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TRATAMENTO DO
   DIABETES
   MELLITUS
 A incidência e prevalência de Pré-Diabetes e
Diabetes Mellitus (DM) vem crescendo em
proporções epidêmicas, tornando-se um
problema de saúde pública na atualidade,
principalmente nos paises em desenvolvimento,
em virtude de uma maior expectativa de vida, má

alimentação e sedentarismo   ( WILD, 2004).
DIABETES MELLITUS
CAUSAS DE UMA
EPIDEMIA
 * OBESIDADE – decorrente do
sedentarismo e da alimentação
     rica em gorduras.
DIABETES MELLITUS
 CAUSAS DE UMA
EPIDEMIA
* ENVELHECIMENTO da população
.         Maior incidência após
     os 60 anos de idade
Pré-diabetes
 Crescimento de Prevalência
                                                                              Asia
                     América do Norte                     Europa 1. 93 milhões (13)
                                                 1. 63 milhões (10) 2. 146 milhões (13.5)
                     1. 20 milhões (7)           2. 71 milhões (11)
                     2. 30 milhões (8)
                                                          Oriente médio
                                                          1. 19 milhões (7)
                                                     Africa 37 milhões (7.5)
                                                          2.
                                               1. 21 milhões (7)
                                               2. 39 milhões (7)


América do Sul
1. 194 milhões (7)
2. 333 milhões (8)
                                                                 Pacífico Oeste
                                                                  1. 79 milhões (6)
                                            Total                2. 120 milhões (7)
                                            1. 314 milhões
                                            (8)
                1: Prevalê
                         ncia em 2003 (%)
                2: Prevalê
                         ncia em 2025 (%)
                                            2. 472 milhões
                                            (9)               IDF Diabetes Atlas. www.eatlas.idf.org.
Diabetes no mundo
120 milhões 171 milhões 300 milhões 366milhões
 1995          2000       2025      2030
                                          (WILD,2004)


 Diabetes no Brasil
4,6 milhões         148,3%           11,3 milhões
 2000                                   2030
                                                (OMS)


          ADA - 2009 – 10 milhões
        CENSO IBGE – 2012- 12milhões

*Cerca de metade destas pessoas não sabem que

  têm a doença e, portanto, não se tratam. (OMS)
 Censo Nacional de Diabetes (1988) – nove
capitais brasileiras ( Belém, Brasília, Fortaleza,
João Pessoa, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro,
Salvador e São Paulo), a prevalência global situa-
se ao redor de 7,6% da população urbana entre 30
e 69 anos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1996).


  No sudeste do Brasil, na cidade de Ribeirão
Preto, foi encontrada uma taxa de 12,1 % na
população urbana (TEIXEIRA,2001), e no nordeste em
João Pessoa foi alcançada cifras de 7,9%
magnitude semelhante a de países desenvolvidos
(CONSENSO BRASILEIRO DE CONCEITOS E CONDUTAS PARA O DIABETES
MELLITUS,1997).
 Na Paraíba existem 135 mil diabéticos, destes
37,5 mil se concentram em João Pessoa.
 2004 – Óbitos por Diabetes faixa etária acima de
40 anos
117,8/100mil habitantes – Capital
73,3/100mil habitantes - Estado
                    (BRASIL/ministério da saúde,2006)



 DM importante causa de óbito , especialmente
associada a doenças cardiovasculares e
cerebrovasculares (ADA, 2008).
ESTRATÉGIAS GERAIS DO
TRATAMENTO


 Mudança no estilo de vida
  -Terapia Nutricional
  - Atividade física


 Tratamento Farmacológica
  - Hipoglicemiantes Orais
  - Insulinoterapia
MUDANÇAS NO ESTILO
     DE VIDA
METAS DA TERAPIA NUTRICIONAL

 Prevenção Primária – obesos e pré-diabéticos
 Normalização e manutenção dos níveis
  glicêmicos, lipídicos e pressóricos.
 Prevenir e reduzir as complicações crônicas
por
      uma modificaçãp da ingesta de nutrientes e
      estilo de vida.
 Individualizar as necessidades nutricionais,
      levando em consideração as preferências
      pessoais e culturais, respeitando a
      voluntariedade a mudanças.
 Manter o prazer da alimentação, somente
  limitando a escolha dos alimentos baseada
em
• * ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA
  visando manter o peso adequado.
COMPONENTES DA DIETA

 Carboidratos: 50 a 60% DO VET

Indíce glicêmico :Glicose > Mel > Arroz > Pão
branco > Espaguete > Aveia > Grão de bico > Lentilha
> Soja.

Fibras: 20 a 35 g / dia
- Fibras solúveis: Pectina, Gomas, Mucilagens,
  Polissacarídeos de plantas.
- Fibras insolúveis: Celulose, lignanas, farelos ( trigo,
  aveia, gergelim)
 Proteínas: 10 a 20% do VET - 0,8 a 1,7 g/Kg/dia.
  Restrinção na nefropatia


 Gorduras: 20 a 30%
- Gordura saturada < 10% Colesterol ≤ 300 mg/dia
- LDL ↑ Gordura saturada < 7% Colesterol < 200 mg/dia
- Triglicerídeos ↑ e LDL ↑ Gordura poli e saturada <
 10% e monosaturada ≥ 20% e ↓ Carboidratos.
- Níveis de triglicerídeos > 1000 mg/dL ↓ todas as
 gorduras.
 Adoçantes
 - Nutritivos: sacarose frutose, sorbitol,
manitol, xilitol (1g-4cal)
-Não Nutritivos- Ciclamato (30vz), Sacarina
(300vz), Aspartane (180-200vz), Acelsulfame,
Steviosídeo, Sucralose.

