Esta máscara representa uma mulher tchokwe e apresenta características como tatuagens e penteados tradicionais do povo, simbolizando fertilidade. Sua forma versátil permite diferentes usos em performances culturais e políticas.
O documento discute a arte contemporânea brasileira, distinguindo arte moderna de arte contemporânea. Apresenta alguns dos principais artistas pioneiros da arte contemporânea brasileira como Flávio de Carvalho, Lygia Clark e Hélio Oiticica, destacando brevemente suas obras e contribuições. Também discute a importância da Bienal de São Paulo para a arte contemporânea no Brasil.
O documento resume a história da fotografia desde suas origens com a câmera escura na Grécia Antiga, passando pelas primeiras fixações de imagens por Niépce e Daguerre até a popularização com a invenção do filme flexível por Eastman e a difusão da fotografia digital. Destaca também pioneiros da fotografia no Brasil como Hércules Florence e Dom Pedro II e o papel da fotografia na arte contemporânea.
O documento descreve o movimento artístico Neoclassicismo que surgiu na Europa no século 18 como uma reação contra o Barroco e Rococó. Ele se baseava nos ideais do Iluminismo e na cultura clássica da Grécia e Roma antigas, promovendo moderação, equilíbrio e idealismo. Suas características incluíam a imitação dos modelos clássicos, regras acadêmicas e a arte como imitação da natureza.
a) A arte grega se caracteriza pelo racionalismo, valorização do belo e do corpo humano e representações da mitologia. Os principais exemplos são a arquitetura de templos como o Partenon e a escultura do período clássico com ênfase no movimento.
b) A pintura grega é encontrada principalmente em vasos cerâmicos, dividida em figuras negras, vermelhas e brancas.
c) Outros elementos culturais importantes são os teatros ao ar livre, como o de Epidauro,
Henri Toulouse-Lautrec foi um pintor francês do século XIX conhecido por seus retratos dos boêmios de Paris, especialmente nos cabarés e casas noturnas de Montmartre. Ele conviveu com artistas impressionistas como Van Gogh e Degas, mas preferiu retratar a vida noturna ao invés de pintar paisagens ao ar livre. Suas obras mais famosas são cartazes e pinturas do Moulin Rouge e de suas artistas. Lautrec desenvolveu um estilo único de traços fortes e planos de fundo simpl
A Missão Artística Francesa trouxe artistas para o Brasil no início do século XIX para fundar a Academia Imperial de Belas Artes e ensinar as artes segundo o estilo neoclássico europeu. Artistas como Nicolas-Antoine Taunay, Jean Baptiste Debret e Grandjean de Montigny contribuíram para o desenvolvimento das artes no país.
A arte grega floresceu de 900 a.C. a 100 a.C., com os períodos geométrico, arcaico, clássico e helenístico. A arquitetura se caracterizou por templos com colunas e frontões esculpidos, enquanto a escultura alcançou perfeição anatômica e expressividade. A cerâmica foi notável por suas pinturas figurativas de alta qualidade.
O teatro de sombras é uma arte antiga originária da China que envolve a manipulação de bonecos atrás de uma tela para projetar sombras. Uma lenda chinesa conta como o teatro de sombras surgiu para entreter o imperador com a sombra de uma bailarina. Hoje é popular na Ásia e uma atividade educativa que estimula a criatividade e imaginação de crianças.
O documento discute a arte contemporânea brasileira, distinguindo arte moderna de arte contemporânea. Apresenta alguns dos principais artistas pioneiros da arte contemporânea brasileira como Flávio de Carvalho, Lygia Clark e Hélio Oiticica, destacando brevemente suas obras e contribuições. Também discute a importância da Bienal de São Paulo para a arte contemporânea no Brasil.
O documento resume a história da fotografia desde suas origens com a câmera escura na Grécia Antiga, passando pelas primeiras fixações de imagens por Niépce e Daguerre até a popularização com a invenção do filme flexível por Eastman e a difusão da fotografia digital. Destaca também pioneiros da fotografia no Brasil como Hércules Florence e Dom Pedro II e o papel da fotografia na arte contemporânea.
O documento descreve o movimento artístico Neoclassicismo que surgiu na Europa no século 18 como uma reação contra o Barroco e Rococó. Ele se baseava nos ideais do Iluminismo e na cultura clássica da Grécia e Roma antigas, promovendo moderação, equilíbrio e idealismo. Suas características incluíam a imitação dos modelos clássicos, regras acadêmicas e a arte como imitação da natureza.
a) A arte grega se caracteriza pelo racionalismo, valorização do belo e do corpo humano e representações da mitologia. Os principais exemplos são a arquitetura de templos como o Partenon e a escultura do período clássico com ênfase no movimento.
b) A pintura grega é encontrada principalmente em vasos cerâmicos, dividida em figuras negras, vermelhas e brancas.
c) Outros elementos culturais importantes são os teatros ao ar livre, como o de Epidauro,
Henri Toulouse-Lautrec foi um pintor francês do século XIX conhecido por seus retratos dos boêmios de Paris, especialmente nos cabarés e casas noturnas de Montmartre. Ele conviveu com artistas impressionistas como Van Gogh e Degas, mas preferiu retratar a vida noturna ao invés de pintar paisagens ao ar livre. Suas obras mais famosas são cartazes e pinturas do Moulin Rouge e de suas artistas. Lautrec desenvolveu um estilo único de traços fortes e planos de fundo simpl
A Missão Artística Francesa trouxe artistas para o Brasil no início do século XIX para fundar a Academia Imperial de Belas Artes e ensinar as artes segundo o estilo neoclássico europeu. Artistas como Nicolas-Antoine Taunay, Jean Baptiste Debret e Grandjean de Montigny contribuíram para o desenvolvimento das artes no país.
A arte grega floresceu de 900 a.C. a 100 a.C., com os períodos geométrico, arcaico, clássico e helenístico. A arquitetura se caracterizou por templos com colunas e frontões esculpidos, enquanto a escultura alcançou perfeição anatômica e expressividade. A cerâmica foi notável por suas pinturas figurativas de alta qualidade.
O teatro de sombras é uma arte antiga originária da China que envolve a manipulação de bonecos atrás de uma tela para projetar sombras. Uma lenda chinesa conta como o teatro de sombras surgiu para entreter o imperador com a sombra de uma bailarina. Hoje é popular na Ásia e uma atividade educativa que estimula a criatividade e imaginação de crianças.
O documento descreve a Arte Nova e o Funcionalismo. A Arte Nova surgiu no final do século XIX na França e Bélgica e influenciou vários campos artísticos como pintura, arquitetura, mobiliário e joalharia. O Funcionalismo surgiu nas décadas de 1920 e 1930 e defendia que a forma deveria seguir a função, priorizando o funcionamento prático dos edifícios.
O documento discute a arte acadêmica e o movimento impressionista na França no século XIX. A arte acadêmica seguia regras rígidas de ilusão da realidade, enquanto os impressionistas exploravam a luz e o movimento com pinceladas soltas, influenciados pela fotografia e tubos de tinta a óleo. O termo "impressionismo" surgiu de uma crítica ao quadro Impressão, Nascer do Sol de Claude Monet.
O documento descreve o movimento artístico Land Art, no qual artistas usam a natureza como suporte e tema para suas obras. Surgiu na década de 1960 como uma fuga à industrialização e busca pela natureza. As obras são efêmeras e feitas apenas com elementos naturais, sem causar danos ambientais. A maior obra foi a Plataforma Espiral de Robert Smithson, construída com terra e pedra sobre um lago em Utah.
A arte cinética refere-se a uma corrente artística que usa formas e efeitos visuais para gerar movimento ou ilusão óptica através da repetição de formas simples e cores, criando um espaço tridimensional dinâmico que parece se mover.
A civilização egípcia antiga desenvolveu-se entre 3200 a.C. às margens do rio Nilo, que era essencial para a agricultura e transporte. A arte egípcia era principalmente utilitária e religiosa, servindo aos deuses e aos mortos. Grandes construções como as pirâmides de Gizé e os templos de Karnak e Luxor foram erguidos para guardar faraós e abrigar divindades.
Desenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da ArteAna Beatriz Cargnin
O documento apresenta uma linha do tempo da história da arte e do desenho desde a Pré-História até a Idade Contemporânea, descrevendo os principais estilos artísticos de cada período como a arte egípcia, grega, romana, bizantina, gótica, renascentista, barroca e contemporânea. Também fornece informações sobre técnicas básicas de esboço como materiais expressivos e composição.
Vincent Van Gogh foi um pintor holandês considerado um dos principais representantes da pintura mundial. Ele passou por muitas dificuldades ao longo da vida, como problemas financeiros e de saúde mental, mas é hoje reconhecido como um dos maiores mestres da pintura universal. Suas obras mais famosas incluem Os Comedores de Batatas, Girassóis e A Casa Amarela.
O Rococó surgiu na França no século XVIII, como uma extensão do Barroco. Existem a característica da exaltação do individualismo e um gosto fútil por uma beleza luxuosa, curvilínea e intimista. Começa na área da arquitetura e se espalha para todos os ramos das artes. O termo Rococó surge de um termo francês (rocaille) que significa “embrechado”, que é uma técnica de incrustação de conchas e vidros utilizados na decoração de grutas artificiais.
A arte bizantina surgiu após o cristianismo ser reconhecido como religião oficial do Império Romano pelo Édito de Milão em 313 d.C. Sua arte era principalmente religiosa e tinha como objetivo instruir os devotos, retratando figuras como Jesus, Maria e os apóstolos. A arquitetura bizantina é exemplificada por grandes basílicas e igrejas decoradas com mosaicos e ouro, como Santa Sofia em Istambul.
6 História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveauPaula Poiet
Simbolistas focavam em temas como sonhos, mistérios e o erótico-místico, se inspirando em diversas religiões. Gauguin abandonou a representação européia em favor do primitivo. Pré-Rafaelitas buscavam sinceridade, criticando a arte da época e se inspirando no período anterior a Rafael.
Slides sobre Escultura (simples) para o 9º anoCristina Ramos
Este documento descreve o que é escultura, suas características e técnicas. A escultura envolve a criação de objetos artísticos em três dimensões usando materiais como argila, bronze e pedra. Técnicas como cinzelamento, modelagem e fundição são usadas para dar forma à obra, que pode representar pessoas, objetos ou formas abstratas.
A gravura é uma das linguagens mais antigas da história da humanidade, com origens na Pré-história. Existem diferentes tipos de gravura que produzem impressões em relevo, a entalhe, ou a partir de matrizes planas ou de permeação. A gravura permite a multiplicação de obras através de cópias a partir de uma única matriz.
O documento descreve o estilo Art Nouveau, incluindo suas origens na França no final do século XIX, características como formas sinuosas e curvilíneas inspiradas na natureza, e exemplos de artistas como Gustav Klimt, Antoni Gaudí, Aubrey Beardsley e produtos como vidro Lalique e lamparinas Tiffany.
O documento resume a evolução histórica das artes visuais, desde a pré-história até o início do século XX. Ele descreve importantes períodos como a Antiguidade Clássica, a Idade Média, o Renascimento, a Revolução Industrial e os movimentos artísticos de vanguarda como o Impressionismo, o Cubismo e o Dadaísmo.
Os irmãos Lumière inventaram o cinematógrafo e realizaram o primeiro filme da história. Ao longo dos anos, o cinema evoluiu de peças de teatro filmadas para filmes sonoros em Hollywood. Grandes diretores como David Griffith e Orson Welles ajudaram a estabelecer o cinema como uma forma de arte.
O documento discute grafite e instalação. No grafite, descreve sua origem e evolução como forma de arte urbana, destacando estilos, técnicas e alguns dos principais artistas. Na instalação, explica como surgiu como forma de arte conceitual que usa diversos objetos e espaços para provocar reflexão no espectador.
O documento descreve o movimento artístico Op Art, definindo-o como arte óptica baseada em ilusões visuais e efeitos de movimento. Apresenta seus principais artistas como Victor Vasarely, M.C. Escher e Alexander Calder, destacando suas obras que exploram a tridimensionalidade e a participação do observador através de formas geométricas e contrastes de cores. Por fim, menciona a disseminação da Op Art no Brasil pelo artista Luiz Sacilotto.
Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o estilo rococó se manifestou principalmente na decoração de interiores, com ênfase em cores pastéis, formas curvas e detalhes delicados. A pintura e a arquitetura do período valorizaram a leveza, a graça e o luxo, enquanto a moda rococó era caracterizada por roupas ornadas com rendas e tecidos finos.
ARTE E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NAS ESCOLAS: INFLUÊNCIA AFRICANA ...Alexia Oliveira
Tendo como referencia autores que desenvolvem estudo sobre o tema nos parâmetros curriculares nacionais (PCN) e a aplicabilidade da lei 10.639/2003 que estabelece como dever o ensino sobre História e Cultura Afro Brasileiras pelas disciplinas nas áreas de Educação Artística, Licenciaturas e História Brasileira.Este trabalho pretende fundamentar a importância do ensino Afro Brasileiro nas escolas de rede Publica e Privada na disciplina de Educação Artística, partindo do pré-suposto que a temática é um componente significativo na formação do povo brasileiro, documentando possíveis temas a serem trabalhados em sala de aula com embasamento teórico gerando dialogo e reflexão sobre a arte e cultura africana e sua influencia no Brasil validando a possibilidade da lei através de pesquisas e interesse dos professores.
Lei \10.639, Cultura Africana, Afro Brasileira, Ensino, Educação Artística.
Esta máscara representa uma mulher tchokwe e apresenta características como tatuagens e penteados tradicionais do povo, simbolizando fertilidade. Sua forma versátil permite diferentes usos em performances culturais e políticas.
O documento descreve a Arte Nova e o Funcionalismo. A Arte Nova surgiu no final do século XIX na França e Bélgica e influenciou vários campos artísticos como pintura, arquitetura, mobiliário e joalharia. O Funcionalismo surgiu nas décadas de 1920 e 1930 e defendia que a forma deveria seguir a função, priorizando o funcionamento prático dos edifícios.
O documento discute a arte acadêmica e o movimento impressionista na França no século XIX. A arte acadêmica seguia regras rígidas de ilusão da realidade, enquanto os impressionistas exploravam a luz e o movimento com pinceladas soltas, influenciados pela fotografia e tubos de tinta a óleo. O termo "impressionismo" surgiu de uma crítica ao quadro Impressão, Nascer do Sol de Claude Monet.
O documento descreve o movimento artístico Land Art, no qual artistas usam a natureza como suporte e tema para suas obras. Surgiu na década de 1960 como uma fuga à industrialização e busca pela natureza. As obras são efêmeras e feitas apenas com elementos naturais, sem causar danos ambientais. A maior obra foi a Plataforma Espiral de Robert Smithson, construída com terra e pedra sobre um lago em Utah.
