SlideShare uma empresa Scribd logo
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
Regime demográfico do Antigo
Regime
1550 1650 c.1750
• Crescimento lento e
reversível
• Sujeito a crises demográficas
de caráter cíclico: trilogia
negra = fomes/pestes/guerras
Louis Le Nain, Uma família camponesa, 1641.
No regime demográfico do Antigo
Regime existem diferenças entre o
século XVII e XVIII:
 o século XVII foi marcado pelo
recuo ou estagnação populacional,
consoante as zonas geográficas;
 o século XVIII revelou a tendência
para o crescimento.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
O modelo demográfico do
Antigo Regime está
relacionado com a economia
pré-industrial:
• agrária e rural: de
subsistência;
• pouco produtiva: com
atraso técnico nos
instrumentos e nos
métodos de cultivo;
• sujeita a variações
climáticas;
• marcada por
desequilíbrios entre a
oferta e a procura.
Louis Le Nain, Uma família camponesa,
"la charrette“, 1641.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
• A população europeia
manteve-se
essencialmente rural.
• Os rendimentos eram
insuficientes.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
O regime demográfico do Antigo Regime caracterizava-se
por grandes flutuações nos índices da população.
Motivos das flutuações demográficas:
 a maior ou menor disponibilidade dos recursos
alimentares;
 o preço dos cereais;
 as alterações climáticas;
 as epidemias;
 o estado de guerra;
 as condições de higiene e de saúde pública;
 as condições materiais de vida das populações.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
Este regime demográfico foi
caracterizado por:
– elevadas taxas de natalidade
(40%);
– altas taxas de mortalidade (30% a
35%);
– a mortalidade infantil era muito
elevada:
• uma em cada quatro crianças
não completava um ano de
vida;
• outras tantas não atingiam os
20 anos de idade.
Louis Le Nain, Visita à avó, 1641.
Em média, as famílias tinham 5 a 7 filhos.
Chegar à idade adulta e à velhice era difícil.
Na Europa do Antigo Regime demográfico, o casamento era tardio
mas cada mulher, em média, dava à luz 6 a 7 vezes.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
Este regime demográfico foi
caracterizado por:
– a esperança de vida à
nascença era baixa,
situando-se em média
entre os 30 e os 33 anos
de idade;
– a população europeia era
jovem devido às taxas de
natalidade elevadas e à
baixa esperança média de
vida;
– a Europa registava uma
taxa populacional baixa,
em consequência da alta
mortalidade.
Louis Le Nain, Cena de uma família
camponesa à lareira, 1641.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
As crises demográficas
de caráter cíclico são a
característica mais
marcante do modelo
demográfico do Antigo
Regime.
Ocorrem quando:
• há rutura brusca e
violenta na evolução da
população;
• a mortalidade dispara
para 3 x ou mais os
valores normais.
Estas crises demográficas
são acompanhadas da
diminuição da natalidade.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
CRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
CRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
CRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
Século XVII
O “século negro”
A coincidência de mais do que um destes
fatores (fomes, epidemias e guerras) causava
anos calamitosos, responsáveis pela ocorrência
da crise demográfica:
– a crise demográfica ocorria quando a
mortalidade se tornava catastrófica, isto é,
quando os óbitos superavam três vezes ou
mais os nascimentos;
– as crises demográficas provocavam um
recuo populacional significativo e estava
geralmente ligada à falta de cereais o que
conduzia a uma subida dos preços ;
– a maior parte da população não podia
adquirir alimentos despoletando fomes e,
consequentemente fazia aumentar o
número dos óbitos;
– a par dos idosos, os mais afetados eram as
crianças;
– a recuperação era, no entanto, rápida,
repondo assim os níveis de natalidade.
Doença
PESTE
(EPIDEMIAS)
GUERRAS
Civis
Revoltas sociais
Guerra dos 30 anos
Fomes
MAUS ANOS
AGRÍCOLAS
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
Alta do preço dos
cereais
Menos cereais
Fraca produtividade
Falta de
abastecimentos
e de reservas
CRISE DE ANTIGO
REGIME
MÁ COLHEITA
ou série de más
colheitas
(técnicas
rudimentares e
acidentes
climáticos) FOME
Enfraquecimento
dos organismos
ALTA TAXA DE
MORTALIDADE
EPIDEMIA
Peste, tifo, ou
outro surto
GUERRA
Pilhagens
Destruição dos
campos
Propagação de
doenças
Deslocação e
fuga de
populações
Alta do preço dos
cereais
Menos cereais
Fraca produtividade
Falta de
abastecimentos
e de reservas
MÁ COLHEITA
ou série de más
colheitas
(técnicas
rudimentares
e maus anos
agrícolas) FOME
Enfraquecimento
dos organismos
ALTA TAXA DE
MORTALIDADE
EPIDEMIA
Peste, tifo, ou
outro surto
GUERRA
Pilhagens
(destruição dos
campos)
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
• A estagnação e a regressão demográfica inverteu-se
no decurso do século XVIII.
• Principais fatores das melhorias nos indicadores
demográficos:
‐ a diminuição da frequência e intensidade das crises
demográfica;
‐ os fatores agravantes, pestes, fomes e guerras,
foram menos frequentes.
• Os fatores que contribuíram para a redução das taxas
de mortalidade, indicador central da nova
demografia, foram os seguintes:
‐ as melhorias climáticas e boas colheitas;
‐ a introdução de novos alimentos, como o milho e a
batata, contribuíram para colmatar as ausências de
trigo e a sua carestia;
‐ os legumes e a fruta permitiram uma alimentação
mais diversificada e equilibrada;
‐ a melhoria dos transportes que possibilitou a maior
circulação de bens alimentares;
‐ a melhoria das condições materiais nas habitações,
tornando-as menos frias e com melhores condições
de higiene;
‐ a promoção de medidas de saúde pública para
combater as epidemias, por parte dos Estados e
governos mais centralizados;
‐ o aparecimento da ratazana contribuiu para
eliminar o rato negro responsável pela difusão da
peste.
Jean-Batiste Greuze, Epifania (ou Festa dos Reis,
também conhecida como O Bolo dos Reis), 1774.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
Os fatores que contribuíram para a redução das
taxas de mortalidade, indicador central da nova
demografia, foram os seguintes:
– A utilização do quinino para debelar as febres
e a descoberta, em 1789, da vacina contra a
varíola, por Edward Jenner (embora os efeitos
da sua utilização fossem mais significativos a
partir do século XIX);
– A assistência durante o parto, por médicos e
por parteiras, permitiu melhorar as condições
dos nascimentos a partir da segunda metade
do século XVIII;
– A alteração dos cuidados com as crianças
melhorou as condições de vida na infância e
diminuiu, progressivamente, a mortalidade
infantil.
Elisabeth Vigée-Lebrun, Autoretrato
com a sua filha Julie, 1786.
A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME
A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO EUROPEIA E MUNDIAL DA IDADE
MÉDIA À ÉPOCA CONTEMPORÂNEA (século V ao século XIX)
A demografia do Antigo Regime.pptx

