O documento discute os ensinamentos de Jesus sobre priorizar o crescimento espiritual acima dos laços familiares. Aponta que tais ensinamentos devem ser compreendidos no contexto histórico e cultural da época e não significam a negação do amor à família. Defende que há deveres maiores que exigem separações temporárias e que a união verdadeira se dá após o autoconhecimento e a compreensão mútua.

1. Danilo Galvão

2. 4.Aquele que houver
deixado, pelo meu nome, sua
casa, os seus irmãos, ou
suas irmãs, ou seu pai, ou
sua mãe, ou sua mulher, ou
seus filhos, ou suas terras,
receberá o cêntuplo de tudo
isso e terá por herança a
vida eterna.“ (Mateus, XIX:
29).
Priorizar nossa reforma
íntima, nosso crescimento
como ser concorda com a
essência da doutrina de
Jesus, enquanto a ideia do
abandono da família seria a
negação do amor que tanto
o mestre pregou.

3. • 5 .Então disse Pedro: Quanto a
nós, vês que tudo deixamos e te
seguimos. Jesus lhes
respondeu: Em verdade vos
digo que ninguém há que uma
vez que deixou pelo Reino de
Deus a casa, ou os pais, ou os
irmãos, ou a mulher, ou os
filhos, logo neste mundo não
receba muito mais, e no século
vindouro a vida eterna. (Lucas,
XVIII: 28-30).

4. • 6 – E disse-lhe outro: Eu,
Senhor, seguir-te-ei, mas dá-
me licença que eu vá primeiro
dispor dos bens que tenho
em minha casa. Respondeu-
lhe Jesus: Nenhum que mete
a sua mão ao arado, e olha
para trás, é apto para o Reino
de Deus. (Lucas, IX: 61-62).
• Devemos procurar
compreender o pensamento,
que estes ensinamentos
possuem: Os interesses do
espírito, divinos estão acima
dos interesses do corpo,

5. • Não temos, aliás, sob os olhos, a aplicação dessas
máximas no sacrifício dos interesses e das afeições da
família pela pátria?
• Dos nossos interesses egoístas pelo que anseia nosso eu
divino?
• Condena-se um filho que deixa o pai, a mãe, os irmãos, a
mulher e os próprios filhos, para marchar em defesa do seu
país?
• Deus habita em nós, precisamos permitir que esse amor
floresça.

6. • Não lhe reconhecemos, pelo contrário, o mérito de deixar as
doçuras do lar e o calor das amizades, para cumprir um
dever?
• Como seres imortais, certos ofícios sagrados são nosso
passaporte para a evolução. Esforço, trabalho no bem, sem
deixar que o passado nos paralise ou que o futuro nos
amedronte.

7. • DEUS, VÓS SOIS...TUDO DE BOM
• Escrito por Danilo Galvão em 17/08/2012
• Vós sois o Amor, que dá vida ao universo
• Que nutre nossa luz, vós sois a compaixão
• Que aquece o coração, vós sois rima e verso
• Oh Deus, vós sois a vontade de amar o irmão
• Pai, vós sois o carinho, o afeto, o amoroso cuidado
• Vós sois a fé, a esperança nos olhos da criança
• Vós sois o colo da mãe, o apoio do pai dedicado
• Vós sois o leite materno do esfaimado, a esperança

8. • Vós sois a paz de espírito, o alimento e a água que nos
sacia
• Deus , vós sois o ensinamento, o conselho que nos
ajuda
• Vós sois a mão, o consolador que verdadeiramente nos
alivia
• Vós sois o Amor ou a dor que nos faz crescer, que nos
muda
• Vós sois a verdade que sempre habitou em cada
pessoa
• Deus vós sois o sol que aquece a vida que brota e
cresce
• Vós sois o milagre que pelos 4 cantos do mundo ecoa
• Pai, vós sois a justiça e o perdão que nunca se
esvanece

9. • Há, pois, deveres que se sobrepõem a outros.
• A lei não sanciona a obrigação, para a filha de deixar os
pais e seguir o esposo?
• O mundo está cheio de casos em que as mais penosas
separações são necessárias. Após a dor da separação
vem a felicidade da verdadeira união.

10. • Mas nem por isso as afeições se rompem.
• O afastamento não diminui o respeito ou a solicitude que se
devem aos pais, nem a ternura para com os filhos.
• Vê-se, assim, que mesmo tomada ao pé da letra, essas
expressões não seriam a negação do mandamento que
prescreve honrar ao pai e à mãe, nem do sentimento de
ternura paterna.

11. • É imperioso o dever de cuidar da vida futura, da verdadeira
vida, a espiritual. Deviam, por isso mesmo, ser menos
chocantes para um povo e uma época(2000 anos atrás) em
que, por força das circunstâncias, os laços de família eram
menos fortes do que numa civilização moralmente mais
avançada.
• Se autoconhecer para saber o que realmente
é bom para nós.

12. • Esses laços, mais fracos entre os povos primitivos,
fortificam-se com o desenvolvimento da sensibilidade e
do senso moral.
• Aliás, a separação, em si mesma, é necessária para nos
individualizarmos. Conhecer quem somos, nossas
qualidades e defeitos. Mas após esse autoconhecimento
é indispensável a união, baseada na tolerância, perdão e
compreensão.
Compreender o outro é a próxima
etapa para a união.