argentino Pablo Marquez (1967). Como referencial teórico, empregamos os conceitos apresentados por Flavia Pereira relacionados às práticas de reelaboração e as abordagens e definições utilizadas pelos autores Philip Hii, Nicolas Goluses, Stanley Yates e Pedro Rodrigues. Nosso objetivo é apontar as diferentes técnicas de reelaboração no violão utilizadas por arranjadores e responder as seguintes questões: Quais técnicas de reelaboração foram utilizadas nas versões? Quais são as principais influências que definiram os caminhos tomados pelos arranjadores em suas versões? Quais foram os recursos que eles utilizaram? Seus pressupostos básicos sobre reelaboração são divergentes? Que subsídios podemos apontar a partir dos resultados obtidos? Finalmente, dentro dos parâmetros apresentados por Pereira, concluímos que a reelaboração musical de Tárrega pode ser classificada como ‘transcrição’, enquanto preferimos classificar a reelaboração de Marquez como ‘idiomatização’, que definimos como a prática que procura não só adequar a obra às possibilidades físicas do instrumento de destino, mas transformar seus elementos (da obra) em função do novo meio.
Brasileiro: Villa-Lobos & Friends, com Nelson FreirealfeuRIO
UMA VIAGEM AFETIVA: NELSON FREIRE INTERPRETA MÚSICA BRASILEIRA
Não foi por acaso que o Brasil entrou no século XX com uma constelação de pianistas notáveis - bastando mencionar Guiomar Novaes (1894-1979), Antonieta Rudge (1885-1974) e Magda lena Tagliaferro (1893-1986). Do último quartel do século XIX em diante, uma importante escola de piano desenvolveu-se no país, por um lado no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, e de uma forma especial em São Paulo, através de Luigi Chiaffarelli (1856-1923), considerado por Arthur Rubinstein um professor do calibre de lsidore Phillipp em Paris ou de Ferruccio Busoni em Berlim. Nelson Freire pode traçar uma descendência em linha direta dessas duas tradições, especialmente a de Chiaffarelli, por intermédio, na sua infância, de sua professora Lucia Branco, e pelo relacionamento e forte amizade que desenvolveu com Guiomar Novaes.
O repertório escolhido por Freire para este CD abrange música brasileira para piano, composta nos cerca de sessenta anos entre 1890 e o imediato Pós-Guerra. Esta seleção - em torno de obras compostas por Villa-Lobos entre 1919 e 1940 - apresenta composições de outros compositores importantes, desde a geração mais velha representada por Alexandre Levy, Henrique Oswald e Barrozo Netto, - passando pelos contemporâneos de Villa-Lobos, Lorenzo Fernández e Francisco Mignone -, até a geração mais nova de Camargo Guarnieri e Claudio Santoro. Este repertório, composto ao longo de três gerações de músicos preocupados com a consolidação de uma autêntica música brasileira, é em muitos aspectos comparável em qualidade, senso do colorido, originalidade rítmica e profundo conhecimento do instrumento, ao repertório para piano composto pela escola espanhola, entre as gerações de Isaac Albéniz e a de Federico Mompou.
Música, Artes Visuais, Dança e Teatro - Idade Média, Renascimento e BarrocoGabriel Resende
O documento descreve a música, artes visuais, dança e teatro nos períodos da Idade Média, Renascimento e Barroco, fornecendo detalhes sobre cada área em cada período. Na música da Idade Média, destaca-se o canto gregoriano e o desenvolvimento da polifonia, com compositores como Hildegarda de Bingen, Leonin e Pérotin. O Renascimento trouxe novos estilos musicais como a música profana e a polifonia complexa. O período Barroco é caracterizado por gêner
O violino tem sua origem no século XVI na Itália, onde cidades como Cremona se tornaram centros de fabricação. No século XVII, Antonio Stradivari aperfeiçoou o desenho do violino e produziu alguns dos melhores instrumentos. Seus violinos ainda possuem um valor inestimável pela beleza e qualidade do som.
A CONTRIBUIÇÃO DE JOSEFINA ROBLEDO PARA A HISTÓRIA DO VIOLÃO DE
CONCERTO NO BRASIL
Resumo: Na história do violão não raro surgem personagens que se identificam
como pontos de referência em relação as tensões e resoluções que são parte da
construção do instrumento enquanto fato social. No Brasil, essa construção recebe a
contribuição fundamental da violonista espanhola Josefina Robledo, que através de sua
performance e atuação didática estabelece as bases sobre as quais se construirá a
prática violonística no século XX. Tomamos como base comprobatória, os artigos
publicados em revistas e jornais da época, que relatam sua importância enquanto
formadora cultural.
O documento descreve a música medieval na Europa entre os séculos V e XV, período marcado pela espiritualidade e expressão artística religiosa. Apresenta os principais gêneros musicais como o canto gregoriano e a polifonia, o desenvolvimento da notação musical, as escolas de Notre-Dame e Ars Antiqua e Nova, assim como a música profana dos trovadores. Também lista os principais instrumentos musicais dessa era.
