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Livro Condenado a Falar
Página 01
Livro Condenado a Falar – Jorge Kajuru
Leia por aqui última edição do meu livro Condenado a Falar
(Escrevi em novembro de 2008, mas acrescentei opiniões em dezembro de 2009)
Sobre o presidente Lula, antes de ser eleito.
Quase 6 anos atrás na Folha de São Paulo
Folha de São Paulo, 17 de julho de 2002
Até tu Lula
Jorge Kajuru
Especial para a Folha
Me realizo ao amar sem medo de quebrar a cara, e abraçar causas até o fim.
Mas, morro ao me decepcionar com quem admiro. E, com Lula, não está sendo fácil.
Jamais pela política em si, pois jogo no time dos anarquistas. Mas por constatar que ele
mentiu! No último artigo, relatei telefonemas elogios de políticos ao presidente da CBF, Ricardo
Teixeira, após o penta. Citei rato bigodudo, tucano arrogante e excluí sapo barbudo. Tirei
Lula do bolo após seu desmentido: “Isso é uma calhordice, nunca falei com o Ricardo”. Falou,
sim. Se o parabenizou pela volta por cima, não importa. Admito que só o Serra foi honesto ao
confirmar a ligação.
Fui nocauteado e invejo a relação fiel de grandes homens e cães, como Carlos Heitor Cony e
Mila, Fernando Barbosa Lima e Sony.Buscarei um quatro patas para confiar. PT saudações.
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Prefácio – 1ª Edição
Por Juca Kfouri
O que você lerá aqui aconteceu no século passado e continua a acontecer neste e lembra a
longínqua Inquisição e a bem mais próxima ditadura militar, que assolou o país nos últimos
anos 60 e 70. O que você lerá aqui, fartamente documentado, é a luta de um jornalista que
parece não ser deste século, nem do passado e nem do anterior; a luta de um romântico que
se imola em praça pública, que abre o peito para levar balas e estocadas, quem sabe ser
impotente para enfrentar forças tão maiores, mais que, mesmo assim, não desiste, trava o bom
combate, apesar de saber que protagoniza um filme no qual o mocinho morre no fim. Jorge
Kajuru é o Dom Quixote de Goiás, que fez de sua Rádio K o Sancho Pança, na batalha contra
moinhos de vento bem concretos, dois governos sucessivos e adversários entre si- um do
PMDB, com Marconi Perillo. Atenção, poderosos: o personagem de Cervantes aqui é tratado
como merece, como um herói em busca da justiça e da liberdade e não como um ator de ópera
bufa. Como diz o genial Ariano Suassuna, “ser Quixote é uma qualidade”.Quem procura fazer
dele algo caricato é a sociedade apodrecida, tão bem retratada nas páginas que seguem. Ao
deixar seu testemunho, Jorge kajuru dá, mais uma vez, a cara a tapa, para que os goianos o
julguem. Ao expor a sucessão derrotas que o levaram a sepultar seu casamento, a perder seu
patrimônio e a responder a uma série interminável de processos, Kajuru emerge vitorioso pelo
simples fato de ter mantido fiel aos seus próprios propósitos públicos e às suas idéias, algumas
vezes manifestados de maneira caótica; muitos, com a voz do coração e não da cabeça;todos,
com profundidade, honestidade e santa indignação. Chances de capitular ele teve diversas.
Propostas para sair de rico da guerra não faltaram. Mas Kajuru, tal como um Darci Ribeiro,
preferiu orgulhar-se de suas derrotas, à custo do bolso, do corpo que fraquejou, do coração
despedaçado, do equilíbrio às vezes precário. Jorge Kajuru tem a coragem dos que tem medo
e a intuição de que a vitória não precisa, necessariamente, ser comemorada em vida. É a
história que dirá o nome do mocinho e dos bandidos. E a história está a seu lado no embate
travado contra pusilâmines e covardes. Não houve nenhuma pessoa próxima a Kajuru que não
lhe tenha dito, pelo menos uma vez, para largar tudo, vender a emissora, tratar da vida num
centro maior, como São Paulo, deixar fluir seu incomensurável poder de comunicação e alargar
seus horizontes. Houve momentos em que até pareceu que Kajuru concordaria. Só pareceu.
Neste libelo recheado, por um lado, de atitudes dignas e, de outro, de torpezas quase
inverossímeis, eis que emerge não só a face miserável do poder exercido de maneira arbitrária,
desonesta e corrupta, em nome de interesses pessoais e inconfessáveis, vem à tona, ainda, o
papel nefasto, comprometido, calhordamente interesseiro de veículos nacionais de informação.
Felizmente, Jorge Kajuru sobreviveu para contar essa história. Por sorte e habilidade, não teve
o fim de tantos jornalistas de centros menores, pelo Brasil afora, que acabaram vítimas de
pistoleiros de aluguel. Seu testemunho, porém, está longe de se esgotar nos limites do estado
de Goiás. O teor de suas denúncias tem o condão de espalhar vergonha pelo país inteiro, do
Palácio do Planalto, passando pelo Ministério das Comunicações e por algumas redações do
eixo Rio-São Paulo. Porque, de fayo, é de fazer corar a constatação de que alguém venha
lutando sozinho e, há tanto tempo, contra o dragão da maldade. Mas Quixote não desiste e
Sancho não se cala para fazer ranger os dentes dos moinhos de vento. E é aí que mora o
perigo para os coronéis, para os oligarcas, para os corruptos. Há vozes que não se calam
jamais.
Juca Kfouri, jornalista da Folha de São Paulo, Rádio CBN e ESPN. Esse depoimento foi dado
quando Kajuru decidiu lançar o “Dossiê K”.
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1978, Jornal “O Diário” Ribeirão Preto
Um ex-hóspede da Globo agora quer fazer rádio para todo Brasil
Jorge Reis, plantão esportivo, 17 anos, viveu a incrível experiência de “morar” na Rádio Globo.
O mundo que ele descobriu está aqui, narrado na primeira pessoa. Desde menino, anunciando
músicas no serviço de auto-falantes Cajuruense de Antônio Marques, a potência musical da
cidade. Saí de Cajuru, vim para Ribeirão Preto, consegui me profissionalizar. Mas não bastava.
Eu queria mais: São Paulo, com ídolos mágicos, astros de salários milionários, as grandes
equipes esportivas do Brasil. O rádio está no meu sangue. O sonho que me persegue: meu
nome famoso, Jorge Reis no cenário brasileiro. Então eu fui para lá e fiquei uns meses.
Cheguei em agosto. Fui de carona, só com a bolsa a tiracolo e a roupa do corpo, sem nenhum
documento. Foi numa quarta-feira.Era meia-noite quando o Marquinho Moura, programador da
Renascença, me disse que ia para São Paulo dali a pouco. Eu tinha acabado de fazer o plantão
de jornada esportiva. Sem avisar ninguém, sem serviço acertado, eu fui. Cheguei às seis da
manhã, com chuva. Fui direto para a Rádio Globo. Era a primeira vez que eu ia a São Paulo. E
assim que eu cheguei em frente a Rádio Globo, fui assaltado por um trombadinha. Tinha $ 600,
na minha bolsa, seis notas de cem. Foram-se. Fiquei duro, morrendo de fome, porque de noite
não tinha comido nem sanduíche. Olhei para a calçada da Rua das Palmeiras e só vi aquele
monte de gente se empurrando. Mas não tinha nada não. Apesar do frio na barriga, da
sensação de fome e de medo, eu sabia que ia encontrar o Osmar Santos. Ele tinha vindo a
Ribeirão, tinha se tornado meu amigo. Osmar Santos, o craque, o bamba, tinha que me ajudar.
Era muito cedo ainda, mas subi as escadas. Levi um susto enorme: o que vi foi uma sala
monstruosa, dez vezes maior que qualquer redação de jornal de Ribeirão Preto. Era a Rádio
Globo, onde funciona o departamento de jornalismo, junto com o de esportes. Era mesa que
não acabava mais. Depois eu iria saber que lá funcionava tudo à base de Telex, mil agências,
UPI, France-Press. E muitos jornalistas especializados. Fiquei sabendo também que Osmar
Santos, o meu ídolo, só havia sido contratado para forçar uma audiência maior. A Globo, por
sistema, não gosta muito de futebol. Em 69, uma experiência parecida foi feita com a
contratação de Pedro Luiz. E não deu certo. E depois tem o detalhe que se comenta por lá, que
audiência mesmo tem o Fiore Gillioti. O Osmar Santos que é artista conquista a faixa mais
jovem. E eu queria entrar na equipe. Não havia sido convidado, Mas o Osmar Santos, muito
simpático, me havia deixado supor que isso seria possível. Quando eu cheguei, bem cedo, só
tinha lá um técnico, que eu já conhecia de telefonemas que fazia, de Ribeirão. Era o Alberto
Pastri, de Monte Alto, muito boa gente. Como eu estava com muito sono, ele me disse para me
esticar no carpete, ali mesmo no estúdio. Deitei, mas não consegui dormir. O tempo todo eu
ficava pensando que podia de repente entrar algum artista famoso. E fui me lembrar logo do
Tarcísio Meira. Mas, ao meio-dia, quando eu estava assim cochilando, quem entrou foi o
Marcus Baby Duraes. Reconheci logo, tratei de cumprimentar e ir me levantando. Tratei de ir
para a redação, no esporte. E estava lá o Edson Scatamacchia, ex-Jornal da Tarde editor do
Globo Esportivo, coordenador de toda a equipe: cinco repórteres, incluindo o Juarez Soares,
dois plantões, quatro narradores e quatro comentaristas. Cheguei, já falei com o Scatamacchia,
que me recebeu muito bem. A uma hora chegou o Osmar Santos, muito bem vestido, panca de
astro mesmo, bolsa a tiracolo e melhor estilo. Osmar é solteiro e sabe viver a vida. Estica
noitadas nas boates, vive em altas rodas. É um bon-vivant, no melhor estilo. Foi ele que pós
pôs o irmão, Oscar Ulisses, também de Marília, lá dentro: hoje ele é terceiro narrador. Mas
quando Osmar Santos, chegou não pude falar com ele. Fui direto para o estúdio, participar do
programa de Durães. Fui atrás, bati o vidro na cara da técnica, ele me reconheceu na hora:
- “E olha quem está chegando, meu amigo Cajuru, de Ribeirão Preto…”
Quando acabou o programa, ele me cumprimentou e me abraçou. Mas não consegui falar com
ele. Estava com muita pressa. Resultado: assei o dia todo com o pessoal do Esporte. Eram
umas três da tarde quando o Carlos Almar, segundo comentarista, pediu que eu fosse buscar
um sanduíche e um refrigerante para ele, no bar ao lado. Eu ainda não tinha comido. Estava
morrendo de fome. Com o troco que sobrou $7 consegui comer uma coxinha.Não deu nem pra
tomar Coca. Depois, o Ovídio Nascimento, plantão, que já me conhecia, também por telefone,
me pagou uma feijoada. Foi a primeira vez que comi bem em São Paulo. E não será a última.
Dormi na Rádio mesmo. Posso dizer que eu fui hóspede da Globo. No dia seguinte, o Osmar
Santos, me disse que não tinham verba para me contratar. E me consolou. , contando que
aos 20 anos tinha sido obrigado a voltar para Marília, porque também não havia conseguido
um contrato na Rádio Gazeta. Mas eu estava decidido a não voltar. Passei um mês na Globo,
como se estivesse trabalhando, esperando uma chance. Enquanto isso, tentava outras
emissoras, como a Gazeta. Mas lá, o salárioera na base de Ribeirão: $1.500. Tentei na Tupi,
o quadro já estava completo. Aí apareceu a chance da Rádio Capital. Foi uma coisa de louco
falar com Hélio Ribeiro, diretor geral, na sala toda carpetada da Praça da República, secretária
bonita. Esperei três horas para conversar três minutos. E Hélio Ribeiro me disse:
- “Vou fazer de você o melhor plantão de São Paulo”. Isso porque o Walker Blás, de Ribeirão,
que trabalha lá como noticiarista já tinha me recomendado para ele. No dia seguinte, o Alfredo
Orlando me disse que eu estava contratado por $5 mil. Aí tive tirar todos os documentos para
ser registrado em carteira. Consegui.
Agora vou para Goiânia com J.Jr., trabalhar com plantão na Rádio Brasil Central. E já fiz um
pacto com ele, que não pára muito em lugar nenhum: onde ele for, vou junto. Também quero
correr o Brasil, conhecer tudo, ficar conhecido. Eu, Jorge Reis, 17 anos, ainda vou ser muito
famoso. Osmar Santos ainda vai ouvir falar de mim”.
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Dezembro de 1997
Palavras de Galvão Bueno, quem lá compareceu
“Era uma vez um garoto que nasceu em Cajuru, perto de Ribeirão Preto. Humilde, de família
simples, mas carregado de talento, de inteligência e, acima de tudo, de emoção, jorrava
coragem, com um coração forte, que luta por seus companheiros, por seus funcionários e,
acima de tudo por seus ideais. E hoje dá, e isso é importante, um enorme presente à Goiânia
e a Goiás: uma rádio como dificilmente vai se encontrar no país, na sua estrutura, na sua
instalação, na sua capacidade técnica, nas pessoas que se unem a ele para fazerem uma
rádio forte, audacioso, honesto, corajoso, combativo e, eu tenho certeza, vitorioso. Mas, dentro
dessa rádio, existe arte, sua vontade, que lutam conta tudo e contra todos e que tem o apoio
claro dos amigos, dos anunciantes, formando essa corrente forte porque a Rádio K do Brasil
não é rádio de um empresário que herdou uma herança ou que usou a rádio para fazer política.
É a rádio de um profissional, de um menino humilde, que passou pela rádio, pela televisão, que
chegou a Goiânia e hoje realiza seu sonho, que não é só dele, é de todos nós. Que Deus o
abençoe, Kajuru, e a todos nós”.
Declaração de Galvão Bueno, 01/12/97
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Ronaldo Fenômeno, jogador
“Eu até gostaria de ser um jornalista, um dia. Mas só se fosse um jornalista como você, Kajuru.
Que falasse o que você fala. Que questionasse e buscasse tudo, como você. Eu gosto do seu
estilo de apresentar programas. Para entrevistar, você é a maior fera. Então, assim eu gostaria
de ser”.
Nota: Todas essas declarações foram dadas espontaneamente, nas Redes TV, Band e SBT.
Ronaldo, por exemplo, falou bem depois da denúncia bombástica que Kajuru fez, envolvendo
seu nome.
Em tempo: Deixo claro que seus elogios foram feitos após minha reportagem e descoberta
sobre 98.
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A verdade sobre as perseguições implacáveis sofridas pela Rádio K e por Jorge Kajuru
Resumo das principais páginas do primeiro livro do Kajuru, preso e proibido em Goiás, outubro
de 2002
Corrupção e Truculência de 1986 a 2002
Governos PMDB/PSDB
Tudo aqui escrito e carimbado, como gravado, fica à disposição de todo cidadão que desejar
a cópia das gravações e também a cópia de todos os documentos, que se tornaram públicos,
desde setembro de 2002, quando Kajuru lançou seu primeiro livro, o “Dossiê K”, censurado
em Goiás. Conforme nota publicada, a seguir, pelo jornal Folha de São Paulo na época. Até
estudantes da Universidade Federal foram presos e agredidos, só por terem e mãos esse livro
que, em resumo, você poderá saborear pela primeira vez, sem censura.
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Meu 1° livro foi preso e proibido
Folha de São Paulo, 2002
Giro pelo país
Goiás
PMs invadem campus da UFG
Policiais militares de Goiânia invadiram ontem o Campus 2 da UFG (Universidade Federal de
Goiás) para recolher exemplares do livro “Dossiê K”, do jornalista Jorge Kajuru, que estavam
sendo distribuídos por alunos. Houve um início de tumulto quando os policiais tentavam retirar
os exemplares. No último sábado, o TER-GO (Tribunal Regional Eleitoral) concedeu liminar
favorável ao governador Marconi Perillo (PSDB), candidato à reeleição, proibindo a impressão
e circulação do livro no Estado até o fim do processo eleitoral. Um mandato prevê a busca e
apreensão da publicação que traz denúncias contra o tucano. A rádio K, também do jornalista,
foi tirada do ar por oito dias. Ontem, os livros estavam sendo repassados por integrantes do
PSTU a estudantes da UFG. Cerca de cem alunos, segundo professores, estavam no local no
momento em que os policiais chegaram.
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1998
Kajuru denuncia na Rádio K o Caso Caixego
(Aqui, por meio desta carta- fonte- recebida, Kajuru começou a desvendar o escândalo)
No decorrer da campanha de 98, cerca de 18 PMs, praças e cinco oficiais, que eram lotados
no Gabinete Militar, (Palácio) foram designados para fazerem a segurança do candidato
Dr.Iris. No dia em que desapareceu os cinco milhões do BEG, o capitão Welington de Urzeda
Mota, compôs duas guarnições de três elementos cada, para segundo ele fazerem uma
missão “cavernosa” para o DR. Machado , tal missão e buscar determinada quantia em
dinheiro.Partiram em dois Ômegas lotados, um de cor vinho que ia na frente com o CAP
URZEDA, Cabo Jesus e Soldado Esteves, e outro Ômega de cor azul que ia na escola
atrás. Partiriam do comitê central na Av.Paranaíba e conduziriam o numerário até a Stilus do
Hamilton Carneiro na Serrinha, antes de partir o Capitão da reserva José Carlos da Silva, que
também fazia parte da segurança da campanha, recebeu uma ligação do Dr. Edvaldo do Beg
acertando detalhes. (Sobre o capitão Carlos, vale informar que na época em que o Dr. Íris,
sofreu aquele acidente da campanha de 1982, ele era sargento e fazia a sua segurança, sendo
ele o responsável por tirar o Dr. Íris das ferragens, dada a essa ação ele foi promovido por ato
de bravura, cumprindo o restante de seu tempo sempre ao lado do Governador, aposentou-
se e foi admitido nos quadros do BEG, através de decreto do Dr. Íris, trabalhava lá ao lado
do Sr. Quito, também funcionário do BEG. O jornal “O Popular” informou em uma de suas
edições passadas, cerca de 15 dias atrás, o mapa de ligações do Dr. Edvaldo no dia do saque
milionário, segundo o referido jornal, através de dados fornecidos pela Telegoiás, o Dr. Edvaldo
fez várias ligações: Para o Otoniel, para Fulano de tal e afirmou também O Popular que…
Nota: a quem possa interessar, disponibilizamos o complemento desta carta enviada.
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E agora é nacional
Abril 2000
A revista Veja publica, na edição do dia 19 de abril, com detalhes, a denúncia da Rádio K sobre
os salários ilegais e imorais da primeira-dama. Com o título “Evita goiana”, dona Valéria Perillo
teve a coragem, em entrevista à Veja, de responder: “Eu também tenho de cuidar das minhas
filhas, que não contam com a presença constante do pai”. Após essa justificativa pelos salários
de primeira-dama, Veja definiu como um caso único de maternidade remunerada no país.
Goiás
Evita Goiana
Por Vladimir Netto
Com vocês, a primeira-dama
Valéria Perigo, ops, Perillo
Terceiro Mundo que se preza tem de ter primeira-dama.E primeira-dama que ofusque o
marido, não importa o cargo que ocupe.Foi assim na Argentina de Evita Perón, nas Alagoas
de Denilma Bulhões, na São Paulo de Nicéa Pitta. A melhor maneira de uma primeira-dama
aparecer é criar encrenca – de preferência uma bem grande, que exponha o marido ao
ridículo.É o que anda fazendo a senhora Valéria Perillo, esposa do governador de Goiás,
Marconi Perillo, do PSDB. Por causa de suas travessuras, o povo até já apelidou de Valéria
Perigo.É mesmo uma trajetória e tanto. Antes de se tornar primeira-dama, ela foi manicure
de um salão de beleza e bancária. Nos últimos anos ganhava a vida como secretária da
Assembléia Legislativa do Estado, sinecurinha que lhe dava um salário de 700 reais líquidos.
Mas foi só o maridão assumir o governo de Goiás que a vida de Valéria se transformou.
A primeira mudança apareceu no contracheque. Marconi assinou um decreto e a mágica
apareceu: Valéria passou a ganhar uma gratificação mensal de 3500 reais. Para fazer o quê?
Exercer o cargo de primeira-dama, ora bolas. “Eu também tenho de cuidar de minhas filhas,
que não contam com a presença constante do pai”, justificou Valéria a Veja.
É um caso único de maternidade remunerada. Há ainda outras originalidades na história
de Evita de Goiás. Animada com a nova função, a primeira-dama alimenta o sonho de virar
deputada federal. Sua estratégia é um primor do marketing caboclo. Valéria mandou fazer
uma “foto oficial” de si própria, do mesmo tamanho da do marido, e mandou três cópias para
cada um dos 251 municípios de Goiás. Acompanhava as fotos a orientação para que fossem
afixadas no gabinete do prefeito, na presidência da Câmara Municipal e na sala da primeira-
dama de cada cidade.
O Ministério Público, é claro, não gostou da presepada e está investigando o caso. Quer saber
que história é essa de primeira-dama ser paga para ser primeira dama – e mãe – e de onde
saiu o dinheiro para fazer as tais “fotos oficiais” de Valéria. Questão esta, aliás que poderia
constar do Programa Show do Milhão, dado o seu grau de complexidade. Por via das dúvidas,
a primeira-dama está dizendo que não tem nada a ver com isso, muito pelo contrário. Confusão
armada, Marconi Perillo deu ordem para que as fotos fossem recolhidas. “Aqui não tem culto à
personalidade”, afirmou ele. Valéria agora sabe quem é que manda no palácio.
Veja, 19 de abril, 2000.
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Página 16
Janeiro de 2001
No dia 3, o Jornal O Globo repercutiu,em nota publicada pelo jornalista Ricardo Boechat, que
a suspensão de 30 dias aplicada a Rádio K, foi a mais longa punição da história do Brasil.
Terminou a nota de O Globo com a seguinte definição: “Nem a ditadura fez igual”.
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Página 17
A Rádio K denuncia relatório do Ministério Público, que revela: o dinheiro que o governo
Marconi arrecada com infrações de trânsito não está sendo aplicado na educação de
motoristas e pedestres, conforme manda o Código Nacional de Trânsito. O escândalo é maior
ainda ao se constatar que esse dinheiro está sendo usado em shows sertanejos.
Na Assembléia, os deputados estaduais fizeram intensa discussão em relação aos gastos
milionários do governador, em cachês para cantores sertanejos. Um dos deputados aliados
a Marconi, delegado Rosiron Wayne, soltou uma preciosidade em plenário: “O governador
está certo, o povo precisa desse tipo de show, e essas músicas sertanejas servem para
conciliar casais”.
Vale a pena repetir
“O governador está certo, o povo precisa desse tipo de show, e essas músicas
sertanejas servem para conciliar casais”.
Página extraída do livro Dossiê K
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Página 19
Soube em 2005
Maio de 2005. O irmão-mãe Datena me relata com bastante calma, o que ele veio a saber
(sigilosamente) durante dois dias que passou em Goiânia, num sítio alugado para feriado de
fim de semana. Quem salvou minha vida em outubro de 2002 foi um tenente da polícia goiana.
Nessa época eu lançava meu primeiro livro “Dossiê K”, em plena eleição para o governo do
estado de Goiás. Conforme provas e informações contidas nesse livro, vivi dias parecidos com
os tempos de Hitler quando se queimavam livros em praça pública.
Eu morava no centro de Goiânia, hotel Kananxuê Park, apartamento 401, com sala, banheiro
e meu quarto. Saraiva e Gilson, meus seguranças, “dormiam” na sala. Minha morte estava
encomendada e planejada para essa noite de segunda-feira.
Para minha sorte comandava a equipe de segurança do hotel, contratada pela dona Sônia
Moraes. Um senhor de cabelos grisalhos, 46 anos, exatamente o tenente da polícia goiana. Por
volta das 00:26 horas, 4 colegas do tenente chegaram pela garagem subterrânea do hotel. Não
tiveram constrangimento de poupar o tenente que não sabia de nada, mas estava de plantão
na recepção.
Graças a Deus e a esse tenente, os 4 contratados para me apagar, obedeceram as ordens e
as seguintes palavras do superior: “ O Kajuru é o único homem que nos defendeu nas horas
que brigamos, por salários, com o poderoso. Eu não vou permitir que vocês façam esse serviço
sujo…”.
Em junho de 2008, fui a Goiânia lançar a segunda edição deste livro no Shopping Bougaville.
O melhor amigo do tenente aqui mencionado, ficou uma hora na fila. Quando chegou até
mim confirmou que foi ele mesmo quem contou toda essa triste história ao Datena. Fiz uma
dedicatória especial e merecedora de meu livro para que esse amigo entregasse na mão do
tenente que um dia conhecerei pessoalmente. Seu amigo começou a ler e chorou na frente de
todos ali presentes.
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Grana sem limites
Julho de 2001
A mando do governador, um grupo de empresários goianos procura Kajuru em São Paulo e
tenta, mais uma vez, comprar a Rádio K. Para se preservar, em forma de minuta de contrato. A
proposta foi curiosa e inusitada:
1) envolvendo as áreas já pertencentes a Rádio K e que ficariam para Kajuru, os valores
financeiros da proposta chegavam a 8 milhões de reais;
2) os compradores ainda assumiriam todas as dívidas existentes com quaisquer credores,
inclusive de origem trabalhista, tributária ou previdenciária, declaradas ou não;
3) queriam comprar, em definitivo, a Rádio (100%), mas não abriam mão de continuar usando,
no mínimo por seis meses, as marcas “K” e “Feras do Kajuru”.
4) e a parte inusitada: a cláusula sétima do contrato de compra assegurava a Kajuru, pelo
período de três anos, a contar da data da venda, o direito de recompra das ações (99,34%)
pelo mesmo valor do presente instrumento, corrigido pelo IGPM. No parágrafo primeiro desta
cláusula, Kajuru poderia recomprar a Rádio três anos depois, pagando apenas 500 mil reais de
entrada e o restante em cinquenta parcelas iguais e sucessivas; será que eles deixariam, com
Marconi reeleito?
5) Kajuru fez a contraproposta de que fecharia o negócio desde que pudesse revelar todas as
cláusulas no ar e que o jornalismo da emissora fosse comandado por Marcelo Rezende, em
substituição a Kajuru, que, por sua vez, ficaria apenas na programação esportiva.
