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RELAÇÕES
ECOLÓGICAS
CONTEÚDO
1. Relações ecológicas
2. Relações intraespecíficas harmônicas
3. Relações intraespecíficas desarmônicas
4. Relações interespecíficas harmônicas
5. Representação das relações interespecíficas
harmônicas
6. Relações interespecíficas desarmônicas
7. Representação das relações interespecíficas
desarmônicas
8. A praticar!
RELAÇÕES ECOLÓGICAS
• Na natureza, os seres vivos não podem viver
sozinhos, e cada um, mesmo sem saber ou
querer, participa ativamente da vida do outro.
• As relações entre os seres vivos nos
ecossistemas p0dem ser tanto entre indivíduos
da mesma espécie (intraespecífica) como
entre indivíduos de espécies diferentes
(interespecíficas).
RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS
• As relações entre os seres da mesma espécie podem ser
benéficas ou não. São classificadas em harmônicas ou
positivas, nos casos em que não há prejuízo para os
envolvidos, e desarmônicas ou negativas, quando
geram prejuízo para um em beneficio do outro.
harmônicas desarmônicas
RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS
HARMÔNICAS
• As principais relações intraespecíficas harmônicas são:
1. Colônia: relações entre indivíduos de mesma espécie que
se mantêm ligados entre si, apresentando ou não divisão
do trabalho. Participam desse tipo de relação: celenterados,
esponjas, pólipos de coral e bactérias, entre outros.
Nas colônias, os indivíduos que têm a mesma forma, são
chamados de isomorfos ou homotípicos, como é o casos
das colônias de bactérias.
Quando os seres envolvidos apresentam formas diferentes,
adequadas à função que executam, são chamados de
heteromorfos ou heterotípicos, como as caravelas.
RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS
HARMÔNICAS
• 2. Sociedade: Relação entre seres de mesma
espécie que não são ligados anatomicamente e
têm divisão do trabalho. Nas sociedades, a
troca de estímulos mantém coesos os processos
de busca, coleta e armazenamento de nutrientes
para o grupo. Esse tipo de associação é comum
entre macacos, abelhas e cupins, entre outros.
EXEMPLOS DE COLÔNIAS
Caravela-portuguesa Bactérias
EXEMPLOS DE SOCIEDADE
Cupins
RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS
DESARMÔNICAS
1. Canibalismo: relação em que um ser se alimenta de
outro da mesma espécie, como ocorre entre sapos, rãs,
salamandras, certas espécies de grilos, etc. No entanto,
os casos de canibalismo são raros, pois, em grande
quantidade, comprometeriam a própria espécie.
2. Competição: relação entre seres da mesma espécie
que disputam um território. Esse tipo de interação se
torna violenta quando os recursos alimentares e
hídricos escasseiam ou desaparecem, ou quando há
disputas ligadas à reprodução. Vegetais, por exemplo,
competem por luz; leões, por território, etc.
EXEMPLOS DE CANIBALISMO
Grilos
Sapos
EXEMPLO DE COMPETIÇÃO
Leões
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
HARMÔNICAS
• As relações interespecíficas, ocorrem entre seres de espécies
diferentes.
1. Mutualismo obrigatório ou simbiose: ocorre entre
indivíduos que se unem fisicamente com benefício para ambos.
Como exemplo, podemos citar a relação entre as cianobactérias
(seres que fazem fotossíntese) e os fungos (facilitadores da
absorção de água), que se juntam em uma só estrutura, o líquen.
Outro caso interessante é o de certa espécies de cupim incapazes
de digerir madeira. Eles contam com protozoários existentes
em seus intestinos para digerir a celulose da madeira,
fornecendo glicose para ambos.
Outro exemplo é a associação entre os seres ruminantes e as
bactérias que vivem no estômago deles. Elas fornecem enzimas
que digerem a celulose, transformando-a em glicose. Outros
casos envolvem as micorrizas (associações entre fungos e raízes
de certas plantas, como orquídeas, tomateiros, etc).