A arte cinética refere-se a uma corrente artística que usa formas e efeitos visuais para gerar movimento ou ilusão óptica através da repetição de formas simples e cores, criando um espaço tridimensional dinâmico que parece se mover.
A civilização egípcia antiga desenvolveu-se entre 3200 a.C. às margens do rio Nilo, que era essencial para a agricultura e transporte. A arte egípcia era principalmente utilitária e religiosa, servindo aos deuses e aos mortos. Grandes construções como as pirâmides de Gizé e os templos de Karnak e Luxor foram erguidos para guardar faraós e abrigar divindades.
Desenho artístico e de apresentação - Parte 1: História da ArteAna Beatriz Cargnin
O documento apresenta uma linha do tempo da história da arte e do desenho desde a Pré-História até a Idade Contemporânea, descrevendo os principais estilos artísticos de cada período como a arte egípcia, grega, romana, bizantina, gótica, renascentista, barroca e contemporânea. Também fornece informações sobre técnicas básicas de esboço como materiais expressivos e composição.
Vincent Van Gogh foi um pintor holandês considerado um dos principais representantes da pintura mundial. Ele passou por muitas dificuldades ao longo da vida, como problemas financeiros e de saúde mental, mas é hoje reconhecido como um dos maiores mestres da pintura universal. Suas obras mais famosas incluem Os Comedores de Batatas, Girassóis e A Casa Amarela.
O Rococó surgiu na França no século XVIII, como uma extensão do Barroco. Existem a característica da exaltação do individualismo e um gosto fútil por uma beleza luxuosa, curvilínea e intimista. Começa na área da arquitetura e se espalha para todos os ramos das artes. O termo Rococó surge de um termo francês (rocaille) que significa “embrechado”, que é uma técnica de incrustação de conchas e vidros utilizados na decoração de grutas artificiais.
A arte bizantina surgiu após o cristianismo ser reconhecido como religião oficial do Império Romano pelo Édito de Milão em 313 d.C. Sua arte era principalmente religiosa e tinha como objetivo instruir os devotos, retratando figuras como Jesus, Maria e os apóstolos. A arquitetura bizantina é exemplificada por grandes basílicas e igrejas decoradas com mosaicos e ouro, como Santa Sofia em Istambul.
6 História da arte II: Pré-rafaelitas, simbolismo e art nouveauPaula Poiet
Simbolistas focavam em temas como sonhos, mistérios e o erótico-místico, se inspirando em diversas religiões. Gauguin abandonou a representação européia em favor do primitivo. Pré-Rafaelitas buscavam sinceridade, criticando a arte da época e se inspirando no período anterior a Rafael.
Slides sobre Escultura (simples) para o 9º anoCristina Ramos
Este documento descreve o que é escultura, suas características e técnicas. A escultura envolve a criação de objetos artísticos em três dimensões usando materiais como argila, bronze e pedra. Técnicas como cinzelamento, modelagem e fundição são usadas para dar forma à obra, que pode representar pessoas, objetos ou formas abstratas.
A gravura é uma das linguagens mais antigas da história da humanidade, com origens na Pré-história. Existem diferentes tipos de gravura que produzem impressões em relevo, a entalhe, ou a partir de matrizes planas ou de permeação. A gravura permite a multiplicação de obras através de cópias a partir de uma única matriz.
O documento descreve o estilo Art Nouveau, incluindo suas origens na França no final do século XIX, características como formas sinuosas e curvilíneas inspiradas na natureza, e exemplos de artistas como Gustav Klimt, Antoni Gaudí, Aubrey Beardsley e produtos como vidro Lalique e lamparinas Tiffany.
O documento resume a evolução histórica das artes visuais, desde a pré-história até o início do século XX. Ele descreve importantes períodos como a Antiguidade Clássica, a Idade Média, o Renascimento, a Revolução Industrial e os movimentos artísticos de vanguarda como o Impressionismo, o Cubismo e o Dadaísmo.
Os irmãos Lumière inventaram o cinematógrafo e realizaram o primeiro filme da história. Ao longo dos anos, o cinema evoluiu de peças de teatro filmadas para filmes sonoros em Hollywood. Grandes diretores como David Griffith e Orson Welles ajudaram a estabelecer o cinema como uma forma de arte.
O documento discute grafite e instalação. No grafite, descreve sua origem e evolução como forma de arte urbana, destacando estilos, técnicas e alguns dos principais artistas. Na instalação, explica como surgiu como forma de arte conceitual que usa diversos objetos e espaços para provocar reflexão no espectador.
O documento descreve o movimento artístico Op Art, definindo-o como arte óptica baseada em ilusões visuais e efeitos de movimento. Apresenta seus principais artistas como Victor Vasarely, M.C. Escher e Alexander Calder, destacando suas obras que exploram a tridimensionalidade e a participação do observador através de formas geométricas e contrastes de cores. Por fim, menciona a disseminação da Op Art no Brasil pelo artista Luiz Sacilotto.
Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o estilo rococó se manifestou principalmente na decoração de interiores, com ênfase em cores pastéis, formas curvas e detalhes delicados. A pintura e a arquitetura do período valorizaram a leveza, a graça e o luxo, enquanto a moda rococó era caracterizada por roupas ornadas com rendas e tecidos finos.
ARTE E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NAS ESCOLAS: INFLUÊNCIA AFRICANA ...Alexia Oliveira
Tendo como referencia autores que desenvolvem estudo sobre o tema nos parâmetros curriculares nacionais (PCN) e a aplicabilidade da lei 10.639/2003 que estabelece como dever o ensino sobre História e Cultura Afro Brasileiras pelas disciplinas nas áreas de Educação Artística, Licenciaturas e História Brasileira.Este trabalho pretende fundamentar a importância do ensino Afro Brasileiro nas escolas de rede Publica e Privada na disciplina de Educação Artística, partindo do pré-suposto que a temática é um componente significativo na formação do povo brasileiro, documentando possíveis temas a serem trabalhados em sala de aula com embasamento teórico gerando dialogo e reflexão sobre a arte e cultura africana e sua influencia no Brasil validando a possibilidade da lei através de pesquisas e interesse dos professores.
Lei \10.639, Cultura Africana, Afro Brasileira, Ensino, Educação Artística.
Esta máscara representa uma mulher tchokwe e apresenta características como tatuagens e penteados tradicionais do povo, simbolizando fertilidade. Sua forma versátil permite diferentes usos em performances culturais e políticas.
Este documento discute as relações entre a estética, as artes visuais e a cultura material da África e do Brasil. Apresenta exemplos de obras de arte de diferentes culturas africanas, como esculturas, máscaras e objetos cerimoniais dos povos Ashanti, Dogon, Bambara, Senufo, entre outros. Também mostra exemplos de arte afro-brasileira, como uma estátua de Iemanjá e um Opaxorô.
A arte africana inclui milhares de pinturas e gravuras rupestres de 10.000 a 1.500 anos atrás na Argélia, esculturas em madeira e marfim representando divindades, e máscaras usadas em rituais e danças para representar espíritos. Artefatos africanos influenciaram a arte européia, como as pinturas de Picasso.
A arte africana representa as tradições e costumes das tribos. As esculturas e pinturas expressam valores étnicos, morais e religiosos, com foco nas máscaras que têm significado místico nos rituais e funerais. As máscaras eram feitas principalmente de madeira e usadas em rituais secretos para absorver poderes mágicos e ajudar a comunidade.
As máscaras africanas representam um disfarce místico usado para absorver forças mágicas dos espíritos e distribuí-las para a comunidade por meio de rituais. Elas são destinadas a captar a energia vital que escapa dos mortos e transformam o corpo de quem as usa, emprestando suas características durante cerimônias de cura, rituais fúnebres e outros eventos.
Las máscaras africanas tradicionalmente cumplen funciones religiosas y rituales en las comunidades. Representan espíritus y fuerzas sobrenaturales que guían eventos como ritos agrarios, funerarios e iniciaciones. Diferentes grupos étnicos como los Bambara, Marka, Senufo y Dogón crean máscaras talladas en madera con distintos estilos y significados según sus tradiciones.
O documento descreve as etapas de um projeto escolar para criar máscaras africanas simbolizando o continente. As máscaras foram feitas em 8 etapas utilizando materiais como balões, revistas, tinta e penas. Após concluídas, as máscaras foram expostas.
As máscaras africanas eram usadas em rituais religiosos e cerimônias para absorver forças mágicas e ajudar a comunidade. Feitas principalmente de madeira, eram altamente decoradas e abstratas, representando espíritos. Muitas máscaras foram levadas para museus europeus, onde só recentemente foram estudadas e valorizadas pela arte e cultura que representam.
O documento lista seis locais históricos na África, incluindo ruínas de cidades antigas na Núbia e Etiópia, pirâmides no deserto núbio, a arquitetura de Fez no Marrocos e importantes locais religiosos como a Grande Mesquita de Djenné no Mali e a Igreja de Lalibela na Etiópia.
O documento descreve a arte africana, incluindo suas origens antigas, formas como escultura, pintura rupestre e máscaras, e como representa os valores e costumes das tribos. A arte tem funções práticas e espirituais e usa materiais como madeira, marfim e metais para expressar significados místicos e religiosos.
O documento descreve a história por trás da origem de três plantas amazônicas de acordo com lendas indígenas: 1) A lenda do açaizeiro explica como a árvore passou a fornecer o fruto açaí para alimentar a aldeia; 2) A lenda do guaraná conta como as sementes da planta cresceram dos olhos de uma criança morta; 3) A lenda da mandioca fala sobre o nascimento da planta a partir das raízes de uma menina enterrada por sua mãe.
O documento descreve a arte e cultura de várias regiões da África Ocidental, incluindo as culturas Nok, Yoruba, Benin e Mandé. Ele fornece detalhes sobre esculturas, objetos cerâmicos e de metal datados de 500 aC a 1900 encontrados nestas regiões e descreve características comuns da arte africana como a ênfase na escultura, no corpo humano e nos rituais.
1) Os símbolos adinkra pertencem aos povos Akan da África Ocidental e refletem valores humanos universais. 2) Muitos símbolos representam virtudes, histórias, provérbios ou eventos históricos. 3) Esses símbolos são transmitidos de geração em geração e aplicados em tecidos e artefatos.
Arte afrobrasileira camilo curso adilsonkamilodelelis
O documento discute a arte tradicional africana, notando que as culturas e artes da África são diversas e únicas. Apesar da influência colonial no passado, a partir da década de 1990 a África começou a recuperar sua identidade cultural e se libertar das influências europeias que haviam suprimido sua rica cultura.
Introducción a los Adinkras africanos (Gana)
Vestimenta, Estampados y Símbolos.
Contenido desarrollado para el proyecto "Sonidos, Ecos y Resonancias del Océano" a cargo del Prof. Fabio Sambartoloemo.
sonidosecosyresonanciasdeloceano.blogspot.com.ar
Os Adinkras são símbolos africanos que representam ideias e valores do povo Akan na Gana, Costa do Marfim e Togo. Cada símbolo tem um nome e significado baseado em provérbios, eventos históricos ou aspectos da natureza. Segundo a lenda, os Adinkras surgiram após uma guerra entre dois reis, um dos quais detinha o segredo da fabricação dos tecidos estampados.
A importância do negro na sociedade brasileiraLuana Reverti
A influência cultural africana no Brasil é profunda e abrange diversas áreas como religião, culinária, música e dança. Os escravos trouxeram tradições que se misturaram com as culturas indígena e européia, formando a identidade cultural brasileira. Apesar de inicialmente reprimida, a cultura afro-brasileira passou a ser valorizada a partir do século XX e hoje é reconhecida como fundamental para o país.
A África desenvolveu diversas técnicas de estamparia ao longo de milhares de anos, como o tingimento com índigo e a cera batik. Os africanos dominam a tinturaria há séculos e criaram belos têxteis com cores naturais. A moda afro atual é influenciada pela cultura africana através do uso de tecidos coloridos e estampados.
Este documento apresenta 15 obras de arte africana do acervo do Museu Afro Brasil, incluindo máscaras e esculturas de diversos povos como Luba, Tchokwe e Songye. Ele fornece informações sobre as características culturais e significados simbólicos representados em cada peça.
Este documento apresenta 15 obras de arte africana do acervo do Museu Afro Brasil, incluindo máscaras e esculturas de diversos povos como Luba, Tchokwe e Songye. Ele fornece informações sobre as características culturais e significados simbólicos representados em cada peça.
A arte primitiva africana inclui esculturas, máscaras e outras obras que refletem as culturas e crenças dos povos africanos. As obras eram feitas de materiais locais como madeira, marfim e metais e retratavam temas religiosos, da vida cotidiana e da natureza. A arte variava entre os povos nômades e agricultores devido aos seus estilos de vida e grau de desenvolvimento cultural.
O documento discute a arte afro-brasileira, comparando a arte africana tradicional com sua recriação no Brasil. Ele também descreve o período do Barroco brasileiro, quando artistas negros como Aleijadinho e Mestre Valentim alcançaram proeminência, deixando uma marca africana duradoura na arte e cultura brasileiras.
1) O documento discute a arte africana, sua classificação e representação ao longo da história, especialmente sob a perspectiva ocidental.
2) Menciona como a arte africana foi vista por muito tempo como "primitiva" e sem valor estético pelos colonizadores europeus.
3) Argumenta que é necessário entender a arte africana em seus próprios termos e contexto cultural, em vez de impor categorias e julgamentos ocidentais.
O documento descreve a arte primitiva africana, incluindo esculturas, máscaras e pinturas produzidas por diferentes povos ao longo da história. A arte reflete as culturas, crenças e estilos de vida únicos de cada povo, e materiais como madeira, marfim e bronze eram comumente usados. As obras frequentemente retratavam aspectos da religião, da vida cotidiana e da natureza local.
1) O texto discute os critérios de "autenticidade" usados para definir arte africana, questionando quem constrói os significados e determina a autenticidade.
2) A noção de "sociedade tradicional" é uma ficção que oculta a longa história e mudanças na África. Contatos anteriores ao colonialismo também influenciaram a arte.
3) O que é considerado autêntico é determinado pelos gostos dos colecionadores ocidentais, não pelas mudanças culturais na África.
Este documento descreve a exposição "Percurso afetivo" de Tarsila do Amaral no Centro Cultural Banco do Brasil. A exposição tem como foco apresentar as obras e a vida de Tarsila de forma intimista e emocional, baseada principalmente em seu diário de viagens dos anos 1920. A mostra reúne obras raras de Tarsila vinculadas ao Rio de Janeiro com o objetivo de dar aos visitantes uma visão próxima da vida e personalidade da artista.
