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1964/2014 – 50 ANOS DO GOLPE MILITAR:
CONTEXTO E IMPACTOS
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“Ali onde os historiadores tentam se defrontar com um período
para o qual existem testemunhas oculares vivas, dois conceitos de
história bem diferentes se chocam ou, no melhor dos casos,
completam-se mutuamente; a acadêmica e a existencial, o arquivo
e a memória pessoal. Pois todo mundo é historiador de sua própria
vida passada consciente, na medida em que elabora uma versão
pessoal dela: um historiador nada confiável, sob a maioria dos
pontos de vista, como bem sabem todos os que se aventuraram
pela “história oral”. Mas um historiador cuja contribuição é
essencial”
(Eric Hobsbawn, A era dos impérios)_
“Por ser mero protagonista secundário do momento histórico,
tornei-me mais testemunha do que ator, e, se ator,,
irrelevante, o que me deu condição de ver como observador
menor. Justamente aquele que tem menos compromisso com
as técnicas de mascaramento e de maquilação da narrativa.
Aquele que, por ser menos, acaba compreendendo mais porque
compreende na perspectiva da margem, que é mais
abrangente”
(José de Sousa Martins, A Sociologia como
aventura)
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I 1964/1969 PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO
DA NOVA ORDEM
Castelo Branco(1964-1967)
Costa e Silva (1967-1969
II 1969/1974 – O MILAGRE ECONÔMICO
OS ANOS DE CHUMBO
Médici 1969/1974
III 1973/1979 - A CRISE – O FIM DO MILAGRE
A ABERTURA
Geisel (1974-1978)
IV 1979- 1984 - ABERTURA E TRANSIÇÃO
Figueiredo (1979-1985)
ETAPAS DA
DITADURA MILITAR
ANTECEDENTES
O governo Jango (1961-1964)
A noite do Golpe
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ANTECEDENTES
DECADA DE 60
Debate entre dois projetos políticos que começou no
governo Getulio
Projeto Nacional-
Desenvolvimentista
Projeto
Desenvolvimentista
Mundo
Guerra Fria
Guerra do Vietnam (1955/1975)
Revolução Cubana (1959)
Brasil
Renuncia de Jânio Quadros (1961)
Jango Goulart (1961-1964)
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Projeto Nacional-
Desenvolvimentista
Projeto
Desenvolvimentista
O DEBATE SOBRE O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO
modernização conservadora
alinhamento aos interesses norte-
americanos repressão a participação
popular.
desenvolvimento autônomo e soberano
do país
Papel do Estado
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Projeto Nacional-
Desenvolvimentista
População Distribuição
de Renda
50%
30%
15%
5%
17,91%
27,92%
26,66%
27,69%
80% dos
consumidores
salários
Mercadoria
de bens
não
duráveis
sindicatos greves
alimentos
Para isso: lei - eleições - partidos
Pequenas
propriedades
arnaldolemos@uol.com.br
Projeto Desenvolvimentista
20% dos
consumidores
Modernização
do país
2ª abertura dos
portos
Brasília
Indústria
automobilística
JK
Mercado
exterior
Latifúndio
exportação
mecanização
arnaldolemos@uol.com.br
Para
isso
Ideologia
do
automóvel
Estradas de
rodagem
Dinheiro
do Estado
Emissão
Empréstimo
externo
Inflação Aumento da
dívida
20% dos
consumidores
Aumentar o salário da classe
media
Achatar o salário
dos 80%
Imobilizar politicamente
os 80%
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Projetos
 Aliados ideológicos do
1º projeto
 80%
 CGT
 Sindicatos
 Trabalhadores
 Movimentos Sociais
 ISEB
 UNE – AP
 FMP
 Aliados ideológicos da
2º projeto
 Classe média e alta
(20%)
 Adeptos da ordem e
segurança
 Forças Armadas (ESG)
 Anticomunistas
 Povo: inimigo interno
 IBAD
 IPES
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UNE
CPC (Centro
Popular de Cultura)
Teatro Música
Canção do
Subdesenvolvido,
Carlos Lira e
Francisco de Assis
Critica à dependência cultural,
política e econômica do pais desde
o “Descobrimento”
Cinema
Oduvaldo
Viana Filho
Augusto
Boal
Ferreira
Gullar
Eduardo
Coutinho
Carlos
Diegues
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“O Brasil é uma terra de amores,
Alcatifada de flores,
Onde a brisa fala amores,
Nas lindas tardes de abril.
Correi pras bandas do Sul.
Debaixo de um céu de anil,
Encontrareis um gigante deitado:
Santa Cruz, hoje o Brasil.
Mas um dia o gigante despertou
(ooaahhh!).
Deixou de ser gigante adormecido.
E dele um anão se levantou.
Era um país subdesenvolvido
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido
(bis)
E passado o período colonial,
O país passou a ser um bom quintal.
E depois de dada a conta a Portugal
Instalou-se o latifúndio nacional .. (Ai)
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido
Então o bravo brasileiro (iehéé),
Em perigos e guerras esforçados (iehéé),
Mais que prometia a força humana
Plantou couve, colheu banana.
Bravo esforço do povo brasileiro
Mandou vir capital lá do estrangeiro.
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido.
As nações do mundo para cá mandaram
Seus capitais tão desinteressados.
As nações coitadas só queriam ajudar, não
é?
Aquela ilha velha não roubou ninguém,
País de poucas terras só nos fez um bem
Um Big Ben
Um big ben , bom, bem, bom
Nos deu luz (ah)
Tirou ouro (oh)
Nos deu trem (ah)
Mas levou o nosso tesouro
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido
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Mas data houve em que se acabaram
os tempos duros e sofridos
Porque um dia aqui chegaram os
capitais dos países amigos.
País amigo, desenvolvido,
País amigo, país amigo,
Amigo do subdesenvolvido
País amigo, país amigo.
E os nossos amigos americanos
Com muita fé, com muita fé,
Nos deram dinheiro e nos plantamos
Só café, só café.
É uma terra em que se plantando tudo
dá.
Pode-se plantar tudo que quiser
Mas eles resolveram que nos devíamos
plantar
Só café, só café
Bento que bento o frade, frade.
Na boca do forno, forno.
Tirai um bolo, bolo
Fareis tudo que seu mestre mandar?
Faremos todos, faremos todos, faremos
todos.
Começaram a nos vender e nos comprar.
Comprar borracha, vender pneu.
Comprar minério, vender navio.
Pra nossa vela, vender pavio.
Só mandaram o que sobrou de lá:
Matéria plástica, que entusiástica,
Que coisa elástica, que coisa drástica,
Rock balada, filme de mocinho,
Ar refrigerado e chiclete de bola (pop)
E coca cola.
Subdesenvolvido, subdesenvolvido,
subdesenvolvido, subdesenvolvido.
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O povo brasileiro tem personalidade.
Não se impressiona com facilidade
Embora pense como americano
“Uuuuuuu, I’m going to kill that indian
before he kills me (pinim...)
Embora dance como americano
Ta-ta-ta-ta, ta-ta-ta-ta
Embora cante como americano
Eh boi, lá, lá, lá,
Eh roçado bão, lá, lá, lá,
O melhor do meu sertão, lá, lá, lá
Comeram o boi.
O povo brasileiro, embora pense, cante e
dance como americano
Não come como americano,
Não bebe como americano,
Vive menos, sofre mais
Isso é muito importante
Muito mais do que importante
Pois difere o brasileiro dos demais
Personalidade, personalidade,
personalidade sem igual,
Porém,
Subdesenvolvida, subdesenvolvida,
Essa é que é a vida nacional.”
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O Governo Jango
A sua abertura às organizações
sociais: as organizações populares e
trabalhadores ganharam espaço,
O seu apoio a sindicatos, e a
sargentos que apoiavam a tentativa
de sindicalização,
A não repressão às greves
O apoio às Ligas Camponesas de
Francisco Julião.
A sua proposta de aumento de 100%
no salario mínimo quando ministro
de Getulio,
A lei de remessa dos lucros do
capital estrangeiro
As Reformas de Base
O comício de 13 março
A subversão com apoio dos comunistas
O desejo de implantar uma ditadura
sindicalista no Brasil
A quebra da disciplina e da hierarquia
das Forças Armadas.
A preocupação entre setores
conservadores , empresários, banqueiros
e setores da Igreja Católica do estilo
populista do governo
O medo de alguns governadores de um
golpe de estado comunista
A preocupação do governo dos Estados
Unidos, juntamente com as classes
conservadoras brasileiras, de o Brasil
virar mais do que uma nova Cuba, uma
nova China
A marcha da Família com Deus pela
Liberdade
A favor
Contra
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Imaginem os leitores um menino caminhando para a
adolescência. As roupas que vestem seu corpo, cheio de vida,
aos poucos se tornam pequenas. Rebentam e os remendos
começam aparecer. Um remendo aqui, um remendo ali, nos
joelhos, no cotovelo, nos fundilhos. As roupas ficam
desajustadas. Desajuste é a inadaptação entre dois elementos
que deveriam coadunar-se. No caso do adolescente, a roupa e
seu corpo. Ou o adolescente troca de roupa ou, quando menos
espera, num movimento mais brusco, ficará nu e procurará
cobrir-se com qualquer pedaço de pano que lhe derem.
A vida social é o elemento dinâmico da realidade social. São as
potencialidades biológicas e psíquicas do grupo social em
contínua transformação, em incessante ação criadora, com sua
força de expansão demográfica, com suas características
psicológicas, com sua composição étnica, com suas aspirações
e ideais coletivos.
REFORMAS DE BASE
O PERIGO DA NUDEZ
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A vida social em expansão exerce continuamente pressão nas
estruturas. Daí os desajustes sociais. Os desajustes constituem o
chamado problema social. Começam a aparecer os remendos. Os
remendos serão tantos que ou a realidade social muda as suas
estruturas ou elas rebentam.
É o que acontece com o Brasil. O Brasil é um menino que
recebeu uma roupa bonitinha, ajustadinha de seus pais ou irmãos
mais velhos. Mas um menino que entra na adolescência. Um
menino que cresceu e que está com a roupa desajustada.
Começam aparecer os remendos sociais. Há remendo na
organização agrária, no sistema eleitoral, na organização
educacional, administrativa, bancária, urbana, etc. Todas as peças
de sua roupa já estão com remendo, inclusive suas peças íntimas.
Ou o Brasil troca de roupa ou, um dia, quando menos se espera,
os remendos não aguentarão mais e o Brasil ficará nu. Cobrir-se-á
com qualquer pedaço de pano que lhe derem.
Parece-me que há alguém remendando o Brasil com a mão
direita, tendo na esquerda um manto vermelho para cobri-lo, em
caso de necessidade,
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13 de março
comício pelas
reformas ou Comício
da Central, organizado
pela CGT
Reforma Agrária
» Decreto assinado naquele dia considerava como passíveis de desapropriação as terras
às margens de rodovias, ferrovias, açudes públicos federais e terras beneficiadas por
obras de saneamento da União. “Ainda não é a carta de alforria do camponês
abandonado”, disse Jango, prometendo avançar em uma das principais bandeiras de
governo.
Estatização de refinarias
» Jango anunciou a “encampação” das refinarias de petróleo privadas. “A partir
deste instante, as refinarias (...) passam a pertencer ao povo, passam a pertencer
ao patrimônio nacional.” Poucos dias depois, o presidente mirava a estatização das
companhias aéreas, quando foi deposto.
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19 de
março
Marcha da Família
com Deus pela
Liberdade.
Uma reação ao discurso do ex-
presidente João Goulart, na Central
do Brasil na semana anterior
Alguns setores da sociedade acreditavam
que o governo Jango caminhava para o
comunismo.
As Marchas contaram, em sua organização, com o
patrocínio e financiamento de empresários reunidos no
grupo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais - Ipês,
representantes da ala mais tradicional da Igreja Católica,
segmentos do conservadorismo político e grupos
femininos, como a Campanha da Mulher pela
Democracia do Rio de Janeiro, e União Cívica Feminina,
de São Paulo.
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Golpe de 31 de março de 1964 vitória do segundo projeto
30 de março :
discurso de Jango
no Automóvel
Clube do Rio
“Não admitirei o golpe
das reacionários”
31 de março: tropas
do General Olimpio
Mourão Filho( 4ª
região militar- MG)
movimentam-se
para o Rio
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Auro Moura de Andrade:
“Declaro vaga a presidência
da republica”
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1964/1969 – PERÍODO DE
INSTITUCIONALIZAÇÃO DA
NOVA ORDEM
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Atos
Ins
titu
cio
nais
Legitimação e legalização
das ações políticas dos
militares.
De 1964 a 1969 são
decretados 17 atos
institucionais
regulamentados por 104
atos complementares.
O governo divulgou que
seu objetivo era combater
a "corrupção e a
subversão”
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1964/1969 – PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
AI -1 – suspende a constituição
de 1946, organizações de base,
sindicatos, ligas camponesas,
UNE, centros acadêmicos),
cassação de direitos políticos de
centenas de pessoas
AI-2 – após as eleições dos
governadores, cassa JK (candidato
a presidente), prorroga Castelo
Branco até 67, não há mais
eleições diretas (presidente e
governador), bipartidarismo (Arena
e MDB)
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AI- 3 determinava eleições
indiretas para governadores e
nomeação dos prefeitos das
capitais.
AI-4 – Convocação do
Congresso Nacional para a
votação e promulgação do
projeto de Constituição, que
revogava definitivamente a
Constituição de 1946.
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Lutas com criatividade (encontros da
UNE)
Subversão, clandestinidade.
Festivais de música (tratado político)
Reação
estudantil
1966: IIº Festival da
Record – Disparada, de
Vandré
1966 : IIIº Festival da
Record – Roda Viva, de
Chico Buarque
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Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que
cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)
Roda Viva – Chico Buarque
arnaldolemos@uol.com.br
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Assassinato de
Martin Luther
King
Guerra do
Vietnam
Movimento
Hippie
Poder Negro
Revolução de
Maio de 68
Invasão
da Tchecoslováquia
Massacre de
estudantes
no México
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https://youtu.be/cbWc5tdWkQE
Meu depoimento
Parte do documentaio OS ANOS DE CHUMBO
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 No dia 29 de março, Edson Luís
foi velado na Assembleia
Legislativa, tendo o corpo
coberto pela bandeira do Brasil.
28 de março
1968
arnaldolemos@uol.com.br
Missa em Homenagem a Edson
Luís -
Ao término da missa, diante do cerco
da igreja pela polícia, os padres
puseram-se em frente às pessoas,
enfrentando três fileiras de policiais
empunhados com sabres. Formando
um cordão protetor, os clérigos deram-
se as mãos, conduzindo as pessoas da
igreja até a Avenida Rio Branco.
2 de abril
1968
arnaldolemos@uol.com.br
12 se abril- Capitão do exército
dos Estados Unidos, Charles
Chandler, acusado de ser agente
da CIA é morto por guerrilheiros
em São Paulo.
16 de abril Metalúrgicos
de Contagem, em Minas
Gerais entram em greve por
10 dias, por reajuste salarial
1º de maio - Governador de São
Paulo, Abreu Sodré é
apedrejado em palanque
na Praça da Sé por
trabalhadores contra a ditadura
militar.
1968
arnaldolemos@uol.com.br
A passeata dos 100 mil, 26 de junho
Pressionado por
Hélio Pellegrino, o
governador Negrão
de Lima deu a
autorização oficial
para que se
realizasse uma
passeata pacifica
no centro da
cidade.. Faziam
parte dos
intelectuais
liderados por Hélio
Pellegrino: Oscar
Niemeyer, Clarice
Lispector, Ferreira
Gullar, Nara Leão,
Ziraldo, Milton
Nascimento e
muitos outros.
Na foto: Tônia Carrero, Paulo Autran,
Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre entros.
1968
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A passeata dos 100 mil
1968
arnaldolemos@uol.com.br
18 de julho- Comando de
Caça ao Comunistas espanca
o elenco da peça ‘Roda Viva’
de Chico Buarque em São
Paulo
19 de julho Assembleia
Geral da CNBB no interior de
SP condena a falta de
liberdade de
expressão Brasil.
22 de julho - Sede
da Associação Brasileira de
Imprensa, no Rio de
Janeiro é alvo de atentado
a bomba
1968
arnaldolemos@uol.com.br
2 de setembro - Deputado
do MDB, Marcio Moreira
Alves faz discurso ofensivo
contra o governo militar no
Congresso .
29 de agosto - Líder
estudantil da UNB Honestino
Guimarães é preso dentro da
universidade, após invasão
das policias militar e federal
em Brasília.
1968
arnaldolemos@uol.com.br
A batalha da Maria Antônia, 03 de
outubro
1968
arnaldolemos@uol.com.br
A batalha da Maria Antônia, 3 de
outubro
O estudante secundarista José Guimarães após ser
baleado segundo algumas testemunhas, pelo atirador
Osni Ricardo, membro do CCC e informante da polícia.
