SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 16
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE
ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA
PESSOA IDOSA NA SAÚDE
Orientações para Gestores e Profissionais de Saúde
PortoAlegre – RS
2016
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL
DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE
ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA
PESSOA IDOSA NA SAÚDE
Orientações para Gestores e Profissionais de Saúde
PortoAlegre – RS
2016
2016 Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul.
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não
seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica.
Elaboração, distribuição e informações:
Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul
Departamento de Ações em Saúde
Grupo de Trabalho de Atenção as Pessoas em Situação de Violência
Organização:
Gisleine Lima da Silva (Especialista em Saúde)
Priscilla da Silva Lunardelli (Especialista em Saúde)
Colaboradores:
Drean Falcão da Costa (Residente da Escola de Saúde Pública do RS)
Simone Gomes Costa (Estagiária do Curso de Graduação em Serviço Social)
Direção:
Élson Romeu Farias
Rebel Zambrano Machado
INTRODUÇÃO
A violência contra pessoas idosas é um fenômeno cada vez mais frequente e se desenvolve,
principalmente, nas relações sociais e interpessoais, perpassando todas as classes sociais. Como as
vítimas, em geral, estão em situação de vulnerabilidade, esse tipo de violência vem associada com
relações de poder, acarretando adversidades tanto na esfera social e psicológica, quanto
econômica. Nesse sentido, entende-se que a violência é um problema de saúde pública e, portanto,
merece um tratamento especial, bem como a elaboração mecanismos que permitam atenua-la.
Desde 2006, a partir da Portaria MS/GM n. 1.356, foi criado o Sistema de Vigilância de
Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas (VIVA) com o objetivo de analisar a tendência das
violências e descrever o perfil das vítimas. Desde então, o Ministério da Saúde, vem trabalhando
para implementa-lo, de modo a garantir a visibilidade desses eventos violentos. A partir desse
Sistema, é possível estabelecer indicadores, permitindo qualificar os dados e informações recebidas
sobre cada caso de modo a fortalecer a rede de proteção ao idoso. Assim, será possível pactuar com
os Estados e municípios ações de enfrentamento a problemática.
Ademais é importante ter clareza do papel dos serviços e dos profissionais de saúde no
processo de enfrentamento da violência. Eles têm a responsabilidade na prevenção, diagnóstico,
tratamento e cuidado das pessoas idosas em situação de violência. Por essa razão, esta publicação
destina-se a orientar e informar no que se refere a identificação dos sinais de possíveis casos de
violência; a importância de sua notificação; bem como conhecer a linha de cuidado e demais
encaminhamentos das vítimas.
O que é violência?
“O uso intencional de força física ou poder, real
ou em ameaça contra si próprio, contra outra
pessoa ou contra um grupo ou uma comunidade,
que resulte ou tenha grande possibilidade de
resultar em lesão, morte, dano psicológico,
deficiência de desenvolvimento ou privação.”
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatório mundial sobre violência e saúde. Brasília: OMS;
2002.
População mais Vulnerável
Crianças e adolescentes, mulheres, LGBTTS, idosos, moradores de
rua, pessoas com deficiência e pessoas em situação de
vulnerabilidade e risco social.
O QUE DIZ O ESTATUTO DO IDOSO?
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação
de violência praticada contra idosos serão
objeto de notificação compulsória pelos
serviços de saúde públicos e privados à
autoridade sanitária, bem como serão
obrigatoriamente comunicados por eles a
quaisquer dos seguintes órgãos:
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;
III.– Conselho Municipal do Idoso;
IV.– Conselho Estadual do Idoso;
V – Conselho Nacional do Idoso.
NOTIFICAÇÃO NÃO É
DENÚNCIA!
ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO
Em 2006, o Ministério da Saúde criou o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes
(VIVA). Um dos componentes do VIVA é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan),
que é formado pela vigilância contínua de violência doméstica, sexual, e/ou outras violências
interpessoais e autoprovocadas. Esse monitoramento é muito importante pois serve de subsídios
para elaboração, monitoramento, avaliação e execução de políticas públicas de enfrentamento da
violência.
Cabe destacar que o objeto de notificação do Viva/Sinan é a violência interpessoal e
autoprovocada contra mulheres e homens em todas as idades. No âmbito da violência interpessoal
destaca-se: violência psicológica/moral, financeira/econômica, sexual, tortura, tráfico de pessoas,
trabalho infantil, negligência/abandono e intervenção por agente legal. Já a violência
autoprovocada compreende-se como o uso intencional de força física ou do poder, real ou em
ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade que resulte
ou venha resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou de
privação.
O monitoramento é realizado por meio da Ficha de Notificação/Investigação de Violência
Interpessoal ou Autoprovocada. Esse instrumento contém campos sobre dados gerais da notificação
(tipo de notificação, data da notificação, UF, município de notificação, unidade de saúde, data da
ocorrência da violência), notificação individual (nome do paciente, data Secretaria de Vigilância em
Saúde/MS 120 de nascimento, idade, sexo, gestante, raça/cor, escolaridade, número do cartão SUS,
nome da mãe), dados de residência da vítima, dados da ocorrência, tipologia da violência, violência
sexual, consequências da violência, lesões decorrentes da violência, dados do provável autor da
agressão, e encaminhamento e classificação final do caso.
A notificação é uma obrigação institucional, cabendo aos
serviços, aos(às) gestores(as) e/ou profissionais a
responsabilidade de realizar a notificação compulsória em
conformidade com a legislação vigente. Cabe à gestão local
definir estratégias de acompanhamento dos casos e dar
suporte aos profissionais.
FLUXO DO VIVA/SINAN
ComponenteViva/Sinan
Serviços de
Saúde/preenchimento da ficha
de notificação
Coleta contínua
1ª via: Serviço de saúde
2ª Via: Vigilância Epidemiológica
