O crédito malparado em Portugal aumentou 128% entre 2009-2015, atingindo valores recorde. As micro e pequenas empresas são responsáveis por 64% do crédito problemático, tendo o seu endividamento aumentado exponencialmente desde 2012. É necessário criar um mecanismo para transferir ativos problemáticos para um "repositório", libertando capital para os bancos financiarem a economia e gerarem receitas.
A resposta capitalista que estão a preparar para a criseGRAZIA TANTA
O documento discute a resposta capitalista à crise econômica global. Aponta que as instituições regulatórias globais como o FMI e a OMC estão ineficazes, e os estados adotam medidas desconexas para ajudar os bancos locais. Também analisa as divergências entre abordagens keynesianas e neoliberais para lidar com a crise, e as evoluções e involuções do capitalismo desde a Grande Depressão.
Dívida & deficit – estratégia de empobrecimentoGRAZIA TANTA
1. A dívida pública portuguesa e os juros continuam a aumentar apesar da redução do défice, levantando questões sobre os limites dos cortes nos serviços públicos e aumentos de impostos.
2. Na UE, a situação é semelhante, embora atenuada na região central da Europa, revelando-se problemas políticos como a falta de democracia e aproximação dos limites do capitalismo.
3. A redução do défice em Portugal não tem nada de virtuosa, baseando-se na perda de direitos e cort
Boletim 43 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O documento descreve o impacto da crise financeira global na economia brasileira e as políticas implementadas pelo governo e Banco Central para lidar com a situação.
2. A política econômica tem se mostrado insuficiente para estimular o crédito, conter a desvalorização cambial e impedir sinais de desaceleração da atividade produtiva.
3. O cenário externo de recessão nos países desenvolvidos e queda na demanda por commodities brasileiras ameaça o desempenho da economia em 2009.
A dívida à segurança social o longo conluio entre empresários manhosos e o ...GRAZIA TANTA
Por cada minuto que passa, a Segurança Social e o conjunto dos trabalhadores e aposentados são lesados em € 1903, a favor dos capitalistas mais inúteis.
O acréscimo da dívida entre 2010 e 2011 daria para aumentar em € 10.9 por cada cem euros, as pensões de velhice.
Sumário
0 – Resumo das conclusões
1 - Uma questão elementar e urgente de política e ética
2 - A história da gestão ruinosa do PS/PSD e do apêndice CDS
a. O final do cavaquismo (1988/95)
b. Os tempos da “tralha guterrista” (1996/2001)
c. O dealbar do século XXI e a operação titularização (2002/2005)
d. O saque a céu aberto (2006/…)
3 - Cálculos emblemáticos do roubo sistémico através da dívida
Nota:
Referência a outros textos sobre a dívida, elaborados por Grazia Tanta
Este documento descreve a crise financeira nos EUA em 2008 e seu impacto em Portugal. A crise começou quando as pessoas nos EUA não conseguiram pagar seus empréstimos imobiliários, levando os bancos a entrarem em crise. Isso se espalhou globalmente à medida que os bancos venderam dívidas uns aos outros. Embora Portugal não tenha sido afetado diretamente, a economia foi impactada pelo enfraquecimento do dólar e aumento do resgate de fundos.
Passos oferece a guia de marcha para a construção de um país imergente
Enquadramento global
A dívida reduziu-se?
A nebulosa das incertezas
Juros da dívida, a continuidade
O saldo primário, o grande indicador do empobrecimento
O tesouro do Passos
O documento discute três pontos principais: 1) Os países que financiaram Portugal não fornecerão novo financiamento e imporão condições severas; 2) Portugal terá margem de manobra econômica e financeira limitada devido aos compromissos do Tratado Orçamental; 3) Existe risco de ruptura social e política se as medidas de austeridade continuarem por muito tempo.
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
A resposta capitalista que estão a preparar para a criseGRAZIA TANTA
O documento discute a resposta capitalista à crise econômica global. Aponta que as instituições regulatórias globais como o FMI e a OMC estão ineficazes, e os estados adotam medidas desconexas para ajudar os bancos locais. Também analisa as divergências entre abordagens keynesianas e neoliberais para lidar com a crise, e as evoluções e involuções do capitalismo desde a Grande Depressão.
Dívida & deficit – estratégia de empobrecimentoGRAZIA TANTA
1. A dívida pública portuguesa e os juros continuam a aumentar apesar da redução do défice, levantando questões sobre os limites dos cortes nos serviços públicos e aumentos de impostos.
2. Na UE, a situação é semelhante, embora atenuada na região central da Europa, revelando-se problemas políticos como a falta de democracia e aproximação dos limites do capitalismo.
3. A redução do défice em Portugal não tem nada de virtuosa, baseando-se na perda de direitos e cort
Boletim 43 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O documento descreve o impacto da crise financeira global na economia brasileira e as políticas implementadas pelo governo e Banco Central para lidar com a situação.
2. A política econômica tem se mostrado insuficiente para estimular o crédito, conter a desvalorização cambial e impedir sinais de desaceleração da atividade produtiva.
3. O cenário externo de recessão nos países desenvolvidos e queda na demanda por commodities brasileiras ameaça o desempenho da economia em 2009.
A dívida à segurança social o longo conluio entre empresários manhosos e o ...GRAZIA TANTA
Por cada minuto que passa, a Segurança Social e o conjunto dos trabalhadores e aposentados são lesados em € 1903, a favor dos capitalistas mais inúteis.
O acréscimo da dívida entre 2010 e 2011 daria para aumentar em € 10.9 por cada cem euros, as pensões de velhice.
