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CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
Trabalho Final de Graduação I – TFGI
Acadêmica: Kaynã Neves Feuser
Orientador: Ramon Lima de Carvalho
Tubarão, novembro 2016
Curso de Arquitetura e Urbanismo
UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I – TFG I
Elaborado e apresentado pela acadêmica Kaynã Neves Feuser
do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul
de Santa Catarina, foi aprovado pela banca avaliadora seguinte:
__________________________________
Prof. Orientador Ramon Lima de Carvalho
__________________________________
Prof. Arquiteto e Urbanista
__________________________________
Prof. Arquiteto e Urbanista
Tubarão, novembro 2016
DADOS CADASTRAIS
ACADÊMICA
Kaynã Neves Feuser
ENDEREÇO
Rua Manoel Júlio Pereira
Centro
Gravatal – SC
CONTATO
(48) 99868103
Kayna.nevesfeuser@hotmail.com
MATRÍCULA: 34105
PERÍODO: 9º Semestre
TÍTULO DO TRABALHO
Centro Geriátrico Gravatá
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus, por me dar forças e saúde para que consiga me
graduar do curso de arquitetura e urbanismo.
Sou imensamente grata aos meus pais, Dirceu e Jacira, pelo exemplo de pessoas
maravilhosas. E também por todos os ensinamentos que me propuseram e me tornaram
a pessoa que sou hoje. Ao Alexsandro Claudino Michels por me ajudar a fazer tudo isso
possível. E a toda a minha família pelo amor, apoio e paciência prestados no momento
da realização do Trabalho de Final de Graduação I.
Agradeço também aos meus colegas que me estiveram presentes em todo o curso.
Ao meu colega Vitor Fernandes que sempre me ajudou com programas e softwares, ao
Evandro Esmeraldino que me passou segurança, paciência e sabedoria ao longo do
curso. E a Sofia Fretta Althoff Medeiros que muito me ensinou, e sou grata
principalmente por me ensinar a ver a vida de uma melhor forma. E principalmente a
minha colega Beatriz Della Giustina que esteve presente comigo em todos os
momentos, principalmente nas noites de estudos e que me deu apoio e incentivo para a
conclusão deste curso. São pessoas que irei levar para o resto da vida.
Obrigada a todos os professores que participaram da minha vida acadêmica, por me
passarem seus conhecimentos.
E por ultimo, agradeço ao meu orientador Ramon Lima de Carvalho que me dedicou
seu tempo me auxiliando para a elaboração deste presente Trabalho Final de
Graduação I.
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação do Tema........................05
1.2 Objetivos Gerais..................................05
1.3 Objetivos Específicos...........................06
1.4 Problemática / Justificativa..................06
1.5 Metodologia.........................................07
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O idoso na sociedade brasileira...........09
2.2 Doenças comuns na terceira idade......10
2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o
idoso..........................................................12
2.4 Água termal.........................................14
3 REFERENCIAL PROJETUAL
3.1 Hiléa....................................................20
3.2 Residencial Torre Sénior......................28
4 ESTUDO DE CASO
4.1 Casa de Repouso Lírio do Vale............38
5 ANÁLISE DA ÁREA
5.1 História.................................................43
5.2 Panorama Geográfico..........................43
5.3 Localização Macro...............................44
5.4 Cheios e vazios....................................45
5.5 Uso do solo..........................................46
5.6 Gabarito...............................................46
5.7 Público e Privado.................................47
5.8 Análise da Área Específica da
Proposta....................................................47
6 PARTIDO
6.1 Conceito............................................52
6.2 Diretrizes e Intenções de Projeto.....53
6.3 Programa de Necessidades / Pré-
dimensionamento....................................54
6.4 Fluxograma.......................................56
6.5 Zoneamento......................................57
6.6 Implantação.......................................59
6.7 Volumetria.........................................60
6.8 Planta................................................61
6.9 Hierarquia Espacial...........................65
6.10 Sistema Construtivo e
Materialidade...........................................66
6.11 Croqui..............................................67
CONCLUSÃO
Conclusão...............................................70
BIBLIOGRAFIA
Referenciais Bibliográficos......................72
APÊNDICE
1.1 Questionário Hotéis...........................76
1.2 Entrevista Abrigo dos Velhinhos.......78
1.3 Entrevista Casa de Repouso Lírio do
Vale.........................................................79
ANEXO
1.1 Anexo 01...........................................81
1.2 Anexo 02...........................................86
1.3 Anexo 03...........................................92
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
CAPÍTULO
01
integração, onde o idoso se sinta útil para a comunidade,
podendo compartilhar sua larga experiência, estimulando
assim, o corpo e a mente.
1.2 OBJETIVOS GERAIS
Estudo e aprofundamento no tema lazer, saúde, cultura
e acessibilidade para a terceira idade, a fim de que obtenha
soluções arquitetônicas para a elaboração do partido de um
Centro Geriátrico na cidade de Gravatal/SC, com o intuito
de melhorar a qualidade de vida das pessoas com mais
experiência.
05/94
Capítulo 01
INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação do
Tema
1.2 Objetivos Gerais
1.3 Objetivos Específicos
1.4 Problemática/
Justificativa
1.5 Metodologia
1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA
Ao analisar a população brasileira nota-se o aumento
de pessoas com maior idade, atualmente a expectativa de
vida dos brasileiros é de 75,2 anos (IBGE 2014), isso
ocorre devido a inúmeros motivos, principalmente por
consequência do avanço da medicina, ciência e tecnologia.
Portanto, a população precisa se preparar para a velhice,
para que possam viver sua longevidade com dignidade,
qualidade e em lugares capacitados.
Desta forma, o Trabalho Final de Graduação I (TFGI)
refere-se ao estudo de tratamentos gerontológicos, o lazer
na terceira idade, o envelhecimento ativo e as normas e
estatutos que visam a elaboração de um partido
arquitetônico que respeite as condicionantes do idoso.
A proposta é a elaboração de um Centro de Integração,
Saúde e Habitação que proporcionará uma melhor
qualidade de vida. Localizado em Gravatal/SC, o Centro
oferecerá moradia a idosos independentes e dependentes,
com serviço médico, enfermagem 24 horas, área de lazer,
área esportiva, oficinas ocupacionais, restaurante,
lavanderia e piscinas para tratamento hidroterápico.
Para viver bem em sociedade, é imprescindível que
haja a integração com pessoas de todas as idades,
conforme a figura 01, segundo a gerontológa Mariana
Almeida “as relações sociais também promovem o bem-
estar mental na velhice. A ausência de convívio social pode
causar severos efeitos negativos na capacidade cognitiva
geral, além de depressão”. Desta maneira, o projeto
contará com oficinas ocupacionais que promovam tal
Figura 01: Os idosos de amanhã
Fonte: Site SempreIncluidos
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
06/94
Capítulo 01
INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação do
Tema
1.2 Objetivos Gerais
1.3 Objetivos Específicos
1.4 Problemática/
Justificativa
1.5 Metodologia
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Familiarização com o tema, pesquisando sobre a
situação dos idosos no Brasil, assim como suas
necessidades, através de estudos bibliográficos, leis,
normas e estatutos;
 Conhecer os problemas de saúde relacionados a
velhice, bem como as terapias (figura 02), atividades
ocupacionais, esportes e os tratamentos para a
melhoria da qualidade de vida;
 Analisar maneiras que promovam inserção do idoso
na sociedade;
 Adquirir larga experiência, conhecendo e analisando
locais com o mesmo tema proposto, além de aplicar
questionários para que possa analisar as boas
soluções e problemas encontrados pós-ocupação;
 Concepção de um programa de necessidades que
respeite as condicionantes da população de mais
idade;
 A escolha de um terreno apropriado para o Centro,
localizado de modo que facilite a vida do idoso e não
o deixe isolado da comunidade. Analisar as
características do terreno e o seu entorno;
Figura 02: Terapias integração do idoso
Fonte: Blog Rodrigodelmasso
 Elaboração de um partido arquitetônico para o Centro
de Integração, Saúde e Habitação, respeitando todas
as condicionantes a cima citadas;
1.4 PROBLEMÁTICA/ JUSTIFICATIVA
De acordo com o Caderno de Informação em Saúde de
Santa Catarina:
“O Brasil experimenta um
processo de transição demográfica
profunda provocada, pela queda da
fecundidade, redução da mortalidade
infantil e pelo aumento da
longevidade. O envelhecimento da
população em Santa Catarina ocorre
com velocidade maior que a média do
país.”
Juntamente com o crescimento da longevidade
populacional, vem o aumento de problemas com o idoso.
Na medida em que muitos são tratados com indiferença
pela sociedade, acabam desenvolvendo doenças como a
depressão, ocasionada pela sensação de abandono e
solidão.
Atualmente, encontrar um local ideal para as pessoas
de mais idade se torna uma tarefa árdua. Existem
Instituições que abrigam os idosos, como Casas de
Repouso, Clínicas Geriátricas, Abrigos e Asilos, porém,
muitos desses lugares não possuem infraestrutura e
assistência necessária as limitações consequentes da
idade.
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
1.5 METODOLOGIA
Embasamento teórico para a elaboração do TFGI por
meio de pesquisas em livros, leis, normas, estatutos,
revistas e internet. Análise de referenciais projetuais e
estudo de caso, a fim de que se obtenha ampliação de
conhecimento do tema deste trabalho.
Conhecer o entorno da área de intervenção (figura 04),
seus acessos, hierarquias viárias, equipamentos urbanos,
cheios e vazios, uso do solo, gabarito, aspectos
econômicos-sociais e analisar a topografia, os aspectos
físicos e os condicionantes legais do terreno.
Elaboração do partido arquitetônico que será
desenvolvido e entregue como anteprojeto no TFGII.
07/94
Capítulo 01
INTRODUÇÃO
1.1 Apresentação do
Tema
1.2 Objetivos Gerais
1.3 Objetivos Específicos
1.4 Problemática/
Justificativa
1.5 Metodologia
A cidade de Gravatal/SC atrai muitos turistas, a maioria
de mais idade, devido a sua natureza exuberante e pelas
águas termais, representados na figura 03, as quais
possuem propriedades terapêuticas, sendo recomendadas
para diversos tratamentos médicos. Muitos desses turistas,
acabam se encantando pela cidade e decidem por morar
em Gravatal, sendo assim, a intenção é oferecer um Centro
de Idosos que alavanque a vinda de moradores para a
cidade, gerando o movimento da economia local.
O objetivo é que seja um ambiente de confiança e de
qualidade aos idosos, com excelente infraestrutura e
funcionários capacitados, oferecendo uma melhor
qualidade de vida e prazer a terceira idade.
Figura 03: Turistas em Gravatal/SC
Fonte: Blog Rodrigodelmasso
Figura 04: Área de intervenção
Fonte: Acervo pessoal, 2016
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
CAPÍTULO
02
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
09/94
Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O IDOSO NA SOCIEDADE BRASILEIRA
Atualmente podemos notar que a população de mais de
60 anos de idade no Brasil está aumentando, Santa
Catarina por sua vez tem a maior expectativa de vida ao
nascer: 78,4 anos. Além disso, o estado obteve um
aumento de 16,8% de idosos em relação ao ano de 2000,
de acordo com o censo do IBGE de 2010.
Gráfico 01: Expectativa de vida ao nascer
Fonte: IBGE/2014
A principal razão para contribuir para o
aumento da expectativa de vida do homem
moderno está na queda substancial da
mortalidade infantil. Além disso, os avanços
prodigiosos da medicina, da higiene e do
saneamento básico [...] foram os principais
fatores a contribuir para aumentar,
desmedidamente, a faixa etária dos longevos.
(AZUL et al., 1981, p.330)
Com o aumento da longevidade a população precisa se
preparar para suprir essa demanda, com lugares
confortáveis, confiáveis e acessíveis para destinar seus
parentes, além de recursos financeiros para o investimento
em medicamentos, tecnologia e pessoal qualificado.
Além das alterações biológicas, como a diminuição da
capacidade física, motora e o surgimento de doenças, o
envelhecimento traz problemas psicológicos, muitas vezes,
por consequência da perda da independência, autonomia e
dos contatos sociais. Em alguns casos são abandonados
pela família e acabam vivendo em instituições precárias,
sem o mínimo de acessibilidade e profissionais
capacitados.
Uma pessoa que passou 60 anos na
pobreza, sem condições mínimas de
sobrevivência, projeta na terceira idade a
possibilidade de talvez conquistar um espaço
ou ao menos o reconhecimento pelo que
produziu durante sua trajetória. Todavia, este
idoso encontra novas dificuldades, pois além
de todas as questões presentes em sua vida,
ainda precisa superar preconceitos por ser
velho e ser considerado inútil e incapaz,
enfim, um peso para a sociedade.
(SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2012)
Fica claro que os problemas da velhice
não se relacionam exclusivamente à saúde.
Assim, o enfermeiro, o assistente social, o
nutricionista, o fisioterapeuta, o terapeuta
ocupacional, o psicólogo, o dentista, o
musicoterapeuta e até o advogado e o
arquiteto podem contribuir efetivamente para
o equilíbrio físico, mental e social do idoso
(VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72).
Portanto são necessários programas e iniciativas para
que o idoso se reintegre na sociedade, da sua maneira,
respeitando suas necessidades e deficiências, de modo
que ele contribua com sua larga experiência de vida e
conhecimentos.
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
2.2 DOENÇAS COMUNS NA TERCEIRA IDADE
Apesar da velhice ser considerada sinônimo de
doenças, há muitos idosos em perfeito estado de saúde
física e mental, isto acaba se tornando um preconceito da
sociedade em relação a essa faixa etária.
Com o avanço da idade começam a surgir limitações na
locomoção e diminuição da capacidade visual, o que acaba
transformando o dia-a-dia do idoso, sendo necessários
maiores cuidados com acessibilidade para evitar acidentes.
Alzheimer, Parkinson e Depressão são doenças comuns em
pessoas a partir dos 65 anos. Portanto, são necessários
incentivos para o estudo de melhorias para essas doenças,
que a população se prepare para lidar com ela.
2.2.1 Alzheimer
Segundo o Instituto Alzheimer Brasil:
A doença de Alzheimer (DA) é a principal
causa de demência, representando cerca de
50 a 80% dos casos. É uma doença que afeta
o funcionamento do cérebro de modo lento e
progressivo, caracterizada pelo
comprometimento de duas ou mais funções
cognitivas como: memória, Linguagem,
atenção, raciocínio lógico, julgamento,
planejamento, habilidade visual e espacial,
graves o suficiente para interferir nas
atividades da vida diária da pessoa. (figura 05)
Atualmente não há cura, mas o tratamento com
medicamentos logo no início da doença pode atrasar a
evolução. Estes medicamentos ajudam somente a melhorar
temporariamente os sintomas, não vão reverter ou impedir
a evolução dos danos cerebrais causados por essa doença.
10/94
Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
2.1.2 Legislação e Acessibilidade
Para os idosos, os ambientes acessíveis proporcionam
uma melhor qualidade de vida, minimizando as dificuldades
encontradas pelos idosos e proporcionando autonomia e
segurança. Para proporcionar esses ambientes utilizam-se
as normas como a NBR 9050 (Anexo 01) que estabelece
os parâmetros para a elaboração de um projeto
arquitetônico acessível. E também a ANVISA (Anexo 02)
que estabelece regras que proporcionem um melhor
conforto as instituições.
O Estatuto do Idoso (Anexo 03), Lei nº 10.741, de 1º
outubro de 2013, de autoria do deputado federal Paulo
Paim, foi elaborado graças a organização e mobilização
dos aposentados, pensionistas e idosos vinculados à
Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas
(COBAP).
O estatuto garante os direitos fundamentais as pessoas
com mais de 60 anos como atendimento preferencial,
acesso a serviços de saúde, fornecimento gratuito de
medicamentos pelo poder público assistência social,
participação na vida política, transporte público gratuito,
entre outros direitos.
A Lei prevê punição contra a violência, abandono e
discriminação do idoso. Sendo obrigação do estado
assegurar saúde, segurança e qualidade de vida a terceira
idade.
Figura 05: Alzheimer
Fonte: Site Emassis
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
A mudança do estilo de vida também pode ser
considerada um tratamento para retardar o aparecimento da
doença, como exercer atividades que estimulem o cérebro
como leitura, jogos, música, etc. A pratica de atividades
físicas, além da reeducação alimentar, onde alimentos
como cacau, vinho tinto e chá prometem diminuir o risco de
Alzheimer.
2.2.2 Parkinson
Conforme a Academia Brasileira de Neurologia:
A Doença de Parkinson é uma doença
degenerativa do sistema nervoso central,
crônica e progressiva. É causada por uma
diminuição intensa da produção de dopamina,
que é um neurotransmissor[...].
De acordo com o Hospital Israelita A. Einstein:
Existem mais de 150mil novos casos por
ano no Brasil, esta doença, afeta a
coordenação motora, provoca tremores, perda
do equilíbrio e dificuldades para se
movimentar. O Parkinson é muito comum na
terceira idade, sendo raro em jovens e adultos.
O Parkinson é uma doença sem cura e progressiva, a
qual se agrava ao longo do tempo, podendo ser tratada com
medicamentos, os quais, repõem parcialmente a dopamina
que está faltando, melhorando os sintomas, porém devem
ser usados durante toda a vida. Quando os medicamentos
falham, dependendo do caso, é recomentado cirurgias, que
diminuam os sintomas. É recomendado para o paciente a
mudança do seu estilo de vida, optando por uma boa
nutrição, exercícios físicos, fisioterapia, fonoaudiologia,
psicologia e terapia ocupacional.
2.2.3. Depressão
Para a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e
Portadores de Transtornos Afetivos, “a depressão
caracteriza-se por um estado em que o humor fica
deprimido, melancólico, „para baixo‟. O indivíduo sente
angústia, ansiedade, desânimo, falta de energia e,
sobretudo, uma tristeza profunda. Às vezes tédio e apatia
sem fim”. (figura 06)
As causas de depressão no idoso
configuram-se dentro de um conjunto amplo
de componentes onde atuam fatores
genéticos, eventos vitais, como luto e
abandono, e doenças incapacitantes, entre
outros. Cabe ressaltar que a depressão no
idoso frequentemente surge em um contexto
de perda da qualidade de vida associada ao
isolamento social e ao surgimento de doenças
clínicas graves (STELLA et al., 2002, p. 92).
Segundo entrevista ao Jornal Umuarama Ilustrado, de
Umuarama – PR, a coordenadora do Lar São Vicenti de
Paulo:
Do total de 98 internos, a média é de que
15% deles tenham depressão, além dos
problemas físico-mentais. Quando percebem
que foram abandonados pela família,
perderam a convivência com a sociedade e os
amigos não vêm visitar, geralmente
apresentam os sintomas da depressão.
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Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
Figura 06: Depressão
Fonte: Site Ehow Grafíco 02: Alzheimer
Fonte: Hospital Israelita A. Einsten (Abril/2016)
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
O tratamento é realizado por acompanhamento de
psicólogos, psiquiatras e medicamentos antidepressivos.