/http://jeocaz
.wordpress.co
m/2008/10/2
4/brasil-1968-
do-tiro-no-
calabouco-ao-
ai-5
1968
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A batalha da Maria Antônia, 3 de
outubro
Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz
discurso
http://
acervo.
estadao
.com.br
/noticia
s/acerv
o,maria
-
antonia
-duas-
historia
s-no-
mesmo
-
angulo,
9305,0.
htm
1968
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Congresso de Ibiúna, 12 de
outubro
1968
arnaldolemos@uol.com.br
A repressão proporcionou
uma riqueza cultural
imensurável devido à
atmosfera de tensão vivida
pelo povo.
Sem outra opção, era
preciso encontrar uma
maneira de protestar através
da arte.
Dentre toda a produção musical do período ditatorial, “ Pra não
dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, foi um hino
de resistência ao regime militar.
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Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Pra Não Dizer Que Não Falei Das
FloresGe
rComposição: Geraldo Vandré aldo
Vandré
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Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)
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AI-5
13 de Dezembro- AI-5 é editado
pelo Congresso e sancionado pelo
presidente Costa e Silva, fechando o
Congresso Nacional gerando caos no país.
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AI-5
Recesso Parlamentar :
fechamento do Congresso
Plenos poderes para o
Presidente
arbitrariamente intervir
em estados e municípios
Prerrogativa presidencial:
suspender direitos
políticos e cassação de
mandatos
Ficava extinto, em caso de
crimes políticos ou contra
a economia, o habeas
corpus.
O presidente poderia
decretar, a qualquer
momento, estado de sitio,
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AI-5
Decreto 477
Lei da Segurança
Nacional
SNI (futuros
presidentes)
Ciex – DÓI-CODI
Cenimar
Cisa
Dops
200 mil dedos-duros
Oban
Esquadrão da Morte
Fleury
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1969/1973
O MILAGRE ECONÔMICO
OS ANOS DE CHUMBO
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1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
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Período de intenso crescimento
econômico e de grande
endividamento.
O PIB do Brasil cresceu acima de
10% ao ano, em média, apesar da
inflação, que oscilou entre 15% e
20% ao ano,
acentuação da desigualdade
social e aumento da pobreza,
com cerceamento às
liberdades individuais
associado à repressão
política
Grande concentração de renda,
com redução dos salários reais
1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
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1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
1970: Renda
50% = 14,91
30% = 22,85
15% = 27,38
05% = 34,86
Supermercados Shoppings
Indústria -------- mercadoria -------
consumidor
Repressão X euforia dos
consumidores
Ideologia Brasil, ame-o ou deixe-o
Ninguém segura este
país.
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Copa do Mundo
1970 Noventa milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo
o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Gol!
Somos milhões em ação
Pra frente Brasil, no meu coração
Todos juntos, vamos pra frente Brasil
Salve a seleção!!!
De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo
o Brasil deu a mão!
Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Todos juntos vamos pra frente Brasil!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Salve a seleção!
Pra Frente Brasil. Os Incriveis
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As praias do Brasil ensolaradas
O chão onde o país se elevou
A mão de Deus abençoou
Mulher que nasce aqui
Tem muito mais amor
O céu do meu Brasil tem mais estrelas
O sol do meu país mais esplendor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras
Vou plantar amor
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Meu coração é verde, amarelo, branco, azul,
anil
Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura a juventude do Brasil
As tardes do Brasil são mais douradas-
mulatas.
Brotam cheias de calor
A mão de Deus abençoou
Eu vou ficar aqui
Porque existe amor
No carnaval os povos querem vê-las
No colossal desfile multicor
A mão de Deus abençoou
Em terras brasileiras
Vou plantar amor
Adoro meu Brasil de madrugada
Na hora em que estou com meu amor
A mão de Deus abençoou
A minha amada vai comigo aonde eu for
As noites do Brasil, tem mais beleza
A hora chora de tristeza e dor
Porque a natureza sopra e ela vai-se embora
Enquanto eu planto o amors
Eu te amo, meu Brasil, Dom e Ravel
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Brasil Ilha de tranquilidade
3ª abertura dos
portos
petrodólares
Aumento da dívida externa
Construção de infra-
estrutura
Polo químico
da Bahia
Indústria de
base
Grandes
projetos
Transamazônica
Rio-Niteroi
Usinas
Energia Nuclear
Ferrovia do aço
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1969/1973 – OS ANOS DE CHUMBO
A expressão “anos de chumbo”
foi aplicada inicialmente a um
fenômeno da Europa Ocidental,
relacionado com a Guerra Fria e
com a estratégia de tensão.
Anos 70/80: anos marcados por
violência política, luta armada e
terrorismo de esquerda e de direita,
bem como pelo endurecimento do
aparato repressivo dos Estados
democráticos da Europa Ocidental.
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Anos de
Chumbo
do AI-5 em 13 de
dezembro de 1968 até o
final do governo Médici,
em março de 1974
Feroz combate entre a
extrema-esquerda de um
lado e, de outro, o aparelho
repressivo policial-militar do
Estado.
O governo é apoiado por
organizações paramilitares e
grandes empresas.
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Opções - 1. Estudar
2. Exílio
3. Luta armada
- urbana
- rural
Caça às bruxas
Universidade de
Brasília
USP
Federal do Rio
Colégio Vocacional
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Ação Libertadora Nacional(ALN)
Comando de Libertação Nacional (COLINA)
MNR
Movimento de Libertação Popular - Molipo
Movimento Revolucionario 8 de outubro (MR-8]
PCB
PC do B
Partido Comunista Brasileiro Revolucionario(PCBR)
Partido Operario Comunista(POC)
POLOP
Val-Palmares
Vanguarda Popular Revolucionaria(VPR, VAR-P ou VAR-PAL)
Organizações armadas contra o regime militar
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Principais movimentos de direita
Instituto de Pesquisa e Estudos Sociai(IPES)
Instituto Brasileiro de Ação Democratica(IBAD)
Campanha da Mulher pela Democracia(Camde) - financiada pelo IPES
União Cívica Feminina(UCF) - sob orientação do IPES
Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Adce) - ligada ao IPES
Movimento Anti-Comunista (MAC) - formado por universitários
Frente da Juventude Democratica - formada por estudantes
anticomunistas radicais
Comando de Caça aos Comunistas(CCC) - formado por estudantes
anticomunistas radicais
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Durante esse período, houve
"desaparecimento" e morte de
milhares de militantes,
políticos e estudantes de
esquerda.
A liberdade de imprensa, a de
expressão e a de manifestação
foram cerceadas.
Por outro lado, alguns
noticiários, como o Jornal
Nacional, tentavam transmitir a
imagem de um Brasil
democrático e retratavam o
evidente “desenvolvimento”
nacional.
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1969
Operação Bandeirante
(OBAN)
Sequestro do
Embaixador Americano
Esquadrão da Morte
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1969
Assassinato de
Marighela (ALN)
1970
Guerrilhas contra o regime militar espalham-se na
cidade e no campo
D.Paulo Evaristo Arns é nomeado Arcebispo de
São Paulo e abre um canal de denuncias contra a
ditadura
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Vendo circular pelas ruas os automóveis com o adesivo
“Brasil: ame-o ou deixe-o“, Chico Buarque se viu obrigado a
reagir com sua melhor arma: a música. E assim nasceu
“Apesar de você”:
A música foi adotada como hino de resistência aos militares
quando um jornal publicou uma notinha dizendo que “você”,
na verdade, era o general Médici.
Apesar De Você
Chico Buarque
Chamado para depor, Chico disse que a música era para uma
mulher muito mandona, mas não colou. A música foi proibida
de ser executada e todos os compactos recolhidos e
quebrados.
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Apesar De Você
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
(Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x
3
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão
Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
Você que inventou o pecado
Esqueceu-se de inventar o perdão
(Coro) Apesar de você
amanhã há de ser outro dia
Eu pergunto a você onde vai se
esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro
Você que inventou a tristeza
Ora tenha a fineza
de "desinventar"
Você vai pagar, e é dobrado,
Cada lágrima rolada
Nesse meu penar
(Coro2) Apesar de você
Amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver
O jardim florescer
Qual você não queria
Você vai se amargar
Vendo o dia raiar
Sem lhe pedir licença
E eu vou morrer de rir
E esse dia há de vir
antes do que você pensa
Apesar de você
(Coro3) Apesar de você
Amanhã há de ser outro
dia
Você vai ter que ver
A manhã renascer
E esbanjar poesia
Como vai se explicar
Vendo o céu clarear, de
repente,
Impunemente?
Como vai abafar
Nosso coro a cantar,
Na sua frente.
Apesar de você
(Coro4) Apesar de você
Amanhã há de ser outro
dia.
Você vai se dar mal, etc e
tal,
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"Cálice" é uma canção escrita e
interpretada por Chico Buarque e
Gilberto Gil em 1973.
Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil
Na canção percebe-se um
elaborado jogo de palavras para
despistar a censura da ditadura
militar. A palavra-título, por
exemplo, é cantado pelo coral que
acompanha o cantor de forma a
soar como um raivoso "Cale-se!".
A canção teve sua execução
proibida durante anos no Brasil.
Na versão, Milton Nascimento
canta os versos de Gil.
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Cálice
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
e Gilberto Gil
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de
sangue...(2x)
Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de sangue...
Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer
momento
Ver emergir
O monstro da lagoa...
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
De vinho tinto de
sangue...
De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálic
Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta...
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Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
Pai! Afasta de mim
esse cálice
De vinho tinto de
sangue...
De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade...
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálice
Pai! Afasta de mim esse
cálice
De vinho tinto de sangue...
Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cale-se!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cale-se!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cale-se!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cale-se!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cale-se!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cale-se!)
Me embriagar
Até que alguém me
esqueça
(Cale-se!)
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1973-1978 –A crise: o fim do “milagre”
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1973-1978 –A crise: o fim do milagre
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Crise externa A crise do petróleo
Crise interna
Esgotamento da capacidade de consumo da classe
média
Sobe o numero
de carnets
Fim da ilusão
Indústria
Queima de
estoque
Aumento
dos preços
Diminui a
capacidade
produtiva
ociosidade
desemprego
Nova força de
trabalho
subemprego
Caos social
marginalidade
polícia violência
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Classe Média
Deixa de
consumir
Questiona o
modelo
1974: voto na oposição
Governo Duas táticas
Crise política
Crise
econômica
Crise econômica
É preciso pagar
os juros e as
amortizações da
dívida externa
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Crise econômica
agricultura
Incentivar o latifúndio : “exportar é o que
importa”
incentivos fiscais: isenção de impostos
Mão de obra barata: “bóias-frias”
Destruição da pequena propriedade que
produzia alimentos para o mercado interno:
êxodo rural
Aumento do preço dos alimentos
Importação de alimentos: aumento da dívida
indústria Isenção de impostos
para exportação
Começa a faltar
dinheiro para o
Estado
Políticas sociais são
afetadas
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Crise econômica
solução
Fabricar dinheiro: inflação
Aumento de imposto da classe media:
Letras do Tesouro e ORTN para os ricos
comprarem. O rico só compra com juros
altos: aumenta a dívida interna
Temos que pagar a dívida externa e a dívida interna
solução
Emprestar mais para pagar juros da dívida
externa
Jogar mais letras do Tesouro no mercado
Círculo financeiro da
especulação
Cigarro.
Energia elétrica
Imposto de
renda
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Crise política
1970
Organização da
sociedade civil
Movimentos de reivindicação
Comunidades Eclesiais de
Base
Movimento “custo de vida”
Renascimento do movimento
estudantil
Sindicatos: ABC – novas
lideranças
Movimento dos camponeses
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Foros políticos
de debates
ABI
OAB
SBPC
IGREJA
Táticas do governo
76 - Lei
Falcão
77 – Pacote de
Abril
Fechamento
temporario do
Congresso
Senadores
Biônicos
Somente o curriculo
do candidato
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Crise política
A repressão se empenha para desarticular a guerrilha
urbana, prendendo, matando e torturando.
1971
1973
Golpe Militar no Chile: Pinochet
Anti-candidatura do Ulisses
1974
Derrota da Guerrilha do Araguaia
Eleição de senadores de oposição
MDB ganha 72% dos votos
Lamarca é asassinado no interior da Bahia
1972 Renascimento do movimento estudantil
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Intensificam-se os movimentos da
sociedade civil contra a ditadura –
Carta aos Brasileiros – Gofredo da Silva
Teles
1976 Terrorismo de direita
1975 Morte de Vladimir Herzog
O culto ecumenico foi a primeira
manifestação publica contra a ditadura
1977
Primeira Grave no ABC - Lula
Repudio á Ditadura e restabelecimento
imediato do Estado de Direito
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1979-1985: Abertura e transição
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Fim da década de 70. A pressão para uma abertura
democrática no Brasil vem de todas as formas, mas é
duramente reprimida.
Havia os exilados, os presos, os
torturados e o resto, que não
tinha armas com que lutar
contra o governo, embora
também não pudesse continuar
como estava.
Teotonio Vilela, o
menestrel de Alagoas
Comitê Brasileiro pela
Anistia
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Janeiro– Extinção do AI-5
Agosto – Lei da Anistia
1979
Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no
período compreendido entre 2 de
setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979,
cometeram crimes políticos ou conexos com estes.
§ 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste
artigo, os crimes de qualquer natureza relacionados
com crimes políticos ou praticados por motivação
política.
Crise Politica
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A Lei da Anistia foi sancionada no
mesmo ano de criação da música
“O Bêbado e a Equilibrista”, de João
Bosco e Aldir Blanc – (a utopia e a
esperança) que traz, em cada verso,
um pequeno pedaço de cada batalha.
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Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...
Que sonha com a volta
Do irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa Pátria
Mãe gentil
Choram Marias
E Clarisses
No solo do Brasil...Mas sei,
que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...
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Tô Voltando
Composição: Paulo César Pinheiro e
Maurício Tapajós
Pode ir armando o coreto
E preparando aquele feijão preto
Eu tô voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar
Muda a roupa de cama
Eu tô voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar
Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar
Porque eu tô voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador
Enche a casa de flor
Que eu tô voltando
Pega uma praia, aproveita, tá calor
Vai pegando uma cor
Que eu tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar porque eu tô voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som
Estréia uma camisola
Eu tô voltando
Dá folga pra empregada
Manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém
chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to
voltando!
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Novembro - Fim do bipartidarismo
Arena – PDS
MDB – PMDB
PTB
PDT
PP
1980 Fundação do PT
Sindicalistas
Intelectuais de esquerda
Reforma Politica
1979
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Segunda crise
internacional
Novo aumento do petróleo
Aumento do juros
internacionais
Baixam os preços de matéria prima e
produtos agrícolas
Aumentam os preços da tecnologia e
produtos industrializados
Daí – mais empréstimos – aumenta a dívida –
aumenta o latifúndio para exportar
Crise econômica
Setembro de
1982
O Banco do Brasil em Nova York declarou-se sem
fundo
FMI – cartas de intenções
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Atentados da direita
Crise Política
1981
Pacote eleitoral
Atentado do Rio Centro
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Vitoria da oposição:
1982
Crise Política
Montoro
Brizola
Tancredo
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1983 Fundação da
CUT
Rompimento com FMI
Autonomia Sindical
Liberdade de organização politica
Reforma Agrária
Direito de Greve
Eleições Diretas
1981 CONCLAT
Trabalhadores
1979
repressão às greves do
ABC
1982
Greves de inúmeras categorias de
trabalhadores
Morte de Santos Dias
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1984
Crise Política
https://youtu.be/1DE4ttIIgh0
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1985 Eleição de Tancredo Neves
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O final do governo militar de 1964
O fim da ditadura militar
Em 8 de maio de 1985, o Congresso Nacional aprovou emenda
constitucional que acabava com os últimos vestígios da ditadura.
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Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa
noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas
imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria
fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava
carnaval,
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa
noite vai se arrepiar
Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais
Num tempo página infeliz da nossa história,
passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia a nossa pátria mãe tão distraída
sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações
Seus filhos erravam cegos pelo continente,
levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz
Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval,
o carnaval, o carnaval
Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
e os pigmeus do boulevard
Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a
cantar
A evolução da liberdade até o dia clarear
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai que vida boa, ô lerê,
ai que vida boa, ô lará
O estandarte do sanatório geral... vai passar
Vai Passar
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque e Francis
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Para ilustrar os acontecimentos da Ditadura Militar,
veja os vídeos da TV Câmara, CONTOS DA
RESISTÊNCIA.
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Episódio 1: Estudantes e Igreja
O primeiro episódio de Contos da Resistência retrata a atuação de estudantes e da Igreja contra a ditadura militar.
Relatos emocionantes de presos políticos e vítimas do regime marcam o documentário.