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Agricultura 11º ano (exceto PAC)
Agricultura 11º ano (exceto PAC)Agricultura 11º ano (exceto PAC)
Agricultura 11º ano (exceto PAC)
Maria Inês Jorge
 
2.1 estratificação social e poder político
2.1 estratificação social e poder político2.1 estratificação social e poder político
2.1 estratificação social e poder políticocattonia
 
A 1ª RepúBlica
A 1ª RepúBlicaA 1ª RepúBlica
A 1ª RepúBlicaRui Neto
 
Região agrária do Ribatejo e Oeste.
Região agrária do Ribatejo e Oeste.Região agrária do Ribatejo e Oeste.
Região agrária do Ribatejo e Oeste.
Mariana Costa
 
Características da população agrícola
Características da população agrícolaCaracterísticas da população agrícola
Características da população agrícola
Maria Adelaide
 
Regioes agrarias
Regioes agrariasRegioes agrarias
Regioes agrarias
Ilda Bicacro
 
As regiões agrárias: Entre Douro e Minho
As regiões agrárias: Entre Douro e MinhoAs regiões agrárias: Entre Douro e Minho
As regiões agrárias: Entre Douro e Minho
Sara Guerra
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
cattonia
 
Escravatura
EscravaturaEscravatura
Geografia A 10 ano - Radiação Solar
Geografia A 10 ano - Radiação SolarGeografia A 10 ano - Radiação Solar
Geografia A 10 ano - Radiação SolarRaffaella Ergün
 
Mercantilismo português
Mercantilismo portuguêsMercantilismo português
Mercantilismo portuguêscattonia
 