Secretaria Municipal de Saúde
Vigilância em Saúde/ Vigilância Epidemiológica
Digitação, consolidação e análise dos dados
Implementação de políticas de enfrentamento
Coordenadorias Regionais de Saúde
Consolidação dos dados
Implementação de políticas de enfrentamento
Secretaria Estadual de Saúde
Vigilância em Saúde /Vigilância Epidemiológica
Consolidação e análise dos dados
Implementação de políticas de enfrentamento
Ministério da Saúde
Secretaria de Vigilância em Saúde
Consolidação e análise dos dados
Implementação e políticas de enfrentamento
REDE DE PROTEÇÃO À PESSOA IDOSA NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA
ÓRGÃO O QUE FAZ?
Saúde
- Capacitar os profissionais de saúde para desenvolver um olhar qualificado na
identificação precoce dos casos de violência no contexto doméstico e
intrafamiliar;
- Acolhimento, atendimento, notificação, acompanhamento e assistência em
saúde;
-Encaminhamento para o serviço especializado da Política de Assistência
Social ou para delegacia especializada.
-Em caso de situações relativas a saúde mental deve-se encaminhar para os
CAPS;
-Os serviços de saúde devem assumir uma postura de responsabilização, bem
como desenvolver uma estrutura de atendimento voltada à identificação e
acompanhamento terapêutico das situações de violência.
-Notificar por meio da Ficha de Notificação a Vigilância Sanitária do Município
os casos de violência contra o idoso.
-Comunicar a autoridade policial, o Ministério Público e o Conselho Municipal
do Idoso.
Assistência Social
- Assegurar proteção social imediata e atendimento interdisciplinar às
pessoas em situação de violência;
- Fortalecer os vínculos familiares e a capacidade protetiva da família;
- Fortalecer as redes sociais de apoio da família;
-Proceder a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços
públicos, conforme necessidades;
- Reparar de danos e da incidência de violação de direitos;
- Prevenir a reincidência de violações de direitos.
Conselho Municipal
do Idoso
- As denúnciasdevem dirigidasao ConselhoMunicipaldo Idoso,na faltadesse,
ao Conselho Estadual do Idoso, na falta desse ao Conselho Nacional do Idoso.
- supervisão, acompanhamento, fiscalização e avaliação da política nacional
do idoso em suas instâncias político-administrativas nas esferas municipal,
estadual e federal
- As denuncias são registradas e avaliadas, em seguida notifica-se o acusado
(a) e/ou faz-se uma visita domiciliar para averiguar a situação do idoso
assistido e a veracidade da informação.
-Os casos de violência psicológica podem ser solucionadas e acompanhadas
somente no âmbito do Conselho. Para os casos mais graves, como agressão
física, sexual, cárcere privado e violência financeira, ocorre o
encaminhamento por parte do presidente do conselho para o Ministério
Público.
-Muitos casos são resolvidos, mediante acordo ou termo de responsabilidade.
E outros são encaminhados aos serviços de competência: CREAS, CRAS,
Secretaria de Saúde, Secretaria de Cidadania e Promoção Social, CAPS II, CAPS
ad, Comunidades terapêuticas (fazenda Peão) Ministério Público, onde a
estrutura física e de recursos humanos dos serviços são adequadas e
satisfatórias. (MORAES, 2015).
Delegacia do Idoso - É responsável por receber e apurar denúncias e ocorrências que envolvam
maus tratos a pessoas com idade acima de 60 anos.
- As ocorrências feitas na delegacia são avaliadas e posteriormente
investigadas se for necessário.
-As denúncias recebidas pelo Disque 100 e 181 são todas investigadas e é
instaurado processo criminal se houver necessidade.
Defensoria Pública É o órgão que assegura a assistência jurídica gratuita e integral aos idosos
atendidos na Central Judicial do Idoso que comprovem a insuficiência de renda
para arcar com as custas do processo e da contratação de um advogado
particular. O Núcleo Especializado da Defensoria Pública orientando-os sobre
seus direitos, presta assistência jurídica e acompanha todas as etapas do
processo judicial, de natureza cível ou criminal.
Ministério Público - Trabalhar preventivamente pequenos conflitos e situações que possam se
agravar gerando casos de violência.
-Tomam as providências judiciais e extrajudicias em defesa das pessoas
idosas.
Disque 100 e 181 - O disque-denúnciarecebe ligações de telefonesfixosoumóveis,24 horaspor
dia, sete dias por semana, traduzindo-se num canal seguro disponibilizado à
população para qualquer informação de interesse da segurança pública.
-Em todas as ligações é garantido sigilo e o anonimato do informante, que
recebe uma senha secreta para complementar, acompanhar e cobrar,
qualquer tempo a tramitação da denúncia junto aos órgãos responsáveis.
Como identificar violência contra pessoas idosas:
Detectar situações de violência nem sempre é tarefa fácil, por essa razão, o fenômeno
permanece velado e escondido pelos protagonistas. Contudo, é responsabilidade do profissional de
saúde criar mecanismos para identificar o fenômeno da violência. Os profissionais devem estar
conscientes de que enfrentarão alguns obstáculos na sua atuação, mas é preciso reconhecer e
superar essas dificuldades. Elas podem vir das próprias pessoas idosas, das famílias, dos cuidadores,
dos próprios profissionais e até mesmo da sociedade que não enxerga a violência contra a pessoa
idosa. A seguir, os sinais que podem indicar uma situação de violência no contexto
doméstico/intrafamiliar:
Tipos de
Violência
O que se entende Principais Sinais
Violência física Ocorre quando uma pessoa, que está em
relação de poder desigual em relação a
outra, causa ou tenta causar dano não
acidental, por meio do uso da força física
ou de algum tipo de arma que pode
provocar ou não lesões externas, internas
ou ambas. Segundo concepções mais
recentes, o castigo repetido, não severo,
também se considera violência física.
- Cortes;
- Manchas escuras;
- Queimaduras;
- Feridas no corpo;
- Feridas não tratadas;
-Membros quebrados ou
acidentados;
- Diminuição de capacidade
cognitiva e física.
Negligência/Abandono é a omissão pela qual se deixou de prover
as necessidades e cuidados básicos para o
desenvolvimento físico, emocional e
social da pessoa atendida/vítima. Ex.:
privação de medicamentos; falta de
cuidados necessários com a saúde;
descuido com a higiene; ausência de
proteção contra as inclemências do meio,
como o frio e o calor; ausência de
estímulo e de condições para a frequência
à escola. O abandono é uma forma