Moral da história: o grupo de empresários nunca mais falou sobre o assunto. Kajuru mostrou
essa proposta aos amigos Juca Kfouri e Juarez Soares. Jorcelino Braga foi testemunha
do recebimento da proposta pessoalmente em São Paulo na agência FTPI, ao lado do Sr.
Rivas Rezende e da advogada dele, Dra. Fátima. Juca que é ignorante de tão honesto, me
surpreendeu pedindo para que eu vendesse logo essa rádio, porque era muito sofrimento de
todos os que se envolviam na minha causa.
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Kajuru entrevista
Heloisa Helena
(Senadora, SBT e TV Alphaville, 2005)
Kajuru- Senadora, como alguém pode crer na inocência do Presidente Lula?
Heloísa Helena- Ninguém agiu sozinho, eu nunca compartilhei com a visão elitista e
preconceituosa de que o Lula é um fraco, acovardado e incompetente. Não é, ninguém chega a
condição de maior liderança popular da América Latina, se ele não estiver preparado. E quando
ele começou a dizer que toda essa vergonhice de dinheiro, de mala preta, essas coisas todas
era para pagar campanha, eu digo: Mas eu sou uma mulher abençoada. Por quê? Porque nós
fomos expulsos nos meses de glória.
Kajuru- Quer dizer que você quer acreditar no Roberto Jefferson, naquilo que ele fala?
Heloísa Helena – Em algumas coisas.
Kajuru- Que no PT as pessoas não tem palavra?
Heloísa Helena- Ai, olha, mas no caso do Zé Dirceu, eu não gosto de ficar falando muito não,
nomeando as pessoas, sabe? Mas assim, é Zé Dirceu, é o tipo de adversário que olha no seu
olho, diz, eu vou lhe aniquilar, então eu acho que é um adversário melhor. E você sabe a arma
que ele vai usar e você também.
O Lula já é mais assim, tem o estratozema que ele diz assim: mel na boca e beliz no coração,
ele abraça na frente e manda alguém lhe esfaquear nas costas.
Kajuru- Nossa Senhora!
Heloísa Helena- Então é um tipo, eles são diferentes, mas atuam absolutamente juntos,
entendeu? Hoje eu não posso dizer que não foi um grande esquemão, conduzido pelo
Presidente da República e pela cúpula palaciana do PT, eu não posso porque o esquema de
alta complexidade para ser montado, não se monta por uma pessoa sozinha. Eles instalaram
no caso específico dos Correios, uma verdadeira guerra de gangues partidárias que, por sua
vez, fraudavam desde o processo de instrução do edital de licitação, fraudavam a licitação e
a execução contratual, os aditivos e os empresários apaniguados pelas gangues partidárias
e pelo Palácio do Planalto, eles pagavam dinheiro, pagavam, que por sua vez distribuíam em
forma de mensalão e outras formas mais. Você ta entendendo, não tem nada ainda, então o
que eles faziam, não tem como acreditar, como alguém chega. É muita gente envolvida.
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Folha de São Paulo dá espaço para Kajuru se defender na pág.3
Opinião não é crime
Jorge Kajuru
Eu sou aquele cara da TV, gordo, feio e que anda meio infeliz. Sou também um cara “bocudo”,
freqüentemente exagerado, que pesa nos adjetivos, mas, isso é essencial, que jamais fez uma
acusação sem estar respaldado por provas documentais.
E é por isso que quero sua atenção para o que vou relatar aqui sobre o processo que redundou
em minha condenação a 18 meses de prisão em regime aberto, dormindo em albergue, pela
justiça de Goiás-condenação que foi suspensa liminarmente pelo STJ até que se julgue o
mérito do pedido de anulação da sentença.
Condenação, é importante que se diga, fruto também do descuido de um advogado, que
perdeu o prazo para minha última defesa em Goiás.
Mas imagine que o governo de São Paulo tivesse feito um acordo com os clubes de futebol
paulista para reduzir o preço dos ingressos nos estádios em promoção que envolvesse troca
por notas fiscais.
Que, em seguida, todos os temas ligados ao campeonato fossem decididos em palácio. Que
o novo presidente da Liga dos Clubes fosse um dos coordenadores financeiros da última
campanha eleitoral que elegeu o governador. Que, do acordo, resultasse a venda, com
exclusividade, para um canal de TV por cinco anos. Que, no primeiro ano, os clubes não
recebessem um tostão e, nos quatro seguintes, recebessem muito menos do que contratos
semelhantes pagam aos participantes de outros campeonatos estaduais. Que outras emissoras
tentassem entrar na concorrência, oferecendo valores até cinco vezes maiores e o governo os
recusasse, sem que os clubes pudessem reagir.
Daí, uma rádio bota o imbróglio no ar porque, digamos, o Corinthians reagiu ao saber que em
outros Estados há acordos infinitamente melhores. Reação em vão, porque tudo já estava
decidido, até mesmo que o governo paulista seria o patrocinador das transmissões-em nome
do próprio governo, não de alguma estatal.
O que você faria se fosse jornalista? Estranharia, denunciaria ou ficaria calado? Pois é. Eu
estranhei, documentei e denunciei.
Dizem que sou polêmico e encrenqueiro. Devo mesmo ser e não discutirei com a imagem
que existe a mau respeito. Mas sei que louco eu não sou e jamais entraria numa briga com o
governo goiano e com a principal empresa de comunicação de Goiás, a Jaime Câmara, se não
pudesse provar o que levei ao ar e que resultou no processo movido pela segunda.
Quem vive em São Paulo não imagina até que ponto sobrevivem em outras regiões algumas
práticas políticas que normalmente são atribuídas ao velho coronelismo. Pressões, ameaças,
estrangulamento financeiro-vale tudo.
E é por isso que quero ser julgado pelo que é substantivo-não por adjetivos que possa
ter cometido no calor de um programa de rádio, feito ao vivo e movido por autêntica
indignação. E o substantivo está fartamente documentado, como você poderá verificar em
www.observatoriodaimprensa.com.br, artifício de que me utilizo aqui para não cansar o leitor
com as minúcias de um contrato que nada tem de ficção. É realidade pura e dramática sobre a
promiscuidade que caracteriza o tripé, no caso, governo/mídia/futebol.
Lá está o contato do governo de Goiás, que, no ano em questão (2001)-imediatamente anterior
ao da campanha eleitoral-, segundo números oficiais do Tribunal de Contas do Estado, gastou
mais com propaganda que os governos de São Paulo e Rio de Janeiro juntos: precisamente:
R$ 79.981.491,24.
Pasmem! Quase R$ 80 milhões. Mais da metade com a Jaime Câmara.
Leia e tente não ficar estarrecido, sem se esquecer de que sou jornalista esportivo, ou seja,
quem tem tudo a ver com o meu ofício.
Em resumo, um contrato que repassa aos clubes míseros R$ 200 mil anuais em quatro
de seus cinco anos de vigência (no primeiro não repassa nada) e tão leonino que não dá
margem a nenhum respiro. Diferentemente do contrato feito na mesma época pela Federação
Catarinense de Futebol com outra afiliada da Globo, a RBS, cujo valor atingiu R$ 2,3 milhões já
no primeiro ano.
Ora, a missão principal do jornalista é fiscalizar o poder e cabe à Justiça não inibir o exercício
da crítica e da opinião-ao contrário.
Além do mais, estivesse eu sendo acusado de ter mentido, não tenha dúvida de que a
condenação teria vindo antes e da própria opinião pública, além dos veículos sérios de
comunicação, que não me concederiam espaço nem emprego. Mas não. Fui condenado por ter
chamado a empresa de “oportunista”, e reitero meu desafio para que ela mostre que menti.
Porque não há pior pena para um jornalista do que a perda da credibilidade e, neste episódio,
por contraditório que pareça, a minha só fez aumentar, tanto entre os pares que respeito como,
fundamentalmente, nas ruas.
Resta dizer que estou confiante no que os ministros do STJ decidirão, não só porque acredito
na Justiça como porque, agora tenho como defensor um advogado com as qualidades do ex-
ministro da Justiça, José Carlos Dias.
Além do mais, quero crer que a concessão do hábeas-corpus pelo ministro Arnaldo Esteves
Lima significa a demonstração de que algum equívoco houve em minha condenação.
Jorge Kajuru, 44, jornalista, é comentarista dos programas “Fora do ar”, pelo SBT, e “Linha de
Passe”, pela ESPN Brasil.
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Matéria
Os mais polêmicos da história
Cidade da cidade, do Rio de Janeiro.
Olavo é daquela figuras carimbadas do polemismo anticomunista a toda prova.
Autoproclamando-se “inspetor da saúde mental dos intelectuais brasileiros”, não se cansa
de atirar no Departamento de Filosofia da Usp. Tem uma legião de sôfregos seguidores,
todos eles acreditando que a grande imprensa brasileira faz parte de um grande complô das
esquerdas. Frusta-se, no entanto, quando algumas de suas polêmicas, detonadas pelos seus
longos artigos na imprensa e pelas apostilas dos seus cursos, não tem a ressonância que
esperava. Ainda mais agora que foi demitido de O Globo, jornal para o qual colaborava.
O controversista que se preze não pode deixar de provar tudo o que afirma. Tem a ver também
com a independência de grupos, partidos políticos e, muitas vezes, não gostar de ver o circo
pegando fogo, mas, forçado pelas circunstâncias, se ver obrigado a colocar o dedo na ferida.
O veneno nos nossos dias
Geralmente os polemistas não temem retaliações, nem se tornarem “malditos”. Muitas vezes,
essas línguas afiadas dizem estar a serviço da população, e salientam seu papel pedagógico.
Para o crítico literário Fábio Lucas, o que as movia em fins do século XIX e começo do XX
era a defesa de honra. “Depois, era a verdade. Hoje, o fetiche é o salário, é o mercado”,
ressalta. O amor à verdade é a bússola. E não só a vaidade pessoal ferida. “Jornalista tem
que ser encrenqueiro e cri-cri, fazer o contrário do que a maioria massacrante faz. Não
tem que ser baba-ovo”, recomenda Kajuru. “Nunca quis agradar a ninguém. Eu quero ser
coerente”, proclama o escritor Fernando Jorge, que, desde os 50, distribui ferroadas em
literatos medíocres. Mantém-se no entanto, atualizado. Já escolheu os novos alvos da sua
artilharia pesada: Paulo Coelho, Jô Soares e Dan Brow, o festejado autor do Código da Vinci.
Um dos “contemplados” por suas críticas foi Paulo Francis, a quem desmascarou em livro por
muitos considerado “assassino”- o libelo teria contribuído para a morte do jornalista em 1997.
Francis, sempre lembrado como a grande influência da “nova geração” de espadachins do
jornalismo brasileiro, se intitulava um “lobo hidrófobo”. Fez fama com suas tiradas (“O filme
é uma m… mas o diretor é genial” é uma delas) e porretadas nas minorias (homossexuais e
nordestinos, por exemplo). Em 1958, desancou Tônia Carrero, em artigo intitulado “Tônia sem
peruca”. Por causa disso, o marido da atriz, o diretor Adolfo Celi, atracou-se com Francis no
Teatro do Leme, no Rio (arrancando-lhe os óculos).
Descendente de alemães, Paulo Francis reconhecia que seu lado demolidor tinha explicação
psicológica.
“Desde criança ferida e ´alienada´, a ironia, a mordacidade e, quando evolui, a sátira, me foram
armas de defesa contra o que perdi emocionalmente”, confessa em seu livro de memórias O
afeto que se encerra.
Diogo Mainardi, nosso entrevistado na edição passada, confessa ser a “versão piorada” de
Francis. Já defendeu que São Paulo se separasse do resto do Brasil. Já disse que folclore
é “coisa nazista” e que o Brasil tem “deus demais” (deus assim, em minúsculo). Uma das
últimas polêmicas que arrumou foi com Cuiabá (“Pagaria 15 mil reais para não ir a Cuiabá”,
disparou). A cidade o elegeu como seu inimigo número um.
Mainardi parece divertir-se em ser insultado toda semana pela enxurrada de cartas e e-
mails que chegam à redação de Veja. Ninguém é indiferente a seu estilo trator e sem
sentimentalismos, próprio de quem parece não acreditar no ser humano.
Os mais puristas poderiam dizer que Mainardi não é um polemista clássico, pois raramente
rebate os argumentos de quem o contesta. Omite-se dos duelos. Não gosta de esticar as
polêmicas.
O cineasta Arnaldo Jabor também tem lugar na galeria dos atuais iconoclastas do nosso
jornalismo. Em 1989, Paulo Francis e ele trocaram farpas nas páginas da Folha de S.Paulo.
O primeiro baixou seu tacape nos cineastas brasileiros, duvidando do seu talento. O segundo
defendeu a categoria, terminando com uma espetada: “Fazer cinema no Brasil é um pouco
mais complicado do que escrever para a Folha de São Paulo”.
Procurado por IMPRENSA, Arnaldo Jabor não quis dar declaração, queixando-se da
superexposição. “Prefiro ficar quietinho uns tempos”. Para Jorge Kajuru, a TV Globo, por
conveniência, não colocou os comentários de Jabor no “Jornal Nacional” na semana em que
estourou o escândalo do “mensalão” envolvendo o Governo Federal. “Só entrou o Franklin
Martins que não bate pesado. A parte opinativa do´JN´ é uma piada”, detona.
Tudo indica que o “polemismo” está sendo pouco cultivado atualmente. Até porque reina entre
os colegas de profissão a política de boa vizinhança evita-se falar do trabalho de terceiros.
Além do mais, o departamento comercial pode não dar corda para isso.
Se o gênero está sendo pouco cultivado, não é possível dar uma resposta definitiva, já que
muitos veículos fazem questão de dedicar espaço a seus polemistas, como jabor no “JN”. Mas,
sem dúvida, banalizou-se com a moda atual das mesas-redondas de televisão, nas quais os
polemistas de botequim fazem julgamento demagógicos e procuram ganhar no grito.
As polêmicas perderam a qualidade? Falta conteúdo a elas?
Muitas vezes, sustentá-las significa escandalizar, estar em evidência, a provocação. Mas de
uma coisa estejam certos fazer polêmica vende jornal, vende revista e dá audiência.
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Onde Trabalhei
TV Alterosa –MG
“Eu era feliz e não sabia, ou não soube aproveitar. 1981, completava meus 20 anos e já
apresentava ao vivo, diariamente, o“Papo de Bola”. Simplesmente, vencíamos a Globo no
horário. E eram tempos de Boni, quando a poderosa dava 80,90% de aparelhos ligados, o dia
inteiro. Exceto ao meio-dia. E por méritos de meu chefe, narrador excepcional e carismático,
Fernando Sasso, já falecido. E do velho, também falecido, Kafunga. Quando deixei a TV
Alterosa, em dezembro de 1982, só existia um culpado e maluco: estava solitariamente
apaixonado por uma ex- jogadora de vôlei, e fiz merdas. Tinha 21 anos, me achava! Bebidas e
noitadas. Tudo errado. Que babaca, fui”.
TV Goyá e B. Central –GO
“Quanto à primeira emissora goiana, nos anos de 1983 e 1984, foram momentos de liberdade,
diversão no trabalho, e financeiramente, vida dura. Mas só boas recordações. Mane, Raquel,
Orfeu, Bordoni, Leleco… tanta gente com talento acima da média. Nos anos de 1995 à 1997,
a emissora-estatal. Fizemos projetos ousados e uma parceria inédita com Galvão Bueno. Só
que, canal do governo não vai longe. Galvão ficou comigo por 8 meses. Não pagaram nem
o hotel, onde Global e leal se hospedava. Em nome da equipe que viveu comigo todo esse
céu e inferno,deixo minha eterna gratidão à bravíssima Graça Torres e ao genro de Galvão, o
Graminho. Também a Lúcia, ex-esposa de Galvão e a filha Letícia, além dos que sofreram com
tudo. Ao Bueno, eterna solidariedade. Especialmente, o dia trágico do incêndio na emissora.
E todos nossos equipamentos técnicos, documentos, provas de denúncias… queimadas!
Nada me convence. Foi politicamente armado. Galvão reconhece até hoje, que dificilmente
uma emissora local fará coisas melhores e mais criativas do que fizemos”. Sobre os últimos
episódios envolvendo a emissora, Vannuci e eu, leia nas páginas 68, 70, e 82.
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Rede Record –SP
“Foram nove meses entre outubro de 1985 e julho de 1986. Tinha um pool projetado para a
Copa do México. Era uma Record abençoada pelo verdadeiro Deus. Amei ser repórter ao lado
de Cyro José, Silvio Luís, Ruy Viotti e outros. Forma minhas primeiras transmissões ao vivo,
em televisão, pela Europa com produção de Toninho Neves. Aprendi muito”.
Rede TV- SP
“Anos de lições, exemplos, herança rara. Tudo começou com Juca Kfouri, que comandava a
mesa redonda, ´Bola na Rede` aos domingos. Como convidado, eu participei 4, 5 vezes. Na
volta das Olimpíadas da Austrália, onde fui transmitir com exclusividade para o rádio brasileiro,
via Rede Nova FM e Rádio K, acabei sendo surpreendido em São Paulo, com proposta para
me fixar na Rede TV, com o Juca na mesa dominical. E comandando um diário esportivo `TV
Esporte`.
Foi um sucesso comercial, com recordes de audiência, até hoje reconhecido pela Rede TV.
Não há o que posso lembrar negativamente. Nem censura. Lá, Juca e eu, batemos muito forte
no Aécinho Neves, e o que ele conseguiu? Apenas direito de resposta. Nada mais. Por ele,
Alberico (solidariedade a mim, na hora dolorosa da violência que sofreu minha ex-esposa em
Goiânia) eu pedi demissão da Rede TV, ao vivo, no dia 2 de julho de 2002. Errei? Sim, foi
o maior erro que cometi na televisão. Não precisava agir assim, no ar, ao vivo. Até porque,
não era isso que eu havia prometido ao Juca Kfouri, na noite anterior. Merdas cagadas não
voltam… Como havia multa de 5 milhões, a Rede TV me segurou fora do ar. Record e Globo
fizeram tudo para a Rede TV me liberar da multa. A Record queria pagar rescisão. Mas só a
Rede Cultura convenceu o presidente Amílcare a permitir que lá trabalhasse sem multas. A
Rede TV tinha suas razões.
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Rede Cultura – SP
“Felizmente, enquanto lá estive, os programas ´Hora de Esporte´e ´Cartão Verde´ alcançaram
índices de audiência que, talvez, jamais serão repetidos. 99% de alegrias. Quanto ao 1%,
só digo o nome desse office boy de gabinetes políticos – jornalista frustado: Marco Antônio
Coelho”.
ESPN- Brasil
“Foram 181 dias de mesas redondas impagáveis. Jantares com recordações e pérolas. Apenas
um dia sem entender o rancor global capaz, até lá, de me atingir. Bati pesado na Globo numa
segunda noite. Cai na terça cedo. Sem queixas. Só saudades. Porque não posso crer que o
motivo tinha sido não agradar ao perfil do assinante, depois de 6 meses. E, sendo eu, quem
mais recebia e-mails na mesa”.
BAND- SP
“Comecei ao vivo em 2 de abril de 2003. Acreditei nas palavras de seus diretores, de que eu
teria liberdade para opinar (sem mudar meu jeito de me indignar) quaisquer pol~emicas do
futebol.
Assim, feliz, segui o casamento. Os programas diários, antes da minha contratação, não
alcançavam a média de 2 pontos de audiência. Em 6 meses, a Band chegou a 4,5,6,7,8 pontos
de média e até 14 pontos de pico, na faixa horária do meio-dia.
Meu programa diário já era o de maior audiência na Band, ao lado do Datena, com share
mínimo de 10 pontos. Comercialmente a emissora não tinha mais espaço de venda, das 11h30
min às 13h. Até camisinha anunciava. Eram 6 breaks enormes de 5 minutos cada. Mesmo eu
contrariando o departamento comercial (que me odiava) por não aceitar fazer merchandising,
como garoto-propaganda. Segundo um dos diretores, eu já havia perdido mais de 1 milhão, em
cachet só para mim”.
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SBT – SP
“Já se vão 16 anos como contratado do Grupo Silvio Santos.
Setembro de 2006, quase fui para outra vida. Transtorno bipolar, placa gordurosa na carótida
e a sequência de tratamento de meu olho direito com descolamento de retina. E mais uma
série de dívidas mensais para pagar, pois estava saindo de salários de 120 mil reais mensais
para 14 mil e 400 reais. Foi uma tragédia. Cheques voltando e desespero total. Todavia nada é
para sempre. Nem o bem, nem o mal. Chegou ao fim a minha dramática depressão sofrida em
quarto do Hospital São Francisco por quase 30 dias. Até que, ao lado do médico Marcus Papa
e da irmã Rosana Zaidan, recebi um telefonema do sobrinho de Sílvio Santos. Era Maurício
Abravanel, diretor do SBT Regionais, dia 25/09/2006.
Desde 2 de outubro de 2006, mantenho contrato com todas as emissoras regionais do SBT,
para apresentação de um programa esportivo diário com duração de 15 minutos. No horário
das 13h15, tem sido mantida audiência superior a Globo no público da faixa etária de 8 até 28
anos, com share de 53%. Conforme sempre falo publicamente minha relação com o Guilherme
Stoliar. O dia que ele sair da emissora, eu também saio.
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De A a Z (Escrito em novembro de 2008)
Pólvura Pura
Quem é Quem
Não falo dos mortos porque não estão aqui para se defender
(Escrito por Jorge Kajuru)
Em 05/11/2008 começo por mim mesmo.
Jorge Kajuru
Confesso: Merdas cagadas não voltam ao rabo, fiz muitas.
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AÉCIO NEVES, governador de Minas Gerais. Esse “Mauricinho” carioca não entendeu
por que escrevi que ele cheira mal. Cara a cara, nos camarins do programa da Hebe…
Lembra? Foi ali que senti. Mau hálito é o melhor anticoncepcional do mundo. Hahaha!
ADRIANE GALISTEU (Apresentadora)
Foi à única mulher capaz de fazer Airton Senna amar. Cresceu profissionalmente dando o que
tem na cabeça e na persistência. Nada mais. Eu a amo.
AMAURI JR. (Colunista Social de TV)
Declarou que Maluf é um príncipe. Também se orgulha de ser jornalista social. Ainda não vi
suas matérias nas favelas. Gosto muito dele porque não é mau caráter como colega.
ANDRES SANCHEZ (Presidente do Corinthians)
Tenho certeza que só mudou a coleira. O cachorro é o mesmo, com uma única diferença: esse
é vira-lata, é novo e está faminto para…
APOLINHO (Comentarista Esportivo)
É criativo e do bem.
ARMINDO ANTÔNIO RANZOLIN (Locutor Esportivo)
Pena que parou. Era dono de uma dicção impecável. Mostrava onde a bola estava. Hoje é
diretor de rádio. É preparado para tudo.
ARNALDO CÉSAR COELHO (Ex-árbitro, Comentarista)
Foi um árbitro inteligente. Comentando é bom demais, até virar personagem do Galvão.
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BOB FERNANDES ( jornalista)
Depois de Cláudio Abramo, demorei muito para admirar outro jornalista de verdade. Até ler,
ouvir e conhecer Bob.
BÔNI (ex-diretor da Globo)
Se estivesse hoje na Globo, certamente a audiência chegaria novamente aos tempos do auge.
SBT ou Record. Quem o contratar como sócio, tem a liderança em 5 anos. Rezo para ser o
Silvio Santos, pois o dinheiro não é sujo.
CARLOS ARTHUR NUZMAN, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro. Aposto: se cada
medalha ganha em Pequim custou R$ 80 milhões, logo, as estatais brasileiras investiram R$ 1
bilhão e 200 milhões nos esportes de competição. Prometo virar lutador de sumô na próxima
olimpíada se houver provas cabais de que a metade dessa fortuna foi realmente parar nos
destinos certos e nas horas certas.
CARLOS A. MONTENEGRO(Ex-dirigente, Dono do Ibope)
Ibope: nem se Deus mandar, eu confio. Cartola: futebol é profissional. Amador, o único que deu
certo foi o Aguiar. Do banco.
CARLOS ALBERTO DE NÓBREGA (Humorista)
Companheiro dos companheiros. Sabe muito, de quase tudo na TV.
CARLOS A. PARREIRA (Treinador de Futebol)
É capaz de engolir qualquer sapo para chegar onde quer. Prefiro o estilo do Felipão. Sobre seu
livro, tudo é propaganda enganosa. PROCON!
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CASAGRANDE (Comentarista)
Um ser humano raro. Desse com quem você tem vontade de passar o dia inteiro. É uma pena
não poder falar tudo o que pensa na Globo.Caio, parece um bonequinho de Olinda, como o seu
substituto. Suas declarações no programa “Altas Horas” foram emocionantes e exemplares, de
um homem com todas as letras maiúsculas.
CHICO ANÍSIO (HUMORISTA)
É quem mais contraria a tola tese de que não existem pessoas insubstituíveis. Chico é. Em
tudo.
CGC ( Programa de Humor)
Tudo tem Marcelo Tas assinando e comandando, sempre brilha. Uma pena estar na Band e
naquele horário.
DANIELA CICARELLI(Modelo e apresentadora)
Dani é honesta e fiel. Como Ronaldo tinha até o rabo blindado, ela ficou como sacana. No
vídeo, ainda é juvenil.
DUNGA (Ex jogador)
Briguei com meus ídolos, mas defendi dentro de campo. Fora? Ta me saindo pior que a
encomenda. Como técnico, ainda é a seleção quem treina. Como futebol é negócio o Brasil vai
perder a copa de 2010 e ganhará 2014 no Brasil.
EDSON MAURO (Locutor Esportivo)
É o único segundo que pode ser o titular em qualquer rádio. Comunica como ninguém e não
grita.
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Eduardo Suplicy (Político)
Não teria paciência para ouvi-lo sobre quaisquer assuntos. Entregaria eternamente um
mandato a ele, mas sem discurso. E nem casaria com ele. Para gozar, deve demorar um
mandato.
ÉMERSON LEÃO (Ex- Goleiro, Treinador de Futebol)
Brinco que nasceu num navio de tão enjoado que é. Mas nasceu com personalidade. Quisesse
fazer média e ser cordeirinho, teria sido titular em mais duas Copas e treinado a Seleção outras
duas.