1. O documento discute as dificuldades em definir o que é arte e como ela é classificada e analisada. 2. A crítica tem o poder de atribuir o status de arte a objetos e hierarquizar obras com base em seus próprios critérios. 3. Tentativas de classificar obras de arte em estilos específicos ou períodos artísticos nem sempre capturam a complexidade e riqueza das obras.
Arte Primitiva Africana Pintura, Máscaras e Grafismo (2).pptJosCarlosSouza14
O documento descreve a arte primitiva africana, incluindo suas principais características e estilos. A arte africana varia entre diferentes culturas e regiões do continente e inclui esculturas, máscaras, pinturas e outras formas que refletem a história, crenças e vida cotidiana dos povos africanos. Muitas dessas obras de arte foram influenciadas por culturas como a dos ifês na Nigéria e ainda inspiram artistas contemporâneos.
Arte Primitiva Africana Pintura, Máscaras e Grafismo.pptMiriaAraujo2
O documento descreve a arte primitiva africana, incluindo suas principais características e influências. A arte africana reflete as culturas e tradições dos povos do continente e inclui esculturas, máscaras, pinturas e outras formas que variam entre as regiões. As máscaras em particular desempenham papéis religiosos, sociais e de iniciação importantes para os povos africanos.
Arte Primitiva Africana Pintura, Máscaras e Grafismo (1).pptSimone0224
O documento descreve a arte primitiva africana, incluindo suas principais características e estilos. A arte africana varia entre diferentes culturas e povos do continente e inclui esculturas, máscaras, pinturas e outras formas que refletem a religião, história e vida cotidiana dos africanos. Muitas dessas obras de arte influenciaram movimentos artísticos modernos e chegaram ao Brasil através dos escravos africanos.
Arte Primitiva Africana Pintura, Máscaras e Grafismo.pptSimone0224
O documento descreve a arte primitiva africana, incluindo suas principais características e influências. A arte africana reflete as culturas e tradições dos povos do continente e foi influenciada pelo Egito Antigo. As esculturas, máscaras e pinturas eram feitas com materiais locais e retratavam temas do cotidiano e religiosos. A arte africana teve grande influência em movimentos artísticos modernos e chegou ao Brasil através dos escravos.
O documento discute a arte africana, incluindo suas características, formas como escultura, máscaras e dança. Também aborda a influência da arte africana no Brasil, especialmente na música, dança e religião.
A arte egípcia refletia as crenças religiosas da civilização, como a importância da vida após a morte. Grandes monumentos como obeliscos e templos foram erguidos para exaltar o poder político e religioso dos faraós. A arte também se concentrava em túmulos para assegurar a felicidade dos mortos no além-vida.
A arte egípcia refletia as crenças da cultura sobre a vida após a morte. As obras eram dedicadas aos túmulos e objetos para os mortos, enquanto a arquitetura se concentrava em construções funerárias como mastabas e pirâmides. A arte também seguia convenções rígidas como a lei da frontalidade para representar figuras de forma não ilusionista.
O documento discute a pré-história e arte em diferentes continentes, incluindo a África e suas máscaras Geledés, a arte rupestre na Europa, a escultura e pintura na Índia antiga durante o período Gupta, e a caligrafia, porcelana e jóias na China antiga.
este slide é para ilustrar nossa miscigenação e nossa consciência que de alguma forma estamos participando da cultura e não escondemos nossos antepassados.
1) O documento analisa a representação de negros em livros didáticos de história, dividindo as imagens em três categorias: submissão, trabalho e autonomia. A maioria das imagens retrata negros de forma submissa ou como mão-de-obra sem qualificação.
2) Poucas imagens mostram a autonomia ou o patrimônio cultural de negros. Quando retratados de forma autônoma, recebem descrições preconceituosas.
3) O autor conclui que as imagens são usadas sem compromis
Livro situacao social-populacao-negra por estadoFátima Brito
1) O documento apresenta indicadores sobre a situação social da população negra no Brasil entre 2001-2012, cobrindo temas como características familiares, escolaridade, trabalho e renda, e seguridade social.
2) Os indicadores mostram melhorias nas condições de vida da população negra, porém ainda há desigualdades significativas em comparação com a população branca.
3) A publicação tem como objetivo fornecer subsídios para políticas públicas que promovam a igualdade racial e monitorar a dinâm
à Flor da terra cemiterio dos pretos novos no rio de janeiroFátima Brito
Este documento apresenta:
1) Uma introdução sobre o Cemitério dos Pretos Novos no Rio de Janeiro, onde escravos recém-chegados eram enterrados superficialmente.
2) Agradecimentos do autor a várias pessoas e instituições que o ajudaram na pesquisa.
3) Um prefácio do orientador do autor descrevendo a localização e funcionamento do cemitério e sua importância para entender a violência contra escravos mortos.
Epicuro, lucrecio, cicero, seneca, marco aurelio os pensadores - epicuro, luc...Fátima Brito
Este documento apresenta breves biografias de cinco importantes pensadores da Antiguidade: Epicuro, Lucrécio, Cícero, Sêneca e Marco Aurélio. Resume seus principais trabalhos filosóficos, como a Antologia de Textos de Epicuro, Da Natureza de Lucrécio, Da República de Cícero, e as obras de Sêneca e as Meditações de Marco Aurélio. Apresenta também o contexto histórico e filosófico do período helenístico em que viveram, marcado pela perda
A entrevista discute a importância de se compreender a dimensão subjetiva e psicológica do racismo para além das ações políticas e legais. Entender como o racismo afeta a mente e as relações entre grupos é essencial para desconstruir representações racistas e avançar em direção a uma sociedade mais igualitária. A formação sobre os efeitos psicossociais do racismo busca contribuir nesse processo, analisando como o racismo impacta a psique e as relações intergrupos.
As religiões-de-matriz-africana-e-a-escola apostilaFátima Brito
O documento discute a herança cultural africana no Brasil, especialmente no que se refere às religiões de origem africana. Apresenta os principais grupos étnicos africanos trazidos como escravos e suas influências nas religiões sincréticas que se desenvolveram no Brasil, como o candomblé e a umbanda. Também aborda a influência do idioma banto e iorubá no português brasileiro.
O documento descreve a história do Quilombo dos Palmares e sua liderança por Nzumbi contra a escravidão no Brasil colonial. Narra a traição de Ganga Zumba que aceitou a anistia dos portugueses e a continuação da resistência sob o comando de Nzumbi. Relata também a derrota final de Palmares após décadas de luta contra as tropas portuguesas bem armadas.
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
3. 2 3
Introdução: Emanoel Araujo �����������������������������������������������������������5
Apresentação ���������������������������������������������������������������������������������7
Luba................................................................................................8
Tchokwe ���������������������������������������������������������������������������������������10
Iaca...............................................................................................12
Songye �����������������������������������������������������������������������������������������14
Iorubá �������������������������������������������������������������������������������������������16
Ejagham ���������������������������������������������������������������������������������������22
Igala..............................................................................................24
Bamileque ������������������������������������������������������������������������������������26
Bamum �����������������������������������������������������������������������������������������28
Attie..............................................................................................30
Bobo, Bwa ������������������������������������������������������������������������������������32
Dogon �������������������������������������������������������������������������������������������34
Bamana ����������������������������������������������������������������������������������������36
Questões para reflexão �����������������������������������������������������������������38
Diálogos entre obras ���������������������������������������������������������������������46
Glossário ��������������������������������������������������������������������������������������50
Bibliografia ������������������������������������������������������������������������������������52
B571
BEVILACQUA, Juliana Ribeiro da Silva; SILVA, Renato Araújo da.
África em Artes. São Paulo: Museu Afro Brasil, 2015.
56 p. : il. ; 31 cm.
Bibliografia.
ISBN: 978-85-63972-15-6
1. Arte Africana. 2. Museu Afro Brasil. 3. Guia para Professores. 4. Máscaras. 5. Esculturas. I. Bevilacqua, Juliana
Ribeiro da Silva. II. Silva, Renato Araújo da. III. Título
CDD 709.6
Esta publicação é parte integrante do EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO No
01 /2013 – III IDEIAS CRIATIVAS ALUSIVO
AO DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA – 20 DE NOVEMBRO, SELEÇÃO PÚBLICA PARA APOIO A PROJETOS
ARTÍSTICOS E CULTURAIS da Fundação Cultural Palmares conforme Decreto de 25 de fevereiro de 2013, publicado
no Diário Oficial da União, de 26 de fevereiro de 2013, nos termos, no que couber, da Lei no
7.668/1988,
do Decreto no
6.853/2009, observadas as disposições da Lei o
8.666/93, na Portaria Ministério da Cultura no
29/2009.
Capa: detalhe da Máscara placa (Nwantantay).
Povos Bobo, Bwa; Burkina Faso.
Acervo Museu Afro Brasil.
Verbete Estatueta Songye (p.14):
Prof. Dr. Marta Heloísa Leuba Salum (Lisy)
4. 4 5
A África em suas Obras de Arte
Emanoel Araujo*
Mais de 110 anos se passaram desde que o antropólogo alemão Leo Frobenius fincou seus pés na África
pela primeira vez e ela, por meio de suas obras plásticas, continua tão admirável, inusitada e misteriosa
quanto antes. O que o antropólogo viu ali o deixou comovido. Para tanto! Nenhum olhar estrangeiro
vislumbraria aquelas profusões de matérias e de formas de maneira indiferente. A visão daqueles
“monumentos à divindade real” que eram as cabeças comemorativas de reis em Ifé, em seu exorbitante
naturalismo, atingiu de assombro aquele que viria a ser professor honorário da Universidade de Frankfurt
e fundador do Museu de Etnologia da mesma cidade. Tamanho foram o espanto e a admiração que
Frobenius propôs que aquelas cabeças, feitas em maravilhoso bronze, na complexa “técnica da cera
perdida”, não podiam ter sido elaboradas por africanos.
O que se conhecia de “arte africana” até então, era o que traziam os olhares modernistas com as
máscaras da África que viam no Museu de Etnografia do Trocadero, cheias daquilo que consideravam
um “primitivismo” e que era, na verdade, o resultado de séculos e séculos da vibrante tradição plástica
africana da abstração. O continente africano viu emergir civilizações ocultadas hoje pelo terror da história
que expressaram largamente o mistério da vida através da expressão plástica e do estabelecimento de
uma tradição artística calcada na verdade utilitária e mágica do cotidiano. Mas foi o olhar imperialista e
os impulsos tirânicos das potências ocidentais que quiseram relegar a arte africana ao quadro funcional,
religioso e social.
Essa arte é produzida por um ato livre de criação. Dir-se-ia que ela contemplou exatamente os interesses
modernistas porque ela tinha a capacidade de fazer a mediação, por um lado, entre o mundo perceptivo
dos objetos com suas formas regulares e irregulares e, por outro, a profusão da imaginação humana;
mediação esta em que são indistintos na experiência o sagrado e o profano. Esta arte experimenta a
liberdade dentro de um rigor da tradição, que não é acadêmica, mas não deixa de ter sua rigidez porque
nos seus cânones ela é voltada para o domínio de um “outro mundo” – o respeito absoluto pelo mundo
da ancestralidade. Esta arte é também universal na medida em que atinge essa liberdade criadora que é o
ato consciente do artista ao produzir a obra. E eu disse aqui “a” obra e não “sua” obra, porque aquela arte
que foi produzida não pertence ao artista que a produziu senão a todos. Aquela obra pertence a seu povo
e podemos dizer, por extensão, que aquela obra pertence à humanidade.
* Emanoel Araujo (1940), artista plástico, ex-diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo e ex-Secretário
da Cultura do Município, é o criador e Diretor do Museu Afro Brasil.
Máscara Bwa, Burkina Faso, década de 1980
Christopher D. Roy
5. 6 7
12 6
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31 27
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16
15
10
5
1 Ashanti
2 Attie
3 Baga
4 Bamana
5 Bamileque
6 Bamum
7 Baulê
8 Bobo
9 Dan
10 Dogon
11 Edo
12 Ejagham
13 Fali
14 Fang
15 Fon
16 Iaca
17 Igbo
18 Ifé
19 Igala
20 Iorubá
21 Kongo
22 Kuba
23 Landuma
24 Luba
25 Maconde
26 Malinque
27 Mangbetu
28 Mossi
29 Nafana
30 Pende
31 Punu
32 Senufo
33 Songye
34 Suku
35 Tchokwe
36 Tiv
37 Vili
38 Yombe
Mapa da África contemplando os povos representados
no acervo do Museu Afro Brasil
Apresentação
O acervo de arte africana do Museu Afro Brasil, Parque Ibirapuera – São Paulo, conta atualmente
com cerca de 100 obras. São máscaras, estatuetas e outros tipos de produções de diferentes povos
e países da África, que permitem ao visitante ter um breve contato com a riqueza artística e cultural
existente no continente.
A maioria das obras africanas do acervo do Museu foi adquirida após o fim do período colonial na África
(segunda metade do século XX) e muitas delas já foram produzidas para serem vendidas em mercados
ou galerias. Esse fato não invalida, entretanto, a importância dessas obras no que diz respeito às suas
características estilísticas e formais e aos contextos de origem aos quais elas remetem.
Nesta publicação selecionamos 15 obras expostas no Museu Afro Brasil. O critério de seleção levou em
consideração oferecer ao leitor não apenas um contato com obras de diferentes povos da África, mas
propôs também oferecer uma introdução aos diversos tipos de produções que englobam máscaras,
estatuária, e ainda os chamados objetos de corte ou relacionados ao poder do chefe ou do rei.
Sendo assim, compõem esta seleção obras significativas para que se possa introduzir, por meio das artes,
jovens e adultos à cultura africana tradicional. Esse livro serve como um convite ao professor e aos demais
interessados explorarem o rico universo da produção artística da África e esperamos que esta publicação
seja apenas um ponto de partida.
Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua
Renato Araújo da Silva
6. 8 9
Os Luba habitam a província de Shaba, no sudeste da República Democrática do Congo. São conhecidos
pela preservação de seus relatos orais, poesia e artes visuais, principalmente aquelas ligadas à realeza,
tais como emblemas e esculturas. Dentre esses artefatos destaca-se a produção de elaborados bancos,
objetos que se imagina fazerem parte exclusivamente do mobiliário, mas na verdade são um dos mais
importantes emblemas da realeza luba. Em muitos casos, eles são tidos como um receptáculo do
espírito de um rei já falecido, e estes não têm, portanto, uma função prática. Os bancos são emblemas
tão potentes que muitas vezes são mantidos em locais secretos. Ele é geralmente mostrado ao público
apenas em raras ocasiões, como num cortejo, em que é carregado e exibido pelos membros da corte ou
num momento de investidura de um rei, onde aparece como mais uma dentre muitas insígnias do seu poder.
