Frente a mudanças tecnológicas aceleradas e a incertezas inerentes a mudanças tributárias sistêmicas, faz sentido falar em reforma tributária no singular como um evento que marca um antes e um depois?
BERNARD APPY
Diretor do Centro de Cidadania Fiscal, foi secretário executivo, secretário de Política Econômica e secretário Extraordinário de Reformas Econômico-Fiscais do Ministério da Fazenda, de 2003 a 2009. Presidiu o Conselho de Administração do Banco do Brasil e foi diretor de Estratégia e Planejamento da BM&F Bovespa. Formou-se em Economia pela USP.
Palavra do Presidente
Com o objetivo de recolher subsídios da classe empresarial mineira objetivando propor a simplicação do Sistema Tributário Brasileiro, através de mudanças que o tornem mais racional e justo, a Federaminas promoveu o Painel Mineiro Tributarismo em Foco – O Imposto e o Seu Negócio em Uberlândia, Montes Claros, Pouso Alegre e Belo Horizonte, com o apoio das associações comerciais dessas cidades.
Como passo seguinte, a entidade criou a Comissão de Assuntos Tributários, coordenada pelo consultor Valmir Rodrigues da Silva e que, com base nos subsídios obtidos, elaborou um conjunto de propostas a ser entregue aos poderes Executivo e Legislativo como contribuição visando a reformular a legislação tributária do País.
As propostas estão contidas neste documento, e esperamos que elas possam concorrer para a eciente reformulação do Sistema Tributário Brasileiro.
Emílio Parolini
Presidente da Federaminas
Grupo Tributário - FEDERAMINAS
Em vista da necessidade de termos uma estrutura tributária justa, simples e racional, com tributos de qualidade, progressiva e estimuladora da produção e do emprego, fundamental para o desenvolvimento do país, solicitamos aos nossos governantes, federal, estadual e municipal, uma análise detalhada deste documento e a sua imediata aplicação, evitando ao máximo os efeitos do desânimo da classe empresarial diante da nossa realidade hoje, e consequentemente a diminuição da sonegação e da evasão tributária.
A complexidade do atual Sistema Tributário Brasileiro é um gargalo para a consolidação é uma aberração, parece que são feitas para ninguém entender e, assim, não aplicá-las de modo correto.
São essas as nossas propostas:
1. Que se possa fazer o uso racional das obrigações acessórias, tornando ilegal a solicitação de dados redundantes por órgãos públicos. Ou seja, as empresas cariam livres da cobrança de dados repetidos por parte dos diversos órgãos scalizadores.
2. Simplicar e descomplicar o Simples:
2.1. Reduzir as tabelas ao máximo de três: comércio, indústria e serviços.
2.2. Simplicar as tabelas estabelecendo-se o faturamento como parâmetro único para as alíquotas o
faturamento.
2.3. Reduzir o valor nominal das alíquotas tributárias, de forma a diminuir carga total sobre as empresas.
2.4. Ampliar limites máximos para enquadramento no Simples aumentando-se a abrangência do modelo
tributário e reduzindo-se a “Síndrome de Peter Pan”, que leva as empresas a terem medo de crescer e sair do Simples.
2.5. Usar a NF-e, NFS-e e a NFC-e para gerar as guias e declarações do Simples. Uma vez que as autoridades fazendárias já possuem as informações sobre o faturamento das empresas, as guias e declarações do Simples
poderiam ser preenchidas previamente, permitindo a sua conrmação ou alteração. 2.6. Fim da Substituição Tributária para as empresas no Simples
2.7. Fim do Difer
Até 2002, o PIS/PASEP e a COFINS incidentes sobre o faturamento das empresas eram apurados somente na sistemática cumulativa, sendo vedado o desconto dos créditos. A partir de 1°.12.2002, em relação ao PIS/PASEP, e 1°.02.2004, em relação à COFINS, passamos a conviver com dois regimes de apuração das contribuições: o cumulativo e o não-cumulativo. A nova sistemática de cálculo, ignorando o princípio da não cumulatividade, preferiu listar os créditos passíveis de dedução das contribuições. A cada apuração, o contribuinte deverá analisar quais créditos poderá utilizar para deduzir do montante devido das contribuições. Essa técnica, além de majorar a tributação em relação a determinados setores, dificultou enormemente a assimilação do conteúdo do novo sistema, haja vista o grande emaranhado de atos legais e normativos.
Palavra do Presidente
Com o objetivo de recolher subsídios da classe empresarial mineira objetivando propor a simplicação do Sistema Tributário Brasileiro, através de mudanças que o tornem mais racional e justo, a Federaminas promoveu o Painel Mineiro Tributarismo em Foco – O Imposto e o Seu Negócio em Uberlândia, Montes Claros, Pouso Alegre e Belo Horizonte, com o apoio das associações comerciais dessas cidades.
Como passo seguinte, a entidade criou a Comissão de Assuntos Tributários, coordenada pelo consultor Valmir Rodrigues da Silva e que, com base nos subsídios obtidos, elaborou um conjunto de propostas a ser entregue aos poderes Executivo e Legislativo como contribuição visando a reformular a legislação tributária do País.
As propostas estão contidas neste documento, e esperamos que elas possam concorrer para a eciente reformulação do Sistema Tributário Brasileiro.
Emílio Parolini
Presidente da Federaminas
Grupo Tributário - FEDERAMINAS
Em vista da necessidade de termos uma estrutura tributária justa, simples e racional, com tributos de qualidade, progressiva e estimuladora da produção e do emprego, fundamental para o desenvolvimento do país, solicitamos aos nossos governantes, federal, estadual e municipal, uma análise detalhada deste documento e a sua imediata aplicação, evitando ao máximo os efeitos do desânimo da classe empresarial diante da nossa realidade hoje, e consequentemente a diminuição da sonegação e da evasão tributária.
A complexidade do atual Sistema Tributário Brasileiro é um gargalo para a consolidação é uma aberração, parece que são feitas para ninguém entender e, assim, não aplicá-las de modo correto.
São essas as nossas propostas:
1. Que se possa fazer o uso racional das obrigações acessórias, tornando ilegal a solicitação de dados redundantes por órgãos públicos. Ou seja, as empresas cariam livres da cobrança de dados repetidos por parte dos diversos órgãos scalizadores.