EURICO MIRANDA (Dirigente)
Podem acreditar. É o melhor inimigo.Te bate de frente, responde. Não te pede grana na justiça.
Por mim, estaria algemado. E incomunicável. Suas últimas palavras de ameaça ao Presidente
Roberto Dinamite e sua proposta de tocar o futebol do Vasco com o risco de rebaixamento,
provam que Eurico é execrável.
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FERNANDO VANUCCI, hoje, é apresentador da Rede TV! Nos tempos da Globo, Vanucci
não emitia notas fiscais para o prefeito de Barueri, nem mantinha relações perigosas com
treinador e presidente de clube. Também não elogiava-não mandava abraços para prefeito-
não levava no programa “Globo Esporte” dois jogadores do time do Barueri numa mesa em
que se discutia a semifinal do último Campeonato Paulista, entre Palmeiras e São Paulo. Ah!
E jamais falaria no ar que o “Arena Barueri” é, disparado, o melhor e mais organizado estádio
do Brasil… Pasmem! Nessa noite, chutei o balde e respondi no ar “Não Vanucci! O Arena
Barueri não é, e nunca será, melhor que o MDB Maracanã…” Até hoje, o mocinho não sacou!
FERNANDO GABEIRA (Político)
Ao contrário do Aécio Neves, ele cheira bem! É do bem e seria o melhor prefeito do Rio. Pena
que o carioca preferiu praia e o feriado. Um dia, nós ainda vamos aprendera votar.
FÁTIMA BERNARDES (Jornalista)
Impecável em tudo. Inclusive no caráter. Dos pés a cabeça, a global é insuperável. E que
pessoa simples.
FAUSTO SILVA (Ex-Jornalista)
Ser humano extraordinário, que felizmente não se perdeu.Ajuda tanta gente do meio, ou fora.
Em todos os sentidos. Não cobra juros, nem propaga. Já o Faustão, no ar, confunde caráter,
com caracteres. Pois todos na Globo, tanto no pessoal quanto no profissional…
Todos são os maiores em caráter e talento. Saudades do perdidos na Noite. Parece que
Faustão não gostou do que escrevi. Realmente não aprendi ser irônico. Sempre enalteci
Faustão como um gênio em comunicação, mas também tenho olhos para os seus erros. A
última pessoa que eu ofenderia, seria o Faustão.
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FELIPÃO (Treinador de Futebol)
Venceu mais, como treinador, porque sabia perder. Hoje ensina como se pode ser grande e
humilde. Coisas podres ao seu redor? Finge, que não vê.
FERNANDO COLLOR (Político)
Reconheço que, no agronegócio e na indústria automobilística, deu Show. Não merece perdão,
muito menos uma vaga no Senado, porque no resto sempre foi um moleque.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (Ex-presidente da República)
Vendeu o país. Comprou 90% da imprensa e nem precisava. Fechou minha ex-rádio. Sobre
a primeira-dama, Dona Ruth, nunca mais teremos uma melhor. Que postura! Até no caso da
global Miriam Dutra (abafado pela imprensa, exceto revista Caros Amigos) e o filho do FHC.
Em tempo pergunto quem é mais prostituta, a mulher que vende seu corpo ou um intelectual,
ex metalúrgico que vendem suas almas? Para mim, são bem mais éticas as putas, que aliás
merecem carteira assinada. E os puteiros deveriam aceitar cartão de crédito e pagar ICMS,
demais impostos, ainda nos fornecendo nota fiscal. Aproveito para lembrar que o presidente do
conselho de ética do nosso congresso brasiliero é dono de um puteiro.
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GALVÃO BUENO (Narrador)
É 100% leal. Morreu abraçado comigo em Goiás. Narrador, nunca mais teremos outro mais
completo que ele. É vaidoso demais. Suas opiniões? Falo ao contrário. Me dou bem. E ele não
me processa, porque sabe me aceitar como eu sou.
GAROTINHO (Político)
Mudo de país no dia em que ele chegar à presidência da República. De inocente, só o nome.
Que também não lhe pertence. Faz um monte de merda, sendo garotinho. Imagine quando
crescer.
GUGU (Apresentador)
Nem brilha, nem reluz. Me trata bem e não me cobra nada. Mas ama um jabá.
HEBE (Apresentadora)
Quando ela fala de Fidel e Guevara, eu OOODEIO!!! Mas amo tanto a Hebe, que acho tudo
uma gracinha! Na televisão, nunca mais haverá uma igual. Sonia Abrão perguntou-me se ela
havia me emprestado dinheiro. Respondi que não. Parece que a Hebe não gostou. Meu amor
continua incondicional.
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INFORMAÇÃO é o nosso esporte. A ESPN Brasil tem exemplos para usar e manter tal slogan.
Agora, a dona Rede Globo ter criado “nosso esporte é torcer pelo Brasil” é caso de PROCON
urgente. Que competência incrível para distorcer fatos e histórias. Em tempo: numa recente
segunda-feira, eu estava relendo Leonel Brizola e revendo o vídeo do “Globo Repórter”
de agosto de 2001, que mostrava e provava tantos crimes de corrupção, lavagem, desvio,
estelionato, sonegação, etc… Era uma folha corrida do poderoso chefão do futebol brasileiro
e da Copa de 2014. Eram tantos documentos irrefutáveis da CPI da CBF/Nike/Futebol e Cia…
Já o livro, trazia páginas inesquecíveis das lutas sociais de Brizola e Darci Ribeiro… Que falta
de educação! Assisti até intervalos comerciais que exibiam a fartura do “Bolsa-Família” hoje
em dia… Mas acabei perdendo a homenagem na ESPN Brasil dos dez anos de vida de seu
singular “Linha de Passe- Mesa Redonda” das segundas-feiras. Consegui na Look/ São Paulo
a cópia do programa. Ter visto que me colocaram como parte daquela família honrada foi como
ganhar um diploma dos meus 30 anos de carreira.
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Jovens talentos na imprensa esportiva. Fico feliz e triste ao mesmo tempo. Os sorrisos vem
por alguns comentaristas, apresentadores e repórteres, que vão se firmando na televisão. Alex
Escobar, Maurício Noriega e os velhos Carsughi e Marco Antônio Rodrigues; os melhores da
SPORTV/Globo.Paulo Vinícios Coelho, João Carlos Albuquerque, André Kfouri e os velhos
Antero Grecco e Paulo Soares, pela ESPN Brasil. Nos canais abertos, vejo menos. Só a
Glenda Kozlowski e o Tadeu Schimidt são acima da média na Globo. Pela Band, o Neto já se
consagrou e o Téo José caminha bem demais. De resto, adoro rir com o Ronaldo da Fiel. Fora
da TV, o roqueiro, a esposa Roberta e os filhos são mais apaixonantes ainda. Deixo registrado
o meu pavor pela voz da Tetê Espíndola na Globo: Cléber Machado está insuportável.
J. HÁWILLA (Empresário Esportivo)
Nasceu para ganhar dinheiro e fazer amizades comerciais, que eu não faria. Me trata
muitíssimo bem e não cobra nada. Se eu fosse Deus, pediria ao Háwilla para provar e me
contar tudo: como faturou tantos milhões até hoje, e quem na FIFA/ CONMEBOL/CBF, foi seu
padrinho. Sua parceria com o Palmeiras deveria se chamar “Pá/ Rabo S.A.”. O empresário fica
com a primeira parte.
Jô Soares (Apresentador)
É o único entrevistador que não depende do entrevistado. Gênio. Dele, tudo se aproveita.
Como Chico Anísio, é insubstituível. Só fiquei bravo com ele, quando tratou Roberto Jefferson
igual ao Eduardo Suplicy. Sua diretora Anne Forlan me telefonou três vezes, acertou e
confirmou minha entrevista no Jô Global, para o dia 02 de Abril de 2008. Não cancelou, mais
seis dias antes, ligou: “Kajuru, aguenta aí que dia 02 agora, não vai dar para te encaixar…eu te
ligo depois”. Até hoje silêncio absoluto. Talvez, as páginas negras mandaram calar até uma voz
pura e “livre” como a de José Eugênio.
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João Carlos Belmonte (Jornalista Esportivo)
Sério. Observador. Foi o melhor repórter de rádio que vi. Atua até hoje pelas rádios do Rio
Grande do Sul.
JOÃO HAVELANGE/JOSEPH BLATER (O Ex e o atual Presidente da FIFA)
Nem Pelé e Coutinho faziam tabelinha mais genial que João e Joseph. Com direito a deixar
o Ricardinho fazer seus golaços… Amei ler Carlos Drumond de Andrade em “A Quadrilha”,
entenderam??? Nas entranhas da Fifa, entre tantos bilhões, será que eles não roubam pelo
menos U$$ 1?
João Gordo (Apresentador)
Casaria com a minha filha, trabalharia na minha emissora e faria o programa do jeito dele, sem
mudar nada.
JOELMIR BETING (Jornalista/ comentarista Econômico)
Antes de entrar no ar, se prepara como poucos. O “merchan” do Bradesco foi bom só para ele.
Economicamente. Errou, mas não lhe diminuiu profissionalmente.
JOSÉ LUÍS DATENA (Jornalista)
Nasceu para ter milhares de inimigos bandidos e no máximo três amigos de verdade.
Comunicador, nenhum outro é mais completo. Mato e morro por ele.
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JUCA KFOURI (Jornalista)
Não existe melhor referência para quem deseja ser jornalista de verdade. Ignorante
de honesto. Escreve como poucos. Na TV, sem minha companhia, ele sofre.(risos)
JÚNIOR (Ex- jogador, Comentarista)
Não vi um lateral esquerdo com talento semelhante. Quase não conheci um jogador de futebol
tão fiel, bem casado e bom pai como ele.
JUVENAL JUVÊNCIO (Presidente do São Paulo)
Sempre fui um cara deísta, mas o Juvenal sabe tudo de bola. Contrata bem. Jogo a jogo. Se
faz coisas “Duallibais”, certamente faz bem escondido. E como faz!
Kaká (Jogador)
Menino puro só fora de campo. Dentro, se impõe em tudo, até no contrato. É craque e não
consigo falar mal dele. Exceto, claro, da sua igreja. É meu ídolo, pastor não.
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Lílian Witte Fibe (Jornalista)
Respeito sua postura dentro e fora dos estúdios. Não faz merchandising. E sabe ancorar
com seriedade. Ela serve para o Jô na Globo, mas não mais, para o telejornalismo. Dá para
entender? É como o Lucas Mendes de Nova York (que até hoje não apareceu repórter tão
genial quanto ele) só servir hoje para canal fechado da Globo.
Luciano do Valle ( Narrador)
Achou que, narrando, era insubstituível. Era, até crescer Galvão Bueno. Mas o que Luciano fez
na televisão (e para o meio) ninguém fará igual. E sua voz é pra narrar até morrer.
Luis Fernando Veríssimo (Escritor)
É impossível definir quem é melhor entre o Érico e o Luiz. Graças a Deus ambos são do
mesmo DNA. E do Brasil.
Lula (Político)
Vou repetir as palavras de 2002, dia 17 de julh0o, quando eu escrevia na Folha de S. Paulo
(vide texto na primeira página deste livro) que já não acreditava mais nesse ex home.
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Marcelo Rossi (Padre)
Se o “bispo” Edir é o pedágio, Marcelo padre é o personal trainning. Amo quem chega a Deus,
sem pagar nenhum intermediário. Aproveito para falar do Papa: adorava, com amor de vovô, o
falecido João Paulo. O atual, nem do nome me lembro. Um Edir católico.
Marília Gabriela (Apresentadora e atriz)
Faz tudo bem feito e com muito tesão. Adoraria fazer amor com o seu cérebro. Na 1ª edição
deste livro, ela me respondeu que seu cérebro-encantado-aceitaria, mas sem compromisso.
Muricy Ramalho (Treinador)
É melhor e não faz mal. Na comparação com os melhores, o Muricy não perde em nada. E
ganha longe na ética e responsabilidade.
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Em maio de 2005, declarei em rede nacional pelo SBT, ao lado da Hebe e Galisteu, que nunca
mais teria orgulho de ser brasileiro. Tudo porque três figurinhas políticas haviam conseguido,
na justiça, bloquear, via on-line, através do Banco Central, 100% do meu rendimento mensal
(na época eram R$186 mil) no SBT.
Meus crimes: o primeiro, denunciei salário ilegal da primeira dama goiana (provas contidas
neste meu livro). O segundo: chamei de preguiçoso e marajá, o ex-presidente do Tribunal de
Justiça de Goiás. Por fim, perdi outro processo cível, por indenização:para alguns, a honra tem
preço. Perdi em última instância processos primários. Num deles, falei que a “Lucianta” não era
inteligente.
Voltemos ao programa emocionante, em que a Hebe chorou, desabafou e declarou ter vontade
de ir embora do Brasil. De minha parte veio um turbilhão de problemas e decepções. Não
consegui recuperar um centavo do que foi bloqueado nos bancos Citibank e Boston. Me
revoltei e chutei todos os baldes. Liguei o botão do “foda-se”. Mandei cheques, dívidas e contas
bancárias pro inferno. Só não prejudiquei amigos e credores do bem, que já receberam, ou
estão por receber (Acácio Turismo, Marco, Tarcísio e Didnei da Coperdisc, mesmo não sendo
eu, o devedor.
Meu sustento é produto da minha cabeça, do meu suor. É a única industria que possuo. Meu
caso não foi de não pagar pensão alimentícia, até porque, filho, jamais botarei neste mundo.
Deixar esse legado seria uma covardia. Assim vou matando o tempo, enquanto ele vai me
enterrando.
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Nélinho
Acima da média para chutar, para argumentar e calar babacas da imprensa. Era muito bom
conviver com ele.
Nelson Piquet (Ex-piloto)
Na pista, foi o melhor que vi. Fora, ao confundo franqueza com antipatia. Seria fácil manter
uma amizade sincera com ele.
Neto-(Ex-jogador, comentarista)
Vinte e quatro horas de lealdade, boas risadas e pura autenticidade. Merece só o bem
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Olga Bongiovani (Apresentadora)
Não tem defeito. Trabalha em qualquer emissora.
Paraolímpíadas. Desde 1988, quando se realizou a paraolimpíada de Seul, na Coréia,
passei a priorizar meu olhar para a eficiência desses atletas, desses seres humanos, desses
verdadeiros “profissionais” da vida.
Pânico no rádio e na TV
O que de melhor apareceu nos últimos tempos. Emílio, líder e criativo; Bola,autêntico e
bom conselheiro; Carlinhos, leal e de raciocínio rápido; Sabrina, graça a pureza; Ceará,
bom demais; Vesgo, sem maldade e sabe o que faz; Amanda, um Kajuru de saia. Carioca e
Vinícius, só do bem. São bons.
Paulo Maluf (Político)
Nenhuma mulher me proporcionou tanto orgasmo quanto ver o Maluf preso e comendo a
quentinha.
Pedro Bial (Jornalista)
Considero Bial um sujeito verdadeiro e amigo. Pecou feio em alguns pontos do livro de Roberto
Marinho. Como jornalista, Bial é o cara. Em tudo.
Pelé (Ex-jogador)
Em Goiás, foi importantíssimo tê-lo como parceiro de uma luta por imprensa livre. Do Pelé,
quem não gostar e não eternizá-lo pode morrer. De inveja.
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Quércia (Político)
Adoraria vê-lo comendo a mesma quentinha do Maluf.
Renata Fan, apresentadora da Band.Ela não tirou o chapéu para mim no falso e falecido “Raul
Gil”. Motivo: só por ter escrito neste livro que a ex-miss não entende de tática de futebol. Oras,
Renatona! Você que não calça e sim, veste 45… tem que entender a complexidade dessa bola.
Tática, não se estuda. Do contrário, Pelé seria o maior comentarista do mundo e de todos os
tempos. Daí, não aceito seu convite para, pessoalmente, discutirmos futebol. Por preferir as de
tamanho 35, faço-lhe uma pequena pergunta: tivesse você o padrão de beleza Soninha (ESPN-
Brasil) estaria fazendo o que na TV? Continue com suas perninhas de fora, seu rabo em
contra-plano e vista cada vez mais as camisas de Band/Record/RedeTV!, onde o lema da boa
fé é o pré-requisito: ”é dando que se recebe”. Parada e Goldschmidt, ex-vice e apresentadora,
são minhas testemunhas. Nem preciso ir nas presidências.
Ratinho (Apresentador)
Foi um dos homens mais leais que conheci na televisão. Depois de Silvio Santos, é disparado o
melhor comunicador de auditório.
Reinaldo (Ex-jogador)
Violentado pelo Moraes e por outras drogas. Foi gênio com o 9 e como gente, é 10.
Ricardo Boechat (Jornalista e Âncora)
Muito bom. Não pipoca, é leal. Só dorme mal quando tem que ler algo patronal.
Ricardo Teixeira (Presidente da CBF)
Sempre conheci tudo a seu respeito. Inclusive, o preço. Não misturo. Gerenciando e tomando
decisões na Seleção, acertou muito mais do que errou. Na copa de 2014, só ele ganhará muita
grana. Rachará, com alguns.
Richarlyson (Jogador)
Não sei se é viado. Mas que tem uma vontade enorme de dar o rabo, disso eu tenho certeza.
Se estiver dando o que é dele, foda-se. O duro é se estivesse pegando o meu emprestado. O
que a Rede Globo fez com ele foi uma sacanegem. Oferecer dinheiro para que o ótimo jogador
assumisse seu sexo no programa “Fantástico” me fez comentar no SBT o seguinte: “Porque
dona Rede Globo, a senhora não oferece cachê para caminhão de artistas viados de amarrar
no pé da cama que a senhora tem nas novelas, entre seus diretores e no jornalismo? Se quiser
eu cito nomes”.
Rui Carlos Osterman (Jornalista)
Seria o comentarista ideal para as transmissões esportivas da Rede Globo. Prefiro dupla
onde haja um jornalista e um ex-jogador. Quando Massa perdeu o título, na F1, vimos a
importância de quem é do ramo, pois foi Burt quem avisou Galvão que o brasileiro ainda podia
ser campeão.
Roberto Dinamite (Dirigente)
Futebol é um prostíbulo. Não tem lugar para virgens. Sugiro que você mostre rapidamente tudo
que o Eurico roubou no Vasco, antes que ele e sua tropa arranquem um homem de bem como
o Bob. E também sua relação, em pouco tempo, com empresários. Tipo Carlos Leite.
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Robinho (Jogador)
Arantes do Nascimento, só se um dia tiver um filho com esse sobrenome. Vai jogar muito mais
do que joga hoje. Mas que estava envolvido com o Naldinho da cabeça ao bolso, isso tava.
Rogério Ceni (Jogador)
Sabe se defender como poucos. Como jornalistas e cartolas não suportam gente que pensa e
fala, talvez ele não chegue à seleção como titular absoluto.
Romário (Jogador)
Ary barroso falava demais e era gênio. Por que o Baixinho aciona a boca, não é respeitado
como deveria? Vou defendê-lo até a morte. E nunca fui à sua casa, nem tomei um chope com
ele.
Ronaldo (Jogador)
Assim como Nelson do Cavaquinho ou Chico Buarque, o fenômeno de fazer gol fala pouco.
Jamais vou esquecer sua lealdade e humildade comigo, quando eu estava fora da grande
mídia. Me dava entrevista na sua casa. É uma injustiça terrível crucificá-lo por 2006 na copa.
Cachaceiro, gordo e ladrão são adjetivos exclusivos para seres da CBF. Sobre os travecos,
que pena! Batom na cueca. Sua entrevista para o Galvão Bueno naquele programa “Bem
Inimigos” foi lamentável. Só agora vir declarar que a preparação da seleção na Copa de 2006
era um circo, vai te catar fenômeno! Nós palhaços tínhamos que saber disso na época, e
você mesmo, ao lado de outros líderes deveriam mandar o Parreira e o Zagalo pro inferno, e
treinarem como treinam em seus clubes europeus.
Ronaldo Gaúcho (Jogador)
Um craque de brilho e simplicidade. No Barcelona é o mais espetacular. Seleção, falta-lhe
personalidade. É mais foca do que craque, e deveria comer as “Marias-chuteiras”, quando era
novo, não agora depois de velho virar puteiro.
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Silvio Santos (Apresentador)
Antes de entrar no ar, também dá aula a todos do meio.
Conversa com a platéia, ri, faz graça e anima. Vai pro ar, grava. E não erra uma vez sequer.
Quando fiz seu novo programa “Nada Além da Verdade”, nunca o vi rindo tanto. Eu ganhei 100
paus, sem mentir nenhuma das 100 perguntas. Falei de todo mundo e Silvio só mandou cortar
a parte que o chamei de fanfarrão…Ele não viu e nem sabe do filme “Tropa de Elite”.
Trairagem. Luciano do Valle, narrador e comissionário de todos os portos. Abominável senhor
das galinhas. Bati pesado nos adjetivos. Errei, mas não menti em nada. Desde o condomínio
do “principado” de Vinhedo até a fortuna que mama nas tetas dos palácios pernambucanos,
apenas por publicidade…ops! sabujices pelas ondas da Band. Neto e Godoy só estão
engolindo esse sapão, em nome de muitos filhos.
Tostão (ex-jogador, comentarista)
Se parece muito com o Sócrates em caráter e jeito de viver. Feliz de quem pode conviver com
Tostão.
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Vanderlei Luxemburgo (Treinador)
Minha filha, jamais casaria com ele. Dinheiro, não deixaria em sua mão. Só para treinar
qualquer time, é um dos melhores.
Veja (Revista Semanal)
Quanto ao jornalismo investigativo, deixo minha admiração. Na capa, faz mais negócio do que
jornalismo. Se acham que Che Guevara foi assassino, então vejo o que é, o que fez Bush,
aliás, patrão intocável dos Cívita.
Xuxa (Apresentadora de TV)
Depois dizem que o Pelé não ajudou as criancinhas! Um produto nada mais. Não uso.
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Willian Bonner (Jornalista)
No ar, sabe ancorar como poucos, mas também joga de acordo com as cabeças dos Marinhos.
Um cordeirinho global. 100% Homer Simpsons, é ele. Orangotango branco que lê notícias.
Willy Gonser (Locutor Esportivo)
Em 1980 eu atuava como repórter de campo da Rádio Itatiaia Minas. Fazia questão de chamá-
lo como o mais completo locutor esportivo do Brasil. Hoje, não me arrependo. O alemão é
também muito culto.
Zagallo (Treinador)
Não questiono sua história como jogador e treinador. Como homem, fez pactos. Daí, Médici o
que lobo não deve ter feito em 1970!?
Zebrinha! Milton Neves foi ao programa Daniela Cicarelli na Band e disparou a me elogiar. E
até me desejou muita saúde. Na boa. O mesmo a ele. Inclusive na doença de hemorróida.
Zebrona! Gênio em tudo, educado como poucos, Jô Soares recebeu, em dezembro de
2007, meu primeiro livro. Pediu à sua editora, também finíssima, Anne Furlan, para me
ligar…Agradeceu o livro e disse que o Jô queria me entrevistar logo na volta das férias.
Março de 2008, primeira semana de novos convidados, Anne me liga 8 vezes. Confirma dia e
hora da gravação. Vem três horas depois, o nono telefonema, em que me alega agenda cheia
e que, mais na frente, remarcaria porque queria muito a minha presença. Deixo claro que só
me dá orgulho ser entrevistado pelo Jô, como já fui duas vezes. Jô Soares é muito maior do
que a Rede Globo. Juro que pensei que, após este livro, eu fosse virar satanás apenas da
Record. Plim! PLim!
Zebraça! Mesmo sendo desafeto dos Civita/editora Abril, a MTV me proporcionou a melhor
entrevista que concedi nesses 30 anos. Só podia ser quem? João Gordo visita minha casa
e, por 3 horas, me tirou todas…Nunca falei tanto e quase nada foi editado. Nem sobre a
única auditoria que eu seria condenado! Ou seja, no quesito mulher, eu só não traí em
nenhum momento quatro delas: Sandra, Paula, Márcia e Isabela. A maioria das outras
dez, sei que houve traição. Me usaram. Eu também as usei. Zero a zero. Tudo pago!
Zico (Ex-jogador, treinador de futebol)
Tem uma cara só. Me respeitou e tratou com carinho quando eu estava no SBT e antes, vacas
magras, na TV Goya. Pelo que jogou, jamais será esquecido. Se tivesse ganho uma Copa,
então…
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“Sou orgulhosamente preso à minha história. Diante deste mundo descartável, de seres
previsíveis, sou feliz demais. Arrepender?De nada. Trinta anos atrás, eu sabia qual era o
caminho mais fácil de ficar rico e chegar onde quisesse na profissão. Escolhi o mais difícil. Que
prazer me espelhar na banda boa. Já aos 18 anos, ser tratado como filho, afilhado ou amigo
de João Saldanha, Telê Santana, Juca Kfouri, Sócrates, Datena, Paulo Henrique, Valadão,
Quartier, Rosana, Frateschi, etc. E, mais tarde, por Tostão, Trajano, Mário Magalhães, Ivan
Lins, etc.
Para Flaubert, um homem podia ser bem definido pelos inimigos que faz, em função de sua
postura no trabalho. Eu acrescento o privilégio que é também saber escolhes seus amigos.
Eu sempre soube. Aos jovens, não aconselho o mesmo. Até hoje gastei R$ 1.156.820,00
com bons advogados. E ainda devo quase R$ 300.000,00 aos ótimos José Carlos Dias, Aldo
Campos e Thais Gasparian. Tudo que fiz e falei, não retiro nada. Os erros que cometi, já pedi
desculpas publicamente. E pedirei, quantas vezes forem necessárias. O que sou (alma), o
que penso (cabeça) e o que sinto (coração), tem validade até a morte. Minha carreira, sem
mutilar, capitular, na mesma direção. Para quem pensa que todos tem preço, tente me comprar
e leve gravador! Confirmo que nunca votei. Pago multas, quando preciso apresentar o título
de eleitor. Impostos? Só pago em dezenas de parcelas e vou negociando cada vez mais. Não
aprendo respeitar governantes que me desrespeitam como cidadão. Nem tenho orgulho de
ser brasileiro. Amo, de coração, o povo brasileiro. Verdadeiros artistas que superam toda a
indignação, com felicidade pura. Pedem pouco dessa vida e, esse pouco, a vida vai dando!