Sumário
0 – Resumo das conclusões
1 - Uma questão elementar e urgente de política e ética
2 - A história da gestão ruinosa do PS/PSD e do apêndice CDS
a. O final do cavaquismo (1988/95)
b. Os tempos da “tralha guterrista” (1996/2001)
c. O dealbar do século XXI e a operação titularização (2002/2005)
d. O saque a céu aberto (2006/…)
3 - Cálculos emblemáticos do roubo sistémico através da dívida
Nota:
Referência a outros textos sobre a dívida, elaborados por Grazia Tanta
Este documento descreve a crise financeira nos EUA em 2008 e seu impacto em Portugal. A crise começou quando as pessoas nos EUA não conseguiram pagar seus empréstimos imobiliários, levando os bancos a entrarem em crise. Isso se espalhou globalmente à medida que os bancos venderam dívidas uns aos outros. Embora Portugal não tenha sido afetado diretamente, a economia foi impactada pelo enfraquecimento do dólar e aumento do resgate de fundos.
Passos oferece a guia de marcha para a construção de um país imergente
Enquadramento global
A dívida reduziu-se?
A nebulosa das incertezas
Juros da dívida, a continuidade
O saldo primário, o grande indicador do empobrecimento
O tesouro do Passos
O documento discute três pontos principais: 1) Os países que financiaram Portugal não fornecerão novo financiamento e imporão condições severas; 2) Portugal terá margem de manobra econômica e financeira limitada devido aos compromissos do Tratado Orçamental; 3) Existe risco de ruptura social e política se as medidas de austeridade continuarem por muito tempo.
Seres humanos, servos do sistema financeiroGRAZIA TANTA
O documento discute o crescimento descontrolado do sistema financeiro e seu poder sobre as pessoas. Ele analisa a evolução dos passivos financeiros em países da UE entre 1995-2020, mostrando um aumento constante e irregularidade crescente, tornando o sistema mais frágil e instável. Alguns países como Luxemburgo, Chipre e Malta têm passivos desproporcionais ao PIB, indicando especulação.
1) A situação econômica e social de Portugal já era difícil antes do euro, com altas taxas de inflação e intervenções do FMI.
2) A adoção do euro trouxe algumas vantagens inicialmente, como taxas de juro mais baixas, mas também escondeu desvantagens.
3) Atualmente, centrar os problemas apenas na moeda é um fetichismo, já que as raízes estão na desigualdade estrutural e na dominação do capital financeiro.
1) A crise da dívida pública da Grécia continua dividindo a atenção dos investidores com as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Copom;
2) Há expectativa de que o FMI eleve o valor do pacote de resgate financeiro à Grécia, enquanto a Alemanha pressiona o país a adotar um rígido plano de redução do déficit;
3) As bolsas globais tiveram forte queda influenciadas pela crise da Grécia e temores de que se espalhe para outros países da
O documento defende a criação de um Fundo de Desendividamento para ajudar famílias sobreendividadas. Isso aumentaria o rendimento disponível das famílias, estimulando o consumo e crescimento econômico. Calcula-se que poderia gerar um ganho de 1,5% no PIB e a arrecadação de 665 milhões de euros em impostos. Também discute como os fundos poderiam alavancar mais investimentos das empresas.
Reflexões sobre a intervenção do estado na actual crise do capitalismoGRAZIA TANTA
1. O documento reflete sobre o papel do Estado na crise capitalista atual, notando que há convergência entre direita e esquerda no apoio à intervenção estatal para apoiar os capitais privados, embora possa não beneficiar os trabalhadores.
2. A capacidade de previsão das instituições do capitalismo tem sido hilariamente ineficaz, forçando medidas "socialistas" de nacionalização e apoios sociais para evitar agitação social.
3. Projeções demográficas para Portugal em 2060 mostram uma população resident
A precariedade no trabalho distingue os mais precários dos menos precários, colocando todos num patamar de insegurança face ao futuro. Os mais jovens, a despeito das suas mais elevadas habilitações procuram novas geografias; e os mais velhos encaram um horizonte carregado onde a hibridação dos seus descontos para a reforma com a volúpia do sistema financeiro, não augura nada de bom.
Sumário
1 - As três esferas do salariado
2 - Assalariados e independentes
2561 07 itaú lucra r$ 7,12 bi no 1º semestre, mas fecha 9 …Seeb Friburgo
O Itaú lucrou R$ 7,12 bilhões no primeiro semestre de 2012, porém demitiu 9 mil funcionários no período. O sindicato critica as demissões em meio a lucros recordes e acusa os bancos de inflar provisões para créditos de forma artificial para justificar as demissões. O Santander planeja fechar 96 agências no Reino Unido como parte da integração de bancos adquiridos durante a crise financeira.
O Mundo e o Brasil: Cenários Focalizados na Crise e Pós-Crise Econômica – um ...Macroplan
O documento discute a crise econômica global e seus possíveis cenários até 2012. Apresenta as origens da crise nos desequilíbrios macroeconômicos globais e no mercado imobiliário dos EUA. Discorre sobre dois cenários para a crise: um de "dupla recessão" e outro de "superação eficaz". Aborda brevemente os possíveis impactos no Brasil e as incertezas sobre a evolução da economia mundial.
O documento descreve que os portugueses preveem cortar 8% nos gastos de Natal devido à recessão. Uma pesquisa mostra que 62% dos portugueses têm menos dinheiro para gastar no Natal deste ano. Além disso, 88% dos portugueses acreditam que a economia portuguesa está em recessão em 2011.