  Álcool : não exceder 6% cal/dia.
Contra-indicações – neuropatia, disfunção
erétil, pancreatite, hipertensão, diabetes
instável, hipertrigliceridemia, antecedentes de
alcoolismo.
Sodio e Potassio: Na < 3g/dia. Hipertenção
moderada < 2,4g/dia.Hipertensão c/nefropatia
< 2,0g/dia. K restrição 60-80 meq/dia, se
depuração renal < 10% do normal

Vitaminas e Minerais: Cromo - 150 -250mg/dia


Planejamento da dieta
 - Número de refeições.
- Hipoglicemia : uso de carboidratos.
ATIVIDADE      FÍSICA



                   Exercício Aeróbico
- 150
                  min de intensidade
                  moderada e/ou 90
min
                  de exercício
vigoroso por
                   semana.
 Treinamento de
resistência
              - aum. força muscular,
massa
              magra e densidade
mineral
              óssea.
              -Mínimo de 8-10
exercícios
              em volvendo os
principais
              grupos musculares,
pelo
              menos 2 dias/semana.
Precauções:

-Teste Ergométrico em pacientes com mais
de
  35anos.
- Aquecimento prévio e diminuição
progressiva
  da atividade física.
- Uso de sapatos especiais
- Inspeção diária dos pés
- Evitar dias excessivamente quentes ou
frios.
- Manter hidratação adequada.
TERAPIA FARMACOLÓGICA

 ANTIDIABÉTICOS ORAIS
Diabetes Mellitus II
Antidiabéticos Orais
                            • Tiazolidinedionas
• Biguanida                   (Glitazonas )
  – Metformina: 500, 850      – Pioglitazona: 15, 30 e
    e 1g                        45mg
• Sulfoniluréias            • Inibidor da α -
  – Clorpropamida:            Glicosidase
    250mg                     – Acarbose: 50 e 100mg
  – Glibenclamida: 5mg      • Inibidores da DDP-IV
  – Glicazida: 30mg           – Vidagliptina: 50mg
  – Glipizida: 5mg            – Sitagliptina: 25, 50 e
  – Glimepirida: 1, 2 e         100mg
    4mg                       – Saxagliptina: 2,5 e
• Glinidas                      5mg
  – Repaglinida: 0,5, 1 e   • Exenatida e
Metformina
Mecanismo de Ação          Efeitos Adicionais

 • Diminui a                –     LDL, TG e
   Gliconeogênese               HDL
   Hepática
                            –      Absorção
                                Intestinal  de
                                Glicose
 • Aumenta a Captação
   de Insulina no Tecido
   Muscular e Adiposo       –     Apetite
Metformina: Insulinoresistência
Metformina
     Como usar?                         Evitar
                              • Risco de acidose
•   Pacientes Obesos              láctica (0,03/1000
•   Dislipidemia                  casos)
•   Aumentar a dose               –   Cirurgias
    gradativamente até            –   Traumas
    2.550mg (sintomas             –   Infecções
    gástricos)                    –   >80 anos

•   Ingesta após as           • InsuficiênciaRenal
    refeições                      (Creat >1,5)
•   Alerta a níveis de vit.   •   Insuficiência Cardíaca
    B12                           congestiva, Hepática
•   Contrastes Iodados            e Respiratória
SULFONILÚREIAS

Mecanismo de ação:

↑ a secreção de insulina

↓ débito hepático de glicose

↑ a utilização periférica da insulina

Ligam-se a um receptor específico (subunidade SUR)
nos canais de K+. ATP sensíveis fechando estes canis
→ despolarização → influxo de cálcio → liberação de
insulina.
Sulfoniluréias: Ação Secretagoga
Principais Sulfoniluréias
     Droga             Tempo        Dose       Dose         Excreção            Efeitos
                       de ação     mínima     máxima                           colaterais
Clorpropamida          24 -62 h    ½ comp.    02 comp.        Renal       •Hipoglicemia grave e
(Diabinese ® )                                 1 x dia      Potencializ   protraida
evitar↑ 60 anos                                              a o ADH      •Retenção de H 2 0
                                                            nos túbulos   •Hiponatremia
                                                              renais
                                                                          ∀↑ PAs
                                                                          •Antabuse símile
Glicazida                24 h      01 comp.   04 comp.         Renal      •Hipoglicemia -
(DiamicronMR ® )                               1 x dia      /biliar 80%   frequente
30 mg