4 04 15_16 construção da modernidade europeia
4 04 15_16 construção da modernidade europeia4 04 15_16 construção da modernidade europeia
4 04 15_16 construção da modernidade europeia
Vítor Santos
 
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitáriaA valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
Ilda Bicacro
 
População da europa nos séculos xvii e xviii
População da europa nos séculos xvii e xviiiPopulação da europa nos séculos xvii e xviii
População da europa nos séculos xvii e xviiiJoão Trovão
 
As fases da revolução
As fases da revoluçãoAs fases da revolução
As fases da revoluçãoCarla Teixeira
 
Filosofia 10. ano - o que é a filosofia
Filosofia 10. ano - o que é a filosofiaFilosofia 10. ano - o que é a filosofia
Filosofia 10. ano - o que é a filosofia
Claudia Martinho
 
Hegemonia inglesa
Hegemonia inglesaHegemonia inglesa
Hegemonia inglesa
cattonia
 
Revolução agricola e revolução industrial
Revolução agricola e revolução industrialRevolução agricola e revolução industrial
Revolução agricola e revolução industrialmaria40
 

Mais procurados (20)

Agricultura 11º ano (exceto PAC)
Agricultura 11º ano (exceto PAC)Agricultura 11º ano (exceto PAC)
Agricultura 11º ano (exceto PAC)
 
2.1 estratificação social e poder político
2.1 estratificação social e poder político2.1 estratificação social e poder político
2.1 estratificação social e poder político
 
Politica pombalina
Politica pombalinaPolitica pombalina
Politica pombalina
 
A 1ª RepúBlica
A 1ª RepúBlicaA 1ª RepúBlica
A 1ª RepúBlica
 
Região agrária do Ribatejo e Oeste.
Região agrária do Ribatejo e Oeste.Região agrária do Ribatejo e Oeste.
Região agrária do Ribatejo e Oeste.
 
Características da população agrícola
Características da população agrícolaCaracterísticas da população agrícola
Características da população agrícola
 
Regioes agrarias
Regioes agrariasRegioes agrarias
Regioes agrarias
 
As regiões agrárias: Entre Douro e Minho
As regiões agrárias: Entre Douro e MinhoAs regiões agrárias: Entre Douro e Minho
As regiões agrárias: Entre Douro e Minho
 
A revolução francesa
A revolução francesaA revolução francesa
A revolução francesa
 
Escravatura
EscravaturaEscravatura
Escravatura
 
Geografia A 10 ano - Radiação Solar
Geografia A 10 ano - Radiação SolarGeografia A 10 ano - Radiação Solar
Geografia A 10 ano - Radiação Solar
 
Mercantilismo português
Mercantilismo portuguêsMercantilismo português
Mercantilismo português
 
4 04 15_16 construção da modernidade europeia
4 04 15_16 construção da modernidade europeia4 04 15_16 construção da modernidade europeia
4 04 15_16 construção da modernidade europeia
 
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitáriaA valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
A valorização ambiental em portugal e a política ambiental comunitária
 
Atos de fala
Atos de falaAtos de fala
Atos de fala
 
População da europa nos séculos xvii e xviii
População da europa nos séculos xvii e xviiiPopulação da europa nos séculos xvii e xviii
População da europa nos séculos xvii e xviii
 
As fases da revolução
As fases da revoluçãoAs fases da revolução
As fases da revolução
 
Filosofia 10. ano - o que é a filosofia
Filosofia 10. ano - o que é a filosofiaFilosofia 10. ano - o que é a filosofia
Filosofia 10. ano - o que é a filosofia
 
Hegemonia inglesa
Hegemonia inglesaHegemonia inglesa
Hegemonia inglesa
 
Revolução agricola e revolução industrial
Revolução agricola e revolução industrialRevolução agricola e revolução industrial
Revolução agricola e revolução industrial
 

Semelhante a A demografia do Antigo Regime.pptx

Módulo 4 unidade 1
Módulo 4  unidade 1Módulo 4  unidade 1
Módulo 4 unidade 1joaqcdx
 
11 ha m4 u1
11 ha m4 u111 ha m4 u1
11 ha m4 u1
Carla Freitas
 
1179
11791179
1179
Pelo Siro
 
Populacaodaeuropanossecsxviiexviii
PopulacaodaeuropanossecsxviiexviiiPopulacaodaeuropanossecsxviiexviii
PopulacaodaeuropanossecsxviiexviiiPelo Siro
 
