SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
Colônia
Relações ecológicas
Em um ecossistema, os seres vivos relacionam-se        Associação anatômica formando uma unidade
com o ambiente físico e também entre si, formando      estrutural e funcional. Ex.: coral-cérebro,
o que chamamos de relações ecológicas.                 caravela.

As relações ecológicas ocorrem dentro da               Colônia é um grupo de organismos da mesma
mesma população (isto é, entre indivíduos da           espécie que formam uma entidade diferente dos
mesma espécie), ou entre populações diferentes         organismos individuais. Por vezes, alguns destes
(entre indivíduos de espécies diferentes). Essas       indivíduos especializam-se em           determinadas
relações estabelecem-se na busca por alimento,         funções necessárias à colônia. Um recife de coral,
água, espaço, abrigo, luz ou parceiros para            por exemplo, é construído por milhões de pequenos
reprodução.                                            animais (pólipos) que secretam à sua volta um
                                                       esqueleto rígido. A garrafa-azul (Physalia) é formada
                                                       por centenas de pólipos seguros a um flutuador,
Relações Harmônicas (relações positivas)               especializados nas diferentes funções, como a
                                                       alimentação e a defesa; cada um deles não
Intra-específica (entre indivíduos da mesma            sobrevive isolado da colônia.
espécie)
                                                       As bactérias e outros organismos unicelulares
Sociedade                                              também se agrupam muitas vezes dentro de um
União permanente entre indivíduos em que há            invólucro mucoso.
divisão de trabalho. Ex.: insetos sociais (abelhas,    As abelhas e formigas, por outro lado, diferenciam-
formigas e cupins)                                     se em rainha, zangão com funções reprodutivas e as
O que mais chama a atenção em uma colméia é a          obreiras (ou operárias) com outras funções, mas
sua organização. Todo o trabalho é feito por abelhas   cada indivíduo pode sobreviver separadamente. Por
que não se reproduzem, as operárias. Elas se           isso, estas espécies são chamadas eusociais, ou
encarregam de colher o néctar das flores, de limpar    seja, formam uma sociedade e não uma colônia.
e defender a colméia e de alimentar as rainhas e as
larvas (as futuras abelhas) com mel, que é produzido
a partir do néctar.
A rainha é a única fêmea fértil da colméia coloca os
ovos que irão originar outras operárias e também os
zangões (os machos), cuja única função é fecundar
a rainha.
Portanto, uma sociedade é composta por um grupo
de indivíduos da mesma espécie que vivem juntos
de forma a permanente e cooperando entre si.
Entre os mamíferos também encontramos vários
exemplos de sociedades, como os dos castores, a
dos gorilas, a dos babuínos e a da própria espécie
humana. A divisão de trabalho não é tão rigorosa
quanto as abelhas, mas também há varias formas de
cooperação. É comum, por exemplo, um animal
soltar um grito de alarme quando vê um predador se
aproximar do grupo; ou mesmo um animal dividir
alimento com outros.



                                                       Interespecífica (entre indivíduos de espécies
                                                       diferentes)


                                                       Mutualismo
                                                       Associação obrigatória entre indivíduos, em que
                                                       ambos se beneficiam. Ex.: líquen, bois e
                                                       microorganismos do sistema digestório.
                                                       Abelhas, beija-flores e borboletas são alguns
                                                       animais que se alimentam do néctar das flores. O
néctar é produzido na base das pétalas das flores e
é um produto rico em açucares. Quando abelhas,
borboletas e beija-flores colhem o néctar, grãos de
pólen se depositam em seu corpo. O pólen contém
células reprodutoras masculinas da planta.
Pousando em outra flor, esses insetos deixam cair o
pólen na parte feminina da planta. As duas células
reprodutoras - a masculina e a feminina - irão então
se unir e dar origem ao embrião (contido dentro da
semente). Perceba que existe uma relação entre
esses insetos e a planta em que ambos                   Tubarão e Peixe Rêmora – O tubarão é
lucram. Esse tipo de relação entre duas espécies       reconhecidamente o maior predador dos mares, ou
diferentes e que traz benefícios para ambas é          seja, o indivíduo que normalmente ocupa o ápice da
chamada mutualismo. Os animais polinizadores           cadeia alimentar no talassociclo. Já o peixe-rêmora
obtêm alimento e a planta se reproduz.                 é pequeno e incapaz de realizar a façanha do
                                                       predatismo. O peixe-rêmora vive então associado
Outro exemplo, é os liquens, associação                ao grande tubarão, preso em seu ventre através de
mutualística entre algas e fungos. Os fungos           uma      ventosa    (semelhante     a   um     disco
protegem as algas e fornecem-lhes água, sais           adesivo). Enquanto o tubarão encontra uma presa,
minerais e gás carbônico, que retiram do ambiente.     estraçalhando-a e devorando-a, a rêmora aguarda
As algas, por sua vez, fazem a fotossíntese e,         pacientemente, limitando-se a comer apenas o que o
assim, produzem parte do alimento consumido pelos      grande tubarão não quis. Após a refeição, o peixe-
fungos.                                                rêmora busca associar-se novamente a outro
                                                       tubarão faminto.Para a rêmora a relação é benéfica,
                                                       já para o tubarão é totalmente neutra.