Creio ter falado tudo. Ah!,sobre Deus. Sou apaixonadíssimo por ele, como um ser superior a
tudo. Até porque, se um maluco como eu, existo…logo Deus existe! Queixa? Apenas uma. Ele
podia ter me dado mais 10 centímetros…Vinícius de Morais reclamou com razão.
E, se você me considera como referência , por favor, esqueça.
Faça-me a gentileza de esperar mais uns 20 anos. Estou com 47. Com 67 vividos, se
permanecer pensando rigorosamente assim, como hoje (2008), aí sim, você poderá me
admirar. Por enquanto, é prematuro.
E se eu o decepcionar amanhã? E ser mais um, de tantos picaretas da imprensa que fazem
tipo, personagens de várias éticas? Para mim, ética é uma só. No ar, fora do ar, na vida
pessoal e na profissional.
Não existe ambigüidade. A vergonha, a fé de saber cair e não desistir, a palavra e a leitura são
as únicas heranças que Zezinho padeiro e Dona Zezé, meus deixaram. Com Ivan Lins, aprendi
que um homem vem e diz: ´Pronto…perdi a esperança´. Deus vem, e responde:
´Perdi um homem´. Talento? Telê Santana avisou: seja competente no que você fizer e
sempre haverá espaço e trabalho, por mais que lhe faltem. Livros? João Saldanha me deixou:
nenhuma faculdade te dará mais sabedoria do que eles. Assim aprendi lendo Jorge Luís
Borges que, antes de ir a qualquer coisa, primeiro, eu vou aos livros. E principalmente, que o
esquecimento é a única vingança e o único perdão. Fui a Sêneca entender que a vida é curta,
mas a arte de viver é longa.
Ás vezes, até ouso discordar. Do melhor deles, por exemplo, Fernando Pessoa, porque eu
pedi muito pouco dessa vida e, esse pouco, ela me deu em dobro. Eternizo Neruda, porque
realmente a vida é um empréstimo de ossos. Ninguém leva nada de seu. O belo foi aprender
não se saciar da alegria e nem da tristeza. Ah! Meu hino é de Rui Barbosa: á mim pouco se
me dá que êmolas claudiquem. O que me apraz, é a cicatralas. Entenderam? Não! Pouco
me importa se a mula manca. Eu quero é contestar, me divertir e rosetar´. Não me acovardes
diante de tuas ações! Não as rejeites logo depois de tê-las feito! O remorso de consciência é
indecente. Valeu Nietzsche!
Com o Erasmo (Que alguns coleguinhas acham que é “o Tremendão”) eu fecho a conta: A
loucura é a única coisa que torna a vida suportável “.
Jorge Kajuru
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Última Página do livro Condenado a Falar
Inspirações e Agradecimentos
Datena e família
Ao Datena, muito obrigado por existir e ter feito o que já fez pela minha vida. Perdão pelo
abacaxi que você pegou em Goiás, mas prejuízo não te darei. Se você, meu irmão, e seus
filhos perderem um só centavo nessa rádio, por favor usufrua já, antes da minha morte, daquilo
que já lhe deixei em vida, registrado em cartório da cidade de Cajuru/SP. Ou seja, os 67% da
boa e valiosa área (56.000m²) na avenida perimetral de Goiânia. No mínimo, vale o preço atual
da rádio 730 AM. É o que me resta para oferecer a você Datena, único amigo que impediu
minha falência moral e financeira, em 2003, quando comprou a Rádio K e suas dívidas.
Enquanto eu viver, confio cegamente na palavra dada pelo Datena. No dia que ele achar justo
me passar algumas parte dos 67%, saiba meu irmão, que eu não mereço mais do que 20%,
valor justo em função de tudo aqui escrito.
Na página seguinte, cópia do que registrei em cartório em caso de minha morte.
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E agora, as últimas páginas negras deste livro
A fita. O vídeo.
Se você viu, vai ver de novo e não esquecer jamais.
Se você não viu em 2001, significa que você vai ver agora e ficará estarrecido.
Vendo esse vídeo que eu garimpei e achei, você passará a entender o quanto o futebol é muito
mais sujo do que você imaginava. O quanto tem gente poderosa da imprensa que se envolve
ou se vende. Você vai ver homens do futebol que antes eram pobres, falidos ou estelionatários,
mas depois que viraram dirigentes de futebol, clubes ou confederações, acumularam (para não
dizer assaltaram) fortunas inacreditáveis.
Esse vídeo desmoraliza tanto que, desde 2001, nunca mais ninguém ousou reapresentar um
minuto sequer desse documentário e nem dizer uma só palavra sobre o escândalo, que tem
duração de 40 minutos.
Já estou exibindo no SBT Regional, em seis partes.
Mas já está definitivamente no ar, em meu site: www.tvkajuru.com, 24 horas por dia, este vídeo
que sete anos atrás, a Rede Globo mostrou em seu “Globo Repórter Especial”.
Nota: Vou precisar muito da ajuda de todos vocês.
A CBF, os senhores Ricardo Teixeira e Eurico Miranda, além de todo restante da tropa, podem
entrar na justiça e impedir a exibição desse vídeo. Como essa ação demorará alguns dias, há
tempo suficiente de centenas de vocês gravarem ou baixarem no site os 40 minutos desse
vídeo e depois esparramá-lo, distribuí-lo e reapresentá-lo quantas vezes desejarem. Afinal,
é muito mais fácil processar e calar um Jorge Kajuru, do que centenas de vocês, juntos e
documentados. Esclareço que muito mais forte do que minha antiga antipatia para coisas
globais, aqui só tenho a finalidade de relembrar e ressuscitar, 7 anos depois, que não existem
ex-ladrões no futebol brasileiro. Que eles são os mesmos. Hoje, até com poderes de serem
donos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Assim, qualquer rede de televisão, neste jogo bilionário, infelizmente, também aceitaria fazer
gol contra em jornalismo esportivo.
Acessem: www.tvkajuru.com
Vídeo secreto
Para aqueles que não sabem
O futebol movimenta mais de 250 bilhões de dólares por ano, no mundo inteiro. Tal afirmação
não é minha, nem corresponde aos dias de hoje.
Leia, a seguir, os trechos principais do que falou à Revista Veja, nas páginas amarelas, em
1999, o empresário Jota Háwilla.
Antes, conheça um pouco desse ex-repórter de rádio de São José do Rio Preto:
Jota Háwilla chegou a São Paulo e foi trabalhar como repórter e comentarista da Rádio Globo,
TV Globo e TV Record. Após participar de uma greve, foi demitido e nunca mais atuou nessa
profissão. Eis que, meses depois, surgiu como dono de agência de publicidade (com mais
dois sócios) e também vendedor de placas de publicidade de alguns estádios de futebol como
Maracanã Morumbi, Mineirão, entre outros.
O negócio cresceu a tal ponto que Jota Háwilla virou dono dos horários esportivos diários e
dominicais na Rede Bandeirantes de Televisão, contratando centenas de profissionais.
Háwilla já era sócio de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, entidade máxima do futebol
brasileiro. Daí passou a ser dono absoluto dos direitos de transmissões, sons e imagens de
todos os campeonatos sul-americanos, inclusive Taça Libertadores da América, Copa América,
Copa das Confederações, Copa Sul-Americana e as Eliminatórias Sul Américas das Copas do
Mundo. Nos dias de hoje, janeiro de 2008, Háwilla e sua Traffic são parceiras do Palmeiras.
Sua entrevista para a Veja em 1999
Veja: Sobre as parcerias de empresas estrangeiras como Hicks, Muse, no Corinthians?
Háwilla: Uma revolução. Excelente. Nunca aconteceu nada melhor no futebol brasileiro. Será
a solução de todos os problemas do Corinthians. Será construído um estádio multiuso para 45
mil lugares.
Veja outras declarações do empresário-sócio de Ricardo Teixeira:
“A FIFA estima que o futebol mundial movimenta 250 bilhões de dólares por ano. Fala-se que
o Brasil é responsável por uns 3 bilhões de dólares anuais. Mas o futebol no Brasil ainda é um
atraso dentro e fora de campo. O presidente da AFA (associação de Futebol da Argentina), um
dos dirigentes mais influentes do mundo, costuma dizer o seguinte: ´no dia em que o futebol
brasileiro se organizar, todos nós, em qualquer campeonato, vamos disputar o segundo lugar´”.
Essas são algumas pérolas ditas em 1999 à Revista Veja pelo maior comissionário de negócios
do futebol brasileiro, que em 1998 havia faturado 100 milhões de reais e que já calculava o
triplo de faturamento para o ano seguinte.
Nota: caso você tenha interesse, acesse meu site (www.tvkajuru.com) e leia mais sobre essa
entrevista. Saiba tudo sobre Jota Háwilla após 1998. Sua milionária comissão no contrato da
CBF-NIKE e como se tornou o maior sócio de emissoras afiliadas da Rede Globo no Estado de
São Paulo.
Em tempo: aproveito para cumprimentar o jornalista Carlos Maranhão, da escola Kfouri Placar
e Playboy, que entrevistou Háwilla para a Veja. E jamais posso esquecer que o empresário
declarou ao jornalista Maranhão que, na fatia bilionária do futebol, os jogadores (únicos artistas
do espetáculo) são os que ficam com a menor parte.
E só mais esta última perguntinha feita nas amarelas da Veja:
Veja: Futebol na televisão é um evento jornalístico ou um show?
Háwilla: É um show. Um programa de entretenimento.
Então vamos ao show. O show dos bilhões roubados. Pelo menos foi a minha conclusão
após assistir ao programa Globo Repórter no dia 7 de agosto de 2001, pela Rede Globo de
Televisão.
Curiosamente, o vídeo se tornou secreto ou arquivo morto para quem investiu tanto nessa
investigação, muito bem iniciada e descoberta pela CPI do Congresso.
Espero que você tire sua conclusão.
Abertura do Globo Repórter
Agosto de 2001, 22h20 min
Com a voz ensaiada do jornalista Alexandre Garcia:
“No programa dessa noite você vai saber até onde chegaram as investigações da CPI sobre a
CBF. Dirigentes aumentando os próprios salários, deixando cada vez maiores os prejuízos e
as dívidas da entidade que comanda o nosso futebol. Paraísos fiscais, contratos milionários e a
incrível história dos homens que mandam no esporte maior. O nosso melhor futebol ainda está
longe. E as causas podem ser muito além dos gramados.
Antes da sequência, algumas observações necessárias para o entendimento de muitos
Nem das melhores novelas da Globo usou tanto os seus recursos técnicos e arquivos gerais. O
que você vê nos 42 minutos desse vídeo (à sua disposição no meu site, www.tvkajuru.com ou
em meu programa diário, 13h15 min às 13h30 min, ao vivo pelo SBT Regional, interior de São
Paulo) é estarrecedor.
Neste livro você vai ter oportunidade de ler os principais trechos. Por motivos óbvios não
transcrevi a íntegra, pois talvez este seja o único livro ao preço de 1 real.
Esse vídeo do Globo Repórter mostra, na primeira parte do programa, tudo o que há de
melhor nas ilhas de edição e criação da emissora platinada. Claro que toda essa investigação
jornalística, digna do caso “Watergate” só foi possível graças ao trabalho oficialmente capaz
e autorizado judicialmente (como escutas telefônicas, dados reais da Receita Federal, Banco
Central e muito mais) pela boa equipe de parlamentares da CPI do Congresso-enalteço Silvio
Torres, Geraldo Althof, Jurandil Juarez e a bancada que gostava da bola. Não de bola. Não
esqueçamos que, somente a CPI do Senado foi aprovada por unanimidade, 13×0. Na Câmara,
os deputados bem pagos e agraciados em suas campanhas por Ricardo Teixeira, boicotaram a
aprovação.
Enfim, sem esses serviços, a Rede Globo não reuniria elementos tão fundamentados e
documentados para exibir um programa com aquela eficiência jornalística e cinematográfica.
Sim, porque você ouvirá vozes embargadas e poéticas dos repórteres, textos teatrais, fundos
musicais, trilhas de James Bond, Havaí 5.0, Sherlock Holmes…
Recordo-me que a Globo usou 90% das informações da CPI do Senado porque, já na época,
não acreditava tanto na isenção do “comunista” Aldo Rebello. Tiro certo.
Os negócios globais com o futebol, comandados por Marcelo Campos Pinto, Telmo Zanini e
time durante os meses de maio, junho e julho de 2001, fizeram de tudo para impedir aquele
Globo Repórter, que já estava prontinho. Pinto garantiu ao Ricardo Teixeira que nada iria pro
ar.
Tolinhos! Foi para o ar sim, por ordens exclusivas do filho mais idealista, João Roberto
Marinho, no dia 7 de agosto de 2001. A casa caiu. Mas, infelizmente, a casa caiu somente por
uma noite. Depois daquele Globo Repórter, nunca mais a Globo e suas empresas voltaram ao
caso. Até hoje, nada mais se denunciou na CBF. O dono do futebol brasileiro parece ter virado
santo, um ex-ladrão ou o primeiro renegado. Os crimes foram prescritos, talvez.
Causa principal: Teriam sido os direitos exclusivos, de imagens e sons, dos campeonatos no
Brasil, até 2008, e mais Taça Libertadores da América, Copa Sul Americana, Copa América
e, em especial, as Copas do Mundo de 2006, 2010 e 2014 (logo aqui, o Brasil como sede).
Todo esse pacotão exclusivo para uma só rede de televisão? Ou nada disso aconteceu. É fruto
apenas da minha imaginação?
Que você mesmo conclua daqui pra frente, pois volto a falar desse vídeo do Globo Repórter
que, certamente, a “poderosa” jamais imaginou vê-lo novamente, ainda mais nas mãos de um
jornalista para representá-lo e colocá-lo novamente em discussão.
Sequência
(Após a abertura acima transcrita)
Vem a primeira parte com reportagens de Tino Marcos. Toda a matéria foi macabramente
elaborada para fazer o torcedor chorar pela amarelinha em virtude do que estavam fazendo
com ela. Convidados estratégicos quase comiam a camisa…E por aí foram imagens antigas,
saudosas, depoimentos emocionados…
Segunda Parte: As denúncias
Agora o bicho pegou!
Volta do intervalo comercial:
Alexandre Garcia: “Nos gabinetes, longe da torcida, qual é a jogada de nossos dirigentes.
Nossos repórteres vão mostrar como o dinheiro do futebol brasileiro passeia por paraísos
fiscais. Exclusivo no Globo Repórter. As revelações secretas da CPI do Futebol. A investigação
oficial. Porque a CBF tem prejuízo, apesar do milionário contrato com a NIKE…(sobre
tenebroso som musical)
Repórter Marcelo Resende:
“A investigação oficial começou com a leitura desse documento do Conselho Federal de
Contabilidade. Uma análise das contas da CBF, mostra que a confederação vem gastando
pouco mais de 30% do que arrecada com o futebol. 70% dos gastos com funcionários, diretoria
e encargos. Mais de 54 milhões só no ano passado (2000). Nos últimos seis anos a entidade
teve a maior arrecadação de seus 85 anos de vida.
Quase 200 milhões. Apesar disso, a CBF está no vermelho. O prejuízo acumulado de quase 25
milhões”.
“A CPI analisa com rigor a gestão do presidente Ricardo Teixeira. Antes de assinado o
bilionário contrato da CBF com a NIKE, empresa de material esportivo, por 160 milhões de
dólares, a CBF dava lucro. Cerca de 4 milhões”.
(Lembrem-se que desses 160, havia a comissão de 10 a 20% para as mãos de Jota Háwilla,
aqui citado e descrito).
“Em 97, o dinheiro do patrocínio começou a entrar. E o prejuízo também começou. 14 milhões.
Em 98, mais dinheiro, mais prejuízo. 16 milhões”.
“A CBF aumentava salários de seus diretores. De 97 para 98 passou de 5 para 18 milhões.
Como mostra o imposto de renda de Ricardo Teixeira, salários triplicaram após a chegada da
NIKE. A CBF gasta com diretores, 241 mil por mês. O principal beneficiário é o tio de Ricardo,
o secretário Marco Antônio Teixeira. No ano passado (2000) o tio recebeu 507 mil e o sobrinho,
418 mil”.
“Nilton Teixeira, outro parente do presidente, também recebeu dinheiro do futebol, via CBF,
para a sua campanha de vereador de Piraí, Estado do Rio. E outros candidatos foram
presenteados com doações de campanha. Mais dinheiro em contas particulares. Ariberto
Pereira Filho, tesoureiro da CBF, salário de 3mil, apareceu com dois cheques de 43 mil em sua
conta.
Dirigentes das federações não ficaram de fora. 100 mil foram parar na conta de Wilson da
Silveira, mas 74 mil não ficaram no caixa da entidade goiana.
Foram para a conta de Jaime Ferreira, assessor de Wilson, o presidente, 40 mil, para a
federação do Amazonas, foram parar na conta de uma revendedora de carro (Braga Veículos).
Só em 98 os auxílios individuais atingiram mais de 5 milhões. E as despesas de viagens
saltaram de 731 mil, em 96, para mais de 2 milhões e 300 mil em 98. As refeições eram, a
maioria, feitas no restaurante do presidente, o El Turfe Rio. O Tribunal de Contas da União
investigou Vagner José Abraão, amigo de Ricardo Teixeira, dono da Agência Planeta Brasil,
que faturou da CBF mais de 31 milhões em 1 ano. Esse montante é suficiente para levar, ida
e volta para a Europa, os 11 mil jogadores profissionais que atuam no Brasil. Ainda sobrariam
6 mil passagens. A CBF também pegou empréstimos no exterior. Foram 6, totalizando 60
milhões. Os juros foram pagos antecipadamente, mas parte desse dinheiro não entrou no
Brasil, como manda a lei. Quase 20 milhões pagos em juros”.
“A CPI, a Receita Federal e o Banco Central estão investigando os empréstimos da CBF. Já se
apurou que o americano Delta Bank fez 52 empréstimos a brasileiros, todavia só a CBF, dos
52, pagou juros antecipados”.
“E mais revelações: a CBF foi a única a pagar juros acima de 13%”.
“Em um empréstimo contraído pela confederação brasileira, os juros foram de 43,57%. O Delta
Bank pertence ao brasileiro Abílio Faria. Foram 100% de juros em 9 meses.
www.tvkajuru.com
“A CPI, vendo o dinheiro do futebol brasileiro nas mãos da CBF indo parar nos paraísos fiscais,
decidiu, então, contratar uma empresa especializada em investigação financeira”.
Resultados Assustadores e Criminosos
Interpretação de Jorge Kajuru
Seqüência do Globo Repórter de forma resumida
(A íntegra desse vídeo, sem cortes está no www.tvkajuru.com clicando Vídeo secreto)
A-A investigação foi perfeita. Revelou os negócios do presidente Ricardo Teixeira envolvendo
três empresas em paraísos fiscais, onde a lei manda manter no mais absoluto sigilo o nome dos
investidores.
B-Chegaram as 5 declarações de imposto de renda de Teixeira. Casa de luxo em condomínio
em Miami; apartamentos milionários no Rio; casa suntuosa em Búzios; barco, lancha e mais 6
carros importados.
C-Descobre-se que SWAP, corretora de câmbio, recebeu mais de 1 milhão de reais como
intermediária dos empréstimos no exterior.
Agora vem o pior
Comprova-se uma terceira empresa de Ricardo Teixeira em paraíso fiscal. É a SANUD
ESTABLISSMENT, instalada no fechadíssimo principado de Liechtenstein, entre Áustria e a
Suíça.
Parece filme de Al Capone
Pois é rigorosamente essa SANUD a empresa que é dona de mais de 50% do patrimônio
pessoal de Ricardo Teixeira.
Como assim???
É essa empresa que controla 97% das ações da principal firma do presidente da CBF, a
RLJ Participações. É dona até da casa onde ele mora, no Rio. Seu irmão, Guilherme, era o
representante brasileiro da empresa no Brasil.
E hoje, quem é???
Hoje, não é mais o irmão. E, sim, o responsável por este CPF: 036.949.177-72, que é Ricardo
Teixeira. Quanto às suas empresas, ele faz questão de apresentar balanços à Receita, dando
conta de que elas dão prejuízo.
As duas denúncias mais graves e inacreditáveis ainda estão por vir. Aguarde!
40 milhões de dólares. Foi esse o valor do contrato milionário da Cervejaria AMBEV com
Ricardo Teixeira, via CBF.
Quem foi o intermediário?
Renato Tirabosch, amigo pessoal de Ricardo Teixeira e seu sócio no bar-restaurante CHOPP
2001, no Rio. Foi ele quem embolsou 8 milhões de dólares de comissão.
A penúltima jogada de craque pode ser interpretada como quiserem…
Piada? Cara de pau? Ou uma quadrilha?
Pasmem! Mas Ricardo Teixeira também fez empréstimos pessoais no exterior. Junto ao Banco
Real, de Nova Iorque, o presidente, na qualidade de dono do restaurante carioca El Turfe,
tomou 2 milhões e 500 mil dólares.
Essa nem eu acreditei. Mas é verdade. A CPI achou estranho, mas as provas exibem data
de 26 de setembro de 1996. Simplesmente o Banco Real do Rio recebeu uma mensagem do
Banco Real de Nova Iorque afirmando que, se o empréstimo de 2 milhões e 500 mil dólares
não fosse pago, não seria preciso ressarcir a filial americana. Ou seja, o banco não queria
receber a dívida. HAHAHAHA!!!
www.tvkajuru.com
Quer a última? Então vem uma jogada que nem Pelé conseguiu fazer
Em 1994 o patrimônio declarado do SR. Ricardo Teixeira (já estava no comando da CBF
desde 1989) era de 3 milhões. Pois bem. No mercado de capitais, o mineiro, falido antes de
entrar na CBF com sua Minas Investimentos e devendo para todo mundo em Belo Horizonte,
passou a ser o gênio do ramo. Desde 1995 até 2001, Ricardo Teixeira, sempre genro de João
Havelange, pai de filho batizado com o nome João Havelange neto, foi um vencedor: ganhou
mais de 6 milhões em seis meses. E só perdeu menos de 300 mil.
Agora, o gol que Pelé não fez e nem um outro fará igual
Anote aí!!!
R$ 2.355.607.000,00
Confirmo: Dois bilhões, trezentos e cinqüenta e cinco milhões e seiscentos e sete mil reais…
Foi este o montante e o valor que o Sr.Ricardo Teixeira havia movimentado em ações no
mercado de capitais.
O Globo Repórter desse dia 7 de agosto de 2001, assim terminou:
Alexandre Garcia: “O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não quis falar sobre as denúncias
e sobre o seu patrimônio, apesar de procurado com insistência pela nossa equipe. Os demais
citados também não quiseram falar”.
Depois disso, o programa encerrou com a volta do repórter Tino Marcos e seu poético texto (ou
terá sido de Pedro Bial?) com a vitória da seleção brasileira nas eliminatórias da Copa de 2002,
em jogo realizado na capital gaúcha.
Para concluir, reafirmo que estará à sua disposição os 100% desse vídeo do Globo Repórter,
com 42 minutos de duração, em meu site, para você assistir na tela do seu computador.
Acesse: www.tvkajuru.com e clique Vídeo Secreto.
Permitam-se deixar registrado um número de perguntas com ponto de interrogação, que tem a
ver com essa escumalha da classe de dirigentes esportivos brasileiros, em especial, o chefe da
quadrilha.
Poderiam ser 171 perguntas, mas deixo somente 7:
1- Por que (exceto 3 jornais e meia dúzia de jornalistas em mídias menores) a imprensa
brasileira não seguiu esse criminoso vespeiro de provas? Por que não deu seqüência?
2- Estariam pensando que os denunciados e aqui desmoralizados (pelo vídeo) nunca mais
voltariam a roubar, cometer irregularidades com dinheiro alheio? Seriam, no caso, os primeiros
ex-ladrões da história?
3- Por que é que, quase um ano depois de todo esse escândalo mostrado e provado, dentro do
ônibus da Seleção Brasileira, após o penta mundial, uma repórter da Globo, ao vivo, chamou
Ricardo Teixeira de doutor, deu os parabéns pelo título de 2002 entre outras bajulações?
4- Por que, após ter desvendado toda corrupção no futebol brasileiro naquele agosto de 2001,
nunca mais nenhum veículo-órgão das Organizações Globo, sequer abordou, nem de
passagem, tal caso?
5- Ricardo Teixeira ajudou decisivamente a Rede Globo junto ao poder maior do futebol, a
FIFA, usou de seu “prestígio” para com o sogro (embora já tenha se divorciado há anos) João
Havelange, presidente de honra da entidade, e também diretamente com Joseph Blatter, o
presidente máximo. Tudo para reduzir os valores devidos pela emissora em relação aos direitos
exclusivos de sons e imagens das transmissões das Copas do Mundo de 2006, 2010 e até de
2014, por “coincidência” tendo o Brasil como sede. Claro, além de manter a exclusividade e o
monopólio dos campeonatos no Brasil, na América do Sul e dos jogos da Seleção Brasileira.
Por que será?
6- Por que o SR. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, então o maior denunciado desse
programa, dessa roubalheira, não resolveu processar, como faz habitualmente, por motivos
ínfimos, com jornalistas (como Juca Kfouri mais de 50 vezes, Walter Mattos, Rodrigo Mattos e
este que escreve).Por que não processou a Globo pelo Globo Repórter, e seus repórteres que
atuaram no programa?
7- E o presidente Lula, que em 2002 acompanhou todas essas investigações, denúncias e o
programa Globo Repórter, mostrando-se indignado. Logo com sua maior paixão, o futebol
(única matéria que ele sabe, pouco, mas sabe) sendo assaltado. Por que então o presidente
não fez e não faz nada? E nem sensibilizou sua bancada no Congresso para sar seqüência ao
trabalho da CPI durante o governo FHC. Por quê? Por que o SR. Passou a caminhar de mãos
dadas com Ricardo Teixeira? Por quê?
Record de Pecados Mortais
Tudo em nome do Edir
A fé que move montanhas. De bilhões de dólares.
1989
Os Grupos Silvio Santos e Paulo Machado de Carvalho vendem a Rede Record de televisão.