EXEMPLOS DE MUTUALISMO
OBRIGATÓRIO
Líquen Cupim e protozoário
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
HARMÔNICAS
2. Mutualismo facultativo (protocooperação): relação na qual
as espécies participantes podem viver separadas ou juntas,
beneficiando-se mutuamente. Um dos exemplos mais comuns é
o do crocodilo com o pássaro-palito. Após se alimentarem,
os crocodilos descansam à beira do rio. Como há grandes
espaços entre seus dentes, sempre restam neles pedaços de
carne que abrigam vermes nematódeos da garganta. Os
pássaros-palito, então, surgem para limpar os dentes do
crocodilo, retirando deles as sobras de carne e alguns vermes.
• Outro exemplo é o caranguejo paguro (bernardo-eremita) e a
anêmona-do-mar (actínia). Em um ambiente de competição
pelo alimento, o paguro precisa se esconder. Para isso coloca
anêmonas na concha que carrega em suas costas, disfarçando-se
no ambiente. Para a anêmona, os passeios pelo oceano rendem
grandes oportunidades de alimentação.
EXEMPLOS DE MUTUALISMO
FACULTATIVO
Crocodilo e pássaro-palito caranguejo paguro e anêmona
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
HARMÔNICAS
3. Forésia: relação harmônica em que um ser vivo procura se fixar
em outro para ganhar mobilidade. Um caso interessante é o dos
ácaros, que se fixam em insetos e são transportados a outros
lugares, acidentalmente ou não. Pode ser definida como um caso
específico do comensalismo.
4. Sinfilia ou esclavagismo: relação representada por um grupo
de formigas que arrebanha os afídeos ou pulgões para
“ordenhá-los”. Eles sugam a seiva de vegetais para se alimentar,
e as formigas ficam com o excesso. Em contrapartida, elas
proveem abrigo e proteção aos pulgões. Outro exemplo são as
bactérias que vivem no intestino de alguns peixes.
5. Comensalismo: relação que beneficia uma espécie e é
indiferente para outra.
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
HARMÔNICAS
▫ É o caso das bactérias presentes em nosso intestino, as quais
degradam muitas substâncias que serão eliminadas. Para as
bactérias, trata-se de uma fonte de nutrição; para nós a situação é
indiferente. Outro exemplo é o da rêmora (peixe-piloto) e do
tubarão. A rêmora tem uma estrutura semelhante a uma
ventosa para se prender ao tubarão. Como ele não mastiga, mas
rasga o alimento, o peixe consome os pedaços restantes.
• 6. Inquilinismo: relação na qual um ser busca abrigo (inquilino)
no corpo de outro (hospedeiro). É o caso das orquídeas,
bromélias, samambaias e outras plantas que vivem sobre os
galhos de árvores em busca de uma posição melhor para
conseguir mais luz. Estas plantas são classificadas como epífitas
(epi = em cima).
EXEMPLO DE FORÉSIA
Ácaros em mosca
EXEMPLO DE SINFILIA
Formigas e pulgões
EXEMPLO DE COMENSALISMO
Tubarão e rêmora Ventosa de rêmora
EXEMPLO DE COMENSALISMO
EXEMPLOS DE INQUILINISMO
Orquídeas Bromélia
REPRESENTAÇÃO DAS RELAÇÕES
INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS
ESPÉCIES
A B
COMENSALISMO + 0
FORÉSIA + 0
INQUILINISMO + 0
MUTUALISMO
OBRIGATÓRIO
+ +
MUTUALISMO
FACULTATIVO
+ +
SINFILIA + +
+: a espécie é beneficiada. 0: a espécie é indiferente
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
DESARMÔNICAS
1. Predatismo: relação em que um ser se alimenta de
outro de espécie diferente. Ou seja, somente um dos
envolvidos se beneficia. Essa relação regula a
quantidade de seres vivos no ambiente. A densidade
populacional, tanto de presas como de predadores, é
determinada por essa relação.