2. Simplicar e descomplicar o Simples:
2.1. Reduzir as tabelas ao máximo de três: comércio, indústria e serviços.
2.2. Simplicar as tabelas estabelecendo-se o faturamento como parâmetro único para as alíquotas o
faturamento.
2.3. Reduzir o valor nominal das alíquotas tributárias, de forma a diminuir carga total sobre as empresas.
2.4. Ampliar limites máximos para enquadramento no Simples aumentando-se a abrangência do modelo
tributário e reduzindo-se a “Síndrome de Peter Pan”, que leva as empresas a terem medo de crescer e sair do Simples.
2.5. Usar a NF-e, NFS-e e a NFC-e para gerar as guias e declarações do Simples. Uma vez que as autoridades fazendárias já possuem as informações sobre o faturamento das empresas, as guias e declarações do Simples
poderiam ser preenchidas previamente, permitindo a sua conrmação ou alteração. 2.6. Fim da Substituição Tributária para as empresas no Simples
2.7. Fim do Difer
Até 2002, o PIS/PASEP e a COFINS incidentes sobre o faturamento das empresas eram apurados somente na sistemática cumulativa, sendo vedado o desconto dos créditos. A partir de 1°.12.2002, em relação ao PIS/PASEP, e 1°.02.2004, em relação à COFINS, passamos a conviver com dois regimes de apuração das contribuições: o cumulativo e o não-cumulativo. A nova sistemática de cálculo, ignorando o princípio da não cumulatividade, preferiu listar os créditos passíveis de dedução das contribuições. A cada apuração, o contribuinte deverá analisar quais créditos poderá utilizar para deduzir do montante devido das contribuições. Essa técnica, além de majorar a tributação em relação a determinados setores, dificultou enormemente a assimilação do conteúdo do novo sistema, haja vista o grande emaranhado de atos legais e normativos.
Frente a mudanças tecnológicas aceleradas e a incertezas inerentes a mudanças tributárias sistêmicas, faz sentido falar em reforma tributária no singular como um evento que marca um antes e um depois?
EVERARDO MACIEL
Sócio-presidente da Logos Consultoria Fiscal e presidente do Conselho Consultivo do ETCO (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial), foi secretário da Receita Federal. Atuou como secretário de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal, secretário da Fazenda e da Educação de Pernambuco e ministro, em caráter interino, da Fazenda, da Educação e do Interior.
SAGE | IOB CORPORATE - MAPEAMENTO DE RISCOS - ESTUDO TRIBUTÁRIOMartcom Digital
Conheça o Estudo Tributário
Consiste na realização de um estudo aprofundado sobre as atividades operacionais da empresa com intuito de verificar potenciais reduções tributárias a partir de discussões sobre a localidade da empresa, mecanismo de operação, mercado consumidor e etc. Serão ainda abordados os eventuais incentivos fiscais que possam exigir passiveis de aproveitamento pelo cliente. Trata-se de uma solução customizada, que atende às necessidades específicas de cada empresa.
O novo regime tributário: o impacto na Economia AngolanaJanísio Salomao
o presente artigo aborda as questões relacionadas com a entrada em vigor do novo regime tributário em Angola. São analisados os benefícios ou vantagens na economia e as desvantagens para a Economia
A Gestão Estratégica e Tributária em Suprimentos, tem por finalidade definir o custo contábil para Estoque, no qual hoje é a forma correta para definir suas aquisições, pois em função do seu regime de compras e vendas, diversas variantes podem variar o seu custo contábil para estoque, como: regime de compras, vendas, utilização do material, diferencial de alíquotas, redução de base de cálculo, substituição tributária e outros.
Frente a mudanças tecnológicas aceleradas e a incertezas inerentes a mudanças tributárias sistêmicas, faz sentido falar em reforma tributária no singular como um evento que marca um antes e um depois?
EVERARDO MACIEL
Sócio-presidente da Logos Consultoria Fiscal e presidente do Conselho Consultivo do ETCO (Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial), foi secretário da Receita Federal. Atuou como secretário de Fazenda e Planejamento do Distrito Federal, secretário da Fazenda e da Educação de Pernambuco e ministro, em caráter interino, da Fazenda, da Educação e do Interior.
SAGE | IOB CORPORATE - MAPEAMENTO DE RISCOS - ESTUDO TRIBUTÁRIOMartcom Digital
Conheça o Estudo Tributário
Consiste na realização de um estudo aprofundado sobre as atividades operacionais da empresa com intuito de verificar potenciais reduções tributárias a partir de discussões sobre a localidade da empresa, mecanismo de operação, mercado consumidor e etc. Serão ainda abordados os eventuais incentivos fiscais que possam exigir passiveis de aproveitamento pelo cliente. Trata-se de uma solução customizada, que atende às necessidades específicas de cada empresa.
O novo regime tributário: o impacto na Economia AngolanaJanísio Salomao
o presente artigo aborda as questões relacionadas com a entrada em vigor do novo regime tributário em Angola. São analisados os benefícios ou vantagens na economia e as desvantagens para a Economia
A Gestão Estratégica e Tributária em Suprimentos, tem por finalidade definir o custo contábil para Estoque, no qual hoje é a forma correta para definir suas aquisições, pois em função do seu regime de compras e vendas, diversas variantes podem variar o seu custo contábil para estoque, como: regime de compras, vendas, utilização do material, diferencial de alíquotas, redução de base de cálculo, substituição tributária e outros.
Nesta edição do evento aos clientes TOTVS foram abordados os principais assuntos propostos pelo governo para o ano de 2020, com temas de maior impacto às empresas na atualidade, que afetam as organizações e carecem de uma preparação adequada do contribuinte.
Neste material, mostramos todas as questões que estão em discussão sobre a Reforma Tributária e seus possíveis reflexos para empresas, população e economia em geral.
NESTE GUIA VOCÊ VAI LER:
- As mudanças que estão em discussão
- Propostas do Governo para a Reforma Tributária
- Detalhes sobre as PECs 45 e 110
- Opiniões de especialistas sobre o assunto
Está disponível a apresentação de Ricardo da Palma Borges, subordinada ao tema "O Planeamento das Grandes Empresas - A Reforma do IRC: Perspectivas e Contradições", no âmbito da Conferência Católica Tax "A REFORMA DO IRC: PERSPECTIVAS E CONTRADIÇÕES" no dia 29 de Outubro de 2013.