                                                       Leão e a Hiena – os leões são grandes felinos e
                                                       ferozes    caçadores     típicos   das    savanas
                                                       africanas. Eles vivem em bandos e passam a maior
                                                       parte do dia dormindo (cerca de 20 horas, segundo
                                                       alguns etologistas). Entretanto são caçadores
                                                       situando-se, a exemplo dos tubarões, no ápice da
                                                       cadeia alimentar. As hienas são pequenas canídeas
                                                       que também se agrupam em bandos, mas que
                                                       vivem a espreita dos clãs dos leões. Quando os
                                                       leões estão caçando, as hienas escondem-se
                                                       esperando que todo o grupo de felinos se
                                                       alimente. As hienas aguardam apenas o momento
                                                       em que os leões abandonam as carcaças das
                                                       presas para só assim se alimentarem.
                                                       Urubu e o Homem - O urubu ou abutre (nomes
                                                       vulgares que variam de acordo com a localização,
                                                       mas que na verdade representam aves com o
                                                       mesmo estilo de vida) é um comensal do homem. O
                                                       homem é o ser da natureza que mais desperdiça
                                                       alimentos. Grande parte dos resíduos sólidos das
                                                       grandes cidades é formado por materiais orgânicos
                                                       que com um tratamento a baixos custos retornariam
                                                       à natureza de forma mais racional. O urubu é uma
                                                       grande ave que se vale exatamente deste
Liquens e polinizadores                                desperdício do homem em relação aos restos de
                                                       alimentos.

Interespecífica (entre indivíduos de espécies
diferentes)
Comensalismo
Associação em que um indivíduo aproveita
restos de alimentares do outro, sem prejudicá-lo.
Ex.: Tubarão e Rêmoras, Leão e a Hiena, Urubu e
o Homem.
possuir a região abdominal frágil, em razão do
                                                     exoesqueleto não possuir a mesma resistência do
                                                     cefalotórax. Este crustáceo ao atingir a fase adulta
                                                     (ainda em processo de crescimento, portanto
                                                     realizando as mudas) procura uma concha de
                                                     molusco gastrópode (caramujo) abandonada, e
                                                     instala-se dentro desta. De certa forma o crustáceo
                                                     permanece       protegido.    Entretanto,    alguns
                                                     predadores, ainda assim conseguem retirar
                                                     o Pagurus de dentro da concha. É aí que entra a
                                                     anêmona-do-mar, um cnidário. Como todos os
                                                     cnidários (ou celenterados), a anêmona-do-mar é
                                                     dotada de estruturas que liberam substâncias
                                                     urticantes com a finalidade de defender-se. A
Protocooperação                                      associação beneficia tanto a anêmona quanto o
                                                     Bernardo: o Bernardo consegue proteção quando
Associação facultativa entre indivíduos, em que      uma anêmona se instala sobre sua concha
ambos se beneficiam. Ex.: Anêmona do Mar e           (emprestada), pois nenhum predador chega
paguro, gado e anum (limpeza dos carrapatos),        perto. Já a anêmona beneficia-se porque seu
crocodilo africano e ave palito (higiene bucal).     “cardápio” alimentar melhora bastante quando de
Às margens do rio Nilo, na África, os ecólogos       “carona” na concha do Bernardo. A anêmona
perceberam a existência de um singular exemplo de    normalmente faz a captação de seus alimentos
protocooperação entre os perigosos crocodilos e o    (partículas) através de seus inúmeros tentáculos,
sublime pássaro-palito. Durante a sesta os           esperando que estes passem por perto. Na carona
gigantescos crocodilos abrem sua boca permitindo     do Bernardo há um significativo aumento no campo
que um pequeno pássaro (o pássaro-palito) fique      de alimentação para a anêmona.
recolhendo restos alimentares e pequenos vermes
dentre suas poderosas e fortes presas. A relação
era tipicamente considerada como um exemplo de
comensalismo, pois para alguns apenas o pássaro
se beneficiava. Entretanto, a retirada de vermes
parasitas faz do crocodilo um beneficiado na
relação, o que passa a caracterizar a
protocooperação.
Outro exemplo é do boi e do anum. Os bois e vacas
são comumente atacados por parasitas externos
(ectoparasitas), pequenos artrópodes conhecidos
vulgarmente por carrapatos. E o anum preto
(Crotophaga ani) tem como refeição predileta estes
pequenos parasitas. A relação é benéfica para
ambos (o boi se livra do parasita e o anum se        Eremita com anêmona grudada em sua concha.
alimenta).
                                                     Canibalismo
                                                     Relação desarmônica em que um indivíduo mata
                                                     outro da mesma espécie para se alimentar. Ex.:
                                                     louva-a-Deus, aracnídeos, filhotes de tubarão no
                                                     ventre materno.
                                                     Louva-a-deus – o louva-a-deus é um artrópode da
                                                     classe dos insetos (família Mantoideae). Este inseto
                                                     é verde e recebe este nome por causa da posição
                                                     de suas patas anteriores, juntas com tarsos
                                                     dobrados, como se estivesse rezando. Neste grupo
                                                     de insetos o canibalismo é muito comum,
                                                     principalmente no que tange o processo
                                                     reprodutivo. É hábito comum as fêmeas devorarem
                                                     os machos numa luta que antecede a cópula.



