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A BASE BIOQUÍMICA E MOLECULAR
DAS DOENÇAS GENÉTICAS
Juliana Zimmermmann
 Es manifesten per:
a) acumulació d’una substancia
b) dèficit de producció del metabòlit.
c) toxicitat directe del producte en excés
Alterações Metabólicas Hereditárias
 Són trastorns del metabolisme causats per alteracions
genètiques específiques de caràcter hereditari.
 L’alteració en l’expressió d’un gen determinat que codifica la
producció d’una proteïna enzimàtica bloquejarà una reacció
metabòlica.
Enzim alterat
Via metabòlica alterada
Alteració fenotipus Metabolopatia
congènita
Conceito
Alterações do
metabolismo
 Alterações no metabolismo de
carbohidratos
 Alteracões no metabolismo de
aminoácidos
 Alterações no metabolismo de
lípides
ALTERAÇÕES NO
METABOLISMO DE
CARBOIDRATOS
Glicose
 Conceito: As anomalias do
metabolismo de glicose são os erros
mais comuns do metabolismo de
carboidratos.
 Causas: Suas causas são
heterogêneas e incluem fatores
genéticos e ambientais
Prevalência
 Classificação:
 DM tipo 1: níveis ausentes ou muito
reduzidos de insulina, geralmente se
apresenta na infância
 DM tipo 2: aumento da resistência à
insulina e ocorre na idade adulta.
DM tipo 1
 No diabetes tipo 1 ocorre destruição das
células beta do pâncreas, usualmente por
processo auto-imune (forma auto-imune;
tipo 1A) ou menos comumente de causa
desconhecida (forma idiopática; tipo 1B).
 Na forma auto-imune há um processo de
insulite e estão presentes auto-anticorpos
circulantes (anticorpos anti-descarboxilase
do ácido glutâmico, anti-ilhotas e anti-
insulina). De uma forma geral, a instalação
do quadro de diabetes tipo 1 auto-imune é
relativamente abrupta e muitas vezes o
indivíduo pode identificar a data de início
dos sintomas.
 Pico de incidência: 10 aos 14 anos
de idade,
 diminuição progressiva da incidência
até os 35 anos.
 Clínica: Em geral, os pacientes
apresentam índice de massa
corporal normal, mas a presença de
obesidade não exclui o diagnóstico.
associação com outras
doenças auto-imunes, como a
tireoidite de Hashimoto, a doença de
Addison e a miastenia gravis entre
outras.
E os genes?
 DM1 apresenta cerca de 20 grupos
de genes associados à
susceptibilidade à doença, mas
apenas 13 grupos apresentam
evidências estatisticamente
significantes de associação.
 A maior contribuição vem da região
onde estão localizados os genes do
Complexo Principal de
Histocompatibilidade (CPH).
DM tipo 2
 O diabetes tipo 2 é mais comum do
que o tipo 1, perfazendo cerca de
90% dos casos de diabetes. É uma
entidade heterogênea, caracterizada
por distúrbios da ação e secreção da
insulina, com predomínio de um ou
outro componente
 A ocorrência de agregação familiar
do diabetes é mais comum no
diabetes tipo 2 do que no tipo 1.