extrema de negligência.
-Sinais de desidratação e/ou
desnutrição;
- Feridas no corpo;
- Cabelo por lavar;
-Unhas dos pés e mãos por
cortar;
- Odores corporais;
- Casa por limpar;
-Cheiro a urina/fezes em
casa;
- Corte de água, telefone,
electricidade ou gás (contas
por pagar);
- Geladeira vazia e
alimentos estragados;
-Lençóis de cama/toalhas
de banho por mudar;
- Medicamentos por tomar
ou inexistentes;
- Consultas médicas
esquecidas e/ou não
marcadas;
-Sonolência constante (pode
ser sinal da toma excessiva
de medicamentos);
-Roupa do idoso por lavar,
o idoso está sempre vestido
com a mesma coisa;
- Desaparecimento
inexplicado de óculos,
aparelhos de audição,
dentaduras ou outros
equipamentos de auxílio.
Violência
Psicológica/Moral
é toda forma de rejeição, depreciação,
discriminação, desrespeito, cobrança
exagerada, punições humilhantes e
utilização da pessoa para atender às
necessidades psíquicas de outrem. É toda
ação que coloque em risco ou cause dano
à autoestima, à identidade ou ao
desenvolvimento da pessoa.
-Comportamentos
anormais;
-O idoso parece ter medo
dos seus cuidadores/não os
quer “chatear”;
-O idoso passa a ter medo de
coisas que antes não tinha;
- Não quer ficar sozinho;
-Implora que não vá embora
depois de uma visita
habitual;
-Deixa de conversar como
antes;
- Sinais de depressão,
nervosismo, ansiedade;
-O idoso chora com
facilidade;
- Não responde a questões ou
dá explicações questionáveis
sobre o seu estado ou algo
que lhe tenha acontecido;
- As visitas aos idosos são
feitas exclusivamente na
presença do seu cuidador.
Violência Sexual é qualquer ação na qual uma pessoa,
valendo-se de sua posição de poder e
fazendo uso de força física, coerção,
intimidação ou influência psicológica,
com uso ou não de armas ou drogas,
obriga outra pessoa, de qualquer sexo
Atenção! Também pode ser o ato de
submeter alguém, sob sua guarda, poder
ou autoridade, com emprego de força ou
grave ameaça, provocando intenso
sofrimento físico ou mental, como forma
de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter preventivo. Incluem-se como
violência sexual situações de estupro,
abuso incestuoso, assédio sexual, sexo
-O idoso tem medo de ser
tocado;
-O idoso não quer ser
despido;
-O idoso não quer tomar
banho;
-Manchas escuras na zona
do peito/seios;
-Infecções genitais
recorrentes (sangramento,
comichão, ardor, cortes,
manchas escuras, dores nos
órgãos genitais);
-Aparecimento de doenças
sexualmente transmissíveis
forçado no casamento, jogos sexuais e
práticas eróticas não consentidas,
impostas, pornografia infantil, pedofilia,
voyeurismo; manuseio, penetração oral,
anal ou genital, com pênis ou objetos, de
forma forçada. Inclui também exposição
coercitiva/constrangedora a atos
libidinosos, exibicionismo, masturbação,
linguagem erótica, interações sexuais de
qualquer tipo e material pornográfico.
Igualmente caracterizam a violência
sexual os atos que, mediante coerção,
chantagem, que limitem ou anulem em
qualquer pessoa a autonomia e o
exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos. A violência sexual é
crime, mesmo se exercida por um
familiar, seja ele, pai, mãe, padrasto,
madrasta, companheiro(a), esposo(a).
e/ou AIDS/HIV;
- Aparecimento inexplicado
de roupa ensanguentada
e/ou rasgada.
Violência
Financeira/Econômica/
Patrimonial
É o ato de violência que implica dano,
perda, subtração, destruição ou retenção
de objetos, documentos pessoais,
instrumentos de trabalho, bens e valores
da pessoa atendida/vítima. Consiste na
exploração imprópria ou ilegal, ou no
uso não consentido de seus recursos
financeiros e patrimoniais. Esse tipo de
violência ocorre, sobretudo, no âmbito
familiar, sendo mais frequente contra as
pessoas idosas, mulheres e deficientes.
Interdição de pessoa idosa sem perda de
autonomia e/ou independência.
-Desaparecimento
inexplicado de bens valiosos
(joias, arte, heranças de
família…);
-Aquisição de bens
inexplicados ou
inapropriados;
-Doações repentinas e/ou
contínuas a “causas
sociais” ou de caridade;
-Inclusão inesperada de
nomes às contas e cartões
bancários do idoso;
-Uso excessivo de
empréstimos bancários;
- Alterações repentinas ao
testamento vital do idoso;
-Documentos com a
assinatura falsificada do
idoso;
-Aparecimento inexplicado
de familiares/amigos
distantes.
Tráfico de seres
humanos
Inclui o recrutamento, o transporte, a
transferência, o alojamento de pessoas,
recorrendo à ameaça, ao rapto, à fraude,
ao engano, ao abuso de autoridade, ao
uso da força ou outras formas de coação,
ou à situação de vulnerabilidade, para
exercer a prostituição, ou trabalho sem
remuneração, incluindo o doméstico,
escravo ou de servidão, casamento servil
ou para a remoção e comercialização de
seus órgãos, com emprego ou não de
força física. O tráfico de pessoas pode
ocorrer dentro de um mesmo país, entre
países fronteiriços ou entre diferentes
continentes. Toda vez que houver
movimento de pessoas por meio de
engano ou coerção, com o fim último de
explorá-las, estaremos diante de uma
situação de tráfico de pessoas.
Tortura é o ato de constranger alguém com
emprego de força ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou
mental com fins de: Obter informação,
declaração ou confissão da vítima ou de
terceira pessoa; Provocar ação ou
omissão de natureza criminosa; o Em
razão de discriminação racial ou
religiosa. (Lei 9.455/1997).
Violência por
Intervenção legal
Trata-se da intervenção por agente legal
público, isto é, representante do Estado,
polícia ou de outro agente da lei no
exercício da sua função. Segundo a CID-
10, pode ocorrer com o uso de armas de
fogo, explosivos, uso de gás, objetos
contundentes, empurrão, golpe, murro,
podendo resultar em ferimento,
agressão, constrangimento e morte. A
Lei nº. 4.898/65 define o crime de abuso
de autoridade e estabelece as punições
para esta prática. A CID-10 adota o
termo “intervenção legal e operações de
guerra” e lhe atribui os códigos de Y35 a
Y36.
Outros: qualquer outro tipo de violência não
contemplado nas categorias
anteriormente citadas. É
OBRIGATÓRIO ESPECIFICAR.
Importante! Nos casos de tentativa de
suicídio e autoagressão, especificá-los
nesse campo.
Fonte: http://cuidamos.com/artigos/como-detectar-sinais-abuso-negligencia-idosos
A notificação de violência é
dever do profissional de
saúde. A maior violência
contra um idoso é a sua
omissão.
Enfrentando a violência contra idosos

