3. O QUEÉ ? ( Malfuncionamentocanaisde Cl)
A fibrose cística (FC) é uma doença genética de
transmissão autossômico-recessiva (aa), cujas
manifestações clínicas resultam da disfunção de
uma proteína denominada “ Proteína reguladora
da condutância(condução) transmembrana da
fibrose cística ou Cystic Fibrosis Transmembrane
Condutance Regulator (CFTR).
4. ONDEA (CFTR)É ENCONTRADA?
Nas membranas apicais de células epiteliais do
trato respiratório, em glândulas submucosas
(pâncreas) no fígado, ductos sudoríparos e trato
reprodutivo, entre outros sítios.
5. O quefazem?
Nestes locais, a sua principal função é agir como
canal de cloro, regulando o balanço entre íons e
água, através do epitélio. Embora o problema
básico seja o mesmo, o impacto deste
comprometimento é diferente de um órgão para
outro.
6. A QUEDEVE-SEA FC?
A síndrome clínica deve-se à diminuição ou à perda da
função da CFTR é multissistêmica (doença que afeta
todos os sistemas do corpo: cardiovascular, nervoso, etc )
É uma diminuição da produção dos hormônios da
tireóide) e tem uma ampla gama de manifestações.
A forma clássica da FC é associada com a disfunção da
CFTR (reguladora de íons CL) sendo caracterizada por
insuficiência pancreática exócrina, doença sino-pulmonar
crônica e progressiva e concentração elevada de cloretos
no suor.
7. FORMASDEDIAGNÓSTICOS
Teste do suor
O Cl ( CLORETO) é usado na confirmação diagnóstica através
do teste do suor.
Insuficiência pancreática (Má absorção de nutrientes)
Estima-se que 85-90% dos pacientes com FC têm
insuficiência pancreática, sendo a síndrome disabsortiva (Má
absorção de nutrientes) a apresentação clássica. A
manifestação mais sugestiva de disabsorção é a Esteatorreia,
que se caracteriza por fezes volumosas, oleosas e de odor
forte.
Dificuldade em ganho de peso
Embora o déficit( Falta) nutricional possa ser por outras
causas, como ingestão calórica inadequada, alergia
alimentar ou refluxo gastroesofágico, ressalta-se a
importância de se pensar na possibilidade de FC no
diagnóstico diferencial, em especial quando este déficit
ocorrer apesar de ingesta calórica adequada.
8. CanaisdecloretoemmalfuncionamentoumaCaracterística
Em 1983, Quinton revelou a impermeabilidade do
epitélio dos pacientes com FC, aos cloretos,
trazendo dificuldades ao transporte e à secreção
deste íon e concluiu que algum canal
transportador deste íon deveria estar funcionando
mal.
9. O GENEE SUASMUTAÇÕES
A FC é uma doença monogênica( atinge um único gene),
cujo gene se localiza no braço longo do cromossoma 7.
Como é uma doença de herança autossômico-recessiva, o
doente precisa ser homozigoto recessivo (aa) para
mutações causadoras de FC, tendo recebido uma mutação
do pai e outra da mãe. Quando ambos os pais são
carreadores, ou seja, possuem uma única mutação para
FC (Aa), eles não têm a doença e apresentam 25% de
chance de gerar uma criança com FC em cada gestação.
10. POROUTROLADO!
Se a criança não nascer com FC, há 50% de chance
dela ser carreadora da anomalia e 25% de ser
homozigota normal ( AA).
11. PRINCIPAL MUTAÇÃO
Desde a descoberta do gene da FC, em 1989, já foram
identificadas mais de 1800 mutações da FC, porém a
muitas são raras.
A mais frequente e mais estudada é o gene F508del,
previamente chamada ΔF508, que corresponde à ausência
de 3 nucleotídeos sequenciais (uma citosina e duas
timinas), levando à deleção (del) de um resíduo de
fenilalanina (F) na posição 508 da proteína . A F508del
interfere na fase do processamento da proteína CFTR.
12. CORRELAÇÃOGENÓTIPO-FENÓTIPO
Homozigotos ( aa) com o gene F508del possuem forma
mais grave da anomalia, em comparativo com pacientes
que não carregam esta mutação, estes têm o início da
doença mais precoce, maiores concentrações de cloreto
no suor e maior frequência de insuficiência pancreática.
13. PATOGENIAE CORRELAÇÃOCLÍNICA
A disfunção da proteína CFTR diminui a permeabilidade da
membrana celular ao cloreto, trazendo dificuldades ao
transporte e à secreção deste íon.
Consequentemente, a concentração de cloretos na membrana
apical das células epiteliais se eleva. Cada órgão que depende
da proteína CFTR - pulmões, pâncreas, intestino, glândulas
sudoríparas e vasos deferentes - expressa esta disfunção de
maneira diferente, de acordo com a sensibilidade de cada um
deles ao déficit funcional. Os tecidos dos canais deferentes são
os que mais exigem o funcionamento adequado da CFTR,
seguidos das glândulas sudoríparas e do pâncreas.
14. TRATAMENTO
Apesar dos inquestionáveis avanços no conhecimento da doença com a
descoberta do gene, seu produto e função, muitas questões permanecem sem
resposta e o tratamento específico ainda é muito vago.
O tratamento atual é dirigido à doença pulmonar, com administração de
antibióticos, segundo princípios já expostos, à doença pancreática e às
deficiências nutricional.
estimular a atividade física e fornecer suporte psicossocial.