II Seminário de Política Tributária Coor
denação-Geral de Política Tributária
Visão Geral
1.
Parte teórica:
9
- tributação da renda real,
9
- tributação presumida,
2. Análise de dados nacionais e
regionais
Semelhante a A difícil reforma tributária: desafios políticos, conceituais e práticos - Bernard Appy (20)
LARRY DIAMOND
Membro-sênior na Hoover Institution e no Freeman Spogli Institute for International Studies, na Universidade Stanford, onde leciona Ciência Política e Sociologia. Dirigiu por mais de seis anos o Centro sobre Democracia, Desenvolvimento e Estado de Direito (CDDRL), na mesma universidade. É coeditor e fundador do mundialmente respeitado Journal of Democracy. Pesquisa tendências e condições democráticas ao redor do mundo e políticas e reformas para defender e promover a democracia. Editou ou co-editou mais de 40 livros sobre o desenvolvimento democrático no planeta, sendo o mais recente "Ill winds: saving democracy from Russian rage, Chinese ambition, and American complacency" (Penguin Books, 2020).
O Acordo de Paris, firmado em dezembro de 2015, prevê que os países adotarão políticas nacionalmente determinadas para sustentar o compromisso global de evitar o risco de uma mudança climática descontrolada.
Signatário do acordo, o Brasil apresentou suas Contribuições Nacionalmente Determinadas com a meta de reduzir em 37% as suas emissões de gases de efeito estufa até 2025, em comparação com 2005.
Cinco anos após Paris, o mundo é colhido pela pandemia da Covid-19, Além dos impactos de curto prazo, ela reforça as tendências globais preexistentes de crescimento anêmico, alto desemprego e aumento das desigualdades sociais. O Brasil é um dos países mais atingidos pela pandemia.
A urgência de retomar o crescimento é uma oportunidade ou uma ameaça à transição para uma economia de baixo carbono? Quais setores e tecnologias deveriam merecer maior atenção para compatibilizar a urgência da retomada e os requisitos da sustentabilidade? Como financiar a "retomada verde"? Qual o papel do setor privado e do Estado, dos organismos multilaterais, dos bancos públicos e do mercado de capitais? Quais as implicações desse desafio para a política externa brasileira?
PALESTRANTE
JOAQUIM LEVY
Atualmente é visitante (fellow) no Instituto Steyer Taylor de Energia e Finanças da Universidade de Stanford. Ex CFO do Banco Mundial e Ministro da Fazenda do Brasil, Joaquim foi estrategista chefe e CEO da BRAM-Bradesco asset management.
A pandemia da Covid-19 obrigou ao fechamento das escolas e à adoção de novos meios para dar um mínimo de continuidade ao processo de ensino-aprendizado. A experiência não é vivida da mesma forma por todos os países, muito menos por diferentes grupos sociais dentro de cada um deles. Além de lidar com a situação presente, os gestores públicos têm de planejar o futuro: qual o impacto desse período sobre alunos e professores, como minorar danos e encurtar distâncias eventualmente alargadas durante o período de suspensão das aulas presenciais, o que deve ser incorporado ao processo de ensino-aprendizado de modo mais permanente?
Para responder a essas e outras perguntas o Todos pela Educação produziu um nota técnica baseada na experiência de países que já passaram por longos períodos de suspensão do ano letivo devido a guerras, epidemias, terremotos, etc.
PRISCILA CRUZ
Presidente-executiva e co-fundadora do Todos Pela Educação, é presidente do Conselho do Instituto Articule. Mestre em Administração Pública pela Harvard Kennedy School of Government, é membro dos Conselhos do Departamento de Pesquisas Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça (DPJ/CNJ), do Museu de Arte Moderna de São Paulo, da Fundação Itaú Social, do Instituto Singularidades, do CEIPE/FGV e do Diversa do Instituto Rodrigo Mendes.
A Fundação Fernando Henrique Cardoso (FFHC) e o Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CEBRI) convidam para o webinar:
China and the New Coronavirus: challenges of an interconnected world
Neste evento, o economista Arthur Kroeber, diretor da Gavegal Dragonomics, empresa de consultoria global com foco na economia chinesa, apresentará sua visão sobre o impacto da pandemia do Covid - 19 na China e na economia mundial. Apoiado em ampla base de dados e reconhecida capacidade analítica, traçará cenários para o futuro imediato e de médio prazo, considerando as dimensões do desafio e as respostas dadas até aqui pelo governo da China, dos Estados Unidos e da Europa.
PALESTRANTE
ARTHUR KROEBER
Sócio Fundador e Chefe de Pesquisa da Gavekal, foi co-fundador do serviço de pesquisa Dragonomics, com foco na China, em 2002, em Pequim, e é o editor-chefe do China Economic Quarterly. Desde a fusão da Dragonomics em 2011 com a Gavekal Research, ele foi chefe de pesquisa da operação combinada. Antes de fundar a Dragonomics, ele foi de 1987 a 2002 um jornalista especializado em assuntos econômicos asiáticos, e reportou da China, Índia, Paquistão e outros países asiáticos. Ele publicou amplamente em jornais, revistas e periódicos acadêmicos e é membro do Brookings-Tsinghua Center em Pequim.
A pandemia do Covid-19 está submetendo todos os principais sistemas de saúde do mundo a um impacto sem precedentes nos últimos 100 anos. A capacidade de resposta dos sistemas depende não apenas da sua organização e disponibilidade de recursos em tempos normais, mas da prontidão que cada um dos sistemas de saúde tem para reagir a situações de emergência. Já há informação suficiente para saber quais os sistemas de saúde que estão respondendo melhor à pandemia e identificar os fatores que explicam a variação no desempenho entre eles.
CONVIDADO:
ANDRÉ CEZAR MEDICI
Economista sênior em saúde do Banco Mundial, dedica-se há mais de 30 anos a temas relacionados à economia e gestão de saúde e outras políticas sociais. É doutor em História Econômica (USP) e especialista em Seguridade Social (Universidade de Harvard). Trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento.