Valor: 45 milhões de dólares. Comprador-laranja: o empresário Laprovita Vieira do PPB/ Rio de
Janeiro. Verdadeiros compradores: o bispo Edir Macedo Bezerra e sua esposa Ester Bezerra,
são os donos desde 20 de março de 1990, conforme consta oficialmente no Ministério das
Comunicações.
Lavagem Cerebral
Quem faz doações (dízimos) para a Igreja Universal do Reino de Deus, tem consciência que o
dinheiro vai para os bolsos do “bispo” e que ele pode gastar 45 milhões de dólares na compra
de um canal de televisão. Com direito a não registrar tamanho patrimônio em nome da IURD,
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A história do jornalista Jorge Kajuru e sua luta contra a corrupção em Goiás

  • 1. Livro Condenado a Falar Página 01 Livro Condenado a Falar – Jorge Kajuru Leia por aqui última edição do meu livro Condenado a Falar (Escrevi em novembro de 2008, mas acrescentei opiniões em dezembro de 2009) Sobre o presidente Lula, antes de ser eleito. Quase 6 anos atrás na Folha de São Paulo Folha de São Paulo, 17 de julho de 2002 Até tu Lula Jorge Kajuru Especial para a Folha Me realizo ao amar sem medo de quebrar a cara, e abraçar causas até o fim. Mas, morro ao me decepcionar com quem admiro. E, com Lula, não está sendo fácil. Jamais pela política em si, pois jogo no time dos anarquistas. Mas por constatar que ele mentiu! No último artigo, relatei telefonemas elogios de políticos ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira, após o penta. Citei rato bigodudo, tucano arrogante e excluí sapo barbudo. Tirei Lula do bolo após seu desmentido: “Isso é uma calhordice, nunca falei com o Ricardo”. Falou, sim. Se o parabenizou pela volta por cima, não importa. Admito que só o Serra foi honesto ao confirmar a ligação.
  • 2. Fui nocauteado e invejo a relação fiel de grandes homens e cães, como Carlos Heitor Cony e Mila, Fernando Barbosa Lima e Sony.Buscarei um quatro patas para confiar. PT saudações. www.tvkajuru.com Página 2 Prefácio – 1ª Edição Por Juca Kfouri O que você lerá aqui aconteceu no século passado e continua a acontecer neste e lembra a longínqua Inquisição e a bem mais próxima ditadura militar, que assolou o país nos últimos anos 60 e 70. O que você lerá aqui, fartamente documentado, é a luta de um jornalista que parece não ser deste século, nem do passado e nem do anterior; a luta de um romântico que se imola em praça pública, que abre o peito para levar balas e estocadas, quem sabe ser impotente para enfrentar forças tão maiores, mais que, mesmo assim, não desiste, trava o bom combate, apesar de saber que protagoniza um filme no qual o mocinho morre no fim. Jorge Kajuru é o Dom Quixote de Goiás, que fez de sua Rádio K o Sancho Pança, na batalha contra moinhos de vento bem concretos, dois governos sucessivos e adversários entre si- um do PMDB, com Marconi Perillo. Atenção, poderosos: o personagem de Cervantes aqui é tratado como merece, como um herói em busca da justiça e da liberdade e não como um ator de ópera bufa. Como diz o genial Ariano Suassuna, “ser Quixote é uma qualidade”.Quem procura fazer dele algo caricato é a sociedade apodrecida, tão bem retratada nas páginas que seguem. Ao deixar seu testemunho, Jorge kajuru dá, mais uma vez, a cara a tapa, para que os goianos o julguem. Ao expor a sucessão derrotas que o levaram a sepultar seu casamento, a perder seu patrimônio e a responder a uma série interminável de processos, Kajuru emerge vitorioso pelo simples fato de ter mantido fiel aos seus próprios propósitos públicos e às suas idéias, algumas vezes manifestados de maneira caótica; muitos, com a voz do coração e não da cabeça;todos, com profundidade, honestidade e santa indignação. Chances de capitular ele teve diversas. Propostas para sair de rico da guerra não faltaram. Mas Kajuru, tal como um Darci Ribeiro, preferiu orgulhar-se de suas derrotas, à custo do bolso, do corpo que fraquejou, do coração despedaçado, do equilíbrio às vezes precário. Jorge Kajuru tem a coragem dos que tem medo e a intuição de que a vitória não precisa, necessariamente, ser comemorada em vida. É a história que dirá o nome do mocinho e dos bandidos. E a história está a seu lado no embate travado contra pusilâmines e covardes. Não houve nenhuma pessoa próxima a Kajuru que não lhe tenha dito, pelo menos uma vez, para largar tudo, vender a emissora, tratar da vida num centro maior, como São Paulo, deixar fluir seu incomensurável poder de comunicação e alargar seus horizontes. Houve momentos em que até pareceu que Kajuru concordaria. Só pareceu. Neste libelo recheado, por um lado, de atitudes dignas e, de outro, de torpezas quase inverossímeis, eis que emerge não só a face miserável do poder exercido de maneira arbitrária, desonesta e corrupta, em nome de interesses pessoais e inconfessáveis, vem à tona, ainda, o papel nefasto, comprometido, calhordamente interesseiro de veículos nacionais de informação. Felizmente, Jorge Kajuru sobreviveu para contar essa história. Por sorte e habilidade, não teve o fim de tantos jornalistas de centros menores, pelo Brasil afora, que acabaram vítimas de pistoleiros de aluguel. Seu testemunho, porém, está longe de se esgotar nos limites do estado de Goiás. O teor de suas denúncias tem o condão de espalhar vergonha pelo país inteiro, do Palácio do Planalto, passando pelo Ministério das Comunicações e por algumas redações do eixo Rio-São Paulo. Porque, de fayo, é de fazer corar a constatação de que alguém venha lutando sozinho e, há tanto tempo, contra o dragão da maldade. Mas Quixote não desiste e Sancho não se cala para fazer ranger os dentes dos moinhos de vento. E é aí que mora o
  • 3. perigo para os coronéis, para os oligarcas, para os corruptos. Há vozes que não se calam jamais. Juca Kfouri, jornalista da Folha de São Paulo, Rádio CBN e ESPN. Esse depoimento foi dado quando Kajuru decidiu lançar o “Dossiê K”. www.tvkajuru.com Página 03 1978, Jornal “O Diário” Ribeirão Preto Um ex-hóspede da Globo agora quer fazer rádio para todo Brasil Jorge Reis, plantão esportivo, 17 anos, viveu a incrível experiência de “morar” na Rádio Globo. O mundo que ele descobriu está aqui, narrado na primeira pessoa. Desde menino, anunciando músicas no serviço de auto-falantes Cajuruense de Antônio Marques, a potência musical da cidade. Saí de Cajuru, vim para Ribeirão Preto, consegui me profissionalizar. Mas não bastava. Eu queria mais: São Paulo, com ídolos mágicos, astros de salários milionários, as grandes equipes esportivas do Brasil. O rádio está no meu sangue. O sonho que me persegue: meu nome famoso, Jorge Reis no cenário brasileiro. Então eu fui para lá e fiquei uns meses. Cheguei em agosto. Fui de carona, só com a bolsa a tiracolo e a roupa do corpo, sem nenhum documento. Foi numa quarta-feira.Era meia-noite quando o Marquinho Moura, programador da Renascença, me disse que ia para São Paulo dali a pouco. Eu tinha acabado de fazer o plantão de jornada esportiva. Sem avisar ninguém, sem serviço acertado, eu fui. Cheguei às seis da manhã, com chuva. Fui direto para a Rádio Globo. Era a primeira vez que eu ia a São Paulo. E assim que eu cheguei em frente a Rádio Globo, fui assaltado por um trombadinha. Tinha $ 600, na minha bolsa, seis notas de cem. Foram-se. Fiquei duro, morrendo de fome, porque de noite não tinha comido nem sanduíche. Olhei para a calçada da Rua das Palmeiras e só vi aquele monte de gente se empurrando. Mas não tinha nada não. Apesar do frio na barriga, da sensação de fome e de medo, eu sabia que ia encontrar o Osmar Santos. Ele tinha vindo a Ribeirão, tinha se tornado meu amigo. Osmar Santos, o craque, o bamba, tinha que me ajudar. Era muito cedo ainda, mas subi as escadas. Levi um susto enorme: o que vi foi uma sala monstruosa, dez vezes maior que qualquer redação de jornal de Ribeirão Preto. Era a Rádio Globo, onde funciona o departamento de jornalismo, junto com o de esportes. Era mesa que não acabava mais. Depois eu iria saber que lá funcionava tudo à base de Telex, mil agências, UPI, France-Press. E muitos jornalistas especializados. Fiquei sabendo também que Osmar Santos, o meu ídolo, só havia sido contratado para forçar uma audiência maior. A Globo, por sistema, não gosta muito de futebol. Em 69, uma experiência parecida foi feita com a contratação de Pedro Luiz. E não deu certo. E depois tem o detalhe que se comenta por lá, que audiência mesmo tem o Fiore Gillioti. O Osmar Santos que é artista conquista a faixa mais jovem. E eu queria entrar na equipe. Não havia sido convidado, Mas o Osmar Santos, muito simpático, me havia deixado supor que isso seria possível. Quando eu cheguei, bem cedo, só tinha lá um técnico, que eu já conhecia de telefonemas que fazia, de Ribeirão. Era o Alberto Pastri, de Monte Alto, muito boa gente. Como eu estava com muito sono, ele me disse para me esticar no carpete, ali mesmo no estúdio. Deitei, mas não consegui dormir. O tempo todo eu ficava pensando que podia de repente entrar algum artista famoso. E fui me lembrar logo do Tarcísio Meira. Mas, ao meio-dia, quando eu estava assim cochilando, quem entrou foi o Marcus Baby Duraes. Reconheci logo, tratei de cumprimentar e ir me levantando. Tratei de ir para a redação, no esporte. E estava lá o Edson Scatamacchia, ex-Jornal da Tarde editor do Globo Esportivo, coordenador de toda a equipe: cinco repórteres, incluindo o Juarez Soares, dois plantões, quatro narradores e quatro comentaristas. Cheguei, já falei com o Scatamacchia,
  • 4. que me recebeu muito bem. A uma hora chegou o Osmar Santos, muito bem vestido, panca de astro mesmo, bolsa a tiracolo e melhor estilo. Osmar é solteiro e sabe viver a vida. Estica noitadas nas boates, vive em altas rodas. É um bon-vivant, no melhor estilo. Foi ele que pós pôs o irmão, Oscar Ulisses, também de Marília, lá dentro: hoje ele é terceiro narrador. Mas quando Osmar Santos, chegou não pude falar com ele. Fui direto para o estúdio, participar do programa de Durães. Fui atrás, bati o vidro na cara da técnica, ele me reconheceu na hora: - “E olha quem está chegando, meu amigo Cajuru, de Ribeirão Preto…” Quando acabou o programa, ele me cumprimentou e me abraçou. Mas não consegui falar com ele. Estava com muita pressa. Resultado: assei o dia todo com o pessoal do Esporte. Eram umas três da tarde quando o Carlos Almar, segundo comentarista, pediu que eu fosse buscar um sanduíche e um refrigerante para ele, no bar ao lado. Eu ainda não tinha comido. Estava morrendo de fome. Com o troco que sobrou $7 consegui comer uma coxinha.Não deu nem pra tomar Coca. Depois, o Ovídio Nascimento, plantão, que já me conhecia, também por telefone, me pagou uma feijoada. Foi a primeira vez que comi bem em São Paulo. E não será a última. Dormi na Rádio mesmo. Posso dizer que eu fui hóspede da Globo. No dia seguinte, o Osmar Santos, me disse que não tinham verba para me contratar. E me consolou. , contando que aos 20 anos tinha sido obrigado a voltar para Marília, porque também não havia conseguido um contrato na Rádio Gazeta. Mas eu estava decidido a não voltar. Passei um mês na Globo, como se estivesse trabalhando, esperando uma chance. Enquanto isso, tentava outras emissoras, como a Gazeta. Mas lá, o salárioera na base de Ribeirão: $1.500. Tentei na Tupi, o quadro já estava completo. Aí apareceu a chance da Rádio Capital. Foi uma coisa de louco falar com Hélio Ribeiro, diretor geral, na sala toda carpetada da Praça da República, secretária bonita. Esperei três horas para conversar três minutos. E Hélio Ribeiro me disse: - “Vou fazer de você o melhor plantão de São Paulo”. Isso porque o Walker Blás, de Ribeirão, que trabalha lá como noticiarista já tinha me recomendado para ele. No dia seguinte, o Alfredo Orlando me disse que eu estava contratado por $5 mil. Aí tive tirar todos os documentos para ser registrado em carteira. Consegui. Agora vou para Goiânia com J.Jr., trabalhar com plantão na Rádio Brasil Central. E já fiz um pacto com ele, que não pára muito em lugar nenhum: onde ele for, vou junto. Também quero correr o Brasil, conhecer tudo, ficar conhecido. Eu, Jorge Reis, 17 anos, ainda vou ser muito famoso. Osmar Santos ainda vai ouvir falar de mim”. www.tvkajuru.com Pág 04
  • 5. www.tvkajuru.com Página 05 Dezembro de 1997 Palavras de Galvão Bueno, quem lá compareceu “Era uma vez um garoto que nasceu em Cajuru, perto de Ribeirão Preto. Humilde, de família simples, mas carregado de talento, de inteligência e, acima de tudo, de emoção, jorrava coragem, com um coração forte, que luta por seus companheiros, por seus funcionários e, acima de tudo por seus ideais. E hoje dá, e isso é importante, um enorme presente à Goiânia e a Goiás: uma rádio como dificilmente vai se encontrar no país, na sua estrutura, na sua
  • 6. instalação, na sua capacidade técnica, nas pessoas que se unem a ele para fazerem uma rádio forte, audacioso, honesto, corajoso, combativo e, eu tenho certeza, vitorioso. Mas, dentro dessa rádio, existe arte, sua vontade, que lutam conta tudo e contra todos e que tem o apoio claro dos amigos, dos anunciantes, formando essa corrente forte porque a Rádio K do Brasil não é rádio de um empresário que herdou uma herança ou que usou a rádio para fazer política. É a rádio de um profissional, de um menino humilde, que passou pela rádio, pela televisão, que chegou a Goiânia e hoje realiza seu sonho, que não é só dele, é de todos nós. Que Deus o abençoe, Kajuru, e a todos nós”. Declaração de Galvão Bueno, 01/12/97 www.tvkajuru.com Página 06 Página 07
  • 7. Página 08 Ronaldo Fenômeno, jogador “Eu até gostaria de ser um jornalista, um dia. Mas só se fosse um jornalista como você, Kajuru. Que falasse o que você fala. Que questionasse e buscasse tudo, como você. Eu gosto do seu estilo de apresentar programas. Para entrevistar, você é a maior fera. Então, assim eu gostaria de ser”. Nota: Todas essas declarações foram dadas espontaneamente, nas Redes TV, Band e SBT. Ronaldo, por exemplo, falou bem depois da denúncia bombástica que Kajuru fez, envolvendo seu nome. Em tempo: Deixo claro que seus elogios foram feitos após minha reportagem e descoberta sobre 98. www.tvkajuru.com Página 09 Página 10 A verdade sobre as perseguições implacáveis sofridas pela Rádio K e por Jorge Kajuru Resumo das principais páginas do primeiro livro do Kajuru, preso e proibido em Goiás, outubro de 2002 Corrupção e Truculência de 1986 a 2002 Governos PMDB/PSDB Tudo aqui escrito e carimbado, como gravado, fica à disposição de todo cidadão que desejar a cópia das gravações e também a cópia de todos os documentos, que se tornaram públicos, desde setembro de 2002, quando Kajuru lançou seu primeiro livro, o “Dossiê K”, censurado em Goiás. Conforme nota publicada, a seguir, pelo jornal Folha de São Paulo na época. Até estudantes da Universidade Federal foram presos e agredidos, só por terem e mãos esse livro que, em resumo, você poderá saborear pela primeira vez, sem censura.
  • 8. www.tvkajuru.com Página 11 Meu 1° livro foi preso e proibido Folha de São Paulo, 2002 Giro pelo país Goiás PMs invadem campus da UFG Policiais militares de Goiânia invadiram ontem o Campus 2 da UFG (Universidade Federal de Goiás) para recolher exemplares do livro “Dossiê K”, do jornalista Jorge Kajuru, que estavam sendo distribuídos por alunos. Houve um início de tumulto quando os policiais tentavam retirar os exemplares. No último sábado, o TER-GO (Tribunal Regional Eleitoral) concedeu liminar favorável ao governador Marconi Perillo (PSDB), candidato à reeleição, proibindo a impressão e circulação do livro no Estado até o fim do processo eleitoral. Um mandato prevê a busca e apreensão da publicação que traz denúncias contra o tucano. A rádio K, também do jornalista, foi tirada do ar por oito dias. Ontem, os livros estavam sendo repassados por integrantes do PSTU a estudantes da UFG. Cerca de cem alunos, segundo professores, estavam no local no momento em que os policiais chegaram. www.tvkajuru.com Página 12
  • 9. Página 13 1998 Kajuru denuncia na Rádio K o Caso Caixego (Aqui, por meio desta carta- fonte- recebida, Kajuru começou a desvendar o escândalo) No decorrer da campanha de 98, cerca de 18 PMs, praças e cinco oficiais, que eram lotados no Gabinete Militar, (Palácio) foram designados para fazerem a segurança do candidato Dr.Iris. No dia em que desapareceu os cinco milhões do BEG, o capitão Welington de Urzeda Mota, compôs duas guarnições de três elementos cada, para segundo ele fazerem uma missão “cavernosa” para o DR. Machado , tal missão e buscar determinada quantia em dinheiro.Partiram em dois Ômegas lotados, um de cor vinho que ia na frente com o CAP URZEDA, Cabo Jesus e Soldado Esteves, e outro Ômega de cor azul que ia na escola atrás. Partiriam do comitê central na Av.Paranaíba e conduziriam o numerário até a Stilus do Hamilton Carneiro na Serrinha, antes de partir o Capitão da reserva José Carlos da Silva, que também fazia parte da segurança da campanha, recebeu uma ligação do Dr. Edvaldo do Beg acertando detalhes. (Sobre o capitão Carlos, vale informar que na época em que o Dr. Íris, sofreu aquele acidente da campanha de 1982, ele era sargento e fazia a sua segurança, sendo ele o responsável por tirar o Dr. Íris das ferragens, dada a essa ação ele foi promovido por ato de bravura, cumprindo o restante de seu tempo sempre ao lado do Governador, aposentou- se e foi admitido nos quadros do BEG, através de decreto do Dr. Íris, trabalhava lá ao lado do Sr. Quito, também funcionário do BEG. O jornal “O Popular” informou em uma de suas edições passadas, cerca de 15 dias atrás, o mapa de ligações do Dr. Edvaldo no dia do saque milionário, segundo o referido jornal, através de dados fornecidos pela Telegoiás, o Dr. Edvaldo fez várias ligações: Para o Otoniel, para Fulano de tal e afirmou também O Popular que… Nota: a quem possa interessar, disponibilizamos o complemento desta carta enviada.
  • 10. www.tvkajuru.com Página 14 Página 15 E agora é nacional Abril 2000 A revista Veja publica, na edição do dia 19 de abril, com detalhes, a denúncia da Rádio K sobre os salários ilegais e imorais da primeira-dama. Com o título “Evita goiana”, dona Valéria Perillo teve a coragem, em entrevista à Veja, de responder: “Eu também tenho de cuidar das minhas filhas, que não contam com a presença constante do pai”. Após essa justificativa pelos salários de primeira-dama, Veja definiu como um caso único de maternidade remunerada no país. Goiás Evita Goiana Por Vladimir Netto Com vocês, a primeira-dama Valéria Perigo, ops, Perillo Terceiro Mundo que se preza tem de ter primeira-dama.E primeira-dama que ofusque o marido, não importa o cargo que ocupe.Foi assim na Argentina de Evita Perón, nas Alagoas de Denilma Bulhões, na São Paulo de Nicéa Pitta. A melhor maneira de uma primeira-dama aparecer é criar encrenca – de preferência uma bem grande, que exponha o marido ao ridículo.É o que anda fazendo a senhora Valéria Perillo, esposa do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB. Por causa de suas travessuras, o povo até já apelidou de Valéria Perigo.É mesmo uma trajetória e tanto. Antes de se tornar primeira-dama, ela foi manicure de um salão de beleza e bancária. Nos últimos anos ganhava a vida como secretária da Assembléia Legislativa do Estado, sinecurinha que lhe dava um salário de 700 reais líquidos. Mas foi só o maridão assumir o governo de Goiás que a vida de Valéria se transformou.
  • 11. A primeira mudança apareceu no contracheque. Marconi assinou um decreto e a mágica apareceu: Valéria passou a ganhar uma gratificação mensal de 3500 reais. Para fazer o quê? Exercer o cargo de primeira-dama, ora bolas. “Eu também tenho de cuidar de minhas filhas, que não contam com a presença constante do pai”, justificou Valéria a Veja. É um caso único de maternidade remunerada. Há ainda outras originalidades na história de Evita de Goiás. Animada com a nova função, a primeira-dama alimenta o sonho de virar deputada federal. Sua estratégia é um primor do marketing caboclo. Valéria mandou fazer uma “foto oficial” de si própria, do mesmo tamanho da do marido, e mandou três cópias para cada um dos 251 municípios de Goiás. Acompanhava as fotos a orientação para que fossem afixadas no gabinete do prefeito, na presidência da Câmara Municipal e na sala da primeira- dama de cada cidade. O Ministério Público, é claro, não gostou da presepada e está investigando o caso. Quer saber que história é essa de primeira-dama ser paga para ser primeira dama – e mãe – e de onde saiu o dinheiro para fazer as tais “fotos oficiais” de Valéria. Questão esta, aliás que poderia constar do Programa Show do Milhão, dado o seu grau de complexidade. Por via das dúvidas, a primeira-dama está dizendo que não tem nada a ver com isso, muito pelo contrário. Confusão armada, Marconi Perillo deu ordem para que as fotos fossem recolhidas. “Aqui não tem culto à personalidade”, afirmou ele. Valéria agora sabe quem é que manda no palácio. Veja, 19 de abril, 2000. www.tvkajuru.com Página 16 Janeiro de 2001 No dia 3, o Jornal O Globo repercutiu,em nota publicada pelo jornalista Ricardo Boechat, que a suspensão de 30 dias aplicada a Rádio K, foi a mais longa punição da história do Brasil. Terminou a nota de O Globo com a seguinte definição: “Nem a ditadura fez igual”.