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Enfrentando a violência contra idosos

Viva instrutivo not_viol_domestica_sexual_e_out
Viva instrutivo not_viol_domestica_sexual_e_outViva instrutivo not_viol_domestica_sexual_e_out
Viva instrutivo not_viol_domestica_sexual_e_outivone guedes borges
 
MULHERES_DE_SANTO_ANDRÉ__MAPA_DA_VIOLÊNCIA_REVISÃO_2016
MULHERES_DE_SANTO_ANDRÉ__MAPA_DA_VIOLÊNCIA_REVISÃO_2016MULHERES_DE_SANTO_ANDRÉ__MAPA_DA_VIOLÊNCIA_REVISÃO_2016
MULHERES_DE_SANTO_ANDRÉ__MAPA_DA_VIOLÊNCIA_REVISÃO_2016Daniel Veras, PhD
 
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adoleViol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adolejorge luiz dos santos de souza
 
protocolo da rede de atendimento a mulher em violência - mulher cidadã - vers...
protocolo da rede de atendimento a mulher em violência - mulher cidadã - vers...protocolo da rede de atendimento a mulher em violência - mulher cidadã - vers...
protocolo da rede de atendimento a mulher em violência - mulher cidadã - vers...Anna Luiza Lopes
 
gg4 saude da mulher.pdf
gg4 saude da mulher.pdfgg4 saude da mulher.pdf
gg4 saude da mulher.pdfMonicaBSilva1
 
PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES...
PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES...PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES...
PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES...Geraldina Braga
 
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)GlauciaAS
 
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o AdolescenteApresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o AdolescenteOsair Manassan
 
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o AdolescenteApresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o AdolescenteOsair Manassan
 
NORMA ASSINADA POR SERRA ORIENTAVA SOBRE ABORTO
NORMA ASSINADA POR SERRA ORIENTAVA SOBRE ABORTONORMA ASSINADA POR SERRA ORIENTAVA SOBRE ABORTO
NORMA ASSINADA POR SERRA ORIENTAVA SOBRE ABORTOJoao Carlos Passari
 
Estatisticas apav relatorio_anual_2013
Estatisticas apav relatorio_anual_2013Estatisticas apav relatorio_anual_2013
Estatisticas apav relatorio_anual_2013projectopes
 
Crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências linha de c...
Crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências   linha de c...Crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências   linha de c...
Crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências linha de c...Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...bibliotecasaude
 

Semelhante a Enfrentando a violência contra idosos (20)

Viva instrutivo not_viol_domestica_sexual_e_out
Viva instrutivo not_viol_domestica_sexual_e_outViva instrutivo not_viol_domestica_sexual_e_out
Viva instrutivo not_viol_domestica_sexual_e_out
 
Audiência publica violência 2013
Audiência publica violência 2013Audiência publica violência 2013
Audiência publica violência 2013
 
MULHERES_DE_SANTO_ANDRÉ__MAPA_DA_VIOLÊNCIA_REVISÃO_2016
MULHERES_DE_SANTO_ANDRÉ__MAPA_DA_VIOLÊNCIA_REVISÃO_2016MULHERES_DE_SANTO_ANDRÉ__MAPA_DA_VIOLÊNCIA_REVISÃO_2016
MULHERES_DE_SANTO_ANDRÉ__MAPA_DA_VIOLÊNCIA_REVISÃO_2016
 
WEB CONFERÊNCIA - Vigilância das Intoxicações: ênfase na interface com a Vigi...
WEB CONFERÊNCIA - Vigilância das Intoxicações: ênfase na interface com a Vigi...WEB CONFERÊNCIA - Vigilância das Intoxicações: ênfase na interface com a Vigi...
WEB CONFERÊNCIA - Vigilância das Intoxicações: ênfase na interface com a Vigi...
 
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adoleViol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
Viol€ ¢ãªncia envolvendo crian€ ¢ã§as e adole
 
protocolo da rede de atendimento a mulher em violência - mulher cidadã - vers...
protocolo da rede de atendimento a mulher em violência - mulher cidadã - vers...protocolo da rede de atendimento a mulher em violência - mulher cidadã - vers...
protocolo da rede de atendimento a mulher em violência - mulher cidadã - vers...
 
gg4 saude da mulher.pdf
gg4 saude da mulher.pdfgg4 saude da mulher.pdf
gg4 saude da mulher.pdf
 
1.ppt
1.ppt1.ppt
1.ppt
 
PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES...
PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES...PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES...
PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AS VIOLÊNCIAS CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES...
 