Computação em Nuvem, Big Data, Blockchain, Inteligência Artificial, a disseminação de um conjunto de novas tecnologias vem mudando a estrutura e o modo de funcionamento do sistema financeiro no mundo e no Brasil. Surgem novas instituições (as fintechs), fronteiras setoriais se tornam permeáveis (empresas tradicionais de outros setores passam a prestar serviços financeiros) e os bancos são obrigados a mudar aceleradamente para não perder a liderança. Os impactos se estendem a todos os serviços financeiros, da concessão de crédito à execução de pagamentos, passando pelo segmento de seguros, entre outros.
Que novo balanço de riscos e oportunidades essas mudanças criam para a economia e a sociedade, para empresas, famílias e indivíduos?
MURILO PORTUGAL FILHO
Presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) desde 2011, teve sólida carreira no setor público, como Secretário do Tesouro Nacional e Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, entre outras funções, e em organismos internacionais, como Diretor Executivo do Banco Mundial, Diretor Executivo e Vice Diretor Geral do Fundo Monetário Internacional (FMI). É Mestre em Economia pela Universidade de Manchester (Reino Unido).
Ainda estão vivas na memória as imagens do derramamento de petróleo que atingiu as praias brasileiras, do Maranhão ao Rio de Janeiro. O choque nos despertou para os riscos a que está exposta a vida marinha num país com uma costa litorânea tão extensa e densamente povoada quanto o Brasil. E para a necessidade de protegê-la, não apenas de "crises agudas" que ganham as manchetes dos jornais, mas também de silenciosos processos de degradação que a ameaçam permanentemente. O desafio do desenvolvimento sustentável não é pequeno na Amazônia azul, incluída a faixa litorânea.
Estamos preparados para enfrentar esse desafio, que se tornará cada vez maior à medida que se intensifique o uso dos recursos do mar, do seu leito e do seu subsolo? Que lições aprendemos com o recente episódio de derramamento de petróleo? Que políticas e medidas devem ser adotadas para compatibilizar a exploração dos recursos naturais com a preservação da vida marinha e das atividades e populações que dela dependem?
Para abordar essas questões, a Fundação FHC reúne um painel de especialistas, com representantes da Universidade, da Marinha Brasileira e do setor privado.
MIGUEL MARQUES
Economista, é sócio da PwC Portugal e líder do Centro de Excelência Global da PwC para os Assuntos do Mar. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto, é pós-graduado pela Kellogg Northwestern University (Chicago – EUA).
Ainda estão vivas na memória as imagens do derramamento de petróleo que atingiu as praias brasileiras, do Maranhão ao Rio de Janeiro. O choque nos despertou para os riscos a que está exposta a vida marinha num país com uma costa litorânea tão extensa e densamente povoada quanto o Brasil. E para a necessidade de protegê-la, não apenas de "crises agudas" que ganham as manchetes dos jornais, mas também de silenciosos processos de degradação que a ameaçam permanentemente. O desafio do desenvolvimento sustentável não é pequeno na Amazônia azul, incluída a faixa litorânea.
Estamos preparados para enfrentar esse desafio, que se tornará cada vez maior à medida que se intensifique o uso dos recursos do mar, do seu leito e do seu subsolo? Que lições aprendemos com o recente episódio de derramamento de petróleo? Que políticas e medidas devem ser adotadas para compatibilizar a exploração dos recursos naturais com a preservação da vida marinha e das atividades e populações que dela dependem?
Para abordar essas questões, a Fundação FHC reúne um painel de especialistas, com representantes da Universidade, da Marinha Brasileira e do setor privado
LEANDRO MACHADO CRUZ
Capitão de Corveta do Quadro Técnico da Marinha, é mestre pelo programa de Oceanografia Física do Instituto Oceanográfico da USP. Encarregado da Divisão de Previsão Numérica do CHM, serve no Centro de Hidrografia da Marinha desde 2007, onde já foi previsor do Serviço Meteorológico Marinho (CHM), embarcando em missões operativas nos navios polares e da esquadra.
O Congresso Nacional em 2019 aprovou em nove meses a reforma da previdência. Colocou em tramitação a reforma tributária, com duas propostas originadas no próprio Legislativo, entre várias outras iniciativas importantes. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, teve papel decisivo nesse processo.
Deve-se esperar a continuidade do protagonismo parlamentar em 2020. Quais temas merecerão prioridade no Congresso, que reformas poderão ser aprovadas?
Para discutir essas questões, a Fundação FHC receberá o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Também participará do debate o economista Marcos Mendes, chefe da assessoria especial do Ministro da Fazenda (2016-2018) e autor do livro “Por que é tão difícil fazer reformas econômicas no Brasil?” (Editora Elsevier, 2019).
MARCOS MENDES
Pesquisador Associado do Insper, é consultor Legislativo do Senado desde 1995. Doutor em Economia pela USP, é autor do livro “Por que é difícil fazer reformas econômicas no Brasil?” (2019).
Mesmo nos piores momentos da crise recente, o Brasil continuou a ser um dos destinos importantes do investimento direto estrangeiro no mundo. Agora, com a melhora da economia brasileira, a retomada de programas de concessão e privatização na União e nos Estados e a farta liquidez internacional, as perspectivas são de crescimento significativo do fluxo de investimentos diretos estrangeiros para o país. Há sinais iniciais nessa direção, mas persistem dúvidas no horizonte.
Para avaliar as perspectivas do investimento direto estrangeiro no Brasil e seu impacto sobre o crescimento da economia nos próximos anos, a Fundação FHC tem o prazer de convidar para a palestra do economista Renato Baumann, um dos maiores especialistas brasileiros em economia internacional, hoje Subsecretário para investimento estrangeiro da Secretaria-Executiva da CAMEX.
PALESTRANTE
RENATO BAUMANN
Economista com doutorado pela Universidade de Oxford, é subsecretário de Investimentos Estrangeiros da Secretaria-Executiva da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior, ligada ao Ministério da Economia) e membro do Comitê Consultivo do CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China). Técnico de Planejamento do IPEA desde 1975, foi diretor do Escritório da CEPAL no Brasil (1995-2010) e professor do Departamento de Economia da UnB de (1983-2019). É autor de 14 livros e dezenas de artigos publicados.
