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7 atitudes para
lidar com não
conformidades
Controle Interno da
Qualidade no Laboratório
Clínico




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           Conteúdo destinado a profissionais que estão iniciando os
           trabalhos de controle da qualidade. Conteúdos com essa
           classificação geralmente incluem dicas e passo-a-passo para o
           aprendizado de conceitos básicos e fundamentais.



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           Conteúdo destinado a profissionais que já estão familiarizados
           com o controle da qualidade e têm experiência na execução do
           processo. Conteúdos assim geralmente incluem conceitos e
           teorias para um entendimento mais completo do assunto.




    Avançado
           Os conteúdos assim classificados são dirigidos a profissionais mais
           experientes no controle da qualidade. Geralmente incluem conceitos
           pouco usuais e que ainda não são de domínio geral. São indicados
           também para profissionais que desejam lecionar sobre o assunto.




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7 atitudes para lidar com não conformidades




Prof. Silvio de Almeida Basques
é médico, com Residência e Pós-
Graduação pela Universidade Federal
de Minas Gerais. Recebeu Título de
Especialista pela Sociedade Brasileira
de Patologia Clínica. É Professor
Aposentado do Departamento de
Clínica Médica da Faculdade de
Medicina da UFMG e Ex-Professor de
Informática Médica da UFMG.
Implantou o Sistema de Informática
Laboratorial do Hospital dos                  Prof Silvio de A. Basques
Servidores do Estado de Minas Gerais          basques@qualichart.com.br

(HGIP).


Criou e orienta sistemas de
                                              7 atitudes para lidar com não
informática para o Controle Interno
                                              conformidades
da Qualidade, além de Sistema para
Auditoria Interna em Laboratórios.
Apresenta o Programa Sábado às 11,
para laboratórios. Criou e dirigiu o
LABConsult – Tecnologia e Informação
para Laboratórios Clínicos.
Produziu e cooperou em várias
edições de cursos para o Controle da
Qualidade em Laboratórios.




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    www.qualichart.com.br                                                        página 3
Introdução
7 atitudes para lidar com não conformidades




         É imperativo que se determine a
          causa raiz para o dado outlier e
         como adotar a possível correção.

Um grande desafio para o profissional             de imediato. Deve-se ter cautela
de laboratório clínico é quando se                nessa hora porque atuar assim pode
depara com situações identificadas                caracterizar uma atitude aleatória,
como perda do controle, ou seja,                  desprovida de fundamentação e
recebe um alerta indicando uma não                de base racional e por isso menos
conformidade. O laboratório deve                  resolutiva.
estabelecer estratégias para lidar
com essas situações. É imperativo                 Quem já leu nosso artigo “3 abordagens
que se determine a causa raiz para o              para o gerenciamento da qualidade
dado outlier e como adotar a possível             analítica” se lembrará do ciclo PDCA
correção. Muitos fazem nessa hora                 (Plan, Do, Check, Action, ou seja,
toda a sorte de repetições, seja de               Planejar, Executar, Controlar e Agir) e
controle, nova alíquota do material,              que o controle, a terceira etapa, requer
enfim, uma ação que é tida como                   uma atitude de revisar o sistema,
objetiva e que está ao próprio alcance            encontrar e corrigir a causa raiz.

                                                          a-
             Em    e st atíst ica, outlie r típro n uén cim a
                                             (p
                                                        u
             se  a ut la ie r), ou va lo r se ntico,u m g ra n d e
                                           a
                                        re a
             o b se rva ca o qu e a pd e m a is d a séri e (qu e
             afa st a m e nt o d a s qu e é in co n si st e nt e.
             e stá “fora” d e la), ou
              (Wikipédia)
                                                         co mpart ilh e esse co nteúd o
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Desenvolver
uma estratégia
Assumimos que você usa um método de controle que permite a
plotagem do gráfico de Levey-Jennings e/ou o teste das regras
múltiplas do Controle Interno da Qualidade (Regras de Westgard). Sem
pelo menos um desses mecanismos de análise não é possível realizar
bem o controle interno e aproveitar também este artigo.
7 atitudes para lidar com não conformidades




