A elaboração de práticas interdisciplinares colabora para que a Educação Ambiental promova melhorias, na percepção dos discentes. Por isso, é de grande relevância que os docentes da unidade escolar, atuem em conjunto estabelecendo qual será a metodologia usada por cada docente e os objetivos gerais a serem alcançados
4. 1 INTRODUÇÃO
Nas ultimas décadas, os impactos ambientais que vem acontecendo em
proporções crescentes em nossa sociedade, fomentam a necessidade de grandes
reflexões e ações voltadas às melhorias dessa realidade problemática.
Percebe-se que na contemporaneidade, o consumismo tem se mostrado
como um dos principais fatores que colaboram para a degradação de natureza.
Quando mais compramos, mais matéria-prima é utilizada e mais lixo é produzido.
Essa realidade, demostra claramente a importância de abordarmos
perspectivas socioambientais de maneira, reflexiva, crítica e transformadora, visando
melhorias nas ações individuais, praticadas no cotidiano da sociedade (STONE;
BARLOW, 2006).
Perante esses problemas, sabe-se que o âmbito educacional se manifesta
como um espaço propício para a elaboração de ações, que fomentam o
desenvolvimento da criticidade do aluno, permitindo assim que este perceba as
consequências de suas ações no ambiente em que vive. E é justamente nesse
contexto, que a Educação Ambiental (EA) se consolida como um mecanismo de
grande relevância para o aprimoramento das habilidades e competências do aluno,
além de sua cidadania, justificando assim os reais motivos de sua utilização no
processo de ensino e aprendizagem para com nossos discentes (CAMPOS, 2006).
Para entender determinados métodos docentes, estabelecidos meio da
Educação Ambiental, é de grande pertinência que se compreenda sua essência, de
maneira que seja claramente elucidado os principais objetivos que esta almeja,
enquanto instrumento de melhoria do senso crítico do discente.
Nesse contexto, enfatiza-se que a Educação Ambiental, pode ser
compreendida como um conjunto teórico-metodológico, que norteiam os indivíduos
perante suas ações e relações com o meio em que está inserido. Nessa conjuntura,
está se apresenta para o professor, como um instrumento de melhoria em suas
práticas, cujo objetivo é o de consolidar práticas docentes qualitativas,
interdisciplinares, dinâmicas e críticas (LIMA, 2003).
Além dessas perspectivas, a Educação Ambiental, quando aplicada no âmbito
educacional, além de promover o dinamismo, a criticidade e a interdisciplinaridade,
deve alcançar problemas existentes vivenciados por aqueles que se relacionam com
a Unidade Escolar (RODRIGUES et al., 2011).
3
5. Por conseguinte, ainda em concordância com Rodrigues et al. (2011), é
possível inferir que o docente ao utilizar a Educação Ambiental como parâmetro para
o aprimoramento do conhecimento do aluno, pode ir além dos debates ligados à
esfera ambiental, ou seja, promover reflexões transversais que estimulem os
discentes à raciocinar sobre a economia, a sexualidade, a política, a cultura, a ética,
os processos históricos, os raciocínio lógico, entre outros fatores que fazem parte de
seu cotidiano.
No mesmo enquadramento, é visto que os Parâmetros Curriculares Nacionais
(2000) deixam claro que a abordagem da Educação Ambiental, deve ser estruturada
através de ações pedagógicas, onde os docentes devem estar devidamente
capacitados para interligas o maior quantitativo de disciplinas, no processo de
ensino e aprendizagem que será estabelecido.
Ao se utilizar a interdisciplinaridade promovida pela Educação Ambiental, é
visto que o docente tem a oportunidade de estimular a capacidade do aluno em
valorizar o mundo em que está inserido. Para que isso ocorra, é preciso que o
docente delineie a metodologia pedagógica que será utilizada, não se limitando
apenas à resolução de atividades discursivas e/ou objetivas, mas sim à construção
de um conhecimento sadio e crítico (TRAJBER; COSTA, 2001; BIZERRIL; FARIA,
2003).
A elaboração de práticas interdisciplinares colabora para que a Educação
Ambiental promova melhorias, na percepção dos discentes. Por isso, é de grande
relevância que os docentes da unidade escolar, atuem em conjunto estabelecendo
qual será a metodologia usada por cada docente e os objetivos gerais a serem
alcançados (SANTOS; JÓFILI; OLIVEIRA, 2013).
Dessa forma, é visto que os docentes na contemporaneidade devem perceber
que a Educação Ambiental é muito mais do que uma temática transversal a ser
debatida em uma disciplina (BIZERRIL; FARIA, 2003). Esta deve ser considerada
pelos docentes como uma ferramenta de integração e consolidação de um
conhecimento crítico e reflexivo, de forma a contribuir para que os discentes se
tornem melhores enquanto seres humanos e cidadãos.
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6. 2 DESENVOLVIMENTO
PROPOSTA DE ATIVIDADE
1 - Série: 3° Ano – Ensino Médio
2 - Áreas do Conhecimento: Geografia, Português, Sociologia, Artes, Ciências,
Matemática, Física e Química.
3 - Atividades:
a) Como se pode definir a Educação Ambiental?