1) O documento discute a diferença entre música e ruído, e como a percepção disso mudou ao longo da história da música, com ruídos passando a ser incorporados como elementos musicais.
2) É proposto um conjunto de atividades em aula para explorar a diferenciação entre sons e ruídos, como composição, ditado e observação sonora.
3) Referências bibliográficas sobre o tema são fornecidas.
Este documento fornece informações sobre o plano de disciplina de História da Música ministrada pelo professor Adelino Frazão. O plano inclui objetivos gerais e específicos, conteúdo programático, metodologia, recursos didáticos, avaliação e referências bibliográficas. A disciplina abordará o desenvolvimento da música ocidental desde a Idade Média até os dias atuais, com foco na música para instrumentos de sopro.
Este trabalho descreve o estilo interpretativo de Jacob do Bandolim no choro, analisando declarações do músico, seu contexto sociocultural e depoimentos de outros músicos. A análise se concentra nos elementos interpretativos extraídos de gravações de obras de Ernesto Nazareth e Pixinguinha, como ornamentos, recursos técnicos, variação melódica e inserção de novo material.
1) O documento descreve a música do período clássico entre 1750-1820, focando em compositores como Haydn, Mozart e Beethoven.
2) Neste período, formas musicais como a sonata e a sinfonia se desenvolveram, enfatizando princípios como ordem, equilíbrio e razão.
3) A música clássica valorizava a beleza, graça e refinamento, com exploração da dinâmica e novos instrumentos como o piano e clarinete.
Representações do italiano em São Paulo: Juó Bananère e o macarronismo ítalo...Virginia913074
Aula sobre Juó Bananère. Parte do curso "Contribuição italiana à arte brasileira dos anos 1930 e 1940", ministrado no IEB-USP pela Prof. Virgínia de Almeida Bessa, 2020.
O documento descreve o espetáculo "Chico em Cena", que apresenta músicas e trechos da obra do compositor e escritor brasileiro Chico Buarque. O espetáculo é dirigido por Mônica Mesquita e conta com elenco, músicos e equipe técnica. As músicas e trechos selecionados são tirados principalmente da peça "A Ópera do Malandro" e retratam a sociedade e personagens de forma ainda atual.
Carl Orff foi um compositor alemão do século XX famoso pela cantata Carmina Burana. Ele também desenvolveu um método de ensino musical baseado em percussão e canto. Trabalhou com crianças até o fim de sua vida, desenvolvendo suas teorias de educação musical.
Fernando Lopes-Graça foi um compositor e musicólogo português nascido em 1906. Estudou música em Tomar e Lisboa e frequentou a Universidade de Lisboa e Coimbra. Compôs várias obras influenciadas pelo modernismo e nacionalismo, utilizando canções populares portuguesas. Foi professor, crítico musical e participou ativamente na política portuguesa após a II Guerra Mundial como membro do PCP. Sua obra inclui canções, música coral e orquestral.
MÚSICA – História da música moderna e contemporânea.pptxMariaMarques385773
O documento discute a história da música moderna e contemporânea no 9o ano do ensino fundamental. Apresenta as principais técnicas de composição da música moderna como o Impressionismo, Expressionismo, Dodecafonismo e Atonalismo. Também aborda a música contemporânea dos séculos XX e XXI, destacando diferentes estilos como a música eletroacústica e a música minimalista.
Este documento apresenta uma coleção de partituras musicais brasileiras disponibilizadas gratuitamente online pela Fundação Nacional de Artes. Inclui músicas populares, de concerto e corais de compositores brasileiros históricos e contemporâneos, além de um volume dedicado à sanfona brasileira.
O documento discute objetivos e conceitos relacionados à educação artística e musical no ensino básico português. Ele destaca a importância de promover a educação artística para sensibilizar estudantes às diversas formas de expressão estética e desenvolver aptidões nessas áreas. Também discute a educação musical genérica para todos os alunos e a aprendizagem de instrumentos musicais a partir dos 6 anos de idade.
1. O documento apresenta informações sobre Antonio Vivaldi, incluindo sua biografia e obra principal.
2. Vivaldi foi um compositor do período Barroco e um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da música instrumental. Sua obra mais famosa é As Quatro Estações.
3. O documento fornece definições de termos musicais como concerto, opus e catalogação, e discute a influência de Arcangelo Corelli no estilo de Vivaldi.
O documento discute a importância da música clássica, resumindo seus principais períodos históricos e estilos, além de destacar seus benefícios cognitivos e de saúde.
O documento resume as principais características da música barroca, incluindo seu surgimento na Europa dos séculos 16-18, o desenvolvimento da ópera na Itália, e as características gerais da música barroca como o uso do baixo contínuo e a valorização de ritmos de dança.
Repertório Palácio Foz, Sala dos Espelhos, 14 de outubro de 2013, às 18h00.Marcia Kaiser
O trio brasileiro de músicos: a soprano Marcia Kaiser, o barítono Paulo Barato e o pianista Fabio Cardoso, mostram uma parte do cancioneiro erudito brasileiro, em concerto no Palácio Foz, na Sala dos Espelhos, dia 14 de outubro, às 18h00.
