A resiliência urbana abrange as diversas dimensões de risco, às quais as cidades estão cada vez mais expostas. Um planeamento urbano responsável e sustentável precisa de considerar a prevenção, a mitigação e a capacidade de regeneração das cidades, face aos eventos extremos que as podem ameaçar. Os riscos, que podem ter causas naturais, tecnológicas ou sociais, precisam de ser evitados com um Planeamento Urbano competente e de ser mitigados com uma gestão urbanística rigorosa, que partem do conhecimento em tempo real do estado de todos os processos dinâmicos que podem ameaçar as cidades. A resiliência urbana de uma cidade constitui-se como responsabilidade de todos que a planeiam, a gerem e dos cidadãos que a habitam.
1. RESILIÊNCIA URBANA – PREVENÇÃO, MITIGAÇÃO E REGENERAÇÃO
ESTRATÉGIAS RESILIENTES PARA A GESTÃO DAS REDES DE SANEAMENTO
26 de Outubro de 2011 António A. Côrte-Real Frazão
2. RESILIÊNCIA URBANA – PREVENÇÃO, MITIGAÇÃO E REGENERAÇÃO
ESTRATÉGIAS RESILIENTES PARA A GESTÃO DE REDES DE SANEAMENTO
SIMTEJO
Esgotos de Lisboa
Riscos
Estratégias resilientes
Controlo de caudais pluviais
Adaptação das ETAR
Bacias de retenção
Reutilização
Aquasafe
3. SIMTEJO
Período concessão: 2002 – 2043
1 500 000 hab.eq (2005)
Criação da Empresa: Novembro 2001
Lisboa
Loures
V. F. Xira
Amadora
Mafra
Odivelas
A Missão da SIMTEJO é a recolha, tratamento e rejeição de águas residuais na sua área de
influência e, eventualmente, noutras áreas limítrofes, visando a prestação de um serviço de qualidade
com respeito pelos aspectos essenciais de ordem social e ambiental, assim como a disponibilização das
suas capacidades ao serviço do interesse nacional.
4. SIMTEJO
Município de
Município de
Volume de Negócios (2010)
Mafra
Odivelas
Município de 3,5%
Município de Amadora
3,5% 42.590.843,33 €
Vila Franca de Xira 3,5%
4,0%
Capital Social (2010)
Município de
Loures 38.700.000 €
11,5%
Tarifa
€ 0,4850/m3
Município de Águas de Portugal
Lisboa 50,5% EBITA
23,5%
23.267.953 €
N.º trabalhadores (2010)
Investimento (2002 - 2010): 250 milhões 204
Investimento (2011 - 2018): 190 milhões
5. SIMTEJO
ETAR 28 (32)
Estações Elevatórias 74 (93)
Interceptores e Condutas 245 (339) km
População servida: 1 500 000 habitantes - equivalentes
CAUDAL TRATADO 107 milhões m3/ano (2010)
120 milhões m3/ano (Previsão 2011)
6. ESGOTOS DE LISBOA
Rede unitária
Colector F – Infante
Colector H – São Bento Santo
Rede Pluvial
Bacia
hidrográfica
8. ESGOTOS DE LISBOA
Anos 80 e 90, procedeu-
se à construção do Intercepções nos
sistema interceptor de colectores unitários
águas residuais
Int. Cais Sodré Alcântara
Colector Unitário H – São Bento
9. ESGOTOS DE LISBOA
D3 : Rua Duarte Pacheco Pereira
Intercepção
Colector
Doméstico
O objectivo é
interceptar a
parcela de caudal
correspondente à
componente
doméstica e
D 4: Santos o Velho. conduzi-la a
tratamento
9
10. ESGOTOS DE LISBOA
Intercepção adequada e o Intercepção adequada e o
transporte da totalidade dos transporte da parcela de águas
efluentes domésticos, em tempo pluviais com carga poluente
seco significativa “first-flush”
Beneficiação e controlo do comportamento dos sistemas, designadamente no que se
refere às infra-estruturas de intercepção, drenagem e tratamento
Equipamento Equalização de
específico de regulação caudais pluvias in- “Source Control” Adaptação ETAR
de caudal line ou off-line
11. ESGOTOS DE LISBOA
Nova frente de drenagem: Alfama – Terreiro do Paço -
Alcântara
ETAR Alcântara
2x QP TS: 6600 l/s
EE Rocha Conde D´Óbidos
2 x QP TS: 1100 l/s
EE Santos
2x QP TS: 1100 l/s
CVM Rua Ouro
EE Agencia 4 x QP TS: 455 l/s
Rede existente 4 x QP TS: 2200 l/s
CVM Rua Augusta/Rua
Nova frente de drenagem Prata
4 x QP TS: 1615 l/s
Rede reutilização Emissário da EE
Agencias 2xQP
TS: 1100 l/s
EE Fluvial
2 x QP TS: 130 l/s
12. ESGOTOS DE LISBOA
Intercepção Rua do Ouro, Oito válvulas de
Rua Augusta e Rua da Prata maré “bico de
pato” DN1800
Oito válvulas de
maré de secção
rectangular
1000x1800
Duas válvulas de
controlo de caudal
DN1000 e DN500
Boca de descarga
Interceptor águas
residuais DN1200
Nova saída de caudal pluvial