Glipizida              6 – 24 h    ½ comp.    04 comp.         Renal      •Atraente para idosos
(Minidiab ® 5 mg)                              1 x dia      /biliar 80%   e pac. com disfunção
                                                                          hepática ou renal
                                                                          grave
Glibenclamida          12 – 24 h   ½ comp.    04 comp.         Renal      •Hipoglicemia grave
     Daonil ® ,                               1 – 2 x dia   /biliar 50%
    Euglucon ® ,
lisaglucon ® comp
       5mg
Glimepirida              24 h      01 comp.   02 comp.        Renal       •Associação e
Amaryl ® ,                          01 mg       4 mg                      dissociação + rápido
Glimepil ® Bioglic ®                                                      c/ o receptor das SU
comp. 1, 2 e 4 mg                                                         resultando em menos
 Contra-indicações:
   - Insuficiência renal e hepática.
  - Gestantes.
 - Insuficiência cardíaca – clorpropamida.
 Efeitos colaterais:
 - Hipoglicemia.
 - Reação dermatológicas – rush cutâneo, S.Steves-
   Jonhson, dermatite esfoliativa, fotossensibilização
   severa, erupção cutânea liquenoide.
 - Efeito antabuse –clorpropamida.
 - Agranulocitose,reação de hipersensibilidade,
   hepatotoxidade
Fatores que implicam em maior risco de
hipoglicemias em usuários de sulfoniluréias

-Dose excessiva
-Omissão de refeições
-Atividade física extenuante
-Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas
-Idade avançada
-Certas doenças associadas (IR, Insuf.
Adrenal,
  hipotireoidismo, diarréia crônica, sind. de má

 absorção etc.)
-Drogas (sulfonamidas, AAS, etc)
TIAZOLINEDIONAS (GLITAZONA)

                         Ativação do PPARy
   Melhora da           I nibição da                 Redução hepát ica
   sinalização          lipólise e redução           da glicose ( m enos
   insulínica           dos ácidos grax os           ef et ivo do que a
   pós-r ecept or       livres circulant es          MET)
   ( glut 1, glut 4)
                         da resist . I nsulínica              glicem ia

 • Rosiglit azona ( Avandia - com p. 4 e 8 m g 1 a 2 x dia)
 • Pioglit azona ( Act os - com p. 15, 30 e 45 m g 1 x dia)
 • I ndicada para obesos e não-obesos
Pioglitazona
     Como usar?                        Alerta
• Pacientes Obesos e        • Hepatotoxicidade
    Não-Obesos                  (2%)
•   Efeito em até 12            – TGO e TGO 2 - 3
                                  meses
    semanas
                                – Suspensão se > 3xx
•   Insuficiência Renal
    leve e moderada,        • Contra-indicado em
                                IC grau III e IV
    sem ajuste de dose
•   Perfil lipídico (TG e   •   Fraturas
    HDL)
Acarbose
INIBIDORES DA α -GLICOSIDASE

   A Carbose ( Glucobay ® com p. 50 m g e 100 m g) I nibe
     por com pet i ção , a a ção das a - glicosidases ( m alt ase,
     isom alt ase , glicoam ilase e sucrase ) , enzim as
     localizadas na super f ície em escova dos erit r ó cit os do
     int est ino delgado e respons á veis pela hidr ó lise dos
     oligossacar ídeos, dissacar ídeos e t rissacar ídeos.

     – I ndica ções:
                 Hiperglicem ia p ó s- prandial
                 Pacient es idosos não obesos com hipo
                  f requent es ao uso das SU e Glinidas
                 Terapia adicional
 CONTRA-INDICAÇÕES:

-   Insuficiência renal.
-   Doença inflamatória intestinal.
-   Ulceração do colon.
-   Obstrução intestinal parcial.


  EFEITOS COLATERAIS:
- Má digestão.
- Flatulência.
- Desconforto abdominal.
GLINIDAS

 INDICAÇÕES:

Melhora da glicemia pós-prandial
Adequado em pacientes com disfunçao renal
leve a moderada
< ganho de peso e hipoglicemias graves

Repaglinida (Prandin ® , Novonom ® – comp. 0,5,
1 e 2 mg) → age após 10 min. e dura 3 – 5
horas, é metabolizada pelo fígado e tem
eliminação biliar

Nateglinida ( Starlix ® – comp. 120 mg) → age
após 4 min. e dura 2 horas. Tem excreção renal
 AGONISTA DO RECEPTOR GLP-1


-Hormônio incretinomimetico- Glucagon-like
 peptide produzido pela cél. L do intestino
 delgado, estimula a secreção de insulina.
 AGONISTA DO RECEPTOR
GLP-1

- Exenatida foi isolado da saliva do
largato Gila monster – eficaz dim. GJ
e GPP. Uso SC 2x/dia, adjuvante no
tratamento de DMT2 em uso de
Metformina, sulfonilúreia ou insulina.
(Byeta)

- Liraglutide. Uso SC 1x/dia
(Victoza)
INIBIDORES DO DPP-4
-GLP-1 é rapidamente metabolizado pela
enzima (DPP-4).
- melhora do controle glicêmico
- restauração da massa e função da cél. da
ilhota
  em modelo de DMT2 em roedores.
- aum. secreção endógena de GLP-1 e GIP(
  glucose dependent insulinotropic peptide )-
  fisiológico efeito antidiabético glicose
  dependente na secreção de insulina e
glucagon .
-vidagliptina, sitagliptina, saxagliptina
 PRAMLINTIDE


-Análogo da amilina, segundo hormônio
glicoregulatório secretado pela cél. Beta.
- Promove melhor controle glicêmico associado
a insulina, sem maior risco de hipoglicemia.
- FDA liberado EUA.
Com o iniciar os ADO ?
PREDOMÍNI O DE RESI STÊNCIA À    PACI ENTES COM PESO NORMAL OU
I NSULINA COM OB CENTRAL, HA       COM PERDA I NVOLUNTÁRIA DE
        E DI SLI PI DEMI A        PESO E HI PERGLICEMI A SEVERA