Porém, a família e amigos tem papel fundamental no
tratamento da doença, onde são necessárias visitas
regulares para que o paciente se sinta amado e lembrado.
2.3 LAZER E TERAPIAS OCUPACIONAIS PARA
O IDOSO
O lazer é um conjunto de ocupações às
quais o indivíduo pode entregar-se de livre
vontade, seja para repousar, seja para divertir-
se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para
desenvolver sua informação ou formação
desinteressada, sua participação social
voluntária ou sua livre capacidade criadora,
após livrar-se ou desembaraçar-se das
obrigações profissionais, familiares e sociais
(DUMAZEDIER, 2000, p.36).
O lazer é o momento em que a pessoa se dedica a fazer
atividades que lhe deem prazer, conforme a figura 07.
Atualmente há poucas atividades de lazer destinadas ao
idoso, mesmo que este possua maior tempo livre, portanto
são necessários lugares que proporcionem tais atividades,
para que o idoso tenha motivação em viver.
O envelhecimento ativo é um aspecto central,
aplicando-se tanto a indivíduos quanto a grupos
populacionais. Assim permite aos idosos compreender
o seu potencial para o bem-estar físico, social e
mental ao longo da sua vida. Facilitando assim, a
participação dos indivíduos na sociedade de acordo
com as suas necessidades, desejos e capacidades, e
ao mesmo tempo proporciona a proteção, a
segurança e os cuidados adequados, quando
necessários. Individualmente, o envelhecimento ativo
pode ser entendido como o conjunto de atitudes e
ações que podemos ter no sentido de prevenir ou
adiar as dificuldades associadas ao envelhecimento
(WHO, 2002 Apud FERREIRA; RAMOS, 2010).
Quando o indivíduo se aposenta passa a ter grande
quantidade de tempo livre e acaba se tornando um enigma
administrar todo esse tempo.
Para o idoso, viver como se estivesse em
constante „recreio‟, pode ser bastante
desagradável, por acabar indicando uma total
falta de sentido e de perspectiva de vida. O
lazer – que também significa ócio – deve ser
intercalado com ocupações que crie laços e
novos compromissos pessoais e sociais,
compatível com o interesse e história de cada
um. (VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72)
É preciso que o idoso tenha ocupações que estimulem
seu corpo e mente, observa-se na figura 08 a felicidade
durante a realização de terapias ocupacionais.
Figura 07: Lazer idoso
Fonte: Site Oabma
Figura 08: Terapia ocupacional
Fonte: Site Viva Clube Poa
2.3.1 Terapia Ocupacional
A terapia ocupacional tem como papel melhorar a
integração do idoso com a sociedade, fazendo com que se
sinta feliz e útil, além de desenvolver suas habilidades, para
que obtenha capacidade de desenvolver atividades
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
independentemente e melhorar sua saúde. Essa terapia pode ser por meio de
atividades físicas, como caminhadas, ginástica, pilates e entre outros. Como
também por atividades religiosas, artesanais, jardinagem, profissionalizantes,
pedagógicas, teatrais e no meio da informática.
Embora frequentemente associada à prescrição medicamentosa, a
terapia deve ser entendida como a utilização de uma ou mais intervenções
com o objetivo de reduzir o estado da doença, visando combater o agente
etiológico, evitar as complicações previsíveis, reduzir os sintomas e
otimizar a evolução. (FILHO et al., 2003, p.15)
“O objetivo fundamental da Terapia Ocupacional em Gerontologia é manter o
idoso ativo, proporcionando condições adaptativas para que ele viva de forma
satisfatória e possível, o seu dia-a-dia”. (VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72)
A atuação da terapeuta ocupacional tem como finalidade integrar o
idoso à sua própria comunidade, proporcionar contato com o mundo atual
e com a realidade, promover auto-realização, as relações interpessoais e
ajudar no processo de reabilitação física e/ou mental (VIEIRA; RAMOS,
1996, p. 72).
2.3.1.1 Musicoterapia
“A utilização do som, musical ou não, como elemento mobilizador no processo
terapêutico, busca o desenvolvimento bio-psico-social do indivíduo.” (VIEIRA;
RAMOS, 1996, p. 72)
Com a terceira idade, a musicoterapia, utiliza-se da bagagem musical
que o indivíduo experimenta no decorrer de suas etapas de vida. Os
procedimentos técnicos (cantar, tocar, ouvir, improvisar, etc.), por sua vez,
são capazes de promover processos de recuperação de lembranças,
resgate do prazer pela auto-expressão criativa, aumento da auto-estima a
partir da valorização de sua história de vida e intensificação das relações
interpessoais - elementos importantes para o sucesso terapêutico integral.
(VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72)
A terapia com música estimula a convivência, a fala, a memória, o raciocínio e
traz inúmeros benefícios a idosos portadores de depressão, onde acaba se
tornando uma atividade emotiva, podendo expressar seus sentimentos e trazendo
prazer (figura 09 e 10).
Figura 09: Musicoterapia
Fonte: Blog Mariacarolinamusica
Figura 10: Musicoterapia
Fonte: Blog Mariacarolinamusica
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
14/94
Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
2.3.2 Atividade física
A atividade física tem caráter preventivo e de manutenção da capacidade funcional do indivíduo. Ao evitar as
restrições ao desempenho físico, as doenças hipocinéticas (da diminuição da capacidade motora) e a consequentemente
inatividade, ela contribui para uma melhora do aparelho locomotor (músculos, controle gestual, articulações), do aparelho
cardiovascular (diminuindo a frequência cardíaca), do respiratório (aumentando o consumo de oxigênio e facilitando a
ventilação e as trocas gasosas respiratórias, do funcionamento cerebral (facilitando a hemodinâmica e estimulando a
memória através do esquema corporal), além dos efeitos positivos sobre a vida social (VIEIRA; RAMOS, 1996, p.22).
A prática de exercícios além de trazer melhorias para a saúde, principalmente em doenças cardiovasculares,
também traz outros benefícios para o idoso, como se sentir mais disposto e independente e fazendo com que ele se
relacione com outras pessoas. De acordo com a experiência geral e com a observação empírica, a prática de exercícios
contribui para aumentar a auto-estima do indivíduo da terceira idade (Gitlin e cols, 1992, apud PICKLES et al., 1998, p.
159).
É importante salientar que para uma atividade física segura e sem riscos, é necessária, antes de seu início, uma
visita ao cardiologista, com a execução de testes ergoespirométricos e um laudo detalhado direcionado ao profissional de
Educação física para que este possa programar a sequência de exercícios mais apropriada para cada aluno. O paciente
geriátrico deve manter acompanhamento médico periódico e o profissional de Educação Física que o atende deve estar
sempre readaptando o seu programa para a sua condição de saúde atual (GARBUGLO, 2009, p.17).
Figura 11: Idoso exercitando-se
Fonte: Site Vivo mais saudável
Figura 12: Idoso exercitando-se
Fonte: Site Globo Esporte
Figura 13: Idoso exercitando-se
Fonte: Site Vivo mais saudável
Figura 14: Idoso exercitando-se
Fonte: Site Malhar Bem
2.4 ÁGUA TERMAL
No Brasil, a legitimação do uso das águas termais acontece a partir de 1818, data associada a criação da primeira
estância termal brasileira. É durante o século XIX que nascem e se desenvolvem as práticas termais em espaços
institucionalizados pela medicina brasileira. Tudo começa com a descoberta das análises químicas e com a edificação de
alguns estabelecimentos termais (Caldas de Cubatão, Caxambu e Poços de Caldas) na segunda metade do mesmo século
(QUINTELA, 2004).
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
15/94
Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
Segundo o Hotel Internacional Gravatal:
A cidade de Gravatal, possui três
captações de águas termais, todas estão
localizadas no Hotel Termas do Gravatal,
figura 15, sendo considerada a segunda do
mundo em qualidade terapêutica, superada
apenas pelo complexo de Aux-Les-Thermes,
na França, e melhor do que a famosa água de
Baden-Baden, na Alemanha. Além de possuir
comprovada eficácia no tratamento de
diversas doenças.
De acordo com a Companhia Água Gravatal, “a cidade
esconde antigas atividades vulcânicas, lavas basálticas e a
fantástica água radioativa, que tem uma vazão de 2.000
litros por minuto à temperatura de 37ºC” (figura 16). A
utilização das águas termais da cidade é realizada apenas
por patrimônios privados, como os hotéis, os condomínios,
o parque aquático Acquativo (figura 18), etc.
Conforme entrevista com a Secretaria de Turismo de
Gravatal, a prefeitura de Gravatal tem como proposta a
criação de um Centro de Hidroterapia, que terá
acompanhamento especializado para a população que
necessite desse tratamento. O centro terá banheiras
individuais e coletivas, salas de terapias complementares
(banho de argila, vaporização, aspiração), vestiários,
recepção, fontanário e área de estacionamento.
A prefeitura já possui um local destinado para a
implantação deste projeto, segundo a Secretaria de Turismo
de Gravatal, o terreno localiza-se em Termas do Gravatal,
conforme a figura 19, perto dos hotéis da região e da Mata
Ciliar, o projeto se dará início no próximo ano.
Figura 16: Piscina termal em
Termas do Grav.
Fonte: Site Guia do litoral
Figura 15: Piscina termal em
Termas do Grav.
Fonte: Site Guia do litoral
Figura 17: Piscina Hotel
Internacional
Fonte: Site 100 Fronteiras
Figura 18: Parque Acquativo
Fonte: Arquivo pessoal, 2016
Mapa 01: Localização do Terreno para a
construção do Balneário Público
Fonte: Google Earth adaptado pela autora
Parque Aquático
Acquativo
Área da Proposta
Terreno Centro Hidroterápico
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
2.4.1 Hidroterapia
A Hidroterapia utiliza exercícios no meio aquático que são
os ideais para prevenir, manter, retardar e melhorar as
disfunções físicas e psicológicas do envelhecimento (Ruoti
et al, 2000 Apud FERREIRA, 2010).
O idoso apresenta uma multiplicidade de
sintomas como dor, fraqueza muscular, déficit
de equilíbrio, desordens na marcha, dentre
outros, que dificultam os exercícios em solo. O
meio aquático proporciona sensação de
redução do peso corporal, assim possibilita
maior liberdade de movimentos, mais
tranquilidade e segurança durante a execução
dos exercícios, uma vez que o risco de lesões
por quedas é mínimo (RESENDE, 2008).
Os componentes secundários do
condicionamento físico incluem velocidade,
potência, agilidade, reflexo, coordenação e
equilíbrio. Todos eles diminuem com a idade.
Assim como as demais degenerações
causadas pelo “processo do envelhecimento,
essas também podem tanto continuar quando
serem revertidas pela prática regular da
hidroginástica. (SOVA, 1998, p. 09)
Além dos inúmeros benefícios para a
saúde, a hidroterapia permite a socialização
do idoso, o lazer e estimula a prática de
exercícios físicos, combatendo o
sedentarismo. A prática constante da
hidroginástica beneficia ainda outros aspectos
da vida do idoso. Sua circulação melhora
muito e ele passa a dormir melhor, porque fica
mais relaxado. Mesmo os obesos perdem
algum peso (DELGADO, 2004, p.130).
Figura 19: Hidroterapia
Fonte: Site Rondoniadigital
A pessoa que pode nadar e participar de
qualquer outra atividade aquática possui uma
vantagem social. Essa habilidade a coloca em
posição de igualdade com os outros membros
da família e com os amigos, seja ela deficiente
ou não. Ela pode competir em nível
semelhante (CAMPION, 2000, p. 04).
Portanto a prática da hidroterapia melhora a qualidade de
vida física e mental do idoso, fazendo com que ele se sinta
integrado na sociedade (figura 19 e 20).
Figura 20: Hidroginástica
Fonte: Site Hotel Internacional
A água traz inúmeros benefícios para a saúde, seguem
abaixo indicações terapêuticas das águas termais segundo
o Dr. B.M. Mourão.
2.4.1.1 Inaloterapia
Consiste na inalação ou nebulização da água mineral, de
forma natural ou produzidos artificialmente.
 Rinites, especialmente alérgicas;
 Asma e processos asmatiformes;
 Afecções bronquiais crônicas (ação fluidificante das
secreções e efeito anticatarral);
 Bronquite dos fumantes;
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
17/94
Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
Figura 21: Beber água
Fonte: Site Medimagem
2.4.1.2 Hidropínico
O paciente deve ingerir de 600mL a 1200mL de água após as refeições, para
que as substâncias gordurosas da alimentação retenham a radioatividade.
(figura 21)
 Cura diurese (lavagens humoral, renal e hepática) provocando acentuada
remoção de edemas e escórias orgânicas, com aumento da diurese líquida
e sólida;
 Intoxicações hepatorrenais;
 Litíase do aparelho urinário e da vesícula biliar;
 Distúrbios provocados pelo ácido úrico;
 Glomerulonefrites não hidropigênicas (sem insuficiência renal);
 Aumento sanguíneo da uréia, colesterol e triglicerídios;
 Inflamações crônicas das vias urinárias: pelite e cistite;
 Síndromes alérgicas;
2.4.1.3 Balneoterapia
Os banhos de imersão constituem processos eficazes para a absorção
dos gases radioativos, principalmente pela pele. A duração dos banhos deve ser
de 16 a 60 minutos, em temperatura de 32 a 35ºC. (figura 22 e 23)
 Reumatismos;
 Estados congestivos e espasmódicos das vísceras abdominopélvicas;
 Varicosidade dos membros inferiores;
 No pós-traumático e no pós-cirúrgico;
 Sequelas reumáticas crônicas;
 Dermatoses secas pruriginosas;
 Sequelas de herpes zoster;
 Estados emotivos;
 Hipertensão e hipotensão;
2.4.1.4 Emanoterapia
Junto com a água mineral sobem gases radioativos ou emanações gasosas,
Figura 23: Banheira de
Hidromassagem Hotel Termas
Fonte: Site Gravatal.sc.gov
Figura 22: Banheira de
Hidromassagem Hotel Internacional
Fonte: Site GiroVip
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
também pode ser respirado diretamente na fonte (emanoterapia) ou em seus arredores (hidroclimatologia).
Neste aspecto, a hidroterapia está sendo uma das ferramentas mais utilizadas para complementar a fisioterapia
convencional. Contudo, nos três métodos mais utilizados Bad Ragaz, Halliwick e Watsu (PASTRELLO; PEREIRA, 2007).
O método Bad Ragaz (figura 24):
Atualmente, o método Bad Raggaz é constituído de técnicas de movimentos com padrões em planos anatômicos e
diagonais, com resistência e estabilização fornecidos pelo terapeuta. O posicionamento do paciente em decúbito dorsal é
mantido através de flutuadores nos seguimentos anatômicos. A técnica pode ser utilizada passiva ou ativamente em
pacientes ortopédicos, reumáticos ou neurológicos. Os objetivos terapêuticos incluem redução de tônus muscular, pré-
treinamento de marcha, estabilização de tronco, fortalecimento muscular e melhora da amplitude articular (BIASOLI;
MACHADO, 2006).
Para o método Halliwick:
O tratamento é feito à base do triângulo: respiração, relaxamento e equilíbrio. Esse triângulo é integrado, e se um
desses fatores estiver alterado, haverá uma tensão, afetando automaticamente o equilíbrio. Esse método pode ser
utilizado por qualquer pessoa, independente de ser ou não deficiente, especialmente para aquelas com medo de água ou
até as que apresentam problemas de solidão. Trazendo melhorias para a Paralisia cerebral, a espinha bífida, atrofias,
hemiplegia e problemas ortopédicos ou congênitos e outros. (DELGADO, 2004, p. 42)
A técnica Watsu:
O método Watsu é uma técnica suave, mas de efeito profundo e de grande potencial terapêutico. Criada em meados
dos anos 80, esta técnica é caracterizada por movimentos rítmicos rotacionais e em espirais, trações e manipulações
articulares, ora livres ora sequenciais, alongamentos passivos e alguns fundamentos de Shiatsu, como pressões sobre
alguns pontos de fluxo de energia (meridianos). (DULL, 1993 Apud PASTRELLO; PEREIRA, 2007)
Para a prática da hidroterapia, assim como de exercícios físicos é necessário acompanhamento médico. Segundo
Ferreira e Ramos, 2012, a hidroterapia é contraindicada em pacientes que apresentam:
 Insuficiência Cardíaca severa ou não controlada;
 Problemas gastrointestinais;
 Doenças infecto-contagiosas;
 Embolia pulmonar recente;
 Tímpanos perfurados;
 Gesso nos membros inferiores;
 Doentes com capacidade vital inferior a 1L;
 Problemas fúngicos graves;
18/94
Capítulo 02
REFERENCIAL
TEÓRICO
2.1 O idoso na
sociedade brasileira
2.2 Doenças comuns
na terceira idade
2.3 Lazer e terapias
ocupacionais para o
idoso
2.4 Água termal
Figura 24: Método Bad Ragaz
Fonte: BIASOLI; MACHADO, 2006
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
CAPÍTULO
03
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
3 REFERENCIAL PROJETUAL
3.1 HILÉA
3.1.1 Ficha Técnica
Localização: São Paulo
Conclusão da Obra: 2005 á 2007
Projeto Arquitetônico: Aflalo &
Gasperini Arquitetos
Projeto de Paisagismo: Isabel Duprat
Projeto de Decoração: Sig Bergamin
Torres: 01
Pavimentos: 10
Pavimentos de Garagem: 3 subsolos
Total de Unidades: 119 apartamentos
Área Construída: 13.686,12m²
Área Total do Terreno: 2.598,85m²
Tipo: Hospital
20/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
Figura 25: Hiléa. Fonte: Site Aflalogasperini
“Aos 10 anos, você só brinca e
não tem tempo pra nada!
Aos 20 anos, você só estuda e não
tem tempo pra nada!
Aos 40 anos, você só trabalha e
não tem tempo pra nada!
Aos 60 anos, você só tem tempo.
Viva!” HILÉA
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.2 Localização
O terreno com 2600m² com declive de aprox. 6m, localiza-se na Rua
Jandiatuba, nº 580, próximo ao Parque Burle Marx, no bairro Morumbi, bairro
nobre da Zona Sul de São Paulo.
3.1.3 Objetivos Principais
O Hiléa alia a sofisticação de um
hotel de alto padrão, atividades de
lazer de um clube e qualidade médica
hospitalar, com especialização em
Alzheimer.
O objetivo foi projetar uma
edificação que atenda a diferentes
necessidades propostas por cada
idoso, de maneira confortável e
segura, para que se sintam em casa.
A estrutura do hospital é
disponibilizada de três formas:
• O idoso fica durante o dia e vai para
casa a noite;
• Ficar hospedado nos finais de
semana, férias ou recuperações de
cirurgias;
• Ser residência permanente;
Mapa 03: Mapa Grande São Paulo – SP
Fonte: Site Mapas-Sp
Mapa 04: Esquema de localização do Hiléa em SP
Fonte: Google Earth
Mapa 02: Mapa do estado
de São Paulo
Fonte: Site Saude.sp.gov
"Foi emocionante fazer esse projeto, pois além
de lembrarmos de nossos pais, passamos também
a refletir sobre nossa própria velhice. Como
seremos? Bem, por enquanto, o importante é
oferecer o melhor de nossos corações e mentes a
esses idosos" Arquiteto Luiz Felipe Aflalo Hermann.