Ter uma estratégia para lidar com             destacar que essa é também uma
a situação de outlier constitui um            atitude racional e se insere nas ações
enfoque muito importante de busca             a serem consideradas numa estratégia
da causa raiz e assim maior facilidade        de enfrentamento da situação de
para adotar medida corretiva acertada         resultado outlier.
e eficaz.
                                              Se o controle da qualidade for bem
Atitudes como simplesmente repetir            planejado e o Gestor da Qualidade
a análise do controle sem analisar a          ampliar seu conhecimento teste
situação não é uma boa prática para           por teste, sua visão dos sistemas
um laboratório que planeja e cuida            analíticos será de tal forma
de estratégias da qualidade. Embora,          consistente que possibilitará clareza
devemos admitir, pode acontecer de            e maior acerto na busca de soluções.
ser o resultado outlier causado por           O método de controle interno da
degradação do próprio analito no              qualidade adotado deverá ser capaz de
frasco de material de controle que            encontrar problemas com o mínimo de
está em uso no momento, ou mesmo              falsas rejeições. Resolver problemas
uma contaminação desse frasco.                de controle exige conhecimento e
Nesse caso a abertura de um novo              atitudes. Cabe ao gestor da qualidade
frasco pode ser a medida corretiva            do laboratório, um profissional de
eficaz e que deve ser documentada             nível superior, descobrir as causas e
em comentários sobre a corrida. Vale          solucionar os problemas.

                                                                   ca qu e
 A re peticao ún ic   a e si m ples da anális e doento sro le in di ro le
                                                   co nt
                                                              co nt
 o prof iss io na l na o co nf ia qu e os procedim itu dedeao acas o.
                                                          s
 esteja m cu m prin do o se u pa pe l. Pre fe re at


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Atitudes
 1. Inspecionar detalhadamente o gráfico de controle e as regras violadas
                                  2. Analisar as possíveis causas de erros
          3. Realizar intervenções no sistema, visando corrigir o problema
                             4. Anotar as medidas adotadas para correção
 5. Realizar nova corrida analítica, para controles e amostras de pacientes
                                                 6. Testar os novos dados
7. Interpretar o resultado da última avaliação e decidir o encaminhamento
Inspecionar detalhadamente o gráfico de
1    controle e as regras violadas.


A interpretação visual do gráfico de       observações consecutivas dos
controle pode ser muito elucidativa.       controles, como 2:2s, 4:1s, 7x, 10x e 7T
Podemos inferir se há uma tendência,       usualmente indicam erro sistemático.
o que indica o tipo de erro sistemático,   Regras que testam alargamento
ou se a plotagem sugere o caráter          da distribuição gaussiana das
aleatório. As regras violadas também       medidas do controle, como 1:3s, R:4s
fornecem importantes indicadores           geralmente indicam erros aleatórios.
do tipo de erro. Regras que avaliam



                                                                                 Figura 1




                                                co mpart ilh e esse co nteúd o
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7 atitudes para lidar com não conformidades




                                                       Figura 2

O gráfico de controle é uma                  mais próximos da média. O CV deve
representação visual da variabilidade        estar confortavelmente abaixo da
dos resultados obtidos das análises          imprecisão máxima permitida.
do material. A figura 1 mostra a             Curva 3 – azul – a distribuição
conjugação de imagens, da curva              gaussiana mostra-se alargada,
de Gauss (rodada no sentido anti-            indicando resultados muito dispersos,
horário) com o gráfico de controle.          mesmo mantendo-se eqüidistantes
Baseando-nos nesse princípio,                do valor da média. Indica erros
podemos interpretar a figura 2.              aleatórios.
Curva 1 – verde – mostra uma                 Curva 4 – fúcsia (roxa) – indica
distribuição gaussiana dos resultados,       erro sistemático, tendo havido
de forma aceitável e a média                 deslocamento da média para menos.
adequada. O coeficiente de variação          A variabilidade parece boa (amplitude
estaria em valores a menos que a             da curva de Gauss), o que remete
imprecisão máxima permitida para o           a um CV provavelmente aceitável
teste.                                       quando comparado com a imprecisão
Curva 2 – vermelha – uma                     máxima. Porém, o sistema analítico
variabilidade muito boa (pequena),           está com problemas.
mostrando distribuição dos valores