  • 12. www.tvkajuru.com Página 17 A Rádio K denuncia relatório do Ministério Público, que revela: o dinheiro que o governo Marconi arrecada com infrações de trânsito não está sendo aplicado na educação de motoristas e pedestres, conforme manda o Código Nacional de Trânsito. O escândalo é maior ainda ao se constatar que esse dinheiro está sendo usado em shows sertanejos. Na Assembléia, os deputados estaduais fizeram intensa discussão em relação aos gastos milionários do governador, em cachês para cantores sertanejos. Um dos deputados aliados a Marconi, delegado Rosiron Wayne, soltou uma preciosidade em plenário: “O governador está certo, o povo precisa desse tipo de show, e essas músicas sertanejas servem para conciliar casais”. Vale a pena repetir “O governador está certo, o povo precisa desse tipo de show, e essas músicas sertanejas servem para conciliar casais”. Página extraída do livro Dossiê K www.tvkajuru.com Página 18
  • 13. Página 19 Soube em 2005 Maio de 2005. O irmão-mãe Datena me relata com bastante calma, o que ele veio a saber (sigilosamente) durante dois dias que passou em Goiânia, num sítio alugado para feriado de fim de semana. Quem salvou minha vida em outubro de 2002 foi um tenente da polícia goiana. Nessa época eu lançava meu primeiro livro “Dossiê K”, em plena eleição para o governo do estado de Goiás. Conforme provas e informações contidas nesse livro, vivi dias parecidos com os tempos de Hitler quando se queimavam livros em praça pública. Eu morava no centro de Goiânia, hotel Kananxuê Park, apartamento 401, com sala, banheiro e meu quarto. Saraiva e Gilson, meus seguranças, “dormiam” na sala. Minha morte estava encomendada e planejada para essa noite de segunda-feira. Para minha sorte comandava a equipe de segurança do hotel, contratada pela dona Sônia Moraes. Um senhor de cabelos grisalhos, 46 anos, exatamente o tenente da polícia goiana. Por volta das 00:26 horas, 4 colegas do tenente chegaram pela garagem subterrânea do hotel. Não tiveram constrangimento de poupar o tenente que não sabia de nada, mas estava de plantão na recepção. Graças a Deus e a esse tenente, os 4 contratados para me apagar, obedeceram as ordens e as seguintes palavras do superior: “ O Kajuru é o único homem que nos defendeu nas horas que brigamos, por salários, com o poderoso. Eu não vou permitir que vocês façam esse serviço sujo…”. Em junho de 2008, fui a Goiânia lançar a segunda edição deste livro no Shopping Bougaville. O melhor amigo do tenente aqui mencionado, ficou uma hora na fila. Quando chegou até mim confirmou que foi ele mesmo quem contou toda essa triste história ao Datena. Fiz uma dedicatória especial e merecedora de meu livro para que esse amigo entregasse na mão do
  • 14. tenente que um dia conhecerei pessoalmente. Seu amigo começou a ler e chorou na frente de todos ali presentes. www.tvkajuru.com Página 20 Grana sem limites Julho de 2001 A mando do governador, um grupo de empresários goianos procura Kajuru em São Paulo e tenta, mais uma vez, comprar a Rádio K. Para se preservar, em forma de minuta de contrato. A proposta foi curiosa e inusitada: 1) envolvendo as áreas já pertencentes a Rádio K e que ficariam para Kajuru, os valores financeiros da proposta chegavam a 8 milhões de reais; 2) os compradores ainda assumiriam todas as dívidas existentes com quaisquer credores, inclusive de origem trabalhista, tributária ou previdenciária, declaradas ou não; 3) queriam comprar, em definitivo, a Rádio (100%), mas não abriam mão de continuar usando, no mínimo por seis meses, as marcas “K” e “Feras do Kajuru”. 4) e a parte inusitada: a cláusula sétima do contrato de compra assegurava a Kajuru, pelo período de três anos, a contar da data da venda, o direito de recompra das ações (99,34%) pelo mesmo valor do presente instrumento, corrigido pelo IGPM. No parágrafo primeiro desta cláusula, Kajuru poderia recomprar a Rádio três anos depois, pagando apenas 500 mil reais de entrada e o restante em cinquenta parcelas iguais e sucessivas; será que eles deixariam, com Marconi reeleito? 5) Kajuru fez a contraproposta de que fecharia o negócio desde que pudesse revelar todas as cláusulas no ar e que o jornalismo da emissora fosse comandado por Marcelo Rezende, em substituição a Kajuru, que, por sua vez, ficaria apenas na programação esportiva. Moral da história: o grupo de empresários nunca mais falou sobre o assunto. Kajuru mostrou essa proposta aos amigos Juca Kfouri e Juarez Soares. Jorcelino Braga foi testemunha do recebimento da proposta pessoalmente em São Paulo na agência FTPI, ao lado do Sr. Rivas Rezende e da advogada dele, Dra. Fátima. Juca que é ignorante de tão honesto, me surpreendeu pedindo para que eu vendesse logo essa rádio, porque era muito sofrimento de todos os que se envolviam na minha causa. www.tvkajuru.com
  • 15. Página 21 Kajuru entrevista Heloisa Helena (Senadora, SBT e TV Alphaville, 2005) Kajuru- Senadora, como alguém pode crer na inocência do Presidente Lula? Heloísa Helena- Ninguém agiu sozinho, eu nunca compartilhei com a visão elitista e preconceituosa de que o Lula é um fraco, acovardado e incompetente. Não é, ninguém chega a condição de maior liderança popular da América Latina, se ele não estiver preparado. E quando ele começou a dizer que toda essa vergonhice de dinheiro, de mala preta, essas coisas todas era para pagar campanha, eu digo: Mas eu sou uma mulher abençoada. Por quê? Porque nós fomos expulsos nos meses de glória. Kajuru- Quer dizer que você quer acreditar no Roberto Jefferson, naquilo que ele fala? Heloísa Helena – Em algumas coisas. Kajuru- Que no PT as pessoas não tem palavra? Heloísa Helena- Ai, olha, mas no caso do Zé Dirceu, eu não gosto de ficar falando muito não, nomeando as pessoas, sabe? Mas assim, é Zé Dirceu, é o tipo de adversário que olha no seu olho, diz, eu vou lhe aniquilar, então eu acho que é um adversário melhor. E você sabe a arma que ele vai usar e você também. O Lula já é mais assim, tem o estratozema que ele diz assim: mel na boca e beliz no coração, ele abraça na frente e manda alguém lhe esfaquear nas costas. Kajuru- Nossa Senhora! Heloísa Helena- Então é um tipo, eles são diferentes, mas atuam absolutamente juntos, entendeu? Hoje eu não posso dizer que não foi um grande esquemão, conduzido pelo Presidente da República e pela cúpula palaciana do PT, eu não posso porque o esquema de
  • 16. alta complexidade para ser montado, não se monta por uma pessoa sozinha. Eles instalaram no caso específico dos Correios, uma verdadeira guerra de gangues partidárias que, por sua vez, fraudavam desde o processo de instrução do edital de licitação, fraudavam a licitação e a execução contratual, os aditivos e os empresários apaniguados pelas gangues partidárias e pelo Palácio do Planalto, eles pagavam dinheiro, pagavam, que por sua vez distribuíam em forma de mensalão e outras formas mais. Você ta entendendo, não tem nada ainda, então o que eles faziam, não tem como acreditar, como alguém chega. É muita gente envolvida. www.tvkajuru.com Página 22 Folha de São Paulo dá espaço para Kajuru se defender na pág.3 Opinião não é crime Jorge Kajuru Eu sou aquele cara da TV, gordo, feio e que anda meio infeliz. Sou também um cara “bocudo”, freqüentemente exagerado, que pesa nos adjetivos, mas, isso é essencial, que jamais fez uma acusação sem estar respaldado por provas documentais. E é por isso que quero sua atenção para o que vou relatar aqui sobre o processo que redundou em minha condenação a 18 meses de prisão em regime aberto, dormindo em albergue, pela justiça de Goiás-condenação que foi suspensa liminarmente pelo STJ até que se julgue o mérito do pedido de anulação da sentença. Condenação, é importante que se diga, fruto também do descuido de um advogado, que perdeu o prazo para minha última defesa em Goiás. Mas imagine que o governo de São Paulo tivesse feito um acordo com os clubes de futebol paulista para reduzir o preço dos ingressos nos estádios em promoção que envolvesse troca por notas fiscais. Que, em seguida, todos os temas ligados ao campeonato fossem decididos em palácio. Que o novo presidente da Liga dos Clubes fosse um dos coordenadores financeiros da última campanha eleitoral que elegeu o governador. Que, do acordo, resultasse a venda, com exclusividade, para um canal de TV por cinco anos. Que, no primeiro ano, os clubes não recebessem um tostão e, nos quatro seguintes, recebessem muito menos do que contratos semelhantes pagam aos participantes de outros campeonatos estaduais. Que outras emissoras tentassem entrar na concorrência, oferecendo valores até cinco vezes maiores e o governo os recusasse, sem que os clubes pudessem reagir. Daí, uma rádio bota o imbróglio no ar porque, digamos, o Corinthians reagiu ao saber que em outros Estados há acordos infinitamente melhores. Reação em vão, porque tudo já estava decidido, até mesmo que o governo paulista seria o patrocinador das transmissões-em nome do próprio governo, não de alguma estatal. O que você faria se fosse jornalista? Estranharia, denunciaria ou ficaria calado? Pois é. Eu estranhei, documentei e denunciei. Dizem que sou polêmico e encrenqueiro. Devo mesmo ser e não discutirei com a imagem que existe a mau respeito. Mas sei que louco eu não sou e jamais entraria numa briga com o governo goiano e com a principal empresa de comunicação de Goiás, a Jaime Câmara, se não pudesse provar o que levei ao ar e que resultou no processo movido pela segunda. Quem vive em São Paulo não imagina até que ponto sobrevivem em outras regiões algumas práticas políticas que normalmente são atribuídas ao velho coronelismo. Pressões, ameaças, estrangulamento financeiro-vale tudo. E é por isso que quero ser julgado pelo que é substantivo-não por adjetivos que possa
  • 17. ter cometido no calor de um programa de rádio, feito ao vivo e movido por autêntica indignação. E o substantivo está fartamente documentado, como você poderá verificar em www.observatoriodaimprensa.com.br, artifício de que me utilizo aqui para não cansar o leitor com as minúcias de um contrato que nada tem de ficção. É realidade pura e dramática sobre a promiscuidade que caracteriza o tripé, no caso, governo/mídia/futebol. Lá está o contato do governo de Goiás, que, no ano em questão (2001)-imediatamente anterior ao da campanha eleitoral-, segundo números oficiais do Tribunal de Contas do Estado, gastou mais com propaganda que os governos de São Paulo e Rio de Janeiro juntos: precisamente: R$ 79.981.491,24. Pasmem! Quase R$ 80 milhões. Mais da metade com a Jaime Câmara. Leia e tente não ficar estarrecido, sem se esquecer de que sou jornalista esportivo, ou seja, quem tem tudo a ver com o meu ofício. Em resumo, um contrato que repassa aos clubes míseros R$ 200 mil anuais em quatro de seus cinco anos de vigência (no primeiro não repassa nada) e tão leonino que não dá margem a nenhum respiro. Diferentemente do contrato feito na mesma época pela Federação Catarinense de Futebol com outra afiliada da Globo, a RBS, cujo valor atingiu R$ 2,3 milhões já no primeiro ano. Ora, a missão principal do jornalista é fiscalizar o poder e cabe à Justiça não inibir o exercício da crítica e da opinião-ao contrário. Além do mais, estivesse eu sendo acusado de ter mentido, não tenha dúvida de que a condenação teria vindo antes e da própria opinião pública, além dos veículos sérios de comunicação, que não me concederiam espaço nem emprego. Mas não. Fui condenado por ter chamado a empresa de “oportunista”, e reitero meu desafio para que ela mostre que menti. Porque não há pior pena para um jornalista do que a perda da credibilidade e, neste episódio, por contraditório que pareça, a minha só fez aumentar, tanto entre os pares que respeito como, fundamentalmente, nas ruas. Resta dizer que estou confiante no que os ministros do STJ decidirão, não só porque acredito na Justiça como porque, agora tenho como defensor um advogado com as qualidades do ex- ministro da Justiça, José Carlos Dias. Além do mais, quero crer que a concessão do hábeas-corpus pelo ministro Arnaldo Esteves Lima significa a demonstração de que algum equívoco houve em minha condenação. Jorge Kajuru, 44, jornalista, é comentarista dos programas “Fora do ar”, pelo SBT, e “Linha de Passe”, pela ESPN Brasil. www.tvkajuru.com Página 23
  • 18. Página 24 Matéria Os mais polêmicos da história Cidade da cidade, do Rio de Janeiro. Olavo é daquela figuras carimbadas do polemismo anticomunista a toda prova. Autoproclamando-se “inspetor da saúde mental dos intelectuais brasileiros”, não se cansa de atirar no Departamento de Filosofia da Usp. Tem uma legião de sôfregos seguidores, todos eles acreditando que a grande imprensa brasileira faz parte de um grande complô das esquerdas. Frusta-se, no entanto, quando algumas de suas polêmicas, detonadas pelos seus longos artigos na imprensa e pelas apostilas dos seus cursos, não tem a ressonância que esperava. Ainda mais agora que foi demitido de O Globo, jornal para o qual colaborava. O controversista que se preze não pode deixar de provar tudo o que afirma. Tem a ver também com a independência de grupos, partidos políticos e, muitas vezes, não gostar de ver o circo pegando fogo, mas, forçado pelas circunstâncias, se ver obrigado a colocar o dedo na ferida. O veneno nos nossos dias Geralmente os polemistas não temem retaliações, nem se tornarem “malditos”. Muitas vezes, essas línguas afiadas dizem estar a serviço da população, e salientam seu papel pedagógico. Para o crítico literário Fábio Lucas, o que as movia em fins do século XIX e começo do XX era a defesa de honra. “Depois, era a verdade. Hoje, o fetiche é o salário, é o mercado”, ressalta. O amor à verdade é a bússola. E não só a vaidade pessoal ferida. “Jornalista tem que ser encrenqueiro e cri-cri, fazer o contrário do que a maioria massacrante faz. Não tem que ser baba-ovo”, recomenda Kajuru. “Nunca quis agradar a ninguém. Eu quero ser coerente”, proclama o escritor Fernando Jorge, que, desde os 50, distribui ferroadas em literatos medíocres. Mantém-se no entanto, atualizado. Já escolheu os novos alvos da sua artilharia pesada: Paulo Coelho, Jô Soares e Dan Brow, o festejado autor do Código da Vinci.
  • 19. Um dos “contemplados” por suas críticas foi Paulo Francis, a quem desmascarou em livro por muitos considerado “assassino”- o libelo teria contribuído para a morte do jornalista em 1997. Francis, sempre lembrado como a grande influência da “nova geração” de espadachins do jornalismo brasileiro, se intitulava um “lobo hidrófobo”. Fez fama com suas tiradas (“O filme é uma m… mas o diretor é genial” é uma delas) e porretadas nas minorias (homossexuais e nordestinos, por exemplo). Em 1958, desancou Tônia Carrero, em artigo intitulado “Tônia sem peruca”. Por causa disso, o marido da atriz, o diretor Adolfo Celi, atracou-se com Francis no Teatro do Leme, no Rio (arrancando-lhe os óculos). Descendente de alemães, Paulo Francis reconhecia que seu lado demolidor tinha explicação psicológica. “Desde criança ferida e ´alienada´, a ironia, a mordacidade e, quando evolui, a sátira, me foram armas de defesa contra o que perdi emocionalmente”, confessa em seu livro de memórias O afeto que se encerra. Diogo Mainardi, nosso entrevistado na edição passada, confessa ser a “versão piorada” de Francis. Já defendeu que São Paulo se separasse do resto do Brasil. Já disse que folclore é “coisa nazista” e que o Brasil tem “deus demais” (deus assim, em minúsculo). Uma das últimas polêmicas que arrumou foi com Cuiabá (“Pagaria 15 mil reais para não ir a Cuiabá”, disparou). A cidade o elegeu como seu inimigo número um. Mainardi parece divertir-se em ser insultado toda semana pela enxurrada de cartas e e- mails que chegam à redação de Veja. Ninguém é indiferente a seu estilo trator e sem sentimentalismos, próprio de quem parece não acreditar no ser humano. Os mais puristas poderiam dizer que Mainardi não é um polemista clássico, pois raramente rebate os argumentos de quem o contesta. Omite-se dos duelos. Não gosta de esticar as polêmicas. O cineasta Arnaldo Jabor também tem lugar na galeria dos atuais iconoclastas do nosso jornalismo. Em 1989, Paulo Francis e ele trocaram farpas nas páginas da Folha de S.Paulo. O primeiro baixou seu tacape nos cineastas brasileiros, duvidando do seu talento. O segundo defendeu a categoria, terminando com uma espetada: “Fazer cinema no Brasil é um pouco mais complicado do que escrever para a Folha de São Paulo”. Procurado por IMPRENSA, Arnaldo Jabor não quis dar declaração, queixando-se da superexposição. “Prefiro ficar quietinho uns tempos”. Para Jorge Kajuru, a TV Globo, por conveniência, não colocou os comentários de Jabor no “Jornal Nacional” na semana em que estourou o escândalo do “mensalão” envolvendo o Governo Federal. “Só entrou o Franklin Martins que não bate pesado. A parte opinativa do´JN´ é uma piada”, detona. Tudo indica que o “polemismo” está sendo pouco cultivado atualmente. Até porque reina entre os colegas de profissão a política de boa vizinhança evita-se falar do trabalho de terceiros. Além do mais, o departamento comercial pode não dar corda para isso. Se o gênero está sendo pouco cultivado, não é possível dar uma resposta definitiva, já que muitos veículos fazem questão de dedicar espaço a seus polemistas, como jabor no “JN”. Mas, sem dúvida, banalizou-se com a moda atual das mesas-redondas de televisão, nas quais os polemistas de botequim fazem julgamento demagógicos e procuram ganhar no grito. As polêmicas perderam a qualidade? Falta conteúdo a elas? Muitas vezes, sustentá-las significa escandalizar, estar em evidência, a provocação. Mas de uma coisa estejam certos fazer polêmica vende jornal, vende revista e dá audiência. www.tvkajuru.com Página 25
  • 20. Onde Trabalhei TV Alterosa –MG “Eu era feliz e não sabia, ou não soube aproveitar. 1981, completava meus 20 anos e já apresentava ao vivo, diariamente, o“Papo de Bola”. Simplesmente, vencíamos a Globo no horário. E eram tempos de Boni, quando a poderosa dava 80,90% de aparelhos ligados, o dia inteiro. Exceto ao meio-dia. E por méritos de meu chefe, narrador excepcional e carismático, Fernando Sasso, já falecido. E do velho, também falecido, Kafunga. Quando deixei a TV Alterosa, em dezembro de 1982, só existia um culpado e maluco: estava solitariamente apaixonado por uma ex- jogadora de vôlei, e fiz merdas. Tinha 21 anos, me achava! Bebidas e noitadas. Tudo errado. Que babaca, fui”. TV Goyá e B. Central –GO “Quanto à primeira emissora goiana, nos anos de 1983 e 1984, foram momentos de liberdade, diversão no trabalho, e financeiramente, vida dura. Mas só boas recordações. Mane, Raquel, Orfeu, Bordoni, Leleco… tanta gente com talento acima da média. Nos anos de 1995 à 1997, a emissora-estatal. Fizemos projetos ousados e uma parceria inédita com Galvão Bueno. Só que, canal do governo não vai longe. Galvão ficou comigo por 8 meses. Não pagaram nem o hotel, onde Global e leal se hospedava. Em nome da equipe que viveu comigo todo esse céu e inferno,deixo minha eterna gratidão à bravíssima Graça Torres e ao genro de Galvão, o Graminho. Também a Lúcia, ex-esposa de Galvão e a filha Letícia, além dos que sofreram com tudo. Ao Bueno, eterna solidariedade. Especialmente, o dia trágico do incêndio na emissora. E todos nossos equipamentos técnicos, documentos, provas de denúncias… queimadas! Nada me convence. Foi politicamente armado. Galvão reconhece até hoje, que dificilmente uma emissora local fará coisas melhores e mais criativas do que fizemos”. Sobre os últimos episódios envolvendo a emissora, Vannuci e eu, leia nas páginas 68, 70, e 82. www.tvkajuru.com Página 26 Rede Record –SP “Foram nove meses entre outubro de 1985 e julho de 1986. Tinha um pool projetado para a Copa do México. Era uma Record abençoada pelo verdadeiro Deus. Amei ser repórter ao lado de Cyro José, Silvio Luís, Ruy Viotti e outros. Forma minhas primeiras transmissões ao vivo, em televisão, pela Europa com produção de Toninho Neves. Aprendi muito”. Rede TV- SP “Anos de lições, exemplos, herança rara. Tudo começou com Juca Kfouri, que comandava a mesa redonda, ´Bola na Rede` aos domingos. Como convidado, eu participei 4, 5 vezes. Na volta das Olimpíadas da Austrália, onde fui transmitir com exclusividade para o rádio brasileiro, via Rede Nova FM e Rádio K, acabei sendo surpreendido em São Paulo, com proposta para me fixar na Rede TV, com o Juca na mesa dominical. E comandando um diário esportivo `TV Esporte`. Foi um sucesso comercial, com recordes de audiência, até hoje reconhecido pela Rede TV. Não há o que posso lembrar negativamente. Nem censura. Lá, Juca e eu, batemos muito forte no Aécinho Neves, e o que ele conseguiu? Apenas direito de resposta. Nada mais. Por ele, Alberico (solidariedade a mim, na hora dolorosa da violência que sofreu minha ex-esposa em Goiânia) eu pedi demissão da Rede TV, ao vivo, no dia 2 de julho de 2002. Errei? Sim, foi o maior erro que cometi na televisão. Não precisava agir assim, no ar, ao vivo. Até porque, não era isso que eu havia prometido ao Juca Kfouri, na noite anterior. Merdas cagadas não voltam… Como havia multa de 5 milhões, a Rede TV me segurou fora do ar. Record e Globo
  • 21. fizeram tudo para a Rede TV me liberar da multa. A Record queria pagar rescisão. Mas só a Rede Cultura convenceu o presidente Amílcare a permitir que lá trabalhasse sem multas. A Rede TV tinha suas razões. www.tvkajuru.com Página 27 Rede Cultura – SP “Felizmente, enquanto lá estive, os programas ´Hora de Esporte´e ´Cartão Verde´ alcançaram índices de audiência que, talvez, jamais serão repetidos. 99% de alegrias. Quanto ao 1%, só digo o nome desse office boy de gabinetes políticos – jornalista frustado: Marco Antônio Coelho”. ESPN- Brasil “Foram 181 dias de mesas redondas impagáveis. Jantares com recordações e pérolas. Apenas um dia sem entender o rancor global capaz, até lá, de me atingir. Bati pesado na Globo numa segunda noite. Cai na terça cedo. Sem queixas. Só saudades. Porque não posso crer que o motivo tinha sido não agradar ao perfil do assinante, depois de 6 meses. E, sendo eu, quem mais recebia e-mails na mesa”. BAND- SP “Comecei ao vivo em 2 de abril de 2003. Acreditei nas palavras de seus diretores, de que eu teria liberdade para opinar (sem mudar meu jeito de me indignar) quaisquer pol~emicas do futebol. Assim, feliz, segui o casamento. Os programas diários, antes da minha contratação, não alcançavam a média de 2 pontos de audiência. Em 6 meses, a Band chegou a 4,5,6,7,8 pontos de média e até 14 pontos de pico, na faixa horária do meio-dia. Meu programa diário já era o de maior audiência na Band, ao lado do Datena, com share mínimo de 10 pontos. Comercialmente a emissora não tinha mais espaço de venda, das 11h30 min às 13h. Até camisinha anunciava. Eram 6 breaks enormes de 5 minutos cada. Mesmo eu contrariando o departamento comercial (que me odiava) por não aceitar fazer merchandising, como garoto-propaganda. Segundo um dos diretores, eu já havia perdido mais de 1 milhão, em cachet só para mim”. Página 29 SBT – SP “Já se vão 16 anos como contratado do Grupo Silvio Santos. Setembro de 2006, quase fui para outra vida. Transtorno bipolar, placa gordurosa na carótida e a sequência de tratamento de meu olho direito com descolamento de retina. E mais uma série de dívidas mensais para pagar, pois estava saindo de salários de 120 mil reais mensais para 14 mil e 400 reais. Foi uma tragédia. Cheques voltando e desespero total. Todavia nada é para sempre. Nem o bem, nem o mal. Chegou ao fim a minha dramática depressão sofrida em quarto do Hospital São Francisco por quase 30 dias. Até que, ao lado do médico Marcus Papa e da irmã Rosana Zaidan, recebi um telefonema do sobrinho de Sílvio Santos. Era Maurício Abravanel, diretor do SBT Regionais, dia 25/09/2006. Desde 2 de outubro de 2006, mantenho contrato com todas as emissoras regionais do SBT, para apresentação de um programa esportivo diário com duração de 15 minutos. No horário das 13h15, tem sido mantida audiência superior a Globo no público da faixa etária de 8 até 28 anos, com share de 53%. Conforme sempre falo publicamente minha relação com o Guilherme Stoliar. O dia que ele sair da emissora, eu também saio. Página 30
  • 22. De A a Z (Escrito em novembro de 2008) Pólvura Pura Quem é Quem Não falo dos mortos porque não estão aqui para se defender (Escrito por Jorge Kajuru) Em 05/11/2008 começo por mim mesmo. Jorge Kajuru Confesso: Merdas cagadas não voltam ao rabo, fiz muitas. Página 31 AÉCIO NEVES, governador de Minas Gerais. Esse “Mauricinho” carioca não entendeu por que escrevi que ele cheira mal. Cara a cara, nos camarins do programa da Hebe… Lembra? Foi ali que senti. Mau hálito é o melhor anticoncepcional do mundo. Hahaha! ADRIANE GALISTEU (Apresentadora) Foi à única mulher capaz de fazer Airton Senna amar. Cresceu profissionalmente dando o que tem na cabeça e na persistência. Nada mais. Eu a amo. AMAURI JR. (Colunista Social de TV) Declarou que Maluf é um príncipe. Também se orgulha de ser jornalista social. Ainda não vi suas matérias nas favelas. Gosto muito dele porque não é mau caráter como colega. ANDRES SANCHEZ (Presidente do Corinthians) Tenho certeza que só mudou a coleira. O cachorro é o mesmo, com uma única diferença: esse é vira-lata, é novo e está faminto para… APOLINHO (Comentarista Esportivo) É criativo e do bem. ARMINDO ANTÔNIO RANZOLIN (Locutor Esportivo) Pena que parou. Era dono de uma dicção impecável. Mostrava onde a bola estava. Hoje é diretor de rádio. É preparado para tudo. ARNALDO CÉSAR COELHO (Ex-árbitro, Comentarista) Foi um árbitro inteligente. Comentando é bom demais, até virar personagem do Galvão. Página 32 BOB FERNANDES ( jornalista) Depois de Cláudio Abramo, demorei muito para admirar outro jornalista de verdade. Até ler, ouvir e conhecer Bob. BÔNI (ex-diretor da Globo) Se estivesse hoje na Globo, certamente a audiência chegaria novamente aos tempos do auge. SBT ou Record. Quem o contratar como sócio, tem a liderança em 5 anos. Rezo para ser o Silvio Santos, pois o dinheiro não é sujo. CARLOS ARTHUR NUZMAN, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro. Aposto: se cada medalha ganha em Pequim custou R$ 80 milhões, logo, as estatais brasileiras investiram R$ 1 bilhão e 200 milhões nos esportes de competição. Prometo virar lutador de sumô na próxima olimpíada se houver provas cabais de que a metade dessa fortuna foi realmente parar nos destinos certos e nas horas certas. CARLOS A. MONTENEGRO(Ex-dirigente, Dono do Ibope) Ibope: nem se Deus mandar, eu confio. Cartola: futebol é profissional. Amador, o único que deu certo foi o Aguiar. Do banco. CARLOS ALBERTO DE NÓBREGA (Humorista) Companheiro dos companheiros. Sabe muito, de quase tudo na TV.