Episódio 2: Congresso
O segundo episódio da série Contos da Resistência enfoca as relações políticas entre Congresso Nacional e governos
militares. O objetivo da série de documentários é esclarecer fatos políticos dos 20 anos de ditadura militar, iniciada em
março de 1964, explicar como se davam as ações de poder e dominação do governo central, e como o Congresso foi,
ao mesmo tempo, núcleo de resistência e caixa de ressonância dos desejos dos militares daquela época.
Episódio 3: Artes e Imprensa
Dando continuidade à série Contos da Resistência, o terceiro episódio trata da resistência nas artes e na imprensa no
período da ditadura militar que vai de 1968 a 1979. Este período foi marcado principalmente pelo anúncio do Ato
Institucional nº 5, o AI-5. Com ele se decretou a censura prévia em jornais, revistas, emissoras de TV e também nos
espetáculos culturais de música, teatro, entre outros.
Episódio 4: Movimento Sindical
O quarto episódio da série conta como operários e líderes sindicais da região do ABC Paulista resistiam à falta de
liberdade e se organizavam por melhores salários e condições de vida. O programa mostra a trajetória dos
metalúrgicos: da alienação política à campanha pelas eleições diretas em 1984 e como a batalha por melhores salários
resultou na luta pela redemocratização do Brasil. Histórias dramáticas e curiosas de operários anônimos e líderes
reconhecidos.
Acesse
http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?lnk=CONT
OS-DA-RESISTENCIA&selecao=MATDATA&programa=90
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Filmes sobre a Ditadura
Militar no Brasil
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Braços Cruzados,Maquinas Paradas, 1978, Roberto
Gervitz e Sergio Toledo
Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos
de São Paulo, o maior da América Latina, com 300.000
associados, e presidido por um "pelego", desde o golpe militar
de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves
operárias que iriam mudar o país.
Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa
envolvente, como funciona a estrutura sindical brasileira, de
inspiração fascista. É também o primeiro documentário de
longa-metragem sobre as chamadas "greves espontâneas",
ocorridas em São Paulo, 10 anos após a decretação do AI-5.
Tais greves, que culminaram em um amplo movimento social
que traria de volta a democracia ao país, estão na base dos
acontecimentos que levaram à eleição do primeiro presidente
operário da América Latina
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ABC da Greve,1979, Leon Hisrsman
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista,
acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil
metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de
vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela
greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma
intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando numeroso
contingente policial, o governo inicia uma grande operação de
repressão. Sem espaço para realizar suas assembléias, os
trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias,
patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o
movimento sindical nunca mais foi o mesmo
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Linha de Montagem,1981, Renato Tapajós
Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São
Bernardo do Campo entre os anos de 1978 e 1981, quando
se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região,
desafiando a repressão do final da ditadura militar.
Radiografa-se a cidade no calor da grande efervescência das
assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários
decidiam os novos rumos do movimento. As greves de 1979 e
1980 levaram à intervenção federal no Sindicato dos
Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva,
processados com base na Lei de Segurança Nacional
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Eles não usam black-tie, 1981, Leon Hirszman.
Um operário engravida a namorada e resolve se casar.
Paralelamente, inicia-se um movimento grevista na empresa
onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O personagem
resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua decisão
provoca enorme conflito com seu pai.
Pra Frente Brasil,1982, Roberto Farias
Em 1970 o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção de futebol
no México, enquanto prisioneiros políticos são torturados nos
porões da ditadura militar e inocentes são vítimas desta
violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de
uma família quando um dos seus integrantes, um pacato
trabalhador da classe média, é confundido com um ativista
político e "desaparece".
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Nunca Fomos tão felizes, 1984, Murilo Sales
Nunca Fomos Tão Felizes conta a história da
relação de um filho com seu pai, um homem desconhecido
e misterioso. O filme começa com o pai voltando ao colégio
onde deixou o filho interno durante oito anos, sem lhe
escrever uma carta, sem lhe dar um telefonema. Ele pouco
sabe sobre a vida do pai, um militamte politico perseguido
pela policia do regime .Ambos vão para o Rio de Janeiro,
numa viagem atribulada, onde o pai diz: quanto menos
você souber sobre mim, melhor para você. Ele instala o
filho em um apartamento na Av. Atlântica de frente para o
mar, lhe entrega uma soma de dinheiro, e diz para o filho
se virar com isso. No dia seguinte desaparece novamente.
Nunca Fomos Tão Felizes é a história da descoberta do pai,
de quem é esse pai. Um filme em ritmo de thriller que
mobiliza o espectador. Um filme emocionante. Um marco
do moderno cinema brasileiro
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Jango,1984, Silvio Tendler
Coletânea de filmes, fotos, documentários e entrevistas
sobre a carreira política de João Goulart. Do tempo em
que era Ministro do Trabalho de Vargas à sua morte no
exílio.
Cabra marcado para morrer,1984, Nelson
Coutinho
O diretor rodava um filme sobre o Nordeste brasileiro,
quando estourou o golpe de 1964. Retomou o projeto em
1981, retornando aos mesmos lugares e entrevistando as
mesmas pessoas, para verificar o que tinha ocorrido com
elas
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Em nome da segurança Nacional, 1984, Renato
Tapajós
A gravação das declarações do Tribunal Tiradentes, tribunal
simulado que julgou e condenou a Lei de Segurança Nacional,
uma medida legal de repressão emitido durante a ditadura
militar no Brasil, na década de 1960, que praticamente aboliu
direitos civis e da democracia, em nome da segurança nacional .
Terra para Rose,1987, Tetê de Morais
A partir da história de Rose, uma gaúcha sem-terra, este
documentário fala das 1.500 famílias que ocuparam a improdutiva
Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após regime
militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST) no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no
acampamento.
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Que bom te ver viva, 1989, Lucia Murat
Sobre a tortura no país. Registro das experiências de oito ex-
prisioneiras políticas sobre a tortura que sofreram durante a
ditadura militar.
A morte a donzela,1994, EUA, Roman Polanski
Em um país sul-americano após a queda da ditadura Paulina
Escobar (Sigourney Weaver), a mulher de Gerardo Escobar (Stuart
Wilson), um famoso advogado, fica sabendo no rádio que Gerardo
deverá chefiar as investigações das mortes ocorridas no regime
militar. Quando Gerardo chega ela o vê acompanhado de um
estranho que o socorreu na estrada, mas quando o desconhecido
retorna à casa ela o identifica pela voz como sendo Roberto Miranda
(Ben Kingsley), o homem que a torturou e a estuprou quando ela
fazia militância política. Paulina decide então "julgá-lo" ali mesmo,
apesar dos protestos do marido, que considera sua atitude
precipitada além do fato do acusado alegar inocência.
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Amazonia em chamas,1994, John
Frankenheimer
The Burning Season (Amazônia em Chamas e um filme produzido em
1994, originalmente para televisão pela rede HBO, sobre a vida do
seringueiro Chico Mendes. O papel principal é interpretado pelo
ator Raul Julia em sua penúltima atuação O filme foi rodado
no Mexico. Não houve nenhuma relação da produção com o Brasil,
exceto pela presença de Sonia Braga (interpretando a última
companheira de Chico). Os demais atores eram todos hispânicos, e o
filme é falado em inglês e espanhol.
Lamarca, 1994, Sergio Rezende
Sobre o militar e guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71) que, em
1969, entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária, abandonou
um quartel em São Paulo e instalou um foco guerrilheiro no Vale do
Ribeira (SP). Em 1970 comandou o seqüestro do embaixador suíço no
Rio de janeiro; foi morto em 17/09/1971 pelo exército no sertão da
Bahia
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15 Filhos, 1995, Maria de Oliveira, Marta Nehring
O documentário "15 filhos", de Maria Oliveira e Marta Nehring,
retrata a época da ditadura militar no Brasil por meio da memória de
infância dos filhos de militantes presos, mortos ou desaparecidos.
Esses depoimentos, dentre os quais se incluem os das diretoras do
vídeo, mostram um ângulo pouco conhecido da violência política no
Brasil.
O que é isso companheiro,1997, Bruno Barreto
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro
e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em
dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que
o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa
e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta
armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8
elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados
Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram
torturados nos porões da ditadura.
arnaldolemos@uol.com.br
Ação entre amigos,1998, Beto Brant
Em 1971, Miguel (Rodrigo Brassalto), Paulo (Heberson Hoerbe), Elói (Sérgio Cavalcante)
e Osvaldo (Douglas Simon) participaram da luta armada contra a ditadura militar e
acabaram sendo presos quando tentavam assaltar um banco. Eles foram barbaramente
torturados, sendo que Lúcia (Melina Athís), a namorada de Miguel que estava grávida,
morreu quando seus algozes colocaram nela uma "coroa de cristo" até estourar seu
cérebro. Vinte e cinco anos depois, os quatro amigos ainda se vêem e quando vão para
uma pescaria Miguel (Zecarlos Machado) mostra aos amigos uma foto de um encontro
político em São Paulo, afirmando que uma das pessoas fotografadas foi Correia
(Leonardo Villar), o homem que os torturou por meses. Inicialmente Paulo (Carlos
Meceni), Elói (Cacá Amaral) e Osvaldo (Genésio de Barros) contestam a afirmação do
amigo, pois oficialmente Correia morreu, mas a verdade é que ninguém viu o corpo e
três anos depois a viúva de Correia faleceu de câncer e, algum tempo depois, os restos
mortais dela foram transferidos para outro cemitério. Como não consta o nome de quem
fez o pedido, Miguel acredita que tenha sido Correia. Na cidade eles confirmam que o
corpo está lá, assim procuram um local de apostas, pois o torturador deles era um
viciado em qualquer tipo de jogo, e o acabam encontrando em uma rinha de galos. Os
quatro armam uma emboscada e seqüestram Correia, que inicialmente nega tudo, mas
após receber de Miguel um tiro na perna admite ser o torturador, mas revela algo
inimaginável: ele só os prendeu pelo simples fato de que entre eles existia um delator.
arnaldolemos@uol.com.br
Dois córregos, 1999, Carlos Reinchenbach
No início do filme, uma mulher lembra de sua adolescência quando
vai ver sua propriedade em Dois Corregos. Reichenbach une três
mulheres diferentes que convivem com um homem que está
escondido por perseguição no período da ditadura
Sonho de Rose, 2000, Tetê de Morais
Dez anos após o filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro
com personagens da ocupação da Fazenda Annoni. O documentário
acompanha a trajetória dos agricultores sem-terra, narra os
resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos
de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária.
arnaldolemos@uol.com.br
Golpe de 64 – 2000, A procissão está nas ruas,
Mauro Lima
Março de 1964. Os olhos do mundo estão voltados para o
Brasil. Num planeta dividido entre dois blocos antagônicos é
cada vez mais difícil manter-se independente. Esquerda ou
direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução,
infelizmente, não será democrática. Neste cenário fervilhante, o
processo político se radicaliza a cada dia. O fatídico mês avança
e a temperatura se eleva. Os comícios reúnem centenas de
milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que
nunca. Nos gabinetes, conspira-se. haverá golpe? Haverá
contra-golpe? Os americanos estão de prontidão? Não há mais
tempo para planejar. É preciso agir. E rápido. Os tanques já
estão nas ruas. Prepare-se para reviver um dia de cão e de
chumbo: 31 de março de 64.
arnaldolemos@uol.com.br
Marighella, retrato de um guerrilheiro,2001, Silvio
Tendler
O documentário conta a história, as polêmicas, as vitórias e
derrotas de Carlos Marighella, um dos líderes da luta armada
contra a ditadura militar no Brasil. Autor do “Manual do
Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Açao Çlibertadora Nacional,
primeiro movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme
no ano em que completaria 90 anos.
Tempo de resistência,2003, André Ristum
Baseado no livro “Tempo de Resistência” de Leopoldo Paulino, o
documentário homônimo é o mais completo sobre a luta do povo
brasileiro contra a ditadura militar. A partir do depoimento de
pessoas diretamente envolvidas na resistência à ditadura, e
impactantes imagens de arquivos, Tempo de Resistência revela a
História deste longo e nebuloso período, que se estendeu por 21
anos, resgatando a memória do nosso país. Embalado pelas
músicas de Chico Buarque, Francis Hime e Geraldo Vandré entre
outras
arnaldolemos@uol.com.br
Barra 68- sem perder a ternura, 2001, Vladimir de Carvalho
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade
Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os
acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada
pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de
64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou estigmatizada pela
repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro,
foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi ocupada por tropas militares e
quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se demitiu em protesto
célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento
deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de
Brasília assistiram aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas
procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos
numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos
com a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação
do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e
histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época,
uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
arnaldolemos@uol.com.br
Vale a pena sonhar,2003, Rudi Böhm, Stela Grisotti
Vale a pena sonhar os sonhos e utopias de uma geração de homens e
mulheres que dedicaram suas vidass à luta pela justiça, liberdade e
democracia, tendo como fio condutor a historia de Apolonio de Carvalho.
Sua luta, sem fronteiras, junto aos republicanos na Guerra
Civil Espanhola, na Resistencia Francesa contra o nazismo e no combate
à ditadura militar no Brasil nos anos 60, assim como fatos da vida
cotidiana e da familia do militante de esquerda e que assina a ficha
numero 11 de filiação do PT.
Paula, a historia de uma subversiva,2003, Francisco
Ramalho
O retorno de uma exilada política ao Brasil faz com que antigo líder
estudantil recorde seu passado de lutas contra o regime militar. Por
ironia do destino, quando sua filha é sequestrada, é obrigado a pedir
ajuda a um delegado de polícia que torturou sua namorada.
arnaldolemos@uol.com.br
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Pra frente, Brasil (1983, Brasil, direção: Roberto Farias) –
Sobre a ditadura militar brasileira nos anos 1970. Um cidadão
comum é tomado por guerrilheiro, é preso e torturado.
Ambientado durante a Copa do Mundo de 70, denuncia a
repressão para-militar do período
Lamarca (1994, Brasil, direção: Sérgio Resende) – Sobre
o militar e guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71) que, em
1969, entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária,
abandonou um quartel em São Paulo e instalou um foco
guerrilheiro no Vale do Ribeira (SP). Em 1970 comandou o
seqüestro do embaixador suíço no Rio de janeiro; foi
morto em 17/09/1971 pelo exército no sertão da Bahia.
Cabra marcado para morrer (1984, Brasil, direção:
Eduardo Coutinho) – O diretor rodava um filme sobre o
Nordeste brasileiro, quando estourou o golpe de 1964.
Retomou o projeto em 1981, retornando aos mesmos lugares
e entrevistando as mesmas pessoas, para verificar o que
tinha ocorrido com elas
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Que bom te ver viva (1989, Brasil, direção: Lúcia Murat) – Sobre
a tortura no país. Registro das experiências de oito ex-
prisioneiras políticas sobre a tortura que sofreram durante a
ditadura militar.
Zuzu Angel (2006, Brasil, direção: Sérgio Rezende) – sobre Zuleika
Angel Jones (conhecida como Zuzu Angel), estilista conhecida
internacionalmente, que a partir de 1971 passou a procurar seu
filho Stuart Angel Jones, um militante do movimento MR-8 que foi
preso, torturado e assassinado nas dependências dos órgãos de
repressão do Brasil, que negavam o fato e não apresentaram seu
corpo.
Araguaya A conspiração do silêncio– A conspiração do
silêncio (2004, Brasil, direção: Ronaldo Duque) – Uma tentativa de
retratar a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início da década de
1970 por militantes do PCdoB. Importante para tomar contato com
aspectos do período da ditadura militar brasileira. Os documentos
oficiais referentes a este episódio ainda não foram divulgados e
nem os restos mortais de 59 guerrilheiros não foram localizados.
105 min.
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Batismo de Sangue (2005, Brasil, direção: Helvécio Ratton) – Com
base na obra de Frei Betto, este filme – que se passa durante os
anos de chumbo – trata mais do dominicano Frei Tito (e de outros
quatro frades) do que do próprio período militar. Mas é importante
para que se tenha consciência da tortura (choques, pau-de-arara,
prisão incomunicável e outras) implantada no país. 110
“Golpe de 64” - de Fernando Morais Março de 1964. Os olhos do mundo
estão voltados para o Brasil. Num planeta dividido entre dois blocos
antagônicos é cada vez mais difícil manter-se independente. Esquerda ou
direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução, infelizmente, não será
democrática. Neste cenário fervilhante, o processo político se radicaliza a cada
dia. O fatídico mês avança e a temperatura se eleva. Os comícios reúnem
centenas de milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que
nunca. Nos gabinetes, conspira-se. haverá golpe? Haverá contra-golpe? Os
americanos estão de prontidão? Não há mais tempo para planejar. É preciso
agir. E rápido. Os tanques já estão nas ruas. Prepare-se para reviver um dia de
cão e de chumbo: 31 de março de 64.
arnaldolemos@uol.com.br
Marighella - Retrato Falado do Guerrilheiro" de Silvio Tendler
Conta a história, as polêmicas, as vitórias e derrotas de Carlos Marighella, um
dos líderes da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Autor do "Manual
do Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Ação Libertadora Nacional, primeiro
movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme no ano em que
completaria 90 anos.