Há pelo menos dois tipos de bancos entre os luba: um em forma de cariátide, ou seja, com a presença
de uma ou duas figuras femininas sustentando o assento; e o outro, composto geralmente de duas
plataformas redondas, uma na parte superior e outra em sua base, ligadas por quatro suportes curvados
e enfeitados com padrões geométricos entalhados.
Os bancos em cariátide, em que chama atenção a figura feminina, estão relacionados ao espírito de
importantes dirigentes do passado. Mas para o banco se tornar efetivamente um receptáculo do espírito
de um chefe, a mulher ali esculpida precisa apresentar os atributos de beleza que potencializarão
a comunicação com o mundo sobrenatural, como as escarificações, penteados elaborados e expressão
de serenidade e sabedoria. Todos esses atributos podem ser observados neste banco que faz parte do
acervo do Museu Afro Brasil. A figura feminina representada porta dois braceletes com marcas típicas
do povo luba e revela ainda, em torno do umbigo, as escarificações, que são cicatrizes feitas na pele,
marcadores de identidade e hierarquia.
Russuna e sua esposa.
Verney Lovett Cameron.
Across Africa.
Londres: Daldy, 1877. Vol. 2
Banco
Povo Luba
República Democrática do Congo
Madeira
35,5 x 26 x 21,7 cm
Banco|PovoLuba
7. 10 11
Conhecidos tradicionalmente como exelentes caçadores e escultores,
os tchokwe habitam atualmente em Angola, República Democrática do Congo
e também na Zâmbia. O seu lugar de origem, no entanto, está localizado
em Angola, onde os rios Kwango, Kassai e Lungwe-Bungo têm as suas
nascentes.
As máscaras Chihongo e Pwo são as mais conhecidas dos tchokwe e as mais
apreciadas nos museus e coleções privadas ao redor do mundo. A máscara
Pwo costumava representar uma mulher madura que conseguiu provar a sua
fertilidade ao ter uma criança. Mais recentemente, no entanto, essa máscara
passou a representar, possivelmente por influência europeia, uma moça jovem e o
desejo de ter muitos filhos.
A máscara Pwo apresenta múltiplas facetas: pode representar uma figura
feminina em geral, com seus traços caricaturais, ou secretamente ser o retrato
de alguém importante e amado. O seu caráter versátil também é perceptível
devido ao seu uso em espetáculos performáticos bastante populares, que podem
acontecer em diferentes ocasiões, desde cerimônias tidas como tradicionais
dos tchokwe e, atualmente, até em comícios políticos e festas como a de
Natal, por exemplo.
O rosto da máscara Pwo é geralmente ornamentado com a representação
das tatuagens ou escarificações mais tradicionais dos tchokwe. É possível
observar na região da testa da máscara aqui apresentada o chamado
cingelyengelye, entrelaçado cruciforme de extremidades triangulares. A sua
forma mais comum lembra a cruz de Malta. Encontrado tanto em pingentes,
como em tatuagens e escarificações o cingelyengelye é o símbolo identitário
mais conhecido dos tchokwe e simboliza para esse povo o deus supremo Nzambi.
Na área logo abaixo dos olhos é possível encontrar marcas que fazem
referência às lágrimas chamadas entre os tchokwe de masoji. É a designação
de uma tatuagem de cicatrizes em grãos usada tanto por homens quanto por
mulheres também na região imediatamente abaixo dos olhos. Nas orelhas é
possível observar o ukulungu, um gracioso adorno feminino formado por um
fio de latão com as extremidades enroladas em espiral. Atada ao rosto é fixada
uma cabeleira de fibra, que faz referência aos penteados mais apreciados por
esse povo.
Mascarado Mwana Pwo
Henrique Augusto Dias de Carvalho
Expedição Portuguesa ao Muatiânvua
1884-1888: Descripção da viagem à
Mussumba do Muatiânvua. Lisboa:
Typ. O Jornal As Colônias Portuguesas,
1893. Vol. 3
Máscara Mwana Pwo ou Pwo
Povo Tchokwe (ou Chokwe, Cokwe, Quioco)
Angola
Madeira pintada, miçangas, metais e fibra vegetal
41 x 26 x 27 cm
Apesar de
representar uma
mulher, a máscara
Pwo é dançada
exclusivamente
por homens.
Quando completa,
a máscara Pwo é
acompanhada de
uma veste feita
em fibras, além da
representação de
seios em madeira.
MáscaraMwanaPwo|PovoTchokwe
8. 12 13
Os iaca vivem nos planaltos de savana, a sudoeste da República Democrática do Congo e nordeste de
Angola, próximos aos povos zombo, nkanu e suku. Esses povos, entre outros da África central, como
os tchokwe, compartilham o mukanda, ritual de puberdade masculina. A participação nesse rito de
passagem da adolescência para a vida adulta é tradicionalmente obrigatória para todos os rapazes,
pois prepara-os espiritual e também fisicamente para as tarefas comunitárias que os aguardam quando
se tornam adultos. No entanto, o domínio colonial na África, bem como a própria dinâmica desses povos
contribuíram para que mais recentemente os rituais do mukanda fossem organizados apenas esporadicamente
e, na maioria das vezes, em versão reduzida.
A cerimônia de circuncisão precede o mukanda e é de grande importância para toda a comunidade, pois
tem o papel de assegurar o poder de procriação da nova geração de jovens adultos. Após a circuncisão,
os rapazes são levados para a área de iniciação. Essa nova etapa inclui a aprendizagem de certas aptidões
manuais, de cantos, danças, bem como o acesso a conhecimentos restritos ao universo dos adultos.
São os homens mais velhos já iniciados que educam, supervisionam e ditam as regras da vida no interior
das áreas de iniciação (kimpasi).
A maioria das máscaras iaca são produzidas para serem usadas durante as cerimônias de encerramento
do ritual mukanda. As máscaras asseguram o sucesso dessa fase crucial em que os rapazes renascem
ritualmente. Elas são normalmente esculpidas em madeira de Magnólia, leve e macia, permitindo que o
escultor trabalhe suavemente suas formas. Ao contrário de outros povos vizinhos, as máscaras iaca têm
habitualmente uma face pequena e uma “gola” de ráfia comprida e cheia. A característica mais conhecida
do estilo iaca é o nariz arqueado e comprido. Na literatura etnológica, esse tipo de nariz é interpretado
como símbolo fálico, mas também pode ter uso funcional, já que alguns estudiosos indicam que os
iniciados tinham que morder um pedaço de pão de mandioca e de carne de carneiro colocados no nariz
de uma máscara. A sua forma arqueada facilitaria, assim, essa tarefa.
Máscara
Povo Iaca
República Democrática do Congo
Madeira pintada, fibra vegetal
69 x 46,7 x 48,3 cm
Máscara|PovoIaca
Mascarados Iaca
Ilustração: Claudio Rubiño, 2013.
9. 14 15
Por preconceito e discriminação, estátuas e estatuetas, como a que vemos aqui, foram definidas como
fetiche – ou “coisa feita”, “feitiço”. Mas não são, e esta estatueta vem nos transmitir o conhecimento
destes grandes sábios que foram os escultores da antiga estatuária dos songye.
Os songye, também chamados basonge, são um povo que vive na mesma região de origem há muitos
séculos. Essa região está localizada hoje no sudeste da República Democrática do Congo (R.D.C), que
surgiu como o país, que ele é hoje, só depois de muita luta contra o regime colonial na África central que
durou de 1893 a 1960.
Foi nesse período que grande parte das mais importantes estátuas dos songye foi destruída. Algumas
delas foram levadas para museus europeus; outras ainda circulam entre grandes comerciantes de arte;
mas, quase nada de suas estátuas do passado restou, nem para eles próprios.
Como se vê pela “peruca”, pelas “saias” e outros “adornos” desta estatueta, a estatuária songye se
caracteriza pelo acúmulo de material animal, vegetal e mineral sobre a figura humana esculpida.
Os songye conheciam as propriedades medicinais dos elementos da Natureza ali contidos (da madeira da
estatueta a conchas trituradas); alguns eram simbólicos (a pena de um pássaro, pela sua raridade; a pele
de um mamífero, pela sua rapidez).
Eles tentavam conviver bem com as forças cósmicas e atmosféricas, observando o movimento dos astros,
como os da lua, estabelecendo com isso um cronograma agrícola produtivo e isso estava diretamente
associado a sua estatuária.
Depois da lua crescente, cheia e minguante, quando da escuridão completa na lua nova, era em torno de
suas estátuas que os songye comemoravam a fecundidade das mulheres, uma boa colheita e sucesso na
caça, esperando sempre haver nova prole e farto alimento para todos.
Certos estudiosos de hoje chamam-nas de “estátuas acumulativas” ou “de força”. Para os songye, elas
foram símbolo da unidade e da perpetuação desse povo e são chamadas nkishi – quer dizer, “estátua de
fertilidade da comunidade”.
Estatueta
Povo Songye (ou Songue; Songe)
República Democrática do Congo
Madeira, metal, cabaça, penas e pele animal
56,5 x 39,8 x 42,6 cm
Estatueta|PovoSongye
Marta Heloísa Leuba Salum (Lisy)
Professora Doutora do Museu de Arqueologia e Etnologia
da Universidade de São Paulo (MAE/USP)
10. 16 17
O povo iorubá vive principalmente no sudoeste da Nigéria, sudeste do Benim e em menor número nas
regiões do centro-sul do Togo. A máscara Egungun é um dos mais significativos exemplos de culto aos
antepassados dentro da tradição iorubana. O culto Egungun dramatiza a crença iorubá na vida após
a morte. Assim, seus mascarados representam os espíritos dos ancestrais mortos que retornam à
Terra para visitar os seus descendentes vivos. Além disso, eles possuem o papel de purificar o local,
curar as enfermidades e de ajudar a resolver disputas territoriais. A vestimenta usada pelo mascarado
raramente reflete indícios de sua identidade, que é preservada porque evoca os ancestrais masculinos.
Essa tradição veio ao Brasil e resiste com grande força na ilha de Itaparica, na Bahia e, atualmente, é
possível encontrá-la também em outras regiões do país.
Na parte de trás das máscaras pode-se observar uma representação de coelho com suas orelhas pontiagudas.
Este animal é visto como aquele que tem a capacidade simbólica de afastar as más influências. Uma vez que
o coelho possui atividades noturnas, analogamente, a máscara de culto Egungun com representação desse
animal é usada também à noite. Um dos exemplares aqui apresentados possui ainda uma dentição que faz
referência à de um coelho. No acervo do Museu Afro Brasil é possível encontrar ainda outros tipos de máscaras
Egungun, além de mais duas que apresentam como destaque a figura do coelho.
Máscara Egungun
Povo Iorubá
Nigéria
Madeira pintada
46,3 x 28 x 36,5 cm
Máscara Egungun
Povo Iorubá
Nigéria
Madeira pintada
46,3 x 26,5 x 36 cm
MáscarasEgungun|PovoIorubá
11. 18 19
As máscaras Gueledé, juntamente com as Egungun e as Epa, são as mais
populares entre os iorubá. O festival das Gueledé pode ocorrer em honra a uma
divindade ou herói cultural, mas a sua função mais tradicional é a de aplacar a
Iyá Nlá (“A grande mãe”) e suas discípulas na Terra (“as mães poderosas”).
Iyá Nlá é a esposa da divindade Obatalá (“O grande pai”) e é considerada
a “Mãe Natureza”, ou seja, “a mãe de todos e a mãe de todas as mães”.
Por isso, ela representa o princípio maternal na cosmovisão Iorubá, trazendo em
si os atributos de todas as divindades femininas tais como Iemanjá, Oxum e Oyá.
Os motivos esculpidos no topo da máscara estão relacionados a praticamente
todos os aspectos da vida e crença dos iorubá. Ocupações profissionais, crítica
social e mitos são apenas alguns dos muitos temas tratados nessas obras.
Nos dias atuais, por exemplo, o uso de máscaras com representações de moto-
cicletas, aviões e outras tecnologias da vida moderna mostra a capacidade de
adaptação desta cultura viva que é a do povo iorubá.
Em geral, as máscaras Gueledé são compostas por atributos estéticos caracte-
rísticos dos iorubanos. Por exemplo, a figuração dos olhos que aparecem,
em geral, vazados e em formato losangular; a representação do nariz (proemi-
nente e triangular), bem como o queixo (em geral afinado) e a maçã do rosto
cheia. Observa-se ainda a presença de marcas na face que são chamadas de
escarificações, indicadores de identidade e hierarquia. Algumas máscaras
Gueledé, como uma das aqui apresentadas, trazem uma barba, atributo
masculino que pode indicar poderes especiais quando presente numa figuração
feminina. Por isso, geralmente, as máscaras Gueledé com esta característica são
dançadas à noite e na escuridão.
Máscaras Gueledé
Povo Iorubá
Nigéria
Madeira
40,5 x 36 x 45,5 cm
e 24,2 x 16,5 x 21 cm
MáscarasGueledé|PovoIorubá
A característica
mais importante
das Gueledé é
que as mulheres,
detentoras do
poder da natureza
mais terrível e belo,
o da criação, seriam
também detentoras
do poderdedestruição.
Elas são respeitadas,
portanto, por esse poder.
Veja ilustração no final
do livro.
12. 20 21
Os iorubá vivem principalmente na Nigéria, mas também no Benim e no Togo.
Esse povo possui uma das mais altas incidências de nascimento de gêmeos do
mundo (nasce um par de gêmeos a cada 11 crianças), um fenômeno atribuído a
fatores genéticos. Entre eles, os gêmeos são tidos como seres extraordinários,
protegidos por Xangô, dividade dos raios e trovões, conhecido no Brasil também
como o orixá da justiça. Em algumas regiões da Nigéria e Benim, os iorubá
acreditam que os gêmeos são responsáveis por trazer riqueza às suas famílias,
desde que sejam homenageados. Por outro lado, esses mesmos gêmeos podem
levar os seus familiares à pobreza quando ofendidos ou negligenciados. Por isso,
é bastante comum que os pais de gêmeos dediquem aos irmãos bastante
atenção e, constantemente, ofereçam a eles presentes, músicas, danças e
alimentos especiais.
Os gêmeos, por se sentirem muito ligados, pressentem o sofrimento ou alegria
um do outro, mesmo que distantes fisicamente. Por isso, acredita-se que
possuem a mesma alma. Quando um dos gêmeos morre, ele é honrado
com a produção de uma escultura humana em madeira conhecida como
Ibeji. Se os dois morrem, ambos são honrados com um par de esculturas.
Consequentemente, essas esculturas podem ser concebidas como esculturas
únicas ou em pares, conforme a circunstância que levou à sua criação.
