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FIBROSECÍSTICA
DÉLSON.D
O QUEÉ FIBROSECÍSTICA?
O QUEÉ ? ( Malfuncionamentocanaisde Cl)
 A fibrose cística (FC) é uma doença genética de
transmissão autossômico-recessiva (aa), cujas
manifestações clínicas resultam da disfunção de
uma proteína denominada “ Proteína reguladora
da condutância(condução) transmembrana da
fibrose cística ou Cystic Fibrosis Transmembrane
Condutance Regulator (CFTR).
ONDEA (CFTR)É ENCONTRADA?
 Nas membranas apicais de células epiteliais do
trato respiratório, em glândulas submucosas
(pâncreas) no fígado, ductos sudoríparos e trato
reprodutivo, entre outros sítios.
O quefazem?
 Nestes locais, a sua principal função é agir como
canal de cloro, regulando o balanço entre íons e
água, através do epitélio. Embora o problema
básico seja o mesmo, o impacto deste
comprometimento é diferente de um órgão para
outro.
A QUEDEVE-SEA FC?
 A síndrome clínica deve-se à diminuição ou à perda da
função da CFTR é multissistêmica (doença que afeta
todos os sistemas do corpo: cardiovascular, nervoso, etc )
É uma diminuição da produção dos hormônios da
tireóide) e tem uma ampla gama de manifestações.
 A forma clássica da FC é associada com a disfunção da
CFTR (reguladora de íons CL) sendo caracterizada por
insuficiência pancreática exócrina, doença sino-pulmonar
crônica e progressiva e concentração elevada de cloretos
no suor.

FORMASDEDIAGNÓSTICOS
 Teste do suor
O Cl ( CLORETO) é usado na confirmação diagnóstica através
do teste do suor.
Insuficiência pancreática (Má absorção de nutrientes)
Estima-se que 85-90% dos pacientes com FC têm
insuficiência pancreática, sendo a síndrome disabsortiva (Má
absorção de nutrientes) a apresentação clássica. A
manifestação mais sugestiva de disabsorção é a Esteatorreia,
que se caracteriza por fezes volumosas, oleosas e de odor
forte.
 Dificuldade em ganho de peso
Embora o déficit( Falta) nutricional possa ser por outras
causas, como ingestão calórica inadequada, alergia
alimentar ou refluxo gastroesofágico, ressalta-se a
importância de se pensar na possibilidade de FC no
diagnóstico diferencial, em especial quando este déficit
ocorrer apesar de ingesta calórica adequada.
CanaisdecloretoemmalfuncionamentoumaCaracterística
 Em 1983, Quinton revelou a impermeabilidade do
epitélio dos pacientes com FC, aos cloretos,
trazendo dificuldades ao transporte e à secreção
deste íon e concluiu que algum canal
transportador deste íon deveria estar funcionando
mal.
O GENEE SUASMUTAÇÕES
 A FC é uma doença monogênica( atinge um único gene),
cujo gene se localiza no braço longo do cromossoma 7.
Como é uma doença de herança autossômico-recessiva, o
doente precisa ser homozigoto recessivo (aa) para
mutações causadoras de FC, tendo recebido uma mutação
do pai e outra da mãe. Quando ambos os pais são
carreadores, ou seja, possuem uma única mutação para
FC (Aa), eles não têm a doença e apresentam 25% de
chance de gerar uma criança com FC em cada gestação.
POROUTROLADO!
 Se a criança não nascer com FC, há 50% de chance
dela ser carreadora da anomalia e 25% de ser
homozigota normal ( AA).
PRINCIPAL MUTAÇÃO
 Desde a descoberta do gene da FC, em 1989, já foram
identificadas mais de 1800 mutações da FC, porém a
muitas são raras.
 A mais frequente e mais estudada é o gene F508del,
previamente chamada ΔF508, que corresponde à ausência
de 3 nucleotídeos sequenciais (uma citosina e duas
timinas), levando à deleção (del) de um resíduo de
fenilalanina (F) na posição 508 da proteína . A F508del
interfere na fase do processamento da proteína CFTR.
CORRELAÇÃOGENÓTIPO-FENÓTIPO
 Homozigotos ( aa) com o gene F508del possuem forma
mais grave da anomalia, em comparativo com pacientes
que não carregam esta mutação, estes têm o início da
doença mais precoce, maiores concentrações de cloreto
no suor e maior frequência de insuficiência pancreática.
PATOGENIAE CORRELAÇÃOCLÍNICA
 A disfunção da proteína CFTR diminui a permeabilidade da
membrana celular ao cloreto, trazendo dificuldades ao
transporte e à secreção deste íon.
 Consequentemente, a concentração de cloretos na membrana
apical das células epiteliais se eleva. Cada órgão que depende
da proteína CFTR - pulmões, pâncreas, intestino, glândulas
sudoríparas e vasos deferentes - expressa esta disfunção de
maneira diferente, de acordo com a sensibilidade de cada um
deles ao déficit funcional. Os tecidos dos canais deferentes são
os que mais exigem o funcionamento adequado da CFTR,
seguidos das glândulas sudoríparas e do pâncreas.
TRATAMENTO
 Apesar dos inquestionáveis avanços no conhecimento da doença com a
descoberta do gene, seu produto e função, muitas questões permanecem sem
resposta e o tratamento específico ainda é muito vago.
 O tratamento atual é dirigido à doença pulmonar, com administração de
antibióticos, segundo princípios já expostos, à doença pancreática e às
deficiências nutricional.
 estimular a atividade física e fornecer suporte psicossocial.