Professor da Science Po, em Paris, o cientista político francês Dominique Reynié é também o diretor da Fondation Pour L’Innovation Politique, considerado o melhor think tank da França pelo quinto ano consecutivo (Global Think Tank Index Report).
Reynié coordenou uma ampla pesquisa sobre o estado da democracia no mundo.
Aplicada em 42 países, com mais de 36 mil entrevistas, a pesquisa resultou na publicação de dois volumes. "Démocraties sous tension" reúne artigos de 45 autores sobre os dados coletados. No Brasil, a iniciativa contou com o apoio do think tank República do Amanhã.
Neste debate, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Dominique Reynié apresentará as principais conclusões de "Démocraties sous tension". No evento, será lançada a edição em português.
DOMINIQUE REYNIÉ
Professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris (conhecido como Sciences Po), é diretor do think tank francês Fondation pour I´innovation politique (Fondapol). É autor de diversos livros sobre movimentos eleitorais e grandes transformações da opinião pública, entre eles Le vertige social nationaliste: La gauche du Non (La Table ronde, 2005) e Nouveaux Populismes (Pluriel, 2013). Dirigiu as publicações Où va la démocratie? (Plon, 2017) e Démocraties sous tension (Fondation pour l’innovation politique, 2019).
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Wilson Ferreira (Eletrobras)
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Newton José Leme Duarte (Associação da Indústria de Cogeração de Energia - COGEN)
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
Palestrante
Luis Henrique Guimarães (COSAN)
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Jerson Kelman (Eneva)
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Giovani Machado (Empresa de Pesquisa Energética - EPE)
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Giovani Machado (Empresa de Pesquisa Energética - EPE)
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Flávio Antônio Neiva (Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica - ABRAGE)
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Filipe Domingues (Deputy country manager da EDP Renováveis Brasil)
A participação das fontes renováveis na matriz energética coloca o Brasil em destaque no mundo. Projeções firmes mostram que essas fontes responderão pela maior parte da expansão da capacidade instalada nos próximos cinco anos. É grande o potencial do setor energético para impulsionar o crescimento do país e ajudar na sua transição para uma economia com menor emissão de gases de efeito estufa.
Com painéis sobre as energias hidrelétrica, eólica, solar e de biomassa, este seminário reunirá autoridades, especialistas e formuladores de políticas para discutir os desafios e oportunidades para a ampliação da oferta de energias renováveis e suas consequências para o desenvolvimento do país.
PALESTRANTE
Elbia Silva Gannoum (Associação Brasileira de Energia Eólica - ABEEólica)
2. As características de um bom sistema tributário estão
bem estabelecidas na literatura
Simplicidade para os contribuintes
Neutralidade, de modo a não prejudicar a
organização eficiente da produção
Transparência, para que os contribuintes saibam
quanto pagam de impostos
Equidade horizontal e vertical
Um bom sistema tributário também deve deixar pouca
margem para a evasão
Introdução
O que é um bom sistema tributário?
2
3. O sistema tributário brasileiro não tem nenhuma das
características de um bom sistema tributário
Distorções alocativas (falta de neutralidade)
Iniquidades distributivas injustificáveis
Elevada litigiosidade (custo para as empresas e
insegurança jurídica)
Grande complexidade e custo de conformidade
Falta de transparência
Tensões federativas
Introdução
Distorções do Sistema Tributário
3
4. A agenda de reformas do modelo brasileiro de
tributação é ampla e envolve várias áreas
Tributos sobre bens e serviços – agenda mais
importante para a produtividade e para a redução das
tensões federativas
Tributos sobre a renda – agenda distributiva
Tributos sobre a folha – formalização
Regimes simplificados – correção de distorções
Processo administrativo fiscal (e relação
fisco/contribuinte) – segurança jurídica
Introdução
Agenda de reformas
4
6. O Brasil possui cinco tributos gerais sobre bens e serviços
Base fragmentada entre os entes federativos
Multiplicidade de benefícios fiscais, regimes especiais e
alíquotas efetivas
Tributação na origem (ICMS e ISS)
Cumulatividade
Tributos sobre bens e serviços
Modelo atual
6
Ñ Cumul. Cumul
Indústria
Comércio
Serviços
Agropecuária
Construção Civil
PIS/Cofins
IPI ICMS ISS
Padrão de incidência tributária setorial
7. O modelo brasileiro de tributação de bens e serviços
tem uma série de impactos negativos
Grandes distorções na organização da produção
Prejuízo às exportações e investimentos
(cumulatividade e tributação na origem)
Tensões federativas (tributação na origem e fronteira
ICMS/ISS)
Absoluta falta de transparência (prejudicando a
responsabilidade política)
Principal responsável pelo custo de compliance e pelo
contencioso tributário
Tributos sobre bens e serviços
Distorções do modelo atual
7
8. Tais problemas não existiriam se o Brasil tivesse um
bom imposto sobre o valor adicionado (IVA), cujas
características estão bem estabelecidas na literatura
Base ampla de bens e serviços
Crédito amplo e ressarcimento tempestivo de créditos
Desoneração de exportações e investimentos
Cobrança no destino
É impossível migrar para um bom IVA mantendo os
tributos atuais
O custo político de uma reforma “fatiada” (incompleta)
pode ser tão grande quanto o de uma reforma ampla
Tributos sobre bens e serviços
O que pode ser feito?