Bernardo-eremita    e     Anemôna-do-mar -       O
bernardo-eremita    é     um      crustáceo     do
gênero Paguruscuja principal característica é a de
Maré vermelha

Galináceos jovens – os jovens pintinhos com dias
de nascidos, quando agrupados em galpões não           Sinfilia
suficientemente grandes para abrigá-los podem,         Indivíduos mantém em cativeiro indivíduos de
ocasionalmente apresentar canibalismo, como uma        outra espécie, para obter vantagens. Ex.:
forma de controlar o tamanho da população.
                                                       formigas e pulgões.
                                                       Os pulgões são parasitas de certos vegetais, e se
Amensalismo                                            alimentam da seiva elaborada que retiram dos vasos
                                                       liberinos das plantas. A seiva elaborada é rica em
Relação em que indivíduos de uma espécie               açúcares e pobre em aminoácidos. Por absorverem
produzem toxinas que inibem ou impedem o               muito açúcar, os pulgões eliminam o seu excesso
desenvolvimento de outras. Ex.: Maré vermelha,         pelo ânus. Esse açúcar eliminado é aproveitado
cobra          (veneno)          e         homem,      pelas formigas, que chegam a acariciar com suas
fungo penicillium(penicilina) e bactérias.             antenas o abdômen dos pulgões, fazendo-os
                                                       eliminar mais açúcar. As formigas transportam os
A Penicilina foi descoberta em 1928 quando
                                                       pulgões para os seus formigueiros e os colocam
Alexander Fleming, no seu laboratório no Hospital St
                                                       sobre raízes delicadas, para que delas retirem a
Mary em Londres, reparou que uma das suas
                                                       seiva elaborada. Muitas vezes as formigas cuidam
culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada
                                                       da prole dos pulgões para que no futuro,
por um bolorPenicillium, e que em redor das colônias
                                                       escravizando-os, obtenham açúcar. Quando se leva
do fungo não havia bactérias. Ele demonstrou que o
                                                       em consideração o fato das formigas protegerem os
fungo produzia uma substância responsável pelo
                                                       pulgões das joaninhas, a interação é harmônica,
efeito bactericida, a penicilina.
                                                       sendo um tipo de protocooperação.
A Maré vermelha é a proliferação de algumas
espécies de algas tóxicas. Muitas delas de cor
avermelhada,     e     que   geralmente   ocorre
ocasionalmente nos mares de todo o planeta.
Encontramos essas plantas apenas no fundo do
mar. Em situações como mudanças de temperatura,
alteração na salinidade e despejo de esgoto nas
águas do mar, elas se multiplicam e sobem à
superfície, onde liberam toxinas que matam um
grande número de peixes, mariscos e outros seres
da                  fauna               marinha.

Quando isso acontece, grandes manchas vermelhas
são vistas na superfície da água. Os seres
contaminados por essas toxinas tornam-se
impróprios para o consumo humano.                      Predatismo
                                                       Relação em que um animal captura e mata
                                                       indivíduos de outra espécie para se alimentar.
                                                       Ex.: cobra e rato, homem e gado.
                                                       Todos os carnívoros são animais predadores. É o
                                                       que acontece com o leão, o lobo, o tigre, a onça, que
                                                       caçam veados, zebras e tantos outros animais.
O predador pode atacar e devorar também plantas,
como acontece com o gafanhoto, que, em bandos,
devoram rapidamente toda uma plantação. Nos
casos em que a espécie predada é vegetal,
costuma-se dar ao predatismo o nome de
herbivorismo.
Raros são os casos em que o predador é uma
planta. As plantas carnívoras, no entanto, são
excelentes exemplos, pois aprisionam e digerem
principalmente insetos.
O predatismo é uma forma de controle biológico
natural sobre a população da espécie da presa.
Embora o predatismo seja desfavorável à presa
como indivíduo, pode favorecer a sua população,
evitando que ocorra aumento exagerado do número
de indivíduos, o que acabaria provocando
competição devido à falta de espaço, parceiro
reprodutivo e alimento. No entanto ao diminuir a
população de presas é possível que ocorra a
diminuição dos predadores por falta de comida. Em
conseqüência, a falta de predadores pode provocar
um aumento da população de presas. Essa
regulação do controle populacional colabora para a   Lombriga (Ascaris lumbricoides) e mosquito
manutenção do equilíbrio ecológico.
Parasitismo: Indivíduos de uma espécie vivem         Competição Interespecífica: Disputa por recursos
no corpo de outro, do qual retiram alimento. Ex.:    escassos no ambiente entre indivíduos de espécies
Gado e carrapato, lombrigas e vermes parasitas       diferentes. Ex.: Peixe Piloto e Rêmora (por restos
do ser humano.
                                                     deixados pelo tubarão)
A lombriga é um exemplo de parasita. É um            Tanto o Peixe Piloto quanto a Rêmora comem os
organismo que se instala no corpo de outro (o        restos deixados pelos tubarões por tanto possuem o
hospedeiro) para extrair alimento, provocando-lhes   mesmo nicho ecológico e acabam disputando por
doenças. Os vermes parasitas fazem a pessoa ficar    espaço nele.
mal nutrida e perder peso. Em crianças, podem
prejudicar até o crescimento.
As adaptações ao parasitismo são assombrosas -
desde a transformação das probóscides dos
mosquitos num aparelho de sucção, até à redução
ou mesmo desaparecimento de praticamente todos
os órgãos, com exceção dos órgãos da alimentação
e os reprodutores, como acontece com as tênias e
lombrigas.