Os carnívoros são os predadores oficiais, pois se
alimentam dos herbívoros. Outro exemplo é o
tamanduá, que tem uma língua adaptada para
capturar formigas.
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
DESARMÔNICAS
2. Parasitismo: relação em que um ser (parasita) se aloja no corpo
de outro (hospedeiro), com prejuízo para o último. Podem ser:
Ectoparasitas (do grego ectos= fora): aqueles que vivem
na parte exterior do corpo do hospedeiro (nos pelos ou sob a
pele). Ex. piolhos, pulgas, carrapatos, etc.
Endoparasitas (do grego endos= dentro): aqueles que vivem
no interior do hospedeiro. Ex. lombrigas, solitárias, bactérias,
vírus, etc.
Algumas espécies de orquídeas são parasitas facultativos.
Geralmente, ela é inquilina; porém em casos especiais de
escassez, pode emitir raízes e tornar-se parasita do vegetal
hospedeiro.
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
DESARMÔNICAS
• Existem, também, os hemiparasitas (parcialmente parasitas),
como a erva-de-passarinho, que introduz suas raízes especiais no
xilema da planta, retirando apenas a seiva bruta.
• Há também os parasitas temporários, como a larva da mosca-
do-berne, que, na fase larval, vive sob a pele de mamíferos,
abandonando-os logo depois de eclodir.
• Outro grupo é o dos holoparasitas, como os pulgões, que se
alimentam de seiva elaborada. Certas plantas parasitam outros
vegetais. Um exemplo é o cipó-chumbo do gênero Cuscuta, uma
planta de cor amarela que não tem clorofila nem folhas, mas
apresenta um conjunto de haustórios (raízes sugadoras),
especializados em absorver a seiva elaborada da planta hospedeira.
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
DESARMÔNICAS
• 3. Amensalismo ou antibiose: relação em que um
ser (inibidor) inibe a reprodução e o crescimento de
outra espécie (amensal). Ex. fungos que liberam
antibióticos contra as bactérias.
Os antibióticos podem inibir e matar as
bactérias.
Certas plantas produzem substâncias que impedem
outras de se reproduzirem no local em que se
encontram. É o caso do pinheiro, cujas folhas que
caem no solo liberam uma substância que impede a
germinação de outras sementes nesses locais.
RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS
DESARMÔNICAS
4. Competição: Pode ocorrer entre
indivíduos de espécies diferentes
quando disputam um mesmo tipo de
alimento (ou disputam o mesmo
nicho ecológico). Por exemplo,
quando, em um mesmo pasto, são
criados rebanhos bovinos e equinos.
EXEMPLO DE PREDATISMO
Onça e jacaré
EXEMPLOS DE PARASITISMO
Piolho um ectoparasita Lombriga um endoparasita
EXEMPLOS DE PARASITISMO
Erva-de-passarinho um hemiparasita Larva da mosca-do-
berne um parasita
temporário
EXEMPLOS DE PARASITISMO
Pulgões são holoparasitas Cipó-chumbo um
holoparasita
EXEMPLOS DE AMENSALISMO
Os fungos liberam antibióticos
contra as bactérias.
Folhas do pinheiro
EXEMPLO DE COMPETIÇÃO
Vacas e cavalos
REPRESENTAÇÃO DAS RELAÇÕES
INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS
ESPÉCIES
A B
AMENSALISMO
OU ANTIBIOSE
0 -
COMPETIÇÃO + -
PARASITISMO + -
PREDATISMO + -
+: a espécie é beneficiada. -: a espécie é prejudicada. 0: a
espécie é indiferente
A PRATICAR!
1. (ENEM 2011) Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos
para se atraírem para o acasalamento. O macho reconhece a fêmea de sua
espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo
de vaga-lume, o Photuris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo,
o Photinus, fingindo ser deste gênero. Quando o macho Photinus se
aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, é atacado e devorado por
ela.
BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Ciência & sociedade: a aventura da vida, a aventura da tecnologia. São Paulo: Scipione,
2000 (adaptado).
A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do
gênero Photinus, é um exemplo de
a) comensalismo.
b) inquilinismo.
c) predatismo.
d) mutualismo.
e) cooperação.
A PRATICAR!
2. (PUC 2015) Na natureza as relações entre os seres vivos são
fundamentais na luta pela sobrevivência e mesmo para o equilíbrio de
ecossistemas. As relações podem ser classificadas em quatro grupos (I, II,
III e IV) de acordo com o esquema abaixo.
São possíveis relações ecológicas dos tipos I, II, III e IV, respectivamente,
EXCETO:
a) Sociedade, competição, protocooperação e competição.
b) Colônia, competição, mutualismo e parasitismo.
c) Sociedade, canibalismo, comensalismo e predatismo.
d) Protocooperação, herbivorismo, inquilinismo e amensalismo.
A PRATICAR!
• 3. (UERN 2015) Observe as figuras.
Assinale os tipos de relações entre os seres vivos que são
observados nas figuras anteriores, respectivamente.
a) Colônia, parasitismo e comensalismo.
b) Sociedade, inquilinismo e comensalismo.
c) Colônia, comensalismo e protocooperativismo.
d) Sociedade, comensalismo e protocooperativismo.
A PRATICAR!
4. (Unicamp) O nitrogênio é um elemento essencial para as plantas,
podendo ser obtido do solo ou da atmosfera. No último caso,
verifica-se a associação entre plantas e bactérias, que irão captar
moléculas de nitrogênio e convertê-las em compostos nitrogenados
usados na nutrição das plantas. Em contrapartida, as bactérias se
aproveitam dos produtos oriundos da fotossíntese realizada pelas
plantas. Essa associação é denominada
a) mutualismo. O texto se refere a bactérias do gênero Rhizobium, que
produzem amônio.
b) comensalismo. O texto se refere a bactérias do gênero Rhizobium,
que produzem amônio.
c) mutualismo. O texto se refere a bactérias do gênero Nitrosomona,
que produzem proteínas.
d) comensalismo. O texto se refere a bactérias do gênero Nitrosomona,
que produzem proteínas.
A PRATICAR!
• 5. (PUC 2015) São conhecidas várias interações biológicas entre espécies
diferentes. Considere os três tipos de relações interespecíficas abaixo:
I. Nas raízes de leguminosas encontram-se nódulos onde se instalam
bactérias fixadoras de nitrogênio do ar. Após transformações
bioquímicas, compostos nitrogenados são utilizados pelas plantas para
sintetizar proteínas. Por sua vez, as bactérias utilizam material orgânico
produzido pelas plantas.
II. Tênias adultas vivem no intestino de mamíferos, utilizando alimentos
já digeridos por enzimas dos hospedeiros.
III. Num dado ambiente, insetos servem de alimento para anfíbios e
esses servem de alimento para répteis.
As relações descritas em I, II e III são, respectivamente:
a) comensalismo, inquilinismo e predação.
b) comensalismo, predação e parasitismo.
c) mutualismo, parasitismo e predação.
d) mutualismo, inquilinismo e predação.
e) inquilinismo, comensalismo e parasitismo.
A PRATICAR!
6. (UFC-CE) As esponjas desempenham papéis importantes em
muitos habitat marinhos. A natureza porosa das esponjas as torna
uma habitação ideal para vários crustáceos, equinodermos e
vermes marinhos. Além disso, alguns caramujos e crustáceos têm,
tipicamente, esponjas grudadas em suas conchas e carapaças,
tornando-os imperceptíveis aos predadores. Nesse caso, a esponja
se beneficia por se nutrir de partículas de alimento liberadas
durante a alimentação de seu hospedeiro. As relações ecológicas
presentes no texto são
a) protocooperação e competição.
b)inquilinismo e protocooperação.
c) inquilinismo e parasitismo.
d)competição e predação.
e) parasitismo e predação.