8
9. O IVA é um imposto sobre o consumo cobrado ao longo
da cadeia de produção e comercialização, cuja
incidência independe da forma de organização da
produção
Tributos sobre bens e serviços
Vantagens do IVA
9
Alíquota
(B)
Débito
(C= A*B)
Crédito
(D)
Imposto
devido (C-D)
Etapa 1 100 10% 10 10
Etapa 2 200 10% 20 10 10
Produto final 400 10% 40 20 20
Tributação total 40
Exemplo de incidência de um IVA
Valor da
venda (A)
IVA não cumulativo
10. Dada a dificuldade de reformar o sistema atual,
propomos a criação de um novo imposto (no modelo IVA
e baseado nas melhores práticas internacionais), que
substituiria progressivamente cinco tributos
Proposta CCiF
Introdução
10
PIS/Cofins/IPI/ICMS/ISS
Imposto sobre Bens
e Serviços (IBS)
O modelo seria complementado por um imposto seletivo,
federal, com incidência monofásica sobre bens e serviços
com externalidades negativas (como fumo e bebidas)
12. Principais características do IBS
Incidência não-cumulativa sobre base ampla de
bens e serviços, inclusive intangíveis
Desoneração completa das exportações
Crédito integral e imediato para investimentos
Crédito amplo sobre todos os bens e serviços
utilizados na atividade empresarial
Ressarcimento tempestivo de créditos (60 dias)
Incidência sobre o preço líquido de tributos
Arrecadação centralizada
Proposta CCiF
Características gerais
12
13. O CCiF entende que o IBS deveria ter apenas uma
alíquota, a exemplo dos melhores IVAs do mundo
- Proposta é politicamente complexa, mas benefícios
são grandes (menor complexidade, redução da
elisão e do contencioso e maior transparência)
- O fato de um setor ser menos tributado hoje não é
motivo suficiente para alíquota menor no IBS
- A redução da alíquota para qualquer setor implica
em alíquota mais elevada para os demais
O IBS deve ter o mínimo de regimes especiais
- Substituição tributária limitada a poucos casos
Proposta CCiF
Alíquota e regimes especiais
13
14. O objetivo do IBS deve ser o de arrecadar
Outros objetivos de políticas públicas podem ser
alcançados de forma mais eficiente através de
outros instrumentos (como recursos
orçamentários)
- Sociais (e.g. desoneração da cesta básica)
- Regionais (e.g. Zona Franca de Manaus)
- Setoriais
Proposta CCiF
Extrafiscalidade
14
15. Os estados e municípios teriam autonomia na
fixação de sua parcela da alíquota do IBS
- Alíquota poderia ser fixada acima ou abaixo da
alíquota de referência (que é a que garante a
manutenção da receita total do ICMS e ISS)
- Operações interestaduais e intermunicipais:
alíquota do destino
Distribuição da receita, após transição, seria
proporcional ao consumo (princípio do destino)
- Distribuição seria feita com base no imposto
apurado por estado/município, ajustado pelas
transações interestaduais/intermunicipais
Proposta CCiF
Estados e Municípios
15
16. Transição na distribuição federativa da receita
seria feita ao longo de 50 anos
- Nos primeiros 20 anos apenas o crescimento real
da receita seria distribuído pelos novos critérios
- Nos 30 anos seguintes haveria convergência para
os novos critérios de distribuição da receita
Redução das desigualdades exige reforço da
Política de Desenvolvimento Regional
- Ideal seria a aplicação em mecanismos eficientes
de redução das desigualdades regionais, como
infraestrutura e qualificação de trabalhadores
Proposta CCiF
Estados e Municípios
16
17. Proposta CCiF
Estados e Municípios
17
88%
90%
92%
94%
96%
98%
100%
102%
104%
106%
108%
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Anos a partir do início da transição
Exemplo para estado "perdedor"
Sem ajuste Com ajuste
Ajuste e crescimento Sem reforma
18. Alíquota do IBS (percebida pelo contribuinte) seria
soma de várias alíquotas singulares:
- Federais, correspondentes às destinações atuais do
PIS, Cofins e IPI
- Estaduais (destinações atuais do ICMS)
- Municipais (destinações atuais do ISS)
Alíquotas singulares poderiam ser alteradas por lei
da respectiva unidade federada (observadas
algumas restrições)
- Modelo reduz muito a rigidez orçamentária
- Maior transparência para os contribuintes
Proposta CCiF
Alíquota e distribuição da receita
18
19. Proposta CCiF
Alíquota e distribuição da receita
19
Alíquota Singular Tributo Atual
Gerenciável pela União 9,2%
Parcela Federal
Livre 2,90% PIS/Cofins/IPI
Seguridade Social 4,63% Cofins
FAT - Seg. Des. e Abono 0,58%
FAT - BNDES 0,39%
Fundos Regionais 0,04%
Parcela Estadual
Educação 0,09%
Saúde 0,04%
Livre 0,22%
Parcela Municipal
Educação 0,08%
Saúde 0,05%
Livre 0,20%
IPI
PIS
20. Proposta CCiF
Alíquota e distribuição da receita
20
Alíquota Singular Tributo Atual
Gerenciável pelos Estados 13,8%
Parcela Estadual
Educação 2,58%
Saúde 1,24%
Livre 6,51%
Parcela Municipal
Educação 0,86%
Saúde 0,52%
Livre 2,07%
Gerenciável pelos Municípios 2,0%
Parcela Municipal
Educação 0,50%
Saúde 0,30%
Livre 1,21%
Total 25,00%
ICMS
ISS
21. Mudança depende de Emenda Constitucional
Legislação e regulamento: nacionais
Cobrança e Fiscalização: coordenada e
uniformizada entre União, estados e municípios
- Interpretação/consulta: órgão com representantes
dos fiscos das três esferas de governo
Contencioso administrativo
- Primeira instância: estadual
- Segunda instância (harmonizadora): nacional
Contencioso judicial: federal
Proposta CCiF
Legislação, Fiscalização e Contencioso
21
22. Empresas do SIMPLES teriam duas opções
- Manter o regime atual, sem apropriação ou
transferência de créditos
- Adesão integral ao IBS, com redução da alíquota do
SIMPLES correspondente aos cinco tributos
substituídos pelo IBS
Para as empresas do lucro presumido seria
aplicado o regime normal do IBS
Simplicidade do imposto pode permitir o
lançamento de ofício para MPEs
Proposta CCiF
Interação com o SIMPLES
22
23. Proposta do CCiF não é um modelo fechado, mas
uma contribuição para o debate sobre a reforma
tributária
Benefícios da mudança proposta
- Melhoria significativa do ambiente de negócios
(redução do custo de observância e do contencioso)
- Aumento relevante da produtividade e do PIB
potencial
- Aumento do investimento
- Redução do custo
- Redução da insegurança jurídica
Proposta CCiF
Comentários finais
23
27. O modelo brasileiro de tributação da renda tem vários
problemas
Erosão das bases tributárias
Falta de isonomia na tributação da atividade econômica
Insuficiente progressividade efetiva
Complexidade e peso das obrigações acessórias
No entanto, o modelo atual também tem características
positivas que merecem ser mantidas
Sistema dual de tributação da pessoa física
Retenção na fonte pelas fontes pagadoras (mas há excessos)
Regime diferenciado para pequenos negócios (mas não o atual)
Interação eletrônica entre o fisco, fontes pagadoras e
contribuintes
Tributação da renda
Introdução
27
28. Pefil dos declarantes do IRPF (ano base 2016)
Total 28.004 2.745 1.620 281 844 30,7%
Até 10 22.274 995 796 64 134 13,5%
Mais de 10 até 40 5.050 947 617 84 246 26,0%
Mais de 40 até 160 611 419 160 54 205 49,0%
Mais de 160 68 385 46 80 259 67,2%
Propriet. de empresas1
2.550 746 169 96 481 64,4%
Até 10 1.367 70 33 2 34 48,5%
Mais de 10 até 40 863 183 63 12 109 59,2%
Mais de 40 até 160 273 201 49 20 131 65,2%
Mais de 160 47 293 23 62 208 71,0%
Fonte: RFB. (1) Recebedores de lucros e dividendos e sócios e titulares de micro e pequenas empresas.