O documento apresenta os resultados do 2T10 do Banco PINE, com destaque para:
1) Crescimento consistente dos resultados trimestre a trimestre, impulsionado pela carteira de crédito de empresas e estratégia de cross-selling;
2) A carteira de crédito de empresas cresceu 7,5% no trimestre e 56,3% em 12 meses;
3) Os depósitos totais aumentaram 5,6% no trimestre, com crescimento de 66% em 12 meses.
Segurança Social, vítima de uma burla com décadasGRAZIA TANTA
Este documento discute a dívida acumulada na Segurança Social portuguesa devido à evasão fiscal e fraude contributiva por parte de empresas, com a conivência dos governos. Ao longo de décadas, bilhões de euros em contribuições não pagas foram usados pelos empresários como forma de capitalização, enquanto a dívida à Segurança Social cresceu significativamente. Apesar de vários planos de recuperação da dívida ao longo dos anos, a situação continua a piorar, comprometendo a sust
A crise econômica que afeta os Estados Unidos e a Europa está se espalhando para outros países devido à interdependência global. Isso pode impactar o Brasil através da desvalorização do Real frente ao dólar e aumento dos preços de importados, gerando inflação. A crise na Europa não deve afetar diretamente o emprego ou investimentos no Brasil, mas pode redirecioná-los para cá.
1. O documento descreve o impacto da crise financeira internacional sobre os governos europeus entre 2010-2012.
2. Nos anos de 2010 e 2011, a crise se aprofundou na Europa com altos déficits fiscais e dívidas públicas de países como Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha.
3. Em 2012, a crise atingiu seu ápice, com a desvalorização do euro e a ameaça de saída da Grécia da zona do euro, colocando em risco a própria uni
Na sequência da iniciativa do PSD de Torres Novas em colaboração com a Comissão Política Distrital do PSD de Santarém, realizada ontem, quinta-feira, 19 de Fevereiro, no Auditório do Hotel dos Cavaleiros, em Torres Novas, aqui fica a apresentação do Deputado Miguel Frasquilho, subordinada ao tema "Da Crise Financeira à Crise Económica: Impactos e Soluções para a Economia Portuguesa".
1) Portugal atingirá equilíbrio externo em 2012 pela primeira vez devido à redução do consumo interno e importações, aumento das exportações e interrupção do crédito externo.
2) A rápida correção externa pode criar a "exceção portuguesa" mesmo com austeridade, já que houve queda do consumo público e privado reduzindo importações.
3) No entanto, os equilíbrios internos podem não ser suficientes para Portugal voltar aos mercados em 2013, dependendo da ideia de co
O documento prevê que:
1) Os efeitos da crise econômica causada pela pandemia serão muito mais rápidos do que na crise de 2008, podendo ser sentidos em apenas 3 meses.
2) Podemos voltar a ter um PIB igual ao de há 12 anos atrás.
3) O ministro das Finanças português poderá ter a histórica marca de ter conseguido o maior excedente em 2019 e o maior déficit em 2020.
Os dez anos de crise – ganhadores e perdedoresGRAZIA TANTA
Dez anos depois, as medidas neoliberais, a única coisa que apresentam é um sistema financeiro frágil e uma nova bolha especulativa em crescimento; e o aumento do consagrado PIB mantém-se anémico baseado em salários baixos e no desempenho chinês. Os keynesianos também não brilham como alternativa....
1 - Quem mantém o sistema financeiro à tona?
2 - Um sistema bloqueado e politicamente sem oposição
3 - A lógica neoliberal dominante
4 - O que diz a escolástica economicista?
Os autores discutem os impactos de acordos comerciais internacionais como a Parceria Transpacífica sobre o Brasil. Francisco Carlos Teixeira da Silva argumenta que liberalizar o comércio mundial em meio à crise atual é uma tarefa difícil e sugere negociações globais para reduzir subsídios e tarifas. Elias Jabbour afirma que os EUA miram na China com a Parceria Transpacífica, o que pode afetar a integração sul-americana. Luiz Carlos Delorme Prado vê como pior cen
1) A União Europeia vai se reunir para discutir novas medidas para sustentar o euro, em meio à crise da dívida soberana na zona do euro.
2) Os mercados globais estão altamente voláteis devido aos temores de que a crise da dívida possa desencadear uma nova recessão global.
3) No Brasil, o Ibovespa teve forte queda refletindo o mau humor externo, enquanto o dólar atingiu nova máxima frente ao real.
O documento descreve como a crise económica portuguesa foi o resultado de decisões políticas ao longo de décadas que favoreceram o paradigma neoliberal e a desregulamentação dos mercados. Isso deixou a economia portuguesa vulnerável à concorrência externa e à especulação financeira. As políticas de austeridade impostas pela troika apenas agravaram a recessão em vez de resolver a crise das dívidas públicas.
O documento discute as diferentes perspectivas do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, e do garoto propaganda Luciano Huck sobre empréstimos e lucros bancários. Enquanto Setúbal defende margens de lucro maiores e é cético sobre incentivos para empréstimos, Huck promove uma imagem do Itaú como banco alinhado com o crescimento social. A estratégia de Setúbal revela a verdadeira cara do Itaú.
Anexos: Estratégia Europa 2020 Ponto de Situação das Metas em PortugalCláudio Carneiro
Este documento fornece um ponto de situação das metas da Estratégia Europa 2020 em Portugal. Resume o progresso feito no equilíbrio das finanças públicas, estabilização do sistema financeiro e implementação da agenda de transformação estrutural, concluindo que Portugal cumpriu a maioria das metas acordadas, apesar dos altos custos econômicos.
1) A situação econômica e social de Portugal já era difícil antes do euro, com altas taxas de inflação e intervenções do FMI.