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
22/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.4 Implantação
Um dos princípios terapêuticos do Hiléa é manter o idoso inserido na área
urbana da cidade, para evitar o isolamento. Para isso, segundo o arquiteto Luiz
Felipe Aflalo Hermann “os espaços foram estudados nos mínimos detalhes, foi
um grande desafio para nós, já que o programa era extenso para atender a
todas as necessidades dos idosos”.
Devido ao desnivelamento do terreno há três subsolos, os dois últimos
localiza-se o estacionamento, que se tem acesso pela Rua Itacaiuna, por meio
de rampas.
O acesso de pedestres se da pela parte mais alta do terreno. Onde a direita
contém a recepção, que leva aos elevadores, possuindo um porte cochere para
entrada de carros (embarque e desembarque – figura 26). E a frente encontra-se
a área comum, que oferece acesso ao estar com lareira e bilhar e ao restaurante
(figura 27 e 28).
LEGENDA
Circ. Horizontal
Recepção
Área de Serviço
Circ. Vertical
Área Comum
Restaurante
Estar
Acesso Veículos ao
Subsolo 2 e 3
(estacionamento)
Área de embarque e
desembarque
Acesso Pedestres
Restaurante
Circ. Vertical
Área
Comum
Área
de
Serviço
Recepção
Implantação – Adaptado pela autora
Fonte: Site AflaloGasperini
Estar
Circ. Horizontal
Figura 26: Porte Cochere Hiléa
Fonte: Site AflaloGasperini
Figura 27: Restaurante Hiléa
Fonte: Site Stan
Figura 28: Mesa de Jogos Hiléa
Fonte: Site Stan
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
3.1.5 Volumetria
O complexo é composto volumetricamente por dois
poliedros regulares de base retangular. O primeiro possui
característica horizontal, possuindo três pavimentos de
áreas comuns ao hotel e da clínica, são os espaços de
atividades e lazer.
O segundo se representa verticalmente, com 8
pavimentos, onde se distribuem as suítes, sendo utilizado
na fachada uma composição de cheios e vazios em fita. Na
cobertura foi instalada a UTI (Unidade de Terapia Intensiva)
para uma melhor visão da cidade, oferecendo conforto
visual e privacidade aos pacientes.
23/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
portadores de deficiência, sauna, sala de ginástica,
fisioterapia, massagem, pilates, ateliês de pintura,
cabelereiro e uma sala destinada a crianças, para estimular
os filhos e os netos a visitarem seus pais e avós, se
tornando um ambiente aconchegante e divertido, sem que
façam barulhos para os demais locais e aborreçam os
pacientes (figura 29 e 30). Os outros dois subsolos são
destinados as vagas de estacionamento do prédio.
Figura 29: Picina Coberta Hiléa
Fonte: Site Atualidadesimobiliarias
UTI
Circ. vertical
Área Social
Estacionamento
Apartamentos
Corte A-A‟ – Adaptado pela autora
Fonte: Site AflaloGasperini
LEGENDA
UTI
Apartamentos
Circ. Vertical
Área Social
Estacionamento
Figura 30: Sala de Ginástica Hiléa
Fonte: Site AflaloGasperini
3.1.6 Subsolo
Aproveitando o desnível do terreno, foram projetados 3
subsolos, o primeiro uniu todas as atividades que estarão a
disposição dos pacientes, tratamento e lazer, contendo uma
piscina coberta, com rampas de acesso para
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.7 Primeiro Pavimento
O primeiro pavimento contém as clínicas e uma praça interna temática
para os idosos portadores de Alzheimer. A praça com pé direito duplo
relembra os anos 50 - com móveis que remete ao passado, piano de cauda,
cinema com programação de filmes antigos, livraria e barbearia – para que
esse ambiente conforte o paciente, já que a memória de um portador de
Alzheimer é remota. (figura 31)
A iluminação é zenital, para evitar que os pacientes percebam o
entardecer e se deprimam. O local possui planta livre para facilitar a
visualização das enfermeiras e para que os pacientes possam caminhar e
ter tudo a seu ponto de vista, de maneira que facilite seu entendimento.
(figura 32)
Um pavimento inteiro foi ocupado com consultórios de várias
especialidades, como gerontologia, fisioterapia, fonoaudiologia,
nutrição e terapia ocupacional, entre outras. Todo um esquema de
segurança foi montado com cuidados especiais para os pacientes
com Alzheimer, com postos de enfermagem e de apoio
estrategicamente colocados em vários pontos, banheiros amplos,
câmeras, sensores e dois elevadores privativos com espaço para
maca, além dos quatro elevadores sociais existentes no edifício
(Revista AU, Março/2009).
Figura 32: Praça Interna Alzheimer Hiléa
Fonte: Site AflaloGasperini
Figura 31: Barbearia Hiléa
Fonte: Site Stan
LEGENDA
Circ. Horizontal
Praças
Banheiros
Circ. Vertical
Clínica
Praça Interna
Jardim
da
Praça
Praça
Temática
Circ. Vertical
Circ. Horizontal
Clínica
Banheiros
Planta Primeiro Pavimento – Adaptado pela autora
Fonte: Site AflaloGasperini
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Circ. Vertical
Circ. Horizontal
01 02 03 04 05 06
07 08 09 14 15 16
10 11 12 13 17 18
Refeitório/
Sala Intima Enfermagem
Planta Tipo – Adaptado pela autora
Fonte: Site AflaloGasperini
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Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.8 Planta Tipo
A partir do 2º pavimento todos são plantas-tipo, com 18
apartamentos de 36m², que se repetem 8 vezes (figura 33 e
34). “Cada suíte pode acomodar uma pessoa ou um casal e
está totalmente equipada para suprir as necessidades de
conforto e também de locomoção do paciente tendo,
inclusive, um trilho no teto que facilita o transporte do idoso.
Na parede atrás da cama, um quadro camufla toda a
parafernália de equipamentos hospitalares para casos de
emergência”. (Revista AU, Março/2009).
Figura 33: Apartamento Tipo Hiléa
Fonte: Site Atualidadesimobiliarias
Figura 34: Apartamento Tipo Hiléa
Fonte: Site Mulher.uol
LEGENDA
Refeitório/ Sala Íntima
Apartamentos
Circ. Vertical
Enfermagem
3.1.9 Circulações
Os arquitetos precisaram, por exemplo, criar
circulações capazes de conduzir a pessoa pela direção
correta e impedi-la de se perder porque esqueceu o
caminho ou o lugar para onde se dirigia (Revista AU,
Março/2009).
As portas possuem o vão necessário para passagem
de cadeirante, bem como os móveis foram dispostos a
permitir a área de manobra (1,50m x 1,20m) permitindo
com que a cadeira gire 180º.
As circulações verticais possuem corrimãos para
auxiliar a locomoção dos idosos, ajudando no equilíbrio do
idoso.
3.1.10 Cuidados Especiais ao
idoso
• Os móveis possuem cantos
arredondados e a cama é mais alta,
próxima à altura que encontramos
em hospitais;
• Os interruptores, maçanetas e
fechaduras tem alturas ideais para
cadeirantes;
• Os banheiros possuem piso
antiderrapante e barras de apoio;
• Diferenciação de cor entre piso e
parede nas áreas molhadas, para
auxiliar o idoso a se situar no
espaço;
• As rampas possuem inclinação de
8,33%;
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.11 Sistemas Construtivos e
Materialidade
O objetivo da edificação é
estimular a sensação de suas
residências ao paciente, portanto
foram utilizados vegetações e
materiais como a madeira que
relembram a
construção de casa. (figura 35)
A estrutura é de concreto armado,
com os pilares estruturais aparentes
fazem a composição da fachada,
estes são revestidos por ripados de
madeira ipê, estimulando o
aconchego. Em contraposição o
volume da frente foi utilizado
revestimentos de placas pré-moldadas
de laminado melamínico em cor clara.
(figura 36)
Figura 35: Fachada Leste Hiléa
Fonte: Site AflaloGasperini
Figura 36: Fachada Sul Hiléa
Fonte: Site AflaloGasperini
3.1.13 Edifício com o Entorno
O Hiléa está situado em uma
região densamente urbanizada. As
edificações ao seu entorno são de
maioria contemporânea e prédios
verticalizados. Portanto, o edifício
segue a tipologia do seu entorno.
(figura 38)
3.1.12 Conforto Ambiental
Os dormitórios se encontram em
posições leste e oeste, portanto foi
utilizado vegetações na fachada,
funcionando como uma espécie de
brise (figura 36 e 37). Também foi
utilizado pergolados no térreo e na
cobertura, de cor clara, para frear os
raios solares e criando assim
identidade a edificação (figura 36). Figura 38: Entorno Hiléa
Fonte: Google Earth
Figura 37: Fachada Oeste Hiléa
Fonte: Google Earth
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.14 Relação Interior x Exterior
Devido ao desnível do terreno, a
edificação se fecha para o exterior por
meio de um muro de contenção, não
se tornando convidativa aos
pedestres. A edificação se fecha com
barreiras para que forneça segurança
aos pacientes, obtendo controle total
de pessoas que entram e saem da
edificação. (figura 39)
Figura 39: Hiléa
Fonte: Google Earth
3.1.15 Hierarquia Espacial
Por ser uma instituição para
idosos, há a necessidade de controle
de entrada e saída de pessoas, para
garantir um local seguro para a
terceira idade. Portanto grande parte
dos espaços são de caráter privado ou
semi-público, necessitando de
permissão para a circulação dentro da
edificação.
LEGENDA
Público
Semi-Público
Privado
Implantação – Adaptado pela autora
Fonte: Site AflaloGasperini
Planta 1º Pav. – Adaptado pela autora
Fonte: Site AflaloGasperini
Planta Tipo – Adaptado pela autora
Fonte: Site AflaloGasperini
3.1.16 Fim do Hiléa
Por consequência de uma má administração,
depois de dois anos de funcionamento o Hiléa foi
vendido por 50 milhões de reais ao Governo do
Estado de Santa Catarina. Atualmente a
edificação é utilizada pela Rede de Reabilitação
Lucy Montoro, para o atendimento de pessoas
com deficiências. (figura 40 e 41)
3.1.17 Impacto na minha proposta
A escolha desse referencial se deu pelo
programa de necessidades a qual quero adotar
em meu partido arquitetônico, promovendo uma
melhor qualidade de vida e tecnologias médicas
para suprir a necessidade do idoso. Pelas
atividades e terapias relacionados ao idoso e a
preocupação no projeto arquitetônico para que
ele se sinta em casa e seguro, além do cuidado
especial com o idoso portador de Alzheimer, uma
das doenças mais comuns nessa faixa etária. E
também pela integração da edificação no
ambiente urbano, para que o idoso não se sinta
isolado da sociedade.
Figura 40 e 41: Festa de despedida do Hiléa
Fonte: Youtube Tatiana V Couto
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.2 EDIFÍCIO RESIDENCIAL TORRE SENIOR
3.2.1 Ficha Técnica
Localização: Santo Tirso,
Portugal
Conclusão da Obra: 2009 - 2013
Projeto Arquitetônico: Ateliê de
Arquitetura José Antônio
Lopes da Costa
Torres: 01
Pavimentos: 04
Total de Unidades: 56
apartamentos
Área Construída: Superior a
10.000m²
Área Total do Terreno: Superior
a 35.000m²
Tipo: Residencial para idosos
Figura 42: Torre Sénior
Fonte: Site Architizer
Mapa 05: Mapa de Portugal
Fonte: Google Maps
3.1.2 Localização
O terreno triangular com área
superior a 35.000m², localiza-se na
Rua Marechal Humberto Delgado
nº1458, próximo ao Colégio a Torre
dos Pequeninos, em Santo Tirso,
Portugal. Localizado numa malha
urbana, possui uma magnifica vista
para o Rio Ave.
Mapa 06: Localização do Residencial Torre Sénior
Fonte: Google Earth
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
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Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.3 Objetivos Principais
A Torre Sénior possui um espaço moderno que valoriza a pessoa idosa, garantindo a participação ativa na sociedade.
Com acompanhamento personalizado, com cuidados médicos, oferecendo infraestrutura e profissionais capacitados.
O empreendimento possibilita os residentes a ficarem acomodados por um período de tempo ou como residência
permanente. Acolhe pessoas com diferentes estados de saúde, respeitando seus respectivos graus de dependência.
O objetivo é oferecer um envelhecimento ativo, seguro, confortável e com qualidade de vida.
3.1.4 Implantação
O terreno possui forma de um polígono convexo de base triangular, com um declive acentuado, que foi um
condicionante para a proposta. Portanto, o partido se deu por duas estruturas perpendiculares entre si, em forma de “T”,
onde zonas verdes envolvem o conjunto, com caminhos com uma vista exuberante para o Rio Ave.
Planta Baixa – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
01 01
01
03
04
05
06
07 08
09
10
11
13
14
15
16 17 18
19
20
15 17
21
02
22
24 23
LEGENDA
01- Circ. Vertical
02- Circ. Horizontal
03- Lavanderia
04- Banheiros Funcionários
05- Refeitório Funcionários
06- Cozinha
07- Balneários
08- Piscina Coberta
09- Dispensa
10- Academia/Fisioterapia
11- Cuidados Médicos/Enfer.
12- Depósito
13- Salão de Beleza
14- Refeitório
15- Sala de Estar
16- Banheiros
17- Sala de
Atividades
18- Administração
19- Recepção
20- Loja
21- Oratório
22- Carga/Descarga
23- Estacionamento
Público
24- Estacionamento
Privado
Acesso Veículos
estacionamento
privado
Área de embarque e
desembarque
Acesso Pedestres
Entrada/Saída de
emergência
Entrada de Serviço
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
12
12
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Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
Figura 43: Refeitório
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 44: Sala de Estar
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 45: Sala de Estar
Fonte: Site Torresenior.pt
A estrutura mais longitudinal (ao sul) é onde estão localizadas as áreas comuns, como recepção, refeitório (figura 43),
salas de atividades, administração, salas de estar (figura 44 e 45) e oratório.
Na outra estrutura localizada ao norte encontram-se as salas de apoio médico (figura 46), enfermagem, fisioterapia,
academia (figura 47), piscina coberta para hidroterapia (figura 48), jacuzzi (figura 49), balneários, dispensa, depósito,
lavanderia, salão de beleza (figura 50), cozinha (figura 51) e as áreas destinadas para os funcionários, como refeitórios e
banheiros.
Figura 46: Gabinete médico
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 47: Academia
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 48: Piscina Coberta
Fonte: Site ArchDaily
Figura 49: Jacuzzi
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 50: Salão de beleza
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 51: Cozinha
Fonte: Site Torresenior.pt
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Planta Baixa
1º Pavimento
Subsolo
2º Subsolo
Corte 4 – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
16 02 02
06 04 22
Poço
de
luz
25
02
24
02
26
31/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.5 Volumetria
O edifício provoca a impressão de que cada andar é separado, sendo
encaixados sobrepostos uns aos outros, pelo fato de cada andar possuir o
formato de uma caixa longitudinal, que reflete a sensação de horizontalidade.
(figura 52 e 53)
A edificação foi projetada para um melhor aproveitamento do terreno, tanto
em seu formato de polígono convexo, quanto ao seu desnível, sendo assim
dividida em duas estruturas (norte e sul). A estrutura norte, possui três andares,
sendo um subsolo. Já a estrutura sul, utiliza o desnível do terreno, obtendo
quatro pavimentos, sendo dois subsolos. Portanto ao todo o Residencial possui
quatro andares, dois acima do nível do solo e dois abaixo.
No térreo estão localizados as áreas de convívio, refeitório, cozinha, área
dos funcionários, suporte médico, piscina e balneários. No primeiro pavimento
localizam-se os dormitórios e as áreas de apoio hospitalar. No subsolo
encontram-se os dormitórios, garagem, áreas técnicas, zonas de estar, banho
assistido e rouparia. Já no 2º Subsolo estão os dormitórios, áreas técnicas e
apoios.
Figura 52: Fachada Torre Sénior
Fonte: Site ArchDaily
Figura 53: Fachada Torre Sénior
Fonte: Site ArchDaily
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
15
05 03
03
LEGENDA
02- Circ. Horizontal
03- Lavanderia
04- Banheiros
Funcionários
05- Refeitório
Funcionários
06- Cozinha
15- Sala de Estar
16 - Banheiro
22- Carga/Descarga
24- Estacionamento
Privado
25- Dormitório Tipo 01
26- Dormitório Tipo 02
32/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.6 Subsolo
Na estrutura norte do subsolo encontra-se a garagem, com 20 vagas (figura
54), os depósitos e a área técnica. Já na sul, existem 10 dormitórios tipo 2 e 8
dormitórios tipo 3.
Os dormitórios tipo 2 possuem uma ou duas camas de solteiro e um banheiro
adaptado para cadeirante. Os dormitórios de tipo 3 possuem uma tipologia
diferenciada, com uma sala de estar, um banheiro e um quarto. (figura 55,56 e
57)
Foi usado um revestimento de madeira no chão e em algumas paredes, sendo
utilizados como cabeceira de cama. Assim como todo mobiliário é de madeira,
para que os pacientes se sintam em casa, além da utilização de luz artificial de
cor amarelada e carpete em baixo das camas, se tornando mais agradável a
sensação quando o idoso colocar os pés para fora da cama.
LEGENDA
01- Circ. Vertical
02- Circ. Horizontal
12- Depósito
15- Sala de Estar
17- Sala de Atividades
24- Estacionamento
Privado
26- Dormitório tipo 02
27- Dormitório tipo 03
28- Banhos Assistidos
29- Área Técnica
24 29
01
12
12 01
28 15 12 01
15 12
17
02
15
26
27
Subsolo – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
Figura 54: Garagem
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 55: Quarto Duplo (Tipo 03)
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 56: WC (Tipo 03)
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 57: Sala (Tipo 03)
Fonte: Site Torresenior.pt
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
02
01 01
27
29
29 12
29
28
Planta 2° Subsolo – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
3.1.8 Primeiro Pavimento
Há 16 dormitórios tipo 01 na
estrutura norte. Na estrutura sul, ainda
há dois dormitórios tipo 01, com
privilegiada localização, próximo as
áreas médicas. Além de possuir
banhos assistidos, salas de estar, sala
de atividades, sala
médica/enfermagem. Essa estrutura
ainda possui uma ala de internamento,
com todos os equipamentos
hospitalares (figura 58), contendo 14
dormitórios tipo 02 que possuem
capacidade para 28 camas. Esses
dormitórios possuem capacidade para
duas camas (figura 59), articuladas,
oferecendo apoio as pessoas com
pouca mobilidade.
33/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.7 Segundo Subsolo
No 2º Subsolo existe apenas a
estrutura sul, contendo lavanderia,
depósitos, áreas técnicas, salas de
estar, banho assistido e oito
dormitórios tipo 03.