4 01 a_populacao_europa_xvii_xviii
4 01 a_populacao_europa_xvii_xviii4 01 a_populacao_europa_xvii_xviii
4 01 a_populacao_europa_xvii_xviii
Vítor Santos
 
População - séc. XVII e XVIII
População - séc. XVII e XVIIIPopulação - séc. XVII e XVIII
População - séc. XVII e XVIII
Historia2000
 
Características gerais da europa no século xvii
Características gerais da europa no século xviiCaracterísticas gerais da europa no século xvii
Características gerais da europa no século xviiTomás Garcez
 
A população na europa nos séculos xvii e
A população na europa nos séculos xvii eA população na europa nos séculos xvii e
A população na europa nos séculos xvii eCarla Teixeira
 
a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
 a população na europa nos séculos XVIIe XVIII a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
a população na europa nos séculos XVIIe XVIIICarla Teixeira
 
População no séc. xviii
População no séc. xviiiPopulação no séc. xviii
População no séc. xviiiAna Cristina F
 
Geografia henrique37 geo b aula 2
Geografia henrique37 geo b aula 2Geografia henrique37 geo b aula 2
Geografia henrique37 geo b aula 2Bruno-machado Bruno
 
Evolução da populaçãp
Evolução da populaçãpEvolução da populaçãp
Evolução da populaçãpLuz Campos
 
Proposta de resolução do questionário do caderno de actividades
Proposta de resolução do questionário do caderno de actividadesProposta de resolução do questionário do caderno de actividades
Proposta de resolução do questionário do caderno de actividadesAna Cristina F
 
O outono da Idade Média
O outono da Idade MédiaO outono da Idade Média
O outono da Idade Média
João Marcelo
 
Políticas demográficas
Políticas demográficasPolíticas demográficas
Políticas demográficasAndre Huang
 
Políticas demográficas
Políticas demográficasPolíticas demográficas
Políticas demográficasAndre Huang
 
Estudos Demográficos
Estudos DemográficosEstudos Demográficos
Estudos Demográficos
Professora Verônica Santos
 
Geo1.pdf
Geo1.pdfGeo1.pdf
Geo1.pdf
srwgmllx
 

Semelhante a A demografia do Antigo Regime.pptx (20)

Módulo 4 unidade 1
Módulo 4  unidade 1Módulo 4  unidade 1
Módulo 4 unidade 1
 
11 ha m4 u1
11 ha m4 u111 ha m4 u1
11 ha m4 u1
 
1179
11791179
1179
 
Populacaodaeuropanossecsxviiexviii
PopulacaodaeuropanossecsxviiexviiiPopulacaodaeuropanossecsxviiexviii
Populacaodaeuropanossecsxviiexviii
 
4 01 a_populacao_europa_xvii_xviii
4 01 a_populacao_europa_xvii_xviii4 01 a_populacao_europa_xvii_xviii
4 01 a_populacao_europa_xvii_xviii
 
População - séc. XVII e XVIII
População - séc. XVII e XVIIIPopulação - séc. XVII e XVIII
População - séc. XVII e XVIII
 
Características gerais da europa no século xvii
Características gerais da europa no século xviiCaracterísticas gerais da europa no século xvii
Características gerais da europa no século xvii
 
A população na europa nos séculos xvii e
A população na europa nos séculos xvii eA população na europa nos séculos xvii e
A população na europa nos séculos xvii e
 
a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
 a população na europa nos séculos XVIIe XVIII a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
a população na europa nos séculos XVIIe XVIII
 
População no séc. xviii
População no séc. xviiiPopulação no séc. xviii
População no séc. xviii
 
Geografia henrique37 geo b aula 2
Geografia henrique37 geo b aula 2Geografia henrique37 geo b aula 2
Geografia henrique37 geo b aula 2
 
Evolução da populaçãp
Evolução da populaçãpEvolução da populaçãp
Evolução da populaçãp
 
Proposta de resolução do questionário do caderno de actividades
Proposta de resolução do questionário do caderno de actividadesProposta de resolução do questionário do caderno de actividades
Proposta de resolução do questionário do caderno de actividades
 
O outono da Idade Média
O outono da Idade MédiaO outono da Idade Média
O outono da Idade Média
 
Geo populaçao
Geo populaçaoGeo populaçao
Geo populaçao
 
Políticas demográficas
Políticas demográficasPolíticas demográficas
Políticas demográficas
 