2) A adoção do euro trouxe algumas vantagens inicialmente, como taxas de juro mais baixas, mas também escondeu desvantagens.
3) Atualmente, centrar os problemas apenas na moeda é um fetichismo, já que as raízes estão na desigualdade estrutural e na dominação do capital financeiro.
1) A crise da dívida pública da Grécia continua dividindo a atenção dos investidores com as decisões de política monetária do Federal Reserve e do Copom;
2) Há expectativa de que o FMI eleve o valor do pacote de resgate financeiro à Grécia, enquanto a Alemanha pressiona o país a adotar um rígido plano de redução do déficit;
3) As bolsas globais tiveram forte queda influenciadas pela crise da Grécia e temores de que se espalhe para outros países da
O documento defende a criação de um Fundo de Desendividamento para ajudar famílias sobreendividadas. Isso aumentaria o rendimento disponível das famílias, estimulando o consumo e crescimento econômico. Calcula-se que poderia gerar um ganho de 1,5% no PIB e a arrecadação de 665 milhões de euros em impostos. Também discute como os fundos poderiam alavancar mais investimentos das empresas.
Reflexões sobre a intervenção do estado na actual crise do capitalismoGRAZIA TANTA
1. O documento reflete sobre o papel do Estado na crise capitalista atual, notando que há convergência entre direita e esquerda no apoio à intervenção estatal para apoiar os capitais privados, embora possa não beneficiar os trabalhadores.
2. A capacidade de previsão das instituições do capitalismo tem sido hilariamente ineficaz, forçando medidas "socialistas" de nacionalização e apoios sociais para evitar agitação social.
3. Projeções demográficas para Portugal em 2060 mostram uma população resident
A precariedade no trabalho distingue os mais precários dos menos precários, colocando todos num patamar de insegurança face ao futuro. Os mais jovens, a despeito das suas mais elevadas habilitações procuram novas geografias; e os mais velhos encaram um horizonte carregado onde a hibridação dos seus descontos para a reforma com a volúpia do sistema financeiro, não augura nada de bom.
Sumário
1 - As três esferas do salariado
2 - Assalariados e independentes
2561 07 itaú lucra r$ 7,12 bi no 1º semestre, mas fecha 9 …Seeb Friburgo
O Itaú lucrou R$ 7,12 bilhões no primeiro semestre de 2012, porém demitiu 9 mil funcionários no período. O sindicato critica as demissões em meio a lucros recordes e acusa os bancos de inflar provisões para créditos de forma artificial para justificar as demissões. O Santander planeja fechar 96 agências no Reino Unido como parte da integração de bancos adquiridos durante a crise financeira.
O Mundo e o Brasil: Cenários Focalizados na Crise e Pós-Crise Econômica – um ...Macroplan
O documento discute a crise econômica global e seus possíveis cenários até 2012. Apresenta as origens da crise nos desequilíbrios macroeconômicos globais e no mercado imobiliário dos EUA. Discorre sobre dois cenários para a crise: um de "dupla recessão" e outro de "superação eficaz". Aborda brevemente os possíveis impactos no Brasil e as incertezas sobre a evolução da economia mundial.
O documento descreve que os portugueses preveem cortar 8% nos gastos de Natal devido à recessão. Uma pesquisa mostra que 62% dos portugueses têm menos dinheiro para gastar no Natal deste ano. Além disso, 88% dos portugueses acreditam que a economia portuguesa está em recessão em 2011.
O documento apresenta os resultados do 2T10 do Banco PINE, com destaque para:
1) Crescimento consistente dos resultados trimestre a trimestre, impulsionado pela carteira de crédito de empresas e estratégia de cross-selling;
2) A carteira de crédito de empresas cresceu 7,5% no trimestre e 56,3% em 12 meses;
3) Os depósitos totais aumentaram 5,6% no trimestre, com crescimento de 66% em 12 meses.
Segurança Social, vítima de uma burla com décadasGRAZIA TANTA
Este documento discute a dívida acumulada na Segurança Social portuguesa devido à evasão fiscal e fraude contributiva por parte de empresas, com a conivência dos governos. Ao longo de décadas, bilhões de euros em contribuições não pagas foram usados pelos empresários como forma de capitalização, enquanto a dívida à Segurança Social cresceu significativamente. Apesar de vários planos de recuperação da dívida ao longo dos anos, a situação continua a piorar, comprometendo a sust
A crise econômica que afeta os Estados Unidos e a Europa está se espalhando para outros países devido à interdependência global. Isso pode impactar o Brasil através da desvalorização do Real frente ao dólar e aumento dos preços de importados, gerando inflação. A crise na Europa não deve afetar diretamente o emprego ou investimentos no Brasil, mas pode redirecioná-los para cá.
1. O documento descreve o impacto da crise financeira internacional sobre os governos europeus entre 2010-2012.
2. Nos anos de 2010 e 2011, a crise se aprofundou na Europa com altos déficits fiscais e dívidas públicas de países como Grécia, Portugal, Irlanda, Itália e Espanha.
3. Em 2012, a crise atingiu seu ápice, com a desvalorização do euro e a ameaça de saída da Grécia da zona do euro, colocando em risco a própria uni
Na sequência da iniciativa do PSD de Torres Novas em colaboração com a Comissão Política Distrital do PSD de Santarém, realizada ontem, quinta-feira, 19 de Fevereiro, no Auditório do Hotel dos Cavaleiros, em Torres Novas, aqui fica a apresentação do Deputado Miguel Frasquilho, subordinada ao tema "Da Crise Financeira à Crise Económica: Impactos e Soluções para a Economia Portuguesa".