25 25
02
11 01 01
25 26
02
17
28
28
Planta 1º Pav. – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
LEGENDA
01- Circ. Vertical
02- Circ. Horizontal
03- Lavanderia
11- Cuidados
Médicos/Enf.
12- Depósito
15- Sala de Estar
17- Sala de Atividades
25- Dormitório Tipo 01
26- Dormitório Tipo 02
27- Dormitório Tipo 03
28- Banhos Assistidos
29- Área Técnica
Figura 58: Rede de gases medicinais
Fonte: Site Torresenior.pt
Figura 59: Dormitório com cama articulada
Fonte: Site Torresenior.pt
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
03
15
15
15
15
11
34/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.9 Circulações
O vão das escadas, onde são feitas as circulações verticais, são iluminados
naturalmente por meio de claraboias circulares no teto. Nos corredores e zonas
de acesso além da cor branca, foi utilizado a madeira, sendo que esse material
transmite aos pacientes a sensação de estarem em casa, fugindo do estereótipo
de hospital. (figura 60, 61 e 62)
3.1.10 Sistemas Construtivos e Materialidade
Em vista do desnível do terreno, foram utilizados blocos de concreto na cor
branca, servindo como contenção. Este se fixa a estrutura de concreto armado
da edificação. As fachadas são predominantemente brancas e com a utilização
de uma grande quantidade de vidro, nas janelas e guarda-corpos (figura 63).
Além da utilização de brises em formato de ripados de madeira, que fazem a
composição da fachada da entrada principal (figura 64).
3.1.11 Conforto Ambiental
A fachada leste (figura 64) é toda envidraçada, por consequência disso
recebe brises com ripas horizontais de madeira que escondem visualmente o
interior da edificação, oferecendo privacidade. Porém se estas ripas de madeira
fossem verticais barrariam com maior eficiência os raios solares para o interior
da edificação.
As sacadas presentes nos quartos da fachada sul (figura 63) fazem com que
os raios solares não entrem diretamente nos quartos, porém haja a entrada de
iluminação e ventilação natural.
Figura 60: Vão escada
Fonte: Site ArchDaily
Figura 62: Corredor
Fonte: Site ArchDaily
Figura 61: Circulações
Fonte: Site ArchDaily
Figura 63: Fachada Sul
Fonte: Site ArchDaily
Figura 64: Fachada Leste
Fonte: Site Torresenior.pt
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
35/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.12 Edifício com o Entorno
A Torre Sénior está localizada em uma região pouco urbanizada, onde a maioria das edificações são residências de um
e dois pavimentos. A edificação mesmo possuindo quatro pavimentos, não se sobressai as demais edificações do seu
entorno, porque segue o desnível do terreno. (figura 65 e 66)
3.1.13 Relação Interior x Exterior
Devido a edificação ser um residencial para terceira idade, ela se fecha para o exterior na fachada norte, onde é o
acesso a edificação, para que assim obtenha o controle da entrada e saída de pessoas da edificação (figura 67). E ao sul
é bastante aberto e envidraçado, valorizando a vista do jardim para o vale e o Rio Ave (figura 68).
Figura 65: Entorno Torre Sénior
Fonte: Google Earth
Figura 67: Entorno Torre Sénior
Fonte: Google Earth
Figura 66: Acesso Torre Sénior
Fonte: Google Earth
Figura 68: Vista Sul
Fonte: Torresenior.pt
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
36/94
Capítulo 03
REFERENCIAL
PROJETUAL
3.1 Hiléa
3.2 Residencial Torre
Sénior
3.1.15 Impacto na Minha Proposta
A escolha deste referencial
baseou-se no funcionamento de seu
programa de necessidades,
principalmente por apresentar piscina
e balneários, assim como vou utilizar
esses recursos para tratamento
hidroterápico em meu projeto
arquitetônico.
A Torre Sénior possui três
tipologias diferentes de dormitórios, o
que permite integrar cada idoso, de
acordo com seus diferentes tipos de
necessidades, desde aqueles
totalmente dependentes, que
necessitam de apoio médico 24 horas,
até os independentes, que vivem
sozinhos em seus apartamentos. Visto
isso, quero trabalhar com tipologias
diferentes de apartamentos em meu
partido arquitetônico.
Planta Baixa – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
Planta 2° Subsolo – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
LEGENDA
Público
Semi-Público
Privado
Planta 1º Pav. – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
3.1.14 Hierarquia Espacial
Os espaços são predominantemente
privado e semi-público, por consequência
de ser um residencial para terceira idade.
Subsolo – Adaptado pela autora
Fonte: Site ArchDaily
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
CAPÍTULO
04
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
38/94
Capítulo 04
ESTUDO DE
CASO
4.1 Casa de Repouso
Lírio do Vale
4 ESTUDO DE CASO
4.1 CASA DE REPOUSO LÍRIO DO VALE
4.1.1 Ficha Técnica
Localização: Passagem, Tubarão/SC
Conclusão da Obra: 2006
Projeto Arquitetônico de regularização:
Arco A (2009)
Total de Unidades: 13 apartamentos
Tipo: Casa de Repouso
Figura 69: Fachada
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
Figura 70: Acesso ao jardim
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
4.1.2 Localização
O terreno retangular localiza-se na
Rua Dalmari Luciano Luiz no bairro
Passagem em Tubarão/SC.
Mapa 08: Bairro Passagem, Tubarão
Fonte: Google Maps
4.1.3 Objetivos Principais
A casa de repouso surgiu por consequência de um sonho de Delícia, a
presidente da instituição, de possuir uma casa onde os idosos fossem recebidos
com amor e dignidade. Esta depois de se aposentar e o marido falecer foi para
os Estados Unidos em 2004 a procura de emprego para arrecadar fundos. Em
2006 retornou para Tubarão e começou a construção da instituição, esta de
caráter filantrópico sobrevive por meio de doações e pelo aluguel dos quartos
individuais.
4.1.4 Volumetria
A edificação é um poliedro regular de base retangular e possui apenas um
pavimento, onde a fachada principal, a sudoeste, remete a lembrança de uma
casa, trazendo conforto aos idosos. Já a fachada noroeste é de caráter mais
horizontal para que assim acomode toda a casa de repouso.
Mapa 07: Localização de Tubarão
Fonte: Site Wikipédia
Fachada Sudoeste
Fonte: Acervo Casa de Repouso
Fachada Noroeste
Fonte: Acervo Casa de Repouso
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
39/94
Capítulo 04
ESTUDO DE
CASO
4.1 Casa de Repouso
Lírio do Vale
4.1.5 Implantação
Os acessos a edificação são a maioria realizados pela fachada sudoeste. Na entrada principal se acessa direto pela
recepção (figura 71), não havendo recepcionista, oferecendo acesso a fisioterapia (figura 72), administração e sala de
estar (figura 73). O acesso de carga e descarga é direto a dispensa da cozinha.
O refeitório (figura 74) é pequeno e possui poucos assentos, não dando suporte a todos os pacientes, além disso as
cadeiras são de plástico o que oferece perigo aos idosos. A cozinha (figura 75) é ampla e possui acesso direto ao refeitório
e a dispensa.
Nos fundos da edificação está localizada a lavanderia, porém é pouco utilizada, pois esse serviço é terceirizado.
LEGENDA
Circulação horizontal
Lavanderia
Banheiro (WC ou BWC)
Cozinha
Dispensa
Carga/descarga
Refeitório
Fisioterapia
Enfermagem
Jardim interno
Sala de estar
Administração
Recepção
Sala de reunião
Dormitório tipo 01
Dormitório tipo 02
Dormitório tipo 03
Acesso veículos
estacionamento
privado
Área de embarque
e desembarque
Acesso pedestres
Entrada de serviço
Figura 71:
Recepção Fonte fotos: Acervo Pessoal, 2016
Figura 72:
Fisioterapia
Figura 73: Sala de estar Figura 74: Refeitório Figura 75: Cozinha
Circulação Horizontal
Planta Baixa
Fonte: Acervo Casa de Repouso
Lavanderia
WC
BWC
BWC
BWC
Dispensa
BWC
BWC BWC
WC
WC
Cozinha
Dispensa
Carga/
Descarga
Enfermagem
Jardim Interno Refeitório
Sala de
Estar
Administração
Recepção
Sala de
Reunião
01
01 01
01
02
02 02
02 02
BWC
Fisioterapia
03
03
03 03
BWC
Jardim Interno
Circulação Horizontal
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
4.1.7 Sistemas Construtivos e Materialidade
O sistema construtivo utilizado foi concreto armado,
sendo utilizado o mesmo sistema na área que está sendo
ampliada (figura 83). A edificação apresenta as paredes
externas em amarelo, oferecendo identidade a edificação, e
as paredes internas na cor branca, permitindo a sensação
de higiene e conforto.
4.1.6 Circulações
Todas as circulações verticais possuem piso
antiderrapante e corrimões, sendo que na circulação
externa (figura 81) possui em ambos os lados e na
circulação interna (figura 82) em apenas um.
40/94
Capítulo 04
ESTUDO DE
CASO
4.1 Casa de Repouso
Lírio do Vale
Os dormitórios estão divididos em ala feminina (fachada noroeste) e ala masculina (sudeste). Essa divisão é feita por
jardins internos e sala de enfermagem, sala de reunião e dois dormitórios femininos.
Os dormitórios possuem três tipologias, o dormitório tipo 01 (figura 76), são os individuais, o tipo 02 são os duplos e o
tipo 03 (figura 77) são os coletivos, possuindo capacidade para 3 camas. Porém, atualmente o dormitório tipo 03 está com
mais camas, cinco ao total, por causa da reforma que está acontecendo. Todos os banheiros dos dormitórios são iguais ao
da figura 78, possuindo piso antiderrapante, azulejos nas paredes e barras de apoio no chuveiro.
O jardim (figura 79 e 80) está localizado na frente da edificação, do outro lado da rua, onde oferece espaços de lazer ao
idoso, permitindo caminhadas e locais agradáveis de descaso e contemplação. Aos fundos está localizada a horta.
Figura 76: Dormitório tipo 01 Figura 77: Dormitório tipo 03 Figura 78:
Banheiro
Figura 82: Circulação interna
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
Figura 81: Circulação externa
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
Figura 79: Jardim Figura 80: Jardim
Fonte Fotos: Acervo Pessoal, 2016
Edificação Casa de Repouso Jardim
Implantação edificação e jardim
Fonte: Elaborado pela autora
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
41/94
Capítulo 04
ESTUDO DE
CASO
4.1 Casa de Repouso
Lírio do Vale
4.1.8 Conforto Ambiental
A edificação possui várias janelas
que possibilitam a entrada de ar e
iluminação natural. Os corredores
internos possuem janelas ou portas
envidraçadas para o jardim interno
(figura 83) existente, permitindo a
circulação de ar entre a edificação e a
entrada de iluminação natural, o
corredor oferece uma paisagem
aconchegante, não sendo um corredor
monótono.
Figura 83: Jardim interno
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
4.1.9 Edifício com o entorno
A casa de repouso está numa
região predominantemente residencial,
portanto a edificação não afeta o seu
entorno devido ao seu aspecto
domiciliar, assim não se sobressai ao
meio em que está inserido. (figura 84)
Figura 84: Entorno Casa de Repouso
Fonte: Google Maps
Casa de Repouso Lírio do Vale
4.1.10 Relação Interior x Exterior
A relação com o exterior é limitada,
sendo a maioria realizados pela
fachada sudoeste, possuindo controle
de entrada e saída de pessoas, sendo
necessário a uma casa de repouso
manter a segurança dos idosos. A
edificação se abre para o interior, por
meio janelas envidraçadas,
oferecendo visualização para os
jardins internos.
4.1.11 Hierarquia Espacial
Os espaços são predominantemente
semi-público e privado, por
consequência de ser uma casa de
repouso para idosos.
Planta Baixa
Fonte: Acervo Casa de Repouso
4.1.12 Impacto na Minha Proposta
Sua escolha se da pelas suas
características domiciliares, criando
uma atmosfera tranquila e confortável
para os idosos.
Neste projeto já a presença de
jardins internos que trazem vida e
conforto ao interior e circulações da
edificação. Outro fator positivo foi a
existência de três tipologias de
dormitórios, atendendo assim a
necessidade dos usuários e
promovendo qualidade de vida.
LEGENDA
Público Semi-público Privado
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
CAPÍTULO
05
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
43/94
Capítulo 05
ANÁLISE DA
ÁREA
5.1 História
5.2 Panorama
Geográfico
5.3 Localização Macro
5.4 Cheios e vazios
5.5 Uso do solo
5.6 Gabarito
5.7 Público e Privado
5.8 Análise da Área
Específica da
Proposta
5 ANÁLISE DA ÁREA
5.1 HISTÓRIA
A fundação da cidade se deu pela chegada de João M.
F. Euclides de Souza e Joana de Souza em 1842, onde
instalaram dois engenhos e dois alambiques abastecidos
pelas suas lavouras de cana-de-açúcar e mandioca.
Antigamente o nome da cidade era Gravatá, por
consequência da bromélia Gravatá presente em grande
quantidade na região, posteriormente devido a existir outra
cidade com o mesmo nome, passou a ser denominada
Gravatal.
Observando que as águas do rio, aqui
existentes, eram em grande quantidade,
começou a utilizá-las, usando canoas para
fazer o transporte de mercadorias. Assim,
passou a ser o proprietário do Porto onde as
canoas atracavam. (DUARTE, 2001, p. 26)
O Porto Gravatá, figura 85, trouxe muitos imigrantes
para a cidade, além de servir como movimentação para um
intenso comércio da região.
Em 1910, o colonizador Pedro Zappelini, vindo da Itália,
percebeu que no Rio Gravatá (figura 86) existia água
quente, foi então, que mandou uma amostra dessa água a
um laboratório no Rio de Janeiro. O laboratório constatou
que havia água mineral com alto poder radioativo, a uma
temperatura de 37ºC. Percebendo o potencial econômico
que tinha encontrado, Pedro Zappelini começou a arquitetar
a instalação de um complexo turístico prevendo a
construção hotéis, restaurantes, campings e escolas na
cidade.
Figura 85: Porto Gravatá 1930
Fonte: Acervo Sec. de Turismo
de Gravatal
Em 1961, junto com novos sócios, construíram o
primeiro empreendimento da cidade, o Gravatal Termas
Hotel. Nesse mesmo ano, após a criação da Lei Estadual
nº 802 de 20 de Dezembro, o distrito de Gravatá,
emancipou-se de Tubarão, nascendo então o município
de Gravatal.
5.1.1 Contexto Socioeconômico
Atualmente Gravatal é uma cidade turística, possuindo
uma estrutura hoteleira de seis hotéis. Os turistas são
atraídos pela natureza exuberante, águas termais
(tratamentos médicos hidroterápicos), turismo rural e
religioso.
A cidade possui restaurantes, cafés, um parque
aquático, um camping, cafés e clínicas de terapias
naturais. O comércio de malhas e artesanato se destaca
na região, possuindo mais de 240 lojas.
5.2 PANORAMA GEOGRÁFICO
Latitude: 28°19'51"S
Longitude: 49°02'06"W
Microrregião: Amurel
Figura 86: Rio Gravatá
Fonte: Acervo Sec. de Turismo
de Gravatal
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Hierarquia do Sistema
Viário
Fonte: Elaborado pela
autora com base no
Cadastral da Prefeitura de
Gravatal e Google Earth
LEGENDA
Terreno
BR- 475
Via Arterial
Via Coletora
Via Local
44/94
Capítulo 05
ANÁLISE DA
ÁREA
5.1 História
5.2 Panorama
Geográfico
5.3 Localização Macro
5.4 Cheios e vazios
5.5 Uso do solo
5.6 Gabarito
5.7 Público e Privado
5.8 Análise da Área
Específica da
Proposta
Municípios Limítrofes: Armazém (ao Norte),
Imaruí e Laguna (a Leste), Braço do Norte e
São Ludgero (a Oeste) e, Tubarão e Capivari de
Baixo (ao Sul).
Área da unidade territorial: 164,752 (IBGE
2010)
População: 10.635 habitantes (IBGE 2010)
Altitude: 18m acima do nível do mar.
Clima: Temperado, com temperatura média
anual entre 18ºC e 27ºC.
5.3 LOCALIZAÇÃO MACRO
Gravatal está localizado na região sul do
estado de Santa Catarina. (Mapa 09)
5.3.1 Acessos e Fluxos
Pelo município passam a SC-370 vinda de
Tubarão, onde esta ao chegar no centro da
cidade, se divide em duas, a BR-475 que faz o
trajeto para Braço do Norte, e a SC-435 que
leva a Armazém. (Mapa 10)
5.3.2 Hierarquia do Sistema Viário e
Mobilidade Urbana
A BR-475 é a principal ligação entre o bairro
Termas do Gravatal e o Centro da cidade e aos
demais municípios vizinhos. Na área analisada
há a predominância de vias locais por ser uma
cidade de pequeno porte.
O terreno da proposta é cercado por vias
Mapa 09: Mapa de
Santa Catarina
Fonte: Site Wikipédia
Mapa 10: Gravatal
Fonte: Google Maps
Gravatal
Braço do
Norte
Tubarão
locais, com pouco transito, o que garante
mais segurança e conforto sonoro aos
idosos. A pavimentação no entorno do
terreno é estrada de chão e não possui
calçadas.
5.3.3 Transporte
O transporte público existente é uma
linha de ônibus interurbana privada que
passa na BR-475, há 280m do terreno,
ligando os municípios de Braço do Norte e
Tubarão.
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
02
04
05
06
01
07
03
Perímetro
300m
Creche
Equipamentos Urbanos
Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de
Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth
Cheios e Vazios
Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de
Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth
LEGENDA
Terreno
Cheios
Vazios
01–Lotérica
02–E.E.B. Hercílio Bez;
03–Praça dos Direitos
Humanos
04–Creche
Mickeylandia
05–Igreja de Santo
Antônio (figura 87)
06–Banco do Brasil
07–Posto de Saúde
(1,2km do Trevo)
31/01
5.3.4 Equipamentos Urbanos
Segundo os cálculos de
equipamentos urbanos de Golvêa,
2008, p. 95, os equipamentos urbanos
como escolas (raio de 1.500m), posto
de saúde (raio de 5.000m) estão
localizados em um perímetro que
suprem a necessidade da população
do terreno da proposta. Porém, deveria
haver uma creche a um raio de 300m,
pois as que existem no bairro estão
fora desse perímetro.
Figura 87: Igreja de Santo Antônio
Fonte: Acervo pessoal, 2016
5.4 CHEIOS E VAZIOS
Próximo ao terreno encontram-se
muitos lotes vazios, sendo uma área
de expansão do bairro, contendo
urbanizações recentes. A ocupação
dos lotes é baixa, possuindo áreas
permeáveis, entretanto nos lotes
próximos a Av. Pedro Zapelini possui
uma ocupação alta, aproveitando
quase todo terreno, devido a ser uma
área de caráter comercial.