SENSIBI LI ZADORES DA AÇÃO DA       SECRETAGOGOS DE I NSULI NA
            I NSULINA              (SULFONI LURÉI AS E GLI NI DAS)
(METFORMI NA E/OU GLI TAZONA)         OU A PRÓPRI A I NSULI NA


           ACARBOSE                             ACARBOSE




                     I SOLADOS OU COMBI NADOS
ANTIDIABÉTICOS ORAIS
 MEDICAMENTOS              MECANISMO DE AÇÃO
Sulfoniluréias    SU   Aumentam a secreção de insulina
Nateglinida      NAT   Aumenta a secreção de insulina
Repaglinida      REP   Aumenta a secreção de insulina
Metformina       MET     Reduz a resistência hepática
Glitazonas       TZD   Reduzem a resistência muscular
Acarbose         ACA       Retarda absorção de HC
 OUTROS

- Hormônios derivados do tecido adiposo:
adiponectina, resistina e RB4(retinal binding
protein- 4).
- enzimas celulares: 11—beta hidroxiesteroide
desidrogenase, proteina quinase c – beta.
SULF
 MET            GLIN
 GLIT           DDP-IV
                EXEN



         ACA
         R
         EXEN

         MET



 ME
 T
GLIT
                       GLIT

DDP-IV

EXEN
METAS DE CONTROLES
NATHAN et al (2008) desenvolveram
o algoritmo baseado em evidências para
um melhor esquema de tratamento do DM.


Intervenção                  Redução HBA1c
Mudança de estilo de vida         1-2
(dieta e atividade física)
Metformina                        1-2
Insulina                        1,5-3,5
Sulfonilureia                     1-2
Tiazolinedionas                 0,5-1,4
(glitazonas)
Inibidores α  -glicosidase      0,5-0,8
Exenatide                       0,5-1,0
Glinidas                         1- 1,5
Pranmilitide                    0,5-1,0
Sitaglipitina                   0,5-0,8
Diabetes Prevention Program
Incidência de DM2
(por 100 indivíduos/3 anos de intervenção)
           %
          12
                                                                             11
          10

                                                  7,8
           8

           6
                        4,8
           4


           2


                  Modificação de             Metformina                    Placebo
                  Estilo de Vida

    n = 3234 (não diabéticos com picos glicêmicos em jejum e pós ingestão oral de glico
                              Knowler WC, N Engl J Med 346:393-403, 2002
Finnish Diabetes Prevention Study
                              25
                                                                                23 %
      foi reduzido em 58%
       o risco de diabetes
                              20
           Após 4 anos:




                              15
                                                    11 %
                              10

                                5

                                                (IC 6–15)                     (IC 17–
                                 0
                                                                                29)
                                                Intervenção                  Controle
                                                        % com Diabetes


                             Tuomilehto J et al. N Engl J Med 2001;344:1343-1350.
ALGORITMO DE SEQUÊNCIA DE
TRATAMENTO DM 2
Algoritmo para tratamento do diabetes tipo 2
– Atualização 2011 –

Conduta inicial Conforme a Condição Clínica Atual

Manifestações Leves-
 •Glicemia <200 mg/dL.
• Sintomas leves ou ausentes.
• Ausência de    outras doenças agudas
concomitantes.

Modificações de estilo de vida + metformina (500
mg/dia, intensificando até 2.000 mg/dia).
Se não atingir A1C <7%em 4 a 6 semanas.Considerar
eventualmente início do tratamento com terapia
combinada com metformina + drogas que atuam na
glicemia pósprandial (acarbose, glinidas ou gliptinas)
Manifestações Moderadas


• Qualquer glicemia entre 200 e 300 mg/dL.+
• Ausência de critérios para manifestação
leve ou grave.

Modificações de estilo de vida + metformina
(500 mg/dia, intensificando 2.000 mg/dia) +
outros antidiabéticos orais .
Manifestações Severas

•   Qualquer glicemia acima de 300 mg/dl. ou
•   Perda significante de peso. ou
•   Sintomas graves e significantes. ou
•   Presença de cetonúria.

- Iniciar insulinoterapia imediatamente.
- Reavaliar condição clínica para eventual
reintrodu-ção de terapia oral após o controle
adequado da glicemia.
Adicionar ou modificar segundo ADO
conforme nível de A1C(*)

7 a 8,5%-
 • Sulfonilureia.
• Inibidores da DPP-4.
• Pioglitazona.
• Glinidas (predomínio de hiperglicemia pós-
prandial).
• Acarbose (predomínio de hiperglicemia
pósprandial).
• Exenatida ou liraglutida (sobrepeso ou
obesidade)
8,5 a 10%
• Sulfonilureia.
• Inibidores     da DPP-4.
• Pioglitazona.
• Insulina basal ao deitar.
• Exenatida ou liraglutida (sobreepeso ou
obesidade ).