Faixas salairias (SM)
Quantidade de
Declarantes
(mil)
Rendimentos (R$ bilhões)
Total (A) Tributáveis
Tribut.
Exclus.
Isentos (B) (B)/(A)
Tributação da renda
Falta de isonomia e progressividade insuficiente
28
29. O IRPF é o instrumento por excelência para realizar a função
redistributiva do sistema tributário
No Brasil a função redistributiva do IRFP, e seu potencial de
arrecadação, são comprometidos por vários motivos
Regimes tributários preferenciais (pejotização)
Isenção sobre diversos rendimentos financeiros
Incentivos fiscais
Categorias de renda que fogem à tributação (ex. auxílios)
A utilização plena do regime dual, no qual a renda do trabalho é
tributada de forma progressiva e a renda do capital de forma
proporcional, resultaria em simplicidade, ampliação da base e
maior progressividade efetiva
Tributação da renda
Pessoas físicas
29
30. O modelo brasileiro de tributação do lucro prejudica a
competitividade do país como polo de investimento
Alíquota elevada (34%) em um contexto de acirramento da
disputa tributária entre países
Problema é parcialmente mitigado pela isenção na
distribuição de dividendos e pelo modelo de JCP
Modelo de tributação de controladas e coligadas no exterior
Grande complexidade (limites elevados para a tributação
estimada no Lucro Presumido e no SIMPLES)
Em contrapartida, há uma série de possibilidades de redução da
base tributável, que geram distorções e perda de arrecadação
Excesso de benefícios fiscais (que geram distorções)
Tributação das reorganizações empresariais
Tratamento de rendimentos pessoais como renda empresarial
Tributação da renda
Pessoas jurídicas
30
31. A reforma da tributação das pessoas jurídicas deveria tratar
simultaneamente de todas as distorções
Eventual redução da alíquota, acompanhando a tendência
internacional, deveria vir acompanhada de medidas de
aumento da base tributável, corrigindo distorções
Simplificação do IRPJ permitiria reduzir o âmbito da tributação
em bases estimadas
Unificação IRPJ/CSLL (ou da legislação), tomando cuidado para
não aumentar a rigidez orçamentária
A mudança provavelmente também exigirá alguma forma de
integração entre o IRPJ e o IRPF
Imposto recolhido na empresa constitui adiantamento da
tributação do sócio/acionista
Fechamento de brechas na tributação da renda do trabalho
Tributação da renda
Pessoas jurídicas
31
32. A tributação de instrumentos financeiros gera muitas distorções
Diferenciação por instrumento, destinação dos recursos e
prazo, muitas vezes beneficiando aplicadores de alta renda
O ideal é a adoção de um regime uniforme aplicado a todos
instrumentos de poupança e investimento financeiro
Incidência sobre componente real do rendimento deve ser
compatível com a tributação das pessoas físicas
Retenção pela entidade liquidante na renda variável
Manter tributação sobre ganho de capital da PF na realização
No agregado, as mudanças na tributação da renda tendem a
gerar um aumento de arrecadação, que deveria ser alocado na
redução de tributos distorcivos e regressivos
Tributação da renda
Mercado financeiro
32
34. A tributação da folha de salários no Brasil é muito elevada para
padrões internacionais
Financiamento da previdência + “penduricalhos”
Média das contribuições para a seguridade na OCDE: 22,9%
Elevada tributação da folha dificulta a formalização de
trabalhadores de baixa renda
• Problema é agravado pela existência de benefícios
assistenciais semelhantes aos previdenciários
• Multiplicidade de regimes de contribuição gera possibilidade
de arbitragem e distorções alocativas
Contribuição das empresas sobre o valor dos salários que
excede o teto do salário de contribuição é um dos principais
motivos para a “pejotização”
Tributos sobre a folha de salários
Distorções
34
35. Tributos sobre a folha de salários
Incidência para uma empresa padrão
35
Contribuições sobre folha (sem FGTS)
Mínimo Máximo
Empregador (salário integral) 26,3% 31,8%
Previdenciárias 20,5% 26,0%
INSS
Seg. Acid. Trab. 0,5% 6,0%
Não Previdenciárias
Salário Educação
Sistema S
SEBRAE
INCRA
Empregado (limitado ao teto Sal. Contrib.) 8,0% 11,0%
Total 34,3% 42,8%
0,6%
0,2%
5,8%
Obs. Contribuições incidentes sobra a folha de salários de uma
empresa industrial ou comercial típica. A alíquota total se aplica
apenas até o teto do salário de contribuição.