GABARITO
1 2 3 4 5 6
c d c a c b
REFERÊNCIA
• FÁVARO, C. ; MACHADO, M. F. ; ROMAGNOLI, W.
Sistema Inter@tivo de Ensino - Biologia 1° ano. 1ª ed.
Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2018.

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  • 2. CONTEÚDO 1. Relações ecológicas 2. Relações intraespecíficas harmônicas 3. Relações intraespecíficas desarmônicas 4. Relações interespecíficas harmônicas 5. Representação das relações interespecíficas harmônicas 6. Relações interespecíficas desarmônicas 7. Representação das relações interespecíficas desarmônicas 8. A praticar!
  • 3. RELAÇÕES ECOLÓGICAS • Na natureza, os seres vivos não podem viver sozinhos, e cada um, mesmo sem saber ou querer, participa ativamente da vida do outro. • As relações entre os seres vivos nos ecossistemas p0dem ser tanto entre indivíduos da mesma espécie (intraespecífica) como entre indivíduos de espécies diferentes (interespecíficas).
  • 4. RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS • As relações entre os seres da mesma espécie podem ser benéficas ou não. São classificadas em harmônicas ou positivas, nos casos em que não há prejuízo para os envolvidos, e desarmônicas ou negativas, quando geram prejuízo para um em beneficio do outro. harmônicas desarmônicas
  • 5. RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS HARMÔNICAS • As principais relações intraespecíficas harmônicas são: 1. Colônia: relações entre indivíduos de mesma espécie que se mantêm ligados entre si, apresentando ou não divisão do trabalho. Participam desse tipo de relação: celenterados, esponjas, pólipos de coral e bactérias, entre outros. Nas colônias, os indivíduos que têm a mesma forma, são chamados de isomorfos ou homotípicos, como é o casos das colônias de bactérias. Quando os seres envolvidos apresentam formas diferentes, adequadas à função que executam, são chamados de heteromorfos ou heterotípicos, como as caravelas.
  • 6. RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS HARMÔNICAS • 2. Sociedade: Relação entre seres de mesma espécie que não são ligados anatomicamente e têm divisão do trabalho. Nas sociedades, a troca de estímulos mantém coesos os processos de busca, coleta e armazenamento de nutrientes para o grupo. Esse tipo de associação é comum entre macacos, abelhas e cupins, entre outros.
  • 9. RELAÇÕES INTRAESPECÍFICAS DESARMÔNICAS 1. Canibalismo: relação em que um ser se alimenta de outro da mesma espécie, como ocorre entre sapos, rãs, salamandras, certas espécies de grilos, etc. No entanto, os casos de canibalismo são raros, pois, em grande quantidade, comprometeriam a própria espécie. 2. Competição: relação entre seres da mesma espécie que disputam um território. Esse tipo de interação se torna violenta quando os recursos alimentares e hídricos escasseiam ou desaparecem, ou quando há disputas ligadas à reprodução. Vegetais, por exemplo, competem por luz; leões, por território, etc.
  • 12. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS • As relações interespecíficas, ocorrem entre seres de espécies diferentes. 1. Mutualismo obrigatório ou simbiose: ocorre entre indivíduos que se unem fisicamente com benefício para ambos. Como exemplo, podemos citar a relação entre as cianobactérias (seres que fazem fotossíntese) e os fungos (facilitadores da absorção de água), que se juntam em uma só estrutura, o líquen. Outro caso interessante é o de certa espécies de cupim incapazes de digerir madeira. Eles contam com protozoários existentes em seus intestinos para digerir a celulose da madeira, fornecendo glicose para ambos. Outro exemplo é a associação entre os seres ruminantes e as bactérias que vivem no estômago deles. Elas fornecem enzimas que digerem a celulose, transformando-a em glicose. Outros casos envolvem as micorrizas (associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, tomateiros, etc).