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7 atitudes para lidar com não conformidades




Comentários
 O gráfico de controle é ferramenta            fabricante do material de controle é
 imprescindível no controle interno            um critério frágil e de baixo índice de
 quantitativo e o profissional deve se         detecção de problemas. Por exemplo,
 familiarizar com ele. Aporta muitas           um desvio da média ocasionado por
 informações e tem grande efeito               perda de calibração (curva 4, acima)
 pedagógico, permitindo compartilhar           pode não ser detectado por muitos
 informações dos eventos do controle           dias, simplesmente comparando o
 com todos os colaboradores. É uma             resultado com uma faixa. A análise
 boa prática de controle sempre                do gráfico de controle , ou o teste das
 inspecionar o gráfico de Levey-               regras (p. ex.: regra 4:1s) revelam o
 Jennings. A prática de apenas                 problema que você pode resolver. Isso
 comparar o resultado do controle              é o que se espera de um sistema de
 com numa faixa preconizada pelo               controle.




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Analisar as possíveis causas de erros                                    2
Identificado o tipo de erro, se               e são mais fáceis de serem
ALEATÓRIO, ou se SISTEMÁTICO, vá              solucionados. Os erros aleatórios não
em busca da causa raiz. Os erros              têm sentido e direção definidos, sendo
sistemáticos são mais freqüentes, são         portanto mais difíceis para encontro
causados por problemas persistentes           da causa raiz.




                                                           Comentários

Lembre-se de verificar o último               que aumentam seus custos. Avalie
movimento em relação ao aparelho              principalmente dois aspectos:
(manutenção recente), ao reagente                Se o problema afeta outros testes
(novo reagente, novo lote), calibração        que sejam executados no mesmo
etc. Recorra à informação sobre tipos         aparelho. É o que podemos chamar
de erros, em alguma lista, para você          de “denominador comum” para os
relembrar as possibilidades.                  diferentes sistemas analíticos.
Faça uma revisão apurada das                     Se houve intervenção recente no
causas de erro. Gaste um pouco                equipamento, desde a manutenção
do seu tempo na análise, para                 preventiva, algum dano, até a troca de
economizar em tempo e materiais,              reagentes.
evitando repetições infrutíferas e




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Realizar intervenções no sistema,
3   visando corrigir o problema


Avalie e procure conhecer
seu sistema analítico e seu
desempenho. Utilize os registros
de não conformidades para o

                                     Comentários
analito como forma de rememorar
outras violações (mesmo
antigas) para detectar possíveis
reincidências de um mesmo             Evite simplesmente substituir o
problema. Considere a opção de        frasco de material de controle, ou
analisar as não-conformidades,        utilizar novo reagente, o que pode
causas raízes e medidas corretivas    supostamente dar resultados mais
adotadas anteriormente. Lembre-       rápidos. Na verdade, pode ser que
se do Princípio de Pareto que         se esteja apenas postergando as
estabelece que 80% dos problemas      medidas efetivas. Contudo, é sempre
têm menos de 20% das causas. É        possível que um analito tenha se
um axioma válido para o CIQ no        deteriorado num material durante
laboratório clínico.                  o uso e ao analisar um outro frasco
                                      pode-se encontrar a solução do
                                      problema, que nesse caso estaria
                                      no material que tem a função de
                                      controlar a estabilidade do sistema,
                                      mas ele próprio teria perdido a
                                      estabilidade.