É o escultor quem determina as características formais da obra a partir das
tradições artísticas dos iorubá. No caso específico dos ibeji a sua estatueta
quase sempre apresenta braços paralelos ao corpo cujas mãos podem ou não
ser arqueadas. Outro aspecto estilístico recorrente é a figuração dos olhos com
pupilas vazadas. Depois de pronta, a estatueta receberá os cuidados da mãe ou
do irmão que está vivo, que envolvem dar banho, enfeitá-la, bem como oferecer
alimentos, mantendo viva a memória do falecido entre seus familiares.
Estatueta de Gêmeos (Ibeji)
Povo Iorubá
Nigéria
Madeira
24 x 8 x 7 cm
Estatuetas de Gêmeos (Ibeji)
Povo Iorubá
Nigéria
Madeira, tecido, búzios, miçanga e fibra
46,5 x 14,5 x 10 cm e 48 x 14 x 10 cm
Estatuetadegêmeos(Ibeji)|PovoIorubá
Estatuetas de gêmeos
são substitutas de
gêmeos reais. Elas
serviriam para “fixar”
o espírito dos irmãos
a um certo nível
espiritual e equilibrar
as forças entre os
vivos e os mortos.
Estatuetas erigidas em
honra aos gêmeos e
ao seu orixá protetor
Ìbejì ou Ìgbejì (do
iorubá Ibi = nascido;
eji = dois) são
muito populares e
relativamente fáceis
de serem encontradas
ainda hoje.
13. 22 23
Os ejagham, também conhecidos como ekoi, são um povo que habita
tradicionalmente desde a extremidade do sudeste da Nigéria até o norte do
Camarões. A máscara aqui apresentada possui chifres, revestimento de pele
de antílope e é janiforme, isto é, possui a representação de duas faces, neste
caso, opostas e apresentando simetrias. Essa característica faz referência
aos pares de opostos existentes na natureza e o equilíbrio entre as forças:
o masculino e o feminino; o selvagem (reino animal) e o civilizado (reino dos
seres humanos); o mundo ancestral e o mundo dos vivos. Essa particularidade
compõe aspectos da cosmologia e da visão do mundo ejagham, em que as
representações do equilíbrio e da harmonia entre os opostos demonstram
o aspecto dual do universo. Assim, são incluídos outros tipos de contrastes mais
ou menos abstratos como as noções de justiça e injustiça, vida e morte, noite e
dia etc. Essas máscaras faziam parte da associação ngbe, que a utilizavam em
funerais e em ritos iniciáticos.
Essas obras compõem um conjunto de máscaras que são utilizadas no controle
social, isto é, na manutenção e recuperação da ordem e equilíbrio da comunidade.
É comum elas apresentarem escarificações em formato circular. As escarificações
são cicatrizes na pele que servem como indicadores de identidade e hierarquia
de seu portador. As duas faces da máscara possuem um aspecto de carranca
que, além de ser uma convenção estética da produção artística ejagham, mostra
sua força e rigor. Atualmente, essas máscaras caíram em desuso.
Máscara
Povo Ejagham (ou Ekoi)
Nigéria e República dos Camarões
Madeira, fibra vegetal e pele de antílope
74 x 73,5 x 42 cm
Máscara
Povo Ejagham (ou Ekoi)
Nigéria e República dos Camarões
Madeira, fibra vegetal e pele de antílope
51,5 x 23 x 17 cm
Máscaras|PovoEjagham
Para muitas culturas
da África, “bela” é
aquela máscara que é
eficaz, ou seja, aquela
que cumpre bem a sua
função. Portanto, se
quisermos compreender
a produção artística
africana, temos de nos
desprender de nossas
próprias concepções
sobre o que é o belo
e o que é o feio.
14. 24 25
Os igala habitam historicamente a margem leste do rio Níger, na Nigéria. Privilegiados pela sua posição
geográfica tiveram contato com importantes tradições artístico-culturais de diversos povos e reinados,
como os nupe, o Reino do Benim e, posteriormente, com os iorubá, dos quais receberam influência
cultural e linguística. Estima-se que a população igala atual chegue a 2 milhões de pessoas.
Os igala realizam uma série de festivais comemorativos. Essas festas são recordações coletivas de fatos
históricos e lendários que podem ocorrer, dentre outras datas, no período da colheita do inhame.
Uma das festas mais importantes é o culto de Egu, festa em honra aos mortos, a qual esta máscara está
intimamente ligada.
Para cada festividade igala são utilizadas máscaras específicas que exaltam os símbolos de sua identidade,
retomando os ícones de sua tradição. Algumas características estilísticas comuns a grande parte das
máscaras igala são: a representação da face estriada (com escarificações semelhantes às encontradas
nas esculturas de Ifé), o entorno ocular e pálpebras pintados de branco, cabeça esculpida de forma
ovalada, orelhas circulares e figuração de barba (similares às máscaras de culto Egungun dos iorubá).
Máscara
Povo Igala
Nigéria
Madeira policromada
35,5 x 25 x 27,5 cm
Máscara|PovoIgala
15. 26 27
O Camarões é composto por uma imensa diversidade de povos – por volta
de 250 – o que levou o país a ser conhecido como a “pequena África”.
Dentre esses povos, estão os bamileque, que vivem a oeste do país e teriam
historicamente migrado do norte a partir do século XVII.
Elefantes, leopardos e búfalos são frequentemente associados ao poder
político entre os hierarquizados reinos das pradarias (Grasslands) do Camarões.
Entre os bamileque, uma das máscaras mais importantes é a conhecida
como máscara elefante.
Essa máscara é usada por membros de uma associação chamada Kuosi,
que desempenha o papel fundamental de assistir ao rei (fon) na preservação
da rígida hierarquia sociopolítica dos bamileque. O direito em possuir ou
usar a máscara é fortemente controlado: apenas membros da realeza,
oficiais da corte, detentores de títulos e importantes guerreiros são
admitidos nessa associação de mascarados que atuam em funerais de
pessoas de alta hierarquia, celebrações da própria associação, além de
outros eventos de destaque.
Apesar de apresentar pequenas variações ao longo do tempo, a máscara
elefante é sempre distinguida por suas orelhas grandes e em forma de disco
e por dois paineis, um frontal e um traseiro, representando a tromba do
elefante. Esse tipo de máscara é também comumente bordada com miçangas,
altamente valorizadas entre esses povos e provavelmente introduzidas na
região das pradarias (Grasslands) vindas pelo oceano Atlântico a partir de
ateliês da Itália e da atual República Tcheca. Em algumas regiões do Camarões
as contas chegaram a ser usadas como moeda de troca e sua distribuição era
controlada exclusivamente pelo rei.
A vestimenta que acompanhava a máscara tradicionalmente consistia numa
túnica feita de um tecido resistente tingido de índigo, enfeitado com peles de
macaco; coletes de contas e cintos. Acompanhava ainda um espanta moscas
feitos de rabo de cavalo. Além disso, muitas dessas máscaras, que são usadas
até hoje, trazem um enorme chapéu em forma de disco feito com penas vermelhas
da cauda do papagaio cinza africano.
Máscara Elefante
Povo Bamileque (ou Bamileke)
República dos Camarões
Tecido e miçangas
112 x 39,5 x 25 cm
MáscaraElefante|PovoBamileque
O elefante é um
animal que simboliza
o poder real entre os
povos do Camarões.
Os motivos costurados
e com enfiadas de
contas da máscara
referem-se às
manchas da pele
de animais como o
leopardo que, assim
como o búfalo, tem
sua imagem ligada
à realeza.
16. 28 29
O povo bamum vive a oeste da República dos Camarões. Ele faz parte do
“Reino Bamum” formado no final do século XIV, com dinastias existentes
até os dias atuais e distinguidas por uma arte de corte bastante sofisticada.
Dentre os objetos ligados à realeza estão imponentes cachimbos elaborados
segundo antigas tradições artísticas. Este bojo (ou corpo) de cachimbo com
representação masculina é formalmente semelhante às máscaras reais
produzidas tanto pelas culturas bamum (oeste), quanto as culturas bamileque
e tikar (noroeste e sudoeste) dos Camarões; o que demonstra que os contatos
artísticos entre esses povos foram constantes. Cachimbos são produzidos
nessas regiões principalmente em cerâmica, mas alguns também em madeira
ou bronze.
Este cachimbo, cuja piteira e boquilha estão ausentes, apresenta uma figura
real coroada, onde a figuração do rosto maior, tal qual dos pequenos rostos que
decoram a coroa, seguem padrões estéticos de representação antropomórfica
dos povos dos Camarões. É bastante comum a representação de um rosto
humano (ou com aparência humana) de olhos esbugalhados. Tanto as bochechas
infladas, quanto a representação da boca (que aparentemente sorri e pode
aparecer aberta, fechada ou mostrando os dentes) exprimem em sua feição
uma aparente “comicidade”, transparecendo um aspecto de “máscara teatral”
aos nossos olhos. As formas moldadas em “X” encontradas na coroa dessa
obra são chamadas de “motivo da tarântula”. Associa-se essa aranha por vezes
à sabedoria, por outras, ao poder ancestral. Acredita-se que a tarântula, por
cavar um buraco e viver de baixo da terra, possa ter acesso ao mundo
ancestral, e nisto consistiria sua “sabedoria”.
BojodeCachimbo|PovoBamum
Bojo de Cachimbo
Povo Bamum (ou Bamoun)
República dos Camarões
Cerâmica
40,5 x 26,5 x 20 cm
O uso individual
e recreativo do
cachimbo encontra
um paralelo no
uso social quando
ele é usado
coletivamente,
estreitando alianças
políticas e trocas
comunitárias.
Tal como nas
máscaras
tradicionais, na
parte superior
da cabeça deste
cachimbo (diadema
real) encontramos
figuras associadas
ao poder ancestral.
Além da figuração
de rostos, pode
aparecer ainda
neste tipo de obra,
a representação
de lagartos e
crocodilos.
17. 30 31
O povo attie vive no sudeste da Costa do Marfim, no lado oeste do rio Comoe e ao norte da cidade de
Abidjan. Sua população era dividida tradicionalmente em 12 diferentes grupos linguísticos com unidade
cultural e estilística, porém, sem centralização política. Em função de sua proximidade social, são associados
aos povos akan, tais como os anyi e os baulê. Isso se deveu, provavelmente, às intensas ondas migratórias
ocorridas na região.
De acordo com a cosmovisão de muitos povos da costa ocidental africana, haveria um mundo paralelo ao
mundo dos vivos que, em geral, é associado ao mundo ancestral. A estatueta feminina attie, em consonância
a essa visão de mundo, é utilizada por sacerdotes como interlocutora, pois sua função principal seria fazê-los
conhecer as mensagens provindas do mundo ancestral.
A elaboração desta figura feminina com pernas e braços musculosos é uma característica estética
das estatuetas attie. Um dos seus principais aspectos é a representação plástica dos membros pesados,
dos seios volumosos e as pernas ligeiramente afastadas. Sua cabeça e rosto são sempre figurados da
mesma maneira: ovalada, com suavidade na forma e serenidade na expressão. Os olhos são representados
fechados e as escarificações (cicatrizes na pele que servem como indicadores de identidade e hierarquia de
seu portador) são dispostas no rosto em formato de pequenos círculos que compõem uma triangulação
no centro da face e dão complementaridade estética ao elegante penteado de dupla ponta. O mesmo
tipo de escarificação esteticamente complementar pode ser observado em torno do umbigo.
Estatueta
Povo Attie (ou Akye)
Costa do Marfim
Madeira, tecido e contas
36,4 x 11,5 x 12 cm
Estatueta|PovoAttie
18. 32 33
Os bobo vivem no sudoeste de Burkina Faso e geralmente se distinguem
por quatro subgrupos: bobo-fing, mandaré, gbe e bwa (ou oule). Sua cultura
artística, entretanto, possui diversos pontos em comum. Para os bwa,
as máscaras atuam como intermediárias entre o reino dos homens (mundo
cultural) e o reino da natureza (mundo selvagem). Para esses povos, o bom
funcionamento do ciclo da vida depende intrinsecamente do uso da máscara
placa em função de sua capacidade de restauração do equilíbrio e da harmonia
entre os homens e as forças naturais. É comum na arte africana em geral que
alguns elementos da natureza sejam representados artisticamente. No caso
desta máscara, esses elementos tendem à síntese e à abstração, mas isso não
nos impede de identifica-los com alguma segurança. Os padrões geométricos
presentes no centro da máscara simbolizam a terra e a água. Na sua parte
inferior, vemos a representação da cabeça de coruja, animal que, segundo
alguns pesquisadores, teria a função de afastar os maus espíritos. Essa analogia
provém da noção de que a coruja, sendo capaz de ver na obscuridade da noite,
estimularia também o dom da clarividência. Da região acima da testa pende
um bico em forma de gancho que faz alusão ao Calao-Grande (Bucorvus
abyssinicus), pássaro cuja importância simbólica ultrapassa as fronteiras de
Burkina Faso.
Os ciclos lunares, que rementem à noção de mudanças e passagens, também
estão sugeridos na contraposição entre as duas extremidades da obra.
No alto da máscara vemos a representação de uma meia lua que simboliza
o crescimento e a abundância. Dessa interpretação se desdobra a noção de
que o ciclo da lua teria influência sobre a fertilidade humana (abundância de
filhos) e riqueza da terra (abundância de alimentos) e deve-se levar em conta
que esses dois aspectos estão de algum modo relacionados. Essa máscara
tem um contexto de uso variado. Ela pode ser dançada em ritos iniciáticos,
agrários, fúnebres, mas também em dias de trocas comerciais (mercados).
Essa associação entre ritos fúnebres e ritos agrários sugerida na máscara
aparece em função dos ancestrais serem vistos como guardiões do sucesso
na agricultura e protetores do bem estar da sociedade.
Mascarado Bwa
Dia de mercado
Burkina Faso
década de 1980
Christopher D. Roy
Máscara placa (Nwantantay)
Povos Bobo, Bwa (Bwaba ou Oule)
Burkina Faso
Madeira pintada
232 x 45 x 34 cm
Máscaraplaca(Nwantantay)|PovosBobo|Bwa
A prática de
celebração
das máscaras
Nwantantay
está associada
aos ciclos das
estações do ano,
da agricultura e,
portanto, aos ciclos
da própria vida.
19. 34 35
Os dogon vivem, dentre outras regiões do sudeste do Mali, nas falésias de Bandiagara. Em 1935,
o antropólogo francês Marcel Grioule (1898-1956) identificou mais de 70 tipos de máscaras dogon,
sendo muitas delas relacionadas aos ritos funerários, por exemplo, as máscaras kanaga.
Tradicionalmente, essas máscaras são controladas pela associação Awa, um grupo formado principalmente
por homens iniciados que conduzem os ritos públicos da passagem de uma pessoa falecida (dama)
para o mundo dos espíritos. Esses iniciados sobem nos telhados das casas onde recentemente faleceu
alguém, com objetivo de encaminhar sua alma (nyama) ao lugar sagrado do descanso. Além disso,
a máscara é utilizada para defender as pessoas de perigos que eventualmente poderiam sobrevir a
algumas delas.