"O que é isso companheiro?" de Bruno Barreto
Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns
anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato
Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com
a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a
luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um
plano para seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por
prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.
Ato de Fé – Angelo Rampazzo, 2004 - O filme narra fatos já bem
conhecidos da luta armada contra a ditadura na voz de alguns de
seus personagens. Os depoimentos dominam o documentário,
sobretudo sobre as torturas sofiridas pelos freis dominicanos e sua
relação com Carlos Marighela.
arnaldolemos@uol.com.br
Vlado - 30 Anos Depois”de João Batista de Andrade
No dia 25 de outubro de 1975 o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se
despede da mulher Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão
política do regime militar, para um depoimento. Vlado nem imaginava que nunca mais
voltaria para casa. Naquele fatídico dia ele seria morto. Segundo fonte oficial, teria se
suicidado na prisão. Neste documentário o diretor João Batista de Andrade ouve
depoimentos de amigos, familiares, colegas que viveram com Vlado a história, a
amplitude das perseguições dos anos de chumbo, a trajetória do jornalista, desde sua
infância até sua posse como Diretor de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo e a
perseguição a ele iniciada naquele momento. Com depoimentos de Clarice Herzog,
José Mindlin, Ruy Ohtake, Dom Paulo Evaristo Arns, Henry Sobel, Fernando Morais,
Paulo Markun, João Bosco, Aldir Blanc, Alberto Dines, Diléia Frate, Mino Carta, Rose
Nogueira.
O ano em que meus pais saíram de férias" de Cao Hamburguer
1970. O Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior preocupação
na vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a ditadura militar que
impera no país: seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De
repente, ele é separado dos pais e obrigado a se adaptar a uma "estranha" e divertida
comunidade - o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus e italianos entre
outras culturas. Uma história emocionante de superação e solidariedade.
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“Barra 68 – Sem perder a ternura” de Vladimir Carvalho
A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade
Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64
até os acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente
marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o
golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou
estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade,
criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi
ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que
voluntariamente se demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro
longos anos e em l968, com o movimento deflagrado em reação ao assassinato de
Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre
estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios
religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes
no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de
parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5.
Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias
mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época, uma
memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
arnaldolemos@uol.com.br
Hércules 56" de Silvio Da-Rin
Em 1969, em plena ditadura no Brasil, duas organizações revolucionárias
raptaram o embaixador americano Charles Elbrick e exigiram a libertação de
quinze presos políticos, levados ao México no avião Hércules, prefixo 56. Neste
documentário, os nove remanescentes do grupo e cinco membros da
organização responsáveis pelo seqüestro discutem as causas e conseqüências
da luta armada contra o regime militar.
O homem que virou suco (1980, Brasil, direção: João Batista de
Andrade) – Trata sobre migração e marginalidade urbana no Brasil no
período. Um cantor de cordel é confundido pela polícia com um operário que
esfaqueou o patrão
Jânio a 24 quadros (1981, Brasil, direção: Luiz Alberto Ferreira) – A
vida política do ex-presidente, mas com pouca profundidade na
análise histórica.
Jango (1984, Brasil, direção: Sílvio Tendler) – Coletânea de filmes,
fotos, documentários e entrevistas sobre a carreira política de João
Goulart. Do tempo em que era Ministro do Trabalho de Vargas à sua
morte no exílio.
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Linha de Montagem (Rento Tapajós, 1982)
Os peões (Eduardo Coutinho, 2004)
Eles não usam Black-tie (Leon Hirszman,1981)
Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São Bernardo do Campo entre os
anos de 1978 e 1981, quando se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região,
desafiando a repressão do final da ditadura militar. Radiografa-se a cidade no calor da
grande efervescência das assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários
decidiam os novos rumos do movimento. As greves de 1979 e 1980 levaram à intervenção
federal no Sindicato dos Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva,
processados com base na Lei de Segurança Nacional.
Documentário sobre a história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC
paulista que tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em
relativo anonimato. Eles falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos
caminhos que suas vidas trilharam desde então. Exibem souvenirs das greves, recordam os
sofrimentos e recompensas do trabalho nas fábricas, comentam o efeito da militância política no
âmbito familiar, dão sua visão pessoal de Lula e dos rumos do país. O filme foi rodado no
período final da campanha presidencial de 2002.
Um operário engravida a namorada e resolve se casar. Paralelamente, inicia-se um
movimento grevista na empresa onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O
personagem resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua decisão provoca
enorme conflito com seu pai.
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Abc da Greve (Leon Hirszman, 1979)
O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do
movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida.
Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo
militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando
numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem
espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja.
Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical
nunca mais foi o mesmo
Braços Cruzados, Máquinas Paradas, de Roberto Gervitz, Sérgio Toledo,
São Paulo, 1978. Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São
Paulo, o maior da América Latina, com 300.000 associados, e presidido por um "pelego",
desde o golpe militar de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves
operárias que iriam mudar o país.
Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa envolvente, como funciona a
estrutura sindical brasileira, de inspiração fascista. É também o primeiro documentário
de longa-metragem sobre as chamadas "greves espontâneas", ocorridas em São Paulo,
10 anos após a decretação do AI-5. Tais greves, que culminaram em um amplo
movimento social que traria de volta a democracia ao país, estão na base dos
acontecimentos que levaram à eleição do primeiro presidente operário da América Latina.
arnaldolemos@uol.com.br
Pixote – A lei do mais fraco (1980, Brasil, direção: Hector Babenco) – Sobre
menores abandonados no Brasil no período após 64. Menores fogem de um
reformatório e passam a viver com uma prostituta. Um retrato dos menores
abandonados das grandes cidades brasileiras
Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977, Brasil, direção: Hector
Babenco) – Sobre um marginal consciente que, pouco antes de morrer,
revelou certos aspectos da corrupção policial. Trata da história de um bandido
que exerceu certo fascínio sobre faixas da população carioca nos anos 70.
Amazônia em Chamas (The Burning Season; 1994, EUA, direção:
John Frankenheimer) – Uma visão de Hollywood sobre fatos que marcaram
a vida de Chico Mendes (1944-88), o famoso sindicalista e ambientalista de
Xapuri (AC
Quase dois irmãos, de Lúcia Murat
Miguel é um senador que decide reencontrar Jorge, um antigo amigo de infância
e atualmente poderoso traficante de drogas do Rio de Janeiro, para negociar um
projeto social nas favelas. De origens diferentes, eles se tornaram amigos na
década de 1950. Nos anos 70, reencontraram-se na prisão de Ilha Grande, onde
os brancos eram prisioneiros políticos e os negros, criminosos comuns.
arnaldolemos@uol.com.br
Terra para Rose (1987, Brasil, direção: Tetê Morares) – A partir da história de
Rose, uma gaúcha sem-terra, este documentário fala das 1.500 famílias que
ocuparam a improdutiva Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após
regime militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no acampamento.
O Sonho de Rose (2.000, Brasil, direção: Tetê Morares) – Dez anos após o
filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro com personagens da ocupação da
Fazenda Annoni. O documentário acompanha a trajetória dos agricultores sem-
terra, narra os resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos
filhos de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária.
Os anos JK – Silvio Tendler - 1954: suicídio de Getúlio Vargas. 1955: crise
política ameaça a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek. 1956: JK
assume a presidência. Promete democracia e desenvolvimento. Supera crises e
crises. Começa a construção de Brasília. Brasil muda de tom. 1960: JK inaugura
Brasília. 1961: JK dá posse a seu sucesso Jânio Quadros. Sete meses depois
Jânio renuncia. Crise. 1964: Golpe Militar instaura ditadura. JK é cassado. Dez
anos de história. Muitas crises. O governo JK é um exercício de democracia. O
Brasil ferve. Os anos JK. Ver para não esquecer. Margarida de Prata, CNBB
Festival de Gramado - Melhor Montagem, Prêmio Especial do Júri, Associação
Paulista de Críticos de Arte - Melhor Montagem
arnaldolemos@uol.com.br
“Companheiras” - 2010- direção Breno Queirós – vídeo produzido
por um grupo de concluintes do curso de Jornalismo da Puc-Campinas.
Depoimentos de companheiras de presos políticos que foram assassinados
pela ditadura militar.
Mataram meu irmão (Brasil / Dir. Cristiano Burlan). O filme
reconstitui a morte de Rafael Burlan, assassinado com sete
tiros em 2001. A busca por contar a história do assassinato do
irmão do diretor do documentário conduz ao coração de um
círculo de violência em torno dos bairros da periferia de São
Paulo, como o Capão Redondo. A trajetória de Rafael é
contada a partir da memória de parentes e pessoas que
conviveram com ele.
Em busca de Iara (Brasil / Dir. Flavio Frederico). O filme resgata
a vida da guerrilheira Iara Iavelberg a partir da investigação
pessoal da sobrinha da guerrilheira, Mariana. É a história de uma
mulher culta e bela que optou engajar-se na luta armada contra a
ditadura. Foi companheira do ex-capitão Carlos Lamarca e um dos
alvos mais procurados pela repressão. O filme desmonta a versão
oficial do regime que atribuiu sua morte, em 1971, a um suicídio.
arnaldolemos@uol.com.br
Duas Histórias (Brasil / Dir. Angela Zoe). Documentário sobre a
trajetória de dois militantes na luta contra a ditadura militar. A
primeira história narra a fuga do Brasil para o Chile da
militante Irles Carvalho, que vivia na clandestinidade com seu
filho, Daniel. A segunda história é de Marco Antônio Meyer,
militante estudantil, preso, torturado e depois trocado pelo
embaixador alemão. O documentário contou com o apoio do
projeto Marcas da Memória, da Comissão da Anistia.
Setenta (Brasil / Dir. Emilia Silveira) Na década de 70 no
Brasil, em pleno regime militar, um grupo de 70 presos
políticos de diferentes organizações é enviado ao Chile em
troca da libertação do embaixador suíço. O documentário
Setenta reencontra esses personagens 40 anos depois do
banimento. Quem são eles? Como eles veem o passado?
Que sonhos têm para o futuro? Como sobreviveram e como
vivem?
arnaldolemos@uol.com.br
Repare Bem
O filme, eleito o melhor longa estrangeiro do Festival de Cinema de
Gramado, foi gravado no Brasil, Itália e Holanda, entre janeiro e outubro
de 2011, resgatando a trajetória da família de Denise Crispim, sua filha
Eduarda Ditta Crispim Leite e seu ex-companheiro Eduardo Leite, o
"Bacuri", torturado por 109 dias e assassinado pelos militares. Os relatos
e personagens da trama desvelam os aspectos mais cruéis desse
período da história brasileira, em um documentário que contribui para os
crescentes debates sobre o resgate da memória no Brasil e a reparação
das famílias brutalizadas pelo Estado.
arnaldolemos@uol.com.br
Em busca de Iara (Brasil / Dir. Flavio Frederico). O filme resgata a vida
da guerrilheira Iara Iavelberg a partir da investigação pessoal da
sobrinha da guerrilheira, Mariana. É a história de uma mulher culta e
bela que optou engajar-se na luta armada contra a ditadura. Foi
companheira do ex-capitão Carlos Lamarca e um dos alvos mais
procurados pela repressão. O filme desmonta a versão oficial do
regime que atribuiu sua morte, em 1971, a um suicídio.
Terça (1/10) – 16h – Ponto Cine
Duas Histórias (Brasil / Dir. Angela Zoe). Documentário sobre a
trajetória de dois militantes na luta contra a ditadura militar. A
primeira história narra a fuga do Brasil para o Chile da militante Irles
Carvalho, que vivia na clandestinidade com seu filho, Daniel. A
segunda história é de Marco Antônio Meyer, militante estudantil,
preso, torturado e depois trocado pelo embaixador alemão. O
documentário contou com o apoio do projeto Marcas da Memória, da
Comissão da Anistia.
Segunda (30/9) – 21h – Armazém da Utopia
Setenta (Brasil / Dir. Emilia Silveira) Na década de 70 no Brasil, em
pleno regime militar, um grupo de 70 presos políticos de diferentes
organizações é enviado ao Chile em troca da libertação do embaixador
suíço. O documentário Setenta reencontra esses personagens 40 anos
depois do banimento. Quem são eles? Como eles veem o passado? Que
sonhos têm para o futuro? Como sobreviveram e como vivem?

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  • 1. arnaldolemos@uol.com.br 1964/2014 – 50 ANOS DO GOLPE MILITAR: CONTEXTO E IMPACTOS
  • 2. arnaldolemos@uol.com.br “Ali onde os historiadores tentam se defrontar com um período para o qual existem testemunhas oculares vivas, dois conceitos de história bem diferentes se chocam ou, no melhor dos casos, completam-se mutuamente; a acadêmica e a existencial, o arquivo e a memória pessoal. Pois todo mundo é historiador de sua própria vida passada consciente, na medida em que elabora uma versão pessoal dela: um historiador nada confiável, sob a maioria dos pontos de vista, como bem sabem todos os que se aventuraram pela “história oral”. Mas um historiador cuja contribuição é essencial” (Eric Hobsbawn, A era dos impérios)_ “Por ser mero protagonista secundário do momento histórico, tornei-me mais testemunha do que ator, e, se ator,, irrelevante, o que me deu condição de ver como observador menor. Justamente aquele que tem menos compromisso com as técnicas de mascaramento e de maquilação da narrativa. Aquele que, por ser menos, acaba compreendendo mais porque compreende na perspectiva da margem, que é mais abrangente” (José de Sousa Martins, A Sociologia como aventura)
  • 3. arnaldolemos@uol.com.br I 1964/1969 PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM Castelo Branco(1964-1967) Costa e Silva (1967-1969 II 1969/1974 – O MILAGRE ECONÔMICO OS ANOS DE CHUMBO Médici 1969/1974 III 1973/1979 - A CRISE – O FIM DO MILAGRE A ABERTURA Geisel (1974-1978) IV 1979- 1984 - ABERTURA E TRANSIÇÃO Figueiredo (1979-1985) ETAPAS DA DITADURA MILITAR ANTECEDENTES O governo Jango (1961-1964) A noite do Golpe
  • 4. arnaldolemos@uol.com.br ANTECEDENTES DECADA DE 60 Debate entre dois projetos políticos que começou no governo Getulio Projeto Nacional- Desenvolvimentista Projeto Desenvolvimentista Mundo Guerra Fria Guerra do Vietnam (1955/1975) Revolução Cubana (1959) Brasil Renuncia de Jânio Quadros (1961) Jango Goulart (1961-1964)
  • 5. arnaldolemos@uol.com.br Projeto Nacional- Desenvolvimentista Projeto Desenvolvimentista O DEBATE SOBRE O DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO modernização conservadora alinhamento aos interesses norte- americanos repressão a participação popular. desenvolvimento autônomo e soberano do país Papel do Estado
  • 6. arnaldolemos@uol.com.br Projeto Nacional- Desenvolvimentista População Distribuição de Renda 50% 30% 15% 5% 17,91% 27,92% 26,66% 27,69% 80% dos consumidores salários Mercadoria de bens não duráveis sindicatos greves alimentos Para isso: lei - eleições - partidos Pequenas propriedades
  • 7. arnaldolemos@uol.com.br Projeto Desenvolvimentista 20% dos consumidores Modernização do país 2ª abertura dos portos Brasília Indústria automobilística JK Mercado exterior Latifúndio exportação mecanização
  • 8. arnaldolemos@uol.com.br Para isso Ideologia do automóvel Estradas de rodagem Dinheiro do Estado Emissão Empréstimo externo Inflação Aumento da dívida 20% dos consumidores Aumentar o salário da classe media Achatar o salário dos 80% Imobilizar politicamente os 80%
  • 9. arnaldolemos@uol.com.br Projetos  Aliados ideológicos do 1º projeto  80%  CGT  Sindicatos  Trabalhadores  Movimentos Sociais  ISEB  UNE – AP  FMP  Aliados ideológicos da 2º projeto  Classe média e alta (20%)  Adeptos da ordem e segurança  Forças Armadas (ESG)  Anticomunistas  Povo: inimigo interno  IBAD  IPES
  • 10. arnaldolemos@uol.com.br UNE CPC (Centro Popular de Cultura) Teatro Música Canção do Subdesenvolvido, Carlos Lira e Francisco de Assis Critica à dependência cultural, política e econômica do pais desde o “Descobrimento” Cinema Oduvaldo Viana Filho Augusto Boal Ferreira Gullar Eduardo Coutinho Carlos Diegues
  • 11. arnaldolemos@uol.com.br “O Brasil é uma terra de amores, Alcatifada de flores, Onde a brisa fala amores, Nas lindas tardes de abril. Correi pras bandas do Sul. Debaixo de um céu de anil, Encontrareis um gigante deitado: Santa Cruz, hoje o Brasil. Mas um dia o gigante despertou (ooaahhh!). Deixou de ser gigante adormecido. E dele um anão se levantou. Era um país subdesenvolvido Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido (bis) E passado o período colonial, O país passou a ser um bom quintal. E depois de dada a conta a Portugal Instalou-se o latifúndio nacional .. (Ai) Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido Então o bravo brasileiro (iehéé), Em perigos e guerras esforçados (iehéé), Mais que prometia a força humana Plantou couve, colheu banana. Bravo esforço do povo brasileiro Mandou vir capital lá do estrangeiro. Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido. As nações do mundo para cá mandaram Seus capitais tão desinteressados. As nações coitadas só queriam ajudar, não é? Aquela ilha velha não roubou ninguém, País de poucas terras só nos fez um bem Um Big Ben Um big ben , bom, bem, bom Nos deu luz (ah) Tirou ouro (oh) Nos deu trem (ah) Mas levou o nosso tesouro Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido
  • 12. arnaldolemos@uol.com.br Mas data houve em que se acabaram os tempos duros e sofridos Porque um dia aqui chegaram os capitais dos países amigos. País amigo, desenvolvido, País amigo, país amigo, Amigo do subdesenvolvido País amigo, país amigo. E os nossos amigos americanos Com muita fé, com muita fé, Nos deram dinheiro e nos plantamos Só café, só café. É uma terra em que se plantando tudo dá. Pode-se plantar tudo que quiser Mas eles resolveram que nos devíamos plantar Só café, só café Bento que bento o frade, frade. Na boca do forno, forno. Tirai um bolo, bolo Fareis tudo que seu mestre mandar? Faremos todos, faremos todos, faremos todos. Começaram a nos vender e nos comprar. Comprar borracha, vender pneu. Comprar minério, vender navio. Pra nossa vela, vender pavio. Só mandaram o que sobrou de lá: Matéria plástica, que entusiástica, Que coisa elástica, que coisa drástica, Rock balada, filme de mocinho, Ar refrigerado e chiclete de bola (pop) E coca cola. Subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido, subdesenvolvido.