>10%
• Insulinoterapia.
• Insulina basal+ insulina prandial.
 Com ou sem:
• Metformina.
• Sulfonilureia.
• Inibidores da DPP-4 .
Adicionar um terceiro Agente oral ou
intensificar o tratamento insulínico


Adicionar um terceiro ADO com
diferente mecanismo de ação. Se em 2
meses não atingir as metas de A1C
<7%, glicemia de jejum <100 mg/dL ou
glicemia pós-prandial (2 horas) <140
mg/dL, iniciar insulinização.
Com o se t r at am os DM2 no
Brasil
                 41%
    usam antidiabéticos orais
              29%
       fazem apenas dieta
              23%
      estão sem tratamento
       7% usam insulina
OBRIGADA

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  • 1. TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS
  • 2.  A incidência e prevalência de Pré-Diabetes e Diabetes Mellitus (DM) vem crescendo em proporções epidêmicas, tornando-se um problema de saúde pública na atualidade, principalmente nos paises em desenvolvimento, em virtude de uma maior expectativa de vida, má alimentação e sedentarismo ( WILD, 2004).
  • 3. DIABETES MELLITUS CAUSAS DE UMA EPIDEMIA * OBESIDADE – decorrente do sedentarismo e da alimentação rica em gorduras.
  • 4. DIABETES MELLITUS CAUSAS DE UMA EPIDEMIA * ENVELHECIMENTO da população . Maior incidência após os 60 anos de idade
  • 5. Pré-diabetes Crescimento de Prevalência Asia América do Norte Europa 1. 93 milhões (13) 1. 63 milhões (10) 2. 146 milhões (13.5) 1. 20 milhões (7) 2. 71 milhões (11) 2. 30 milhões (8) Oriente médio 1. 19 milhões (7) Africa 37 milhões (7.5) 2. 1. 21 milhões (7) 2. 39 milhões (7) América do Sul 1. 194 milhões (7) 2. 333 milhões (8) Pacífico Oeste 1. 79 milhões (6) Total 2. 120 milhões (7) 1. 314 milhões (8) 1: Prevalê ncia em 2003 (%) 2: Prevalê ncia em 2025 (%) 2. 472 milhões (9) IDF Diabetes Atlas. www.eatlas.idf.org.
  • 6. Diabetes no mundo 120 milhões 171 milhões 300 milhões 366milhões 1995 2000 2025 2030 (WILD,2004) Diabetes no Brasil 4,6 milhões 148,3% 11,3 milhões 2000 2030 (OMS) ADA - 2009 – 10 milhões CENSO IBGE – 2012- 12milhões *Cerca de metade destas pessoas não sabem que têm a doença e, portanto, não se tratam. (OMS)
  • 7.  Censo Nacional de Diabetes (1988) – nove capitais brasileiras ( Belém, Brasília, Fortaleza, João Pessoa, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), a prevalência global situa- se ao redor de 7,6% da população urbana entre 30 e 69 anos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1996).  No sudeste do Brasil, na cidade de Ribeirão Preto, foi encontrada uma taxa de 12,1 % na população urbana (TEIXEIRA,2001), e no nordeste em João Pessoa foi alcançada cifras de 7,9% magnitude semelhante a de países desenvolvidos (CONSENSO BRASILEIRO DE CONCEITOS E CONDUTAS PARA O DIABETES MELLITUS,1997).
  • 8.  Na Paraíba existem 135 mil diabéticos, destes 37,5 mil se concentram em João Pessoa.  2004 – Óbitos por Diabetes faixa etária acima de 40 anos 117,8/100mil habitantes – Capital 73,3/100mil habitantes - Estado (BRASIL/ministério da saúde,2006)  DM importante causa de óbito , especialmente associada a doenças cardiovasculares e cerebrovasculares (ADA, 2008).
  • 9. ESTRATÉGIAS GERAIS DO TRATAMENTO  Mudança no estilo de vida -Terapia Nutricional - Atividade física  Tratamento Farmacológica - Hipoglicemiantes Orais - Insulinoterapia
  • 11. METAS DA TERAPIA NUTRICIONAL  Prevenção Primária – obesos e pré-diabéticos  Normalização e manutenção dos níveis glicêmicos, lipídicos e pressóricos.  Prevenir e reduzir as complicações crônicas por uma modificaçãp da ingesta de nutrientes e estilo de vida.  Individualizar as necessidades nutricionais, levando em consideração as preferências pessoais e culturais, respeitando a voluntariedade a mudanças.  Manter o prazer da alimentação, somente limitando a escolha dos alimentos baseada em
  • 12. • * ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA visando manter o peso adequado.
  • 13. COMPONENTES DA DIETA  Carboidratos: 50 a 60% DO VET Indíce glicêmico :Glicose > Mel > Arroz > Pão branco > Espaguete > Aveia > Grão de bico > Lentilha > Soja. Fibras: 20 a 35 g / dia - Fibras solúveis: Pectina, Gomas, Mucilagens, Polissacarídeos de plantas. - Fibras insolúveis: Celulose, lignanas, farelos ( trigo, aveia, gergelim)
  • 14.  Proteínas: 10 a 20% do VET - 0,8 a 1,7 g/Kg/dia. Restrinção na nefropatia  Gorduras: 20 a 30% - Gordura saturada < 10% Colesterol ≤ 300 mg/dia - LDL ↑ Gordura saturada < 7% Colesterol < 200 mg/dia - Triglicerídeos ↑ e LDL ↑ Gordura poli e saturada < 10% e monosaturada ≥ 20% e ↓ Carboidratos. - Níveis de triglicerídeos > 1000 mg/dL ↓ todas as gorduras.
  • 15.  Adoçantes - Nutritivos: sacarose frutose, sorbitol, manitol, xilitol (1g-4cal) -Não Nutritivos- Ciclamato (30vz), Sacarina (300vz), Aspartane (180-200vz), Acelsulfame, Steviosídeo, Sucralose.  Álcool : não exceder 6% cal/dia. Contra-indicações – neuropatia, disfunção erétil, pancreatite, hipertensão, diabetes instável, hipertrigliceridemia, antecedentes de alcoolismo.
  • 16. Sodio e Potassio: Na < 3g/dia. Hipertenção moderada < 2,4g/dia.Hipertensão c/nefropatia < 2,0g/dia. K restrição 60-80 meq/dia, se depuração renal < 10% do normal Vitaminas e Minerais: Cromo - 150 -250mg/dia Planejamento da dieta - Número de refeições. - Hipoglicemia : uso de carboidratos.