                                                     Peixe piloto e rêmora em volta do tubarão

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fatores bióticos e abióticos
Fatores bióticos e abióticosFatores bióticos e abióticos
Fatores bióticos e abióticosmmbbss
 
Factores BióTicos
Factores BióTicosFactores BióTicos
Factores BióTicoscatiacsantos
 
Interacções entre os seres vivos
Interacções entre os seres vivosInteracções entre os seres vivos
Interacções entre os seres vivosCatir
 
Aula 3 slide relação entre seres vivos
Aula 3 slide   relação entre seres vivosAula 3 slide   relação entre seres vivos
Aula 3 slide relação entre seres vivosHalysson Bento
 
Aula relações ecológicas
Aula relações ecológicasAula relações ecológicas
Aula relações ecológicasMarcia Bantim
 
Relações ecológicasmoodle
Relações ecológicasmoodleRelações ecológicasmoodle
Relações ecológicasmoodleguest2d00a0
 
Factores Bióticos
Factores BióticosFactores Bióticos
Factores BióticosRui Basto
 
RelaçõEs EcolóGicas Desarmonicas
RelaçõEs EcolóGicas DesarmonicasRelaçõEs EcolóGicas Desarmonicas
RelaçõEs EcolóGicas Desarmonicasguest787ebb4
 
Factores bióticos
Factores bióticosFactores bióticos
Factores bióticosCarla Brites
 
6º ano cap 5 relações ecológicas
6º ano cap 5   relações ecológicas6º ano cap 5   relações ecológicas
6º ano cap 5 relações ecológicasISJ
 
Interação entre os seres vivos
Interação entre os seres vivosInteração entre os seres vivos
Interação entre os seres vivosvvanessa
 
Interações ecológicas
Interações ecológicasInterações ecológicas
Interações ecológicasAna Quijada
 

Mais procurados (19)

Fatores bióticos e abióticos
Fatores bióticos e abióticosFatores bióticos e abióticos
Fatores bióticos e abióticos
 
Factores BióTicos
Factores BióTicosFactores BióTicos
Factores BióTicos
 
Reino animalia
Reino animaliaReino animalia
Reino animalia
 
Interacções entre os seres vivos
Interacções entre os seres vivosInteracções entre os seres vivos
Interacções entre os seres vivos
 
Factores Bióticos
Factores BióticosFactores Bióticos
Factores Bióticos
 
Biologia vol4
Biologia vol4Biologia vol4
Biologia vol4
 
Aula 3 slide relação entre seres vivos
Aula 3 slide   relação entre seres vivosAula 3 slide   relação entre seres vivos
Aula 3 slide relação entre seres vivos
 
Aula relações ecológicas
Aula relações ecológicasAula relações ecológicas
Aula relações ecológicas
 
Biologia vol3
Biologia vol3Biologia vol3
Biologia vol3
 
Relações ecológicasmoodle
Relações ecológicasmoodleRelações ecológicasmoodle
Relações ecológicasmoodle
 
Factores Bióticos
Factores BióticosFactores Bióticos
Factores Bióticos
 
RelaçõEs EcolóGicas Desarmonicas
RelaçõEs EcolóGicas DesarmonicasRelaçõEs EcolóGicas Desarmonicas
RelaçõEs EcolóGicas Desarmonicas
 
Relações bioticas
Relações bioticasRelações bioticas
Relações bioticas
 
Factores bióticos
Factores bióticosFactores bióticos
Factores bióticos
 
6º ano cap 5 relações ecológicas
6º ano cap 5   relações ecológicas6º ano cap 5   relações ecológicas
6º ano cap 5 relações ecológicas
 
Interação entre os seres vivos
Interação entre os seres vivosInteração entre os seres vivos
Interação entre os seres vivos
 
Relações bióticas
Relações bióticasRelações bióticas
Relações bióticas
 
2 relações ecológicas
2   relações ecológicas2   relações ecológicas
2 relações ecológicas
 
Interações ecológicas
Interações ecológicasInterações ecológicas
Interações ecológicas
 

Destaque

Destaque (20)

Otoño
OtoñoOtoño
Otoño
 
Verbo ficha de trabalho
Verbo ficha de trabalhoVerbo ficha de trabalho
Verbo ficha de trabalho
 
National day
National dayNational day
National day
 
canvis atmosferics
canvis atmosfericscanvis atmosferics
canvis atmosferics
 
LC_8_Laminares Metálicas_sup complejas
LC_8_Laminares Metálicas_sup complejasLC_8_Laminares Metálicas_sup complejas
LC_8_Laminares Metálicas_sup complejas
 
Obradoiro de iniciativas emprendedoras
Obradoiro de iniciativas emprendedorasObradoiro de iniciativas emprendedoras
Obradoiro de iniciativas emprendedoras
 
6a série tecnologias
6a série   tecnologias6a série   tecnologias
6a série tecnologias
 
Tarea 5 pubmed comp
Tarea 5 pubmed compTarea 5 pubmed comp
Tarea 5 pubmed comp
 
Formación sobre smart notebook para usuarios del pdi
Formación sobre smart notebook para usuarios del pdiFormación sobre smart notebook para usuarios del pdi
Formación sobre smart notebook para usuarios del pdi
 
Tema 4
Tema 4Tema 4
Tema 4
 
06 conservación y cuidados de la voz
06 conservación y cuidados de la voz06 conservación y cuidados de la voz
06 conservación y cuidados de la voz
 
Solo moda
Solo modaSolo moda
Solo moda
 
Educação e tecnologia: O dicionário eletrônico nas aulas de Língua Inglesa
Educação e tecnologia: O dicionário eletrônico nas aulas de Língua InglesaEducação e tecnologia: O dicionário eletrônico nas aulas de Língua Inglesa
Educação e tecnologia: O dicionário eletrônico nas aulas de Língua Inglesa
 
Bubbl us-2
Bubbl us-2Bubbl us-2
Bubbl us-2
 
Краудсорсинг
КраудсорсингКраудсорсинг
Краудсорсинг
 
Lost battalion
Lost battalionLost battalion
Lost battalion
 
Competente digitale
Competente digitaleCompetente digitale
Competente digitale
 
Petits Reporters.
Petits Reporters.Petits Reporters.
Petits Reporters.
 