  • 14. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS 2. Mutualismo facultativo (protocooperação): relação na qual as espécies participantes podem viver separadas ou juntas, beneficiando-se mutuamente. Um dos exemplos mais comuns é o do crocodilo com o pássaro-palito. Após se alimentarem, os crocodilos descansam à beira do rio. Como há grandes espaços entre seus dentes, sempre restam neles pedaços de carne que abrigam vermes nematódeos da garganta. Os pássaros-palito, então, surgem para limpar os dentes do crocodilo, retirando deles as sobras de carne e alguns vermes. • Outro exemplo é o caranguejo paguro (bernardo-eremita) e a anêmona-do-mar (actínia). Em um ambiente de competição pelo alimento, o paguro precisa se esconder. Para isso coloca anêmonas na concha que carrega em suas costas, disfarçando-se no ambiente. Para a anêmona, os passeios pelo oceano rendem grandes oportunidades de alimentação.
  • 15. EXEMPLOS DE MUTUALISMO FACULTATIVO Crocodilo e pássaro-palito caranguejo paguro e anêmona
  • 16. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS 3. Forésia: relação harmônica em que um ser vivo procura se fixar em outro para ganhar mobilidade. Um caso interessante é o dos ácaros, que se fixam em insetos e são transportados a outros lugares, acidentalmente ou não. Pode ser definida como um caso específico do comensalismo. 4. Sinfilia ou esclavagismo: relação representada por um grupo de formigas que arrebanha os afídeos ou pulgões para “ordenhá-los”. Eles sugam a seiva de vegetais para se alimentar, e as formigas ficam com o excesso. Em contrapartida, elas proveem abrigo e proteção aos pulgões. Outro exemplo são as bactérias que vivem no intestino de alguns peixes. 5. Comensalismo: relação que beneficia uma espécie e é indiferente para outra.
  • 17. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS ▫ É o caso das bactérias presentes em nosso intestino, as quais degradam muitas substâncias que serão eliminadas. Para as bactérias, trata-se de uma fonte de nutrição; para nós a situação é indiferente. Outro exemplo é o da rêmora (peixe-piloto) e do tubarão. A rêmora tem uma estrutura semelhante a uma ventosa para se prender ao tubarão. Como ele não mastiga, mas rasga o alimento, o peixe consome os pedaços restantes. • 6. Inquilinismo: relação na qual um ser busca abrigo (inquilino) no corpo de outro (hospedeiro). É o caso das orquídeas, bromélias, samambaias e outras plantas que vivem sobre os galhos de árvores em busca de uma posição melhor para conseguir mais luz. Estas plantas são classificadas como epífitas (epi = em cima).
  • 20. EXEMPLO DE COMENSALISMO Tubarão e rêmora Ventosa de rêmora
  • 23. REPRESENTAÇÃO DAS RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS HARMÔNICAS ESPÉCIES A B COMENSALISMO + 0 FORÉSIA + 0 INQUILINISMO + 0 MUTUALISMO OBRIGATÓRIO + + MUTUALISMO FACULTATIVO + + SINFILIA + + +: a espécie é beneficiada. 0: a espécie é indiferente
  • 24. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS 1. Predatismo: relação em que um ser se alimenta de outro de espécie diferente. Ou seja, somente um dos envolvidos se beneficia. Essa relação regula a quantidade de seres vivos no ambiente. A densidade populacional, tanto de presas como de predadores, é determinada por essa relação. Os carnívoros são os predadores oficiais, pois se alimentam dos herbívoros. Outro exemplo é o tamanduá, que tem uma língua adaptada para capturar formigas.