  • 17. ATIVIDADE FÍSICA  Exercício Aeróbico - 150 min de intensidade moderada e/ou 90 min de exercício vigoroso por semana.
  • 18.  Treinamento de resistência - aum. força muscular, massa magra e densidade mineral óssea. -Mínimo de 8-10 exercícios em volvendo os principais grupos musculares, pelo menos 2 dias/semana.
  • 19. Precauções: -Teste Ergométrico em pacientes com mais de 35anos. - Aquecimento prévio e diminuição progressiva da atividade física. - Uso de sapatos especiais - Inspeção diária dos pés - Evitar dias excessivamente quentes ou frios. - Manter hidratação adequada.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 25. Antidiabéticos Orais • Tiazolidinedionas • Biguanida (Glitazonas ) – Metformina: 500, 850 – Pioglitazona: 15, 30 e e 1g 45mg • Sulfoniluréias • Inibidor da α - – Clorpropamida: Glicosidase 250mg – Acarbose: 50 e 100mg – Glibenclamida: 5mg • Inibidores da DDP-IV – Glicazida: 30mg – Vidagliptina: 50mg – Glipizida: 5mg – Sitagliptina: 25, 50 e – Glimepirida: 1, 2 e 100mg 4mg – Saxagliptina: 2,5 e • Glinidas 5mg – Repaglinida: 0,5, 1 e • Exenatida e
  • 26. Metformina Mecanismo de Ação Efeitos Adicionais • Diminui a – LDL, TG e Gliconeogênese HDL Hepática – Absorção Intestinal de Glicose • Aumenta a Captação de Insulina no Tecido Muscular e Adiposo – Apetite
  • 28. Metformina Como usar? Evitar • Risco de acidose • Pacientes Obesos láctica (0,03/1000 • Dislipidemia casos) • Aumentar a dose – Cirurgias gradativamente até – Traumas 2.550mg (sintomas – Infecções gástricos) – >80 anos • Ingesta após as • InsuficiênciaRenal refeições (Creat >1,5) • Alerta a níveis de vit. • Insuficiência Cardíaca B12 congestiva, Hepática • Contrastes Iodados e Respiratória
  • 29. SULFONILÚREIAS Mecanismo de ação: ↑ a secreção de insulina ↓ débito hepático de glicose ↑ a utilização periférica da insulina Ligam-se a um receptor específico (subunidade SUR) nos canais de K+. ATP sensíveis fechando estes canis → despolarização → influxo de cálcio → liberação de insulina.
  • 30.
  • 32. Principais Sulfoniluréias Droga Tempo Dose Dose Excreção Efeitos de ação mínima máxima colaterais Clorpropamida 24 -62 h ½ comp. 02 comp. Renal •Hipoglicemia grave e (Diabinese ® ) 1 x dia Potencializ protraida evitar↑ 60 anos a o ADH •Retenção de H 2 0 nos túbulos •Hiponatremia renais ∀↑ PAs •Antabuse símile Glicazida 24 h 01 comp. 04 comp. Renal •Hipoglicemia - (DiamicronMR ® ) 1 x dia /biliar 80% frequente 30 mg Glipizida 6 – 24 h ½ comp. 04 comp. Renal •Atraente para idosos (Minidiab ® 5 mg) 1 x dia /biliar 80% e pac. com disfunção hepática ou renal grave Glibenclamida 12 – 24 h ½ comp. 04 comp. Renal •Hipoglicemia grave Daonil ® , 1 – 2 x dia /biliar 50% Euglucon ® , lisaglucon ® comp 5mg Glimepirida 24 h 01 comp. 02 comp. Renal •Associação e Amaryl ® , 01 mg 4 mg dissociação + rápido Glimepil ® Bioglic ® c/ o receptor das SU comp. 1, 2 e 4 mg resultando em menos
  • 33.  Contra-indicações: - Insuficiência renal e hepática. - Gestantes. - Insuficiência cardíaca – clorpropamida.  Efeitos colaterais: - Hipoglicemia. - Reação dermatológicas – rush cutâneo, S.Steves- Jonhson, dermatite esfoliativa, fotossensibilização severa, erupção cutânea liquenoide. - Efeito antabuse –clorpropamida. - Agranulocitose,reação de hipersensibilidade, hepatotoxidade
  • 34. Fatores que implicam em maior risco de hipoglicemias em usuários de sulfoniluréias -Dose excessiva -Omissão de refeições -Atividade física extenuante -Ingestão excessiva de bebidas alcoólicas -Idade avançada -Certas doenças associadas (IR, Insuf. Adrenal, hipotireoidismo, diarréia crônica, sind. de má absorção etc.) -Drogas (sulfonamidas, AAS, etc)
  • 35. TIAZOLINEDIONAS (GLITAZONA) Ativação do PPARy Melhora da I nibição da Redução hepát ica sinalização lipólise e redução da glicose ( m enos insulínica dos ácidos grax os ef et ivo do que a pós-r ecept or livres circulant es MET) ( glut 1, glut 4)  da resist . I nsulínica  glicem ia • Rosiglit azona ( Avandia - com p. 4 e 8 m g 1 a 2 x dia) • Pioglit azona ( Act os - com p. 15, 30 e 45 m g 1 x dia) • I ndicada para obesos e não-obesos
  • 36. Pioglitazona Como usar? Alerta • Pacientes Obesos e • Hepatotoxicidade Não-Obesos (2%) • Efeito em até 12 – TGO e TGO 2 - 3 meses semanas – Suspensão se > 3xx • Insuficiência Renal leve e moderada, • Contra-indicado em IC grau III e IV sem ajuste de dose • Perfil lipídico (TG e • Fraturas HDL)
  • 38. INIBIDORES DA α -GLICOSIDASE  A Carbose ( Glucobay ® com p. 50 m g e 100 m g) I nibe por com pet i ção , a a ção das a - glicosidases ( m alt ase, isom alt ase , glicoam ilase e sucrase ) , enzim as localizadas na super f ície em escova dos erit r ó cit os do int est ino delgado e respons á veis pela hidr ó lise dos oligossacar ídeos, dissacar ídeos e t rissacar ídeos. – I ndica ções:  Hiperglicem ia p ó s- prandial  Pacient es idosos não obesos com hipo f requent es ao uso das SU e Glinidas  Terapia adicional
  • 39.  CONTRA-INDICAÇÕES: - Insuficiência renal. - Doença inflamatória intestinal. - Ulceração do colon. - Obstrução intestinal parcial.  EFEITOS COLATERAIS: - Má digestão. - Flatulência. - Desconforto abdominal.
  • 40. GLINIDAS  INDICAÇÕES: Melhora da glicemia pós-prandial Adequado em pacientes com disfunçao renal leve a moderada < ganho de peso e hipoglicemias graves Repaglinida (Prandin ® , Novonom ® – comp. 0,5, 1 e 2 mg) → age após 10 min. e dura 3 – 5 horas, é metabolizada pelo fígado e tem eliminação biliar Nateglinida ( Starlix ® – comp. 120 mg) → age após 4 min. e dura 2 horas. Tem excreção renal