El toque humano.
El toque humano.El toque humano.
El toque humano.
 
PMI - Project Management Institute
PMI - Project Management InstitutePMI - Project Management Institute
PMI - Project Management Institute
 

Semelhante a 6a série - Relações ecológicas

Ecologia e sustentabilidade
Ecologia e sustentabilidadeEcologia e sustentabilidade
Ecologia e sustentabilidadeLuciara Andrade
 
Relacoes ecologicas modulo 9ano
Relacoes ecologicas modulo 9anoRelacoes ecologicas modulo 9ano
Relacoes ecologicas modulo 9anobrandshrk
 
Relações ecológicas
Relações ecológicasRelações ecológicas
Relações ecológicasPaulinha Sousa
 
Factores bióticos
Factores bióticosFactores bióticos
Factores bióticosTânia Reis
 
2012_-_relacoes_ecologicas(1).ppt
2012_-_relacoes_ecologicas(1).ppt2012_-_relacoes_ecologicas(1).ppt
2012_-_relacoes_ecologicas(1).pptAna Paula Lapponi
 
Relacoes entre os_seres_vivos
Relacoes entre os_seres_vivosRelacoes entre os_seres_vivos
Relacoes entre os_seres_vivosAltair Hoepers
 
1-Diversidade na biosfera_biologia e geologia.pptx
1-Diversidade na biosfera_biologia e geologia.pptx1-Diversidade na biosfera_biologia e geologia.pptx
1-Diversidade na biosfera_biologia e geologia.pptxpatriciapedroso82
 
Ecologia com exercícios
Ecologia com exercíciosEcologia com exercícios
Ecologia com exercícioshelder raposo
 
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.pptAula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.pptEwerthonGomes1
 
Conceitos de termos da ecologia
Conceitos de termos da ecologiaConceitos de termos da ecologia
Conceitos de termos da ecologiacrishmuler
 
Aula relações ecológicas
Aula relações ecológicasAula relações ecológicas
Aula relações ecológicasHigor Souza
 

Semelhante a 6a série - Relações ecológicas (20)

Ecologia e sustentabilidade
Ecologia e sustentabilidadeEcologia e sustentabilidade
Ecologia e sustentabilidade
 
Ecossistema
EcossistemaEcossistema
Ecossistema
 
Ecossistema
EcossistemaEcossistema
Ecossistema
 
Relacoes ecologicas modulo 9ano
Relacoes ecologicas modulo 9anoRelacoes ecologicas modulo 9ano
Relacoes ecologicas modulo 9ano
 
Relacoes Bioticas
Relacoes BioticasRelacoes Bioticas
Relacoes Bioticas
 
Factores Bioticos
Factores BioticosFactores Bioticos
Factores Bioticos
 
Interações ecológicas
Interações ecológicasInterações ecológicas
Interações ecológicas
 
Relações ecológicas
Relações ecológicasRelações ecológicas
Relações ecológicas
 
Interações ecológicas lara 1ano
Interações ecológicas lara 1anoInterações ecológicas lara 1ano
Interações ecológicas lara 1ano
 
Relações ecológicas
Relações ecológicasRelações ecológicas
Relações ecológicas
 
Factores bióticos
Factores bióticosFactores bióticos
Factores bióticos
 
2012_-_relacoes_ecologicas(1).ppt
2012_-_relacoes_ecologicas(1).ppt2012_-_relacoes_ecologicas(1).ppt
2012_-_relacoes_ecologicas(1).ppt
 
Relacoes entre os_seres_vivos
Relacoes entre os_seres_vivosRelacoes entre os_seres_vivos
Relacoes entre os_seres_vivos
 
1-Diversidade na biosfera_biologia e geologia.pptx
1-Diversidade na biosfera_biologia e geologia.pptx1-Diversidade na biosfera_biologia e geologia.pptx
1-Diversidade na biosfera_biologia e geologia.pptx
 
Interacções entre seres vivos
Interacções entre seres vivosInteracções entre seres vivos
Interacções entre seres vivos
 
Ecologia com exercícios
Ecologia com exercíciosEcologia com exercícios
Ecologia com exercícios
 
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.pptAula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
Aula Relações Ecológicas - Curso Preparatório - Prof. Ewerthon Gomes.ppt
 
Conceitos de termos da ecologia
Conceitos de termos da ecologiaConceitos de termos da ecologia
Conceitos de termos da ecologia
 
Aula relações ecológicas
Aula relações ecológicasAula relações ecológicas
Aula relações ecológicas
 
Relações ecológicas
Relações ecológicasRelações ecológicas
Relações ecológicas
 

Mais de SESI 422 - Americana (20)

Origem da vida e Evolução
Origem da vida e EvoluçãoOrigem da vida e Evolução
Origem da vida e Evolução
 