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
Violência Intrafamiliar contra o idoso: A atuação da DEAIT (BA)
 
Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" -...
Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" -...Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" -...
Seminário Saúde Mental na Atenção Básica: "Vínculos e Diálogos Necessários" -...
 
A Violência Letal
A Violência LetalA Violência Letal
A Violência Letal
 
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o AdolescenteApresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
 
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o AdolescenteApresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
Apresentação Violência Letal Contra a Criança e o Adolescente
 
Serra do aborto
Serra do abortoSerra do aborto
Serra do aborto
 
NORMA ASSINADA POR SERRA ORIENTAVA SOBRE ABORTO
NORMA ASSINADA POR SERRA ORIENTAVA SOBRE ABORTONORMA ASSINADA POR SERRA ORIENTAVA SOBRE ABORTO
NORMA ASSINADA POR SERRA ORIENTAVA SOBRE ABORTO
 
Estatisticas apav relatorio_anual_2013
Estatisticas apav relatorio_anual_2013Estatisticas apav relatorio_anual_2013
Estatisticas apav relatorio_anual_2013
 
Crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências linha de c...
Crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências   linha de c...Crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências   linha de c...
Crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências linha de c...
 
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e ...
 
Genero 06
Genero 06Genero 06
Genero 06
 

Mais de JoelmaAlves49

manual-do-cuidador-da-pessoa-idosa-2008.pdf
manual-do-cuidador-da-pessoa-idosa-2008.pdfmanual-do-cuidador-da-pessoa-idosa-2008.pdf
manual-do-cuidador-da-pessoa-idosa-2008.pdfJoelmaAlves49
 
guia_pratico_cuidador.pdf
guia_pratico_cuidador.pdfguia_pratico_cuidador.pdf
guia_pratico_cuidador.pdfJoelmaAlves49
 
mduloavd-avdifinal-111220180849-phpapp01.pdf
mduloavd-avdifinal-111220180849-phpapp01.pdfmduloavd-avdifinal-111220180849-phpapp01.pdf
mduloavd-avdifinal-111220180849-phpapp01.pdfJoelmaAlves49
 
apostiladecuidadordeidosos-cpia-cpiax-140901173218-phpapp02 (1).pdf
apostiladecuidadordeidosos-cpia-cpiax-140901173218-phpapp02 (1).pdfapostiladecuidadordeidosos-cpia-cpiax-140901173218-phpapp02 (1).pdf
apostiladecuidadordeidosos-cpia-cpiax-140901173218-phpapp02 (1).pdfJoelmaAlves49
 
www-iamspe-sp-gov-brimagescartilhasmanuaismanual-cuidadores-130423221022-phpa...
www-iamspe-sp-gov-brimagescartilhasmanuaismanual-cuidadores-130423221022-phpa...www-iamspe-sp-gov-brimagescartilhasmanuaismanual-cuidadores-130423221022-phpa...
www-iamspe-sp-gov-brimagescartilhasmanuaismanual-cuidadores-130423221022-phpa...JoelmaAlves49
 
guia_pratico_cuidador.pdf
guia_pratico_cuidador.pdfguia_pratico_cuidador.pdf
guia_pratico_cuidador.pdfJoelmaAlves49
 
Folha a4 TFG I Kaynã.pdf
Folha a4 TFG I Kaynã.pdfFolha a4 TFG I Kaynã.pdf
Folha a4 TFG I Kaynã.pdfJoelmaAlves49
 

Mais de JoelmaAlves49 (8)

manual-do-cuidador-da-pessoa-idosa-2008.pdf
manual-do-cuidador-da-pessoa-idosa-2008.pdfmanual-do-cuidador-da-pessoa-idosa-2008.pdf
manual-do-cuidador-da-pessoa-idosa-2008.pdf
 
guia_pratico_cuidador.pdf
guia_pratico_cuidador.pdfguia_pratico_cuidador.pdf
guia_pratico_cuidador.pdf
 
mduloavd-avdifinal-111220180849-phpapp01.pdf
mduloavd-avdifinal-111220180849-phpapp01.pdfmduloavd-avdifinal-111220180849-phpapp01.pdf
mduloavd-avdifinal-111220180849-phpapp01.pdf
 
PL-3004-2023.pdf
PL-3004-2023.pdfPL-3004-2023.pdf
PL-3004-2023.pdf
 
apostiladecuidadordeidosos-cpia-cpiax-140901173218-phpapp02 (1).pdf
apostiladecuidadordeidosos-cpia-cpiax-140901173218-phpapp02 (1).pdfapostiladecuidadordeidosos-cpia-cpiax-140901173218-phpapp02 (1).pdf
apostiladecuidadordeidosos-cpia-cpiax-140901173218-phpapp02 (1).pdf
 
www-iamspe-sp-gov-brimagescartilhasmanuaismanual-cuidadores-130423221022-phpa...
www-iamspe-sp-gov-brimagescartilhasmanuaismanual-cuidadores-130423221022-phpa...www-iamspe-sp-gov-brimagescartilhasmanuaismanual-cuidadores-130423221022-phpa...
www-iamspe-sp-gov-brimagescartilhasmanuaismanual-cuidadores-130423221022-phpa...
 
guia_pratico_cuidador.pdf
guia_pratico_cuidador.pdfguia_pratico_cuidador.pdf
guia_pratico_cuidador.pdf
 
Folha a4 TFG I Kaynã.pdf
Folha a4 TFG I Kaynã.pdfFolha a4 TFG I Kaynã.pdf
Folha a4 TFG I Kaynã.pdf
 

Último

Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfGiza Carla Nitz
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfAula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAgabriella462340
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptaçõesTHIALYMARIASILVADACU
 

Último (20)

Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdfAula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
Aula 4 - Centro Cirúrgico -Materiais.pdf
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdfAula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
Aula 6 - Sistema Circulatório cardiovascular - Anatomia humana.pdf
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdfAula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
Aula 10 - Doenças Cardiovasculares - Infecciosas.pdf
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdfAula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
Aula 6- Biologia Celular - Nucleo da Célula Mitose e Meiose.pdf
 
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
 
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
2. ADAPTAÇÕES VIDA EXTRA UTERINA.pdftodas as adaptações
 

Enfrentando a violência contra idosos

  • 1. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA IDOSA NA SAÚDE Orientações para Gestores e Profissionais de Saúde PortoAlegre – RS 2016
  • 2. SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA IDOSA NA SAÚDE Orientações para Gestores e Profissionais de Saúde PortoAlegre – RS 2016
  • 3. 2016 Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é da área técnica. Elaboração, distribuição e informações: Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul Departamento de Ações em Saúde Grupo de Trabalho de Atenção as Pessoas em Situação de Violência Organização: Gisleine Lima da Silva (Especialista em Saúde) Priscilla da Silva Lunardelli (Especialista em Saúde) Colaboradores: Drean Falcão da Costa (Residente da Escola de Saúde Pública do RS) Simone Gomes Costa (Estagiária do Curso de Graduação em Serviço Social) Direção: Élson Romeu Farias Rebel Zambrano Machado
  • 4. INTRODUÇÃO A violência contra pessoas idosas é um fenômeno cada vez mais frequente e se desenvolve, principalmente, nas relações sociais e interpessoais, perpassando todas as classes sociais. Como as vítimas, em geral, estão em situação de vulnerabilidade, esse tipo de violência vem associada com relações de poder, acarretando adversidades tanto na esfera social e psicológica, quanto econômica. Nesse sentido, entende-se que a violência é um problema de saúde pública e, portanto, merece um tratamento especial, bem como a elaboração mecanismos que permitam atenua-la. Desde 2006, a partir da Portaria MS/GM n. 1.356, foi criado o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes em Serviços Sentinelas (VIVA) com o objetivo de analisar a tendência das violências e descrever o perfil das vítimas. Desde então, o Ministério da Saúde, vem trabalhando para implementa-lo, de modo a garantir a visibilidade desses eventos violentos. A partir desse Sistema, é possível estabelecer indicadores, permitindo qualificar os dados e informações recebidas sobre cada caso de modo a fortalecer a rede de proteção ao idoso. Assim, será possível pactuar com os Estados e municípios ações de enfrentamento a problemática. Ademais é importante ter clareza do papel dos serviços e dos profissionais de saúde no processo de enfrentamento da violência. Eles têm a responsabilidade na prevenção, diagnóstico, tratamento e cuidado das pessoas idosas em situação de violência. Por essa razão, esta publicação destina-se a orientar e informar no que se refere a identificação dos sinais de possíveis casos de violência; a importância de sua notificação; bem como conhecer a linha de cuidado e demais encaminhamentos das vítimas.
  • 5. O que é violência? “O uso intencional de força física ou poder, real ou em ameaça contra si próprio, contra outra pessoa ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.” Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatório mundial sobre violência e saúde. Brasília: OMS; 2002. População mais Vulnerável Crianças e adolescentes, mulheres, LGBTTS, idosos, moradores de rua, pessoas com deficiência e pessoas em situação de vulnerabilidade e risco social.
  • 6. O QUE DIZ O ESTATUTO DO IDOSO? Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: I – autoridade policial; II – Ministério Público; III.– Conselho Municipal do Idoso; IV.– Conselho Estadual do Idoso; V – Conselho Nacional do Idoso. NOTIFICAÇÃO NÃO É DENÚNCIA!
  • 7. ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA NOTIFICAÇÃO Em 2006, o Ministério da Saúde criou o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA). Um dos componentes do VIVA é o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), que é formado pela vigilância contínua de violência doméstica, sexual, e/ou outras violências interpessoais e autoprovocadas. Esse monitoramento é muito importante pois serve de subsídios para elaboração, monitoramento, avaliação e execução de políticas públicas de enfrentamento da violência. Cabe destacar que o objeto de notificação do Viva/Sinan é a violência interpessoal e autoprovocada contra mulheres e homens em todas as idades. No âmbito da violência interpessoal destaca-se: violência psicológica/moral, financeira/econômica, sexual, tortura, tráfico de pessoas, trabalho infantil, negligência/abandono e intervenção por agente legal. Já a violência autoprovocada compreende-se como o uso intencional de força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou venha resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou de privação. O monitoramento é realizado por meio da Ficha de Notificação/Investigação de Violência Interpessoal ou Autoprovocada. Esse instrumento contém campos sobre dados gerais da notificação (tipo de notificação, data da notificação, UF, município de notificação, unidade de saúde, data da ocorrência da violência), notificação individual (nome do paciente, data Secretaria de Vigilância em Saúde/MS 120 de nascimento, idade, sexo, gestante, raça/cor, escolaridade, número do cartão SUS, nome da mãe), dados de residência da vítima, dados da ocorrência, tipologia da violência, violência sexual, consequências da violência, lesões decorrentes da violência, dados do provável autor da agressão, e encaminhamento e classificação final do caso. A notificação é uma obrigação institucional, cabendo aos serviços, aos(às) gestores(as) e/ou profissionais a responsabilidade de realizar a notificação compulsória em conformidade com a legislação vigente. Cabe à gestão local definir estratégias de acompanhamento dos casos e dar suporte aos profissionais.