  • 41.  AGONISTA DO RECEPTOR GLP-1 -Hormônio incretinomimetico- Glucagon-like peptide produzido pela cél. L do intestino delgado, estimula a secreção de insulina.
  • 42.
  • 43.  AGONISTA DO RECEPTOR GLP-1 - Exenatida foi isolado da saliva do largato Gila monster – eficaz dim. GJ e GPP. Uso SC 2x/dia, adjuvante no tratamento de DMT2 em uso de Metformina, sulfonilúreia ou insulina. (Byeta) - Liraglutide. Uso SC 1x/dia (Victoza)
  • 45. -GLP-1 é rapidamente metabolizado pela enzima (DPP-4). - melhora do controle glicêmico - restauração da massa e função da cél. da ilhota em modelo de DMT2 em roedores. - aum. secreção endógena de GLP-1 e GIP( glucose dependent insulinotropic peptide )- fisiológico efeito antidiabético glicose dependente na secreção de insulina e glucagon . -vidagliptina, sitagliptina, saxagliptina
  • 46.  PRAMLINTIDE -Análogo da amilina, segundo hormônio glicoregulatório secretado pela cél. Beta. - Promove melhor controle glicêmico associado a insulina, sem maior risco de hipoglicemia. - FDA liberado EUA.
  • 47. Com o iniciar os ADO ? PREDOMÍNI O DE RESI STÊNCIA À PACI ENTES COM PESO NORMAL OU I NSULINA COM OB CENTRAL, HA COM PERDA I NVOLUNTÁRIA DE E DI SLI PI DEMI A PESO E HI PERGLICEMI A SEVERA SENSIBI LI ZADORES DA AÇÃO DA SECRETAGOGOS DE I NSULI NA I NSULINA (SULFONI LURÉI AS E GLI NI DAS) (METFORMI NA E/OU GLI TAZONA) OU A PRÓPRI A I NSULI NA ACARBOSE ACARBOSE I SOLADOS OU COMBI NADOS
  • 48. ANTIDIABÉTICOS ORAIS MEDICAMENTOS MECANISMO DE AÇÃO Sulfoniluréias SU Aumentam a secreção de insulina Nateglinida NAT Aumenta a secreção de insulina Repaglinida REP Aumenta a secreção de insulina Metformina MET Reduz a resistência hepática Glitazonas TZD Reduzem a resistência muscular Acarbose ACA Retarda absorção de HC
  • 49.  OUTROS - Hormônios derivados do tecido adiposo: adiponectina, resistina e RB4(retinal binding protein- 4). - enzimas celulares: 11—beta hidroxiesteroide desidrogenase, proteina quinase c – beta.
  • 50. SULF MET GLIN GLIT DDP-IV EXEN ACA R EXEN MET ME T GLIT GLIT DDP-IV EXEN
  • 52. NATHAN et al (2008) desenvolveram o algoritmo baseado em evidências para um melhor esquema de tratamento do DM. Intervenção Redução HBA1c Mudança de estilo de vida 1-2 (dieta e atividade física) Metformina 1-2 Insulina 1,5-3,5 Sulfonilureia 1-2 Tiazolinedionas 0,5-1,4 (glitazonas) Inibidores α -glicosidase 0,5-0,8 Exenatide 0,5-1,0 Glinidas 1- 1,5 Pranmilitide 0,5-1,0 Sitaglipitina 0,5-0,8
  • 53. Diabetes Prevention Program Incidência de DM2 (por 100 indivíduos/3 anos de intervenção) % 12 11 10 7,8 8 6 4,8 4 2 Modificação de Metformina Placebo Estilo de Vida n = 3234 (não diabéticos com picos glicêmicos em jejum e pós ingestão oral de glico Knowler WC, N Engl J Med 346:393-403, 2002
  • 54. Finnish Diabetes Prevention Study 25 23 % foi reduzido em 58% o risco de diabetes 20 Após 4 anos: 15 11 % 10 5 (IC 6–15) (IC 17– 0 29) Intervenção Controle % com Diabetes Tuomilehto J et al. N Engl J Med 2001;344:1343-1350.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58. ALGORITMO DE SEQUÊNCIA DE TRATAMENTO DM 2
  • 59. Algoritmo para tratamento do diabetes tipo 2 – Atualização 2011 – Conduta inicial Conforme a Condição Clínica Atual Manifestações Leves- •Glicemia <200 mg/dL. • Sintomas leves ou ausentes. • Ausência de outras doenças agudas concomitantes. Modificações de estilo de vida + metformina (500 mg/dia, intensificando até 2.000 mg/dia). Se não atingir A1C <7%em 4 a 6 semanas.Considerar eventualmente início do tratamento com terapia combinada com metformina + drogas que atuam na glicemia pósprandial (acarbose, glinidas ou gliptinas)
  • 60. Manifestações Moderadas • Qualquer glicemia entre 200 e 300 mg/dL.+ • Ausência de critérios para manifestação leve ou grave. Modificações de estilo de vida + metformina (500 mg/dia, intensificando 2.000 mg/dia) + outros antidiabéticos orais .
  • 61. Manifestações Severas • Qualquer glicemia acima de 300 mg/dl. ou • Perda significante de peso. ou • Sintomas graves e significantes. ou • Presença de cetonúria. - Iniciar insulinoterapia imediatamente. - Reavaliar condição clínica para eventual reintrodu-ção de terapia oral após o controle adequado da glicemia.
  • 62. Adicionar ou modificar segundo ADO conforme nível de A1C(*) 7 a 8,5%- • Sulfonilureia. • Inibidores da DPP-4. • Pioglitazona. • Glinidas (predomínio de hiperglicemia pós- prandial). • Acarbose (predomínio de hiperglicemia pósprandial). • Exenatida ou liraglutida (sobrepeso ou obesidade)
  • 63. 8,5 a 10% • Sulfonilureia. • Inibidores da DPP-4. • Pioglitazona. • Insulina basal ao deitar. • Exenatida ou liraglutida (sobreepeso ou obesidade ). >10% • Insulinoterapia. • Insulina basal+ insulina prandial. Com ou sem: • Metformina. • Sulfonilureia. • Inibidores da DPP-4 .
  • 64. Adicionar um terceiro Agente oral ou intensificar o tratamento insulínico Adicionar um terceiro ADO com diferente mecanismo de ação. Se em 2 meses não atingir as metas de A1C <7%, glicemia de jejum <100 mg/dL ou glicemia pós-prandial (2 horas) <140 mg/dL, iniciar insulinização.
  • 65. Com o se t r at am os DM2 no Brasil 41% usam antidiabéticos orais 29% fazem apenas dieta 23% estão sem tratamento 7% usam insulina