O trio da cidade de Curitiba, sul do Brasil, se apresenta já há algum tempo, e durante sua caminhada, despertou a paixão pela música brasileira. O repertório mostra a diversidade étnica e cultural existente na identidade brasileira: Desde temas líricos, indígenas, afro-brasileiros e tradição oral.
O pianista Fábio Cardoso é bacharel em piano mas, desde a universidade interessa-se pela improvisação característica da música popular e do jazz. Já acompanhou alguns famosos cantores e compositores da Música Popular Brasileira: Dominguinhos, Paulinho da Viola, Lenine, Ivan Lins entre outros. É o pianista da Orquestra de Cordas e do Vocal Brasileirão, grupos curitibanos que difundem a MPB.
Paulo Barato, desenvolve repertório lírico e a música de câmara brasileira. Escolheu dentre as peças a serem apresentadas pelo sincretismo religioso, intrínseco à cultura brasileira.
Marcia Kaiser, mestranda em música pela UFPR, Universidade Federal do Paraná, representará as famosas composições escritas para soprano do grande compositor Heitor Villa-Lobos.
Repertório Palácio Foz, Sala dos Espelhos, 14 de outubro de 2013, às 18h00.
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1. UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO
Centro de Ciências Humanas
Bacharelado em Instrumento – Piano
AS 12 VALSAS DE ESQUINA PARA PIANO DE FRANCISCO
MIGNONE: uma abordagem interpretativa por meio de seus sons e
timbres
RAFAEL CALESSO URBANOVICZ
BAURU
2008
2. 1
RAFAEL CALESSO URBANOVICZ
AS 12 VALSAS DE ESQUINA PARA PIANO DE FRANCISCO
MIGNONE: uma abordagem interpretativa por meio de seus sons e
timbres
Projeto apresentado à disciplina de Métodos e Técnicas da Pesquisa II no
curso de Instrumento Piano como parte do requisito para avaliação
Professor responsável:
Prof. Ms. Helerson de Almeida Balderramas
BAURU
2008
3. 2
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3
1.1 Situação problema ........................................................................................................... 3
1.2 Fundamentação teórica .................................................................................................... 3
1.2.1 Francisco Mignone: vida e obra ................................................................................... 3
1.2.2 Valsas para piano ......................................................................................................... 7
1.2.3 Aspectos interpretativos ............................................................................................... 8
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 11
2.1 Objetivo geral ................................................................................................................ 11
2.2 Objetivos específicos ..................................................................................................... 11
3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 12
4 METODOLOGIA............................................................................................................. 13
5 CRONOGRAMA ............................................................................................................. 14
5.1 Plano de Pesquisa .......................................................................................................... 14
6 ORÇAMENTO ................................................................................................................. 15
REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 16
4. 3
1 INTRODUÇÃO
1.1 Situação problema
A Música Brasileira para piano é representada por um grande número de
compositores com diferentes estilos, influências e características históricas e culturais por
eles consideradas em suas inspirações.
Francisco Mignone, um dos compositores brasileiros de maior expressão, compôs
um vasto repertório pianístico do qual se destacam as Valsas de Esquina, que apresentam
um rico universo sonoro de brasilidade.
Neste contexto os pianistas, ao executarem tais obras, devem valer-se de técnicas
interpretativas capazes de expressar esta brasilidade, tais como timbrar um som
característico segundo a intenção do compositor, aliado a subjetividade do intérprete,
conhecimento prévio da brasilidade musical, antecedentes histórico-sociais e biográficos
da vida e obra do compositor, etc.
Que técnicas um intérprete necessita para uma reprodução sonora adequada à
intenção do compositor Francisco Mignone nas 12 Valsas de Esquina?
1.2 Fundamentação teórica
1.2.1 Francisco Mignone: vida e obra
A imaginação fértil e a facilidade de composição de Francisco Mignone se refletem
profusamente em sua obra para piano. Sem dúvidas a sua genialidade composicional se
deve à influência dos grandes mestres que lhe ensinaram desde cedo sobre o universo
musical e ao meio social em que vivia em São Paulo.
Francisco Mignone nasceu em São Paulo, no dia 3 de setembro de 1897,
filho do jovem músico italiano Alferio Mignone, flautista que havia
emigrado para o Brasil no ano anterior. Desde muito cedo Francisco
Mignone recebeu uma esmerada formação musical estudando flauta e
piano; aos 15 anos, ingressou no Conservatório Dramático e Musical de
São Paulo onde passou a ser orientado pelos melhores professores que
havia na cidade: seu próprio pai (flauta) e o célebre mestre italiano
Agostino Cantú (piano, harmonia, contraponto e composição). quando
terminou o conservatório, o jovem Mignone já era conhecido no
ambiente musical paulista. Desde os 13 anos de idade, tocava piano em
pequenas orquestras para ajudar nas despesas com seus próprios estudos
e eventualmente atuava também como flautista, não só em orquestras
mas também em conjuntos de “chorinhos” pelas ruas de são Paulo.