Genética de populações
Genética de populaçõesGenética de populações
Genética de populações
 
Bioquímica básica
Bioquímica básicaBioquímica básica
Bioquímica básica
 
Expressividade e penetrância
Expressividade e penetrânciaExpressividade e penetrância
Expressividade e penetrância
 
Alelos múltiplos
Alelos múltiplosAlelos múltiplos
Alelos múltiplos
 
Casos especiais de herança
Casos especiais de herançaCasos especiais de herança
Casos especiais de herança
 
Exercícios 2
Exercícios 2Exercícios 2
Exercícios 2
 
Probabilidades e heredogramas
Probabilidades e heredogramasProbabilidades e heredogramas
Probabilidades e heredogramas
 
Textos novas espécies
Textos novas espéciesTextos novas espécies
Textos novas espécies
 
Exercícios
ExercíciosExercícios
Exercícios
 
Taxonomia
TaxonomiaTaxonomia
Taxonomia
 
Cromossomos, genes e alelos
Cromossomos, genes e alelosCromossomos, genes e alelos
Cromossomos, genes e alelos
 
Genética mendeliana básica
Genética mendeliana básicaGenética mendeliana básica
Genética mendeliana básica
 
Evidências da evolução
Evidências da evoluçãoEvidências da evolução
Evidências da evolução
 
Projeto terrário
Projeto terrárioProjeto terrário
Projeto terrário
 
Projeto paleontólogos
Projeto paleontólogosProjeto paleontólogos
Projeto paleontólogos
 
Garça branca
Garça brancaGarça branca
Garça branca
 
Reportagem jornalística – coalas
Reportagem jornalística – coalasReportagem jornalística – coalas
Reportagem jornalística – coalas
 
Capivara o maior roedor do mundo
Capivara o maior roedor do mundoCapivara o maior roedor do mundo
Capivara o maior roedor do mundo
 