Notas do Editor

  1. Slide 5 The International Diabetes Federation (IDF) estimated that in 2003, approximately 314 million (8%) adults worldwide had prediabetes or impaired glucose tolerance (IGT). 1 This figure is projected to rise to 472 million (9%) by 2025. By comparison, the prevalence of type 2 diabetes is projected to rise from 194 million to 333 million during this time. The prevalence of prediabetes is increasing in all regions across the world, with the exception of Africa, where the prevalence of this condition is predicted to remain fairly constant until 2025. In Africa and South-East Asia, the prevalence of prediabetes is more than twice that of type 2 diabetes. 1. International Diabetes Federation. Diabetes atlas (second edition), 2003. Available at www.eatlas.idf.org, accessed May 2006.
  2. Inibidor ativo plaminogênio -1.
  3. Os benefícios do tratamento da Síndrome Metabólica foram altamente significativos em 4 anos de estudo, com redução do risco de diabetes de 58%. Referência: Tuomilehto J, Lindstrom J, Eriksson JG, Valle TT, Hamalainen H, Ilanne-Parikka P, Keinanen-Kiukaanniemi S, Laakso M, Louheranta A, Rastas M, Salminen V, Uusitupa M. Prevention of type 2 diabetes mellitus by changes in lifestyle among subjects with impaired glucose tolerance. N Engl J Med 2001;344:1343-1350.