1) Portugal atingirá equilíbrio externo em 2012 pela primeira vez devido à redução do consumo interno e importações, aumento das exportações e interrupção do crédito externo.
2) A rápida correção externa pode criar a "exceção portuguesa" mesmo com austeridade, já que houve queda do consumo público e privado reduzindo importações.
3) No entanto, os equilíbrios internos podem não ser suficientes para Portugal voltar aos mercados em 2013, dependendo da ideia de co
O documento prevê que:
1) Os efeitos da crise econômica causada pela pandemia serão muito mais rápidos do que na crise de 2008, podendo ser sentidos em apenas 3 meses.
2) Podemos voltar a ter um PIB igual ao de há 12 anos atrás.
3) O ministro das Finanças português poderá ter a histórica marca de ter conseguido o maior excedente em 2019 e o maior déficit em 2020.
Os dez anos de crise – ganhadores e perdedoresGRAZIA TANTA
Dez anos depois, as medidas neoliberais, a única coisa que apresentam é um sistema financeiro frágil e uma nova bolha especulativa em crescimento; e o aumento do consagrado PIB mantém-se anémico baseado em salários baixos e no desempenho chinês. Os keynesianos também não brilham como alternativa....
1 - Quem mantém o sistema financeiro à tona?
2 - Um sistema bloqueado e politicamente sem oposição
3 - A lógica neoliberal dominante
4 - O que diz a escolástica economicista?
Os autores discutem os impactos de acordos comerciais internacionais como a Parceria Transpacífica sobre o Brasil. Francisco Carlos Teixeira da Silva argumenta que liberalizar o comércio mundial em meio à crise atual é uma tarefa difícil e sugere negociações globais para reduzir subsídios e tarifas. Elias Jabbour afirma que os EUA miram na China com a Parceria Transpacífica, o que pode afetar a integração sul-americana. Luiz Carlos Delorme Prado vê como pior cen
1) A União Europeia vai se reunir para discutir novas medidas para sustentar o euro, em meio à crise da dívida soberana na zona do euro.
2) Os mercados globais estão altamente voláteis devido aos temores de que a crise da dívida possa desencadear uma nova recessão global.
3) No Brasil, o Ibovespa teve forte queda refletindo o mau humor externo, enquanto o dólar atingiu nova máxima frente ao real.
O documento descreve como a crise económica portuguesa foi o resultado de decisões políticas ao longo de décadas que favoreceram o paradigma neoliberal e a desregulamentação dos mercados. Isso deixou a economia portuguesa vulnerável à concorrência externa e à especulação financeira. As políticas de austeridade impostas pela troika apenas agravaram a recessão em vez de resolver a crise das dívidas públicas.
O documento discute as diferentes perspectivas do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal, e do garoto propaganda Luciano Huck sobre empréstimos e lucros bancários. Enquanto Setúbal defende margens de lucro maiores e é cético sobre incentivos para empréstimos, Huck promove uma imagem do Itaú como banco alinhado com o crescimento social. A estratégia de Setúbal revela a verdadeira cara do Itaú.
Anexos: Estratégia Europa 2020 Ponto de Situação das Metas em PortugalCláudio Carneiro
Este documento fornece um ponto de situação das metas da Estratégia Europa 2020 em Portugal. Resume o progresso feito no equilíbrio das finanças públicas, estabilização do sistema financeiro e implementação da agenda de transformação estrutural, concluindo que Portugal cumpriu a maioria das metas acordadas, apesar dos altos custos econômicos.
1) O documento analisa a situação da dívida pública na União Europeia, notando que atualmente se encontra acima dos 60% estabelecidos no Tratado de Maastricht, agravada pelo facto de serem os maiores países os mais endividados.
2) A introdução do Euro promoveu a convergência das taxas de juro da dívida soberana até 2006, mas desde então os spreads entre países têm vindo a aumentar de acordo com o risco percecionado de cada país.
3) Face à atual situação, o auxílio externo
1. A economia mundial começou a se recuperar em 2010, mas o crescimento não foi o suficiente para repor as perdas de 2009 e o nível de produção e emprego de 2008 ainda não foi alcançado.
2. As dívidas dos bancos e governos aumentaram muito devido aos estímulos para combater a crise, colocando as finanças públicas em situação difícil.
3. Persistem incertezas sobre a solidez da recuperação econômica em curso e sobre a capacidade dos países de honrarem seus compromissos
1. O documento discute a crise da dívida soberana na União Europeia e como o BCE pode ajudar a resolver a crise através de intervenções que aumentem a liquidez e confiança no sistema.
2. Miguel Cadilhe critica as medidas de austeridade em Portugal por serem pró-cíclicas, mas reconhece que são necessárias para cumprir o acordo com a Troika.
3. Cadilhe acredita que cortes estruturais nos gastos públicos são necessários em Portugal, mais do que aumentos de impostos.
Grécia, vítima da gula dos bancos e das desigualdades dentro da ueGRAZIA TANTA
1. O documento discute os problemas da dívida global e como ela é usada pelos bancos para dominar os países.
2. Duas falsas alternativas são oferecidas pelo neoliberalismo: austeridade interna ou desvalorização da moeda. Ambas prejudicam os trabalhadores.
3. Uma verdadeira alternativa deve ir além das dicotomias políticas e desafiar o domínio do capital financeiro, em busca de maior justiça econômica e social.
A Restruturação da Dívida Publica é inevitável, artigo do Prof. Doutor Rui Te...A. Rui Teixeira Santos
1) A austeridade e o resgate dos bancos com dinheiro público falharam, levando a uma recessão sem precedentes. 2) A reestruturação da dívida soberana é agora inevitável para tornar a dívida pública sustentável. 3) No entanto, é um erro a Comissão Europeia criar um quadro rígido para a reestruturação, já que cada caso deve ser analisado individualmente.