5. 4
Começava também a revelar seu talento para a composição criando
peças de cunho popular, com o pseudônimo de “Chico Bororó”
(RODRIGUES, 1996, p. 98).
A primeira experiência profissional do compositor Francisco Mignone foram seus
trabalhos feitos no período em que ele usava o pseudônimo de “Chico Bororó”, experiência
essa que o acompanhou a vida toda. Influenciado que foi pela música produzida pelos
chorões e seresteiros, essa fase marca sua adolescência e traça seu perfil musical
estabelecendo sua personalidade e o estilo de suas composições.
A lição de trabalho que recebia do exemplo do passado do pai, levava-o
no limiar da adolescência à conquista de seus próprios recursos
pecuniários. E havia de acompanhá-lo toda a vida, tornando-o um dos
músicos mais trabalhadores, num sentido vulgar, proletário ou artesanal,
do nosso panorama artístico contemporâneo (AZEVEDO, 1997, p. 11).
Os contatos com músicas e músicos populares lhe serviram de experiência para a
elaboração de peças de cunho nacionalista. Tendo sido influenciado pelo mentor do
movimento nacionalista, o escritor Mário de Andrade, as músicas de Mignone atenderam
ao espírito nacionalista que São Paulo viveu no século passado (IKEDA, 1986).
Naquela época o governo de São Paulo tinha um sistema que concedia bolsas de
estudos no exterior para jovens artistas, desde que seus nomes fossem aprovados por uma
comissão presidida pelo então deputado Freitas Valle, um admirador do talento de
Mignone. Após um brilhante concerto em dezembro de 1918, onde Mignone interpretou ao
piano o 1º movimento do Concerto de Grieg e também apresentou duas de suas
composições sinfônicas (Caramuru e a Suíte Campestre), o Governo do Estado prometeu-
lhe uma bolsa de estudos. Finalmente em 1920 é concedida a bolsa de estudos cujo destino
foi a Itália tendo aulas no Conservatório Giuseppe Verdi (RODRIGUES, 1996, p. 98).
Segundo Kiefer (1989, p. 35):
(...) na Itália Mignone estudou harmonia, contraponto, fuga e
composição com o célebre mestre Vincenzo Ferroni (1858-1934), que
tivera formação francesa como discípulo de Massenet. Seu nome estava
ligado à história da música brasileira, pois havia sido colega de
Francisco Braga e Alexandre Levy. Mignone solidificou e ampliou seus
conhecimentos, inclusive em orquestração, arte pela qual já demonstrava
especial aptidão.
Aos 24 anos de idade, ainda sob a orientação de Vincenzo Ferrone, Mignone
escreveu sua primeira ópera: O contratador de diamantes, com libreto em três atos de
Giralomo Bottoni. Essa ópera teve estréia mundial em 20 de setembro de 1924 no Teatro
6. 5
Municipal do Rio de Janeiro, sob a direção de Emil Cooper. Na Itália Mignone escreveu
também os poemas sinfônicos Momus, Festa Dionisíaca e No Sertão (AZEVEDO, 1997).
A Congada faz parte do segundo ato da ópera O contratador de Diamantes. Foi
interpretada em janeiro de 1923, na cidade do Rio de Janeiro pela Filarmônica de Viena
sob a regência de Richard Strauss. Esse movimento da ópera mostra os negros dançando
no adro da igreja de Santo Antônio, no Tejuco. A Congada influenciou o caminho no qual
Mignone seguiu um pouco mais tarde. Sob a inspiração dessa composição Francisco
Mignone compôs uma série de músicas com a temática da música afro-brasileira
(DUARTE, 1997).
Em 1928, sob a direção musical de Túlio Serafin, estreou-se a segunda ópera de
Francisco Mignone, L’innocent. Essa ópera e todo o repertório escrito por Mignone
durante sua estadia na Itália mostram grande influência italiana, razão pela qual Mignone
foi duramente criticado pelo escritor Mário de Andrade, que tinha a intenção de estimular e
influenciar os compositores brasileiros para uma produção musical usando características
“genuinamente” nacionais (AZEVEDO, 1997).
Francisco Mignone ficou nove anos na Europa. Em 1929 retornou definitivamente
para o Brasil, passando a residir em São Paulo. Em 1931 as críticas de Mário de Andrade
surtiram efeito, pois nesse ano estreava a Primeira Fantasia Brasileira, obra para piano e
orquestra que traz de volta os traços característicos da música produzida em sua
adolescência. Francisco Mignone compôs quatro Fantasias, todas elas lembram Chico
Bororó (AZEVEDO, 1997).
Em 1932 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde foi professor de Regência no
Instituto Nacional de Música (atual E.M.UFRJ, Escola de Música da Universidade Federal
do Rio de Janeiro), aposentando-se em 1967 (KIEFER, 1983).