  • 8. FLUXO DO VIVA/SINAN ComponenteViva/Sinan Serviços de Saúde/preenchimento da ficha de notificação Coleta contínua 1ª via: Serviço de saúde 2ª Via: Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Vigilância em Saúde/ Vigilância Epidemiológica Digitação, consolidação e análise dos dados Implementação de políticas de enfrentamento Coordenadorias Regionais de Saúde Consolidação dos dados Implementação de políticas de enfrentamento Secretaria Estadual de Saúde Vigilância em Saúde /Vigilância Epidemiológica Consolidação e análise dos dados Implementação de políticas de enfrentamento Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Consolidação e análise dos dados Implementação e políticas de enfrentamento
  • 9. REDE DE PROTEÇÃO À PESSOA IDOSA NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA ÓRGÃO O QUE FAZ? Saúde - Capacitar os profissionais de saúde para desenvolver um olhar qualificado na identificação precoce dos casos de violência no contexto doméstico e intrafamiliar; - Acolhimento, atendimento, notificação, acompanhamento e assistência em saúde; -Encaminhamento para o serviço especializado da Política de Assistência Social ou para delegacia especializada. -Em caso de situações relativas a saúde mental deve-se encaminhar para os CAPS; -Os serviços de saúde devem assumir uma postura de responsabilização, bem como desenvolver uma estrutura de atendimento voltada à identificação e acompanhamento terapêutico das situações de violência. -Notificar por meio da Ficha de Notificação a Vigilância Sanitária do Município os casos de violência contra o idoso. -Comunicar a autoridade policial, o Ministério Público e o Conselho Municipal do Idoso. Assistência Social - Assegurar proteção social imediata e atendimento interdisciplinar às pessoas em situação de violência; - Fortalecer os vínculos familiares e a capacidade protetiva da família; - Fortalecer as redes sociais de apoio da família; -Proceder a inclusão das famílias no sistema de proteção social e nos serviços públicos, conforme necessidades; - Reparar de danos e da incidência de violação de direitos; - Prevenir a reincidência de violações de direitos. Conselho Municipal do Idoso - As denúnciasdevem dirigidasao ConselhoMunicipaldo Idoso,na faltadesse, ao Conselho Estadual do Idoso, na falta desse ao Conselho Nacional do Idoso. - supervisão, acompanhamento, fiscalização e avaliação da política nacional do idoso em suas instâncias político-administrativas nas esferas municipal, estadual e federal - As denuncias são registradas e avaliadas, em seguida notifica-se o acusado (a) e/ou faz-se uma visita domiciliar para averiguar a situação do idoso assistido e a veracidade da informação. -Os casos de violência psicológica podem ser solucionadas e acompanhadas somente no âmbito do Conselho. Para os casos mais graves, como agressão física, sexual, cárcere privado e violência financeira, ocorre o encaminhamento por parte do presidente do conselho para o Ministério Público. -Muitos casos são resolvidos, mediante acordo ou termo de responsabilidade. E outros são encaminhados aos serviços de competência: CREAS, CRAS, Secretaria de Saúde, Secretaria de Cidadania e Promoção Social, CAPS II, CAPS ad, Comunidades terapêuticas (fazenda Peão) Ministério Público, onde a estrutura física e de recursos humanos dos serviços são adequadas e satisfatórias. (MORAES, 2015). Delegacia do Idoso - É responsável por receber e apurar denúncias e ocorrências que envolvam maus tratos a pessoas com idade acima de 60 anos.
  • 10. - As ocorrências feitas na delegacia são avaliadas e posteriormente investigadas se for necessário. -As denúncias recebidas pelo Disque 100 e 181 são todas investigadas e é instaurado processo criminal se houver necessidade. Defensoria Pública É o órgão que assegura a assistência jurídica gratuita e integral aos idosos atendidos na Central Judicial do Idoso que comprovem a insuficiência de renda para arcar com as custas do processo e da contratação de um advogado particular. O Núcleo Especializado da Defensoria Pública orientando-os sobre seus direitos, presta assistência jurídica e acompanha todas as etapas do processo judicial, de natureza cível ou criminal. Ministério Público - Trabalhar preventivamente pequenos conflitos e situações que possam se agravar gerando casos de violência. -Tomam as providências judiciais e extrajudicias em defesa das pessoas idosas. Disque 100 e 181 - O disque-denúnciarecebe ligações de telefonesfixosoumóveis,24 horaspor dia, sete dias por semana, traduzindo-se num canal seguro disponibilizado à população para qualquer informação de interesse da segurança pública. -Em todas as ligações é garantido sigilo e o anonimato do informante, que recebe uma senha secreta para complementar, acompanhar e cobrar, qualquer tempo a tramitação da denúncia junto aos órgãos responsáveis.
  • 11. Como identificar violência contra pessoas idosas: Detectar situações de violência nem sempre é tarefa fácil, por essa razão, o fenômeno permanece velado e escondido pelos protagonistas. Contudo, é responsabilidade do profissional de saúde criar mecanismos para identificar o fenômeno da violência. Os profissionais devem estar conscientes de que enfrentarão alguns obstáculos na sua atuação, mas é preciso reconhecer e superar essas dificuldades. Elas podem vir das próprias pessoas idosas, das famílias, dos cuidadores, dos próprios profissionais e até mesmo da sociedade que não enxerga a violência contra a pessoa idosa. A seguir, os sinais que podem indicar uma situação de violência no contexto doméstico/intrafamiliar: Tipos de Violência O que se entende Principais Sinais Violência física Ocorre quando uma pessoa, que está em relação de poder desigual em relação a outra, causa ou tenta causar dano não acidental, por meio do uso da força física ou de algum tipo de arma que pode provocar ou não lesões externas, internas ou ambas. Segundo concepções mais recentes, o castigo repetido, não severo, também se considera violência física. - Cortes; - Manchas escuras; - Queimaduras; - Feridas no corpo; - Feridas não tratadas; -Membros quebrados ou acidentados; - Diminuição de capacidade cognitiva e física. Negligência/Abandono é a omissão pela qual se deixou de prover as necessidades e cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social da pessoa atendida/vítima. Ex.: privação de medicamentos; falta de cuidados necessários com a saúde; descuido com a higiene; ausência de proteção contra as inclemências do meio, como o frio e o calor; ausência de estímulo e de condições para a frequência à escola. O abandono é uma forma extrema de negligência. -Sinais de desidratação e/ou desnutrição; - Feridas no corpo; - Cabelo por lavar; -Unhas dos pés e mãos por cortar; - Odores corporais; - Casa por limpar; -Cheiro a urina/fezes em casa; - Corte de água, telefone, electricidade ou gás (contas por pagar); - Geladeira vazia e alimentos estragados; -Lençóis de cama/toalhas de banho por mudar; - Medicamentos por tomar ou inexistentes; - Consultas médicas