45/94
Capítulo 05
ANÁLISE DA
ÁREA
5.1 História
5.2 Panorama
Geográfico
5.3 Localização Macro
5.4 Cheios e vazios
5.5 Uso do solo
5.6 Gabarito
5.7 Público e Privado
5.8 Análise da Área
Específica da
Proposta
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Uso do Solo
Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de
Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth
46/94
Capítulo 05
ANÁLISE DA
ÁREA
5.1 História
5.2 Panorama
Geográfico
5.3 Localização Macro
5.4 Cheios e vazios
5.5 Uso do solo
5.6 Gabarito
5.7 Público e Privado
5.8 Análise da Área
Específica da
Proposta
5.5 USO DO SOLO
A área possui características distintas de uso do solo.
Próximo a Av. Pedro Zapelini e a BR-475 possuem áreas
comerciais, como os complexos hoteleiros, e mistas, sendo
que o entorno é predominantemente residencial. Além de
que na Avenida é onde se localiza a fábrica de água
mineral Gravatal, concentrando também as edificações
institucionais como Igrejas, escola e creche.
5.6 GABARITO
A região apresenta edificações predominantemente de
um e dois pavimentos. Porém próximos a Av. Pedro Zapelini
possui edificações com mais pavimentos, como edifícios
mistos e complexos hoteleiros.
Gabarito
Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de
Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth
LEGENDA
Terreno
Industrial
Institucional
Residencial
Misto
Comercial
LEGENDA
Terreno
1 Pavimento
2 Pavimentos
3 Pavimentos
4 Pavimentos
5 ou + Pav.
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Público e Privado
Fonte: Elaborado
pela autora com
base no Mapa de
Recadastramento
da Prefeitura de
Gravatal e Google
Earth
47/94
Capítulo 05
ANÁLISE DA
ÁREA
5.1 História
5.2 Panorama
Geográfico
5.3 Localização Macro
5.4 Cheios e vazios
5.5 Uso do solo
5.6 Gabarito
5.7 Público e Privado
5.8 Análise da Área
Específica da
Proposta
5.7 PÚBLICO E PRIVADO
Sendo um bairro misto, entre comércio e residência, há
a predominância de espaços privados. As áreas públicas
são as Igrejas, a E.E.B. Hercílio Bez, a Creche
Mickeylandia e a Praça dos Direitos Humanos.
LEGENDA
Terreno
Público
Privado
Localização
Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de
Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth
5.8 ANÁLISE DA ÁREA ESPECÍFICA DA
PROPOSTA
5.8.1 Localização
O terreno conta com uma localização privilegiada, onde
em sua fachada norte passa o Rio Gravatal. Está inserido
em uma área pouco urbanizada, porém a poucos metros do
centro comercial do bairro, facilitando a integração dos
idosos na sociedade e fácil acesso ao comércio, Igreja
e banco. Além de ser vizinho da fonte de água termal
do Hotel Termas, diminuindo os custos com
encanamentos para ter acesso a água no centro. O
terreno tem acesso por duas ruas, ao sul pela Rua
Francisco Knabben e a leste pela Rua Serafim L.
Fernandes.
LEGENDA
Terreno
Fonte de Água Termal
Centro Comercial
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Localização das fotos no terreno
Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de
Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth
48/94
Capítulo 05
ANÁLISE DA
ÁREA
5.1 História
5.2 Panorama
Geográfico
5.3 Localização Macro
5.4 Cheios e vazios
5.5 Uso do solo
5.6 Gabarito
5.7 Público e Privado
5.8 Análise da Área
Específica da
Proposta
5.8.2 Levantamento Fotográfico
88
88
89
90
92
93
94
91
89 90 91
92 93 94
Figuras: Terreno
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
5.8.3 Topografia
O terreno da proposta (figura 96) encontra-se em uma área
plana, não apresentando desnível e entulhos. Contudo, em seu
perímetro apresenta morros que proporcionam uma paisagem
exuberante.
Figura 95: Foto Panorâmica do Terreno
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
49/94
Capítulo 05
ANÁLISE DA
ÁREA
5.1 História
5.2 Panorama
Geográfico
5.3 Localização Macro
5.4 Cheios e vazios
5.5 Uso do solo
5.6 Gabarito
5.7 Público e Privado
5.8 Análise da Área
Específica da
Proposta
5.8.4 Condicionantes físicos
De acordo com a análise da área a fachada norte possui grande influência dos raios solares no período de meio dia,
logo se faz necessária a utilização de brises horizontais. Havendo também a predominância dos ventos de inverno, sendo
um vento frio, para amenizar esse problema pode-se utilizar vegetação alta para barrar os ventos, contudo nessa fachada
passa o Rio Gravatá, onde em seu perímetro possui massas de vegetações, as quais fazem esse serviço.
A fachada Leste, que faz limite com a Rua Serafim L. Fernandes, recebe um excelente sol no período da manhã. E em
conjunto com a ventilação nordeste, predominantemente no verão, garante uma sensação térmica agradável.
A orientação Oeste recebe grande insolação no período da tarde, assim sendo desconfortável projetar ambientes de
longa permanência. Na face Sul, que faz extrema com a Rua Francisco Knabben, possui pouca ocorrência de sol, mas
deve-se preocupar com a umidade.
Insolação e Ventilação
Fonte: Elaborado pela autora com base
no Mapa de Recadastramento da
Prefeitura de Gravatal e Google Earth
LEGENDA
Terreno
Solstício de Inverno
Equinócios
Solstício de Verão
Ventos de Verão – Nordeste
Ventos de Inverno - Norte
5.8.5 Condicionantes legais
O Plano Diretor de Gravatal ainda está em fase
de aprovação, portanto a cidade continua se
baseando na Lei Nº 700.97 de 08/07/1997 (Plano
Diretor Emergencial).
O terreno está inserido na Zona Urbana (ZU),
figura 96. As atividades desenvolvidas nesta zona
deverão respeitar as normas seguintes.
Figura 96: Zona Urbana Gravatal
Fonte: Plano Diretor Emergencial de Gravatal
Terreno
Corte Esquemático do Terreno
Fonte: Elaborado pela autora
Terreno
Rua Rua
Vizinho Vizinho
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
50/94
Capítulo 05
ANÁLISE DA
ÁREA
5.1 História
5.2 Panorama
Geográfico
5.3 Localização Macro
5.4 Cheios e vazios
5.5 Uso do solo
5.6 Gabarito
5.7 Público e Privado
5.8 Análise da Área
Específica da
Proposta
a) Quanto ao uso do solo:
Índice de aproveitamento: 2x a área do terreno.
Taxa de ocupação: 2/3 do terreno.
Recuos: Frente maior ou igual a 4m, se for esquina
deverá ser recuo nas duas ruas. Lateral e fundos até 2
pavimentos maior ou igual a 1,5m, de 3 a 4 pavimentos
deverá manter desde o primeiro pavimento nos recuos
laterais de no mínimo 2,5m.
Número de pavimentos: Menor ou igual a 4 pavimentos
com altura máxima de 14m.
As garagens poderão ocupar o subsolo sem observar os
recuos laterais e fundo. Quando os terrenos estiverem em
aclive, as garagens não poderão ultrapassar a altura
máxima, em relação ao nível médio do terreno, de 2,20m.
O acesso as garagens poderá ser feito através do uso de
rampas.
De acordo com o Código Florestal – Lei Nº 12.727, de
outubro de 2012, estabelece APP nas faixas marginais de
qualquer curso d´água naturais excluídos os efêmeros,
desde a borda da calha do leito regulador.
Largura do rio Largura APP em cada
margem do rio
Menos de 10m 30m
Tabela 02: Área de APP na margem do rio
Fonte: Elaborado pela autora
Portanto a área de APP respeitada na margem do Rio
Gravatá, presente na fachada Norte do terreno, que possui
menos de 10m de largura é de 30m.
5.8.6 Infra-estrutura
Abastecimento de Água: Águas de Gravatal (Prefeitura
Municipal)
Esgotamento Sanitário: Companhia Catarinense de
Água e Saneamento (CASAN).
Energia Elétrica: A luz de toda cidade é abastecida pela
Cooperativa de Eletricidade de Gravatal (CERGRAL). Ao
longo de todo perímetro do terreno existem postes de
iluminação, fazendo com que se torne um local bem
iluminado. (figura 01 e 02)
Coleta de lixo: A coleta de lixo é terceirizada pela
empresa Retrans, passando duas vezes por semana no
bairro Termas. Não há coleta seletiva de lixo.
Vias e passeio público: As ruas que envolvem o
terreno são estradas de terra batida. Como a área próxima
ao terreno apresenta muitos vazios, ainda não há passeio
público. (figura 97 e 98)
Figura 97 : Rua Serafim Fernandes
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
Figura 98 : Rua Francisco Knabben
Fonte: Acervo Pessoal, 2016
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Área total do Terreno 17.173,40m²
Índice de aproveitamento 34.346,80m²
Taxa de Ocupação 11.448,93m²
Tabela 01: Cálculos uso do solo
Fonte: Elaborado pela autora
CAPÍTULO
06
CENTRO
GERIÁTRICO
GRAVATÁ
52/94
Capítulo 06
PARTIDO
6.1 Conceito
6.2 Diretrizes e
Intenções de Projeto
6.3 Programa de
Necessidades / Pré-
dimensionamento
6.4 Fluxograma
6.5 Zoneamento
6.6 Implantação
6.7 Volumetria
6.8 Planta
6.9 Hierarquia Espacial
6.10 Sistema
Construtivo e
Materialidade
6.11 Croqui
6 PARTIDO
6.1 CONCEITO
Para o ser humano é imprescindível à integração social, porém essa convivência vai diminuindo com o passar dos
anos, principalmente na terceira idade, onde muitos são desvalorizados profissionalmente e socialmente. Por esse motivo,
muitos idosos acabam se sentindo inúteis e menosprezados o que acarreta em doenças como a depressão.
É vital para o ser humano a presença da água, seu corpo é composto basicamente por H2O, necessitamos para a
biodiversidade, produção de alimentos, entre outros. Esta possui dilatação anômala, fazendo com que ela se adapte ao
meio em que está inserido. É uma fonte que existe em abundância em todo o mundo, assim como os idosos, e
precisamos pensar nos dois como aliados, valorizando essas duas riquezas, a água com seus princípios medicinais, seu
poder vital e rejuvenescedor, e o idoso, com sua larga sabedoria e experiência do meio em que vive. (figura 99)
Além disso, a água traz a sensação de bem estar, serenidade, amplitude e leveza, sendo sensações que serão
atribuídas ao projeto. Portanto, serão criados ambientes que promovam essa vitalidade ao idoso, fazendo com que ele se
sinta rejuvenescido e se adapte de uma melhor maneira ao meio em que vive, otimizando a integração e contatos dos
usuários com o ambiente exterior.
Figura 99: Principio rejuvenescedor da água
Fonte: Site Kangen do Brasil
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
53/94
6.2 DIRETRIZES E INTENÇÕES
DE PROJETO
6.2.1 Definição
É um centro de integração, saúde e
habitação para a terceira idade,
possuindo permanência integral de
idosos. E também atividades diurnas
para idosos que não residem no
centro - recebendo cuidados,
assistência e supervisão de
profissionais - e para pessoas de
todas as idades.
Os dormitórios possuirão diferentes
tipologias e posto de enfermagem
próximo, para que assim atendam às
necessidades e segurança de cada
idoso e seu respectivo grau de
dependência ou independentes.
Além disso, a instituição pretende
dispor de uma ala para pacientes
portadores de Alzheimer, com
características arquitetônicas que
auxiliam na melhora do paciente
portador de Alzheimer e para que
tenham os cuidados necessários.
Possuirá estrutura para
tratamentos hidroterápicos, com
piscinas e balneários, os quais
proporcionaram melhoria na qualidade
de vida física e mental do idoso,
• Integração social, promovendo
atividades ao idoso em conjunto
com a sociedade;
• Projetar um edifício que siga as
normas da NBR 9050, ANVISA e o
Estatuto do idoso;
• Desenvolver atividades e terapias
ocupacionais;
• Promover a saúde do corpo e da
mente do idoso;
• Propor ambientes de lazer e
convivência externos e internos
acessíveis;
• Atendimento médico e enfermagem
24 horas;
• Utilizar materiais que promovam a
sensação de lar e aconchego ao
idoso.
trazendo inúmeros benefícios à saúde.
6.2.2 Objetivo
O centro tem como objetivo
promover a inclusão social do idoso e
a melhoria da qualidade de vida, com
ambientes acessíveis e seguros, além
de promover oficinas que integrem
pessoas de todas as idades, fazendo
com que o idoso se sinta útil para a
sociedade.
6.2.3 Usuários
A edificação terá capacidade para
oferecer residência para 120 idosos,
dos três tipos de modalidade
existentes de acordo com a ANVISA,
estes com idade a partir de 60 anos.
Já as oficinas, fisioterapia, aulas de
pilates, piscina, balneários e saunas
serão destinados aos idosos que
residem no centro e também a
população em geral, para que assim,
ocorra a integração das pessoas de
todas as idades, o que acaba trazendo
mais recursos financeiros para a
manutenção do centro.
6.2.4 Diretrizes Projetuais
• Um ambiente seguro e agradável
que atenda a necessidade da
terceira idade;
Capítulo 06
PARTIDO
6.1 Conceito
6.2 Diretrizes e
Intenções de Projeto
6.3 Programa de
Necessidades / Pré-
dimensionamento
6.4 Fluxograma
6.5 Zoneamento
6.6 Implantação
6.7 Volumetria
6.8 Planta
6.9 Hierarquia Espacial
6.10 Sistema
Construtivo e
Materialidade
6.11 Croqui
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
54/94
6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES / PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Para ser possível projetar o Centro é indispensável à elaboração de um programa de necessidades pré-dimensionado.
Sendo assim foram estudados os referenciais projetuais e as exigências da ANVISA (apêndice 02) em relação às áreas
mínimas de acordo com os graus de dependência de cada idoso.
SETOR AMBIENTE FUNÇÃO OCUPAÇÃO / USUÁRIOS HIERARQUIA
TOTAL
m² (cada)
02 Recepções
Recepcionar o público / Recepcionar
público da administração
02 func. e 20 visitantes / 02
func. e 07 visitantes
Público /
Semi - Público
70/20
Administração Chefe administrativo do centro 01 func. Privado 10
Sala Assistente Social Assistencia social do centro 01 func. Privado 10
Administrativo Contabilidade Desenvolver a contabilidade do centro 02 func. Privado 15
Almoxarifado Destinado a armazenamento 01 func. Privado 05
Sala de Reunião Desenvolver reuniões em relação ao centro 10 visitantes Privado 15
04 Banheiros
02 Destinado ao público da recepção / 01
func. Da administração / 01 chefe
administrativo
01 usuário Semi-Público 05
Recepção
Recepção e sala de espera destinado a
área da saúde
02 func. e 05 usuários Semi-Público 25
02 Consultórios Médicos
Destinado aos pacientes modalidade 01 e
02 (Anexo 02 - Anvisa)
01 médico e 01 paciente Privado 10
Consultório Nutricionista
Consulta de pacientes e controle de
cardápio
01 nutricionista e 01
paciente
Privado 10
Consultório Psicólogo Consulta de pacientes 01 psicólogo e 01 paciente Privado 10
Saúde Consultório Odontológico Para tratamentos odontológicos 01 dentista e 01 paciente Privado 10
Consultório Fonoaudiólogo Consulta fonoaldiólogo
01 fonoaldiólogo e 01
paciente
Privado 10
Enfermaria Controle geral e verificação dos pacientes 01 enfermeiro e 01 paciente Privado 10
Farmácia Armazenamento de medicamentos 01 farmacêutico Privado 15
Sala de Coleta
Destinado a realização de coleta para
exames laboratoriais
01 enfermeiro e 01 paciente Privado 10
03 Banheiros
01 destinados aos consultórios / 01
Enfermaria / 01 sala de coleta
Semi-Público 03
Cozinha Preparo de refeições 04 func. Privado 25
Refeitório Servir refeições 120 usuários Semi-Público 100
Serviços Gerais
Destinado para armazenamento de
produtos e utensílios para limpeza
02 func. Privado 15
Serviços de Lavanderia Higienização de roupas 04 func. Privado 15
Apoio Central de gás Destinado as tubulações de gás Privado 2,5
Lixeira Destinado aos lixos Privado 10
Sala funcionários com
Refeitório
Sala destinada aos intervalos dos
funcionários
20 func. Privado 35
05 Banheiros
02 Refeitório / 01 Cozinha / 02 Funcionários
com vestiário
Privado
20 / 03 /
28
Capítulo 06
PARTIDO
6.1 Conceito
6.2 Diretrizes e
Intenções de Projeto
6.3 Programa de
Necessidades / Pré-
dimensionamento
6.4 Fluxograma
6.5 Zoneamento
6.6 Implantação
6.7 Volumetria
6.8 Planta
6.9 Hierarquia Espacial
6.10 Sistema
Construtivo e
Materialidade
6.11 Croqui
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
55/94
SETOR AMBIENTE FUNÇÃO OCUPAÇÃO / USUÁRIOS HIERARQUIA
TOTAL
m² (cada)
Salão Multiuso Festas, encontros, eventos e palestras 120 Semi-Público 150
Sala de TV Lazer e integração 12 Semi-Público 35
Sala de Jogos Lazer e integração 12 Semi-Público 35
Sala de Informática Integração na sociedade e tecnologia 12 Semi-Público 50
Convivência/ Salão de beleza Estética e bem estar físico e mental 02 func. Semi-Público 20
Lazer Centro Ecumênico Práticas religiosas 20 Semi-Público 80
Academia Alongamento, ginástica e musculação 02 func. e 15 usuários Semi-Público 80
06 Banheiros
02 Salão Multiuso e Centro Ecumênico / 02
Sala de TV, jogos, Informática, salão de
beleza / 02 Academia com vestiário
Semi-Público
20 / 20 /
28
Dormitório Individual Suíte para os pacientes 01 Privado 14
Dormitório Casal Apartamentos com suítes 02 Privado 16
Habitação
Posto de Enfermagem
Atender a necessidade dos usuários e
monitoramento (01 em cada andar de
habitação)
02 func. Privado 09
Recepção Recepcionar o público das terapias 02 func. e 09 visitantes Público 40
Sala de Fisioterapia Destinada a fisioterapia
01 fisioterapeuta e 02
usuários
Semi-Público 15
Sala de Pilates Destinado a prática de pilates
01 professor de pilates e 3
usuários
Semi-Público 15
02 Piscinas Para natação e hidroginástica
25 usuários interna e 100
usuários externa
Semi-Público 50 / 200
12 Balneários Para balneoterapia 01 usuário Semi-Público 05
Terapia 02 Saúnas Destinado a prática de saúna 24 usuários Semi-Público 13
Enfermaria Controle geral e verificação dos pacientes 01 enfermeiro e 01 pacientes Privado 15
04 Salas Multiuso
Destinado a oficinas como musicoterapia,
marcenaria, pintura, etc
10 usuários Semi-Público 20
Biblioteca Leitura e integração (contar histórias) 10 Semi-Público 20
07 Banheiros
02 Piscina, balneários e saúna (com
vestiário) / 02 Pilates e fisioterapia / 02
Salas multiuso, biblioteca e Recepção / 01
enfermaria
Semi-Público
28 / 08 /
20 / 05
Praça Desenvolvimento e atividades ao ar livre Público
Pista de Caminhada Prática de caminhar Semi-Público
Horta Plantio de alimentos Semi-Público
Playground Para as crianças visitantes Público
Externo Pomar Destinado a árvores frutiferas Semi-Público
Academia ao ar livre Destinado a prática de atividades físicas Público
Estacionamento Destinada ao público do setor terapia 20 vagas Semi - Público
Subsolo Estacionamento Destinada a usuários e visitantes
61 func., 120 usuários e
visitantes
Semi - Público
Capítulo 06
PARTIDO
6.1 Conceito
6.2 Diretrizes e
Intenções de Projeto
6.3 Programa de
Necessidades / Pré-
dimensionamento
6.4 Fluxograma
6.5 Zoneamento
6.6 Implantação
6.7 Volumetria
6.8 Planta
6.9 Hierarquia Espacial
6.10 Sistema
Construtivo e
Materialidade
6.11 Croqui
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
56/94
6.4 FLUXOGRAMA
6.4.1 Geral dos Setores 6.4.3 Setor Saúde
Acesso Carga /
Descarga
6.4.4 Setor Serviços de Apoio
Acesso
Principal
Hall /
Recepção
Sanitários
Refeitório
Sanitários
Cozinha
Carga /
Descarga
Central de
Gás
Lixeira
Acesso Saída
Acesso
Serviço
Sala
Funcionários
Serviços
Gerais
Lavanderia
Sanitários
Acesso
Funcionários
Administrativo
Saúde
Serviços de Apoio
Convivência / Lazer
Circulação Vertical
Acesso
Principal
Hall /
Recepção
Sanitários
Habitação
Acesso
Principal
Hall /
Recepção
Terapia
LEGENDA
Público
Semi-Público
Privado
6.4.7 Terapia
Acesso
Terapia
Hall /
Recepção
Área
molhada
Salas
Multiuso
Fisioterapia
Pilates
Sanitários
Sanitários
Piscina
Balneários
Saunas
Enfermaria
Sanitários
Biblioteca
6.4.2 Setor Administrativo
Acesso
Principal
Hall /
Recepção
Sanitários
Sala de
Administração
Contabilidade
Assistente
Social
Almoxarifado
Sanitário
Sanitário
Sala de
Reunião
Acesso
Principal
Hall /
Recepção
Sanitários
Recepção /
Sala Espera
Consultório
Nutricionista
Consultório
Médico 02
Consultório
Médico 01
Consultório
Psicólogo
Consultório
Odontológico
Consultório
Fonoaudiólogo
Farmácia
Sala de
Coleta
Saída de
Emergência
Sanitários
Enfermaria
Sanitário
6.4.5 Setor Convivência / Lazer
Academia
Acesso
Principal
Hall /
Recepção
Sala de
Informática
Salão
Multiuso
Centro
Ecumênico
Sala de
Jogos
Salão de
Beleza
Sala de TV
Sanitários
Sanitários
Sanitários
6.4.6 Setor Habitação
Dormitórios
Circulação
Vertical
Acesso
Principal
Hall /
Recepção
Sanitários
Posto de
Enfermagem
Capítulo 06
PARTIDO
6.1 Conceito
6.2 Diretrizes e
Intenções de Projeto
6.3 Programa de
Necessidades / Pré-
dimensionamento
6.4 Fluxograma
6.5 Zoneamento
6.6 Implantação
6.7 Volumetria
6.8 Planta
6.9 Hierarquia Espacial
6.10 Sistema
Construtivo e
Materialidade
6.11 Croqui
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Ap. Casal
Ap. Casal
Ap. Casal
Ap. Individual
Ap. Individual
Ap. Individual
Convivência
Apoio
Estacionamento
Adm.