  • 13. arnaldolemos@uol.com.br O povo brasileiro tem personalidade. Não se impressiona com facilidade Embora pense como americano “Uuuuuuu, I’m going to kill that indian before he kills me (pinim...) Embora dance como americano Ta-ta-ta-ta, ta-ta-ta-ta Embora cante como americano Eh boi, lá, lá, lá, Eh roçado bão, lá, lá, lá, O melhor do meu sertão, lá, lá, lá Comeram o boi. O povo brasileiro, embora pense, cante e dance como americano Não come como americano, Não bebe como americano, Vive menos, sofre mais Isso é muito importante Muito mais do que importante Pois difere o brasileiro dos demais Personalidade, personalidade, personalidade sem igual, Porém, Subdesenvolvida, subdesenvolvida, Essa é que é a vida nacional.”
  • 14. arnaldolemos@uol.com.br O Governo Jango A sua abertura às organizações sociais: as organizações populares e trabalhadores ganharam espaço, O seu apoio a sindicatos, e a sargentos que apoiavam a tentativa de sindicalização, A não repressão às greves O apoio às Ligas Camponesas de Francisco Julião. A sua proposta de aumento de 100% no salario mínimo quando ministro de Getulio, A lei de remessa dos lucros do capital estrangeiro As Reformas de Base O comício de 13 março A subversão com apoio dos comunistas O desejo de implantar uma ditadura sindicalista no Brasil A quebra da disciplina e da hierarquia das Forças Armadas. A preocupação entre setores conservadores , empresários, banqueiros e setores da Igreja Católica do estilo populista do governo O medo de alguns governadores de um golpe de estado comunista A preocupação do governo dos Estados Unidos, juntamente com as classes conservadoras brasileiras, de o Brasil virar mais do que uma nova Cuba, uma nova China A marcha da Família com Deus pela Liberdade A favor Contra
  • 15. arnaldolemos@uol.com.br Imaginem os leitores um menino caminhando para a adolescência. As roupas que vestem seu corpo, cheio de vida, aos poucos se tornam pequenas. Rebentam e os remendos começam aparecer. Um remendo aqui, um remendo ali, nos joelhos, no cotovelo, nos fundilhos. As roupas ficam desajustadas. Desajuste é a inadaptação entre dois elementos que deveriam coadunar-se. No caso do adolescente, a roupa e seu corpo. Ou o adolescente troca de roupa ou, quando menos espera, num movimento mais brusco, ficará nu e procurará cobrir-se com qualquer pedaço de pano que lhe derem. A vida social é o elemento dinâmico da realidade social. São as potencialidades biológicas e psíquicas do grupo social em contínua transformação, em incessante ação criadora, com sua força de expansão demográfica, com suas características psicológicas, com sua composição étnica, com suas aspirações e ideais coletivos. REFORMAS DE BASE O PERIGO DA NUDEZ
  • 16. arnaldolemos@uol.com.br A vida social em expansão exerce continuamente pressão nas estruturas. Daí os desajustes sociais. Os desajustes constituem o chamado problema social. Começam a aparecer os remendos. Os remendos serão tantos que ou a realidade social muda as suas estruturas ou elas rebentam. É o que acontece com o Brasil. O Brasil é um menino que recebeu uma roupa bonitinha, ajustadinha de seus pais ou irmãos mais velhos. Mas um menino que entra na adolescência. Um menino que cresceu e que está com a roupa desajustada. Começam aparecer os remendos sociais. Há remendo na organização agrária, no sistema eleitoral, na organização educacional, administrativa, bancária, urbana, etc. Todas as peças de sua roupa já estão com remendo, inclusive suas peças íntimas. Ou o Brasil troca de roupa ou, um dia, quando menos se espera, os remendos não aguentarão mais e o Brasil ficará nu. Cobrir-se-á com qualquer pedaço de pano que lhe derem. Parece-me que há alguém remendando o Brasil com a mão direita, tendo na esquerda um manto vermelho para cobri-lo, em caso de necessidade,
  • 17. arnaldolemos@uol.com.br 13 de março comício pelas reformas ou Comício da Central, organizado pela CGT Reforma Agrária » Decreto assinado naquele dia considerava como passíveis de desapropriação as terras às margens de rodovias, ferrovias, açudes públicos federais e terras beneficiadas por obras de saneamento da União. “Ainda não é a carta de alforria do camponês abandonado”, disse Jango, prometendo avançar em uma das principais bandeiras de governo. Estatização de refinarias » Jango anunciou a “encampação” das refinarias de petróleo privadas. “A partir deste instante, as refinarias (...) passam a pertencer ao povo, passam a pertencer ao patrimônio nacional.” Poucos dias depois, o presidente mirava a estatização das companhias aéreas, quando foi deposto.
  • 18. arnaldolemos@uol.com.br 19 de março Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Uma reação ao discurso do ex- presidente João Goulart, na Central do Brasil na semana anterior Alguns setores da sociedade acreditavam que o governo Jango caminhava para o comunismo. As Marchas contaram, em sua organização, com o patrocínio e financiamento de empresários reunidos no grupo Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais - Ipês, representantes da ala mais tradicional da Igreja Católica, segmentos do conservadorismo político e grupos femininos, como a Campanha da Mulher pela Democracia do Rio de Janeiro, e União Cívica Feminina, de São Paulo.
  • 19. arnaldolemos@uol.com.br Golpe de 31 de março de 1964 vitória do segundo projeto 30 de março : discurso de Jango no Automóvel Clube do Rio “Não admitirei o golpe das reacionários” 31 de março: tropas do General Olimpio Mourão Filho( 4ª região militar- MG) movimentam-se para o Rio
  • 20. arnaldolemos@uol.com.br Auro Moura de Andrade: “Declaro vaga a presidência da republica”
  • 21. arnaldolemos@uol.com.br 1964/1969 – PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM
  • 22. arnaldolemos@uol.com.br Atos Ins titu cio nais Legitimação e legalização das ações políticas dos militares. De 1964 a 1969 são decretados 17 atos institucionais regulamentados por 104 atos complementares. O governo divulgou que seu objetivo era combater a "corrupção e a subversão”
  • 23. arnaldolemos@uol.com.br 1964/1969 – PERÍODO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DA NOVA ORDEM AI -1 – suspende a constituição de 1946, organizações de base, sindicatos, ligas camponesas, UNE, centros acadêmicos), cassação de direitos políticos de centenas de pessoas AI-2 – após as eleições dos governadores, cassa JK (candidato a presidente), prorroga Castelo Branco até 67, não há mais eleições diretas (presidente e governador), bipartidarismo (Arena e MDB)
  • 24. arnaldolemos@uol.com.br AI- 3 determinava eleições indiretas para governadores e nomeação dos prefeitos das capitais. AI-4 – Convocação do Congresso Nacional para a votação e promulgação do projeto de Constituição, que revogava definitivamente a Constituição de 1946.
  • 25. arnaldolemos@uol.com.br Lutas com criatividade (encontros da UNE) Subversão, clandestinidade. Festivais de música (tratado político) Reação estudantil 1966: IIº Festival da Record – Disparada, de Vandré 1966 : IIIº Festival da Record – Roda Viva, de Chico Buarque
  • 26. arnaldolemos@uol.com.br Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu... A gente quer ter voz ativa No nosso destino mandar Mas eis que chega a roda viva E carrega o destino prá lá ... Roda mundo, roda gigante Roda moinho, roda pião O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração... A gente vai contra a corrente Até não poder resistir Na volta do barco é que sente O quanto deixou de cumprir Faz tempo que a gente cultiva A mais linda roseira que há Mas eis que chega a roda viva E carrega a roseira prá lá... Roda mundo, roda gigante Roda moinho, roda pião O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração... A roda da saia mulata Não quer mais rodar não senhor Não posso fazer serenata A roda de samba acabou... A gente toma a iniciativa Viola na rua a cantar Mas eis que chega a roda viva E carrega a viola prá lá... Roda mundo, roda gigante Roda moinho, roda pião O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração... O samba, a viola, a roseira Que um dia a fogueira queimou Foi tudo ilusão passageira Que a brisa primeira levou... No peito a saudade cativa Faz força pro tempo parar Mas eis que chega a roda viva E carrega a saudade prá lá ... Roda mundo, roda gigante Roda moinho, roda pião O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração...(4x) Roda Viva – Chico Buarque
  • 28. arnaldolemos@uol.com.br Assassinato de Martin Luther King Guerra do Vietnam Movimento Hippie Poder Negro Revolução de Maio de 68 Invasão da Tchecoslováquia Massacre de estudantes no México
  • 31. arnaldolemos@uol.com.br  No dia 29 de março, Edson Luís foi velado na Assembleia Legislativa, tendo o corpo coberto pela bandeira do Brasil. 28 de março 1968
  • 32. arnaldolemos@uol.com.br Missa em Homenagem a Edson Luís - Ao término da missa, diante do cerco da igreja pela polícia, os padres puseram-se em frente às pessoas, enfrentando três fileiras de policiais empunhados com sabres. Formando um cordão protetor, os clérigos deram- se as mãos, conduzindo as pessoas da igreja até a Avenida Rio Branco. 2 de abril 1968
  • 33. arnaldolemos@uol.com.br 12 se abril- Capitão do exército dos Estados Unidos, Charles Chandler, acusado de ser agente da CIA é morto por guerrilheiros em São Paulo. 16 de abril Metalúrgicos de Contagem, em Minas Gerais entram em greve por 10 dias, por reajuste salarial 1º de maio - Governador de São Paulo, Abreu Sodré é apedrejado em palanque na Praça da Sé por trabalhadores contra a ditadura militar. 1968
  • 34. arnaldolemos@uol.com.br A passeata dos 100 mil, 26 de junho Pressionado por Hélio Pellegrino, o governador Negrão de Lima deu a autorização oficial para que se realizasse uma passeata pacifica no centro da cidade.. Faziam parte dos intelectuais liderados por Hélio Pellegrino: Oscar Niemeyer, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Nara Leão, Ziraldo, Milton Nascimento e muitos outros. Na foto: Tônia Carrero, Paulo Autran, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre entros. 1968
  • 36. arnaldolemos@uol.com.br 18 de julho- Comando de Caça ao Comunistas espanca o elenco da peça ‘Roda Viva’ de Chico Buarque em São Paulo 19 de julho Assembleia Geral da CNBB no interior de SP condena a falta de liberdade de expressão Brasil. 22 de julho - Sede da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro é alvo de atentado a bomba 1968
  • 37. arnaldolemos@uol.com.br 2 de setembro - Deputado do MDB, Marcio Moreira Alves faz discurso ofensivo contra o governo militar no Congresso . 29 de agosto - Líder estudantil da UNB Honestino Guimarães é preso dentro da universidade, após invasão das policias militar e federal em Brasília. 1968
  • 38. arnaldolemos@uol.com.br A batalha da Maria Antônia, 03 de outubro 1968
  • 39. arnaldolemos@uol.com.br A batalha da Maria Antônia, 3 de outubro O estudante secundarista José Guimarães após ser baleado segundo algumas testemunhas, pelo atirador Osni Ricardo, membro do CCC e informante da polícia. /http://jeocaz .wordpress.co m/2008/10/2 4/brasil-1968- do-tiro-no- calabouco-ao- ai-5 1968
  • 40. arnaldolemos@uol.com.br A batalha da Maria Antônia, 3 de outubro Durante a passeata, José Dirceu, presidente da UEE, faz discurso http:// acervo. estadao .com.br /noticia s/acerv o,maria - antonia -duas- historia s-no- mesmo - angulo, 9305,0. htm 1968
  • 42. arnaldolemos@uol.com.br A repressão proporcionou uma riqueza cultural imensurável devido à atmosfera de tensão vivida pelo povo. Sem outra opção, era preciso encontrar uma maneira de protestar através da arte. Dentre toda a produção musical do período ditatorial, “ Pra não dizer que não falei de flores”, de Geraldo Vandré, foi um hino de resistência ao regime militar.
  • 43. arnaldolemos@uol.com.br Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas Campos, construções Caminhando e cantando E seguindo a canção... Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer...(2x) Pelos campos há fome Em grandes plantações Pelas ruas marchando Indecisos cordões Ainda fazem da flor Seu mais forte refrão E acreditam nas flores Vencendo o canhão... Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer...(2x) Pra Não Dizer Que Não Falei Das FloresGe rComposição: Geraldo Vandré aldo Vandré
  • 44. arnaldolemos@uol.com.br Há soldados armados Amados ou não Quase todos perdidos De armas na mão Nos quartéis lhes ensinam Uma antiga lição: De morrer pela pátria E viver sem razão... Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer...(2x) Nas escolas, nas ruas Campos, construções Somos todos soldados Armados ou não Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não... Os amores na mente As flores no chão A certeza na frente A história na mão Caminhando e cantando E seguindo a canção Aprendendo e ensinando Uma nova lição... Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer...(4x)
  • 45. arnaldolemos@uol.com.br AI-5 13 de Dezembro- AI-5 é editado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Costa e Silva, fechando o Congresso Nacional gerando caos no país.
  • 46. arnaldolemos@uol.com.br AI-5 Recesso Parlamentar : fechamento do Congresso Plenos poderes para o Presidente arbitrariamente intervir em estados e municípios Prerrogativa presidencial: suspender direitos políticos e cassação de mandatos Ficava extinto, em caso de crimes políticos ou contra a economia, o habeas corpus. O presidente poderia decretar, a qualquer momento, estado de sitio,
  • 47. arnaldolemos@uol.com.br AI-5 Decreto 477 Lei da Segurança Nacional SNI (futuros presidentes) Ciex – DÓI-CODI Cenimar Cisa Dops 200 mil dedos-duros Oban Esquadrão da Morte Fleury
  • 50. arnaldolemos@uol.com.br Período de intenso crescimento econômico e de grande endividamento. O PIB do Brasil cresceu acima de 10% ao ano, em média, apesar da inflação, que oscilou entre 15% e 20% ao ano, acentuação da desigualdade social e aumento da pobreza, com cerceamento às liberdades individuais associado à repressão política Grande concentração de renda, com redução dos salários reais 1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO
  • 51. arnaldolemos@uol.com.br 1969/1973 – O MILAGRE ECONÔMICO 1970: Renda 50% = 14,91 30% = 22,85 15% = 27,38 05% = 34,86 Supermercados Shoppings Indústria -------- mercadoria ------- consumidor Repressão X euforia dos consumidores Ideologia Brasil, ame-o ou deixe-o Ninguém segura este país.
