O documento descreve um plano de autoavaliação de uma biblioteca escolar para avaliar seu trabalho na promoção da leitura e literacia entre os alunos. O plano avaliará os domínios de leitura e literacia através de questionários, registros de empréstimos, observações e trabalhos dos alunos. Os dados serão analisados e um relatório será apresentado com conclusões e planos de melhoria.
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Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares
Metodologias de Operacionalização
PLANO DE AVALIAÇÃO
O DOMÍNIO ESCOLHIDO:
B – LEITURA E LITERACIA
INDICADOR DE PROCESSO:
B1 – Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura
INDICADOR DE IMPACTO:
B.3- Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no
âmbito da leitura e das literacias.
PROBLEMA/ DIAGNÓSTICO
A BE tem que tornar-se o centro da escola, em torno do qual se desenvolve o currículo e
a aprendizagem. Deve ser um agente de mudança e de progresso.
Constituindo-se como um centro de recursos e de informação diversa, deve caminhar no
sentido de formar leitores assíduos, competentes, capazes de aceder à informação em
diferentes suportes, seleccioná-la, compreendê-la e transformá-la em conhecimento
mobilizável, é esta a definição da competência leitora. Por esta razão e também por se
adequar a um dos objectivos definidos no Projecto Educativo, escolhemos o domínio B.
Leitura e Literacias.
Escolhemos subdomínio B.1 como indicador de processo pois incide sobre as
actividades que têm sido desenvolvidas no que se refere à promoção da leitura, ponto de
partida para o desenvolvimento de atitudes, comportamentos e competências em
ambientes digitais e não – digitais, aspecto este que tem sido muito valorizado na
biblioteca escolar onde exerço funções. O Plano Nacional de Leitura surge como uma
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mais-valia orientada a nível nacional, mas foi adequado à realidade da nossa escola e
valorizado por muitos professores envolvidos no PNL.
Escolhemos também o subdomínio B.3, indicador de impacto que irá verificar até que
ponto o trabalho desenvolvido tem dado resultados no desenvolvimento das
competências de leitura dos alunos. Aqui os instrumentos de recolha de evidências são
fundamentais e quanto mais diversificados melhor poderão reunir evidências que
assegurem uma avaliação correcta.
IDENTIFICAÇÃO DO OBJECTO DE AVALIAÇÃO
A Biblioteca Escolar tem desenvolvido um trabalho contínuo no domínio da leitura e
literacia, procurando contribuir na promoção do sucesso escolar e educativo dos alunos,
de acordo com o recomendado no Projecto Educativo. Um dos investimentos tem sido a
execução do Plano Nacional de Leitura, em parceria com as escolas do 1º ciclo e o
Departamento de Línguas. Tem ainda vindo a empenhar-se num trabalho colaborativo
com professores curriculares das diversas áreas curriculares disciplinares e não
disciplinares, fomentando hábitos de leitura e investigação.
Assim sendo, neste primeiro ano, desta jovem biblioteca, parece-nos importante (a mim
e à equipa educativa) validar o Domínio - B Leitura e Literacia e os Subdomínios B1 e
B3.
TIPO DE AVALIAÇÃO DE MEDIDA A EMPREENDER
Serão aplicados métodos quantitativos de medida que permitam determinar a
frequência, utilização e conhecimento que os utilizadores têm da BE (inputs e outputs
da BE). Por outro lado, pretende-se fazer uma avaliação mais qualitativa da formação
destes utentes através de uma abordagem de resultados e impactos (outcomes). “ O
modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares procurou orientar-se sobretudo
segundo uma filosofia de avaliação baseada em outcomes e de natureza essencialmente
qualitativa…” (texto da sessão, pág.2)
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MÉTODOS E INSTRUMENTOS A UTILIZAR
B. Leitura e Literacia
Indicadores Factores críticos de sucesso Recolha de evidências
B.1 Trabalho da - A BE disponibiliza uma colecção variada e -Projecto Educativo do Agrupamento
BE ao serviço da adequada ao gosto e interesse dos
-Plano de actividades da BE/CRE
promoção da utilizadores.
leitura -Estatísticas de requisição
- A BE desenvolve, de forma sistemática,
actividades no âmbito da promoção da -Estatísticas de utilização informal da BE.
leitura.
-Estatísticas de utilização da BE para actividades
- A BE organiza sessões de leitura, de de leitura extensiva em sala de aula.
reconto ou outras que associem diferentes
formas de leitura, de escrita ou de -Registos de Projectos desenvolvidos no âmbito
comunicação com o objectivo de promover o da promoção da leitura.
gosto pela leitura.
-Questionário aos professores (QD2).
- A BE incentiva a leitura informativa
-Questionário aos alunos (QA2).
direccionada a actividades formativas nas
áreas curriculares disciplinares e não - Outros instrumentos de recolha de informação:
disciplinares. actas, participação em concursos, sugestões de
leitura (livro do mês,---) blogue da BE, etc..