 No entanto, estudos recentes
descrevem uma prevalência duas
vezes maior de diabetes do tipo 1
em famílias com tipo 2, sugerindo
uma possível interação genética
entre os dois tipos de diabetes
DIABETES MELITTUS II E MODY
 O MODY é definido como um
diabetes familiar com idade de
diagnóstico precoce
 (infância, adolescência ou adultos
jovens). Nestas formas
monogênicas, que representam
entre 5 a 10% dos casos de
diabetes, uma mutação em um só
gene transmitido de forma
autossômica-dominante é suficiente
para promover a hiperglicemia
MODY
Os genes Mody
 Hoje conhecemos 6 subtipos de
MODY secundários a 6 genes
diferentes,estes genes codificam a
enzima glicoquinase (MODY2) ou
fatores de transcrição com
expressão demonstrada nas células
b-pancreáticas
Fisiopatologia do
Diabetes
 Diminuição/ Ausência de
Insulina
 Aumento da glicemia
 Hiperglicemia
 Emagrecimento, hálito cetônico,
cansaço
 Alterações nos vasos: obstrução
dos capilares
Intolerância a Lactose
 A capacidade de metabolizar a lactose
(em açúcar composto por glicose e
galactose) é dependente da atividade de
uma enzima intestinal da borda em
escova do intestino delgado chamada
lactase;
 Etiologia
Uma alteração neste metabolismo
poderá ocorrer a partir de mutações
LAC ou como uma doença autossômica
recessiva;
 Na maioria da população mundial, após o desmame,
há um declínio gradual na atividade da lactase;
 Esse fenômeno, denominado hipolactasia primária do
tipo adulto, é a forma mais comum de deficiência de
lactase;
 A persistência da atividade enzimática na vida adulta
tem herança autossômica dominante, enquanto a
hipolactasia é herdada de forma autossômica
recessiva;
 A má absorção de lactose é o fenótipo predominante
nas populações nativas da Austrália, Oceania, leste e
sudeste da Ásia, África Tropical e Américas;
 A concentração da lactase nas células intestinais
é farta ao nascermos e vai decrescendo com a
idade, por isso adultos podem apresentar
intolerância a lactose;
 Nos EUA, um a cada quatro ou cinco adultos
pode sofrer de algum grau de intolerância ao leite.
 Os descendentes brancos de europeus têm uma
incidência menor de 25%, enquanto que na
população de origem asiática o problema alcança
90%. Nos afro-americanos, nos índios e nos
judeus, bem como nos mexicanos, a intolerância
à lactose alcança níveis maiores que 50% dos
indivíduos.
Fisiopatologia
 Devido a essa deficiência, a lactose não digerida
continua dentro do intestino e chega ao intestino, onde
é fermentada por bactérias, produzindo ácido láctico e
gases (gás carbônico e o hidrogênio, que é usado nos
testes de determinação de intolerância à lactose).
 A presença de lactose e destes compostos nas fezes
no intestino grosso aumenta a pressão osmótica
(retenção de água no intestino), causando diarréia
ácida e gasosa, flatulência excessiva (excesso de
gases), cólicas e aumento do volume abdominal.

Clínica
 Os sintomas mais comuns são náusea, dores
abdominais, diarréia ácida e abundante, gases
e desconforto.
 A severidade dos sintomas depende da
quantidade ingerida e da quantidade de lactose
que cada pessoa pode tolerar. Em muitos
casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão
abdominal, sem diarréia
 Clínica: Náuseas, gases e diarréia, então, com
intensidade variável.
 Na infância, pode determinar má nutrição.
 Pode acontecer em qualquer época da vida,
podendo inclusive aparecer esta incapacidade de
temporária, por exemplo, na seqüência de uma
infecção alimentar, que trouxe dano à mucosa
intestinal ou também pode advir de lesões
intestinais crônicas como, por exemplo, na doença
de Crohn
Diagnóstico
 Clínico
 História clínica
 Suspensão da lactose da dieta é diagnóstica e
terapêutica;
 Alguns exames podem ajudar:
 dosagem de ácido nas fezes/
 teste da eliminação de ácido na respiração (veja
texto anexado) – complementação da aula.
Tratamento
 Dieta
 Suspensão de leite e derivados =
tratamento de prova;
 Nas crianças/bebês: leite de soja
 Metabolismo de aminoácidos
Hiperfenilalaninemias
 Conceito: Os defeitos no metabolismo de
fenilalanina causam a hiperfenilalaninemias,
um dos mais estudados de todos os defeitos
metabólicos.
 Genética: Mutações dos loci codificantes de
componentes da via de hidroxilação da
fenilalanina
Rastreio
 Por meio de testes de triagem
realizados nos recém-nascidos, o
chamado "Teste do Pezinho", os
bebês acometidos são
diagnosticados e submetidos
imediatamente a uma dieta especial,
pobre em fenilalanina.
Metabolismo da fenilalanina
Clínica
 As crianças fenilcetonúricas não
podem ser diferenciadas de outras,
nos primeiros meses de vida. No
entanto, se não forem tratadas,
começam a perder o interesse por
tudo que as cerca e se tornam
apáticas ao redor do 3° - 6° mês de
vida.