  • 23. CARLOS A. PARREIRA (Treinador de Futebol) É capaz de engolir qualquer sapo para chegar onde quer. Prefiro o estilo do Felipão. Sobre seu livro, tudo é propaganda enganosa. PROCON! Página 33 CASAGRANDE (Comentarista) Um ser humano raro. Desse com quem você tem vontade de passar o dia inteiro. É uma pena não poder falar tudo o que pensa na Globo.Caio, parece um bonequinho de Olinda, como o seu substituto. Suas declarações no programa “Altas Horas” foram emocionantes e exemplares, de um homem com todas as letras maiúsculas. CHICO ANÍSIO (HUMORISTA) É quem mais contraria a tola tese de que não existem pessoas insubstituíveis. Chico é. Em tudo. CGC ( Programa de Humor) Tudo tem Marcelo Tas assinando e comandando, sempre brilha. Uma pena estar na Band e naquele horário. DANIELA CICARELLI(Modelo e apresentadora) Dani é honesta e fiel. Como Ronaldo tinha até o rabo blindado, ela ficou como sacana. No vídeo, ainda é juvenil. DUNGA (Ex jogador) Briguei com meus ídolos, mas defendi dentro de campo. Fora? Ta me saindo pior que a encomenda. Como técnico, ainda é a seleção quem treina. Como futebol é negócio o Brasil vai perder a copa de 2010 e ganhará 2014 no Brasil. EDSON MAURO (Locutor Esportivo) É o único segundo que pode ser o titular em qualquer rádio. Comunica como ninguém e não grita. www.tvkajuru.com Página 34 Eduardo Suplicy (Político) Não teria paciência para ouvi-lo sobre quaisquer assuntos. Entregaria eternamente um mandato a ele, mas sem discurso. E nem casaria com ele. Para gozar, deve demorar um mandato. ÉMERSON LEÃO (Ex- Goleiro, Treinador de Futebol) Brinco que nasceu num navio de tão enjoado que é. Mas nasceu com personalidade. Quisesse fazer média e ser cordeirinho, teria sido titular em mais duas Copas e treinado a Seleção outras duas. EURICO MIRANDA (Dirigente) Podem acreditar. É o melhor inimigo.Te bate de frente, responde. Não te pede grana na justiça. Por mim, estaria algemado. E incomunicável. Suas últimas palavras de ameaça ao Presidente Roberto Dinamite e sua proposta de tocar o futebol do Vasco com o risco de rebaixamento, provam que Eurico é execrável. www.tvkajuru.com Página 35 FERNANDO VANUCCI, hoje, é apresentador da Rede TV! Nos tempos da Globo, Vanucci não emitia notas fiscais para o prefeito de Barueri, nem mantinha relações perigosas com treinador e presidente de clube. Também não elogiava-não mandava abraços para prefeito- não levava no programa “Globo Esporte” dois jogadores do time do Barueri numa mesa em
  • 24. que se discutia a semifinal do último Campeonato Paulista, entre Palmeiras e São Paulo. Ah! E jamais falaria no ar que o “Arena Barueri” é, disparado, o melhor e mais organizado estádio do Brasil… Pasmem! Nessa noite, chutei o balde e respondi no ar “Não Vanucci! O Arena Barueri não é, e nunca será, melhor que o MDB Maracanã…” Até hoje, o mocinho não sacou! FERNANDO GABEIRA (Político) Ao contrário do Aécio Neves, ele cheira bem! É do bem e seria o melhor prefeito do Rio. Pena que o carioca preferiu praia e o feriado. Um dia, nós ainda vamos aprendera votar. FÁTIMA BERNARDES (Jornalista) Impecável em tudo. Inclusive no caráter. Dos pés a cabeça, a global é insuperável. E que pessoa simples. FAUSTO SILVA (Ex-Jornalista) Ser humano extraordinário, que felizmente não se perdeu.Ajuda tanta gente do meio, ou fora. Em todos os sentidos. Não cobra juros, nem propaga. Já o Faustão, no ar, confunde caráter, com caracteres. Pois todos na Globo, tanto no pessoal quanto no profissional… Todos são os maiores em caráter e talento. Saudades do perdidos na Noite. Parece que Faustão não gostou do que escrevi. Realmente não aprendi ser irônico. Sempre enalteci Faustão como um gênio em comunicação, mas também tenho olhos para os seus erros. A última pessoa que eu ofenderia, seria o Faustão. www.tvkajuru.com Página 37 FELIPÃO (Treinador de Futebol) Venceu mais, como treinador, porque sabia perder. Hoje ensina como se pode ser grande e humilde. Coisas podres ao seu redor? Finge, que não vê. FERNANDO COLLOR (Político) Reconheço que, no agronegócio e na indústria automobilística, deu Show. Não merece perdão, muito menos uma vaga no Senado, porque no resto sempre foi um moleque. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (Ex-presidente da República) Vendeu o país. Comprou 90% da imprensa e nem precisava. Fechou minha ex-rádio. Sobre a primeira-dama, Dona Ruth, nunca mais teremos uma melhor. Que postura! Até no caso da global Miriam Dutra (abafado pela imprensa, exceto revista Caros Amigos) e o filho do FHC. Em tempo pergunto quem é mais prostituta, a mulher que vende seu corpo ou um intelectual, ex metalúrgico que vendem suas almas? Para mim, são bem mais éticas as putas, que aliás merecem carteira assinada. E os puteiros deveriam aceitar cartão de crédito e pagar ICMS, demais impostos, ainda nos fornecendo nota fiscal. Aproveito para lembrar que o presidente do conselho de ética do nosso congresso brasiliero é dono de um puteiro. www.tvkajuru.com Página 38 GALVÃO BUENO (Narrador) É 100% leal. Morreu abraçado comigo em Goiás. Narrador, nunca mais teremos outro mais completo que ele. É vaidoso demais. Suas opiniões? Falo ao contrário. Me dou bem. E ele não me processa, porque sabe me aceitar como eu sou. GAROTINHO (Político) Mudo de país no dia em que ele chegar à presidência da República. De inocente, só o nome. Que também não lhe pertence. Faz um monte de merda, sendo garotinho. Imagine quando crescer. GUGU (Apresentador)
  • 25. Nem brilha, nem reluz. Me trata bem e não me cobra nada. Mas ama um jabá. HEBE (Apresentadora) Quando ela fala de Fidel e Guevara, eu OOODEIO!!! Mas amo tanto a Hebe, que acho tudo uma gracinha! Na televisão, nunca mais haverá uma igual. Sonia Abrão perguntou-me se ela havia me emprestado dinheiro. Respondi que não. Parece que a Hebe não gostou. Meu amor continua incondicional. www.tvkajuru.com Página 39 INFORMAÇÃO é o nosso esporte. A ESPN Brasil tem exemplos para usar e manter tal slogan. Agora, a dona Rede Globo ter criado “nosso esporte é torcer pelo Brasil” é caso de PROCON urgente. Que competência incrível para distorcer fatos e histórias. Em tempo: numa recente segunda-feira, eu estava relendo Leonel Brizola e revendo o vídeo do “Globo Repórter” de agosto de 2001, que mostrava e provava tantos crimes de corrupção, lavagem, desvio, estelionato, sonegação, etc… Era uma folha corrida do poderoso chefão do futebol brasileiro e da Copa de 2014. Eram tantos documentos irrefutáveis da CPI da CBF/Nike/Futebol e Cia… Já o livro, trazia páginas inesquecíveis das lutas sociais de Brizola e Darci Ribeiro… Que falta de educação! Assisti até intervalos comerciais que exibiam a fartura do “Bolsa-Família” hoje em dia… Mas acabei perdendo a homenagem na ESPN Brasil dos dez anos de vida de seu singular “Linha de Passe- Mesa Redonda” das segundas-feiras. Consegui na Look/ São Paulo a cópia do programa. Ter visto que me colocaram como parte daquela família honrada foi como ganhar um diploma dos meus 30 anos de carreira. www.tvkajuru.com Página 40 Jovens talentos na imprensa esportiva. Fico feliz e triste ao mesmo tempo. Os sorrisos vem por alguns comentaristas, apresentadores e repórteres, que vão se firmando na televisão. Alex Escobar, Maurício Noriega e os velhos Carsughi e Marco Antônio Rodrigues; os melhores da SPORTV/Globo.Paulo Vinícios Coelho, João Carlos Albuquerque, André Kfouri e os velhos Antero Grecco e Paulo Soares, pela ESPN Brasil. Nos canais abertos, vejo menos. Só a Glenda Kozlowski e o Tadeu Schimidt são acima da média na Globo. Pela Band, o Neto já se consagrou e o Téo José caminha bem demais. De resto, adoro rir com o Ronaldo da Fiel. Fora da TV, o roqueiro, a esposa Roberta e os filhos são mais apaixonantes ainda. Deixo registrado o meu pavor pela voz da Tetê Espíndola na Globo: Cléber Machado está insuportável. J. HÁWILLA (Empresário Esportivo) Nasceu para ganhar dinheiro e fazer amizades comerciais, que eu não faria. Me trata muitíssimo bem e não cobra nada. Se eu fosse Deus, pediria ao Háwilla para provar e me contar tudo: como faturou tantos milhões até hoje, e quem na FIFA/ CONMEBOL/CBF, foi seu padrinho. Sua parceria com o Palmeiras deveria se chamar “Pá/ Rabo S.A.”. O empresário fica com a primeira parte. Jô Soares (Apresentador) É o único entrevistador que não depende do entrevistado. Gênio. Dele, tudo se aproveita. Como Chico Anísio, é insubstituível. Só fiquei bravo com ele, quando tratou Roberto Jefferson igual ao Eduardo Suplicy. Sua diretora Anne Forlan me telefonou três vezes, acertou e confirmou minha entrevista no Jô Global, para o dia 02 de Abril de 2008. Não cancelou, mais seis dias antes, ligou: “Kajuru, aguenta aí que dia 02 agora, não vai dar para te encaixar…eu te ligo depois”. Até hoje silêncio absoluto. Talvez, as páginas negras mandaram calar até uma voz pura e “livre” como a de José Eugênio.
  • 26. www.tvkajuru.com Página 40 João Carlos Belmonte (Jornalista Esportivo) Sério. Observador. Foi o melhor repórter de rádio que vi. Atua até hoje pelas rádios do Rio Grande do Sul. JOÃO HAVELANGE/JOSEPH BLATER (O Ex e o atual Presidente da FIFA) Nem Pelé e Coutinho faziam tabelinha mais genial que João e Joseph. Com direito a deixar o Ricardinho fazer seus golaços… Amei ler Carlos Drumond de Andrade em “A Quadrilha”, entenderam??? Nas entranhas da Fifa, entre tantos bilhões, será que eles não roubam pelo menos U$$ 1? João Gordo (Apresentador) Casaria com a minha filha, trabalharia na minha emissora e faria o programa do jeito dele, sem mudar nada. JOELMIR BETING (Jornalista/ comentarista Econômico) Antes de entrar no ar, se prepara como poucos. O “merchan” do Bradesco foi bom só para ele. Economicamente. Errou, mas não lhe diminuiu profissionalmente. JOSÉ LUÍS DATENA (Jornalista) Nasceu para ter milhares de inimigos bandidos e no máximo três amigos de verdade. Comunicador, nenhum outro é mais completo. Mato e morro por ele. www.tvkajuru.com Página 41 JUCA KFOURI (Jornalista) Não existe melhor referência para quem deseja ser jornalista de verdade. Ignorante de honesto. Escreve como poucos. Na TV, sem minha companhia, ele sofre.(risos) JÚNIOR (Ex- jogador, Comentarista) Não vi um lateral esquerdo com talento semelhante. Quase não conheci um jogador de futebol tão fiel, bem casado e bom pai como ele. JUVENAL JUVÊNCIO (Presidente do São Paulo) Sempre fui um cara deísta, mas o Juvenal sabe tudo de bola. Contrata bem. Jogo a jogo. Se faz coisas “Duallibais”, certamente faz bem escondido. E como faz! Kaká (Jogador) Menino puro só fora de campo. Dentro, se impõe em tudo, até no contrato. É craque e não consigo falar mal dele. Exceto, claro, da sua igreja. É meu ídolo, pastor não. www.tvkajuru.com Página 42
  • 27. Página 43 Lílian Witte Fibe (Jornalista) Respeito sua postura dentro e fora dos estúdios. Não faz merchandising. E sabe ancorar com seriedade. Ela serve para o Jô na Globo, mas não mais, para o telejornalismo. Dá para entender? É como o Lucas Mendes de Nova York (que até hoje não apareceu repórter tão genial quanto ele) só servir hoje para canal fechado da Globo. Luciano do Valle ( Narrador) Achou que, narrando, era insubstituível. Era, até crescer Galvão Bueno. Mas o que Luciano fez na televisão (e para o meio) ninguém fará igual. E sua voz é pra narrar até morrer. Luis Fernando Veríssimo (Escritor) É impossível definir quem é melhor entre o Érico e o Luiz. Graças a Deus ambos são do mesmo DNA. E do Brasil. Lula (Político) Vou repetir as palavras de 2002, dia 17 de julh0o, quando eu escrevia na Folha de S. Paulo (vide texto na primeira página deste livro) que já não acreditava mais nesse ex home. Página 44 Marcelo Rossi (Padre) Se o “bispo” Edir é o pedágio, Marcelo padre é o personal trainning. Amo quem chega a Deus, sem pagar nenhum intermediário. Aproveito para falar do Papa: adorava, com amor de vovô, o falecido João Paulo. O atual, nem do nome me lembro. Um Edir católico. Marília Gabriela (Apresentadora e atriz) Faz tudo bem feito e com muito tesão. Adoraria fazer amor com o seu cérebro. Na 1ª edição deste livro, ela me respondeu que seu cérebro-encantado-aceitaria, mas sem compromisso. Muricy Ramalho (Treinador) É melhor e não faz mal. Na comparação com os melhores, o Muricy não perde em nada. E ganha longe na ética e responsabilidade. www.tvkajuru.com Página 45 Em maio de 2005, declarei em rede nacional pelo SBT, ao lado da Hebe e Galisteu, que nunca mais teria orgulho de ser brasileiro. Tudo porque três figurinhas políticas haviam conseguido,
  • 28. na justiça, bloquear, via on-line, através do Banco Central, 100% do meu rendimento mensal (na época eram R$186 mil) no SBT. Meus crimes: o primeiro, denunciei salário ilegal da primeira dama goiana (provas contidas neste meu livro). O segundo: chamei de preguiçoso e marajá, o ex-presidente do Tribunal de Justiça de Goiás. Por fim, perdi outro processo cível, por indenização:para alguns, a honra tem preço. Perdi em última instância processos primários. Num deles, falei que a “Lucianta” não era inteligente. Voltemos ao programa emocionante, em que a Hebe chorou, desabafou e declarou ter vontade de ir embora do Brasil. De minha parte veio um turbilhão de problemas e decepções. Não consegui recuperar um centavo do que foi bloqueado nos bancos Citibank e Boston. Me revoltei e chutei todos os baldes. Liguei o botão do “foda-se”. Mandei cheques, dívidas e contas bancárias pro inferno. Só não prejudiquei amigos e credores do bem, que já receberam, ou estão por receber (Acácio Turismo, Marco, Tarcísio e Didnei da Coperdisc, mesmo não sendo eu, o devedor. Meu sustento é produto da minha cabeça, do meu suor. É a única industria que possuo. Meu caso não foi de não pagar pensão alimentícia, até porque, filho, jamais botarei neste mundo. Deixar esse legado seria uma covardia. Assim vou matando o tempo, enquanto ele vai me enterrando. www.tvkajuru.com Página 46 Nélinho Acima da média para chutar, para argumentar e calar babacas da imprensa. Era muito bom conviver com ele. Nelson Piquet (Ex-piloto) Na pista, foi o melhor que vi. Fora, ao confundo franqueza com antipatia. Seria fácil manter uma amizade sincera com ele. Neto-(Ex-jogador, comentarista) Vinte e quatro horas de lealdade, boas risadas e pura autenticidade. Merece só o bem www.tvkajuru.com Página 47 Olga Bongiovani (Apresentadora) Não tem defeito. Trabalha em qualquer emissora. Paraolímpíadas. Desde 1988, quando se realizou a paraolimpíada de Seul, na Coréia, passei a priorizar meu olhar para a eficiência desses atletas, desses seres humanos, desses verdadeiros “profissionais” da vida. Pânico no rádio e na TV O que de melhor apareceu nos últimos tempos. Emílio, líder e criativo; Bola,autêntico e bom conselheiro; Carlinhos, leal e de raciocínio rápido; Sabrina, graça a pureza; Ceará, bom demais; Vesgo, sem maldade e sabe o que faz; Amanda, um Kajuru de saia. Carioca e Vinícius, só do bem. São bons. Paulo Maluf (Político) Nenhuma mulher me proporcionou tanto orgasmo quanto ver o Maluf preso e comendo a quentinha. Pedro Bial (Jornalista) Considero Bial um sujeito verdadeiro e amigo. Pecou feio em alguns pontos do livro de Roberto Marinho. Como jornalista, Bial é o cara. Em tudo.
  • 29. Pelé (Ex-jogador) Em Goiás, foi importantíssimo tê-lo como parceiro de uma luta por imprensa livre. Do Pelé, quem não gostar e não eternizá-lo pode morrer. De inveja. www.tvkajuru.com Página 48 Quércia (Político) Adoraria vê-lo comendo a mesma quentinha do Maluf. Renata Fan, apresentadora da Band.Ela não tirou o chapéu para mim no falso e falecido “Raul Gil”. Motivo: só por ter escrito neste livro que a ex-miss não entende de tática de futebol. Oras, Renatona! Você que não calça e sim, veste 45… tem que entender a complexidade dessa bola. Tática, não se estuda. Do contrário, Pelé seria o maior comentarista do mundo e de todos os tempos. Daí, não aceito seu convite para, pessoalmente, discutirmos futebol. Por preferir as de tamanho 35, faço-lhe uma pequena pergunta: tivesse você o padrão de beleza Soninha (ESPN- Brasil) estaria fazendo o que na TV? Continue com suas perninhas de fora, seu rabo em contra-plano e vista cada vez mais as camisas de Band/Record/RedeTV!, onde o lema da boa fé é o pré-requisito: ”é dando que se recebe”. Parada e Goldschmidt, ex-vice e apresentadora, são minhas testemunhas. Nem preciso ir nas presidências. Ratinho (Apresentador) Foi um dos homens mais leais que conheci na televisão. Depois de Silvio Santos, é disparado o melhor comunicador de auditório. Reinaldo (Ex-jogador) Violentado pelo Moraes e por outras drogas. Foi gênio com o 9 e como gente, é 10. Ricardo Boechat (Jornalista e Âncora) Muito bom. Não pipoca, é leal. Só dorme mal quando tem que ler algo patronal. Ricardo Teixeira (Presidente da CBF) Sempre conheci tudo a seu respeito. Inclusive, o preço. Não misturo. Gerenciando e tomando decisões na Seleção, acertou muito mais do que errou. Na copa de 2014, só ele ganhará muita grana. Rachará, com alguns. Richarlyson (Jogador) Não sei se é viado. Mas que tem uma vontade enorme de dar o rabo, disso eu tenho certeza. Se estiver dando o que é dele, foda-se. O duro é se estivesse pegando o meu emprestado. O que a Rede Globo fez com ele foi uma sacanegem. Oferecer dinheiro para que o ótimo jogador assumisse seu sexo no programa “Fantástico” me fez comentar no SBT o seguinte: “Porque dona Rede Globo, a senhora não oferece cachê para caminhão de artistas viados de amarrar no pé da cama que a senhora tem nas novelas, entre seus diretores e no jornalismo? Se quiser eu cito nomes”. Rui Carlos Osterman (Jornalista) Seria o comentarista ideal para as transmissões esportivas da Rede Globo. Prefiro dupla onde haja um jornalista e um ex-jogador. Quando Massa perdeu o título, na F1, vimos a importância de quem é do ramo, pois foi Burt quem avisou Galvão que o brasileiro ainda podia ser campeão. Roberto Dinamite (Dirigente) Futebol é um prostíbulo. Não tem lugar para virgens. Sugiro que você mostre rapidamente tudo que o Eurico roubou no Vasco, antes que ele e sua tropa arranquem um homem de bem como o Bob. E também sua relação, em pouco tempo, com empresários. Tipo Carlos Leite. www.tvkajuru.com
  • 30. Página 49 Robinho (Jogador) Arantes do Nascimento, só se um dia tiver um filho com esse sobrenome. Vai jogar muito mais do que joga hoje. Mas que estava envolvido com o Naldinho da cabeça ao bolso, isso tava. Rogério Ceni (Jogador) Sabe se defender como poucos. Como jornalistas e cartolas não suportam gente que pensa e fala, talvez ele não chegue à seleção como titular absoluto. Romário (Jogador) Ary barroso falava demais e era gênio. Por que o Baixinho aciona a boca, não é respeitado como deveria? Vou defendê-lo até a morte. E nunca fui à sua casa, nem tomei um chope com ele. Ronaldo (Jogador) Assim como Nelson do Cavaquinho ou Chico Buarque, o fenômeno de fazer gol fala pouco. Jamais vou esquecer sua lealdade e humildade comigo, quando eu estava fora da grande mídia. Me dava entrevista na sua casa. É uma injustiça terrível crucificá-lo por 2006 na copa. Cachaceiro, gordo e ladrão são adjetivos exclusivos para seres da CBF. Sobre os travecos, que pena! Batom na cueca. Sua entrevista para o Galvão Bueno naquele programa “Bem Inimigos” foi lamentável. Só agora vir declarar que a preparação da seleção na Copa de 2006 era um circo, vai te catar fenômeno! Nós palhaços tínhamos que saber disso na época, e você mesmo, ao lado de outros líderes deveriam mandar o Parreira e o Zagalo pro inferno, e treinarem como treinam em seus clubes europeus. Ronaldo Gaúcho (Jogador) Um craque de brilho e simplicidade. No Barcelona é o mais espetacular. Seleção, falta-lhe personalidade. É mais foca do que craque, e deveria comer as “Marias-chuteiras”, quando era novo, não agora depois de velho virar puteiro. www.tvkajuru.com Página 50 Silvio Santos (Apresentador) Antes de entrar no ar, também dá aula a todos do meio. Conversa com a platéia, ri, faz graça e anima. Vai pro ar, grava. E não erra uma vez sequer. Quando fiz seu novo programa “Nada Além da Verdade”, nunca o vi rindo tanto. Eu ganhei 100 paus, sem mentir nenhuma das 100 perguntas. Falei de todo mundo e Silvio só mandou cortar a parte que o chamei de fanfarrão…Ele não viu e nem sabe do filme “Tropa de Elite”. Trairagem. Luciano do Valle, narrador e comissionário de todos os portos. Abominável senhor das galinhas. Bati pesado nos adjetivos. Errei, mas não menti em nada. Desde o condomínio do “principado” de Vinhedo até a fortuna que mama nas tetas dos palácios pernambucanos, apenas por publicidade…ops! sabujices pelas ondas da Band. Neto e Godoy só estão engolindo esse sapão, em nome de muitos filhos. Tostão (ex-jogador, comentarista) Se parece muito com o Sócrates em caráter e jeito de viver. Feliz de quem pode conviver com Tostão. www.tvkajuru.com Página 51 Vanderlei Luxemburgo (Treinador) Minha filha, jamais casaria com ele. Dinheiro, não deixaria em sua mão. Só para treinar qualquer time, é um dos melhores.