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  • 3. O QUEÉ ? ( Malfuncionamentocanaisde Cl)  A fibrose cística (FC) é uma doença genética de transmissão autossômico-recessiva (aa), cujas manifestações clínicas resultam da disfunção de uma proteína denominada “ Proteína reguladora da condutância(condução) transmembrana da fibrose cística ou Cystic Fibrosis Transmembrane Condutance Regulator (CFTR).
  • 4. ONDEA (CFTR)É ENCONTRADA?  Nas membranas apicais de células epiteliais do trato respiratório, em glândulas submucosas (pâncreas) no fígado, ductos sudoríparos e trato reprodutivo, entre outros sítios.
  • 5. O quefazem?  Nestes locais, a sua principal função é agir como canal de cloro, regulando o balanço entre íons e água, através do epitélio. Embora o problema básico seja o mesmo, o impacto deste comprometimento é diferente de um órgão para outro.
  • 6. A QUEDEVE-SEA FC?  A síndrome clínica deve-se à diminuição ou à perda da função da CFTR é multissistêmica (doença que afeta todos os sistemas do corpo: cardiovascular, nervoso, etc ) É uma diminuição da produção dos hormônios da tireóide) e tem uma ampla gama de manifestações.  A forma clássica da FC é associada com a disfunção da CFTR (reguladora de íons CL) sendo caracterizada por insuficiência pancreática exócrina, doença sino-pulmonar crônica e progressiva e concentração elevada de cloretos no suor. 
  • 7. FORMASDEDIAGNÓSTICOS  Teste do suor O Cl ( CLORETO) é usado na confirmação diagnóstica através do teste do suor. Insuficiência pancreática (Má absorção de nutrientes) Estima-se que 85-90% dos pacientes com FC têm insuficiência pancreática, sendo a síndrome disabsortiva (Má absorção de nutrientes) a apresentação clássica. A manifestação mais sugestiva de disabsorção é a Esteatorreia, que se caracteriza por fezes volumosas, oleosas e de odor forte.  Dificuldade em ganho de peso Embora o déficit( Falta) nutricional possa ser por outras causas, como ingestão calórica inadequada, alergia alimentar ou refluxo gastroesofágico, ressalta-se a importância de se pensar na possibilidade de FC no diagnóstico diferencial, em especial quando este déficit ocorrer apesar de ingesta calórica adequada.
  • 8. CanaisdecloretoemmalfuncionamentoumaCaracterística  Em 1983, Quinton revelou a impermeabilidade do epitélio dos pacientes com FC, aos cloretos, trazendo dificuldades ao transporte e à secreção deste íon e concluiu que algum canal transportador deste íon deveria estar funcionando mal.
  • 9. O GENEE SUASMUTAÇÕES  A FC é uma doença monogênica( atinge um único gene), cujo gene se localiza no braço longo do cromossoma 7. Como é uma doença de herança autossômico-recessiva, o doente precisa ser homozigoto recessivo (aa) para mutações causadoras de FC, tendo recebido uma mutação do pai e outra da mãe. Quando ambos os pais são carreadores, ou seja, possuem uma única mutação para FC (Aa), eles não têm a doença e apresentam 25% de chance de gerar uma criança com FC em cada gestação.
  • 10. POROUTROLADO!  Se a criança não nascer com FC, há 50% de chance dela ser carreadora da anomalia e 25% de ser homozigota normal ( AA).
  • 11. PRINCIPAL MUTAÇÃO  Desde a descoberta do gene da FC, em 1989, já foram identificadas mais de 1800 mutações da FC, porém a muitas são raras.  A mais frequente e mais estudada é o gene F508del, previamente chamada ΔF508, que corresponde à ausência de 3 nucleotídeos sequenciais (uma citosina e duas timinas), levando à deleção (del) de um resíduo de fenilalanina (F) na posição 508 da proteína . A F508del interfere na fase do processamento da proteína CFTR.
  • 12. CORRELAÇÃOGENÓTIPO-FENÓTIPO  Homozigotos ( aa) com o gene F508del possuem forma mais grave da anomalia, em comparativo com pacientes que não carregam esta mutação, estes têm o início da doença mais precoce, maiores concentrações de cloreto no suor e maior frequência de insuficiência pancreática.
  • 13. PATOGENIAE CORRELAÇÃOCLÍNICA  A disfunção da proteína CFTR diminui a permeabilidade da membrana celular ao cloreto, trazendo dificuldades ao transporte e à secreção deste íon.  Consequentemente, a concentração de cloretos na membrana apical das células epiteliais se eleva. Cada órgão que depende da proteína CFTR - pulmões, pâncreas, intestino, glândulas sudoríparas e vasos deferentes - expressa esta disfunção de maneira diferente, de acordo com a sensibilidade de cada um deles ao déficit funcional. Os tecidos dos canais deferentes são os que mais exigem o funcionamento adequado da CFTR, seguidos das glândulas sudoríparas e do pâncreas.
  • 14. TRATAMENTO  Apesar dos inquestionáveis avanços no conhecimento da doença com a descoberta do gene, seu produto e função, muitas questões permanecem sem resposta e o tratamento específico ainda é muito vago.  O tratamento atual é dirigido à doença pulmonar, com administração de antibióticos, segundo princípios já expostos, à doença pancreática e às deficiências nutricional.  estimular a atividade física e fornecer suporte psicossocial.