  • 12. esquecidas e/ou não marcadas; -Sonolência constante (pode ser sinal da toma excessiva de medicamentos); -Roupa do idoso por lavar, o idoso está sempre vestido com a mesma coisa; - Desaparecimento inexplicado de óculos, aparelhos de audição, dentaduras ou outros equipamentos de auxílio. Violência Psicológica/Moral é toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes e utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de outrem. É toda ação que coloque em risco ou cause dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. -Comportamentos anormais; -O idoso parece ter medo dos seus cuidadores/não os quer “chatear”; -O idoso passa a ter medo de coisas que antes não tinha; - Não quer ficar sozinho; -Implora que não vá embora depois de uma visita habitual; -Deixa de conversar como antes; - Sinais de depressão, nervosismo, ansiedade; -O idoso chora com facilidade; - Não responde a questões ou dá explicações questionáveis sobre o seu estado ou algo que lhe tenha acontecido; - As visitas aos idosos são feitas exclusivamente na presença do seu cuidador. Violência Sexual é qualquer ação na qual uma pessoa, valendo-se de sua posição de poder e fazendo uso de força física, coerção, intimidação ou influência psicológica, com uso ou não de armas ou drogas, obriga outra pessoa, de qualquer sexo Atenção! Também pode ser o ato de submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de força ou grave ameaça, provocando intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo. Incluem-se como violência sexual situações de estupro, abuso incestuoso, assédio sexual, sexo -O idoso tem medo de ser tocado; -O idoso não quer ser despido; -O idoso não quer tomar banho; -Manchas escuras na zona do peito/seios; -Infecções genitais recorrentes (sangramento, comichão, ardor, cortes, manchas escuras, dores nos órgãos genitais); -Aparecimento de doenças sexualmente transmissíveis
  • 13. forçado no casamento, jogos sexuais e práticas eróticas não consentidas, impostas, pornografia infantil, pedofilia, voyeurismo; manuseio, penetração oral, anal ou genital, com pênis ou objetos, de forma forçada. Inclui também exposição coercitiva/constrangedora a atos libidinosos, exibicionismo, masturbação, linguagem erótica, interações sexuais de qualquer tipo e material pornográfico. Igualmente caracterizam a violência sexual os atos que, mediante coerção, chantagem, que limitem ou anulem em qualquer pessoa a autonomia e o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos. A violência sexual é crime, mesmo se exercida por um familiar, seja ele, pai, mãe, padrasto, madrasta, companheiro(a), esposo(a). e/ou AIDS/HIV; - Aparecimento inexplicado de roupa ensanguentada e/ou rasgada. Violência Financeira/Econômica/ Patrimonial É o ato de violência que implica dano, perda, subtração, destruição ou retenção de objetos, documentos pessoais, instrumentos de trabalho, bens e valores da pessoa atendida/vítima. Consiste na exploração imprópria ou ilegal, ou no uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais. Esse tipo de violência ocorre, sobretudo, no âmbito familiar, sendo mais frequente contra as pessoas idosas, mulheres e deficientes. Interdição de pessoa idosa sem perda de autonomia e/ou independência. -Desaparecimento inexplicado de bens valiosos (joias, arte, heranças de família…); -Aquisição de bens inexplicados ou inapropriados; -Doações repentinas e/ou contínuas a “causas sociais” ou de caridade; -Inclusão inesperada de nomes às contas e cartões bancários do idoso; -Uso excessivo de empréstimos bancários; - Alterações repentinas ao testamento vital do idoso; -Documentos com a assinatura falsificada do idoso; -Aparecimento inexplicado de familiares/amigos distantes. Tráfico de seres humanos Inclui o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento de pessoas, recorrendo à ameaça, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade, ao uso da força ou outras formas de coação, ou à situação de vulnerabilidade, para exercer a prostituição, ou trabalho sem remuneração, incluindo o doméstico, escravo ou de servidão, casamento servil
  • 14. ou para a remoção e comercialização de seus órgãos, com emprego ou não de força física. O tráfico de pessoas pode ocorrer dentro de um mesmo país, entre países fronteiriços ou entre diferentes continentes. Toda vez que houver movimento de pessoas por meio de engano ou coerção, com o fim último de explorá-las, estaremos diante de uma situação de tráfico de pessoas. Tortura é o ato de constranger alguém com emprego de força ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental com fins de: Obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; Provocar ação ou omissão de natureza criminosa; o Em razão de discriminação racial ou religiosa. (Lei 9.455/1997). Violência por Intervenção legal Trata-se da intervenção por agente legal público, isto é, representante do Estado, polícia ou de outro agente da lei no exercício da sua função. Segundo a CID- 10, pode ocorrer com o uso de armas de fogo, explosivos, uso de gás, objetos contundentes, empurrão, golpe, murro, podendo resultar em ferimento, agressão, constrangimento e morte. A Lei nº. 4.898/65 define o crime de abuso de autoridade e estabelece as punições para esta prática. A CID-10 adota o termo “intervenção legal e operações de guerra” e lhe atribui os códigos de Y35 a Y36. Outros: qualquer outro tipo de violência não contemplado nas categorias anteriormente citadas. É OBRIGATÓRIO ESPECIFICAR. Importante! Nos casos de tentativa de suicídio e autoagressão, especificá-los nesse campo. Fonte: http://cuidamos.com/artigos/como-detectar-sinais-abuso-negligencia-idosos
  • 15. A notificação de violência é dever do profissional de saúde. A maior violência contra um idoso é a sua omissão.