O documento discute o nível baixo de empreendedorismo em Portugal e na UE em comparação a outros países e como isso contribui para altas taxas de desemprego. Ele usa dados do GEM para mostrar que países com GDP mais baixo têm maior "empreendedorismo por necessidade" enquanto países com GDP mais alto têm "empreendedorismo por oportunidade". A legislação e política fiscal atual em Portugal desincentiva o empreendedorismo. Ações abrangentes são necessárias para estimular o empreendedorismo e a criação de empregos.
1) O documento é um boletim de novembro de 2011 que convoca os trabalhadores precários para a luta contra as medidas de austeridade e para a greve geral de 24 de novembro.
2) A precariedade é descrita como uma forma de exploração que aumenta a instabilidade e desunião entre trabalhadores, impedindo-os de reivindicar os seus direitos.
3) O boletim informa sobre protestos em Braga contra as medidas de austeridade e em defesa da suspensão da dívida, e apela à particip
Como o sistema financeiro captura a humanidade através da dívida 3GRAZIA TANTA
1. O documento discute a insustentabilidade da dívida pública portuguesa, argumentando que seu crescimento contínuo supera o crescimento da economia e que não há perspectivas credíveis de pagamento a longo prazo.
2. A dívida pública portuguesa atualmente representa mais de 120% do PIB e os encargos com juros consomem cerca de 4-4,5% do PIB anualmente.
3. O documento argumenta que a reestruturação da dívida portuguesa depend
Este documento propõe orientações para reformar o Estado em Portugal com o objetivo de melhorar as políticas públicas e torná-las mais eficientes e sustentáveis a longo prazo. A proposta é aberta e visa promover o diálogo com partidos políticos e parceiros sociais sobre como reduzir a despesa pública de forma gradual e equilibrada, preservando o Estado Social.
Este documento propõe orientações para reformar o Estado em Portugal com o objetivo de torná-lo mais eficiente e sustentável a longo prazo. Reconhece que a redução da despesa pública é necessária para equilibrar as finanças do país e recuperar a soberania orçamental, mas defende que reformar não é o mesmo que cortar e propõe medidas para modernizar vários setores do Estado.
1. O documento apresenta os objetivos de política macroeconômica como crescimento da produção e emprego, controle da inflação, equilíbrio nas contas externas e melhor distribuição de renda.
2. São discutidos os instrumentos de política econômica como política fiscal, monetária, de rendas e cambial que podem ser usados para atingir esses objetivos.
3. Conflitos entre os objetivos macroeconômicos também são mencionados.
A crise econômica mundial teve origem na crise do mercado imobiliário dos EUA, onde houve uma bolha imobiliária causada por juros baixos que incentivaram muitos empréstimos de alto risco. Isso levou a uma onda de inadimplências que se espalhou por Wall Street através de títulos lastreados em hipotecas, desencadeando uma crise global. A crise afetou severamente a economia dos EUA e de outros países e levou à recessão.
O sistema financeiro, o primeiro ditador global 2GRAZIA TANTA
Sumário
4 - Crédito total dirigido às famílias e empresas não lucrativas que servem as famílias (% do PIB)
5 - Crédito total dirigido às empresas não financeiras (% do PIB)
6 - Estruturas e dinâmicas na distribuição do crédito/endividamento
PRESIDÊNCIA DA CAE DIVULGA COMUNICADO QUESTIONANDO PACOTE DO GOVERNO CONTRA A...Gleisi Hoffmann
A senadora Gleisi Hoffmann, presidenta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, divulgou comunicado, no qual questiona a eficácia das recentes medidas do governo para tentar retomar o crescimento econômico. Para Gleisi, as medidas anunciadas no último dia 15 não têm o caráter de urgência necessária para estancar a recessão e promover a criação de empregos.
O documento fornece um resumo das estatísticas e tendências do ecossistema de startups brasileiro em 2022. As fintechs representam o maior segmento com 12,7% das startups, enquanto as mudanças estruturais, como emprego e tecnologia, foram mais influentes que a conjuntura econômica. O volume de investimentos caiu 54,5% em relação a 2021, mas as startups continuam atraindo investidores devido ao potencial de crescimento do mercado brasileiro.
Porque não é pagável a dívida pública portuguesaGRAZIA TANTA
1. A dívida é um instrumento de domínio que incute culpa no devedor e submissão através da humilhação;
2. O Estado atua como departamento do sistema financeiro, cobrando impostos e mantendo a ordem para beneficiar os capitalistas;
3. O sistema financeiro precisa constantemente colocar e reproduzir capital através do endividamento das pessoas e empresas, mesmo que isto destrua a economia real e gere instabilidade.
A FDC vem desenvolvendo soluções educacionais para o setor público, das esferas federal, estaduais e municipais, que vão desde a gestão por competência até soluções customizadas, atendendo às necessidades específicas de cada setor e tendo como premissa a agregração de valor para a sociedade.
Este artigo é uma contribuição a essa reflexão.
Informativo da secretaria de comércio e serviços 218fopemimpe
O Banco do Brasil aumentou as taxas cobradas de microempreendedores individuais para pagamentos com cartão de crédito e débito. A carteira de crédito do Banco do Brasil para pessoas físicas cresceu, mas a uma taxa menor do que nos trimestres anteriores, devido à maior competição entre os bancos. A inadimplência se manteve estável e o banco revisou para baixo suas projeções para provisões de créditos de liquidação duvidosa.