Graças à amizade de Francisco Mignone e de Mário de Andrade, ainda em São
Paulo, Mignone iniciava a composição de Maracatu de Chico Rei, obra para coro e
orquestra, onde o compositor utiliza em sua instrumentação grandes efeitos rítmicos e
sonoros. Maracatu de Chico Rei é a primeira obra cujo tema literário é fornecido por
Mário de Andrade. Trata-se de um bailado afro-brasileiro, baseado na construção da igreja
de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Vila Rica. Nessa linha de composição seguem
Batucajé e Babaloxá (1935), Leilão, Cânticos de Obaluayê (1934), Dona Janaína (1938).
Esse período da vida de Francisco Mignone ficou marcado pela influência da música afro-
brasileira em suas composições (AZEVEDO, 1997).
7. 6
Francisco Mignone foi um dos compositores brasileiros mais significativos. Ele é
autor de grandes trabalhos orquestrais além de diversas obras de câmara. Para Azevedo
(1997) as grandes obras sinfônicas como a Sinfonia do Trabalho, O Espantalho, Festa das
Igrejas, Quadros Amazônicos, escritas de 1939 à 1942 revelam as interpelações de
Mignone sobre si mesmo nesse período de sua vida. A influência do amigo Mário de
Andrade foi importante e ajudou o compositor a superar a crise em que vivia.
Aos 50 anos de idade Francisco Mignone escreveu o livro A parte do Anjo com a
colaboração do musicólogo Luis Correa de Azevedo, do escritor e crítico musical Mário de
Andrade e de sua primeira esposa Liddy Chiafarelli. Este livro trata de um momento de
autocrítica e reflexão sobre a vida e a personalidade do compositor (MEDEIROS, 1995).
Na década de 60, à partir de um profundo estuda da Missa em Si b de Palestrina,
Francisco Mignone compôs várias missas para vozes mistas. Mignone escreveu essas
composições com textos em latim. A primeira delas foi a 1ª Missa em Si b maior composta
em 1962. em 1963 compos a 2ª Missa, em Ré Menor. A composição de missas não parou
por aí: em 1965, 66, 67 e 68 compôs respectivamente a 3ª Missa, a 4ª Missa em Sol Maior,
a 5ª, a 6ª e a 7ª Missa, a última da série (AZEVEDO, 1997).
Em seus últimos anos de vida Mignone buscou Chico Bororó através de suas
composições. Segundo Medeiros (1998, p. 43) na década de 80, nos últimos anos de vida,
Mignone confessa a sua busca pelos elementos musicais que o motivaram no passado da
sua juventude em São Paulo, quando se deleitava em tocar flauta nas serestas vividas nas
esquinas da grande paulicéia, sob a luz dos lampiões de gás. Foi com essa atmosfera
musical que o compositor impregnou as 16 valsas para fagote solo e as valsas para piano.
Com 83 anos, casou-se com Maria Josephina, com quem já formava um duo
pianístico bem sucedido.
Durante todo esse período, Mignone esteve atento e acompanhou a
música brasileira, emitindo opiniões, elogios e participando do cenário
contemporâneo da música brasileira, como ele mesmo disse: “Todo
compositor deve acompanhar a produção contemporânea. Não podemos
ignorar os anseios dos jovens, e sim, partir do princípio de que é
necessário mudar tudo e fazer o que ninguém ouviu até hoje”
(BIONDO, 1977, p. 31).
Francisco Mignone faleceu no Rio de Janeiro no dia 19 de fevereiro de 1986
(MEDEIROS, 1995).
8. 7
1.2.2 Valsas para piano
Muito diversificadas foram as composições para piano de Mignone, porém a forma
musical que consagrou seu reconhecimento foi a valsa.
Possivelmente foi o músico brasileiro mais completo – compositor,
professor, regente, virtuose do piano, acompanhador, orquestrador,
intérprete de música de câmara, poeta e intelectual. Sua valorosa
contribuição para o piano são as 12 Valsas de esquina (1938-42), as
quais retratam muito bem o clima dos chorões das primeiras décadas do
século, além de outros tipos de valsas notadamente brasileiras. Mignone
compôs Prelúdios, Lendas sertanejas, Estudos transcendentais, outra
série de 12 Valsas-choro (1946-1955), 12 Valsas brasileiras e, todas em
tons menores e para piano e orquestra, três Fantasias brasileiras e o
Concerto (1958). (FUCCI AMATO, 2006, p. 86).
Segundo Medeiros (1995, p. 2) “em 1938 Mignone iniciou a composição das 12
Valsas de Esquina, gravadas por Arthur Moreira Lima, entre janeiro de 1980 e julho de
1982, na sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro)”. Ainda para Medeiros, essa iniciativa
levou-o a ser o compositor merecedor do cognome “O Rei da Valsa”, título conferido por
Manuel Bandeira.
As Valsas de Esquina foi a primeira coleção de valsas escritas por
Mignone. Todas elas são distintas e compostas em tonalidades menores.
Essas valsas foram compostas a partir de profundo estudo sobre os 24
prelúdios de Chopin, escritos nas 24 tonalidades maiores e menores
(MEDEIROS, 1995, p. 2).