 Até o final do 1° ano de vida, já se verifica
o retardo mental. A doença se manifesta,
ainda, através de outros sintomas, tais
como, irritação, ansiedade, e até, por
convulsões, embora o retardo mental seja,
sem dúvida a conseqüência mais grave. O
aparecimento de descamação da pele e
eczemas também são comuns, mas o
desenvolvimento físico costuma ser normal
 Os níveis elevados de fenilalanina
plasmática perturbam processos
celulares essenciais no cérebro
 Mielinização
 Síntese de proteínas
 Causas:
 Autossômica recessiva
 Mutações de fenilalanina hidroxilase
(PAH) e produzem a fenilcetonúria
clássica
 Incidência:
 1:10.00
 1:90.000
 Tratamento:
 Balanço da fenilalanina
 Normal: 1 a 3 mg/100 mL de plasma
 Alteradas: >20 mg/100mL
 Primeiro mês de vida – 10 primeiros dias;
 Na mulher grávida pode ocasionar
embriopatia
 O tratamento baseia-se em dieta especial,
pobre em fenilalanina e deve ser iniciado
tão logo o diagnóstico seja confirmado.
 Como a fenilalanina está presente em
todas as proteínas, a dieta consiste em
que os alimentos protéicos (carne,
ovos, leite, etc.), sejam substituídos por
uma mistura de aminoácidos com
pouca ou nenhuma fenilalanina.
 Existem diversos produtos no mercado
tais como a Lofenalac (Mead Johnson),
o ASP (Nestlé) e o PKU (Milupa).
 A dieta deve ser bem calculada para
suprir a quantidade de proteína e as
calorias necessárias ao
desenvolvimento da criança como
também para assegurar níveis mínimos
de fenilalanina na circulação.
 O controle do tratamento se faz através
de dosagens periódicas dos níveis de
fenilalanina no soro.
 O objetivo é manter esses níveis
abaixo de 10,0 mg/dl.
 Embora o tratamento deva ser feito
indefinidamente, após a adolescência o
mesmo pode ser um pouco menos
restrito. Atualmente, muitos estudos têm
demonstrado a necessidade de um
controle mais rigoroso da dieta em
mulher com PKU em idade reprodutiva,
uma vez que o alto índice de
fenilalanina em gestantes podem
prejudicar o desenvolvimento fetal.

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  • 1. A BASE BIOQUÍMICA E MOLECULAR DAS DOENÇAS GENÉTICAS Juliana Zimmermmann
  • 2.  Es manifesten per: a) acumulació d’una substancia b) dèficit de producció del metabòlit. c) toxicitat directe del producte en excés Alterações Metabólicas Hereditárias
  • 3.  Són trastorns del metabolisme causats per alteracions genètiques específiques de caràcter hereditari.  L’alteració en l’expressió d’un gen determinat que codifica la producció d’una proteïna enzimàtica bloquejarà una reacció metabòlica. Enzim alterat Via metabòlica alterada Alteració fenotipus Metabolopatia congènita Conceito
  • 4. Alterações do metabolismo  Alterações no metabolismo de carbohidratos  Alteracões no metabolismo de aminoácidos  Alterações no metabolismo de lípides
  • 6. Glicose  Conceito: As anomalias do metabolismo de glicose são os erros mais comuns do metabolismo de carboidratos.  Causas: Suas causas são heterogêneas e incluem fatores genéticos e ambientais
  • 8.  Classificação:  DM tipo 1: níveis ausentes ou muito reduzidos de insulina, geralmente se apresenta na infância  DM tipo 2: aumento da resistência à insulina e ocorre na idade adulta.
  • 9. DM tipo 1  No diabetes tipo 1 ocorre destruição das células beta do pâncreas, usualmente por processo auto-imune (forma auto-imune; tipo 1A) ou menos comumente de causa desconhecida (forma idiopática; tipo 1B).  Na forma auto-imune há um processo de insulite e estão presentes auto-anticorpos circulantes (anticorpos anti-descarboxilase do ácido glutâmico, anti-ilhotas e anti- insulina). De uma forma geral, a instalação do quadro de diabetes tipo 1 auto-imune é relativamente abrupta e muitas vezes o indivíduo pode identificar a data de início dos sintomas.