Corte Esquemático Zoneamento
Fonte: Elaborado pela autora
Área piscina
Caminho dos
sentidos Horta
Pomar
Área verde
Estacionamento
usuários terapia
Estacionamento
usuários terapia
Praça
58/94
Capítulo 06
PARTIDO
6.1 Conceito
6.2 Diretrizes e
Intenções de Projeto
6.3 Programa de
Necessidades / Pré-
dimensionamento
6.4 Fluxograma
6.5 Zoneamento
6.6 Implantação
6.7 Volumetria
6.8 Planta
6.9 Hierarquia Espacial
6.10 Sistema
Construtivo e
Materialidade
6.11 Croqui
LEGENDA
Setor Administrativo
Setor Saúde
Setor de Serviços de
Apoio
Setor Convivência / Lazer
Setor de Terapia
Setor Habitação
Acesso Veículos
Estacionamento Subsolo
Acesso Ambulância
Acesso setor de serviços
de apoio
Acesso pedestre e
embarque / desembarque
Acesso usuários terapia
Setor de Serviços de Apoio: Local
onde se encontram as atividades
gerais do Centro, possuindo entrada
para funcionários e acesso para
carga e descarga, está situado na
fachada oeste para que tenha acesso
pela rua.
Setor Administrativo: A recepção para usuários e
visitantes está localizada no centro do terreno, situado na
fachada sul, obtendo acesso pela Rua Francisco Knabben,
fazendo a ligação entre os setores e controlando a entrada e
saída de pessoas do Centro. O local onde ocorrerão todas
as atividades de administração será situado no centro do
terreno, pelo bloco A.
Setor Convivência / Lazer: Este local contém as
atividades para os idosos, estando localizado na esquina
com a Rua Francisco Knabben e Rua Serafim L.
Fernandes e também no centro do terreno, pelo bloco B.
Setor Saúde: Área destinada aos
profissionais da saúde, incluindo
enfermagem com acesso externo direto
para casos de emergência.
Setor de Terapia: Essa área é destinada
aos usuários do Centro e ao público em
geral, contando com oficinas, biblioteca,
piscina aquecida, saúde e balneários.
Localizada na fachada leste, próxima a
área de preservação do Rio Gravatal,
possuindo acesso direto pela Rua
Serafim L. Fernandes.
Setor de Habitação: Este é
destinado à vivência dos usuários,
estes são de caráter reservado e
estão localizados no 2º, 3º e 4º
pavimentos do bloco A e B. O bloco A
contém os apartamentos de casal e o
bloco B os individuais.
Estacionamento: O estacionamento
destinado ao público do setor de
terapia está situado na fachada leste.
Já o estacionamento para
funcionários, visitantes e pacientes do
Centro será localizado no subsolo.
BLOCO A
BLOCO B
BLOCO C
Planta Zoneamento Setores
Fonte: Elaborado pela autora
CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal
Centro Geriátrico Gravatal

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Centro Geriátrico Gravatal

  • 1. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ Trabalho Final de Graduação I – TFGI Acadêmica: Kaynã Neves Feuser Orientador: Ramon Lima de Carvalho Tubarão, novembro 2016 Curso de Arquitetura e Urbanismo UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina
  • 2. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I – TFG I Elaborado e apresentado pela acadêmica Kaynã Neves Feuser do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Sul de Santa Catarina, foi aprovado pela banca avaliadora seguinte: __________________________________ Prof. Orientador Ramon Lima de Carvalho __________________________________ Prof. Arquiteto e Urbanista __________________________________ Prof. Arquiteto e Urbanista Tubarão, novembro 2016 DADOS CADASTRAIS ACADÊMICA Kaynã Neves Feuser ENDEREÇO Rua Manoel Júlio Pereira Centro Gravatal – SC CONTATO (48) 99868103 Kayna.nevesfeuser@hotmail.com MATRÍCULA: 34105 PERÍODO: 9º Semestre TÍTULO DO TRABALHO Centro Geriátrico Gravatá
  • 3. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus, por me dar forças e saúde para que consiga me graduar do curso de arquitetura e urbanismo. Sou imensamente grata aos meus pais, Dirceu e Jacira, pelo exemplo de pessoas maravilhosas. E também por todos os ensinamentos que me propuseram e me tornaram a pessoa que sou hoje. Ao Alexsandro Claudino Michels por me ajudar a fazer tudo isso possível. E a toda a minha família pelo amor, apoio e paciência prestados no momento da realização do Trabalho de Final de Graduação I. Agradeço também aos meus colegas que me estiveram presentes em todo o curso. Ao meu colega Vitor Fernandes que sempre me ajudou com programas e softwares, ao Evandro Esmeraldino que me passou segurança, paciência e sabedoria ao longo do curso. E a Sofia Fretta Althoff Medeiros que muito me ensinou, e sou grata principalmente por me ensinar a ver a vida de uma melhor forma. E principalmente a minha colega Beatriz Della Giustina que esteve presente comigo em todos os momentos, principalmente nas noites de estudos e que me deu apoio e incentivo para a conclusão deste curso. São pessoas que irei levar para o resto da vida. Obrigada a todos os professores que participaram da minha vida acadêmica, por me passarem seus conhecimentos. E por ultimo, agradeço ao meu orientador Ramon Lima de Carvalho que me dedicou seu tempo me auxiliando para a elaboração deste presente Trabalho Final de Graduação I.
  • 4. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação do Tema........................05 1.2 Objetivos Gerais..................................05 1.3 Objetivos Específicos...........................06 1.4 Problemática / Justificativa..................06 1.5 Metodologia.........................................07 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira...........09 2.2 Doenças comuns na terceira idade......10 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso..........................................................12 2.4 Água termal.........................................14 3 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa....................................................20 3.2 Residencial Torre Sénior......................28 4 ESTUDO DE CASO 4.1 Casa de Repouso Lírio do Vale............38 5 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História.................................................43 5.2 Panorama Geográfico..........................43 5.3 Localização Macro...............................44 5.4 Cheios e vazios....................................45 5.5 Uso do solo..........................................46 5.6 Gabarito...............................................46 5.7 Público e Privado.................................47 5.8 Análise da Área Específica da Proposta....................................................47 6 PARTIDO 6.1 Conceito............................................52 6.2 Diretrizes e Intenções de Projeto.....53 6.3 Programa de Necessidades / Pré- dimensionamento....................................54 6.4 Fluxograma.......................................56 6.5 Zoneamento......................................57 6.6 Implantação.......................................59 6.7 Volumetria.........................................60 6.8 Planta................................................61 6.9 Hierarquia Espacial...........................65 6.10 Sistema Construtivo e Materialidade...........................................66 6.11 Croqui..............................................67 CONCLUSÃO Conclusão...............................................70 BIBLIOGRAFIA Referenciais Bibliográficos......................72 APÊNDICE 1.1 Questionário Hotéis...........................76 1.2 Entrevista Abrigo dos Velhinhos.......78 1.3 Entrevista Casa de Repouso Lírio do Vale.........................................................79 ANEXO 1.1 Anexo 01...........................................81 1.2 Anexo 02...........................................86 1.3 Anexo 03...........................................92
  • 6. integração, onde o idoso se sinta útil para a comunidade, podendo compartilhar sua larga experiência, estimulando assim, o corpo e a mente. 1.2 OBJETIVOS GERAIS Estudo e aprofundamento no tema lazer, saúde, cultura e acessibilidade para a terceira idade, a fim de que obtenha soluções arquitetônicas para a elaboração do partido de um Centro Geriátrico na cidade de Gravatal/SC, com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas com mais experiência. 05/94 Capítulo 01 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação do Tema 1.2 Objetivos Gerais 1.3 Objetivos Específicos 1.4 Problemática/ Justificativa 1.5 Metodologia 1 INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA Ao analisar a população brasileira nota-se o aumento de pessoas com maior idade, atualmente a expectativa de vida dos brasileiros é de 75,2 anos (IBGE 2014), isso ocorre devido a inúmeros motivos, principalmente por consequência do avanço da medicina, ciência e tecnologia. Portanto, a população precisa se preparar para a velhice, para que possam viver sua longevidade com dignidade, qualidade e em lugares capacitados. Desta forma, o Trabalho Final de Graduação I (TFGI) refere-se ao estudo de tratamentos gerontológicos, o lazer na terceira idade, o envelhecimento ativo e as normas e estatutos que visam a elaboração de um partido arquitetônico que respeite as condicionantes do idoso. A proposta é a elaboração de um Centro de Integração, Saúde e Habitação que proporcionará uma melhor qualidade de vida. Localizado em Gravatal/SC, o Centro oferecerá moradia a idosos independentes e dependentes, com serviço médico, enfermagem 24 horas, área de lazer, área esportiva, oficinas ocupacionais, restaurante, lavanderia e piscinas para tratamento hidroterápico. Para viver bem em sociedade, é imprescindível que haja a integração com pessoas de todas as idades, conforme a figura 01, segundo a gerontológa Mariana Almeida “as relações sociais também promovem o bem- estar mental na velhice. A ausência de convívio social pode causar severos efeitos negativos na capacidade cognitiva geral, além de depressão”. Desta maneira, o projeto contará com oficinas ocupacionais que promovam tal Figura 01: Os idosos de amanhã Fonte: Site SempreIncluidos CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 7. 06/94 Capítulo 01 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação do Tema 1.2 Objetivos Gerais 1.3 Objetivos Específicos 1.4 Problemática/ Justificativa 1.5 Metodologia 1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS  Familiarização com o tema, pesquisando sobre a situação dos idosos no Brasil, assim como suas necessidades, através de estudos bibliográficos, leis, normas e estatutos;  Conhecer os problemas de saúde relacionados a velhice, bem como as terapias (figura 02), atividades ocupacionais, esportes e os tratamentos para a melhoria da qualidade de vida;  Analisar maneiras que promovam inserção do idoso na sociedade;  Adquirir larga experiência, conhecendo e analisando locais com o mesmo tema proposto, além de aplicar questionários para que possa analisar as boas soluções e problemas encontrados pós-ocupação;  Concepção de um programa de necessidades que respeite as condicionantes da população de mais idade;  A escolha de um terreno apropriado para o Centro, localizado de modo que facilite a vida do idoso e não o deixe isolado da comunidade. Analisar as características do terreno e o seu entorno; Figura 02: Terapias integração do idoso Fonte: Blog Rodrigodelmasso  Elaboração de um partido arquitetônico para o Centro de Integração, Saúde e Habitação, respeitando todas as condicionantes a cima citadas; 1.4 PROBLEMÁTICA/ JUSTIFICATIVA De acordo com o Caderno de Informação em Saúde de Santa Catarina: “O Brasil experimenta um processo de transição demográfica profunda provocada, pela queda da fecundidade, redução da mortalidade infantil e pelo aumento da longevidade. O envelhecimento da população em Santa Catarina ocorre com velocidade maior que a média do país.” Juntamente com o crescimento da longevidade populacional, vem o aumento de problemas com o idoso. Na medida em que muitos são tratados com indiferença pela sociedade, acabam desenvolvendo doenças como a depressão, ocasionada pela sensação de abandono e solidão. Atualmente, encontrar um local ideal para as pessoas de mais idade se torna uma tarefa árdua. Existem Instituições que abrigam os idosos, como Casas de Repouso, Clínicas Geriátricas, Abrigos e Asilos, porém, muitos desses lugares não possuem infraestrutura e assistência necessária as limitações consequentes da idade. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 8. 1.5 METODOLOGIA Embasamento teórico para a elaboração do TFGI por meio de pesquisas em livros, leis, normas, estatutos, revistas e internet. Análise de referenciais projetuais e estudo de caso, a fim de que se obtenha ampliação de conhecimento do tema deste trabalho. Conhecer o entorno da área de intervenção (figura 04), seus acessos, hierarquias viárias, equipamentos urbanos, cheios e vazios, uso do solo, gabarito, aspectos econômicos-sociais e analisar a topografia, os aspectos físicos e os condicionantes legais do terreno. Elaboração do partido arquitetônico que será desenvolvido e entregue como anteprojeto no TFGII. 07/94 Capítulo 01 INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação do Tema 1.2 Objetivos Gerais 1.3 Objetivos Específicos 1.4 Problemática/ Justificativa 1.5 Metodologia A cidade de Gravatal/SC atrai muitos turistas, a maioria de mais idade, devido a sua natureza exuberante e pelas águas termais, representados na figura 03, as quais possuem propriedades terapêuticas, sendo recomendadas para diversos tratamentos médicos. Muitos desses turistas, acabam se encantando pela cidade e decidem por morar em Gravatal, sendo assim, a intenção é oferecer um Centro de Idosos que alavanque a vinda de moradores para a cidade, gerando o movimento da economia local. O objetivo é que seja um ambiente de confiança e de qualidade aos idosos, com excelente infraestrutura e funcionários capacitados, oferecendo uma melhor qualidade de vida e prazer a terceira idade. Figura 03: Turistas em Gravatal/SC Fonte: Blog Rodrigodelmasso Figura 04: Área de intervenção Fonte: Acervo pessoal, 2016 CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 10. 09/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O IDOSO NA SOCIEDADE BRASILEIRA Atualmente podemos notar que a população de mais de 60 anos de idade no Brasil está aumentando, Santa Catarina por sua vez tem a maior expectativa de vida ao nascer: 78,4 anos. Além disso, o estado obteve um aumento de 16,8% de idosos em relação ao ano de 2000, de acordo com o censo do IBGE de 2010. Gráfico 01: Expectativa de vida ao nascer Fonte: IBGE/2014 A principal razão para contribuir para o aumento da expectativa de vida do homem moderno está na queda substancial da mortalidade infantil. Além disso, os avanços prodigiosos da medicina, da higiene e do saneamento básico [...] foram os principais fatores a contribuir para aumentar, desmedidamente, a faixa etária dos longevos. (AZUL et al., 1981, p.330) Com o aumento da longevidade a população precisa se preparar para suprir essa demanda, com lugares confortáveis, confiáveis e acessíveis para destinar seus parentes, além de recursos financeiros para o investimento em medicamentos, tecnologia e pessoal qualificado. Além das alterações biológicas, como a diminuição da capacidade física, motora e o surgimento de doenças, o envelhecimento traz problemas psicológicos, muitas vezes, por consequência da perda da independência, autonomia e dos contatos sociais. Em alguns casos são abandonados pela família e acabam vivendo em instituições precárias, sem o mínimo de acessibilidade e profissionais capacitados. Uma pessoa que passou 60 anos na pobreza, sem condições mínimas de sobrevivência, projeta na terceira idade a possibilidade de talvez conquistar um espaço ou ao menos o reconhecimento pelo que produziu durante sua trajetória. Todavia, este idoso encontra novas dificuldades, pois além de todas as questões presentes em sua vida, ainda precisa superar preconceitos por ser velho e ser considerado inútil e incapaz, enfim, um peso para a sociedade. (SCORTEGAGNA; OLIVEIRA, 2012) Fica claro que os problemas da velhice não se relacionam exclusivamente à saúde. Assim, o enfermeiro, o assistente social, o nutricionista, o fisioterapeuta, o terapeuta ocupacional, o psicólogo, o dentista, o musicoterapeuta e até o advogado e o arquiteto podem contribuir efetivamente para o equilíbrio físico, mental e social do idoso (VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72). Portanto são necessários programas e iniciativas para que o idoso se reintegre na sociedade, da sua maneira, respeitando suas necessidades e deficiências, de modo que ele contribua com sua larga experiência de vida e conhecimentos. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 11. 2.2 DOENÇAS COMUNS NA TERCEIRA IDADE Apesar da velhice ser considerada sinônimo de doenças, há muitos idosos em perfeito estado de saúde física e mental, isto acaba se tornando um preconceito da sociedade em relação a essa faixa etária. Com o avanço da idade começam a surgir limitações na locomoção e diminuição da capacidade visual, o que acaba transformando o dia-a-dia do idoso, sendo necessários maiores cuidados com acessibilidade para evitar acidentes. Alzheimer, Parkinson e Depressão são doenças comuns em pessoas a partir dos 65 anos. Portanto, são necessários incentivos para o estudo de melhorias para essas doenças, que a população se prepare para lidar com ela. 2.2.1 Alzheimer Segundo o Instituto Alzheimer Brasil: A doença de Alzheimer (DA) é a principal causa de demência, representando cerca de 50 a 80% dos casos. É uma doença que afeta o funcionamento do cérebro de modo lento e progressivo, caracterizada pelo comprometimento de duas ou mais funções cognitivas como: memória, Linguagem, atenção, raciocínio lógico, julgamento, planejamento, habilidade visual e espacial, graves o suficiente para interferir nas atividades da vida diária da pessoa. (figura 05) Atualmente não há cura, mas o tratamento com medicamentos logo no início da doença pode atrasar a evolução. Estes medicamentos ajudam somente a melhorar temporariamente os sintomas, não vão reverter ou impedir a evolução dos danos cerebrais causados por essa doença. 