  • 25. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS 2. Parasitismo: relação em que um ser (parasita) se aloja no corpo de outro (hospedeiro), com prejuízo para o último. Podem ser: Ectoparasitas (do grego ectos= fora): aqueles que vivem na parte exterior do corpo do hospedeiro (nos pelos ou sob a pele). Ex. piolhos, pulgas, carrapatos, etc. Endoparasitas (do grego endos= dentro): aqueles que vivem no interior do hospedeiro. Ex. lombrigas, solitárias, bactérias, vírus, etc. Algumas espécies de orquídeas são parasitas facultativos. Geralmente, ela é inquilina; porém em casos especiais de escassez, pode emitir raízes e tornar-se parasita do vegetal hospedeiro.
  • 26. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS • Existem, também, os hemiparasitas (parcialmente parasitas), como a erva-de-passarinho, que introduz suas raízes especiais no xilema da planta, retirando apenas a seiva bruta. • Há também os parasitas temporários, como a larva da mosca- do-berne, que, na fase larval, vive sob a pele de mamíferos, abandonando-os logo depois de eclodir. • Outro grupo é o dos holoparasitas, como os pulgões, que se alimentam de seiva elaborada. Certas plantas parasitam outros vegetais. Um exemplo é o cipó-chumbo do gênero Cuscuta, uma planta de cor amarela que não tem clorofila nem folhas, mas apresenta um conjunto de haustórios (raízes sugadoras), especializados em absorver a seiva elaborada da planta hospedeira.
  • 27. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS • 3. Amensalismo ou antibiose: relação em que um ser (inibidor) inibe a reprodução e o crescimento de outra espécie (amensal). Ex. fungos que liberam antibióticos contra as bactérias. Os antibióticos podem inibir e matar as bactérias. Certas plantas produzem substâncias que impedem outras de se reproduzirem no local em que se encontram. É o caso do pinheiro, cujas folhas que caem no solo liberam uma substância que impede a germinação de outras sementes nesses locais.
  • 28. RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS 4. Competição: Pode ocorrer entre indivíduos de espécies diferentes quando disputam um mesmo tipo de alimento (ou disputam o mesmo nicho ecológico). Por exemplo, quando, em um mesmo pasto, são criados rebanhos bovinos e equinos.
  • 30. EXEMPLOS DE PARASITISMO Piolho um ectoparasita Lombriga um endoparasita
  • 31. EXEMPLOS DE PARASITISMO Erva-de-passarinho um hemiparasita Larva da mosca-do- berne um parasita temporário
  • 32. EXEMPLOS DE PARASITISMO Pulgões são holoparasitas Cipó-chumbo um holoparasita
  • 33. EXEMPLOS DE AMENSALISMO Os fungos liberam antibióticos contra as bactérias. Folhas do pinheiro
  • 35. REPRESENTAÇÃO DAS RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS DESARMÔNICAS ESPÉCIES A B AMENSALISMO OU ANTIBIOSE 0 - COMPETIÇÃO + - PARASITISMO + - PREDATISMO + - +: a espécie é beneficiada. -: a espécie é prejudicada. 0: a espécie é indiferente
  • 36. A PRATICAR! 1. (ENEM 2011) Os vaga-lumes machos e fêmeas emitem sinais luminosos para se atraírem para o acasalamento. O macho reconhece a fêmea de sua espécie e, atraído por ela, vai ao seu encontro. Porém, existe um tipo de vaga-lume, o Photuris, cuja fêmea engana e atrai os machos de outro tipo, o Photinus, fingindo ser deste gênero. Quando o macho Photinus se aproxima da fêmea Photuris, muito maior que ele, é atacado e devorado por ela. BERTOLDI, O. G.; VASCONCELLOS, J. R. Ciência & sociedade: a aventura da vida, a aventura da tecnologia. São Paulo: Scipione, 2000 (adaptado). A relação descrita no texto, entre a fêmea do gênero Photuris e o macho do gênero Photinus, é um exemplo de a) comensalismo. b) inquilinismo. c) predatismo. d) mutualismo. e) cooperação.