Essas valsas para piano têm traços musicais importantes no que se refere ao estilo
composicional de Mignone. De acordo com Medeiros (1995) deve ser notada a textura
harmônica ¾ e o movimento melódico da mão esquerda, lembrando os movimentos
improvisados do baixo do violão, quando executando choros e melodias seresteiras, as
seções em tons menores e maiores, a execução articulada das apogiaturas, (que devem ser
valorizadas de acordo com o andamento da peça) e os movimentos agógicos. Existirão
detalhes outros, que serão percebidos por ouvidos afinizados com esse universo musical
Mignoniano.
Em 1946 Mignone iniciou a composição das 12 Valsas-choro para piano,
terminando essas composições em 1957. Essas valsas foram escritas também em
tonalidades menores (MEDEIROS, 1995).
Francisco Mignone iniciou na década de sessenta a composição das 24 Valsas
Brasileiras compondo duas delas. A continuação desse trabalho se deu em 1975 com a
9. 8
composição da Valsa Brasileira nº 3. Somente em 1979 o trabalho prossegui com a
composição das valsas brasileiras de nº 4 a 12. Em 1984 Mignone compôs mais 12 Valsas,
completando a coleção das 24 Valsas Brasileiras para piano. Oito valsas dessa coleção
foram dedicadas à sua esposa Josephina Mignone que, segundo ela, ressaltam o aspecto
seresteiro do compositor (MIGNONE, J apud MEDEIROS, 1994).
Mignone casou-se em 1964 com Maria Josephina, dessa união surgiu um
harmonioso duo pianístico que divulgou a música brasileira em seus recitais por todo o
Brasil. Maria Josephina foi a segunda esposa do compositor. Ela estudou com Lourenço
Fernandez, Arnaldo Estrela, Madalena Tagliaferro e com o próprio Mignone (MEDEIROS,
1995).
Ainda na década de 60 Francisco Mignone compôs várias obras sob a inspiração de
Igor Stravinsky, entre elas estão as sonatas nº 2 e nº 3 para piano. (MEDEIROS, 1995).
Francisco Mignone era um grande admirador de Stravinsky, inclusive estudou várias de
suas obras com o intuito de aprender mais sobre a arte da composição.
1.2.3 Aspectos interpretativos
Segundo Salomea Gandelman (1995), algumas das qualidades essenciais que
caracterizam uma interpretação, como o timbre, a cor e o caráter, são quase inexistentes na
escrita musical. Diante desse quadro, o intérprete possui poucas opções no que se refere à
execução da música anterior a 1600, que só pode ser compensada apoiando-se em
pesquisas na tradição oral e nas convenções de época.
Para os progressistas, a interpretação se identifica com a atividade do espírito e
possui uma missão criativa, na qual o texto constitui, ao mesmo tempo, o ponto de partida
e o limite que se opõe à atividade do espírito, que se desenvolve ao superar e resolver o
obstáculo em questão (FUBINI, 1971, p. 381).
O filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel, em suas famosas
lições de Estética proferidas em Heidelberg e Berlim entre 1820 e 1829
(HEGEL, 1993), parece ter sido um dos primeiros a detectar que os
modos de execução musical se orientavam em duas direções, qual seja,
na primeira, o intérprete se identificava apenas com a expressão já
contida na obra e, na segunda, ele se encarregava não apenas dessa
expressão, mas também de si próprio (APRO, 2004, p. 16).
Sem dúvidas a questão interpretativa de uma obra é muito relativa, pois cada
indivíduo tem a sua concepção de mundo construindo, assim, a sua personalidade.
10. 9
O próprio de cada interpretação é enunciar um ponto de vista particular,
que atualiza momentaneamente uma virtualidade da obra, sem, no
entanto, excluir outras atualizações possíveis [...]. A interpretação revela,
pois, a personalidade do intérprete, ao mesmo tempo que visa desvelar a
verdade da obra. Nesse sentido, toda verdadeira interpretação se define
tanto pela parte de criação pessoal e de recursos expressivos que nela
insere o intérprete, quanto pela fidelidade literal ao texto interpretado –
observação de parâmetros precisos da notação, de traços estilísticos e de
suas convenções. É, contudo, de um equilíbrio mais ou menos bem
sucedido entre essas duas direções que depende o valor e a força de
impacto de uma interpretação (GANDELMAN, 1995, itálico nosso).
Um dos autores que se debruçam sobre a questão histórica da interpretação musical
foi Frederick Dorian. Sua proposta de focalizar a história da música do ponto de vista dos
intérpretes foi, metodologicamente falando, original para a época (década de 30). O autor
inicia sua pesquisa delimitando a questão interpretativa em duas categorias: Subjetividade
– aquele que reflete a individualidade do intérprete, e Objetividade – atitude de lealdade
inconstitucional ao roteiro musical (DORIAN, 1942, p. 26). Afirma que nunca houve
solução definitiva a essa dicotomia, uma vez que as diferentes argumentações de uma
facção são contínuas na História da Música, somando-se ao fato de que cada ser humano
demonstra um impulso natural diferenciado em relação à mesma partitura, pois cada
intérprete possui uma diferente formação, educação, cultura e experiências humanas e
artísticas (DORIAN, 1942, p. 27). O autor recomenda alguns caminhos para guiar o
intérprete em sua tarefa:
Entender a linguagem;
Conhecer as épocas;
Apreender a essência por trás dos símbolos escritos
(DORIAN, 1942, p. 31).