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  • 1. 7 atitudes para lidar com não conformidades Controle Interno da Qualidade no Laboratório Clínico Publicado por
  • 2. Este conteúdo é adequado para mim? Iniciante Conteúdo destinado a profissionais que estão iniciando os trabalhos de controle da qualidade. Conteúdos com essa classificação geralmente incluem dicas e passo-a-passo para o aprendizado de conceitos básicos e fundamentais. Este conteúdo! Intermediário Conteúdo destinado a profissionais que já estão familiarizados com o controle da qualidade e têm experiência na execução do processo. Conteúdos assim geralmente incluem conceitos e teorias para um entendimento mais completo do assunto. Avançado Os conteúdos assim classificados são dirigidos a profissionais mais experientes no controle da qualidade. Geralmente incluem conceitos pouco usuais e que ainda não são de domínio geral. São indicados também para profissionais que desejam lecionar sobre o assunto. com partilh e ess e conteúdo página 2 www.qualichart.com.br
  • 3. 7 atitudes para lidar com não conformidades Prof. Silvio de Almeida Basques é médico, com Residência e Pós- Graduação pela Universidade Federal de Minas Gerais. Recebeu Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica. É Professor Aposentado do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG e Ex-Professor de Informática Médica da UFMG. Implantou o Sistema de Informática Laboratorial do Hospital dos Prof Silvio de A. Basques Servidores do Estado de Minas Gerais basques@qualichart.com.br (HGIP). Criou e orienta sistemas de 7 atitudes para lidar com não informática para o Controle Interno conformidades da Qualidade, além de Sistema para Auditoria Interna em Laboratórios. Apresenta o Programa Sábado às 11, para laboratórios. Criou e dirigiu o LABConsult – Tecnologia e Informação para Laboratórios Clínicos. Produziu e cooperou em várias edições de cursos para o Controle da Qualidade em Laboratórios. co mpart ilh e esse co nteúd o www.qualichart.com.br página 3
  • 5. 7 atitudes para lidar com não conformidades É imperativo que se determine a causa raiz para o dado outlier e como adotar a possível correção. Um grande desafio para o profissional de imediato. Deve-se ter cautela de laboratório clínico é quando se nessa hora porque atuar assim pode depara com situações identificadas caracterizar uma atitude aleatória, como perda do controle, ou seja, desprovida de fundamentação e recebe um alerta indicando uma não de base racional e por isso menos conformidade. O laboratório deve resolutiva. estabelecer estratégias para lidar com essas situações. É imperativo Quem já leu nosso artigo “3 abordagens que se determine a causa raiz para o para o gerenciamento da qualidade dado outlier e como adotar a possível analítica” se lembrará do ciclo PDCA correção. Muitos fazem nessa hora (Plan, Do, Check, Action, ou seja, toda a sorte de repetições, seja de Planejar, Executar, Controlar e Agir) e controle, nova alíquota do material, que o controle, a terceira etapa, requer enfim, uma ação que é tida como uma atitude de revisar o sistema, objetiva e que está ao próprio alcance encontrar e corrigir a causa raiz. a- Em e st atíst ica, outlie r típro n uén cim a (p u se a ut la ie r), ou va lo r se ntico,u m g ra n d e a re a o b se rva ca o qu e a pd e m a is d a séri e (qu e afa st a m e nt o d a s qu e é in co n si st e nt e. e stá “fora” d e la), ou (Wikipédia) co mpart ilh e esse co nteúd o www.qualichart.com.br página 5
  • 6. Desenvolver uma estratégia Assumimos que você usa um método de controle que permite a plotagem do gráfico de Levey-Jennings e/ou o teste das regras múltiplas do Controle Interno da Qualidade (Regras de Westgard). Sem pelo menos um desses mecanismos de análise não é possível realizar bem o controle interno e aproveitar também este artigo.