Lírios
LíriosLírios
Lírios
 

6a série - Relações ecológicas

  • 1. Colônia Relações ecológicas Em um ecossistema, os seres vivos relacionam-se Associação anatômica formando uma unidade com o ambiente físico e também entre si, formando estrutural e funcional. Ex.: coral-cérebro, o que chamamos de relações ecológicas. caravela. As relações ecológicas ocorrem dentro da Colônia é um grupo de organismos da mesma mesma população (isto é, entre indivíduos da espécie que formam uma entidade diferente dos mesma espécie), ou entre populações diferentes organismos individuais. Por vezes, alguns destes (entre indivíduos de espécies diferentes). Essas indivíduos especializam-se em determinadas relações estabelecem-se na busca por alimento, funções necessárias à colônia. Um recife de coral, água, espaço, abrigo, luz ou parceiros para por exemplo, é construído por milhões de pequenos reprodução. animais (pólipos) que secretam à sua volta um esqueleto rígido. A garrafa-azul (Physalia) é formada por centenas de pólipos seguros a um flutuador, Relações Harmônicas (relações positivas) especializados nas diferentes funções, como a alimentação e a defesa; cada um deles não Intra-específica (entre indivíduos da mesma sobrevive isolado da colônia. espécie) As bactérias e outros organismos unicelulares Sociedade também se agrupam muitas vezes dentro de um União permanente entre indivíduos em que há invólucro mucoso. divisão de trabalho. Ex.: insetos sociais (abelhas, As abelhas e formigas, por outro lado, diferenciam- formigas e cupins) se em rainha, zangão com funções reprodutivas e as O que mais chama a atenção em uma colméia é a obreiras (ou operárias) com outras funções, mas sua organização. Todo o trabalho é feito por abelhas cada indivíduo pode sobreviver separadamente. Por que não se reproduzem, as operárias. Elas se isso, estas espécies são chamadas eusociais, ou encarregam de colher o néctar das flores, de limpar seja, formam uma sociedade e não uma colônia. e defender a colméia e de alimentar as rainhas e as larvas (as futuras abelhas) com mel, que é produzido a partir do néctar. A rainha é a única fêmea fértil da colméia coloca os ovos que irão originar outras operárias e também os zangões (os machos), cuja única função é fecundar a rainha. Portanto, uma sociedade é composta por um grupo de indivíduos da mesma espécie que vivem juntos de forma a permanente e cooperando entre si. Entre os mamíferos também encontramos vários exemplos de sociedades, como os dos castores, a dos gorilas, a dos babuínos e a da própria espécie humana. A divisão de trabalho não é tão rigorosa quanto as abelhas, mas também há varias formas de cooperação. É comum, por exemplo, um animal soltar um grito de alarme quando vê um predador se aproximar do grupo; ou mesmo um animal dividir alimento com outros. Interespecífica (entre indivíduos de espécies diferentes) Mutualismo Associação obrigatória entre indivíduos, em que ambos se beneficiam. Ex.: líquen, bois e microorganismos do sistema digestório. Abelhas, beija-flores e borboletas são alguns animais que se alimentam do néctar das flores. O
  • 2. néctar é produzido na base das pétalas das flores e é um produto rico em açucares. Quando abelhas, borboletas e beija-flores colhem o néctar, grãos de pólen se depositam em seu corpo. O pólen contém células reprodutoras masculinas da planta. Pousando em outra flor, esses insetos deixam cair o pólen na parte feminina da planta. As duas células reprodutoras - a masculina e a feminina - irão então se unir e dar origem ao embrião (contido dentro da semente). Perceba que existe uma relação entre esses insetos e a planta em que ambos Tubarão e Peixe Rêmora – O tubarão é lucram. Esse tipo de relação entre duas espécies reconhecidamente o maior predador dos mares, ou diferentes e que traz benefícios para ambas é seja, o indivíduo que normalmente ocupa o ápice da chamada mutualismo. Os animais polinizadores cadeia alimentar no talassociclo. Já o peixe-rêmora obtêm alimento e a planta se reproduz. é pequeno e incapaz de realizar a façanha do predatismo. O peixe-rêmora vive então associado Outro exemplo, é os liquens, associação ao grande tubarão, preso em seu ventre através de mutualística entre algas e fungos. Os fungos uma ventosa (semelhante a um disco protegem as algas e fornecem-lhes água, sais adesivo). Enquanto o tubarão encontra uma presa, minerais e gás carbônico, que retiram do ambiente. estraçalhando-a e devorando-a, a rêmora aguarda As algas, por sua vez, fazem a fotossíntese e, pacientemente, limitando-se a comer apenas o que o assim, produzem parte do alimento consumido pelos grande tubarão não quis. Após a refeição, o peixe- fungos. rêmora busca associar-se novamente a outro tubarão faminto.Para a rêmora a relação é benéfica, já para o tubarão é totalmente neutra. Leão e a Hiena – os leões são grandes felinos e ferozes caçadores típicos das savanas africanas. Eles vivem em bandos e passam a maior parte do dia dormindo (cerca de 20 horas, segundo alguns etologistas). Entretanto são caçadores situando-se, a exemplo dos tubarões, no ápice da cadeia alimentar. As hienas são pequenas canídeas que também se agrupam em bandos, mas que vivem a espreita dos clãs dos leões. Quando os leões estão caçando, as hienas escondem-se esperando que todo o grupo de felinos se alimente. As hienas aguardam apenas o momento em que os leões abandonam as carcaças das presas para só assim se alimentarem. Urubu e o Homem - O urubu ou abutre (nomes vulgares que variam de acordo com a localização, mas que na verdade representam aves com o mesmo estilo de vida) é um comensal do homem. O homem é o ser da natureza que mais desperdiça alimentos. Grande parte dos resíduos sólidos das grandes cidades é formado por materiais orgânicos que com um tratamento a baixos custos retornariam à natureza de forma mais racional. O urubu é uma grande ave que se vale exatamente deste Liquens e polinizadores desperdício do homem em relação aos restos de alimentos. Interespecífica (entre indivíduos de espécies diferentes) Comensalismo Associação em que um indivíduo aproveita restos de alimentares do outro, sem prejudicá-lo. Ex.: Tubarão e Rêmoras, Leão e a Hiena, Urubu e o Homem.