A máscara kanaga, que possui a forma de “cruz de lorena”, faz referência ao pássaro mítico kommolo
tebu. O esquema de cores branca e preta segue o padrão de cores da plumária dessa ave. A tradição
oral dos dogon relata a história de um caçador que matou um desses pássaros, tendo sido o primeiro
a produzir a máscara como um trunfo de sua conquista na caça.
Máscara Kanaga
Povo Dogon
Mali
Madeira e fibra vegetal
81 x 59,5 x 18,7 cm
Vilarejo de Amani,
Próximo à Falésia de Bandiagara, Mali.
1994 | Gianni Puzzo
MáscaraKanaga|PovoDogon
20. 36 37
Os bamana ou bambara ficaram amplamente conhecidos por resistirem
ao islamismo, daí a denominação de “bambara”, criada pelos vizinhos muçul-
manos, que quer dizer “infiéis”. A economia desse povo está baseada
principalmente na agricultura. Há um provérbio local muito comum que declara:
“O mundo começou e terminará com a agricultura”. Uma das formas dos bamana
celebrarem o sucesso de seus esforços na agricultura – e ao mesmo tempo
manter sua identidade de forte propensão agrícola – é por meio de danças nas
quais utilizam a máscara tchiwara. Estas festividades podem ocorrer nas aldeias
ou nos campos, por exemplo, quando os homens abrem uma nova área de
plantio. O espetáculo da dança aparece, dessa forma, para garantir a boa colheita.
A apresentação das máscaras tchiwara ilustra a relação dos seres humanos
com a natureza. A dança é realizada geralmente por um par de máscaras,
uma feminina e outra masculina, sugerindo a dependência mútua entre o
homem e a mulher e também a relação vital entre o sol e a terra. As máscaras
tchiwara possuem formas que estão relacionadas a animais reais, como o
antílope, mas também a seres mitológicos. A representação desse animal na
máscara, através dos longos chifres, é explicada pelo fato de ele também ser
associado simbolicamente ao sol. As formas em zigue-zague ou pontiagudas
remetem aos raios solares.
As máscaras tchiwara podem ser verticais ou horizontais. As verticais são
tradicionalmente esculpidas através de um bloco único de madeira, enquanto
as horizontais são quase sempre produzidas em duas partes unidas por
grampos ou pregos. A união das duas partes da tchiwara horizontal represen-
ta a junção entre os dois mundos que a colheita se refere: um é o mundo
da vegetação na superfície, que é relacionado ao dia; e o outro é o mundo
subterrâneo, que é associado à noite, ao alimento e à fertilidade da terra.
Destaca-se aqui um alimento básico na dieta dos povos bamana que é a
voandzeia subterrânea, mais conhecido como “feijão da terra”.
Máscara Tchiwara ou (Tyi wara, Tyi-wara)
Povo Bamana (ou Bambara)
República do Mali
Madeira, couro e metal
26,3 x 56,2 x 8,5 cm
Máscara Tchiwara (ou Tyi wara, Tyi-wara)
Povo Bamana (ou Bambara)
República do Mali
Madeira e pelo animal
97 X 31 X 8 cm
MáscarasTchiwara|PovoBamana
Enquanto a máscara
tchiwara vertical
reproduz um padrão
comum na arte
africana de esculpir
através de um bloco
único, a máscara
horizontal é feita
em duas partes
unidas por pregos
ou grampos.
21. 38 39
Questões para reflexão
O objetivo das “Questões para Reflexão” não é a resposta imediata delas a partir da leitura dos textos
informativos e sim, com a intermediação do professor, estimular a observação e a imaginação dos
alunos ao permitir que eles descubram as características das obras, as curiosidades, semelhanças e
diferenças culturais, além dos detalhes somente percebidos com atenção e cuidado.
O professor pode chamar a atenção para as propriedades formais e sensoriais como as linhas, os contornos,
os relevos, a continuidade e descontinuidade de figuras, a textura, a cor ou as cores, o volume, a figuração
concreta e abstrata, entre outros. Do mesmo modo, o educador pode destacar a representação do movimento,
o tom “diferente” ou “exagerado” da escala ou proporções relativas na obra. Essas são algumas
das discussões possíveis que o professor poderá desenvolver em sala de aula, possibilitando que os alunos
também participem da atividade.
Quais são as formas geométricas que podemos
encontrar em cada parte do banco?
Na arte africana, a proporção das partes da figura
representada muitas vezes indica um destaque
especial que o artista quer dar. Para você, quais
partes do banco o artista deu maior destaque?
Como você descreveria as feições do rosto
indicados neste banco?
Quais aspectos do banco poderíamos considerar
como elementos da identidade do povo luba?
Coleções com Objetos Similares
Musée Dapper (Paris, França)
(http://www.dapper.fr/)
Musée Royal de L’Afrique Centrale (Tervuren, Bélgica)
(http://www.africamuseum.be/home)
The University of Iowa Museum of Art, The Stanley Collection
(Iowa, EUA) (http://uima.uiowa.edu/)
Referências
NEYT, François. Luba. Aux Sources du Zaire. Paris: Musée Dapper,
1993.
PETRIDIS, Constantine. Art and Power in the Central Savanna.
Cleveland: The Cleveland Museum of Art; Bruxelas: Mercatorfonds,
2008.
ROBERTS, Mary Nooter & ROBERTS, Allen F. Luba: Visions of Africa.
Milan: 5 Continents, 2007.
___________. Allen F. (eds.) Memory. Luba Art and The Making of
History. Nova York: Museum for African Art; Munich: Prestel, 1996.
Quais as formas geométricas que mais se destacam
nesta obra?
Como você descreveria a expressão do rosto desta
máscara?
A parte de baixo da máscara é composta por uma
trama em tecido. Quantas camadas de cores
conseguimos identificar?
Coleções com Objetos Similares
Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Portugal
(http://www.museudaciencia.org/)
Museu do Dundo (Dundo, Angola)
Museu Nacional de Etnologia de Lisboa, Portugal
(http://mnetnologia.wordpress.com/)
Musée Royal de L’Afrique Centrale (Tervuren, Bélgica)
(http://www.africamuseum.be/home)
National Museum of African Art (Smithsonian), Washington D.C., EUA
(https://africa.si.edu/)
Peabody Museum of Archaeology & Ethnology – Harvard University,
Massachusetts, EUA
(https://www.peabody.harvard.edu/)
Referências
BASTIN, Marie-Louise. Arte Decorativa Cokwe. Museu Antropológico
da Universidade de Coimbra; Museu do Dundo, 2010.
HERREMAN, Frank (ed.). Na Presença dos Espíritos. Nova York:
Museum for African Art; Gante: Snoek-Ducaju & Zoon, 2000.
JÓRDAN, Manuel (ed.). Chokwe! Art and Initiation Among Chokwe
and Related People. Munique: Prestel-Verlag, 1998.
REDINHA, José. Máscaras e Mascarados Angolanos (uso, formas
e ritos). 2a
ed. Luanda: Edição do Fundo de Turismo e Publicidade
de Angola, 1973.
ROCHA, Maria Corina. Imagens e Palavras: suas correspondências na
Arte Africana. São Paulo: Universidade de São Paulo. MAE/USP, 2007.
[Dissertação de Mestrado]
WASTIAU, Boris. Chokwe. Milan: 5 Continents, 2006.
Quais são as cores naturais e artificiais desta
máscara?
Se você fosse convidado a modificar a parte de
cima dessa máscara, o que você modificaria para
que houvesse maior equilíbrio entre os elementos
dispostos nela?
O artista do povo iaca pintou sobre a cabeça da
máscara formas que lembram as veias das plantas
ou sulcos de arado (ranhuras feitas na terra para
colocar sementes). Onde há simetria e assimetria
entre eles?
Em quais aspectos essa máscara não lembra uma
figura humana?
Coleções com Objetos Similares
Musée Royal de L’Afrique Centrale (Tervuren, Bélgica)
(http://www.africamuseum.be/home)
Princenton University Art Museum (New Jersey, EUA)
(http://artmuseum.princeton.edu/)
The University of Iowa Museum of Art - Stanley Collection
(Iowa, EUA) (http://africa.uima.uiowa.edu/ )
Referências
BASTIN, Marie-Louise. Escultura Angolana. Lisboa: Electa; Museu
Nacional de Etnologia, 1994.
BOURGEOIS, Arthur P. The Yaka and Suku. Leiden: Brill, 1985.
FALGAYRETTES-LEVEAU, Christiane (org.). Angola. Figures de pouvoir.
Paris: Éditions Dapper, 2010.
HERREMAN, Frank (ed.). Na Presença dos Espíritos. Nova York:
Museum for African Art; Gante: Snoek-Ducaju & Zoon, 2000.
SALUM, M. H. L. (Lisy). Notas Discursivas diante das Máscaras
Africanas. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo,
SP, v. 6, p. 233-253, 1996.
SALUM, M. H. L. (Lisy); CERAVOLO, S. Considerações sobre o perfil
da Coleção Africana e Afro-Brasileira no MAE-USP. Revista do Museu
de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, SP, v. 3, p. 167-185, 1993.
Quais são os materiais que compõem esta obra?
Como eles podem ser classificados?
Como são montadas a “peruca” e “saias” desta
estatueta?
Por que será que estátuas songye, como esta,
são chamadas de “estátuas de força”?
Qual é o papel que a lua desempenha na vida da
Terra e dos homens, e o que a estatuária songye
tem a ver com isso?
Descreva, finalmente, a figura humana esculpida
que compõe esta estatueta: cabeça e rosto,
pescoço, tronco e membros. E observe a cor
e a textura da madeira.
Coleções com Objetos Similares
Atualmente têm-se peças importantes da estatuária songye em
vários museus americanos e europeus, e haveria algumas ainda no
Institut des Musées Nationaux du Congo (IMNC), mas as coleções do
Musée Royal de l’Afrique centrale (MRAC) continuam sendo uma das
principais referências.
MRAC (Tervuren, Bélgica)
(http://www.africamuseum.be)
IMNC (Kinshasa, República Democrática do Congo)
(http://www.culturecongo.com/institut-des-musee-nationaux-du-congo.php)
Referências
BAEKE, Viviane; BOUTTIAUX, Anne-Marie; DUBOIS, Hughes (Eds.). Le
Sensible et la Force: photographies des Hughes Dubois et sculptures
Songye. Tervuren: Musée Royal de L’Afrique Centrale, 2004.
HERSAK, Dunja. Reviewing Power, Process, and Statement: the case of
Songye Figures. In: African Arts, Los Angeles, v. 43, n. 2, p. 38-51, 2010.
MERRIAM, Alan P. Change in Religion and the Arts in a Zairian Village.
In: African arts, Los Angeles, v. 7, n. 4, p. 46-53 e 95, 1974.
NEYT, François. Songye: la redoutable statuaire songye d’Afrique
centrale. Anvers: Fonds Mercator; Milan: 5 Continents, 2004.
SALUM, Marta Heloísa Leuba. A grande estatuária songe do Zaire.
1990. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1990.
SALUM, Marta Heloísa Leuba. Considerações sobre as madeiras que
os Basonge escolheram para esculpir algumas de suas estátuas.
In: Dédalo, São Paulo, n. 28, p. 207-226, 1990.
SALUM, Marta Heloísa Leuba. O homem e sua obra, e, os objetos
e os homens: da relação homem-matéria. In: Museu, identidades e
Patrimônio Cultural, Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São
Paulo, Supl. 7, 2008, p. 49-61.
VAN OVERBERGH, Cyrille. Les Basonge. Bruxelles: A. de Wit; Institut
International de Bibliographie, 1908. (Collection de Monographies
Ethnographiques, III. Sociologie Descriptive).
22. 40 41
O que mais lhe impressiona nesta máscara?
Alguns elementos geométricos foram aplicados
na representação das orelhas. Você consegue
identificar alguma geometrização (formas com
aproximação geométrica) na representação do rosto?
Todas as culturas são criações humanas de
determinada época e lugar. Se você fosse criar
uma máscara para honrar os seus antepassados,
quais elementos você colocaria nela?
Serenidade, rigorosidade e força são algumas das
características transmitidas pelas máscaras africanas.
Que expressão facial essa máscara transmite a você?
Coleções com Objetos Similares
Birmingham Museum of Arts (Birmingham, EUA)
(http://www.artsbma.org/)
Fowler Museum (Califórnia, EUA)
(http://www.fowler.ucla.edu/)
Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque, EUA)
(http://www.metmuseum.org/)
Referências
DREWAL, H. Yoruba: Nine Centuries Of African Art And Thought (with
John Pemberton III and Rowland Abiodun). New York: Alfred Knopf
and The Center for African Art, 1989.
DREWAL, H. & DREWAL M. T. Gelede: Art And Female Power Among
The Yoruba. Bloomington: Indiana University Press. (2nd Edition,
1990).
LAWAL, Babatunde. The Gèlèdé Spectacle: Art, Gender, and Social
Harmony in an African Culture. University of Washington Press,
1996. p. 16.
THOMPSON, R. F. African Art in Motion. California: University of
California Press, 1979 (1st. Ed. 1974) p. 222.
VOGEL, Susan (ed.). For Spirits and Kings: African Art from the Paul
and Ruth Tishman Collection. New York: Metropolitan Museum of Art,
1981. p. 163. O livro completo pode ser baixado no “google livros”:
http://books.google.com.br/ (Acessado em: 23-11- 2014).
A cultura iorubana está intimamente ligada à
brasileira. Essa ligação é demonstrada também
pela influência léxica deixada pelos iorubanos no
país. Exemplos como as palavras axé (força vital),
cafofo (mausoléu), mandinga; comidas típicas
como acarajé, jabá (carne-seca); instrumentos
como o agogô etc., mostram a profunda ligação da
cultura iorubá com todos os brasileiros, indepen-
dentemente de suas origens étnicas.
Quais diferenças podemos perceber no formato
dos rostos das máscaras? Há algo de semelhante?
Qual foi o tipo de material escolhido pelo artista
para esculpir essas máscaras? Ele poderia escolher
outros tipos de materiais?
Observando o modo como o rosto das máscaras
foram esculpidos, que tipo de expressão facial eles
transmitem?
Coleções com Objetos Similares
Museu Afro-Brasileiro (Salvador, Bahia)
(http://www.mafro.ceao.ufba.br/)
Museu de Arqueologia e Etnologia (São Paulo, Brasil)
(http://www.nptbr.mae.usp.br/)
Musée du Quai Branly (Paris, França)
(http://www.quaibranly.fr/)
Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, Brasil)
(http://www.mnba.gov.br/abertura/abertura.htm)
National Museu of African Art – Smithsonian (Washington, D.C., EUA)
(http://africa.si.edu/)
Referências
ADINOLFI, Maria Paula. [Texto Científico] Setor África – projeto de
atuação Pedagógica e Capacitação de Jovens Monitores [material do
professor], Salvador: Museu Afro-Brasileiro, 2005.