  • 7. 7 atitudes para lidar com não conformidades Ter uma estratégia para lidar com destacar que essa é também uma a situação de outlier constitui um atitude racional e se insere nas ações enfoque muito importante de busca a serem consideradas numa estratégia da causa raiz e assim maior facilidade de enfrentamento da situação de para adotar medida corretiva acertada resultado outlier. e eficaz. Se o controle da qualidade for bem Atitudes como simplesmente repetir planejado e o Gestor da Qualidade a análise do controle sem analisar a ampliar seu conhecimento teste situação não é uma boa prática para por teste, sua visão dos sistemas um laboratório que planeja e cuida analíticos será de tal forma de estratégias da qualidade. Embora, consistente que possibilitará clareza devemos admitir, pode acontecer de e maior acerto na busca de soluções. ser o resultado outlier causado por O método de controle interno da degradação do próprio analito no qualidade adotado deverá ser capaz de frasco de material de controle que encontrar problemas com o mínimo de está em uso no momento, ou mesmo falsas rejeições. Resolver problemas uma contaminação desse frasco. de controle exige conhecimento e Nesse caso a abertura de um novo atitudes. Cabe ao gestor da qualidade frasco pode ser a medida corretiva do laboratório, um profissional de eficaz e que deve ser documentada nível superior, descobrir as causas e em comentários sobre a corrida. Vale solucionar os problemas. ca qu e A re peticao ún ic a e si m ples da anális e doento sro le in di ro le co nt co nt o prof iss io na l na o co nf ia qu e os procedim itu dedeao acas o. s esteja m cu m prin do o se u pa pe l. Pre fe re at co mpart ilh e esse co nteúd o www.qualichart.com.br página 7
  • 8. Atitudes 1. Inspecionar detalhadamente o gráfico de controle e as regras violadas 2. Analisar as possíveis causas de erros 3. Realizar intervenções no sistema, visando corrigir o problema 4. Anotar as medidas adotadas para correção 5. Realizar nova corrida analítica, para controles e amostras de pacientes 6. Testar os novos dados 7. Interpretar o resultado da última avaliação e decidir o encaminhamento
  • 9. Inspecionar detalhadamente o gráfico de 1 controle e as regras violadas. A interpretação visual do gráfico de observações consecutivas dos controle pode ser muito elucidativa. controles, como 2:2s, 4:1s, 7x, 10x e 7T Podemos inferir se há uma tendência, usualmente indicam erro sistemático. o que indica o tipo de erro sistemático, Regras que testam alargamento ou se a plotagem sugere o caráter da distribuição gaussiana das aleatório. As regras violadas também medidas do controle, como 1:3s, R:4s fornecem importantes indicadores geralmente indicam erros aleatórios. do tipo de erro. Regras que avaliam Figura 1 co mpart ilh e esse co nteúd o www.qualichart.com.br página 9
  • 10. 7 atitudes para lidar com não conformidades Figura 2 O gráfico de controle é uma mais próximos da média. O CV deve representação visual da variabilidade estar confortavelmente abaixo da dos resultados obtidos das análises imprecisão máxima permitida. do material. A figura 1 mostra a Curva 3 – azul – a distribuição conjugação de imagens, da curva gaussiana mostra-se alargada, de Gauss (rodada no sentido anti- indicando resultados muito dispersos, horário) com o gráfico de controle. mesmo mantendo-se eqüidistantes Baseando-nos nesse princípio, do valor da média. Indica erros podemos interpretar a figura 2. aleatórios. Curva 1 – verde – mostra uma Curva 4 – fúcsia (roxa) – indica distribuição gaussiana dos resultados, erro sistemático, tendo havido de forma aceitável e a média deslocamento da média para menos. adequada. O coeficiente de variação A variabilidade parece boa (amplitude estaria em valores a menos que a da curva de Gauss), o que remete imprecisão máxima permitida para o a um CV provavelmente aceitável teste. quando comparado com a imprecisão Curva 2 – vermelha – uma máxima. Porém, o sistema analítico variabilidade muito boa (pequena), está com problemas. mostrando distribuição dos valores com partilh e ess e conteúdo página 10 www.qualichart.com.br