  • 37. A PRATICAR! 2. (PUC 2015) Na natureza as relações entre os seres vivos são fundamentais na luta pela sobrevivência e mesmo para o equilíbrio de ecossistemas. As relações podem ser classificadas em quatro grupos (I, II, III e IV) de acordo com o esquema abaixo. São possíveis relações ecológicas dos tipos I, II, III e IV, respectivamente, EXCETO: a) Sociedade, competição, protocooperação e competição. b) Colônia, competição, mutualismo e parasitismo. c) Sociedade, canibalismo, comensalismo e predatismo. d) Protocooperação, herbivorismo, inquilinismo e amensalismo.
  • 38. A PRATICAR! • 3. (UERN 2015) Observe as figuras. Assinale os tipos de relações entre os seres vivos que são observados nas figuras anteriores, respectivamente. a) Colônia, parasitismo e comensalismo. b) Sociedade, inquilinismo e comensalismo. c) Colônia, comensalismo e protocooperativismo. d) Sociedade, comensalismo e protocooperativismo.
  • 39. A PRATICAR! 4. (Unicamp) O nitrogênio é um elemento essencial para as plantas, podendo ser obtido do solo ou da atmosfera. No último caso, verifica-se a associação entre plantas e bactérias, que irão captar moléculas de nitrogênio e convertê-las em compostos nitrogenados usados na nutrição das plantas. Em contrapartida, as bactérias se aproveitam dos produtos oriundos da fotossíntese realizada pelas plantas. Essa associação é denominada a) mutualismo. O texto se refere a bactérias do gênero Rhizobium, que produzem amônio. b) comensalismo. O texto se refere a bactérias do gênero Rhizobium, que produzem amônio. c) mutualismo. O texto se refere a bactérias do gênero Nitrosomona, que produzem proteínas. d) comensalismo. O texto se refere a bactérias do gênero Nitrosomona, que produzem proteínas.
  • 40. A PRATICAR! • 5. (PUC 2015) São conhecidas várias interações biológicas entre espécies diferentes. Considere os três tipos de relações interespecíficas abaixo: I. Nas raízes de leguminosas encontram-se nódulos onde se instalam bactérias fixadoras de nitrogênio do ar. Após transformações bioquímicas, compostos nitrogenados são utilizados pelas plantas para sintetizar proteínas. Por sua vez, as bactérias utilizam material orgânico produzido pelas plantas. II. Tênias adultas vivem no intestino de mamíferos, utilizando alimentos já digeridos por enzimas dos hospedeiros. III. Num dado ambiente, insetos servem de alimento para anfíbios e esses servem de alimento para répteis. As relações descritas em I, II e III são, respectivamente: a) comensalismo, inquilinismo e predação. b) comensalismo, predação e parasitismo. c) mutualismo, parasitismo e predação. d) mutualismo, inquilinismo e predação. e) inquilinismo, comensalismo e parasitismo.
  • 41. A PRATICAR! 6. (UFC-CE) As esponjas desempenham papéis importantes em muitos habitat marinhos. A natureza porosa das esponjas as torna uma habitação ideal para vários crustáceos, equinodermos e vermes marinhos. Além disso, alguns caramujos e crustáceos têm, tipicamente, esponjas grudadas em suas conchas e carapaças, tornando-os imperceptíveis aos predadores. Nesse caso, a esponja se beneficia por se nutrir de partículas de alimento liberadas durante a alimentação de seu hospedeiro. As relações ecológicas presentes no texto são a) protocooperação e competição. b)inquilinismo e protocooperação. c) inquilinismo e parasitismo. d)competição e predação. e) parasitismo e predação.
  • 42. GABARITO 1 2 3 4 5 6 c d c a c b
  • 43. REFERÊNCIA • FÁVARO, C. ; MACHADO, M. F. ; ROMAGNOLI, W. Sistema Inter@tivo de Ensino - Biologia 1° ano. 1ª ed. Tatuí-SP: Casa Publicadora Brasileira, 2018.