LAWAL, Babatunde. The Gèlèdé Spectacle: Art, Gender, and Social
Harmony in an African Culture. University of Washington Press, 1996.
RIBEIRO JR, Ademir. Parafernália das Mães Ancestrais: as máscaras
gueledé, os edan ogboni e a construção do imaginário sobre as
“sociedades secretas” africanas no Recôncavo Baiano. São Paulo:
Universidade de São Paulo. MAE/USP, 2008. [Dissertação de Mestrado].
SALUM, M. H. Leuba (Lisy). Notas Discursivas Diante das Máscaras
Africanas. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo,
SP, v. 6, p. 233-253, 1996.
___________. Por Que São de Madeira Essas Mulheres d’Água?
Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, v. 9, p. 163-193, 1999.
___________.(Texto científico). África: culturas e sociedades, guia
temático para professores. São Paulo: MAE/USP, (1999). (Formas de
Humanidade).
Quais características físicas em comum podem ser
encontradas a todas estas estatuetas de Ibeji?
A gestualidade é uma característica importante da
arte africana. Qual é a postura dessas estatuetas?
Com base nestas estatuetas, quais delas foram
esculpidas pelo mesmo artista? Por quê?
Coleções com Objetos Similares
British Museum (Londres, Inglaterra)
(http://www.britishmuseum.org/)
Dallas Museum of Art (Dallas, EUA)
(http://www.imamuseum.org/)
Indianapolis Museum of Art (Indianapolis, EUA)
(http://www.imamuseum.org/)
Museu Afro-Brasileiro (Salvador, Bahia)
(http://www.mafro.ceao.ufba.br/)
Museu de Arqueologia e Etnologia (São Paulo, Brasil)
(http://www.nptbr.mae.usp.br/)
Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(Rio de Janeiro, Brasil) (http://www.museunacional.ufrj.br/)
Referências
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Berlim. Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo: Centro Cultural Banco do
Brasil, 2003.
LAGAMMA, Alisa. Echoing Images. Nova York: The Metropolitan
Museum of Art; New Haven, Londres: Yale University Press, 2004.
OMARI-TUNKARA, Mikelle. S. Ere Ibeji Ritual and Imagery: West
African Yoruba Retentions in Brazil. 1980.
OMARI-TUNKARA, Mikelle. S. Manipulating the Sacred: Yoruba Art,
Ritual, and Resistance in Brazilian candomble: Wayne State University
Press, 2005. p. 111.
O que mais lhe impressionou nesta obra?
Como você descreveria a expressão do rosto
desta máscara?
Esta obra apresenta uma figura de aparência
humana que possui chifres e duas cabeças.
Que seres mitológicos ou folclóricos conhecidos
possuem também aspectos imaginativos, que não
seriam naturais?
Figuras com chifres representam a mesma coisa
em todas as culturas?
Coleções com Objetos Similares
Brooklyn Museum (Nova Iorque, EUA
(www.brooklynmuseum.org/)
British Museum (Londres, Inglaterra)
(http://www.britishmuseum.org/)
Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(Rio de Janeiro, Brasil) (http://www.museunacional.ufrj.br/)
Museu Afro-Brasileiro (Salvador, Bahia)
(http://www.mafro.ceao.ufba.br/)
Referências
LAUDE, J. The Arts of Black Africa. Transl. Jean Decock. Los Angeles:
University of California Press, 1971.
NICKLIN, Keith. Nigerian Skin covered Masks. African Arts 7, 3:815,
67, 1974.
VOGEL, Susan (ed.). For Spirits and Kings: African Art from the Paul
and Ruth Tishman Collection. New York: Metropolitan Museum of Art,
1981. O livro completo pode ser baixado no “google livros”: (Acessado
em: 23-11-2014) http://books.google.com.br/
23. 42 43
Quais formas geométricas se destacam nessa
máscara?
Pensando na máscara como um conjunto multimídia
(em que, além da parte em madeira, há outras
partes que não aparecem nas coleções de museus),
quais seriam as funções dos furos localizados na
base da máscara?
As partes pintadas de branco fazem referência aos
ancestrais e estão bem equilibradas artisticamente.
Se você fosse um pintor do povo igala convidado
para renovar o modo de pintar as máscaras,
em quais partes dela pintaria de branco?
Coleções com Objetos Similares
Fowler Museum (Califórnia, EUA)
(http://www.fowler.ucla.edu/)
Musée du Quai Branly (Paris, França)
(http://www.quaibranly.fr/)
The University of Iowa Museum of Art (Stanley Collection)
(Iowa, EUA) (http://africa.uima.uiowa.edu/ )
Referências
BOSTON, J. S. Ikenga Figures Among the North-west Igbo and the
Igala. Ethnographica, 1977.
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Economic Research, 1968.
NEYT, F. & DESIRANT, A. Les Arts de la Bénué aux racines des
traditions. Éditions Hawaiian Agronomics, 1985.
NOOTER, N. I. & ROBBINS, W. M. African Art in American Collections.
Pennsylvania: Schiffer Publishing ltd., 2004 (1st. ed. 1989), pp. 278-
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Réunion des musées nationaux. Arts du Nigéria: Collections du
Musée des arts d’Afrique et d’Océanie. Paris, 1997.
VOGEL, Susan (ed.). For Spirits and Kings: African Art from the Paul
and Ruth Tishman Collection. New York: Metropolitan Museum of
Art, 1981. pp. 110-111. O livro completo pode ser baixado no “google
livros”: http://books.google.com.br/ (Acessado em: 23-11- 2014).
De que material é feita essa máscara e como será
que ela foi produzida?
Pensando em cada um dos materiais da obra,
como o artista a compôs?
Por que você acha que os reis bamileque esco-
lhiam o elefante como símbolo do seu poder?
Se esta máscara não representasse um elefante,
quais outros animais importantes para os povos do
Camarões ela poderia representar? Por quê?
Coleções com Objetos Similares
British Museum (Londres, Inglaterra)
(http://www.britishmuseum.org/)
Brooklyn Museum (Nova Iorque, EUA)
(www.brooklynmuseum.org/)
Fowler Museum of Cultural History (Califórnia, EUA)
(http://www.fowler.ucla.edu/)
Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque, EUA)
(http://www.metmuseum.org/)
Referências
BLIER, Suzanne. L’Art Royal Africain. Hong Kong: Flammarion, 1997.
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MACK, John. Africa: Arts and Culture. British Museum. Oxford
University Press, 2000. p. 112.
NOOTER, N. I. & ROBBINS, W. M. African Art in American Collections.
Pennsylvania: Schiffer Publishing ltd., 2004 (1st. ed. 1989). p. 320.
OGOT, Bethwell A. (Ed.) História Geral da África - África do século
XVI ao XVIII. Vol. 5 Brasília: UNESCO, 2010. p. 615. Disponível em:
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/
news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese-1#.
VG4Ko_nF9Wg (Acessado em: 20-11-2014) p. 616.
William Benton Museum of Art. The sign of the leopard: beaded
art of Cameroon: a loan exhibition from the Cameroon collections of
the Linden-Museum Stuttgart. University of Connecticut, 1975.
Pelo tamanho do bojo (ou corpo) deste cachimbo
(40,5 x 26,5 x 20 cm ), ele deve ter sido usado
individualmente ou coletivamente? Por quê?
As formas em “X” são associadas às aranhas.
Quantas “tarântulas” podemos observar na ima-
gem e por que o artista deve tê-las moldado na
“cabeça” da obra?
Por que na arte de alguns povos do Camarões as
figuras humanas são representadas com boche-
chas infladas e olhos esbugalhados?
Onde estão representadas e quais partes do ele-
fante foram moldadas nesta obra?
Coleções com Objetos Similares
Ethographisch Museum (Antuérpia, Bélgica)
(http://www.mas.be/min.net?id=3080206)
Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque, EUA)
(http://www.metmuseum.org/)
The University of Iowa Museum of Art. The Stanley Collection
(Iowa, EUA) – (http://uima.uiowa.edu/)
Referências
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Janeiro: Ed. Civilização Brasileira, 1965. p.179-80.
FOMINE, Forka L. M. The African Anthropologist. Vol. 16, No
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GEBAUER, Paul. Cameroon Tobacco Pipes. African Arts. Vol. 5, Winter,
1972. pp. 28-35.
OGOT, Bethwell A. (Ed.) História Geral da África - África do século
XVI ao XVIII. Vol. 5 Brasília: UNESCO, 2010. p. 615. Disponível em:
http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/
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and Marshall Mount Collection. QCC Art Gallery, City University of
New York, 2007. p. 32.
SHOUP, John A. Ethnic Groups of Africa and the Middle East: an
encyclopedia. California: ABC-CLIO, 2011 [e-book].
TARDITS, C. (ed.) Contribution de la Recherche Ethnologique a
l’Histoire des Civilisations du Cameroun. 2 vols., Paris: Editions du
CNRS, 1981.
WASSING, R. S. African Art. Transl. Diana Imber. Switzerland;
NY: Leon Amiel Publisher, 1968.
Grande parte da arte africana tenta traduzir ideias,
hábitos, valores e costumes através das formas
artísticas. Em sua opinião, por que os artistas
deste grupo esculpiam músculos nesta estatueta
feminina? Quais valores podem estar relacionados
a essa característica?
É possível encontrar aspectos simétricos nesta
obra? Quais seriam?
O que lhe transmite a expressão do rosto da
estatueta?
Geralmente um observador apenas frontal possui
uma perspectiva reduzida da obra, que elementos
são possíveis de se destacar nas outras posições
da obra que não a frontal?
Coleções com Objetos Similares
Musée du Quai Branly (Paris, França)
(http://www.quaibranly.fr/)
Referências
BLACKMUN, Monica Visonà. Art and authority among the Akye of the
Ivory Coast. Santa Barbara: University of California, 1984.
DECOSSE, Raoul Garnier. Soins corps et “âmes”: l’ordre d’une
existence en pays attié. Côte d’Ivoire, Tours, 1990.
PAULME, Denise. Première Approche des Attié (Côte d’Ivoire),
Cahier d’Études Africaines, no
21, vol. 6, 1966. pp. 86-120.
24. 44 45
Identifique quais formas geométricas estão
representadas na máscara.
Observe bem a máscara. Quais formas geométricas
se repetem ao longo de sua superfície?
Se você fosse um artista, quais cores utilizaria
nesta máscara e por quê?
Você sabe quais são as fases da lua? Se as extremida-
des (parte de cima e de baixo) da máscara fossem
luas, em que fases cada uma delas estaria?
Coleções com Objetos Similares
Birgminham Museum of Art (Alabama, EUA)
(http://www.artsbma.org/)
Museu Etnológico de Berlim, (Berlim, Alemanha)
(http://www.smb.museum/home.html)
Referências
NOOTER, N. I. & ROBBINS, W. M. African Art in American Collections.
Pennsylvania: Schiffer Publishing ltd., 2004 (1st. ed. 1989) p. 90.
N’DIAYE, F. & VOGEL, Susan. African Masterpieces from the Musée de
l’Homme. New York: Harry N. Abrams, Inc. 1985. p. 130.
ROY, Christopher. In: SCHMALENBACH (ed.). Afrikanische Kunst aus
der Sammlung Barbier-Muller. Genf: Munich, 1988.
O que a forma desta máscara lhe faz lembrar?
Observe atentamente o contraste de cores na
máscara. Quantos contrastes brancos e pretos o
artista usou e qual é a disposição deles?
Onde podemos identificar a existência de simetria
e de assimetria?
Coleções com Objetos Similares
Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque, EUA)
(http://www.metmuseum.org/)
Brooklyn Museum (Nova Iorque, EUA)
(www.brooklynmuseum.org/)
Museu de Arqueologia e Etnologia (São Paulo, Brasil)
(http://www.nptbr.mae.usp.br/)
Referências
DIETERLEN, Germaine. Mask and Mythology of the Dogon. African
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FAGG, William. Masques d’Afrique dans les Collections du Musée
Barbier-Müller. Genova, 1980.
HAHNER, I.; KECSKÉSI, M. & VAJDA, L. African Masks – the Barbier-
Mueller collection. New York: Prestel, 2007. p. 07.
SEGY, Ladislas. African Sculputure Speaks. New York: Da Capo Press,
1975. p. 346.
Há uma ou mais formas que se repetem? Quais?
Por que será que os bamana do Mali esculpiam
uma máscara horizontal e outra vertical?
Às vezes essa obra pode ser confundida com uma
estatueta. Como esta máscara é utilizada? No topo
da cabeça? Na frente do rosto?
Se não fosse um antílope, que outro animal poderia
ser representado nesta máscara ?
Coleções com Objetos Similares
Art Institute of Chicago (Chicago, EUA)
(http://www.artic.edu/)
Metropolitan Museum of Art (Nova Iorque, EUA)
(http://www.metmuseum.org/)
Museu de Arqueologia e Etnologia (São Paulo, Brasil)
(http://www.nptbr.mae.usp.br/)
National Museum of African Arts – Smithsonian (Washington, D.C,
EUA) (http://africa.si.edu/)
Referências
HAHNER, I.; KECSKÉSI, M. & VAJDA, L. African Masks – the Barbier-
Mueller collection. New York: Prestel, 2007 [Plates: 01-03].
LAGAMMA, Alisa. Ideas of Origin in African Sculpture. African Arts,
vol. 35, no
3 (Autumn), 2002. pp. 55-92.
N’DIAYE, F. & VOGEL, Susan. African Masterpieces from the Musée de
l’Homme. New York: Harry N. Abrams, Inc. 1985. p. 120.
WARDWELL, Allen. A Bambara Master Carver. African Arts. Vol. 18
no
1: (November), 1984. pp.83–84. N. Abrams, Inc. 1985. p. 20.
Mascarados em performance
Povo bwa, Burkina faso,
década de 1980
Christopher D. Roy
25. 46 47
Estatueta
Povo Attie (ou Akye)
Costa do Marfim
Madeira, tecido e contas
36,4 x 11,5 x 12 cm
Banco
Povo Luba
República Democrática do Congo
Madeira
35,5 x 26 x 21,7 cm
A representação da figura feminina na escultura é algo frequente em muitos povos da África. A interpre-
tação mais comum desse tipo de produção, geralmente está baseada na ideia da maternidade. De fato,
é recorrente a representação de mulheres acompanhadas de seus filhos na produção artística desse
continente, no entanto, é preciso também analisar essas representações para além da ideia da mulher
apenas como mãe.