  • 52. arnaldolemos@uol.com.br Copa do Mundo 1970 Noventa milhões em ação Pra frente Brasil, no meu coração Todos juntos, vamos pra frente Brasil Salve a seleção!!! De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão! Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração! Todos juntos vamos pra frente Brasil! Salve a seleção! Todos juntos vamos pra frente Brasil! Salve a seleção! Gol! Somos milhões em ação Pra frente Brasil, no meu coração Todos juntos, vamos pra frente Brasil Salve a seleção!!! De repente é aquela corrente pra frente, parece que todo o Brasil deu a mão! Todos ligados na mesma emoção, tudo é um só coração! Todos juntos vamos pra frente Brasil! Salve a seleção! Todos juntos vamos pra frente Brasil! Salve a seleção! Salve a seleção! Salve a seleção! Salve a seleção! Pra Frente Brasil. Os Incriveis
  • 53. arnaldolemos@uol.com.br As praias do Brasil ensolaradas O chão onde o país se elevou A mão de Deus abençoou Mulher que nasce aqui Tem muito mais amor O céu do meu Brasil tem mais estrelas O sol do meu país mais esplendor A mão de Deus abençoou Em terras brasileiras Vou plantar amor Eu te amo meu Brasil, eu te amo Meu coração é verde, amarelo, branco, azul, anil Eu te amo meu Brasil, eu te amo Ninguém segura a juventude do Brasil As tardes do Brasil são mais douradas- mulatas. Brotam cheias de calor A mão de Deus abençoou Eu vou ficar aqui Porque existe amor No carnaval os povos querem vê-las No colossal desfile multicor A mão de Deus abençoou Em terras brasileiras Vou plantar amor Adoro meu Brasil de madrugada Na hora em que estou com meu amor A mão de Deus abençoou A minha amada vai comigo aonde eu for As noites do Brasil, tem mais beleza A hora chora de tristeza e dor Porque a natureza sopra e ela vai-se embora Enquanto eu planto o amors Eu te amo, meu Brasil, Dom e Ravel
  • 54. arnaldolemos@uol.com.br Brasil Ilha de tranquilidade 3ª abertura dos portos petrodólares Aumento da dívida externa Construção de infra- estrutura Polo químico da Bahia Indústria de base Grandes projetos Transamazônica Rio-Niteroi Usinas Energia Nuclear Ferrovia do aço
  • 55. arnaldolemos@uol.com.br 1969/1973 – OS ANOS DE CHUMBO A expressão “anos de chumbo” foi aplicada inicialmente a um fenômeno da Europa Ocidental, relacionado com a Guerra Fria e com a estratégia de tensão. Anos 70/80: anos marcados por violência política, luta armada e terrorismo de esquerda e de direita, bem como pelo endurecimento do aparato repressivo dos Estados democráticos da Europa Ocidental.
  • 56. arnaldolemos@uol.com.br Anos de Chumbo do AI-5 em 13 de dezembro de 1968 até o final do governo Médici, em março de 1974 Feroz combate entre a extrema-esquerda de um lado e, de outro, o aparelho repressivo policial-militar do Estado. O governo é apoiado por organizações paramilitares e grandes empresas.
  • 57. arnaldolemos@uol.com.br Opções - 1. Estudar 2. Exílio 3. Luta armada - urbana - rural Caça às bruxas Universidade de Brasília USP Federal do Rio Colégio Vocacional
  • 58. arnaldolemos@uol.com.br Ação Libertadora Nacional(ALN) Comando de Libertação Nacional (COLINA) MNR Movimento de Libertação Popular - Molipo Movimento Revolucionario 8 de outubro (MR-8] PCB PC do B Partido Comunista Brasileiro Revolucionario(PCBR) Partido Operario Comunista(POC) POLOP Val-Palmares Vanguarda Popular Revolucionaria(VPR, VAR-P ou VAR-PAL) Organizações armadas contra o regime militar
  • 59. arnaldolemos@uol.com.br Principais movimentos de direita Instituto de Pesquisa e Estudos Sociai(IPES) Instituto Brasileiro de Ação Democratica(IBAD) Campanha da Mulher pela Democracia(Camde) - financiada pelo IPES União Cívica Feminina(UCF) - sob orientação do IPES Associação dos Dirigentes Cristãos de Empresas (Adce) - ligada ao IPES Movimento Anti-Comunista (MAC) - formado por universitários Frente da Juventude Democratica - formada por estudantes anticomunistas radicais Comando de Caça aos Comunistas(CCC) - formado por estudantes anticomunistas radicais
  • 60. arnaldolemos@uol.com.br Durante esse período, houve "desaparecimento" e morte de milhares de militantes, políticos e estudantes de esquerda. A liberdade de imprensa, a de expressão e a de manifestação foram cerceadas. Por outro lado, alguns noticiários, como o Jornal Nacional, tentavam transmitir a imagem de um Brasil democrático e retratavam o evidente “desenvolvimento” nacional.
  • 62. arnaldolemos@uol.com.br 1969 Assassinato de Marighela (ALN) 1970 Guerrilhas contra o regime militar espalham-se na cidade e no campo D.Paulo Evaristo Arns é nomeado Arcebispo de São Paulo e abre um canal de denuncias contra a ditadura
  • 63. arnaldolemos@uol.com.br Vendo circular pelas ruas os automóveis com o adesivo “Brasil: ame-o ou deixe-o“, Chico Buarque se viu obrigado a reagir com sua melhor arma: a música. E assim nasceu “Apesar de você”: A música foi adotada como hino de resistência aos militares quando um jornal publicou uma notinha dizendo que “você”, na verdade, era o general Médici. Apesar De Você Chico Buarque Chamado para depor, Chico disse que a música era para uma mulher muito mandona, mas não colou. A música foi proibida de ser executada e todos os compactos recolhidos e quebrados.
  • 64. arnaldolemos@uol.com.br Apesar De Você Chico Buarque Composição: Chico Buarque (Crescendo) Amanhã vai ser outro dia x 3 Hoje você é quem manda Falou, tá falado Não tem discussão, não. A minha gente hoje anda Falando de lado e olhando pro chão Viu? Você que inventou esse Estado Inventou de inventar Toda escuridão Você que inventou o pecado Esqueceu-se de inventar o perdão (Coro) Apesar de você amanhã há de ser outro dia Eu pergunto a você onde vai se esconder Da enorme euforia? Como vai proibir Quando o galo insistir em cantar? Água nova brotando E a gente se amando sem parar Quando chegar o momento Esse meu sofrimento Vou cobrar com juros. Juro! Todo esse amor reprimido, Esse grito contido, Esse samba no escuro Você que inventou a tristeza Ora tenha a fineza de "desinventar" Você vai pagar, e é dobrado, Cada lágrima rolada Nesse meu penar (Coro2) Apesar de você Amanhã há de ser outro dia. Ainda pago pra ver O jardim florescer Qual você não queria Você vai se amargar Vendo o dia raiar Sem lhe pedir licença E eu vou morrer de rir E esse dia há de vir antes do que você pensa Apesar de você (Coro3) Apesar de você Amanhã há de ser outro dia Você vai ter que ver A manhã renascer E esbanjar poesia Como vai se explicar Vendo o céu clarear, de repente, Impunemente? Como vai abafar Nosso coro a cantar, Na sua frente. Apesar de você (Coro4) Apesar de você Amanhã há de ser outro dia. Você vai se dar mal, etc e tal,
  • 65. arnaldolemos@uol.com.br "Cálice" é uma canção escrita e interpretada por Chico Buarque e Gilberto Gil em 1973. Cálice – Chico Buarque e Gilberto Gil Na canção percebe-se um elaborado jogo de palavras para despistar a censura da ditadura militar. A palavra-título, por exemplo, é cantado pelo coral que acompanha o cantor de forma a soar como um raivoso "Cale-se!". A canção teve sua execução proibida durante anos no Brasil. Na versão, Milton Nascimento canta os versos de Gil.
  • 66. arnaldolemos@uol.com.br Cálice Chico Buarque Composição: Chico Buarque e Gilberto Gil Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue...(2x) Como beber Dessa bebida amarga Tragar a dor Engolir a labuta Mesmo calada a boca Resta o peito Silêncio na cidade Não se escuta De que me vale Ser filho da santa Melhor seria Ser filho da outra Outra realidade Menos morta Tanta mentira Tanta força bruta... Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue... Como é difícil Acordar calado Se na calada da noite Eu me dano Quero lançar Um grito desumano Que é uma maneira De ser escutado Esse silêncio todo Me atordoa Atordoado Eu permaneço atento Na arquibancada Prá a qualquer momento Ver emergir O monstro da lagoa... Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue... De muito gorda A porca já não anda (Cálice!) De muito usada A faca já não corta Como é difícil Pai, abrir a porta Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálic Como beber Dessa bebida amarga Tragar a dor Engolir a labuta Mesmo calada a boca Resta o peito Silêncio na cidade Não se escuta De que me vale Ser filho da santa Melhor seria Ser filho da outra Outra realidade Menos morta Tanta mentira Tanta força bruta...
  • 67. arnaldolemos@uol.com.br Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue... De muito gorda A porca já não anda (Cálice!) De muito usada A faca já não corta Como é difícil Pai, abrir a porta (Cálice!) Essa palavra Presa na garganta Esse pileque Homérico no mundo De que adianta Ter boa vontade Mesmo calado o peito Resta a cuca Dos bêbados Do centro da cidade... Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice Pai! Afasta de mim esse cálice De vinho tinto de sangue... Talvez o mundo Não seja pequeno (Cale-se!) Nem seja a vida Um fato consumado (Cale-se!) Quero inventar O meu próprio pecado (Cale-se!) Quero morrer Do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!) Quero perder de vez Tua cabeça (Cale-se!) Minha cabeça Perder teu juízo (Cale-se!) Quero cheirar fumaça De óleo diesel (Cale-se!) Me embriagar Até que alguém me esqueça (Cale-se!)
  • 70. arnaldolemos@uol.com.br Crise externa A crise do petróleo Crise interna Esgotamento da capacidade de consumo da classe média Sobe o numero de carnets Fim da ilusão Indústria Queima de estoque Aumento dos preços Diminui a capacidade produtiva ociosidade desemprego Nova força de trabalho subemprego Caos social marginalidade polícia violência
  • 71. arnaldolemos@uol.com.br Classe Média Deixa de consumir Questiona o modelo 1974: voto na oposição Governo Duas táticas Crise política Crise econômica Crise econômica É preciso pagar os juros e as amortizações da dívida externa
  • 72. arnaldolemos@uol.com.br Crise econômica agricultura Incentivar o latifúndio : “exportar é o que importa” incentivos fiscais: isenção de impostos Mão de obra barata: “bóias-frias” Destruição da pequena propriedade que produzia alimentos para o mercado interno: êxodo rural Aumento do preço dos alimentos Importação de alimentos: aumento da dívida indústria Isenção de impostos para exportação Começa a faltar dinheiro para o Estado Políticas sociais são afetadas
  • 73. arnaldolemos@uol.com.br Crise econômica solução Fabricar dinheiro: inflação Aumento de imposto da classe media: Letras do Tesouro e ORTN para os ricos comprarem. O rico só compra com juros altos: aumenta a dívida interna Temos que pagar a dívida externa e a dívida interna solução Emprestar mais para pagar juros da dívida externa Jogar mais letras do Tesouro no mercado Círculo financeiro da especulação Cigarro. Energia elétrica Imposto de renda
  • 74. arnaldolemos@uol.com.br Crise política 1970 Organização da sociedade civil Movimentos de reivindicação Comunidades Eclesiais de Base Movimento “custo de vida” Renascimento do movimento estudantil Sindicatos: ABC – novas lideranças Movimento dos camponeses
  • 75. arnaldolemos@uol.com.br Foros políticos de debates ABI OAB SBPC IGREJA Táticas do governo 76 - Lei Falcão 77 – Pacote de Abril Fechamento temporario do Congresso Senadores Biônicos Somente o curriculo do candidato
  • 76. arnaldolemos@uol.com.br Crise política A repressão se empenha para desarticular a guerrilha urbana, prendendo, matando e torturando. 1971 1973 Golpe Militar no Chile: Pinochet Anti-candidatura do Ulisses 1974 Derrota da Guerrilha do Araguaia Eleição de senadores de oposição MDB ganha 72% dos votos Lamarca é asassinado no interior da Bahia 1972 Renascimento do movimento estudantil
  • 77. arnaldolemos@uol.com.br Intensificam-se os movimentos da sociedade civil contra a ditadura – Carta aos Brasileiros – Gofredo da Silva Teles 1976 Terrorismo de direita 1975 Morte de Vladimir Herzog O culto ecumenico foi a primeira manifestação publica contra a ditadura 1977 Primeira Grave no ABC - Lula Repudio á Ditadura e restabelecimento imediato do Estado de Direito
  • 79. arnaldolemos@uol.com.br Fim da década de 70. A pressão para uma abertura democrática no Brasil vem de todas as formas, mas é duramente reprimida. Havia os exilados, os presos, os torturados e o resto, que não tinha armas com que lutar contra o governo, embora também não pudesse continuar como estava. Teotonio Vilela, o menestrel de Alagoas Comitê Brasileiro pela Anistia
  • 80. arnaldolemos@uol.com.br Janeiro– Extinção do AI-5 Agosto – Lei da Anistia 1979 Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexos com estes. § 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste artigo, os crimes de qualquer natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política. Crise Politica
  • 81. arnaldolemos@uol.com.br A Lei da Anistia foi sancionada no mesmo ano de criação da música “O Bêbado e a Equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc – (a utopia e a esperança) que traz, em cada verso, um pequeno pedaço de cada batalha.
  • 82. arnaldolemos@uol.com.br Caía a tarde feito um viaduto E um bêbado trajando luto Me lembrou Carlitos... A lua Tal qual a dona do bordel Pedia a cada estrela fria Um brilho de aluguel E nuvens! Lá no mata-borrão do céu Chupavam manchas torturadas Que sufoco! Louco! O bêbado com chapéu-coco Fazia irreverências mil Prá noite do Brasil. Meu Brasil!... Que sonha com a volta Do irmão do Henfil. Com tanta gente que partiu Num rabo de foguete Chora! A nossa Pátria Mãe gentil Choram Marias E Clarisses No solo do Brasil...Mas sei, que uma dor Assim pungente Não há de ser inutilmente A esperança... Dança na corda bamba De sombrinha E em cada passo Dessa linha Pode se machucar... Azar! A esperança equilibrista Sabe que o show De todo artista Tem que continuar...
  • 83. arnaldolemos@uol.com.br Tô Voltando Composição: Paulo César Pinheiro e Maurício Tapajós Pode ir armando o coreto E preparando aquele feijão preto Eu tô voltando Põe meia dúzia de Brahma pra gelar Muda a roupa de cama Eu tô voltando Leva o chinelo pra sala de jantar Que é lá mesmo que a mala eu vou largar Quero te abraçar, pode se perfumar Porque eu tô voltando Dá uma geral, faz um bom defumador Enche a casa de flor Que eu tô voltando Pega uma praia, aproveita, tá calor Vai pegando uma cor Que eu tô voltando Faz um cabelo bonito pra eu notar Que eu só quero mesmo é despentear Quero te agarrar Pode se preparar porque eu tô voltando Põe pra tocar na vitrola aquele som Estréia uma camisola Eu tô voltando Dá folga pra empregada Manda a criançada pra casa da avó Que eu to voltando Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar Telefone não deixa nem tocar Quero lá, lá, lá, ia, porque eu to voltando!
  • 84. arnaldolemos@uol.com.br Novembro - Fim do bipartidarismo Arena – PDS MDB – PMDB PTB PDT PP 1980 Fundação do PT Sindicalistas Intelectuais de esquerda Reforma Politica 1979
  • 85. arnaldolemos@uol.com.br Segunda crise internacional Novo aumento do petróleo Aumento do juros internacionais Baixam os preços de matéria prima e produtos agrícolas Aumentam os preços da tecnologia e produtos industrializados Daí – mais empréstimos – aumenta a dívida – aumenta o latifúndio para exportar Crise econômica Setembro de 1982 O Banco do Brasil em Nova York declarou-se sem fundo FMI – cartas de intenções
  • 86. arnaldolemos@uol.com.br Atentados da direita Crise Política 1981 Pacote eleitoral Atentado do Rio Centro
  • 87. arnaldolemos@uol.com.br Vitoria da oposição: 1982 Crise Política Montoro Brizola Tancredo
  • 88. arnaldolemos@uol.com.br 1983 Fundação da CUT Rompimento com FMI Autonomia Sindical Liberdade de organização politica Reforma Agrária Direito de Greve Eleições Diretas 1981 CONCLAT Trabalhadores 1979 repressão às greves do ABC 1982 Greves de inúmeras categorias de trabalhadores Morte de Santos Dias
  • 91. arnaldolemos@uol.com.br O final do governo militar de 1964 O fim da ditadura militar Em 8 de maio de 1985, o Congresso Nacional aprovou emenda constitucional que acabava com os últimos vestígios da ditadura.