Semelhante a Análise compara já.pt - Até onde vai o crédito malparado em portugal (20)
Informativo da secretaria de comércio e serviços 218
Análise compara já.pt - Até onde vai o crédito malparado em portugal
1. Análise ComparaJá.pt
Até onde vai o crédito malparado em Portugal?
O tema do crédito malparado tem inundado as conversas dos portugueses, os jornais e os discursos dos opinion
makers e dos altos cargos, tendo sido mesmo chamado de “bomba-relógio” quando se fala nos balanços dos bancos.
Desde quando este assunto se tornou num problema para a economia portuguesa? Como é que os bancos vão
resolver este buraco nos seus balanços? Que tipo de devedor – empresas ou famílias – gerou este hiato entre o que
se paga e o que se deve no sistema financeiro? Se não se resolver, quais são as consequências?
Toda uma série de questões podem ser levantadas em torno do crédito malparado e das suas implicações
económicas, financeiras e sociais. Para dar resposta às mesmas e desmitificar este alarido, a plataforma gratuita de
simulação de produtos financeiros ComparaJá.pt desenvolve uma análise sobre este tema.
O que é o crédito malparado?
Os valores do crédito malparado correspondem aos valores do crédito
vencido. Cada vez que se verifica incumprimento no pagamento de uma
dívida referente a um empréstimo, gera-se um ativo na banca portuguesa
que não origina rendimento.
Os fatores que mais contribuem para a existência de crédito malparado
prendem-se com crises económico-financeiras, que originam
desemprego e, por conseguinte, a incapacidade das famílias e das empresas de cumprirem com as suas obrigações
devido a sobreendividamento.
Um crédito que não foi pago até ao final do prazo torna-se malparado. Vejamos até que ponto vai esta situação em
Portugal e quão preocupados devemos estar.
A história da evolução contada pelos números
Para se conseguir analisar como evoluíram os valores do crédito malparado em Portugal, recolheram-se os dados do
crédito vencido para as Famílias, as Grandes Empresas, as Microempresas e as Pequenas e Médias Empresas (PME)
desde o ano 2009 até ao primeiro trimestre de 2016. A evolução dos números pode constatar-se no gráfico abaixo:
Fonte: Banco de Portugal
0
1 000
2 000
3 000
4 000
5 000
6 000
7 000
8 000
2009Q1
2009Q2
2009Q3
2009Q4
2010Q1
2010Q2
2010Q3
2010Q4
2011Q1
2011Q2
2011Q3
2011Q4
2012Q1
2012Q2
2012Q3
2012Q4
2013Q1
2013Q2
2013Q3
2013Q4
2014Q1
2014Q2
2014Q3
2014Q4
2015Q1
2015Q2
2015Q3
2015Q4
2016Q1
Crédito vencido dos empréstimos a famílias e empresas
2009-2016 | Milhões de Euros
Famílias PME Grandes empresas Microempresas
Crédito vencido: conforme o Banco
de Portugal, corresponde ao crédito
que se encontra em situação de
incumprimento de pagamento, pelo
que os prazos para a sua amortização
não foram respeitados pelo devedor.
2. Comecemos pelo segmento das Famílias. Neste regista-se um crescimento contínuo do crédito vencido desde 2009
até ao segundo trimestre de 2012 (5.844 Milhões de euros), momento a partir do qual o grau de endividamento dos
agregados portugueses se mantém praticamente ao mesmo nível até à atualidade (fixando-se, no primeiro trimestre
de 2016, no valor de 6.487 Milhões de euros). Portanto, só houve efetivamente endividamento das Famílias entre
2009 e 2012. Ademais, ao longo de todo o período estudado, o crédito vencido deste segmento não chegou sequer a
duplicar.
Por sua vez, nas Grandes Empresas, a questão não parece sequer problemática, uma vez que os valores de crédito
vencido já eram baixos em 2009 e, não obstante terem vindo a aumentar ao longo do período temporal estudado, não
são significativos o suficiente para se poder afirmar que contribuem para níveis elevados de crédito malparado.
No caso das PME, verifica-se um crescimento gradual desde 2009, com oscilações em praticamente todos os anos,
podendo observar-se que existe quase sempre um aumento do incumprimento nos primeiros seis meses do ano
(primeiro e segundo trimestres), o que leva a concluir que as PME tendem a endividar-se nesta altura, de forma
recorrente.
Se no início deste intervalo os valores do crédito vencido das Famílias suplantavam os do setor empresarial, a partir
do início de 2013 esta tendência inverteu-se, com as Microempresas a assumirem um lugar preponderante para o
aumento do crédito malparado em Portugal. Em meados de 2009, o valor conjunto das Microempresas e das PME não
chegava aos 4 Milhões de euros, ao passo que no início de 2016, este valor mais do que triplicou entretanto,
ultrapassando os 12 Milhões de euros.
Isto deu-se precisamente no pico da crise económico-financeira em Portugal. A instabilidade política vivida em 2011
devido à queda do governo liderado por José Sócrates foi um dos fatores que contribuiu para o agravamento desta
performance negativa.
O endividamento das Microempresas foi sempre aumentando a um ritmo acelerado, tornando-se exponencial a partir
do último trimestre de 2012. Este segmento (que, por definição, emprega menos de dez trabalhadores e cujo volume
de negócios anual não ultrapassa os dois milhões de euros) foi efetivamente aquele que mais sofreu com a crise e que,
consequentemente, mais contribuiu para os elevados valores de crédito malparado em Portugal. Só de 2015 para 2016
é que este ritmo abrandou significativamente, começando a estabilizar-se.