independente
13. ESGOTOS DE LISBOA
CVM Rua Augusta / Rua da Prata
Área : 295 m2
Desvio de 4 x Qponta TS: 1615 l/s
Q pluvial (T=50 anos) : 39 m3/s
Seis “bico de pato” DN1800
Seis válvulas de maré 1000x1800
Controlo de Q tipo flutuador
DN1000
14. ESGOTOS DE LISBOA
População servida: 756,000 hab.eq Subsistema de Alcântara
Caudal: Qmd = 180,000 m3/ dia;
Investimento: 184 milhões euros
Infra-estruturas: 1 ETAR, 13 EE e 26 km
de rede
População servida: 204,000 hab.eq
Subsistema de Beirolas
Caudal: Qmd = 62,000 m3/ dia
Investimento:16 milhões euros
Infra-estruturas :1 ETAR, 7 EE e 18
km de rede
15. ESGOTOS DE LISBOA
Subsistema de Chelas
População servida: 202,000 hab.eq
Caudal: Qmd: 60,500 m3/ dia
Investimento: 4 milhões euros
Infra-estruturas: 1 ETAR, 5 EE e 4 km
de rede
População servida: 411,000 hab.eq
Subsistema Frielas
Caudal: Qmd: 114,000 m3/ dia
Investimento: 46 milhões euros
Infra-estruturas: 1 ETAR, 9 EE e 114
km de rede
16. RISCOS
Precipitação: inundações, colapsos estruturais e
deslizamentos
Maré: Simultaneidade pico de precipitação com preia mar
Afluência descontrolada de toneladas de areias e pedras ao
sistema de drenagem
Alterações Climáticas: fenómenos extremos Lisboa
26.11.2003,
Sismos
Incêndio
Falhas de energia
Falhas de comunicações
17. RISCOS
REGIME DE PRECIPITAÇÃO DA CIDADE DE LISBOA
60
Precipitação diária (mm)
50
40
30
20
10
0
Out Nov Dez Jan Fev Ma r Abr Mai Jun Jul Ago Set Out
Meses do ano
• Precipitação média anual: 700mm/ano
• Precipitação ininterrupta : 45 dias;
• em média, ocorrem precipitações em 107 dias por ano
em Lisboa
• 90 % da precipitação a intensidade < 1,44 mm/h
18. RISCOS
Granizo 29-4-2011 Baixa 29-10-2010
Alterações
climáticas
Fenómenos
Extremos
Estádio da Luz - Granizo 29-4-2011 Av. Liberdade 29-10-2010
19. RISCOS
EE 1 – Praça do Império
ETAR de Alcântara
Canal de gradagem
D10 - Flutuantes
0,3 m
Caneiro de Alcântara
Colector totalmente assoreado
19
20. RISCOS
INFLUÊNCIA DE MARÉ
Cota topográfica e
localização das Válvulas de maré
intercepções
20
21. ESTRATÉGIAS RESILIENTES - CONTROLO DE CAUDAIS PLUVIAIS
CASO PARTICULAR: SUBSISTEMA DE ALCÂNTARA
Válvula Flutuador
Entrada em carga de colectores
Elevado risco de inundação de algumas das
Válvula Vortex
estações elevatórias
Paragem das estações elevatórias durante
fenómenos de precipitação
Caudal afluente superior à capacidade da ETAR
22. ESTRATÉGIAS RESILIENTES - CONTROLO DE CAUDAIS PLUVIAIS
METODOLOGIA CASO DE ESTUDO DE BEIROLAS
Definição das bacias de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais
Criação do modelo matemático
Simulação do funcionamento hidráulico do sistema com base nos caudais teóricos
Definição dos pontos críticos do sistema
Campanha de medições de precipitação, nível e caudal
Calibração do modelo
Definição de soluções – validação pelo modelo
OBJECTIVOS
Assegurar a operacionalidade das infra-estruturas
Aumentar a segurança de operação
Minimizar o impacte no meio receptor das descargas das águas residuais em
excesso durante a ocorrência de fenómenos de precipitação
Optimização do sistema e potenciação das infra-estruturas existentes
27. ESTRATÉGIAS RESILIENTES - CONTROLO DE CAUDAIS PLUVIAIS
Controlo de caudais pluviais no Subsistema de Frielas e São João da
Talha
Calibração do modelo matemático da bacia do Caneiro de Alcântara e
diversas áreas de Concessão
Projecto SIMAI :desenvolvimento de um sistema de
monitorização, aviso e alerta numa bacia hidrográfica da zona baixa
de Alcântara, em Lisboa
Implementação da rede de medição de caudal da Simtejo
Sistemas de apoio à decisão: Aquasafe
28. ESTRATÉGIAS RESILIENTES – ADAPTAÇÃO DAS ETAR
Caneiro de Alcântara
Nova Captação no Caneiro de Poço de Grossos
Alcântara (6,6 m3/s)
Recolha de materiais de maiores
Rebaixamento da soleira do dimensões, como por
Caneiro; exemplo, areias, pedras, paus e
Curvas adoçadas; etc;
Detritos removidos por colher
Arredondamento nos cantos
dos canais para garantir mecânica;
tensões de arrastamento a Volume de 400 m3, com tempo
caudais baixos; retenção mínimo de 1,1 minutos;
Inclinação de fundo do canal.