20,0%
2,5%
2,5%
36. Idealmente, a solução dos problemas na tributação da folha de
salários passa mudanças em três áreas (e inclui alterações nos
benefícios previdenciários e assistenciais)
a) Baixa renda
Criação de um benefício não-contributivo para todo brasileiro
com idade para aposentadoria (Renda Básica do Idoso – RBI)
Valor inicial pode ser SM, mas seria desvinculado do SM
Desoneração da parcela de todos os salários equivalente à RBI
Desoneração alcançaria contribuição para aposentadoria,
mas não contribuição para benefícios de risco exclusivos de
trabalhadores formais (ex. auxílio-doença)
Custo estimado: R$ 80 bi/ano
Tributos sobre a folha de salários
Proposta de reforma
36
37. Tributação da folha de salários
Exemplo de aplicação da proposta
37
Exemplo de contribuição no modelo proposto
RBI (10%) Acima RBI (30%) Total
1.000 100 0 100 10,0%
1.500 100 150 250 16,7%
2.000 100 300 400 20,0%
5.000 100 1.200 1.300 26,0%
Alíquota
Efetiva
Contribuição ao INSS (R$)
Salário (R$)
Exemplo de benefício (hip: salário real R$ 2.000)
0 10 20 40
Renda Básica Idoso 1.000 1.000 1.000 1.000
Benef. Contributivo 0 250 500 1.000
Total 1.000 1.250 1.500 2.000
anos de contribuição
38. b) Alta renda
Propõe-se limitar as contribuições previdenciárias (inclusive
patronais) ao teto do salário de contribuição
Custo estimado: R$ 40 bi/ano
c) Penduricalhos
Propõe-se que os “penduricalhos” incidentes sobre a folha
sejam cobrados sobre outra base ou eliminados
Custo estimado: R$ 38 bi/ano
Mudança permitiria um único regime de financiamento da
previdência para todos trabalhadores
Vinculação explícita entre contribuições e benefícios
Exige elevação de outros tributos
Tributos sobre a folha de salários
Proposta de reforma
38
40. Usualmente as empresas são tributada sobre três bases
Valor adicionado
Lucro
Folha de salários
O Brasil possui três regimes simplificados de tributação para
pequenos negócios, com limites extremamente elevados
Lucro Presumido (receita anual < R$ 78 milhões)
• Lucro e PIS/Cofins tributados sobre o faturamento
SIMPLES (receita anual < R$ 4,8 milhões)
• Substituição das três bases pelo faturamento
MEI (receita anual < R$ 81 mil)
• Valor fixo mensal (próximo a R$ 50,00)
Regimes simplificados
Modelo brasileiro
40
41. Limites de enquadramento muito elevados
Limite para dispensa de registro/isenção do IVA na OCDE:
Mediana: US$ 27,5 mil / Máximo: US$ 115 mil
Impactos distributivos injustificáveis
Favorecimento de negócios com altas margens
Tributação dos sócios muito inferior à do trabalho formal
Impactos negativos sobre produtividade
Indução a formas de organização ineficientes
Manutenção de pequenos negócios improdutivos
Baixo (ou nulo) impacto sobre formalização
Há razões para que pequenos negócios tenham tributação
simplificada, mas modelo brasileiro gera muitas distorções
Regimes simplificados
Distorções
41
42. Regimes simplificados
Favorecimento de negócios com altas margens
42
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
10 50 90 130 170 210 250 290
Receitamensal (R$mil)
Tributos (% do valor adicionado)
SIMPLES 25% SIMPLES 50% LR 25% LR 50%
43. Exemplo de incidência tributária para prestador de serviços1
L. Presumido Simples3
A. Valor do serviço prestado 30.000 30.000 30.000
B. Tributos pagos pela empresa 9.792 4.614 2.580
Tributos Exceto folha4
2.861 3.485 2.580
Folha (exceto FGTS) 5.315 1.129
FGTS 1.617
C. Tributos pagos pela pessoa física 5.138 1.133 1.133
INSS empregado/conta própria 621 621 621
IRPF (retido na fonte) 4.517 512 512
D. Remuneração líquida (A-B-C) 15.070 24.253 26.287
E. Total tributos pagos (B+C) 14.930 5.747 3.713
Empregado2 Sócio de empresa
Notas: (1) Valores consideram como custo para a empresa apenas a remuneração do empregado/sócio e os
tributos. (2) Empresa do lucro real (supõe-se que a empresa não tem lucro). (3) Considera-se a incidência com
base no Anexo III da Lei Complementar 123/2006. (4) Supõe-se pagamento de ISS por valor fixo trimestral, com
base na legislação do Município de São Paulo.
Regimes simplificados
Impacto distributivo
43
44. A mudança mais importante para racionalizar os regimes
simplificados é simplificar o regime normal de tributação
Permitiria reduzir limites de enquadramento
Tributação do valor adicionado
Adotar o padrão mundial de isenção ou dispensa de registro
para negócios muito pequenos
Talvez tributação com base na margem bruta para maiores
Tributação da renda
Tributação presuntiva com base na margem bruta (empresas
menores) ou regime de caixa (empresas maiores)
Tributação da folha
Proposta apresentada permitiria regime universal para todas as
empresas (inclusive o MEI)
Regimes simplificados
Proposta de reforma
44
46. Impostos incidentes sobre o estoque de propriedade
IPTU (imóveis urbanos) – municipal
• Problema: dificuldade em atualizar plantas de valores e
cobrança por pequenos municípios
ITR (imóveis rurais) – federal/municipal
• Problema: mistura entre finalidade fiscal e extrafiscal
(política fundiária) e baixa arrecadação
IPVA (veículos automotores terrestres) – estadual
Impostos incidentes sobre a transferência de propriedades
ITCMD (heranças e doações) - estadual
• Alíquota máxima limitada a 8% e dificuldade de tributação
quando o doador/sucedido reside no exterior
ITBI (transferência de imóveis) - municipal
Tributação da propriedade
Modelo atual
46
47. ITCMD: A discussão sobre alíquotas deve considerar os limites
colocados pela competição internacional e pela facilidade de
planejamento tributário de pessoas de alta renda
• Vale avaliar a federalização do imposto em uma reforma
tributária mais ampla
ITR: O ideal seria que o tributo tivesse finalidade apenas fiscal,
adotando-se outros instrumentos para a extrafiscalidade
IPVA: Extensão para veículos aquáticos e aéreos e definição
clara do domicílio no caso de pessoas jurídicas
No caso do IPTU e do ITBI, os ajustes necessários são mais de
natureza operacional
Tributação da propriedade
Propostas de mudança
47