  • 92. arnaldolemos@uol.com.br Vai passar nessa avenida um samba popular Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais Que aqui sangraram pelos nossos pés Que aqui sambaram nossos ancestrais Num tempo página infeliz da nossa história, passagem desbotada na memória Das nossas novas gerações Dormia a nossa pátria mãe tão distraída sem perceber que era subtraída Em tenebrosas transações Seus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes Erguendo estranhas catedrais E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval, Vai passar nessa avenida um samba popular Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais Que aqui sangraram pelos nossos pés Que aqui sambaram nossos ancestrais Num tempo página infeliz da nossa história, passagem desbotada na memória Das nossas novas gerações Dormia a nossa pátria mãe tão distraída sem perceber que era subtraída Em tenebrosas transações Seus filhos erravam cegos pelo continente, levavam pedras feito penitentes Erguendo estranhas catedrais E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval, o carnaval, o carnaval Vai passar, palmas pra ala dos barões famintos O bloco dos napoleões retintos e os pigmeus do boulevard Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar A evolução da liberdade até o dia clarear Ai que vida boa, ô lerê, ai que vida boa, ô lará O estandarte do sanatório geral vai passar Ai que vida boa, ô lerê, ai que vida boa, ô lará O estandarte do sanatório geral... vai passar Vai Passar Chico Buarque Composição: Chico Buarque e Francis
  • 93. arnaldolemos@uol.com.br Para ilustrar os acontecimentos da Ditadura Militar, veja os vídeos da TV Câmara, CONTOS DA RESISTÊNCIA.
  • 94. arnaldolemos@uol.com.br Episódio 1: Estudantes e Igreja O primeiro episódio de Contos da Resistência retrata a atuação de estudantes e da Igreja contra a ditadura militar. Relatos emocionantes de presos políticos e vítimas do regime marcam o documentário. Episódio 2: Congresso O segundo episódio da série Contos da Resistência enfoca as relações políticas entre Congresso Nacional e governos militares. O objetivo da série de documentários é esclarecer fatos políticos dos 20 anos de ditadura militar, iniciada em março de 1964, explicar como se davam as ações de poder e dominação do governo central, e como o Congresso foi, ao mesmo tempo, núcleo de resistência e caixa de ressonância dos desejos dos militares daquela época. Episódio 3: Artes e Imprensa Dando continuidade à série Contos da Resistência, o terceiro episódio trata da resistência nas artes e na imprensa no período da ditadura militar que vai de 1968 a 1979. Este período foi marcado principalmente pelo anúncio do Ato Institucional nº 5, o AI-5. Com ele se decretou a censura prévia em jornais, revistas, emissoras de TV e também nos espetáculos culturais de música, teatro, entre outros. Episódio 4: Movimento Sindical O quarto episódio da série conta como operários e líderes sindicais da região do ABC Paulista resistiam à falta de liberdade e se organizavam por melhores salários e condições de vida. O programa mostra a trajetória dos metalúrgicos: da alienação política à campanha pelas eleições diretas em 1984 e como a batalha por melhores salários resultou na luta pela redemocratização do Brasil. Histórias dramáticas e curiosas de operários anônimos e líderes reconhecidos. Acesse http://www.camara.gov.br/internet/tvcamara/?lnk=CONT OS-DA-RESISTENCIA&selecao=MATDATA&programa=90
  • 95. arnaldolemos@uol.com.br Filmes sobre a Ditadura Militar no Brasil
  • 96. arnaldolemos@uol.com.br Braços Cruzados,Maquinas Paradas, 1978, Roberto Gervitz e Sergio Toledo Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o maior da América Latina, com 300.000 associados, e presidido por um "pelego", desde o golpe militar de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves operárias que iriam mudar o país. Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa envolvente, como funciona a estrutura sindical brasileira, de inspiração fascista. É também o primeiro documentário de longa-metragem sobre as chamadas "greves espontâneas", ocorridas em São Paulo, 10 anos após a decretação do AI-5. Tais greves, que culminaram em um amplo movimento social que traria de volta a democracia ao país, estão na base dos acontecimentos que levaram à eleição do primeiro presidente operário da América Latina
  • 97. arnaldolemos@uol.com.br ABC da Greve,1979, Leon Hisrsman O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o mesmo
  • 98. arnaldolemos@uol.com.br Linha de Montagem,1981, Renato Tapajós Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São Bernardo do Campo entre os anos de 1978 e 1981, quando se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região, desafiando a repressão do final da ditadura militar. Radiografa-se a cidade no calor da grande efervescência das assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários decidiam os novos rumos do movimento. As greves de 1979 e 1980 levaram à intervenção federal no Sindicato dos Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva, processados com base na Lei de Segurança Nacional
  • 99. arnaldolemos@uol.com.br Eles não usam black-tie, 1981, Leon Hirszman. Um operário engravida a namorada e resolve se casar. Paralelamente, inicia-se um movimento grevista na empresa onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O personagem resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua decisão provoca enorme conflito com seu pai. Pra Frente Brasil,1982, Roberto Farias Em 1970 o Brasil inteiro torce e vibra com a seleção de futebol no México, enquanto prisioneiros políticos são torturados nos porões da ditadura militar e inocentes são vítimas desta violência. Todos estes acontecimentos são vistos pela ótica de uma família quando um dos seus integrantes, um pacato trabalhador da classe média, é confundido com um ativista político e "desaparece".
  • 100. arnaldolemos@uol.com.br Nunca Fomos tão felizes, 1984, Murilo Sales Nunca Fomos Tão Felizes conta a história da relação de um filho com seu pai, um homem desconhecido e misterioso. O filme começa com o pai voltando ao colégio onde deixou o filho interno durante oito anos, sem lhe escrever uma carta, sem lhe dar um telefonema. Ele pouco sabe sobre a vida do pai, um militamte politico perseguido pela policia do regime .Ambos vão para o Rio de Janeiro, numa viagem atribulada, onde o pai diz: quanto menos você souber sobre mim, melhor para você. Ele instala o filho em um apartamento na Av. Atlântica de frente para o mar, lhe entrega uma soma de dinheiro, e diz para o filho se virar com isso. No dia seguinte desaparece novamente. Nunca Fomos Tão Felizes é a história da descoberta do pai, de quem é esse pai. Um filme em ritmo de thriller que mobiliza o espectador. Um filme emocionante. Um marco do moderno cinema brasileiro
  • 101. arnaldolemos@uol.com.br Jango,1984, Silvio Tendler Coletânea de filmes, fotos, documentários e entrevistas sobre a carreira política de João Goulart. Do tempo em que era Ministro do Trabalho de Vargas à sua morte no exílio. Cabra marcado para morrer,1984, Nelson Coutinho O diretor rodava um filme sobre o Nordeste brasileiro, quando estourou o golpe de 1964. Retomou o projeto em 1981, retornando aos mesmos lugares e entrevistando as mesmas pessoas, para verificar o que tinha ocorrido com elas
  • 102. arnaldolemos@uol.com.br Em nome da segurança Nacional, 1984, Renato Tapajós A gravação das declarações do Tribunal Tiradentes, tribunal simulado que julgou e condenou a Lei de Segurança Nacional, uma medida legal de repressão emitido durante a ditadura militar no Brasil, na década de 1960, que praticamente aboliu direitos civis e da democracia, em nome da segurança nacional . Terra para Rose,1987, Tetê de Morais A partir da história de Rose, uma gaúcha sem-terra, este documentário fala das 1.500 famílias que ocuparam a improdutiva Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após regime militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no acampamento.
  • 103. arnaldolemos@uol.com.br Que bom te ver viva, 1989, Lucia Murat Sobre a tortura no país. Registro das experiências de oito ex- prisioneiras políticas sobre a tortura que sofreram durante a ditadura militar. A morte a donzela,1994, EUA, Roman Polanski Em um país sul-americano após a queda da ditadura Paulina Escobar (Sigourney Weaver), a mulher de Gerardo Escobar (Stuart Wilson), um famoso advogado, fica sabendo no rádio que Gerardo deverá chefiar as investigações das mortes ocorridas no regime militar. Quando Gerardo chega ela o vê acompanhado de um estranho que o socorreu na estrada, mas quando o desconhecido retorna à casa ela o identifica pela voz como sendo Roberto Miranda (Ben Kingsley), o homem que a torturou e a estuprou quando ela fazia militância política. Paulina decide então "julgá-lo" ali mesmo, apesar dos protestos do marido, que considera sua atitude precipitada além do fato do acusado alegar inocência.
  • 104. arnaldolemos@uol.com.br Amazonia em chamas,1994, John Frankenheimer The Burning Season (Amazônia em Chamas e um filme produzido em 1994, originalmente para televisão pela rede HBO, sobre a vida do seringueiro Chico Mendes. O papel principal é interpretado pelo ator Raul Julia em sua penúltima atuação O filme foi rodado no Mexico. Não houve nenhuma relação da produção com o Brasil, exceto pela presença de Sonia Braga (interpretando a última companheira de Chico). Os demais atores eram todos hispânicos, e o filme é falado em inglês e espanhol. Lamarca, 1994, Sergio Rezende Sobre o militar e guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71) que, em 1969, entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária, abandonou um quartel em São Paulo e instalou um foco guerrilheiro no Vale do Ribeira (SP). Em 1970 comandou o seqüestro do embaixador suíço no Rio de janeiro; foi morto em 17/09/1971 pelo exército no sertão da Bahia
  • 105. arnaldolemos@uol.com.br 15 Filhos, 1995, Maria de Oliveira, Marta Nehring O documentário "15 filhos", de Maria Oliveira e Marta Nehring, retrata a época da ditadura militar no Brasil por meio da memória de infância dos filhos de militantes presos, mortos ou desaparecidos. Esses depoimentos, dentre os quais se incluem os das diretoras do vídeo, mostram um ângulo pouco conhecido da violência política no Brasil. O que é isso companheiro,1997, Bruno Barreto Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.
  • 106. arnaldolemos@uol.com.br Ação entre amigos,1998, Beto Brant Em 1971, Miguel (Rodrigo Brassalto), Paulo (Heberson Hoerbe), Elói (Sérgio Cavalcante) e Osvaldo (Douglas Simon) participaram da luta armada contra a ditadura militar e acabaram sendo presos quando tentavam assaltar um banco. Eles foram barbaramente torturados, sendo que Lúcia (Melina Athís), a namorada de Miguel que estava grávida, morreu quando seus algozes colocaram nela uma "coroa de cristo" até estourar seu cérebro. Vinte e cinco anos depois, os quatro amigos ainda se vêem e quando vão para uma pescaria Miguel (Zecarlos Machado) mostra aos amigos uma foto de um encontro político em São Paulo, afirmando que uma das pessoas fotografadas foi Correia (Leonardo Villar), o homem que os torturou por meses. Inicialmente Paulo (Carlos Meceni), Elói (Cacá Amaral) e Osvaldo (Genésio de Barros) contestam a afirmação do amigo, pois oficialmente Correia morreu, mas a verdade é que ninguém viu o corpo e três anos depois a viúva de Correia faleceu de câncer e, algum tempo depois, os restos mortais dela foram transferidos para outro cemitério. Como não consta o nome de quem fez o pedido, Miguel acredita que tenha sido Correia. Na cidade eles confirmam que o corpo está lá, assim procuram um local de apostas, pois o torturador deles era um viciado em qualquer tipo de jogo, e o acabam encontrando em uma rinha de galos. Os quatro armam uma emboscada e seqüestram Correia, que inicialmente nega tudo, mas após receber de Miguel um tiro na perna admite ser o torturador, mas revela algo inimaginável: ele só os prendeu pelo simples fato de que entre eles existia um delator.
  • 107. arnaldolemos@uol.com.br Dois córregos, 1999, Carlos Reinchenbach No início do filme, uma mulher lembra de sua adolescência quando vai ver sua propriedade em Dois Corregos. Reichenbach une três mulheres diferentes que convivem com um homem que está escondido por perseguição no período da ditadura Sonho de Rose, 2000, Tetê de Morais Dez anos após o filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro com personagens da ocupação da Fazenda Annoni. O documentário acompanha a trajetória dos agricultores sem-terra, narra os resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária.
  • 108. arnaldolemos@uol.com.br Golpe de 64 – 2000, A procissão está nas ruas, Mauro Lima Março de 1964. Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Num planeta dividido entre dois blocos antagônicos é cada vez mais difícil manter-se independente. Esquerda ou direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução, infelizmente, não será democrática. Neste cenário fervilhante, o processo político se radicaliza a cada dia. O fatídico mês avança e a temperatura se eleva. Os comícios reúnem centenas de milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que nunca. Nos gabinetes, conspira-se. haverá golpe? Haverá contra-golpe? Os americanos estão de prontidão? Não há mais tempo para planejar. É preciso agir. E rápido. Os tanques já estão nas ruas. Prepare-se para reviver um dia de cão e de chumbo: 31 de março de 64.
  • 109. arnaldolemos@uol.com.br Marighella, retrato de um guerrilheiro,2001, Silvio Tendler O documentário conta a história, as polêmicas, as vitórias e derrotas de Carlos Marighella, um dos líderes da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Autor do “Manual do Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Açao Çlibertadora Nacional, primeiro movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme no ano em que completaria 90 anos. Tempo de resistência,2003, André Ristum Baseado no livro “Tempo de Resistência” de Leopoldo Paulino, o documentário homônimo é o mais completo sobre a luta do povo brasileiro contra a ditadura militar. A partir do depoimento de pessoas diretamente envolvidas na resistência à ditadura, e impactantes imagens de arquivos, Tempo de Resistência revela a História deste longo e nebuloso período, que se estendeu por 21 anos, resgatando a memória do nosso país. Embalado pelas músicas de Chico Buarque, Francis Hime e Geraldo Vandré entre outras
  • 110. arnaldolemos@uol.com.br Barra 68- sem perder a ternura, 2001, Vladimir de Carvalho A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época, uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
  • 111. arnaldolemos@uol.com.br Vale a pena sonhar,2003, Rudi Böhm, Stela Grisotti Vale a pena sonhar os sonhos e utopias de uma geração de homens e mulheres que dedicaram suas vidass à luta pela justiça, liberdade e democracia, tendo como fio condutor a historia de Apolonio de Carvalho. Sua luta, sem fronteiras, junto aos republicanos na Guerra Civil Espanhola, na Resistencia Francesa contra o nazismo e no combate à ditadura militar no Brasil nos anos 60, assim como fatos da vida cotidiana e da familia do militante de esquerda e que assina a ficha numero 11 de filiação do PT. Paula, a historia de uma subversiva,2003, Francisco Ramalho O retorno de uma exilada política ao Brasil faz com que antigo líder estudantil recorde seu passado de lutas contra o regime militar. Por ironia do destino, quando sua filha é sequestrada, é obrigado a pedir ajuda a um delegado de polícia que torturou sua namorada.
  • 113. arnaldolemos@uol.com.br Pra frente, Brasil (1983, Brasil, direção: Roberto Farias) – Sobre a ditadura militar brasileira nos anos 1970. Um cidadão comum é tomado por guerrilheiro, é preso e torturado. Ambientado durante a Copa do Mundo de 70, denuncia a repressão para-militar do período Lamarca (1994, Brasil, direção: Sérgio Resende) – Sobre o militar e guerrilheiro Carlos Lamarca (1937-71) que, em 1969, entrou para a Vanguarda Popular Revolucionária, abandonou um quartel em São Paulo e instalou um foco guerrilheiro no Vale do Ribeira (SP). Em 1970 comandou o seqüestro do embaixador suíço no Rio de janeiro; foi morto em 17/09/1971 pelo exército no sertão da Bahia. Cabra marcado para morrer (1984, Brasil, direção: Eduardo Coutinho) – O diretor rodava um filme sobre o Nordeste brasileiro, quando estourou o golpe de 1964. Retomou o projeto em 1981, retornando aos mesmos lugares e entrevistando as mesmas pessoas, para verificar o que tinha ocorrido com elas
  • 114. arnaldolemos@uol.com.br Que bom te ver viva (1989, Brasil, direção: Lúcia Murat) – Sobre a tortura no país. Registro das experiências de oito ex- prisioneiras políticas sobre a tortura que sofreram durante a ditadura militar. Zuzu Angel (2006, Brasil, direção: Sérgio Rezende) – sobre Zuleika Angel Jones (conhecida como Zuzu Angel), estilista conhecida internacionalmente, que a partir de 1971 passou a procurar seu filho Stuart Angel Jones, um militante do movimento MR-8 que foi preso, torturado e assassinado nas dependências dos órgãos de repressão do Brasil, que negavam o fato e não apresentaram seu corpo. Araguaya A conspiração do silêncio– A conspiração do silêncio (2004, Brasil, direção: Ronaldo Duque) – Uma tentativa de retratar a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no início da década de 1970 por militantes do PCdoB. Importante para tomar contato com aspectos do período da ditadura militar brasileira. Os documentos oficiais referentes a este episódio ainda não foram divulgados e nem os restos mortais de 59 guerrilheiros não foram localizados. 105 min.