Observe, por exemplo, as duas esculturas selecionadas. Apesar de terem sido produzidas por artistas
pertencentes a dois povos completamente distintos e situados em diferentes regiões da África,
é possível perceber que ambas as figuras femininas representadas aparecem como símbolo de força e
também de poder. A estatueta feminina attie, da Costa do Marfim, além de apresentar músculos inflados
e uma postura imponente, evidenciando a sua força não apenas física, aparece sentada num banco, uma
importante insígnia de poder. O penteado elaborado também corrobora com a ideia de que ela é uma
mulher hierarquicamente importante. Já a mulher representada no banco luba, da República Democrática
do Congo, não apresenta músculos aparentes, mas a sua força é evidenciada por ela sustentar a parte do
assento apenas com as pontas dos dedos. A sua fisionomia de serenidade e calma comprova que ela não
precisa fazer um grande esforço para “sustentar” o poder do chefe.
DIÁLOGOS ENTRE OBRAS
O objetivo desta atividade é estimular professores e alunos a proporem possíveis diálogos entre as obras
de arte africanas. As suas formas, materiais utilizados e características em comum, bem como os seus
significados intrínsecos ou complementares devem ser explorados. Para isso, consulte os textos de base
e a bibliografia sugerida.
Bojo de Cachimbo
Povo Bamum (Bamoun) ou Bamileque (Bamileke)
República dos Camarões
Cerâmica
40,5 x 26,5 x 20 cm
Máscara Elefante
Povo Bamileque (ou Bamileke)
República dos Camarões
Tecido e Miçangas
112 x 39,5 x 25 cm
A história da República dos Camarões é marcada pela existência de hierarquizados reinos, localizados
nas regiões de pradarias (Grasslands). Historicamente, esses reinos realizaram entre si muitas trocas
econômicas, culturais e também artísticas, o que torna difícil e árdua a tarefa dos estudiosos em
identificar precisamente obras advindas desse país. Materiais como as miçangas, presentes na máscara
elefante dos bamileque, por exemplo, podem ser encontradas em produções artísticas de outros povos
próximos, tais como em estatuetas e tronos do povo bamum. A circulação desses materiais entre
diferentes reinos desmistifica a ideia de um continente africano cujas populações viviam de forma isolada.
É preciso lembrar também que as miçangas que transitavam no Camarões eram advindas da Europa,
o que demonstra que há séculos esses povos já tinham contatos estabelecidos fora do continente africano.
Outro aspecto importante a ser ressaltado é o compartilhamento de símbolos e valores entre os diversos
reinos dos Camarões. A representação do elefante, por exemplo, presente tanto na máscara dos
bamileque quanto nesse cachimbo (região da “testa”), comprova que para ambas as culturas esse
animal tem grande importância simbólica. Não é por acaso que ele aparece representado em duas obras
intimamente ligadas à figura do rei e sua corte. Assim como o leopardo, o elefante é considerado um
animal da realeza, certamente por causa da sua magnitude e força.
E, finalmente, a valorização de materiais estrangeiros e de símbolos específicos por membros da
realeza, tais como as miçangas e a representação do elefante está ligada à ideia de exclusividade
e deferência. Não é por acaso que tanto a máscara quanto o cachimbo ostentam elementos que
demarcam a diferenciação entre o rei e os seus súditos. No caso específico do cachimbo, a sua
proporção, a sofisticação na sua elaboração e a presença de insígnias como a “coroa” evidenciam
a importância de seu detentor.
26. 48 49
Máscara
Povo Igala
Nigéria
Madeira policromada
35,5 x 25 x 27,5 cm
Máscaras africanas não são apenas aqueles objetos presos à face ou à cabeça. Podemos dizer que elas
são resultantes de um “conjunto multimídia”. Além da parte que adorna a cabeça ou o rosto, geralmente
produzida em madeira, integra também esse conjunto chamado “máscara” uma vestimenta feita em
diferentes materiais, como tecidos e fibras vegetais, além de uma série de apetrechos que adornam
todo o corpo do mascarado, incluindo por vezes, adereço de dorso, joias e adornos nos braços, pescoço,
pernas etc.
Nem todas as máscaras africanas são usadas na frente do rosto. A máscara tchiwara, por exemplo,
muitas vezes confundida com uma estatueta, é usada no topo da cabeça e acompanhada por uma
vestimenta feita em fibras vegetais. Já a máscara bobo/bwa faz parte do conjunto de máscaras
chamadas superestruturadas, devido à sua grande dimensão. Embora possa ser difícil imaginar,
essa máscara é usada verticalmente na frente do rosto. A parte arredondada, onde está localizada a
representação dos olhos de coruja, fica posicionada na frente do rosto do bailarino, sendo todo o resto
da máscara direcionado para o alto. E finalmente, a máscara igala é usada como um elmo ou capacete,
camuflando completamente a identidade do mascarado.
As máscaras podem representar seres mitológicos nas formas estilizadas de aves, bovinos, caprinos,
humanos e ainda variações que mesclam as formas animais com humanas ou formas sobrenaturais da
criação mítica, como é o caso da máscara tchiwara. Basicamente, o uso de máscaras na África está
associado desde a representação teatral em festividades comemorativas até aos ritos fúnebres, agrários,
iniciáticos, entre outros usos.
Máscara placa (Nwantantay)
Povos Bobo, Bwa (Bwaba ou Oule)
Burkina Faso
Madeira pintada
232 x 45 x 34 cm
Máscara Tchiwara ou (Tyi wara, Tyi-wara)
Povo Bamana (ou Bambara)
República do Mali
Madeira, couro e metal
26,3 x 56,2 x 8,5 cm
27. 50 51
Glossário de Arte Africana
Abstração
A composição abstrata mostra formas que não imitam ou representam objetos da realidade ou da
natureza, embora possam partir delas. Ela se opõe à composição figurativa.
Ver obras: Máscara Kanaga, p.34; Máscara Bobo/Bwa, p.32; Máscara Elefante Bamileque, p.26.
Antropomorfismo
Representação de figuras humanas ou que remetam a elas.
Ver obras: Estatueta Attie, p.30; Estatueta Songye, p.14.
Composição
É a distribuição dos diferentes elementos dentro de uma mesma obra de arte.
Conjunto multimídia
É o grupo de apetrechos que adornam o mascarado e compõem a “máscara”. Os museus conservam
principalmente a parte em madeira, que é a mais resistente ao tempo, mas a máscara é composta de
vestimenta, adornos e adereços e, às vezes, armas, cajados cerimoniais etc. Ver fotografia da Máscara
Bobo/Bwa, p.32.
Equilíbrio (complementariedade)
É o ajuste ou arranjo harmônico entre as partes da obra.
Ver obras: Estatueta Attie, p.30 ; Cachimbo Bamum, p.28.
Estilo
É a maneira pessoal ou própria de cada artista (ou povo) formular uma obra de arte.
Estilização
Elaboração das formas dos objetos e seres da natureza a fim de se dar maior ou exclusivo destaque
aos seus aspectos mais característicos.
Ver obra: Máscara Iorubá (Egungun), p.16.
Expressões faciais
São os movimentos musculares da face representados nas obras de arte. Embora boa parte
desses movimentos sejam universais, muitas vezes, eles são calcados na tradição e cultura
específica dos povos. Ex: Serenidade = é a chamada expressão “meditativa”, “calma”, “sublime”
ou “idealizada” que uma escultura ou máscara podem trazer. Rigorosidade = é expressão rude,
vigorosa, considerada por vezes “feia” – mas que exprime, por vezes, força ou bravura.
Ver obras: Máscara Ejagham, p.22; Estatueta Attie, p.30; Máscara Iaca, p.12.
Figurativo
A composição figurativa mostra formas que representam ou imitam objetos da realidade ou da natureza,
embora possam também conter elementos abstratos.
Formas Geométricas
Algumas elaborações de formas artísticas são expressas por meio de formas geométricas, tais como:
círculo, quadrado, triângulo, retângulo, losango, hexágono, bem como as formas ovais, o cubo, a esfera, o
cilindro, o cone etc. Ver obra: Máscara Bobo/Bwa, p.32.
Frontalidade (ou representação frontal)
É um aspecto característico das esculturas africanas em geral. Em contraste com a lateralidade das
pinturas antropomorfas egípcias, as esculturas da África subsaariana, com poucas exceções, geralmente
são esculpidas de modo a serem posicionadas de frente para seu observador.
Ver obra: Estatuetas Iorubá (Ibeji), p.21.
Gestualidade (expressões corporais)
É um recurso que aparece com frequência nas esculturas africanas, pois elas quase nunca transmitem
a ideia de imobilidade. Às vezes o gesto é sutil, mas sempre perceptível. Dentre os gestos mais comuns
nas figuras antropomorfas estão a flexão dos joelhos, a posição dos ombros ou das mãos.
Ver obra: Banco Luba, p.8.
Ícone (Ver Símbolo).
Padrão (padrões)
É o uso convencional de elementos formais que se repetem em diferentes obras produzidas por um mesmo
artista ou por um povo. Os padrões podem ser também transmitidos através de gerações.
(Ver: Estilo).
Proporção
Na obra de arte é a relação entre as partes de um dado objeto conformando-as às suas dimensões reais.
Desta maneira, desproporcional seriam aquelas elaborações artísticas que não conformariam as partes
dos objetos às suas dimensões reais. Os critérios para determinar a proporção e a desproporção na obra
são definidos pelas demandas internas dos próprios grupos. As representações de uma face alongada;
um olho esbugalhado; uma boca grande, pequena ou mesmo a ausência de boca; orelhas descomunais,
bem como pernas pequenas e cabeças grandes, mãos e braços fortes em corpos franzinos são todos
recursos de proporção que seguem muitas vezes a múltiplos significados culturais.
Ver obras: Máscara Iorubá (Egungun), p.16; Máscaras Bamana (Tchiwara), p.36.
Realismo
Representação ou imitação de formas artísticas que são mais fiéis ao que existe na realidade.
Ver obra: Estatuetas Iorubá (Ibeji), p.21.
Representação/Figuração
Reprodução, elaboração, construção de um objeto que remeta a outros, reais ou imaginários.
Símbolo
É um código visual identificado por pessoas de um mesmo círculo cultural. Algumas vezes o termo
símbolo aparece como sinônimo de ícone, de uso mais comum na arte cristã, uma imagem utilizada para
representar um objeto ou ideia.
Ver obra: Máscara Tchokwe (Mwana Pwo), p.10; Estatueta Songye, p.14.
Simetria/Assimetria
O jogo da simetria e assimetria é um recurso utilizado pelos artistas africanos, entre outros motivos,
para transmitir as ideias de movimento, contraposição, equilíbrio e balanço (entre partes semelhantes
ou dessemelhantes). Isso pode ser feito por meio de linhas paralelas e/ou sobrepostas, repetindo e
alternando algumas formas orgânicas ou geométricas.
Ver obras: Estatueta Attie, p.30; Cachimbo Bamum, p.28; Máscara Ejagham, p.22.
Síntese
Elaboração de formas artísticas que faz uma “redução” ou um “arranjo abreviado” de formas e ideias
que o artista queira exprimir.
Ver obra: Máscara dogon (Kanaga), p.34.
Vazado
Os vazados são furos, orifícios ou passagens que se alternam entre superfícies inteiriças numa obra de arte.
Ver obra: Máscara Bamana (Tchiwara), p.36; Cachimbo Bamum, p.28.
Zoomorfismo
Representação artística de animais ou que remetam às formas de animais.
Ver obras: Máscara Bamana (Tchiwara), p.36; Máscara Iorubá (Egungun), p.16; Máscara Elefante
(Bamileque), p.26.
28. 52 53
I. Seleção de obras clássicas sobre arte africana em bibliotecas
públicas de São Paulo.
BALANDIER, Georges; MAQUET, Jacques. Dictionnaire des
Civilisations Africaines. Paris: Hazan, 1968.
BLIER, Susanne Preston. L’art Royal Africain. Paris: Flammarion, 1997.
D’AZEVEDO, Warren (Ed.). The Traditional Artist in African Society.
Bloomington: Indiana University Press, 1973.
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Bibliografia de Arte Africana
29. Esta publicação é parte integrante do EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO No
01 /2013 – III IDEIAS CRIATIVAS ALUSIVO
AO DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA – 20 DE NOVEMBRO, SELEÇÃO PÚBLICA PARA APOIO A PROJETOS
ARTÍSTICOS E CULTURAIS da Fundação Cultural Palmares conforme Decreto de 25 de fevereiro de 2013, publicado
no Diário Oficial da União, de 26 de fevereiro de 2013, nos termos, no que couber, da Lei no
7.668/1988,
do Decreto no
6.853/2009, observadas as disposições da Lei o
8.666/93, na Portaria Ministério da Cultura no
29/2009.
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Mascarado Gueledé
Ilustração: Claudio Rubiño
Vilarejo de Amani,
Próximo à Falésia de Bandiagara, Mali.
1994 | Gianni Puzzo
Projeto Editorial
Via Impressa Edições de Arte
Carlos Magno Bomfim
Projeto Gráfico
Douglas Germano
Editoração Eletrônica
Jailton Leal
Revisão Técnica
Ricardo Sampaio Mendes
CTP Impressão
Gráfica Garilli
1a
Edição
São Paulo, Brasil – 2015
GOVERNO FEDERAL
Presidenta da República
Dilma Rousseff
Ministro de Estado da Cultura
Juca Ferreira
Presidente da Fundação Cultural Palmares
José Hilton Santos Almeida
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
Governador
Geraldo Alckmin
Secretário da Cultura
Marcelo Mattos Araujo
Coordenadora da Unidade de Preservação
do Patrimônio Museológico
Renata Vieira da Motta
ASSOCIAÇÃO MUSEU AFRO BRASIL
Presidente do Conselho Administrativo
Hubert Alquéres
Presidente do Conselho Fiscal
Paula Raccanello Storto
Diretor Curatorial
Emanoel Araujo
Diretor Executivo
Edemar Viotto Junior
Diretora Administrativo-Financeira
Regina Cavalcanti de Albuquerque
Pesquisadores
Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua
Renato Araújo da Silva
Verbete: Estatueta Songye
Marta Heloísa Leuba Salum (Lisy)
Professora Doutora do Museu de Arqueologia e Etnologia
da Universidade de São Paulo (MAE/USP)
Ilustrações: Claudio Rubiño
Fotografia
Henrique Luz
Coordenadora de produção deste livro
Sandra Salles
Agradecimentos:
Ana Lucia Lopes
André Santos
Christopher D. Roy
Cláudio Nakai
Claudio Rubiño
Emanoel Araujo
Fátima Gomes
Izabel Correia dos Santos Monteiro
Makaya Mayuma Bedel
Marta Heloísa Leuba Salum
Renata Ap. Pereira da Silva Araújo
Romilda Silva
Sandra Salles