  • 11. 7 atitudes para lidar com não conformidades Comentários O gráfico de controle é ferramenta fabricante do material de controle é imprescindível no controle interno um critério frágil e de baixo índice de quantitativo e o profissional deve se detecção de problemas. Por exemplo, familiarizar com ele. Aporta muitas um desvio da média ocasionado por informações e tem grande efeito perda de calibração (curva 4, acima) pedagógico, permitindo compartilhar pode não ser detectado por muitos informações dos eventos do controle dias, simplesmente comparando o com todos os colaboradores. É uma resultado com uma faixa. A análise boa prática de controle sempre do gráfico de controle , ou o teste das inspecionar o gráfico de Levey- regras (p. ex.: regra 4:1s) revelam o Jennings. A prática de apenas problema que você pode resolver. Isso comparar o resultado do controle é o que se espera de um sistema de com numa faixa preconizada pelo controle. co mpart ilh e esse co nteúd o www.qualichart.com.br página 11
  • 12. Analisar as possíveis causas de erros 2 Identificado o tipo de erro, se e são mais fáceis de serem ALEATÓRIO, ou se SISTEMÁTICO, vá solucionados. Os erros aleatórios não em busca da causa raiz. Os erros têm sentido e direção definidos, sendo sistemáticos são mais freqüentes, são portanto mais difíceis para encontro causados por problemas persistentes da causa raiz. Comentários Lembre-se de verificar o último que aumentam seus custos. Avalie movimento em relação ao aparelho principalmente dois aspectos: (manutenção recente), ao reagente  Se o problema afeta outros testes (novo reagente, novo lote), calibração que sejam executados no mesmo etc. Recorra à informação sobre tipos aparelho. É o que podemos chamar de erros, em alguma lista, para você de “denominador comum” para os relembrar as possibilidades. diferentes sistemas analíticos. Faça uma revisão apurada das  Se houve intervenção recente no causas de erro. Gaste um pouco equipamento, desde a manutenção do seu tempo na análise, para preventiva, algum dano, até a troca de economizar em tempo e materiais, reagentes. evitando repetições infrutíferas e com partilh e ess e conteúdo página 12 www.qualichart.com.br
  • 13. Realizar intervenções no sistema, 3 visando corrigir o problema Avalie e procure conhecer seu sistema analítico e seu desempenho. Utilize os registros de não conformidades para o Comentários analito como forma de rememorar outras violações (mesmo antigas) para detectar possíveis reincidências de um mesmo Evite simplesmente substituir o problema. Considere a opção de frasco de material de controle, ou analisar as não-conformidades, utilizar novo reagente, o que pode causas raízes e medidas corretivas supostamente dar resultados mais adotadas anteriormente. Lembre- rápidos. Na verdade, pode ser que se do Princípio de Pareto que se esteja apenas postergando as estabelece que 80% dos problemas medidas efetivas. Contudo, é sempre têm menos de 20% das causas. É possível que um analito tenha se um axioma válido para o CIQ no deteriorado num material durante laboratório clínico. o uso e ao analisar um outro frasco pode-se encontrar a solução do problema, que nesse caso estaria no material que tem a função de controlar a estabilidade do sistema, mas ele próprio teria perdido a estabilidade. co mpart ilh e esse co nteúd o www.qualichart.com.br página 13
  • 14. Conteúdo parcial Baixe o conteúdo completo na página de material científico do QualiChart acesse: http://qualichart.com.br/conteudo.html www.qualichart.com.br www.qualichart.com.br
  • 15. Conheça os outros conteúdos do QualiChart Ebook (clique na imagem para acessar) www.qualichart.com.br www.qualichart.com.br
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