- A BE promove eventos culturais que
aproximem os alunos dos livros ou de outros
materiais/ambientes e incentivem o gosto
pela leitura.
- A BE facilita e orienta a leitura em
ambientes digitais, através da indicação de
sites, motores de busca e no próprio blogue
da BE.
- A BE procura estar informada
relativamente às linhas de orientação e
actividades propostas pelo PNL e organiza
com os docentes grelhas das obras de leitura
extensiva em sala de aula.
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B3. Impacto do - Os alunos usam a biblioteca para ler de - Estatísticas de utilização da BE para actividades
trabalho da BE forma recreativa, para se informar ou para de leitura.
nas atitudes e realizar trabalhos escolares.
- Estatísticas de requisição domiciliária.
competências dos
- Os alunos, de acordo com o seu nível de
alunos, no âmbito - Observação da utilização da BE (O3 e O4).
escolaridade, manifestam progressos nas
da leitura e das
competências de leitura, lendo mais e com - Trabalhos realizados pelos alunos.
literacias
maior profundidade.
- Análise diacrónica das avaliações dos alunos.
- Os alunos desenvolvem trabalhos onde
interagem com equipamentos e ambientes - Questionário aos professores (QD2).
informacionais variados, manifestando
- Questionário aos alunos (QA2).
progressos nas suas competências no âmbito
da leitura e das literacias.
- Os alunos participam activamente em
diferentes actividades associadas à promoção
da leitura.
INTERVENIENTES NO PROCESSO DE AUTO-AVALIAÇÃO
Coordenador da BE/CRE e Equipa da BE/CRE
Director
Conselho Pedagógico
Professores
Funcionários
Alunos
Encarregados de Educação
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CALENDARIZAÇÃO:
2º e 3º Períodos
A recolha de informação será diária para certas rotinas, será esporádica, no caso de
actividades igualmente esporádicas e será uma vez por período, no caso dos inquéritos.
PLANIFICAÇÃO DA RECOLHA E TRATAMENTO DE DADOS
A metodologia de trabalho encontra-se definida no Modelo de auto-avaliação das
Bibliotecas Escolares e pressupõe:
Definir os factores críticos de sucesso para os indicadores, as actividades que
evidenciam sucesso e são valorizadas na avaliação.
As evidências comprovam a prática efectiva das acções e permitem com rigor e a
exactidão formular juízos de valor / avaliação, sobre o impacto obtido no
desenvolvimento das competências exigidas. Deverão estar articuladas a propostas
concretas de melhoria face ao que ficou comprovado.
Face às evidências estabeleceremos o nível de desempenho da biblioteca configurado
numa escala de um a quatro. Para atingir cada um destes níveis será necessário
preencher todos os descritores referidos nesse nível, à excepção de um.
Conclui-se com a formulação de acções que visem a melhoria contínua onde se
verificou haver mais debilidades é este o objectivo fundamental da auto-avaliação.
A recolha de evidências será feita pelas professoras bibliotecárias e a sua equipa, os
professores colaboradores e a técnica operacional, no início do 2º Período.
Os recursos materiais serão as folhas de questionário, as folhas de registo de entrada, de
requisição domiciliária, de satisfação, as folhas de registo de reclamação, as fichas de
inscrição nas várias actividades usadas pelos alunos e professores, as grelhas de
observação, o blogue e os comentários aí realizados.
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A definição de amostragens / Inquéritos será de 20% do universo dos professores, 10%
do universo dos alunos e 5% dos pais e encarregados de educação
A análise crítica e o tratamento dos dados terá um 1º momento de tratamento e análise
dos dados será feito em Abril e o 2º em Junho.
ANÁLISE E COMUNICAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Será elaborado um relatório no final do ano (início de Julho). A coordenadora reunirá
com o órgão de gestão para ponderar a avaliação obtida e definir as acções de melhoria.
As conclusões serão apresentadas num dos últimos Conselhos Pedagógicos do ano,
através de um PowerPoint. A divulgação da avaliação e do plano estratégico serão
igualmente divulgados ao Agrupamento. Finalmente elaborar-se-á a síntese para
integrar o relatório da escola.
LIMITAÇÕES
A equipa e a funcionária terão dificuldade em dar atenção às necessidades dos
alunos e simultaneamente registar as observações solicitadas.
A sobrecarga de trabalho que a aplicação do modelo acarreta e a falta de tempo.
Dificuldade em envolver todos os intervenientes.
LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES
Face às limitações apresentadas teria de haver um reforço dos recursos humanos. Estes
necessitarão de horas para tornar mais eficaz a recolha de dados.
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BIBLIOGRAFIA
- Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares (12 de Novembro de 2009).
- Texto da 4ª sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:
metodologias de operacionalização (Parte I).
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