  • 31. Veja (Revista Semanal) Quanto ao jornalismo investigativo, deixo minha admiração. Na capa, faz mais negócio do que jornalismo. Se acham que Che Guevara foi assassino, então vejo o que é, o que fez Bush, aliás, patrão intocável dos Cívita. Xuxa (Apresentadora de TV) Depois dizem que o Pelé não ajudou as criancinhas! Um produto nada mais. Não uso. www.tvkajuru.com Página 52 Willian Bonner (Jornalista) No ar, sabe ancorar como poucos, mas também joga de acordo com as cabeças dos Marinhos. Um cordeirinho global. 100% Homer Simpsons, é ele. Orangotango branco que lê notícias. Willy Gonser (Locutor Esportivo) Em 1980 eu atuava como repórter de campo da Rádio Itatiaia Minas. Fazia questão de chamá- lo como o mais completo locutor esportivo do Brasil. Hoje, não me arrependo. O alemão é também muito culto. Zagallo (Treinador) Não questiono sua história como jogador e treinador. Como homem, fez pactos. Daí, Médici o que lobo não deve ter feito em 1970!? Zebrinha! Milton Neves foi ao programa Daniela Cicarelli na Band e disparou a me elogiar. E até me desejou muita saúde. Na boa. O mesmo a ele. Inclusive na doença de hemorróida. Zebrona! Gênio em tudo, educado como poucos, Jô Soares recebeu, em dezembro de 2007, meu primeiro livro. Pediu à sua editora, também finíssima, Anne Furlan, para me ligar…Agradeceu o livro e disse que o Jô queria me entrevistar logo na volta das férias. Março de 2008, primeira semana de novos convidados, Anne me liga 8 vezes. Confirma dia e hora da gravação. Vem três horas depois, o nono telefonema, em que me alega agenda cheia e que, mais na frente, remarcaria porque queria muito a minha presença. Deixo claro que só me dá orgulho ser entrevistado pelo Jô, como já fui duas vezes. Jô Soares é muito maior do que a Rede Globo. Juro que pensei que, após este livro, eu fosse virar satanás apenas da Record. Plim! PLim! Zebraça! Mesmo sendo desafeto dos Civita/editora Abril, a MTV me proporcionou a melhor entrevista que concedi nesses 30 anos. Só podia ser quem? João Gordo visita minha casa e, por 3 horas, me tirou todas…Nunca falei tanto e quase nada foi editado. Nem sobre a única auditoria que eu seria condenado! Ou seja, no quesito mulher, eu só não traí em nenhum momento quatro delas: Sandra, Paula, Márcia e Isabela. A maioria das outras dez, sei que houve traição. Me usaram. Eu também as usei. Zero a zero. Tudo pago! Zico (Ex-jogador, treinador de futebol) Tem uma cara só. Me respeitou e tratou com carinho quando eu estava no SBT e antes, vacas magras, na TV Goya. Pelo que jogou, jamais será esquecido. Se tivesse ganho uma Copa, então… www.tvkajuru.com Página 53
  • 32. Página 54 Página 55 “Sou orgulhosamente preso à minha história. Diante deste mundo descartável, de seres previsíveis, sou feliz demais. Arrepender?De nada. Trinta anos atrás, eu sabia qual era o caminho mais fácil de ficar rico e chegar onde quisesse na profissão. Escolhi o mais difícil. Que prazer me espelhar na banda boa. Já aos 18 anos, ser tratado como filho, afilhado ou amigo de João Saldanha, Telê Santana, Juca Kfouri, Sócrates, Datena, Paulo Henrique, Valadão, Quartier, Rosana, Frateschi, etc. E, mais tarde, por Tostão, Trajano, Mário Magalhães, Ivan Lins, etc. Para Flaubert, um homem podia ser bem definido pelos inimigos que faz, em função de sua postura no trabalho. Eu acrescento o privilégio que é também saber escolhes seus amigos. Eu sempre soube. Aos jovens, não aconselho o mesmo. Até hoje gastei R$ 1.156.820,00
  • 33. com bons advogados. E ainda devo quase R$ 300.000,00 aos ótimos José Carlos Dias, Aldo Campos e Thais Gasparian. Tudo que fiz e falei, não retiro nada. Os erros que cometi, já pedi desculpas publicamente. E pedirei, quantas vezes forem necessárias. O que sou (alma), o que penso (cabeça) e o que sinto (coração), tem validade até a morte. Minha carreira, sem mutilar, capitular, na mesma direção. Para quem pensa que todos tem preço, tente me comprar e leve gravador! Confirmo que nunca votei. Pago multas, quando preciso apresentar o título de eleitor. Impostos? Só pago em dezenas de parcelas e vou negociando cada vez mais. Não aprendo respeitar governantes que me desrespeitam como cidadão. Nem tenho orgulho de ser brasileiro. Amo, de coração, o povo brasileiro. Verdadeiros artistas que superam toda a indignação, com felicidade pura. Pedem pouco dessa vida e, esse pouco, a vida vai dando! Creio ter falado tudo. Ah!,sobre Deus. Sou apaixonadíssimo por ele, como um ser superior a tudo. Até porque, se um maluco como eu, existo…logo Deus existe! Queixa? Apenas uma. Ele podia ter me dado mais 10 centímetros…Vinícius de Morais reclamou com razão. E, se você me considera como referência , por favor, esqueça. Faça-me a gentileza de esperar mais uns 20 anos. Estou com 47. Com 67 vividos, se permanecer pensando rigorosamente assim, como hoje (2008), aí sim, você poderá me admirar. Por enquanto, é prematuro. E se eu o decepcionar amanhã? E ser mais um, de tantos picaretas da imprensa que fazem tipo, personagens de várias éticas? Para mim, ética é uma só. No ar, fora do ar, na vida pessoal e na profissional. Não existe ambigüidade. A vergonha, a fé de saber cair e não desistir, a palavra e a leitura são as únicas heranças que Zezinho padeiro e Dona Zezé, meus deixaram. Com Ivan Lins, aprendi que um homem vem e diz: ´Pronto…perdi a esperança´. Deus vem, e responde: ´Perdi um homem´. Talento? Telê Santana avisou: seja competente no que você fizer e sempre haverá espaço e trabalho, por mais que lhe faltem. Livros? João Saldanha me deixou: nenhuma faculdade te dará mais sabedoria do que eles. Assim aprendi lendo Jorge Luís Borges que, antes de ir a qualquer coisa, primeiro, eu vou aos livros. E principalmente, que o esquecimento é a única vingança e o único perdão. Fui a Sêneca entender que a vida é curta, mas a arte de viver é longa. Ás vezes, até ouso discordar. Do melhor deles, por exemplo, Fernando Pessoa, porque eu pedi muito pouco dessa vida e, esse pouco, ela me deu em dobro. Eternizo Neruda, porque realmente a vida é um empréstimo de ossos. Ninguém leva nada de seu. O belo foi aprender não se saciar da alegria e nem da tristeza. Ah! Meu hino é de Rui Barbosa: á mim pouco se me dá que êmolas claudiquem. O que me apraz, é a cicatralas. Entenderam? Não! Pouco me importa se a mula manca. Eu quero é contestar, me divertir e rosetar´. Não me acovardes diante de tuas ações! Não as rejeites logo depois de tê-las feito! O remorso de consciência é indecente. Valeu Nietzsche! Com o Erasmo (Que alguns coleguinhas acham que é “o Tremendão”) eu fecho a conta: A loucura é a única coisa que torna a vida suportável “. Jorge Kajuru www.tvkajuru.com Página 56 Última Página do livro Condenado a Falar
  • 34. Inspirações e Agradecimentos Datena e família Ao Datena, muito obrigado por existir e ter feito o que já fez pela minha vida. Perdão pelo abacaxi que você pegou em Goiás, mas prejuízo não te darei. Se você, meu irmão, e seus filhos perderem um só centavo nessa rádio, por favor usufrua já, antes da minha morte, daquilo que já lhe deixei em vida, registrado em cartório da cidade de Cajuru/SP. Ou seja, os 67% da boa e valiosa área (56.000m²) na avenida perimetral de Goiânia. No mínimo, vale o preço atual da rádio 730 AM. É o que me resta para oferecer a você Datena, único amigo que impediu minha falência moral e financeira, em 2003, quando comprou a Rádio K e suas dívidas. Enquanto eu viver, confio cegamente na palavra dada pelo Datena. No dia que ele achar justo me passar algumas parte dos 67%, saiba meu irmão, que eu não mereço mais do que 20%, valor justo em função de tudo aqui escrito. Na página seguinte, cópia do que registrei em cartório em caso de minha morte. www.tvkajuru.com
  • 35. Página 57 E agora, as últimas páginas negras deste livro A fita. O vídeo. Se você viu, vai ver de novo e não esquecer jamais. Se você não viu em 2001, significa que você vai ver agora e ficará estarrecido. Vendo esse vídeo que eu garimpei e achei, você passará a entender o quanto o futebol é muito mais sujo do que você imaginava. O quanto tem gente poderosa da imprensa que se envolve ou se vende. Você vai ver homens do futebol que antes eram pobres, falidos ou estelionatários, mas depois que viraram dirigentes de futebol, clubes ou confederações, acumularam (para não dizer assaltaram) fortunas inacreditáveis. Esse vídeo desmoraliza tanto que, desde 2001, nunca mais ninguém ousou reapresentar um minuto sequer desse documentário e nem dizer uma só palavra sobre o escândalo, que tem duração de 40 minutos. Já estou exibindo no SBT Regional, em seis partes. Mas já está definitivamente no ar, em meu site: www.tvkajuru.com, 24 horas por dia, este vídeo que sete anos atrás, a Rede Globo mostrou em seu “Globo Repórter Especial”. Nota: Vou precisar muito da ajuda de todos vocês. A CBF, os senhores Ricardo Teixeira e Eurico Miranda, além de todo restante da tropa, podem entrar na justiça e impedir a exibição desse vídeo. Como essa ação demorará alguns dias, há tempo suficiente de centenas de vocês gravarem ou baixarem no site os 40 minutos desse vídeo e depois esparramá-lo, distribuí-lo e reapresentá-lo quantas vezes desejarem. Afinal, é muito mais fácil processar e calar um Jorge Kajuru, do que centenas de vocês, juntos e documentados. Esclareço que muito mais forte do que minha antiga antipatia para coisas globais, aqui só tenho a finalidade de relembrar e ressuscitar, 7 anos depois, que não existem ex-ladrões no futebol brasileiro. Que eles são os mesmos. Hoje, até com poderes de serem
  • 36. donos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Assim, qualquer rede de televisão, neste jogo bilionário, infelizmente, também aceitaria fazer gol contra em jornalismo esportivo. Acessem: www.tvkajuru.com Vídeo secreto Para aqueles que não sabem O futebol movimenta mais de 250 bilhões de dólares por ano, no mundo inteiro. Tal afirmação não é minha, nem corresponde aos dias de hoje. Leia, a seguir, os trechos principais do que falou à Revista Veja, nas páginas amarelas, em 1999, o empresário Jota Háwilla. Antes, conheça um pouco desse ex-repórter de rádio de São José do Rio Preto: Jota Háwilla chegou a São Paulo e foi trabalhar como repórter e comentarista da Rádio Globo, TV Globo e TV Record. Após participar de uma greve, foi demitido e nunca mais atuou nessa profissão. Eis que, meses depois, surgiu como dono de agência de publicidade (com mais dois sócios) e também vendedor de placas de publicidade de alguns estádios de futebol como Maracanã Morumbi, Mineirão, entre outros. O negócio cresceu a tal ponto que Jota Háwilla virou dono dos horários esportivos diários e dominicais na Rede Bandeirantes de Televisão, contratando centenas de profissionais. Háwilla já era sócio de Ricardo Teixeira, presidente da CBF, entidade máxima do futebol brasileiro. Daí passou a ser dono absoluto dos direitos de transmissões, sons e imagens de todos os campeonatos sul-americanos, inclusive Taça Libertadores da América, Copa América, Copa das Confederações, Copa Sul-Americana e as Eliminatórias Sul Américas das Copas do Mundo. Nos dias de hoje, janeiro de 2008, Háwilla e sua Traffic são parceiras do Palmeiras. Sua entrevista para a Veja em 1999 Veja: Sobre as parcerias de empresas estrangeiras como Hicks, Muse, no Corinthians? Háwilla: Uma revolução. Excelente. Nunca aconteceu nada melhor no futebol brasileiro. Será a solução de todos os problemas do Corinthians. Será construído um estádio multiuso para 45 mil lugares. Veja outras declarações do empresário-sócio de Ricardo Teixeira: “A FIFA estima que o futebol mundial movimenta 250 bilhões de dólares por ano. Fala-se que o Brasil é responsável por uns 3 bilhões de dólares anuais. Mas o futebol no Brasil ainda é um atraso dentro e fora de campo. O presidente da AFA (associação de Futebol da Argentina), um dos dirigentes mais influentes do mundo, costuma dizer o seguinte: ´no dia em que o futebol brasileiro se organizar, todos nós, em qualquer campeonato, vamos disputar o segundo lugar´”. Essas são algumas pérolas ditas em 1999 à Revista Veja pelo maior comissionário de negócios do futebol brasileiro, que em 1998 havia faturado 100 milhões de reais e que já calculava o triplo de faturamento para o ano seguinte. Nota: caso você tenha interesse, acesse meu site (www.tvkajuru.com) e leia mais sobre essa entrevista. Saiba tudo sobre Jota Háwilla após 1998. Sua milionária comissão no contrato da CBF-NIKE e como se tornou o maior sócio de emissoras afiliadas da Rede Globo no Estado de São Paulo. Em tempo: aproveito para cumprimentar o jornalista Carlos Maranhão, da escola Kfouri Placar e Playboy, que entrevistou Háwilla para a Veja. E jamais posso esquecer que o empresário declarou ao jornalista Maranhão que, na fatia bilionária do futebol, os jogadores (únicos artistas do espetáculo) são os que ficam com a menor parte. E só mais esta última perguntinha feita nas amarelas da Veja:
  • 37. Veja: Futebol na televisão é um evento jornalístico ou um show? Háwilla: É um show. Um programa de entretenimento. Então vamos ao show. O show dos bilhões roubados. Pelo menos foi a minha conclusão após assistir ao programa Globo Repórter no dia 7 de agosto de 2001, pela Rede Globo de Televisão. Curiosamente, o vídeo se tornou secreto ou arquivo morto para quem investiu tanto nessa investigação, muito bem iniciada e descoberta pela CPI do Congresso. Espero que você tire sua conclusão. Abertura do Globo Repórter Agosto de 2001, 22h20 min Com a voz ensaiada do jornalista Alexandre Garcia: “No programa dessa noite você vai saber até onde chegaram as investigações da CPI sobre a CBF. Dirigentes aumentando os próprios salários, deixando cada vez maiores os prejuízos e as dívidas da entidade que comanda o nosso futebol. Paraísos fiscais, contratos milionários e a incrível história dos homens que mandam no esporte maior. O nosso melhor futebol ainda está longe. E as causas podem ser muito além dos gramados. Antes da sequência, algumas observações necessárias para o entendimento de muitos Nem das melhores novelas da Globo usou tanto os seus recursos técnicos e arquivos gerais. O que você vê nos 42 minutos desse vídeo (à sua disposição no meu site, www.tvkajuru.com ou em meu programa diário, 13h15 min às 13h30 min, ao vivo pelo SBT Regional, interior de São Paulo) é estarrecedor. Neste livro você vai ter oportunidade de ler os principais trechos. Por motivos óbvios não transcrevi a íntegra, pois talvez este seja o único livro ao preço de 1 real. Esse vídeo do Globo Repórter mostra, na primeira parte do programa, tudo o que há de melhor nas ilhas de edição e criação da emissora platinada. Claro que toda essa investigação jornalística, digna do caso “Watergate” só foi possível graças ao trabalho oficialmente capaz e autorizado judicialmente (como escutas telefônicas, dados reais da Receita Federal, Banco Central e muito mais) pela boa equipe de parlamentares da CPI do Congresso-enalteço Silvio Torres, Geraldo Althof, Jurandil Juarez e a bancada que gostava da bola. Não de bola. Não esqueçamos que, somente a CPI do Senado foi aprovada por unanimidade, 13×0. Na Câmara, os deputados bem pagos e agraciados em suas campanhas por Ricardo Teixeira, boicotaram a aprovação. Enfim, sem esses serviços, a Rede Globo não reuniria elementos tão fundamentados e documentados para exibir um programa com aquela eficiência jornalística e cinematográfica. Sim, porque você ouvirá vozes embargadas e poéticas dos repórteres, textos teatrais, fundos musicais, trilhas de James Bond, Havaí 5.0, Sherlock Holmes… Recordo-me que a Globo usou 90% das informações da CPI do Senado porque, já na época, não acreditava tanto na isenção do “comunista” Aldo Rebello. Tiro certo. Os negócios globais com o futebol, comandados por Marcelo Campos Pinto, Telmo Zanini e time durante os meses de maio, junho e julho de 2001, fizeram de tudo para impedir aquele Globo Repórter, que já estava prontinho. Pinto garantiu ao Ricardo Teixeira que nada iria pro ar. Tolinhos! Foi para o ar sim, por ordens exclusivas do filho mais idealista, João Roberto Marinho, no dia 7 de agosto de 2001. A casa caiu. Mas, infelizmente, a casa caiu somente por uma noite. Depois daquele Globo Repórter, nunca mais a Globo e suas empresas voltaram ao caso. Até hoje, nada mais se denunciou na CBF. O dono do futebol brasileiro parece ter virado
  • 38. santo, um ex-ladrão ou o primeiro renegado. Os crimes foram prescritos, talvez. Causa principal: Teriam sido os direitos exclusivos, de imagens e sons, dos campeonatos no Brasil, até 2008, e mais Taça Libertadores da América, Copa Sul Americana, Copa América e, em especial, as Copas do Mundo de 2006, 2010 e 2014 (logo aqui, o Brasil como sede). Todo esse pacotão exclusivo para uma só rede de televisão? Ou nada disso aconteceu. É fruto apenas da minha imaginação? Que você mesmo conclua daqui pra frente, pois volto a falar desse vídeo do Globo Repórter que, certamente, a “poderosa” jamais imaginou vê-lo novamente, ainda mais nas mãos de um jornalista para representá-lo e colocá-lo novamente em discussão. Sequência (Após a abertura acima transcrita) Vem a primeira parte com reportagens de Tino Marcos. Toda a matéria foi macabramente elaborada para fazer o torcedor chorar pela amarelinha em virtude do que estavam fazendo com ela. Convidados estratégicos quase comiam a camisa…E por aí foram imagens antigas, saudosas, depoimentos emocionados… Segunda Parte: As denúncias Agora o bicho pegou! Volta do intervalo comercial: Alexandre Garcia: “Nos gabinetes, longe da torcida, qual é a jogada de nossos dirigentes. Nossos repórteres vão mostrar como o dinheiro do futebol brasileiro passeia por paraísos fiscais. Exclusivo no Globo Repórter. As revelações secretas da CPI do Futebol. A investigação oficial. Porque a CBF tem prejuízo, apesar do milionário contrato com a NIKE…(sobre tenebroso som musical) Repórter Marcelo Resende: “A investigação oficial começou com a leitura desse documento do Conselho Federal de Contabilidade. Uma análise das contas da CBF, mostra que a confederação vem gastando pouco mais de 30% do que arrecada com o futebol. 70% dos gastos com funcionários, diretoria e encargos. Mais de 54 milhões só no ano passado (2000). Nos últimos seis anos a entidade teve a maior arrecadação de seus 85 anos de vida. Quase 200 milhões. Apesar disso, a CBF está no vermelho. O prejuízo acumulado de quase 25 milhões”. “A CPI analisa com rigor a gestão do presidente Ricardo Teixeira. Antes de assinado o bilionário contrato da CBF com a NIKE, empresa de material esportivo, por 160 milhões de dólares, a CBF dava lucro. Cerca de 4 milhões”. (Lembrem-se que desses 160, havia a comissão de 10 a 20% para as mãos de Jota Háwilla, aqui citado e descrito). “Em 97, o dinheiro do patrocínio começou a entrar. E o prejuízo também começou. 14 milhões. Em 98, mais dinheiro, mais prejuízo. 16 milhões”. “A CBF aumentava salários de seus diretores. De 97 para 98 passou de 5 para 18 milhões. Como mostra o imposto de renda de Ricardo Teixeira, salários triplicaram após a chegada da NIKE. A CBF gasta com diretores, 241 mil por mês. O principal beneficiário é o tio de Ricardo, o secretário Marco Antônio Teixeira. No ano passado (2000) o tio recebeu 507 mil e o sobrinho, 418 mil”. “Nilton Teixeira, outro parente do presidente, também recebeu dinheiro do futebol, via CBF, para a sua campanha de vereador de Piraí, Estado do Rio. E outros candidatos foram presenteados com doações de campanha. Mais dinheiro em contas particulares. Ariberto
  • 39. Pereira Filho, tesoureiro da CBF, salário de 3mil, apareceu com dois cheques de 43 mil em sua conta. Dirigentes das federações não ficaram de fora. 100 mil foram parar na conta de Wilson da Silveira, mas 74 mil não ficaram no caixa da entidade goiana. Foram para a conta de Jaime Ferreira, assessor de Wilson, o presidente, 40 mil, para a federação do Amazonas, foram parar na conta de uma revendedora de carro (Braga Veículos). Só em 98 os auxílios individuais atingiram mais de 5 milhões. E as despesas de viagens saltaram de 731 mil, em 96, para mais de 2 milhões e 300 mil em 98. As refeições eram, a maioria, feitas no restaurante do presidente, o El Turfe Rio. O Tribunal de Contas da União investigou Vagner José Abraão, amigo de Ricardo Teixeira, dono da Agência Planeta Brasil, que faturou da CBF mais de 31 milhões em 1 ano. Esse montante é suficiente para levar, ida e volta para a Europa, os 11 mil jogadores profissionais que atuam no Brasil. Ainda sobrariam 6 mil passagens. A CBF também pegou empréstimos no exterior. Foram 6, totalizando 60 milhões. Os juros foram pagos antecipadamente, mas parte desse dinheiro não entrou no Brasil, como manda a lei. Quase 20 milhões pagos em juros”. “A CPI, a Receita Federal e o Banco Central estão investigando os empréstimos da CBF. Já se apurou que o americano Delta Bank fez 52 empréstimos a brasileiros, todavia só a CBF, dos 52, pagou juros antecipados”. “E mais revelações: a CBF foi a única a pagar juros acima de 13%”. “Em um empréstimo contraído pela confederação brasileira, os juros foram de 43,57%. O Delta Bank pertence ao brasileiro Abílio Faria. Foram 100% de juros em 9 meses. www.tvkajuru.com “A CPI, vendo o dinheiro do futebol brasileiro nas mãos da CBF indo parar nos paraísos fiscais, decidiu, então, contratar uma empresa especializada em investigação financeira”. Resultados Assustadores e Criminosos Interpretação de Jorge Kajuru Seqüência do Globo Repórter de forma resumida (A íntegra desse vídeo, sem cortes está no www.tvkajuru.com clicando Vídeo secreto) A-A investigação foi perfeita. Revelou os negócios do presidente Ricardo Teixeira envolvendo três empresas em paraísos fiscais, onde a lei manda manter no mais absoluto sigilo o nome dos investidores. B-Chegaram as 5 declarações de imposto de renda de Teixeira. Casa de luxo em condomínio em Miami; apartamentos milionários no Rio; casa suntuosa em Búzios; barco, lancha e mais 6 carros importados. C-Descobre-se que SWAP, corretora de câmbio, recebeu mais de 1 milhão de reais como intermediária dos empréstimos no exterior. Agora vem o pior Comprova-se uma terceira empresa de Ricardo Teixeira em paraíso fiscal. É a SANUD ESTABLISSMENT, instalada no fechadíssimo principado de Liechtenstein, entre Áustria e a Suíça. Parece filme de Al Capone Pois é rigorosamente essa SANUD a empresa que é dona de mais de 50% do patrimônio pessoal de Ricardo Teixeira. Como assim??? É essa empresa que controla 97% das ações da principal firma do presidente da CBF, a RLJ Participações. É dona até da casa onde ele mora, no Rio. Seu irmão, Guilherme, era o
  • 40. representante brasileiro da empresa no Brasil. E hoje, quem é??? Hoje, não é mais o irmão. E, sim, o responsável por este CPF: 036.949.177-72, que é Ricardo Teixeira. Quanto às suas empresas, ele faz questão de apresentar balanços à Receita, dando conta de que elas dão prejuízo. As duas denúncias mais graves e inacreditáveis ainda estão por vir. Aguarde! 40 milhões de dólares. Foi esse o valor do contrato milionário da Cervejaria AMBEV com Ricardo Teixeira, via CBF. Quem foi o intermediário? Renato Tirabosch, amigo pessoal de Ricardo Teixeira e seu sócio no bar-restaurante CHOPP 2001, no Rio. Foi ele quem embolsou 8 milhões de dólares de comissão. A penúltima jogada de craque pode ser interpretada como quiserem… Piada? Cara de pau? Ou uma quadrilha? Pasmem! Mas Ricardo Teixeira também fez empréstimos pessoais no exterior. Junto ao Banco Real, de Nova Iorque, o presidente, na qualidade de dono do restaurante carioca El Turfe, tomou 2 milhões e 500 mil dólares. Essa nem eu acreditei. Mas é verdade. A CPI achou estranho, mas as provas exibem data de 26 de setembro de 1996. Simplesmente o Banco Real do Rio recebeu uma mensagem do Banco Real de Nova Iorque afirmando que, se o empréstimo de 2 milhões e 500 mil dólares não fosse pago, não seria preciso ressarcir a filial americana. Ou seja, o banco não queria receber a dívida. HAHAHAHA!!! www.tvkajuru.com Quer a última? Então vem uma jogada que nem Pelé conseguiu fazer Em 1994 o patrimônio declarado do SR. Ricardo Teixeira (já estava no comando da CBF desde 1989) era de 3 milhões. Pois bem. No mercado de capitais, o mineiro, falido antes de entrar na CBF com sua Minas Investimentos e devendo para todo mundo em Belo Horizonte, passou a ser o gênio do ramo. Desde 1995 até 2001, Ricardo Teixeira, sempre genro de João Havelange, pai de filho batizado com o nome João Havelange neto, foi um vencedor: ganhou mais de 6 milhões em seis meses. E só perdeu menos de 300 mil. Agora, o gol que Pelé não fez e nem um outro fará igual Anote aí!!! R$ 2.355.607.000,00 Confirmo: Dois bilhões, trezentos e cinqüenta e cinco milhões e seiscentos e sete mil reais… Foi este o montante e o valor que o Sr.Ricardo Teixeira havia movimentado em ações no mercado de capitais. O Globo Repórter desse dia 7 de agosto de 2001, assim terminou: Alexandre Garcia: “O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não quis falar sobre as denúncias e sobre o seu patrimônio, apesar de procurado com insistência pela nossa equipe. Os demais citados também não quiseram falar”. Depois disso, o programa encerrou com a volta do repórter Tino Marcos e seu poético texto (ou terá sido de Pedro Bial?) com a vitória da seleção brasileira nas eliminatórias da Copa de 2002, em jogo realizado na capital gaúcha. Para concluir, reafirmo que estará à sua disposição os 100% desse vídeo do Globo Repórter, com 42 minutos de duração, em meu site, para você assistir na tela do seu computador. Acesse: www.tvkajuru.com e clique Vídeo Secreto. Permitam-se deixar registrado um número de perguntas com ponto de interrogação, que tem a
  • 41. ver com essa escumalha da classe de dirigentes esportivos brasileiros, em especial, o chefe da quadrilha. Poderiam ser 171 perguntas, mas deixo somente 7: 1- Por que (exceto 3 jornais e meia dúzia de jornalistas em mídias menores) a imprensa brasileira não seguiu esse criminoso vespeiro de provas? Por que não deu seqüência? 2- Estariam pensando que os denunciados e aqui desmoralizados (pelo vídeo) nunca mais voltariam a roubar, cometer irregularidades com dinheiro alheio? Seriam, no caso, os primeiros ex-ladrões da história? 3- Por que é que, quase um ano depois de todo esse escândalo mostrado e provado, dentro do ônibus da Seleção Brasileira, após o penta mundial, uma repórter da Globo, ao vivo, chamou Ricardo Teixeira de doutor, deu os parabéns pelo título de 2002 entre outras bajulações? 4- Por que, após ter desvendado toda corrupção no futebol brasileiro naquele agosto de 2001, nunca mais nenhum veículo-órgão das Organizações Globo, sequer abordou, nem de passagem, tal caso? 5- Ricardo Teixeira ajudou decisivamente a Rede Globo junto ao poder maior do futebol, a FIFA, usou de seu “prestígio” para com o sogro (embora já tenha se divorciado há anos) João Havelange, presidente de honra da entidade, e também diretamente com Joseph Blatter, o presidente máximo. Tudo para reduzir os valores devidos pela emissora em relação aos direitos exclusivos de sons e imagens das transmissões das Copas do Mundo de 2006, 2010 e até de 2014, por “coincidência” tendo o Brasil como sede. Claro, além de manter a exclusividade e o monopólio dos campeonatos no Brasil, na América do Sul e dos jogos da Seleção Brasileira. Por que será? 6- Por que o SR. Ricardo Teixeira, presidente da CBF, então o maior denunciado desse programa, dessa roubalheira, não resolveu processar, como faz habitualmente, por motivos ínfimos, com jornalistas (como Juca Kfouri mais de 50 vezes, Walter Mattos, Rodrigo Mattos e este que escreve).Por que não processou a Globo pelo Globo Repórter, e seus repórteres que atuaram no programa? 7- E o presidente Lula, que em 2002 acompanhou todas essas investigações, denúncias e o programa Globo Repórter, mostrando-se indignado. Logo com sua maior paixão, o futebol (única matéria que ele sabe, pouco, mas sabe) sendo assaltado. Por que então o presidente não fez e não faz nada? E nem sensibilizou sua bancada no Congresso para sar seqüência ao trabalho da CPI durante o governo FHC. Por quê? Por que o SR. Passou a caminhar de mãos dadas com Ricardo Teixeira? Por quê? Record de Pecados Mortais Tudo em nome do Edir A fé que move montanhas. De bilhões de dólares. 1989 Os Grupos Silvio Santos e Paulo Machado de Carvalho vendem a Rede Record de televisão. Valor: 45 milhões de dólares. Comprador-laranja: o empresário Laprovita Vieira do PPB/ Rio de Janeiro. Verdadeiros compradores: o bispo Edir Macedo Bezerra e sua esposa Ester Bezerra, são os donos desde 20 de março de 1990, conforme consta oficialmente no Ministério das Comunicações. Lavagem Cerebral Quem faz doações (dízimos) para a Igreja Universal do Reino de Deus, tem consciência que o dinheiro vai para os bolsos do “bispo” e que ele pode gastar 45 milhões de dólares na compra de um canal de televisão. Com direito a não registrar tamanho patrimônio em nome da IURD,