(Área de conhecimento: Geografia, Português, Sociologia, Filosofia e Ciências)
Resposta: No geral, a Educação Ambiental pode ser definida como um
conjunto de teorias e métodos, que tendem a promover progressos em nossa
sociedade.
b) Entendido os principais objetivos da Educação Ambiental em nossa sociedade, é
possível dizer que está tende a promover melhorias nas relações sociais. Com base
nessa contextualização, discorra quais temas também podem ser abordados pela
Educação Ambiental na sala de aula.
(Área de conhecimento: Português, Sociologia, Filosofia e Ciências)
Resposta: A Educação Ambiental é considera por muitos, como uma
ferramenta que promove melhorias na degradação da natureza, através dos
debates exercidos pelo professor em sala de aula. Todavia, ficou entendido
que suas vertentes abrangem problemas de diversos âmbitos, como os da
economia, da política, da cultura, etc.
c) A Educação Ambiental pode ser debatida apenas pelos professores que atuam na
reflexão de temas ligados à degradação da natureza? Explique:
(Área de conhecimento: Geografia, Português, Sociologia, Filosofia, Ciências,
Matemática, Química e Física)
Resposta: Não. Sendo a Educação Ambiental um conjunto de métodos que
permitem o desenvolvimento do senso crítico do aluno, esta pode ser debatida
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7. por todas as áreas do conhecimento. Por exemplo: o professor de português
poderá orientar seus alunos a interpretarem textos que abordem temáticas
inerentes à Educação Ambiental; o professor de matemática pode ensinar a
seus alunos como trabalhar com unidades de medidas, através do lixo que é
gerado em suas residências; o professor de artes pode elaborar com seus
alunos, artefatos reciclados; o professor de física e química pode refletir
durante suas aulas sobre as reações físico-químicas que acontecem nos
lixões.
4 - Recursos didáticos:
• Datashow;
• Nootebook;
• Quadro branco;
• Caneta esferográfica azul ou preta;
• Folhas Brancas;
• Slides em Power Point;
5 - Bibliografias sugeridas para a resolução das atividades propostas
ANDRADES, Tânia Gerônimo Valdith. Meio Ambiente: Lixo e Educação
Ambiental, João Pessoa: Ed. Graset, 2003.
BECKER, Bertha K. et al. (Org.) - Geografia e meio ambiente no Brasil. São Paulo
/ Rio de Janeiro: HUCITEC / Comissão Nacional do Brasil da União Geográfica
Internacional, 1995.
CAPOZZOLI, Ulisses. 10 mitos sobre a sustentabilidade. São Paulo: Duetto, 2009.
80 p. (Terra 3.0; v. 1).
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8. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente atividade foi elaborada visando a real percepção dos
discentes, perante a relevância que a atuação da Educação Ambiente tem para a
melhoria das relações sociais, estabelecidas no ambiente escolar e fora dele.
Na conjuntura, as atividades propostas, tendem a fomentar a
capacidade do aluno em refletir sobre sua realidade escolar e também, sobre a
metodologia utilizada pelo professor durante o processo de ensino e aprendizagem,
de forma que fique evidenciado que o conhecimento consolidado no âmbito escolar
é fruto da integração de todas as disciplinas.
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9. REFERÊNCIAS
BIZERRIL, Marcelo Ximenes Aguiar; FARIA, Dóris Santos de. Processos de
Formação de Professores e o Desenvolvimento da Educação Ambiental nas Escolas
do Distrito Federal. In: II Encontro Pesquisa em Educação Ambiental Abordagens
Epidemiológicas e Metodológicas, 2003. Anais... São Carlos: UFSCAR, p.76-80,
2003.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: 2000.
CAMPOS, Pedro Celso. Meio Ambiente: a sustentabilidade passa pela educação
(em todos os níveis, inclusive pela mídia). Revista Em Questão, Porto Alegre, v. 12,
n. 2, p. 387-419, jun./dez. 2006. Disponível em:
<http://www.redalyc.org/html/4656/465645955010/index.html>. Acesso em: 30 de
outubro de 2017.
LIMA, Gustavo da Costa. O Discurso da Sustentabilidade e suas implicações para a
Educação. Revista Ambiente & Sociedade, v. 6, n. 2, jul./dez. 2003. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/sdi/ea/deds/arqs/gustlima_ambsoc.pdf>. Acesso em:
30 de outubro de 2017.
RODRIGUES, Silvana et al. Prática pedagógica na Educação Ambiental: Estudo de
caso. Educação Ambiental em ação, Novo Hamburgo - RS, v. 5, n. 2, p. 1-1,
set./nov. 2011. Disponível em: <http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=1102>.
Acesso em: 30 out. 2017.
SANTOS, Joseane Patrícia dos; JÓFILI, Zélia Maria Soares; OLIVEIRA, Gilvaneide
Ferreira de. Educação Ambiental na prática pedagógica dos docentes do curso de
Pedagogia. Amazônia - Revista de Educação em Ciências e Matemática, Belém,
v. 10, n. 19, p.62-77, ago./dez. 2013. Disponível em:
<http://periodicos.ufpa.br/index.php/revistaamazonia/article/view/2186/2479>.
Acesso em: 20 out. 2017.
STONE, Michael K.; BARLOW, Zenobia (orgs.) Alfabetização ecológica: a
educação das crianças para um mundo sustentável. São Paulo: Cultrix, 2006.
TRAJBER, Raquel; COSTA, Larissa Barbosa (Org.). Avaliando a Educação
Ambiental no Brasil. Materiais audiovisuais. São Paulo: Fundação Peirópolis/Instituto
ECOAR para a cidadania, 2001.
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