10/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal 2.1.2 Legislação e Acessibilidade Para os idosos, os ambientes acessíveis proporcionam uma melhor qualidade de vida, minimizando as dificuldades encontradas pelos idosos e proporcionando autonomia e segurança. Para proporcionar esses ambientes utilizam-se as normas como a NBR 9050 (Anexo 01) que estabelece os parâmetros para a elaboração de um projeto arquitetônico acessível. E também a ANVISA (Anexo 02) que estabelece regras que proporcionem um melhor conforto as instituições. O Estatuto do Idoso (Anexo 03), Lei nº 10.741, de 1º outubro de 2013, de autoria do deputado federal Paulo Paim, foi elaborado graças a organização e mobilização dos aposentados, pensionistas e idosos vinculados à Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (COBAP). O estatuto garante os direitos fundamentais as pessoas com mais de 60 anos como atendimento preferencial, acesso a serviços de saúde, fornecimento gratuito de medicamentos pelo poder público assistência social, participação na vida política, transporte público gratuito, entre outros direitos. A Lei prevê punição contra a violência, abandono e discriminação do idoso. Sendo obrigação do estado assegurar saúde, segurança e qualidade de vida a terceira idade. Figura 05: Alzheimer Fonte: Site Emassis CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 12. A mudança do estilo de vida também pode ser considerada um tratamento para retardar o aparecimento da doença, como exercer atividades que estimulem o cérebro como leitura, jogos, música, etc. A pratica de atividades físicas, além da reeducação alimentar, onde alimentos como cacau, vinho tinto e chá prometem diminuir o risco de Alzheimer. 2.2.2 Parkinson Conforme a Academia Brasileira de Neurologia: A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor[...]. De acordo com o Hospital Israelita A. Einstein: Existem mais de 150mil novos casos por ano no Brasil, esta doença, afeta a coordenação motora, provoca tremores, perda do equilíbrio e dificuldades para se movimentar. O Parkinson é muito comum na terceira idade, sendo raro em jovens e adultos. O Parkinson é uma doença sem cura e progressiva, a qual se agrava ao longo do tempo, podendo ser tratada com medicamentos, os quais, repõem parcialmente a dopamina que está faltando, melhorando os sintomas, porém devem ser usados durante toda a vida. Quando os medicamentos falham, dependendo do caso, é recomentado cirurgias, que diminuam os sintomas. É recomendado para o paciente a mudança do seu estilo de vida, optando por uma boa nutrição, exercícios físicos, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional. 2.2.3. Depressão Para a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos, “a depressão caracteriza-se por um estado em que o humor fica deprimido, melancólico, „para baixo‟. O indivíduo sente angústia, ansiedade, desânimo, falta de energia e, sobretudo, uma tristeza profunda. Às vezes tédio e apatia sem fim”. (figura 06) As causas de depressão no idoso configuram-se dentro de um conjunto amplo de componentes onde atuam fatores genéticos, eventos vitais, como luto e abandono, e doenças incapacitantes, entre outros. Cabe ressaltar que a depressão no idoso frequentemente surge em um contexto de perda da qualidade de vida associada ao isolamento social e ao surgimento de doenças clínicas graves (STELLA et al., 2002, p. 92). Segundo entrevista ao Jornal Umuarama Ilustrado, de Umuarama – PR, a coordenadora do Lar São Vicenti de Paulo: Do total de 98 internos, a média é de que 15% deles tenham depressão, além dos problemas físico-mentais. Quando percebem que foram abandonados pela família, perderam a convivência com a sociedade e os amigos não vêm visitar, geralmente apresentam os sintomas da depressão. 11/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal Figura 06: Depressão Fonte: Site Ehow Grafíco 02: Alzheimer Fonte: Hospital Israelita A. Einsten (Abril/2016) CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 13. 12/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal O tratamento é realizado por acompanhamento de psicólogos, psiquiatras e medicamentos antidepressivos. Porém, a família e amigos tem papel fundamental no tratamento da doença, onde são necessárias visitas regulares para que o paciente se sinta amado e lembrado. 2.3 LAZER E TERAPIAS OCUPACIONAIS PARA O IDOSO O lazer é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir- se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais (DUMAZEDIER, 2000, p.36). O lazer é o momento em que a pessoa se dedica a fazer atividades que lhe deem prazer, conforme a figura 07. Atualmente há poucas atividades de lazer destinadas ao idoso, mesmo que este possua maior tempo livre, portanto são necessários lugares que proporcionem tais atividades, para que o idoso tenha motivação em viver. O envelhecimento ativo é um aspecto central, aplicando-se tanto a indivíduos quanto a grupos populacionais. Assim permite aos idosos compreender o seu potencial para o bem-estar físico, social e mental ao longo da sua vida. Facilitando assim, a participação dos indivíduos na sociedade de acordo com as suas necessidades, desejos e capacidades, e ao mesmo tempo proporciona a proteção, a segurança e os cuidados adequados, quando necessários. Individualmente, o envelhecimento ativo pode ser entendido como o conjunto de atitudes e ações que podemos ter no sentido de prevenir ou adiar as dificuldades associadas ao envelhecimento (WHO, 2002 Apud FERREIRA; RAMOS, 2010). Quando o indivíduo se aposenta passa a ter grande quantidade de tempo livre e acaba se tornando um enigma administrar todo esse tempo. Para o idoso, viver como se estivesse em constante „recreio‟, pode ser bastante desagradável, por acabar indicando uma total falta de sentido e de perspectiva de vida. O lazer – que também significa ócio – deve ser intercalado com ocupações que crie laços e novos compromissos pessoais e sociais, compatível com o interesse e história de cada um. (VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72) É preciso que o idoso tenha ocupações que estimulem seu corpo e mente, observa-se na figura 08 a felicidade durante a realização de terapias ocupacionais. Figura 07: Lazer idoso Fonte: Site Oabma Figura 08: Terapia ocupacional Fonte: Site Viva Clube Poa 2.3.1 Terapia Ocupacional A terapia ocupacional tem como papel melhorar a integração do idoso com a sociedade, fazendo com que se sinta feliz e útil, além de desenvolver suas habilidades, para que obtenha capacidade de desenvolver atividades CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 14. 13/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal independentemente e melhorar sua saúde. Essa terapia pode ser por meio de atividades físicas, como caminhadas, ginástica, pilates e entre outros. Como também por atividades religiosas, artesanais, jardinagem, profissionalizantes, pedagógicas, teatrais e no meio da informática. Embora frequentemente associada à prescrição medicamentosa, a terapia deve ser entendida como a utilização de uma ou mais intervenções com o objetivo de reduzir o estado da doença, visando combater o agente etiológico, evitar as complicações previsíveis, reduzir os sintomas e otimizar a evolução. (FILHO et al., 2003, p.15) “O objetivo fundamental da Terapia Ocupacional em Gerontologia é manter o idoso ativo, proporcionando condições adaptativas para que ele viva de forma satisfatória e possível, o seu dia-a-dia”. (VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72) A atuação da terapeuta ocupacional tem como finalidade integrar o idoso à sua própria comunidade, proporcionar contato com o mundo atual e com a realidade, promover auto-realização, as relações interpessoais e ajudar no processo de reabilitação física e/ou mental (VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72). 2.3.1.1 Musicoterapia “A utilização do som, musical ou não, como elemento mobilizador no processo terapêutico, busca o desenvolvimento bio-psico-social do indivíduo.” (VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72) Com a terceira idade, a musicoterapia, utiliza-se da bagagem musical que o indivíduo experimenta no decorrer de suas etapas de vida. Os procedimentos técnicos (cantar, tocar, ouvir, improvisar, etc.), por sua vez, são capazes de promover processos de recuperação de lembranças, resgate do prazer pela auto-expressão criativa, aumento da auto-estima a partir da valorização de sua história de vida e intensificação das relações interpessoais - elementos importantes para o sucesso terapêutico integral. (VIEIRA; RAMOS, 1996, p. 72) A terapia com música estimula a convivência, a fala, a memória, o raciocínio e traz inúmeros benefícios a idosos portadores de depressão, onde acaba se tornando uma atividade emotiva, podendo expressar seus sentimentos e trazendo prazer (figura 09 e 10). Figura 09: Musicoterapia Fonte: Blog Mariacarolinamusica Figura 10: Musicoterapia Fonte: Blog Mariacarolinamusica CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 15. 14/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal 2.3.2 Atividade física A atividade física tem caráter preventivo e de manutenção da capacidade funcional do indivíduo. Ao evitar as restrições ao desempenho físico, as doenças hipocinéticas (da diminuição da capacidade motora) e a consequentemente inatividade, ela contribui para uma melhora do aparelho locomotor (músculos, controle gestual, articulações), do aparelho cardiovascular (diminuindo a frequência cardíaca), do respiratório (aumentando o consumo de oxigênio e facilitando a ventilação e as trocas gasosas respiratórias, do funcionamento cerebral (facilitando a hemodinâmica e estimulando a memória através do esquema corporal), além dos efeitos positivos sobre a vida social (VIEIRA; RAMOS, 1996, p.22). A prática de exercícios além de trazer melhorias para a saúde, principalmente em doenças cardiovasculares, também traz outros benefícios para o idoso, como se sentir mais disposto e independente e fazendo com que ele se relacione com outras pessoas. De acordo com a experiência geral e com a observação empírica, a prática de exercícios contribui para aumentar a auto-estima do indivíduo da terceira idade (Gitlin e cols, 1992, apud PICKLES et al., 1998, p. 159). É importante salientar que para uma atividade física segura e sem riscos, é necessária, antes de seu início, uma visita ao cardiologista, com a execução de testes ergoespirométricos e um laudo detalhado direcionado ao profissional de Educação física para que este possa programar a sequência de exercícios mais apropriada para cada aluno. O paciente geriátrico deve manter acompanhamento médico periódico e o profissional de Educação Física que o atende deve estar sempre readaptando o seu programa para a sua condição de saúde atual (GARBUGLO, 2009, p.17). Figura 11: Idoso exercitando-se Fonte: Site Vivo mais saudável Figura 12: Idoso exercitando-se Fonte: Site Globo Esporte Figura 13: Idoso exercitando-se Fonte: Site Vivo mais saudável Figura 14: Idoso exercitando-se Fonte: Site Malhar Bem 2.4 ÁGUA TERMAL No Brasil, a legitimação do uso das águas termais acontece a partir de 1818, data associada a criação da primeira estância termal brasileira. É durante o século XIX que nascem e se desenvolvem as práticas termais em espaços institucionalizados pela medicina brasileira. Tudo começa com a descoberta das análises químicas e com a edificação de alguns estabelecimentos termais (Caldas de Cubatão, Caxambu e Poços de Caldas) na segunda metade do mesmo século (QUINTELA, 2004). CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 16. 15/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal Segundo o Hotel Internacional Gravatal: A cidade de Gravatal, possui três captações de águas termais, todas estão localizadas no Hotel Termas do Gravatal, figura 15, sendo considerada a segunda do mundo em qualidade terapêutica, superada apenas pelo complexo de Aux-Les-Thermes, na França, e melhor do que a famosa água de Baden-Baden, na Alemanha. Além de possuir comprovada eficácia no tratamento de diversas doenças. De acordo com a Companhia Água Gravatal, “a cidade esconde antigas atividades vulcânicas, lavas basálticas e a fantástica água radioativa, que tem uma vazão de 2.000 litros por minuto à temperatura de 37ºC” (figura 16). A utilização das águas termais da cidade é realizada apenas por patrimônios privados, como os hotéis, os condomínios, o parque aquático Acquativo (figura 18), etc. Conforme entrevista com a Secretaria de Turismo de Gravatal, a prefeitura de Gravatal tem como proposta a criação de um Centro de Hidroterapia, que terá acompanhamento especializado para a população que necessite desse tratamento. O centro terá banheiras individuais e coletivas, salas de terapias complementares (banho de argila, vaporização, aspiração), vestiários, recepção, fontanário e área de estacionamento. A prefeitura já possui um local destinado para a implantação deste projeto, segundo a Secretaria de Turismo de Gravatal, o terreno localiza-se em Termas do Gravatal, conforme a figura 19, perto dos hotéis da região e da Mata Ciliar, o projeto se dará início no próximo ano. Figura 16: Piscina termal em Termas do Grav. Fonte: Site Guia do litoral Figura 15: Piscina termal em Termas do Grav. Fonte: Site Guia do litoral Figura 17: Piscina Hotel Internacional Fonte: Site 100 Fronteiras Figura 18: Parque Acquativo Fonte: Arquivo pessoal, 2016 Mapa 01: Localização do Terreno para a construção do Balneário Público Fonte: Google Earth adaptado pela autora Parque Aquático Acquativo Área da Proposta Terreno Centro Hidroterápico CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 17. 16/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal 2.4.1 Hidroterapia A Hidroterapia utiliza exercícios no meio aquático que são os ideais para prevenir, manter, retardar e melhorar as disfunções físicas e psicológicas do envelhecimento (Ruoti et al, 2000 Apud FERREIRA, 2010). O idoso apresenta uma multiplicidade de sintomas como dor, fraqueza muscular, déficit de equilíbrio, desordens na marcha, dentre outros, que dificultam os exercícios em solo. O meio aquático proporciona sensação de redução do peso corporal, assim possibilita maior liberdade de movimentos, mais tranquilidade e segurança durante a execução dos exercícios, uma vez que o risco de lesões por quedas é mínimo (RESENDE, 2008). Os componentes secundários do condicionamento físico incluem velocidade, potência, agilidade, reflexo, coordenação e equilíbrio. Todos eles diminuem com a idade. Assim como as demais degenerações causadas pelo “processo do envelhecimento, essas também podem tanto continuar quando serem revertidas pela prática regular da hidroginástica. (SOVA, 1998, p. 09) Além dos inúmeros benefícios para a saúde, a hidroterapia permite a socialização do idoso, o lazer e estimula a prática de exercícios físicos, combatendo o sedentarismo. A prática constante da hidroginástica beneficia ainda outros aspectos da vida do idoso. Sua circulação melhora muito e ele passa a dormir melhor, porque fica mais relaxado. Mesmo os obesos perdem algum peso (DELGADO, 2004, p.130). Figura 19: Hidroterapia Fonte: Site Rondoniadigital A pessoa que pode nadar e participar de qualquer outra atividade aquática possui uma vantagem social. Essa habilidade a coloca em posição de igualdade com os outros membros da família e com os amigos, seja ela deficiente ou não. Ela pode competir em nível semelhante (CAMPION, 2000, p. 04). Portanto a prática da hidroterapia melhora a qualidade de vida física e mental do idoso, fazendo com que ele se sinta integrado na sociedade (figura 19 e 20). Figura 20: Hidroginástica Fonte: Site Hotel Internacional A água traz inúmeros benefícios para a saúde, seguem abaixo indicações terapêuticas das águas termais segundo o Dr. B.M. Mourão. 2.4.1.1 Inaloterapia Consiste na inalação ou nebulização da água mineral, de forma natural ou produzidos artificialmente.  Rinites, especialmente alérgicas;  Asma e processos asmatiformes;  Afecções bronquiais crônicas (ação fluidificante das secreções e efeito anticatarral);  Bronquite dos fumantes; CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 18. 17/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal Figura 21: Beber água Fonte: Site Medimagem 2.4.1.2 Hidropínico O paciente deve ingerir de 600mL a 1200mL de água após as refeições, para que as substâncias gordurosas da alimentação retenham a radioatividade. (figura 21)  Cura diurese (lavagens humoral, renal e hepática) provocando acentuada remoção de edemas e escórias orgânicas, com aumento da diurese líquida e sólida;  Intoxicações hepatorrenais;  Litíase do aparelho urinário e da vesícula biliar;  Distúrbios provocados pelo ácido úrico;  Glomerulonefrites não hidropigênicas (sem insuficiência renal);  Aumento sanguíneo da uréia, colesterol e triglicerídios;  Inflamações crônicas das vias urinárias: pelite e cistite;  Síndromes alérgicas; 2.4.1.3 Balneoterapia Os banhos de imersão constituem processos eficazes para a absorção dos gases radioativos, principalmente pela pele. A duração dos banhos deve ser de 16 a 60 minutos, em temperatura de 32 a 35ºC. (figura 22 e 23)  Reumatismos;  Estados congestivos e espasmódicos das vísceras abdominopélvicas;  Varicosidade dos membros inferiores;  No pós-traumático e no pós-cirúrgico;  Sequelas reumáticas crônicas;  Dermatoses secas pruriginosas;  Sequelas de herpes zoster;  Estados emotivos;  Hipertensão e hipotensão; 2.4.1.4 Emanoterapia Junto com a água mineral sobem gases radioativos ou emanações gasosas, Figura 23: Banheira de Hidromassagem Hotel Termas Fonte: Site Gravatal.sc.gov Figura 22: Banheira de Hidromassagem Hotel Internacional Fonte: Site GiroVip CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 19. também pode ser respirado diretamente na fonte (emanoterapia) ou em seus arredores (hidroclimatologia). Neste aspecto, a hidroterapia está sendo uma das ferramentas mais utilizadas para complementar a fisioterapia convencional. Contudo, nos três métodos mais utilizados Bad Ragaz, Halliwick e Watsu (PASTRELLO; PEREIRA, 2007). O método Bad Ragaz (figura 24): Atualmente, o método Bad Raggaz é constituído de técnicas de movimentos com padrões em planos anatômicos e diagonais, com resistência e estabilização fornecidos pelo terapeuta. O posicionamento do paciente em decúbito dorsal é mantido através de flutuadores nos seguimentos anatômicos. A técnica pode ser utilizada passiva ou ativamente em pacientes ortopédicos, reumáticos ou neurológicos. Os objetivos terapêuticos incluem redução de tônus muscular, pré- treinamento de marcha, estabilização de tronco, fortalecimento muscular e melhora da amplitude articular (BIASOLI; MACHADO, 2006). Para o método Halliwick: O tratamento é feito à base do triângulo: respiração, relaxamento e equilíbrio. Esse triângulo é integrado, e se um desses fatores estiver alterado, haverá uma tensão, afetando automaticamente o equilíbrio. Esse método pode ser utilizado por qualquer pessoa, independente de ser ou não deficiente, especialmente para aquelas com medo de água ou até as que apresentam problemas de solidão. Trazendo melhorias para a Paralisia cerebral, a espinha bífida, atrofias, hemiplegia e problemas ortopédicos ou congênitos e outros. (DELGADO, 2004, p. 42) A técnica Watsu: O método Watsu é uma técnica suave, mas de efeito profundo e de grande potencial terapêutico. Criada em meados dos anos 80, esta técnica é caracterizada por movimentos rítmicos rotacionais e em espirais, trações e manipulações articulares, ora livres ora sequenciais, alongamentos passivos e alguns fundamentos de Shiatsu, como pressões sobre alguns pontos de fluxo de energia (meridianos). (DULL, 1993 Apud PASTRELLO; PEREIRA, 2007) Para a prática da hidroterapia, assim como de exercícios físicos é necessário acompanhamento médico. Segundo Ferreira e Ramos, 2012, a hidroterapia é contraindicada em pacientes que apresentam:  Insuficiência Cardíaca severa ou não controlada;  Problemas gastrointestinais;  Doenças infecto-contagiosas;  Embolia pulmonar recente;  Tímpanos perfurados;  Gesso nos membros inferiores;  Doentes com capacidade vital inferior a 1L;  Problemas fúngicos graves; 18/94 Capítulo 02 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O idoso na sociedade brasileira 2.2 Doenças comuns na terceira idade 2.3 Lazer e terapias ocupacionais para o idoso 2.4 Água termal Figura 24: Método Bad Ragaz Fonte: BIASOLI; MACHADO, 2006 CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 21. 