No primeiro trimestre de 2016, o valor total do crédito malparado em Portugal cifra-se em 19.473 Milhões de euros,
dos quais apenas 2% é referente a crédito vencido das Grandes Empresas, sendo 28% de PME, 33% de Famílias e 36%
proveniente de Microempresas. As PME e as Microempresas representam, assim, mais de metade (64%) do crédito
malparado em Portugal.
“Todos estes valores tornam-se tanto mais alarmantes quanto mais se olha para o aumento desde 2009 até à
atualidade. Considerando as Famílias e o setor empresarial no seu conjunto, o total de crédito vencido em 2009 era de
34.436 Milhões de euros, tendo crescido para 78.599 Milhões de euros em 2015 – em seis anos, estamos a falar de um
aumento brutal de 128%”, adverte o diretor geral do ComparaJá.pt.
“Isto é preocupante para os balanços dos bancos portugueses, que ficam sobrecarregados com dívidas e deparam-se
com escassez de rendimento. O foco do problema para os bancos, no entanto, não está nos particulares, mas sim nas
empresas, que são o motor da economia de mercado. Porque é que o crédito malparado não tem aumentado nas
famílias, tendo mesmo caído em 2015? Tornaram-se mais cumpridoras e liquidaram as suas dívidas, deixaram de pedir
crédito ou foi a torneira que fechou? Uma destas hipóteses será a correta e o que isto significa, a priori, é que o
O cerne da questão parece residir nas microempresas. Apenas num espaço de cerca de dois anos,
desde o segundo trimestre de 2011 até ao terceiro trimestre de 2013, o crédito vencido desde
segmento praticamente duplicou.
3. montante de crédito disponível na economia portuguesa baixou”, afirma o responsável da plataforma de simulação
financeira.
A resolução está num mecanismo à semelhança de Itália e de Espanha?
Para acabar com o crédito malparado é necessário existir um mecanismo de saneamento bancário. Este existe
efetivamente na União Europeia – é o chamado Mecanismo Único de Resolução, que criou a diretiva de resolução para
permitir resgatar os bancos de situações como esta do crédito malparado e, in extremis, da insolvência. Todavia,
coloca-se uma exigência na utilização deste instrumento: para os bancos poderem ser resgatados, têm de passar por
um processo profundo de reestruturação.
“A resposta passa então pela criação de um mecanismo que permita transferir ativos maus, tais como o crédito
malparado, para uma espécie de repositório, para que se liberte o capital necessário para financiar a economia e,
consequentemente, que os bancos possam voltar a ter (de forma rápida e eficaz) rendimentos para continuar a olear
o sistema financeiro nesta engrenagem repleta de entraves”.
“Para além de uma resposta regulamentar ao nível europeu, afigura-se necessário realizar alterações estruturais no
sistema financeiro português, nomeadamente no que diz respeito à concessão de crédito. Há que dar incentivos aos
bancos para concederem mais empréstimos, uma vez que, neste momento, só financiam os clientes que já conhecem
e dos quais têm total certeza que irão pagar de volta. Sem um sistema bancário disposto a financiar mais projetos para
dinamizar a economia, como é que se gera riqueza para as famílias e empresas poderem liquidar as suas dívidas?”,
assevera o diretor geral do ComparaJá.pt.
Notas conclusivas – Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.pt:
“Sempre houve crédito malparado. A tragédia não surgiu agora, é uma realidade que se faz sentir há vários anos e que
no pico da crise económico-financeira - particularmente a partir de 2012 – se agravou substancialmente.
À partida, podemos pensar que só há duas maneiras muito simples (e até óbvias) de acabar com o crédito malparado:
ou os devedores liquidam a dívida ou os bancos aumentam o prazo de pagamento. O problema é que isto é um ciclo
que se repete: crédito malparado vai haver sempre e se isto é um impedimento na concessão de crédito à economia,
ficamos todos a perder com isso. Sem acesso ao crédito, as famílias diminuem o seu consumo e as empresas cessam o
investimento. O crédito é assim um motor de alavancagem, permitindo testar a saúde de uma economia, e quanto
mais burocratizado estiver, mais impede a economia de atingir o máximo do seu potencial.
O drama do crédito malparado não está somente nos seus valores elevados, mas sim nos entraves que o mesmo cria
para a economia e até para os bancos. Não importa continuar a criar alarmismos em torno dos números se não se
compreender a origem do problema e se criarem mecanismos de resolução simples e de rápida implementação.
Em Portugal, existe uma instituição pública gerida pelo Banco de Portugal - a Central de Responsabilidades de Crédito
(CRC) - que agrega toda a informação dos créditos concedidos no sistema financeiro e que avalia o risco da concessão
de crédito. Todavia, a informação disponibilizada por esta é limitativa tanto ao nível temporal como em termos de
profundidade da situação particular de um determinado cliente. A outra entidade que existe para este fim é privada -
a Credinformações -, presta informações detalhadas e atualizadas aos bancos para estes poderem avaliar o risco de
cada cliente, mas, porém, tem uma quota de mercado inexpressiva quando comparada com a CRC. Existe, assim, toda
uma série de obstáculos que impede a banca de conceder crédito por não conseguir distinguir, na realidade, quem
são os bons e os maus devedores. O facto de nem sequer haver uma instituição regulada que concede crédito a quem
tem incidentes bancários é um problema.
A grande dificuldade do crédito malparado para o sistema financeiro é que os bancos, ao reterem este ativo, ficam
impossibilitados de conceder crédito à economia (porque o crédito malparado não gera rendimento), o que é
especialmente mau para as micro, pequenas e médias empresas, que tanto dependem dos empréstimos da banca.
4. Este artigo foi produzido pela equipa de analistas e produtores de conteúdo do ComparaJá.pt.