Políticas demográficas
Políticas demográficasPolíticas demográficas
Políticas demográficas
 
Estudos Demográficos
Estudos DemográficosEstudos Demográficos
Estudos Demográficos
 
Geo1.pdf
Geo1.pdfGeo1.pdf
Geo1.pdf
 
Família
FamíliaFamília
Família
 

Último

Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdfArundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Ana Da Silva Ponce
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
enpfilosofiaufu
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
LeandroTelesRocha2
 
Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023
MatildeBrites
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
Manuais Formação
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
MariaSantos298247
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
RafaelNeves651350
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Editora
 
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slidesSócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
jbellas2
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Bibliotecas Infante D. Henrique
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
Letícia Butterfield
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Centro Jacques Delors
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Mary Alvarenga
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
profesfrancleite
 
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
goncalopecurto
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
Mary Alvarenga
 
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
CarlosEduardoSola
 

Último (20)

Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdfArundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
Arundhati Roy - O Deus das Pequenas Coisas - ÍNDIA.pdf
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
 
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdfcurso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
curso-de-direito-administrativo-celso-antonio-bandeira-de-mello_compress.pdf
 
Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023
 
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
 
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptxCIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
CIDADANIA E PROFISSIONALIDADE 4 - PROCESSOS IDENTITÁRIOS.pptx
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
Manejo de feridas - Classificação e cuidados.
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdfTesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
 
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slidesSócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
 
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdfProjeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
Projeto aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos.pdf
 
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdfO autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
O autismo me ensinou - Letícia Butterfield.pdf
 
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
Eurodeputados Portugueses 2019-2024 (nova atualização)
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
 
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões"Está o lascivo e   doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
"Está o lascivo e doce passarinho " de Luís Vaz de Camões
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
 
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdfAPOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
APOSTILA JUIZ DE PAZ capelania cristã.pdf
 