  • 10.  Pico de incidência: 10 aos 14 anos de idade,  diminuição progressiva da incidência até os 35 anos.  Clínica: Em geral, os pacientes apresentam índice de massa corporal normal, mas a presença de obesidade não exclui o diagnóstico. associação com outras doenças auto-imunes, como a tireoidite de Hashimoto, a doença de Addison e a miastenia gravis entre outras.
  • 11. E os genes?  DM1 apresenta cerca de 20 grupos de genes associados à susceptibilidade à doença, mas apenas 13 grupos apresentam evidências estatisticamente significantes de associação.  A maior contribuição vem da região onde estão localizados os genes do Complexo Principal de Histocompatibilidade (CPH).
  • 12. DM tipo 2  O diabetes tipo 2 é mais comum do que o tipo 1, perfazendo cerca de 90% dos casos de diabetes. É uma entidade heterogênea, caracterizada por distúrbios da ação e secreção da insulina, com predomínio de um ou outro componente
  • 13.  A ocorrência de agregação familiar do diabetes é mais comum no diabetes tipo 2 do que no tipo 1.  No entanto, estudos recentes descrevem uma prevalência duas vezes maior de diabetes do tipo 1 em famílias com tipo 2, sugerindo uma possível interação genética entre os dois tipos de diabetes
  • 15.  O MODY é definido como um diabetes familiar com idade de diagnóstico precoce  (infância, adolescência ou adultos jovens). Nestas formas monogênicas, que representam entre 5 a 10% dos casos de diabetes, uma mutação em um só gene transmitido de forma autossômica-dominante é suficiente para promover a hiperglicemia MODY
  • 16. Os genes Mody  Hoje conhecemos 6 subtipos de MODY secundários a 6 genes diferentes,estes genes codificam a enzima glicoquinase (MODY2) ou fatores de transcrição com expressão demonstrada nas células b-pancreáticas
  • 17. Fisiopatologia do Diabetes  Diminuição/ Ausência de Insulina  Aumento da glicemia  Hiperglicemia  Emagrecimento, hálito cetônico, cansaço  Alterações nos vasos: obstrução dos capilares
  • 18.
  • 19. Intolerância a Lactose  A capacidade de metabolizar a lactose (em açúcar composto por glicose e galactose) é dependente da atividade de uma enzima intestinal da borda em escova do intestino delgado chamada lactase;  Etiologia Uma alteração neste metabolismo poderá ocorrer a partir de mutações LAC ou como uma doença autossômica recessiva;
  • 20.  Na maioria da população mundial, após o desmame, há um declínio gradual na atividade da lactase;  Esse fenômeno, denominado hipolactasia primária do tipo adulto, é a forma mais comum de deficiência de lactase;  A persistência da atividade enzimática na vida adulta tem herança autossômica dominante, enquanto a hipolactasia é herdada de forma autossômica recessiva;  A má absorção de lactose é o fenótipo predominante nas populações nativas da Austrália, Oceania, leste e sudeste da Ásia, África Tropical e Américas;
  • 21.  A concentração da lactase nas células intestinais é farta ao nascermos e vai decrescendo com a idade, por isso adultos podem apresentar intolerância a lactose;  Nos EUA, um a cada quatro ou cinco adultos pode sofrer de algum grau de intolerância ao leite.  Os descendentes brancos de europeus têm uma incidência menor de 25%, enquanto que na população de origem asiática o problema alcança 90%. Nos afro-americanos, nos índios e nos judeus, bem como nos mexicanos, a intolerância à lactose alcança níveis maiores que 50% dos indivíduos.
  • 22. Fisiopatologia  Devido a essa deficiência, a lactose não digerida continua dentro do intestino e chega ao intestino, onde é fermentada por bactérias, produzindo ácido láctico e gases (gás carbônico e o hidrogênio, que é usado nos testes de determinação de intolerância à lactose).  A presença de lactose e destes compostos nas fezes no intestino grosso aumenta a pressão osmótica (retenção de água no intestino), causando diarréia ácida e gasosa, flatulência excessiva (excesso de gases), cólicas e aumento do volume abdominal. 