As preocupações referentes à interpretação musical viriam ainda a conhecer outras
perspectivas teóricas na década de 60, como a análise aplicada à execução. Esta tendência
angariou certa respeitabilidade devido à dificuldade dos grandes artistas em expressar,
tanto verbalmente quanto na escrita, as diversas nuances de suas performances. Edward
Cone (1968) foi um dos mais influentes teóricos dessa linha, que privilegiou a
sistematização de uma prática interpretativa baseada na análise, com o propósito de guiar o
intérprete na tarefa de salientar os aspectos estruturais em sua execução como, por
exemplo, a dosagem dos pesos nas cadências harmônicas (APRO, 2004, p. 29).
Alfred Cortot, pianista francês, transmite aos pianistas em suas aulas públicas que a
questão mais importante para o intérprete é a busca do sentimento inerente a cada obra.
11. 10
A música não pode, evidentemente, nada descrever com precisão. Seu
domínio é o despertar das sensações. Ela deve permitir a cada um viver
seu sonho, sob a influência de uma excitação momentânea, que pode
diferir segundo a disposição dos ouvintes e segundo sua mentalidade
profunda (CORTOT, 1986, p. 16).
Interpretar é recriar em si a obra que se toca”, disse mais uma vez
Cortot, insistindo na necessidade de não se lançar à tarefa senão
colocando-se nas condições em que a criação foi produzida. Em outras
palavras, na necessidade de saber muito, a fim de compreender bem e de
evitar erros (CORTOT, 1986, p. 18).
Vale ressaltar a recomendação de Cortot em relação à técnica que sempre deve
estar a serviço da interpretação:
“O único meio [...] de aperfeiçoar a técnica instrumental é submete-la estreitamente
à preocupação da interpretação poética. Assim, a técnica se diversifica, tornando-se
flexível e confere à execução esses matizes variados” (CORTOT, 1986, p. 17).
12. 11
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Ressaltar a relevância de Francisco Mignone no cenário musical brasileiro, em
especial nas composições para piano, realizando uma abordagem interpretativa das
Valsas de Esquina.
2.2 Objetivos específicos
Identificar nas Valsas de Esquina de Francisco Mignone a construção por camadas
sonoras, tais como, melodia, acompanhamento e preenchimento harmônico;
analisar o contexto histórico e social do compositor;
correlacionar o contexto histórico e social do compositor com o caráter da obra;
indicar as possibilidades de timbragens adequadas ao caráter das obras;
comprovar por meio de gravações e execução ao piano formas de timbrar o som
nos trechos das obras;
produzir um vídeo no formato AVI para ser exibido na internet demonstrando as
formas de timbrar o som nos trechos das Valsas de Esquina de Francisco Mignone.
13. 12
3 JUSTIFICATIVA
A importância desta pesquisa consiste em apresentar-se como um instrumento de
auxílio à pianistas, que queiram interpretar as 12 Valsas de Esquina de Francisco Mignone,
demonstrando o timbre característico das influências do compositor.
Francisco Mignone (1897-1986) foi um importante compositor brasileiro. Em todas
as vertentes musicais que explorou, revelou produzir a arte de uma das maneiras mais rica
e refinada. Sem dúvidas a genialidade composicional de Mignone é fruto de um talento
excepcional, e tal genialidade também se deve à influência dos grandes mestres que lhe
ensinaram desde cedo sobre o universo musical, e ao meio social em que viveu na cidade
de São Paulo.
Sua juventude foi marcada pela convivência com músicos seresteiros, época em
que percorriam determinadas ruas e bairros de São Paulo tocando e cantando.
Posteriormente tal convivência torna-se inspiração para a elaboração de inúmeras obras-
primas, sobretudo as Valsas de Esquina para piano. O aprimoramento da interpretação da
música para piano, para os ouvintes da boa música erudita, nesta produção científica ainda
servirá como forma de resgate da música folclórica brasileira.
14. 13
4 METODOLOGIA
Esta pesquisa será desenvolvida utilizando o método hipotético-dedutivo, que “é
um método lógico, as conseqüências são deduzidas por meio de experimentação”
(GIL,1999). Neste caso a experimentação será por meio de um estudo da técnica pianistica
e suas variantes timbrísticas, afim de caracterizar a intenção do compositor Francisco
Mignone nas 12 Valsas de Esquina.
Para tanto será necessário a realização de uma pesquisa bibliográfica, documental e
experimental. A pesquisa bibliográfica servirá para melhor embasamento teórico e
científico da vida e obra de Francisco Mignone e da técnica pianística. Já a pesquisa
documental será necessária para referência de sua produção musical e intelectual. E a
pesquisa experimental que comprovará a timbragem característica segundo a intenção do
compositor nas 12 Valsas de Esquina.