29. ESTRATÉGIAS RESILIENTES – ADAPTAÇÃO DAS ETAR
Caudal Ponta 6,6 m3/s
Tempo
Húmido Caudal ponta
570 240 m3/d
24h
Caudal ponta 3,3 m3/s
Tempo
Seco Caudal médio
181 455 m3/d
diário
Tempo 200 mg/l
Húmido SST
114 048 kg/d
Tempo 250 mg/l
SST
Seco 45 363 kg/d
30. ESTRATÉGIAS RESILIENTES – ADAPTAÇÃO DAS ETAR
MULTIFLO (TS: 3,3 m3/s)
Câmaras de
coagulação/floculação seguidas de
decantação lamelar, com
espessamento e recirculação de
lamas;
Tempo seco – sem adições de
reagentes;
Tempo húmido – Adição de 10
mg Fe/l e(TH: 3,3de Polimero/l
ACTIFLO 1 mg m3/s)
TH: SST – 80%; CBO5 – 50%; CQO – 53%
Arranque da linha < 45minutos Lamas primárias
Hidrociclone
Câmaras de coagulação/floculação “BALLASTED FLOCS”
seguidas de decantação lamelar, com Polímero
Micro-areia
recuperação de micro-areia; Efluente
Clarificado
Adição de micro-areia na câmara de
floculação, para promover efeito Coagulante
“balastro”;
Àguas
residuais
Carga hidráulica 120 m3/m2.h; brutas Injecção
Floculação
Coagulação
Decantador lamelar
Eficiência dos hidrociclones de 99,9%, com raspador de fundo
35. ESTRATÉGIAS RESILIENTES - AQUASAFE
– Modelação hidráulica do sistema de drenagem
– SCADA nas Estações Elevatórias
UNHOS
– Implementação de um sistema de medição de caudal APELAÇÃO
– SCADA na ETAR
– Amostragem composta diária (estática) na ETAR CAMARATE
EE18
EE04
– Monitorização do estuário do Tejo SACAVÉM ETAR
PRIOR
EE06
VELHO
– Estação Metereológica PORTELA
EE17
MOSCAVIDE
EE16
SANTA MARIA
DOS OLIVAIS
EE00
Desenvolvimento de uma ferramenta para gestão sustentável da
intercepção, drenagem e tratamento de águas residuais: MARVILA
EE15
EE14
AQUASAFE
EE13
EE12
BEATO
36. ESTRATÉGIAS RESILIENTES - AQUASAFE
Udóme Medidores Sonda de
tros de caudal qualidade CQO mg/l
CQO filtrado mg/l RADAR
Precipitação Caudal l/s pH mg/l
mm/h T ºC
SST (mg/l) Precipitação
mm/h
2h forecast
SIMTEJO APN NETWORK
ESTUARY
BUOY
Bóia
pH, Clorofila a
Turbidez, nível,
Condutividade
Salinidade, TºC
MM5 MODELO
MODEL ESTUÁRIO
MODELO
METEO MODELO
ETAR
REDE
38. ESTRATÉGIAS RESILIENTES - AQUASAFE
CICLO DA ÁGUA
OBJECTIVOS
– Análise em tempo real de
dados medidos e/ou simulados
SISTEMA DE
– Previsões e simulaçãoMETEO
de INTERCEPÇÃO
E DRENAGEM
cenários com base em modelos
numéricos
– Relatórios automáticos
– Gestão operacional da rede,
ETAR e meio receptor
– Alertas
ETAR