  • 115. arnaldolemos@uol.com.br Batismo de Sangue (2005, Brasil, direção: Helvécio Ratton) – Com base na obra de Frei Betto, este filme – que se passa durante os anos de chumbo – trata mais do dominicano Frei Tito (e de outros quatro frades) do que do próprio período militar. Mas é importante para que se tenha consciência da tortura (choques, pau-de-arara, prisão incomunicável e outras) implantada no país. 110 “Golpe de 64” - de Fernando Morais Março de 1964. Os olhos do mundo estão voltados para o Brasil. Num planeta dividido entre dois blocos antagônicos é cada vez mais difícil manter-se independente. Esquerda ou direita? Que rumo tomar? Uma coisa é certa: a solução, infelizmente, não será democrática. Neste cenário fervilhante, o processo político se radicaliza a cada dia. O fatídico mês avança e a temperatura se eleva. Os comícios reúnem centenas de milhares de pessoas, os discursos são mais inflamados do que nunca. Nos gabinetes, conspira-se. haverá golpe? Haverá contra-golpe? Os americanos estão de prontidão? Não há mais tempo para planejar. É preciso agir. E rápido. Os tanques já estão nas ruas. Prepare-se para reviver um dia de cão e de chumbo: 31 de março de 64.
  • 116. arnaldolemos@uol.com.br Marighella - Retrato Falado do Guerrilheiro" de Silvio Tendler Conta a história, as polêmicas, as vitórias e derrotas de Carlos Marighella, um dos líderes da luta armada contra a ditadura militar no Brasil. Autor do "Manual do Guerrilheiro Urbano" foi fundador da Ação Libertadora Nacional, primeiro movimento armado pós-64. Foi homenageado com o filme no ano em que completaria 90 anos. "O que é isso companheiro?" de Bruno Barreto Em 1964, um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para seqüestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura. Ato de Fé – Angelo Rampazzo, 2004 - O filme narra fatos já bem conhecidos da luta armada contra a ditadura na voz de alguns de seus personagens. Os depoimentos dominam o documentário, sobretudo sobre as torturas sofiridas pelos freis dominicanos e sua relação com Carlos Marighela.
  • 117. arnaldolemos@uol.com.br Vlado - 30 Anos Depois”de João Batista de Andrade No dia 25 de outubro de 1975 o jornalista Vladimir Herzog acorda de manhã e se despede da mulher Clarice: ele deve se apresentar ao DOI-CODI, órgão da repressão política do regime militar, para um depoimento. Vlado nem imaginava que nunca mais voltaria para casa. Naquele fatídico dia ele seria morto. Segundo fonte oficial, teria se suicidado na prisão. Neste documentário o diretor João Batista de Andrade ouve depoimentos de amigos, familiares, colegas que viveram com Vlado a história, a amplitude das perseguições dos anos de chumbo, a trajetória do jornalista, desde sua infância até sua posse como Diretor de Jornalismo da TV Cultura de São Paulo e a perseguição a ele iniciada naquele momento. Com depoimentos de Clarice Herzog, José Mindlin, Ruy Ohtake, Dom Paulo Evaristo Arns, Henry Sobel, Fernando Morais, Paulo Markun, João Bosco, Aldir Blanc, Alberto Dines, Diléia Frate, Mino Carta, Rose Nogueira. O ano em que meus pais saíram de férias" de Cao Hamburguer 1970. O Brasil e o mundo parecem estar de cabeça para baixo, mas a maior preocupação na vida de Mauro, um garoto de 12 anos, tem pouco a ver com a ditadura militar que impera no país: seu maior sonho é ver o Brasil tricampeão mundial de futebol. De repente, ele é separado dos pais e obrigado a se adaptar a uma "estranha" e divertida comunidade - o Bom Retiro, bairro de São Paulo, que abriga judeus e italianos entre outras culturas. Uma história emocionante de superação e solidariedade.
  • 118. arnaldolemos@uol.com.br “Barra 68 – Sem perder a ternura” de Vladimir Carvalho A luta de Darcy Ribeiro no início dos anos 60 para criar e implantar a Universidade Brasília. E as repetidas agressões sofridas pela UNB, desde o golpe militar de 64 até os acontecimentos de 1968. Desde os seus primórdios, Brasília foi fortemente marcada pelos acontecimentos políticos, como a renúncia de Jânio Quadros e o golpe militar de 64. Envolvida, a comunidade conheceu a intranqüilidade e ficou estigmatizada pela repressão. Um dos seus bens mais preciosos, a Universidade, criada por Darcy Ribeiro, foi agredida em 64, 68 e 77. Na primeira vez a UnB foi ocupada por tropas militares e quase perdeu todo o seu corpo docente que voluntariamente se demitiu em protesto célebre. A crise se arrastou por quatro longos anos e em l968, com o movimento deflagrado em reação ao assassinato de Edson Luís, no Rio de Janeiro, as ruas de Brasília assistiram aos embates entre estudantes e a polícia. As famílias sobressaltadas procuravam alento nos ofícios religiosos, enquanto cerca de 5OO jovens eram detidos numa praça de esportes no campus da UnB. Tudo culmina, depois de lances dramáticos com a prisão de parlamentares, o fechamento do Congresso Nacional e a promulgação do AI-5. Essa trajetória é resgatada através da urdidura de depoimentos, casos e histórias mesclados às raras imagens e sons que ficaram e perfazem, de uma época, uma memória imperfeita, mas sempre verdadeira.
  • 119. arnaldolemos@uol.com.br Hércules 56" de Silvio Da-Rin Em 1969, em plena ditadura no Brasil, duas organizações revolucionárias raptaram o embaixador americano Charles Elbrick e exigiram a libertação de quinze presos políticos, levados ao México no avião Hércules, prefixo 56. Neste documentário, os nove remanescentes do grupo e cinco membros da organização responsáveis pelo seqüestro discutem as causas e conseqüências da luta armada contra o regime militar. O homem que virou suco (1980, Brasil, direção: João Batista de Andrade) – Trata sobre migração e marginalidade urbana no Brasil no período. Um cantor de cordel é confundido pela polícia com um operário que esfaqueou o patrão Jânio a 24 quadros (1981, Brasil, direção: Luiz Alberto Ferreira) – A vida política do ex-presidente, mas com pouca profundidade na análise histórica. Jango (1984, Brasil, direção: Sílvio Tendler) – Coletânea de filmes, fotos, documentários e entrevistas sobre a carreira política de João Goulart. Do tempo em que era Ministro do Trabalho de Vargas à sua morte no exílio.
  • 120. arnaldolemos@uol.com.br Linha de Montagem (Rento Tapajós, 1982) Os peões (Eduardo Coutinho, 2004) Eles não usam Black-tie (Leon Hirszman,1981) Investigação sobre a gênese do movimento sindical de São Bernardo do Campo entre os anos de 1978 e 1981, quando se produziram as maiores greves de metalúrgicos na região, desafiando a repressão do final da ditadura militar. Radiografa-se a cidade no calor da grande efervescência das assembléias no estádio da Vila Euclides, onde os operários decidiam os novos rumos do movimento. As greves de 1979 e 1980 levaram à intervenção federal no Sindicato dos Metalúrgicos, à prisão de líderes, como Luís Inácio da Silva, processados com base na Lei de Segurança Nacional. Documentário sobre a história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC paulista que tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em relativo anonimato. Eles falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos caminhos que suas vidas trilharam desde então. Exibem souvenirs das greves, recordam os sofrimentos e recompensas do trabalho nas fábricas, comentam o efeito da militância política no âmbito familiar, dão sua visão pessoal de Lula e dos rumos do país. O filme foi rodado no período final da campanha presidencial de 2002. Um operário engravida a namorada e resolve se casar. Paralelamente, inicia-se um movimento grevista na empresa onde trabalha, liderado por seu próprio pai. O personagem resolve furar a greve para garantir o emprego, mas sua decisão provoca enorme conflito com seu pai.
  • 121. arnaldolemos@uol.com.br Abc da Greve (Leon Hirszman, 1979) O filme cobre os acontecimentos na região do ABC paulista, acompanhando a trajetória do movimento de 150 mil metalúrgicos em luta por melhores salários e condições de vida. Sem obter êxito em suas reivindicações, decidem-se pela greve, afrontando o governo militar. Este responde com uma intervenção no sindicato da categoria. Mobilizando numeroso contingente policial, o governo inicia uma grande operação de repressão. Sem espaço para realizar suas assembléias, os trabalhadores são acolhidos pela igreja. Passados 45 dias, patrões e empregados chegam a um acordo. Mas o movimento sindical nunca mais foi o mesmo Braços Cruzados, Máquinas Paradas, de Roberto Gervitz, Sérgio Toledo, São Paulo, 1978. Três chapas disputam a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o maior da América Latina, com 300.000 associados, e presidido por um "pelego", desde o golpe militar de 1964. Em meio às eleições, eclodem as primeiras greves operárias que iriam mudar o país. Braços Cruzados, Máquinas Paradas revela, em narrativa envolvente, como funciona a estrutura sindical brasileira, de inspiração fascista. É também o primeiro documentário de longa-metragem sobre as chamadas "greves espontâneas", ocorridas em São Paulo, 10 anos após a decretação do AI-5. Tais greves, que culminaram em um amplo movimento social que traria de volta a democracia ao país, estão na base dos acontecimentos que levaram à eleição do primeiro presidente operário da América Latina.
  • 122. arnaldolemos@uol.com.br Pixote – A lei do mais fraco (1980, Brasil, direção: Hector Babenco) – Sobre menores abandonados no Brasil no período após 64. Menores fogem de um reformatório e passam a viver com uma prostituta. Um retrato dos menores abandonados das grandes cidades brasileiras Lúcio Flávio, o passageiro da agonia (1977, Brasil, direção: Hector Babenco) – Sobre um marginal consciente que, pouco antes de morrer, revelou certos aspectos da corrupção policial. Trata da história de um bandido que exerceu certo fascínio sobre faixas da população carioca nos anos 70. Amazônia em Chamas (The Burning Season; 1994, EUA, direção: John Frankenheimer) – Uma visão de Hollywood sobre fatos que marcaram a vida de Chico Mendes (1944-88), o famoso sindicalista e ambientalista de Xapuri (AC Quase dois irmãos, de Lúcia Murat Miguel é um senador que decide reencontrar Jorge, um antigo amigo de infância e atualmente poderoso traficante de drogas do Rio de Janeiro, para negociar um projeto social nas favelas. De origens diferentes, eles se tornaram amigos na década de 1950. Nos anos 70, reencontraram-se na prisão de Ilha Grande, onde os brancos eram prisioneiros políticos e os negros, criminosos comuns.
  • 123. arnaldolemos@uol.com.br Terra para Rose (1987, Brasil, direção: Tetê Morares) – A partir da história de Rose, uma gaúcha sem-terra, este documentário fala das 1.500 famílias que ocuparam a improdutiva Fazenda Annoni (RS). Era o momento de transição após regime militar e o início do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Brasil. Rose deu à luz ao primeiro bebê nascido no acampamento. O Sonho de Rose (2.000, Brasil, direção: Tetê Morares) – Dez anos após o filme Terra para Rose, ocorreu este reencontro com personagens da ocupação da Fazenda Annoni. O documentário acompanha a trajetória dos agricultores sem- terra, narra os resultados dos assentamentos, seus conflitos e vai atrás dos filhos de Rose. Importante para quem é contrário à reforma agrária. Os anos JK – Silvio Tendler - 1954: suicídio de Getúlio Vargas. 1955: crise política ameaça a posse do presidente eleito, Juscelino Kubitschek. 1956: JK assume a presidência. Promete democracia e desenvolvimento. Supera crises e crises. Começa a construção de Brasília. Brasil muda de tom. 1960: JK inaugura Brasília. 1961: JK dá posse a seu sucesso Jânio Quadros. Sete meses depois Jânio renuncia. Crise. 1964: Golpe Militar instaura ditadura. JK é cassado. Dez anos de história. Muitas crises. O governo JK é um exercício de democracia. O Brasil ferve. Os anos JK. Ver para não esquecer. Margarida de Prata, CNBB Festival de Gramado - Melhor Montagem, Prêmio Especial do Júri, Associação Paulista de Críticos de Arte - Melhor Montagem
  • 124. arnaldolemos@uol.com.br “Companheiras” - 2010- direção Breno Queirós – vídeo produzido por um grupo de concluintes do curso de Jornalismo da Puc-Campinas. Depoimentos de companheiras de presos políticos que foram assassinados pela ditadura militar. Mataram meu irmão (Brasil / Dir. Cristiano Burlan). O filme reconstitui a morte de Rafael Burlan, assassinado com sete tiros em 2001. A busca por contar a história do assassinato do irmão do diretor do documentário conduz ao coração de um círculo de violência em torno dos bairros da periferia de São Paulo, como o Capão Redondo. A trajetória de Rafael é contada a partir da memória de parentes e pessoas que conviveram com ele. Em busca de Iara (Brasil / Dir. Flavio Frederico). O filme resgata a vida da guerrilheira Iara Iavelberg a partir da investigação pessoal da sobrinha da guerrilheira, Mariana. É a história de uma mulher culta e bela que optou engajar-se na luta armada contra a ditadura. Foi companheira do ex-capitão Carlos Lamarca e um dos alvos mais procurados pela repressão. O filme desmonta a versão oficial do regime que atribuiu sua morte, em 1971, a um suicídio.
  • 125. arnaldolemos@uol.com.br Duas Histórias (Brasil / Dir. Angela Zoe). Documentário sobre a trajetória de dois militantes na luta contra a ditadura militar. A primeira história narra a fuga do Brasil para o Chile da militante Irles Carvalho, que vivia na clandestinidade com seu filho, Daniel. A segunda história é de Marco Antônio Meyer, militante estudantil, preso, torturado e depois trocado pelo embaixador alemão. O documentário contou com o apoio do projeto Marcas da Memória, da Comissão da Anistia. Setenta (Brasil / Dir. Emilia Silveira) Na década de 70 no Brasil, em pleno regime militar, um grupo de 70 presos políticos de diferentes organizações é enviado ao Chile em troca da libertação do embaixador suíço. O documentário Setenta reencontra esses personagens 40 anos depois do banimento. Quem são eles? Como eles veem o passado? Que sonhos têm para o futuro? Como sobreviveram e como vivem?
  • 126. arnaldolemos@uol.com.br Repare Bem O filme, eleito o melhor longa estrangeiro do Festival de Cinema de Gramado, foi gravado no Brasil, Itália e Holanda, entre janeiro e outubro de 2011, resgatando a trajetória da família de Denise Crispim, sua filha Eduarda Ditta Crispim Leite e seu ex-companheiro Eduardo Leite, o "Bacuri", torturado por 109 dias e assassinado pelos militares. Os relatos e personagens da trama desvelam os aspectos mais cruéis desse período da história brasileira, em um documentário que contribui para os crescentes debates sobre o resgate da memória no Brasil e a reparação das famílias brutalizadas pelo Estado.
  • 127. arnaldolemos@uol.com.br Em busca de Iara (Brasil / Dir. Flavio Frederico). O filme resgata a vida da guerrilheira Iara Iavelberg a partir da investigação pessoal da sobrinha da guerrilheira, Mariana. É a história de uma mulher culta e bela que optou engajar-se na luta armada contra a ditadura. Foi companheira do ex-capitão Carlos Lamarca e um dos alvos mais procurados pela repressão. O filme desmonta a versão oficial do regime que atribuiu sua morte, em 1971, a um suicídio. Terça (1/10) – 16h – Ponto Cine Duas Histórias (Brasil / Dir. Angela Zoe). Documentário sobre a trajetória de dois militantes na luta contra a ditadura militar. A primeira história narra a fuga do Brasil para o Chile da militante Irles Carvalho, que vivia na clandestinidade com seu filho, Daniel. A segunda história é de Marco Antônio Meyer, militante estudantil, preso, torturado e depois trocado pelo embaixador alemão. O documentário contou com o apoio do projeto Marcas da Memória, da Comissão da Anistia. Segunda (30/9) – 21h – Armazém da Utopia Setenta (Brasil / Dir. Emilia Silveira) Na década de 70 no Brasil, em pleno regime militar, um grupo de 70 presos políticos de diferentes organizações é enviado ao Chile em troca da libertação do embaixador suíço. O documentário Setenta reencontra esses personagens 40 anos depois do banimento. Quem são eles? Como eles veem o passado? Que sonhos têm para o futuro? Como sobreviveram e como vivem?