A demografia do Antigo Regime.pptx

  • 1.
  • 2. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME Regime demográfico do Antigo Regime 1550 1650 c.1750 • Crescimento lento e reversível • Sujeito a crises demográficas de caráter cíclico: trilogia negra = fomes/pestes/guerras Louis Le Nain, Uma família camponesa, 1641. No regime demográfico do Antigo Regime existem diferenças entre o século XVII e XVIII:  o século XVII foi marcado pelo recuo ou estagnação populacional, consoante as zonas geográficas;  o século XVIII revelou a tendência para o crescimento.
  • 3. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME O modelo demográfico do Antigo Regime está relacionado com a economia pré-industrial: • agrária e rural: de subsistência; • pouco produtiva: com atraso técnico nos instrumentos e nos métodos de cultivo; • sujeita a variações climáticas; • marcada por desequilíbrios entre a oferta e a procura. Louis Le Nain, Uma família camponesa, "la charrette“, 1641.
  • 4. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME • A população europeia manteve-se essencialmente rural. • Os rendimentos eram insuficientes.
  • 5. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME O regime demográfico do Antigo Regime caracterizava-se por grandes flutuações nos índices da população. Motivos das flutuações demográficas:  a maior ou menor disponibilidade dos recursos alimentares;  o preço dos cereais;  as alterações climáticas;  as epidemias;  o estado de guerra;  as condições de higiene e de saúde pública;  as condições materiais de vida das populações.
  • 6. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME Este regime demográfico foi caracterizado por: – elevadas taxas de natalidade (40%); – altas taxas de mortalidade (30% a 35%); – a mortalidade infantil era muito elevada: • uma em cada quatro crianças não completava um ano de vida; • outras tantas não atingiam os 20 anos de idade. Louis Le Nain, Visita à avó, 1641. Em média, as famílias tinham 5 a 7 filhos. Chegar à idade adulta e à velhice era difícil. Na Europa do Antigo Regime demográfico, o casamento era tardio mas cada mulher, em média, dava à luz 6 a 7 vezes.
  • 7. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME Este regime demográfico foi caracterizado por: – a esperança de vida à nascença era baixa, situando-se em média entre os 30 e os 33 anos de idade; – a população europeia era jovem devido às taxas de natalidade elevadas e à baixa esperança média de vida; – a Europa registava uma taxa populacional baixa, em consequência da alta mortalidade. Louis Le Nain, Cena de uma família camponesa à lareira, 1641.
  • 8. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME As crises demográficas de caráter cíclico são a característica mais marcante do modelo demográfico do Antigo Regime. Ocorrem quando: • há rutura brusca e violenta na evolução da população; • a mortalidade dispara para 3 x ou mais os valores normais. Estas crises demográficas são acompanhadas da diminuição da natalidade.
  • 9. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME CRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
  • 10. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME CRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
  • 11. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME CRISE DE 1661-1662 na região rural do sul de Paris
  • 12. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME Século XVII O “século negro” A coincidência de mais do que um destes fatores (fomes, epidemias e guerras) causava anos calamitosos, responsáveis pela ocorrência da crise demográfica: – a crise demográfica ocorria quando a mortalidade se tornava catastrófica, isto é, quando os óbitos superavam três vezes ou mais os nascimentos; – as crises demográficas provocavam um recuo populacional significativo e estava geralmente ligada à falta de cereais o que conduzia a uma subida dos preços ; – a maior parte da população não podia adquirir alimentos despoletando fomes e, consequentemente fazia aumentar o número dos óbitos; – a par dos idosos, os mais afetados eram as crianças; – a recuperação era, no entanto, rápida, repondo assim os níveis de natalidade. Doença PESTE (EPIDEMIAS) GUERRAS Civis Revoltas sociais Guerra dos 30 anos Fomes MAUS ANOS AGRÍCOLAS
  • 13. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME Alta do preço dos cereais Menos cereais Fraca produtividade Falta de abastecimentos e de reservas CRISE DE ANTIGO REGIME MÁ COLHEITA ou série de más colheitas (técnicas rudimentares e acidentes climáticos) FOME Enfraquecimento dos organismos ALTA TAXA DE MORTALIDADE EPIDEMIA Peste, tifo, ou outro surto GUERRA Pilhagens Destruição dos campos Propagação de doenças Deslocação e fuga de populações Alta do preço dos cereais Menos cereais Fraca produtividade Falta de abastecimentos e de reservas MÁ COLHEITA ou série de más colheitas (técnicas rudimentares e maus anos agrícolas) FOME Enfraquecimento dos organismos ALTA TAXA DE MORTALIDADE EPIDEMIA Peste, tifo, ou outro surto GUERRA Pilhagens (destruição dos campos)
  • 14. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME • A estagnação e a regressão demográfica inverteu-se no decurso do século XVIII. • Principais fatores das melhorias nos indicadores demográficos: ‐ a diminuição da frequência e intensidade das crises demográfica; ‐ os fatores agravantes, pestes, fomes e guerras, foram menos frequentes. • Os fatores que contribuíram para a redução das taxas de mortalidade, indicador central da nova demografia, foram os seguintes: ‐ as melhorias climáticas e boas colheitas; ‐ a introdução de novos alimentos, como o milho e a batata, contribuíram para colmatar as ausências de trigo e a sua carestia; ‐ os legumes e a fruta permitiram uma alimentação mais diversificada e equilibrada; ‐ a melhoria dos transportes que possibilitou a maior circulação de bens alimentares; ‐ a melhoria das condições materiais nas habitações, tornando-as menos frias e com melhores condições de higiene; ‐ a promoção de medidas de saúde pública para combater as epidemias, por parte dos Estados e governos mais centralizados; ‐ o aparecimento da ratazana contribuiu para eliminar o rato negro responsável pela difusão da peste. Jean-Batiste Greuze, Epifania (ou Festa dos Reis, também conhecida como O Bolo dos Reis), 1774.
  • 15. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME Os fatores que contribuíram para a redução das taxas de mortalidade, indicador central da nova demografia, foram os seguintes: – A utilização do quinino para debelar as febres e a descoberta, em 1789, da vacina contra a varíola, por Edward Jenner (embora os efeitos da sua utilização fossem mais significativos a partir do século XIX); – A assistência durante o parto, por médicos e por parteiras, permitiu melhorar as condições dos nascimentos a partir da segunda metade do século XVIII; – A alteração dos cuidados com as crianças melhorou as condições de vida na infância e diminuiu, progressivamente, a mortalidade infantil. Elisabeth Vigée-Lebrun, Autoretrato com a sua filha Julie, 1786.
  • 16. A DEMOGRAFIA DO ANTIGO REGIME A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO EUROPEIA E MUNDIAL DA IDADE MÉDIA À ÉPOCA CONTEMPORÂNEA (século V ao século XIX)