  • 23. Clínica  Os sintomas mais comuns são náusea, dores abdominais, diarréia ácida e abundante, gases e desconforto.  A severidade dos sintomas depende da quantidade ingerida e da quantidade de lactose que cada pessoa pode tolerar. Em muitos casos pode ocorrer somente dor e/ou distensão abdominal, sem diarréia
  • 24.  Clínica: Náuseas, gases e diarréia, então, com intensidade variável.  Na infância, pode determinar má nutrição.  Pode acontecer em qualquer época da vida, podendo inclusive aparecer esta incapacidade de temporária, por exemplo, na seqüência de uma infecção alimentar, que trouxe dano à mucosa intestinal ou também pode advir de lesões intestinais crônicas como, por exemplo, na doença de Crohn
  • 25. Diagnóstico  Clínico  História clínica  Suspensão da lactose da dieta é diagnóstica e terapêutica;  Alguns exames podem ajudar:  dosagem de ácido nas fezes/  teste da eliminação de ácido na respiração (veja texto anexado) – complementação da aula.
  • 26. Tratamento  Dieta  Suspensão de leite e derivados = tratamento de prova;  Nas crianças/bebês: leite de soja
  • 27.
  • 28.  Metabolismo de aminoácidos
  • 29. Hiperfenilalaninemias  Conceito: Os defeitos no metabolismo de fenilalanina causam a hiperfenilalaninemias, um dos mais estudados de todos os defeitos metabólicos.  Genética: Mutações dos loci codificantes de componentes da via de hidroxilação da fenilalanina
  • 30. Rastreio  Por meio de testes de triagem realizados nos recém-nascidos, o chamado "Teste do Pezinho", os bebês acometidos são diagnosticados e submetidos imediatamente a uma dieta especial, pobre em fenilalanina.
  • 32. Clínica  As crianças fenilcetonúricas não podem ser diferenciadas de outras, nos primeiros meses de vida. No entanto, se não forem tratadas, começam a perder o interesse por tudo que as cerca e se tornam apáticas ao redor do 3° - 6° mês de vida.
  • 33.  Até o final do 1° ano de vida, já se verifica o retardo mental. A doença se manifesta, ainda, através de outros sintomas, tais como, irritação, ansiedade, e até, por convulsões, embora o retardo mental seja, sem dúvida a conseqüência mais grave. O aparecimento de descamação da pele e eczemas também são comuns, mas o desenvolvimento físico costuma ser normal
  • 34.  Os níveis elevados de fenilalanina plasmática perturbam processos celulares essenciais no cérebro  Mielinização  Síntese de proteínas  Causas:  Autossômica recessiva  Mutações de fenilalanina hidroxilase (PAH) e produzem a fenilcetonúria clássica  Incidência:  1:10.00  1:90.000
  • 35.  Tratamento:  Balanço da fenilalanina  Normal: 1 a 3 mg/100 mL de plasma  Alteradas: >20 mg/100mL  Primeiro mês de vida – 10 primeiros dias;  Na mulher grávida pode ocasionar embriopatia  O tratamento baseia-se em dieta especial, pobre em fenilalanina e deve ser iniciado tão logo o diagnóstico seja confirmado.
  • 36.  Como a fenilalanina está presente em todas as proteínas, a dieta consiste em que os alimentos protéicos (carne, ovos, leite, etc.), sejam substituídos por uma mistura de aminoácidos com pouca ou nenhuma fenilalanina.  Existem diversos produtos no mercado tais como a Lofenalac (Mead Johnson), o ASP (Nestlé) e o PKU (Milupa).  A dieta deve ser bem calculada para suprir a quantidade de proteína e as calorias necessárias ao desenvolvimento da criança como também para assegurar níveis mínimos de fenilalanina na circulação.
  • 37.  O controle do tratamento se faz através de dosagens periódicas dos níveis de fenilalanina no soro.  O objetivo é manter esses níveis abaixo de 10,0 mg/dl.  Embora o tratamento deva ser feito indefinidamente, após a adolescência o mesmo pode ser um pouco menos restrito. Atualmente, muitos estudos têm demonstrado a necessidade de um controle mais rigoroso da dieta em mulher com PKU em idade reprodutiva, uma vez que o alto índice de fenilalanina em gestantes podem prejudicar o desenvolvimento fetal.