  • 3. possuir a região abdominal frágil, em razão do exoesqueleto não possuir a mesma resistência do cefalotórax. Este crustáceo ao atingir a fase adulta (ainda em processo de crescimento, portanto realizando as mudas) procura uma concha de molusco gastrópode (caramujo) abandonada, e instala-se dentro desta. De certa forma o crustáceo permanece protegido. Entretanto, alguns predadores, ainda assim conseguem retirar o Pagurus de dentro da concha. É aí que entra a anêmona-do-mar, um cnidário. Como todos os cnidários (ou celenterados), a anêmona-do-mar é dotada de estruturas que liberam substâncias urticantes com a finalidade de defender-se. A Protocooperação associação beneficia tanto a anêmona quanto o Bernardo: o Bernardo consegue proteção quando Associação facultativa entre indivíduos, em que uma anêmona se instala sobre sua concha ambos se beneficiam. Ex.: Anêmona do Mar e (emprestada), pois nenhum predador chega paguro, gado e anum (limpeza dos carrapatos), perto. Já a anêmona beneficia-se porque seu crocodilo africano e ave palito (higiene bucal). “cardápio” alimentar melhora bastante quando de Às margens do rio Nilo, na África, os ecólogos “carona” na concha do Bernardo. A anêmona perceberam a existência de um singular exemplo de normalmente faz a captação de seus alimentos protocooperação entre os perigosos crocodilos e o (partículas) através de seus inúmeros tentáculos, sublime pássaro-palito. Durante a sesta os esperando que estes passem por perto. Na carona gigantescos crocodilos abrem sua boca permitindo do Bernardo há um significativo aumento no campo que um pequeno pássaro (o pássaro-palito) fique de alimentação para a anêmona. recolhendo restos alimentares e pequenos vermes dentre suas poderosas e fortes presas. A relação era tipicamente considerada como um exemplo de comensalismo, pois para alguns apenas o pássaro se beneficiava. Entretanto, a retirada de vermes parasitas faz do crocodilo um beneficiado na relação, o que passa a caracterizar a protocooperação. Outro exemplo é do boi e do anum. Os bois e vacas são comumente atacados por parasitas externos (ectoparasitas), pequenos artrópodes conhecidos vulgarmente por carrapatos. E o anum preto (Crotophaga ani) tem como refeição predileta estes pequenos parasitas. A relação é benéfica para ambos (o boi se livra do parasita e o anum se Eremita com anêmona grudada em sua concha. alimenta). Canibalismo Relação desarmônica em que um indivíduo mata outro da mesma espécie para se alimentar. Ex.: louva-a-Deus, aracnídeos, filhotes de tubarão no ventre materno. Louva-a-deus – o louva-a-deus é um artrópode da classe dos insetos (família Mantoideae). Este inseto é verde e recebe este nome por causa da posição de suas patas anteriores, juntas com tarsos dobrados, como se estivesse rezando. Neste grupo de insetos o canibalismo é muito comum, principalmente no que tange o processo reprodutivo. É hábito comum as fêmeas devorarem os machos numa luta que antecede a cópula. Bernardo-eremita e Anemôna-do-mar - O bernardo-eremita é um crustáceo do gênero Paguruscuja principal característica é a de
  • 4. Maré vermelha Galináceos jovens – os jovens pintinhos com dias de nascidos, quando agrupados em galpões não Sinfilia suficientemente grandes para abrigá-los podem, Indivíduos mantém em cativeiro indivíduos de ocasionalmente apresentar canibalismo, como uma outra espécie, para obter vantagens. Ex.: forma de controlar o tamanho da população. formigas e pulgões. Os pulgões são parasitas de certos vegetais, e se Amensalismo alimentam da seiva elaborada que retiram dos vasos liberinos das plantas. A seiva elaborada é rica em Relação em que indivíduos de uma espécie açúcares e pobre em aminoácidos. Por absorverem produzem toxinas que inibem ou impedem o muito açúcar, os pulgões eliminam o seu excesso desenvolvimento de outras. Ex.: Maré vermelha, pelo ânus. Esse açúcar eliminado é aproveitado cobra (veneno) e homem, pelas formigas, que chegam a acariciar com suas fungo penicillium(penicilina) e bactérias. antenas o abdômen dos pulgões, fazendo-os eliminar mais açúcar. As formigas transportam os A Penicilina foi descoberta em 1928 quando pulgões para os seus formigueiros e os colocam Alexander Fleming, no seu laboratório no Hospital St sobre raízes delicadas, para que delas retirem a Mary em Londres, reparou que uma das suas seiva elaborada. Muitas vezes as formigas cuidam culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada da prole dos pulgões para que no futuro, por um bolorPenicillium, e que em redor das colônias escravizando-os, obtenham açúcar. Quando se leva do fungo não havia bactérias. Ele demonstrou que o em consideração o fato das formigas protegerem os fungo produzia uma substância responsável pelo pulgões das joaninhas, a interação é harmônica, efeito bactericida, a penicilina. sendo um tipo de protocooperação. A Maré vermelha é a proliferação de algumas espécies de algas tóxicas. Muitas delas de cor avermelhada, e que geralmente ocorre ocasionalmente nos mares de todo o planeta. Encontramos essas plantas apenas no fundo do mar. Em situações como mudanças de temperatura, alteração na salinidade e despejo de esgoto nas águas do mar, elas se multiplicam e sobem à superfície, onde liberam toxinas que matam um grande número de peixes, mariscos e outros seres da fauna marinha. Quando isso acontece, grandes manchas vermelhas são vistas na superfície da água. Os seres contaminados por essas toxinas tornam-se impróprios para o consumo humano. Predatismo Relação em que um animal captura e mata indivíduos de outra espécie para se alimentar. Ex.: cobra e rato, homem e gado. Todos os carnívoros são animais predadores. É o que acontece com o leão, o lobo, o tigre, a onça, que caçam veados, zebras e tantos outros animais.
  • 5. O predador pode atacar e devorar também plantas, como acontece com o gafanhoto, que, em bandos, devoram rapidamente toda uma plantação. Nos casos em que a espécie predada é vegetal, costuma-se dar ao predatismo o nome de herbivorismo. Raros são os casos em que o predador é uma planta. As plantas carnívoras, no entanto, são excelentes exemplos, pois aprisionam e digerem principalmente insetos. O predatismo é uma forma de controle biológico natural sobre a população da espécie da presa. Embora o predatismo seja desfavorável à presa como indivíduo, pode favorecer a sua população, evitando que ocorra aumento exagerado do número de indivíduos, o que acabaria provocando competição devido à falta de espaço, parceiro reprodutivo e alimento. No entanto ao diminuir a população de presas é possível que ocorra a diminuição dos predadores por falta de comida. Em conseqüência, a falta de predadores pode provocar um aumento da população de presas. Essa regulação do controle populacional colabora para a Lombriga (Ascaris lumbricoides) e mosquito manutenção do equilíbrio ecológico. Parasitismo: Indivíduos de uma espécie vivem Competição Interespecífica: Disputa por recursos no corpo de outro, do qual retiram alimento. Ex.: escassos no ambiente entre indivíduos de espécies Gado e carrapato, lombrigas e vermes parasitas diferentes. Ex.: Peixe Piloto e Rêmora (por restos do ser humano. deixados pelo tubarão) A lombriga é um exemplo de parasita. É um Tanto o Peixe Piloto quanto a Rêmora comem os organismo que se instala no corpo de outro (o restos deixados pelos tubarões por tanto possuem o hospedeiro) para extrair alimento, provocando-lhes mesmo nicho ecológico e acabam disputando por doenças. Os vermes parasitas fazem a pessoa ficar espaço nele. mal nutrida e perder peso. Em crianças, podem prejudicar até o crescimento. As adaptações ao parasitismo são assombrosas - desde a transformação das probóscides dos mosquitos num aparelho de sucção, até à redução ou mesmo desaparecimento de praticamente todos os órgãos, com exceção dos órgãos da alimentação e os reprodutores, como acontece com as tênias e lombrigas. Peixe piloto e rêmora em volta do tubarão