Quanto a coleta de dados serão utilizadas fontes primárias (partituras, gravações,
entrevista televisiva) e secundárias (livros, sites, artigos, dissertações). O tratamento desses
dados será qualitativo, pois considerará a qualidade da eficiência da técnica associada a
interpretação.
Esta pesquisa será limita, pois serão demonstrados em pequenos trechos de cada
uma das 12 valsas de esquina as possíveis formas de timbragem segundo as influências do
compositor.
15. 14
5 CRONOGRAMA
Mês de execução - 2009
ETAPAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Levantamento Bibliográfico: X X
Fichamento de Livros, Periódicos,
Vídeos, CD Rom, Pesquisas
Internet, etc.
Elaboração dos Instrumentos de X X
Pesquisa
Desenvolvimento da Pesquisa – X X X X
Coleta de Dados/ Ensaios
Laboratoriais.
Análise dos dados coletados X X X
baseando-se nos estudos
previamente realizados
Redação preliminar do trabalho X X
Considerações finais do trabalho, X
revisão e entrega.
5.1 Plano de Pesquisa
Levantamento Bibliográfico: A pesquisa bibliográfica se dará nos dois primeiros
meses
Elaboração dos Instrumentos de Pesquisa: Num segundo momento ocorrerá a
elaboração dos instrumentos de coleta de dados (Formulários).
Coleta de Dados: A coleta de dados se dará no período do quarto ao sétimo mês,
concomitantemente aos ensaios Laboratoriais.
Análise dos dados: A análise dos dados ocorrerá no período do sétimo ao nono
mês.
Redação: Por fim a redação final do relatório de pesquisa, revisão e entrega nos
últimos três meses.
16. 15
6 ORÇAMENTO
Quadro 1 - Material de Consumo
QUANT. DESCRIÇÃO DISPONÍVEL (R$) NÃO-DISPONÍVEL (R$)
500 Fls de papel sulfite A4 17,00
1 Tinta para impressora 80,00
cartucho
15 CD-R 15,00
TOTAL 112,00
Quadro 2 - Material Permanente
QUANT. DESCRIÇÃO DISPONÍVEL (R$) NÃO-DISPONÍVEL (R$)
1 Piano 2.000,00
1 Aparelho de CD 200,00
1 Computador 2.000,00
1 Gravador MP3 120,00
TOTAL 4.000,00 320,00
Quadro 3 - Recursos para Bibliografia
QUANT. DESCRIÇÃO DISPONÍVEL (R$) NÃO-DISPONÍVEL (R$)
Livros 500,000
TOTAL 500,00
Quadro 4 - Serviços de Terceiros
QUANT. DESCRIÇÃO DISPONÍVEL (R$) NÃO-DISPONÍVEL (R$)
200 Fotocópias 25,00
1 Encadernação 3,50
200 h Internet X
TOTAL 28,50
Quadro 5 - Orçamento do Projeto
DESCRIÇÃO DISPONÍVEL (R$) NÃO-DISPONÍVEL (R$)
Material de Consumo 112,00
Materiais Permanentes 4.000,00 320,00
Recursos para a Bibliografia 500,00
Serviços de Terceiros 28,50
TOTAL 4.000,00 960,50
17. 16
REFERÊNCIAS
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Bauru: USC, 2005. 41p.
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Rio de Janeiro, 03/09/1977. p. 31
CORTOT,Alfred. Curso de interpretação. Brasília, DF: Editora Musimed, 1986
Dicionário GROVE de música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
FUCCI AMATO, Rita de C. Educação pianística: o rigor pedagógico dos conservatórios.
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GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 206p.
KIEFER, Bruno. Mignone Vida e Obra. Porto Alegre: Editora Movimento, 1983.
MARIZ, Vasco. Francisco Mignone: o homem e a obra. Rio de Janeiro: UERJ. 1997.
MEDEIROS, Elione Alves de. Uma abordagem técnica e interpretativa das 16 valsas
para fagote solo de Francisco Mignone. 1995. (Dissertação de Mestrado) – Universidade
Federal do Rio de Janeiro, RJ.
MEDEIROS, Elione Alves. Traços Interpretativos e o cantaile nas valsas para fagote de
Francisco Mignone. Disponível em: http://www.haryschweizer.com/Textos/Mignone_
valsas.htm. Acessado em: 21/10/2007
MIGNONE, Francisco. Biblioteca educação e cultura: musica. Rio de Janeiro: Bloch,
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RICHERME,Claudio. A Técnica Pianística - uma abordagem científica. São João da Boa
Vista, SP: AIR Musical Editora, 1996
RODRIGUES, Lutero. Francisco Mignone e Lorenzo Fernandez. In: BERNARDES,
Ricardo (org.) Revista Textos do Brasil, número 12: Música erudita brasileira. Brasília:
Ministério das Relações Exteriores, 2006. Disponível em: http://www.dc.mre.gov.br/
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Website O piano de Mignone. Opinião e Notícia – Clóvis Marques. Disponível em:
http://opiniaoenoticia.com.br/interna.php?id=10312. Acessado em: 23/10/2007