3 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 HILÉA 3.1.1 Ficha Técnica Localização: São Paulo Conclusão da Obra: 2005 á 2007 Projeto Arquitetônico: Aflalo & Gasperini Arquitetos Projeto de Paisagismo: Isabel Duprat Projeto de Decoração: Sig Bergamin Torres: 01 Pavimentos: 10 Pavimentos de Garagem: 3 subsolos Total de Unidades: 119 apartamentos Área Construída: 13.686,12m² Área Total do Terreno: 2.598,85m² Tipo: Hospital 20/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior Figura 25: Hiléa. Fonte: Site Aflalogasperini “Aos 10 anos, você só brinca e não tem tempo pra nada! Aos 20 anos, você só estuda e não tem tempo pra nada! Aos 40 anos, você só trabalha e não tem tempo pra nada! Aos 60 anos, você só tem tempo. Viva!” HILÉA CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 22. 21/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.2 Localização O terreno com 2600m² com declive de aprox. 6m, localiza-se na Rua Jandiatuba, nº 580, próximo ao Parque Burle Marx, no bairro Morumbi, bairro nobre da Zona Sul de São Paulo. 3.1.3 Objetivos Principais O Hiléa alia a sofisticação de um hotel de alto padrão, atividades de lazer de um clube e qualidade médica hospitalar, com especialização em Alzheimer. O objetivo foi projetar uma edificação que atenda a diferentes necessidades propostas por cada idoso, de maneira confortável e segura, para que se sintam em casa. A estrutura do hospital é disponibilizada de três formas: • O idoso fica durante o dia e vai para casa a noite; • Ficar hospedado nos finais de semana, férias ou recuperações de cirurgias; • Ser residência permanente; Mapa 03: Mapa Grande São Paulo – SP Fonte: Site Mapas-Sp Mapa 04: Esquema de localização do Hiléa em SP Fonte: Google Earth Mapa 02: Mapa do estado de São Paulo Fonte: Site Saude.sp.gov "Foi emocionante fazer esse projeto, pois além de lembrarmos de nossos pais, passamos também a refletir sobre nossa própria velhice. Como seremos? Bem, por enquanto, o importante é oferecer o melhor de nossos corações e mentes a esses idosos" Arquiteto Luiz Felipe Aflalo Hermann. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 23. 22/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.4 Implantação Um dos princípios terapêuticos do Hiléa é manter o idoso inserido na área urbana da cidade, para evitar o isolamento. Para isso, segundo o arquiteto Luiz Felipe Aflalo Hermann “os espaços foram estudados nos mínimos detalhes, foi um grande desafio para nós, já que o programa era extenso para atender a todas as necessidades dos idosos”. Devido ao desnivelamento do terreno há três subsolos, os dois últimos localiza-se o estacionamento, que se tem acesso pela Rua Itacaiuna, por meio de rampas. O acesso de pedestres se da pela parte mais alta do terreno. Onde a direita contém a recepção, que leva aos elevadores, possuindo um porte cochere para entrada de carros (embarque e desembarque – figura 26). E a frente encontra-se a área comum, que oferece acesso ao estar com lareira e bilhar e ao restaurante (figura 27 e 28). LEGENDA Circ. Horizontal Recepção Área de Serviço Circ. Vertical Área Comum Restaurante Estar Acesso Veículos ao Subsolo 2 e 3 (estacionamento) Área de embarque e desembarque Acesso Pedestres Restaurante Circ. Vertical Área Comum Área de Serviço Recepção Implantação – Adaptado pela autora Fonte: Site AflaloGasperini Estar Circ. Horizontal Figura 26: Porte Cochere Hiléa Fonte: Site AflaloGasperini Figura 27: Restaurante Hiléa Fonte: Site Stan Figura 28: Mesa de Jogos Hiléa Fonte: Site Stan CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 24. 3.1.5 Volumetria O complexo é composto volumetricamente por dois poliedros regulares de base retangular. O primeiro possui característica horizontal, possuindo três pavimentos de áreas comuns ao hotel e da clínica, são os espaços de atividades e lazer. O segundo se representa verticalmente, com 8 pavimentos, onde se distribuem as suítes, sendo utilizado na fachada uma composição de cheios e vazios em fita. Na cobertura foi instalada a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para uma melhor visão da cidade, oferecendo conforto visual e privacidade aos pacientes. 23/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior portadores de deficiência, sauna, sala de ginástica, fisioterapia, massagem, pilates, ateliês de pintura, cabelereiro e uma sala destinada a crianças, para estimular os filhos e os netos a visitarem seus pais e avós, se tornando um ambiente aconchegante e divertido, sem que façam barulhos para os demais locais e aborreçam os pacientes (figura 29 e 30). Os outros dois subsolos são destinados as vagas de estacionamento do prédio. Figura 29: Picina Coberta Hiléa Fonte: Site Atualidadesimobiliarias UTI Circ. vertical Área Social Estacionamento Apartamentos Corte A-A‟ – Adaptado pela autora Fonte: Site AflaloGasperini LEGENDA UTI Apartamentos Circ. Vertical Área Social Estacionamento Figura 30: Sala de Ginástica Hiléa Fonte: Site AflaloGasperini 3.1.6 Subsolo Aproveitando o desnível do terreno, foram projetados 3 subsolos, o primeiro uniu todas as atividades que estarão a disposição dos pacientes, tratamento e lazer, contendo uma piscina coberta, com rampas de acesso para CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 25. 24/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.7 Primeiro Pavimento O primeiro pavimento contém as clínicas e uma praça interna temática para os idosos portadores de Alzheimer. A praça com pé direito duplo relembra os anos 50 - com móveis que remete ao passado, piano de cauda, cinema com programação de filmes antigos, livraria e barbearia – para que esse ambiente conforte o paciente, já que a memória de um portador de Alzheimer é remota. (figura 31) A iluminação é zenital, para evitar que os pacientes percebam o entardecer e se deprimam. O local possui planta livre para facilitar a visualização das enfermeiras e para que os pacientes possam caminhar e ter tudo a seu ponto de vista, de maneira que facilite seu entendimento. (figura 32) Um pavimento inteiro foi ocupado com consultórios de várias especialidades, como gerontologia, fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição e terapia ocupacional, entre outras. Todo um esquema de segurança foi montado com cuidados especiais para os pacientes com Alzheimer, com postos de enfermagem e de apoio estrategicamente colocados em vários pontos, banheiros amplos, câmeras, sensores e dois elevadores privativos com espaço para maca, além dos quatro elevadores sociais existentes no edifício (Revista AU, Março/2009). Figura 32: Praça Interna Alzheimer Hiléa Fonte: Site AflaloGasperini Figura 31: Barbearia Hiléa Fonte: Site Stan LEGENDA Circ. Horizontal Praças Banheiros Circ. Vertical Clínica Praça Interna Jardim da Praça Praça Temática Circ. Vertical Circ. Horizontal Clínica Banheiros Planta Primeiro Pavimento – Adaptado pela autora Fonte: Site AflaloGasperini CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 26. Circ. Vertical Circ. Horizontal 01 02 03 04 05 06 07 08 09 14 15 16 10 11 12 13 17 18 Refeitório/ Sala Intima Enfermagem Planta Tipo – Adaptado pela autora Fonte: Site AflaloGasperini 25/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.8 Planta Tipo A partir do 2º pavimento todos são plantas-tipo, com 18 apartamentos de 36m², que se repetem 8 vezes (figura 33 e 34). “Cada suíte pode acomodar uma pessoa ou um casal e está totalmente equipada para suprir as necessidades de conforto e também de locomoção do paciente tendo, inclusive, um trilho no teto que facilita o transporte do idoso. Na parede atrás da cama, um quadro camufla toda a parafernália de equipamentos hospitalares para casos de emergência”. (Revista AU, Março/2009). Figura 33: Apartamento Tipo Hiléa Fonte: Site Atualidadesimobiliarias Figura 34: Apartamento Tipo Hiléa Fonte: Site Mulher.uol LEGENDA Refeitório/ Sala Íntima Apartamentos Circ. Vertical Enfermagem 3.1.9 Circulações Os arquitetos precisaram, por exemplo, criar circulações capazes de conduzir a pessoa pela direção correta e impedi-la de se perder porque esqueceu o caminho ou o lugar para onde se dirigia (Revista AU, Março/2009). As portas possuem o vão necessário para passagem de cadeirante, bem como os móveis foram dispostos a permitir a área de manobra (1,50m x 1,20m) permitindo com que a cadeira gire 180º. As circulações verticais possuem corrimãos para auxiliar a locomoção dos idosos, ajudando no equilíbrio do idoso. 3.1.10 Cuidados Especiais ao idoso • Os móveis possuem cantos arredondados e a cama é mais alta, próxima à altura que encontramos em hospitais; • Os interruptores, maçanetas e fechaduras tem alturas ideais para cadeirantes; • Os banheiros possuem piso antiderrapante e barras de apoio; • Diferenciação de cor entre piso e parede nas áreas molhadas, para auxiliar o idoso a se situar no espaço; • As rampas possuem inclinação de 8,33%; CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 27. 26/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.11 Sistemas Construtivos e Materialidade O objetivo da edificação é estimular a sensação de suas residências ao paciente, portanto foram utilizados vegetações e materiais como a madeira que relembram a construção de casa. (figura 35) A estrutura é de concreto armado, com os pilares estruturais aparentes fazem a composição da fachada, estes são revestidos por ripados de madeira ipê, estimulando o aconchego. Em contraposição o volume da frente foi utilizado revestimentos de placas pré-moldadas de laminado melamínico em cor clara. (figura 36) Figura 35: Fachada Leste Hiléa Fonte: Site AflaloGasperini Figura 36: Fachada Sul Hiléa Fonte: Site AflaloGasperini 3.1.13 Edifício com o Entorno O Hiléa está situado em uma região densamente urbanizada. As edificações ao seu entorno são de maioria contemporânea e prédios verticalizados. Portanto, o edifício segue a tipologia do seu entorno. (figura 38) 3.1.12 Conforto Ambiental Os dormitórios se encontram em posições leste e oeste, portanto foi utilizado vegetações na fachada, funcionando como uma espécie de brise (figura 36 e 37). Também foi utilizado pergolados no térreo e na cobertura, de cor clara, para frear os raios solares e criando assim identidade a edificação (figura 36). Figura 38: Entorno Hiléa Fonte: Google Earth Figura 37: Fachada Oeste Hiléa Fonte: Google Earth CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 28. 27/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.14 Relação Interior x Exterior Devido ao desnível do terreno, a edificação se fecha para o exterior por meio de um muro de contenção, não se tornando convidativa aos pedestres. A edificação se fecha com barreiras para que forneça segurança aos pacientes, obtendo controle total de pessoas que entram e saem da edificação. (figura 39) Figura 39: Hiléa Fonte: Google Earth 3.1.15 Hierarquia Espacial Por ser uma instituição para idosos, há a necessidade de controle de entrada e saída de pessoas, para garantir um local seguro para a terceira idade. Portanto grande parte dos espaços são de caráter privado ou semi-público, necessitando de permissão para a circulação dentro da edificação. LEGENDA Público Semi-Público Privado Implantação – Adaptado pela autora Fonte: Site AflaloGasperini Planta 1º Pav. – Adaptado pela autora Fonte: Site AflaloGasperini Planta Tipo – Adaptado pela autora Fonte: Site AflaloGasperini 3.1.16 Fim do Hiléa Por consequência de uma má administração, depois de dois anos de funcionamento o Hiléa foi vendido por 50 milhões de reais ao Governo do Estado de Santa Catarina. Atualmente a edificação é utilizada pela Rede de Reabilitação Lucy Montoro, para o atendimento de pessoas com deficiências. (figura 40 e 41) 3.1.17 Impacto na minha proposta A escolha desse referencial se deu pelo programa de necessidades a qual quero adotar em meu partido arquitetônico, promovendo uma melhor qualidade de vida e tecnologias médicas para suprir a necessidade do idoso. Pelas atividades e terapias relacionados ao idoso e a preocupação no projeto arquitetônico para que ele se sinta em casa e seguro, além do cuidado especial com o idoso portador de Alzheimer, uma das doenças mais comuns nessa faixa etária. E também pela integração da edificação no ambiente urbano, para que o idoso não se sinta isolado da sociedade. Figura 40 e 41: Festa de despedida do Hiléa Fonte: Youtube Tatiana V Couto CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 29. 28/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.2 EDIFÍCIO RESIDENCIAL TORRE SENIOR 3.2.1 Ficha Técnica Localização: Santo Tirso, Portugal Conclusão da Obra: 2009 - 2013 Projeto Arquitetônico: Ateliê de Arquitetura José Antônio Lopes da Costa Torres: 01 Pavimentos: 04 Total de Unidades: 56 apartamentos Área Construída: Superior a 10.000m² Área Total do Terreno: Superior a 35.000m² Tipo: Residencial para idosos Figura 42: Torre Sénior Fonte: Site Architizer Mapa 05: Mapa de Portugal Fonte: Google Maps 3.1.2 Localização O terreno triangular com área superior a 35.000m², localiza-se na Rua Marechal Humberto Delgado nº1458, próximo ao Colégio a Torre dos Pequeninos, em Santo Tirso, Portugal. Localizado numa malha urbana, possui uma magnifica vista para o Rio Ave. Mapa 06: Localização do Residencial Torre Sénior Fonte: Google Earth CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 30. 29/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.3 Objetivos Principais A Torre Sénior possui um espaço moderno que valoriza a pessoa idosa, garantindo a participação ativa na sociedade. Com acompanhamento personalizado, com cuidados médicos, oferecendo infraestrutura e profissionais capacitados. O empreendimento possibilita os residentes a ficarem acomodados por um período de tempo ou como residência permanente. Acolhe pessoas com diferentes estados de saúde, respeitando seus respectivos graus de dependência. O objetivo é oferecer um envelhecimento ativo, seguro, confortável e com qualidade de vida. 3.1.4 Implantação O terreno possui forma de um polígono convexo de base triangular, com um declive acentuado, que foi um condicionante para a proposta. Portanto, o partido se deu por duas estruturas perpendiculares entre si, em forma de “T”, onde zonas verdes envolvem o conjunto, com caminhos com uma vista exuberante para o Rio Ave. Planta Baixa – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily 01 01 01 03 04 05 06 07 08 09 10 11 13 14 15 16 17 18 19 20 15 17 21 02 22 24 23 LEGENDA 01- Circ. Vertical 02- Circ. Horizontal 03- Lavanderia 04- Banheiros Funcionários 05- Refeitório Funcionários 06- Cozinha 07- Balneários 08- Piscina Coberta 09- Dispensa 10- Academia/Fisioterapia 11- Cuidados Médicos/Enfer. 12- Depósito 13- Salão de Beleza 14- Refeitório 15- Sala de Estar 16- Banheiros 17- Sala de Atividades 18- Administração 19- Recepção 20- Loja 21- Oratório 22- Carga/Descarga 23- Estacionamento Público 24- Estacionamento Privado Acesso Veículos estacionamento privado Área de embarque e desembarque Acesso Pedestres Entrada/Saída de emergência Entrada de Serviço CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ 12 12
  • 31. 30/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior Figura 43: Refeitório Fonte: Site Torresenior.pt Figura 44: Sala de Estar Fonte: Site Torresenior.pt Figura 45: Sala de Estar Fonte: Site Torresenior.pt A estrutura mais longitudinal (ao sul) é onde estão localizadas as áreas comuns, como recepção, refeitório (figura 43), salas de atividades, administração, salas de estar (figura 44 e 45) e oratório. Na outra estrutura localizada ao norte encontram-se as salas de apoio médico (figura 46), enfermagem, fisioterapia, academia (figura 47), piscina coberta para hidroterapia (figura 48), jacuzzi (figura 49), balneários, dispensa, depósito, lavanderia, salão de beleza (figura 50), cozinha (figura 51) e as áreas destinadas para os funcionários, como refeitórios e banheiros. Figura 46: Gabinete médico Fonte: Site Torresenior.pt Figura 47: Academia Fonte: Site Torresenior.pt Figura 48: Piscina Coberta Fonte: Site ArchDaily Figura 49: Jacuzzi Fonte: Site Torresenior.pt Figura 50: Salão de beleza Fonte: Site Torresenior.pt Figura 51: Cozinha Fonte: Site Torresenior.pt CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 32. Planta Baixa 1º Pavimento Subsolo 2º Subsolo Corte 4 – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily 16 02 02 06 04 22 Poço de luz 25 02 24 02 26 31/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.5 Volumetria O edifício provoca a impressão de que cada andar é separado, sendo encaixados sobrepostos uns aos outros, pelo fato de cada andar possuir o formato de uma caixa longitudinal, que reflete a sensação de horizontalidade. (figura 52 e 53) A edificação foi projetada para um melhor aproveitamento do terreno, tanto em seu formato de polígono convexo, quanto ao seu desnível, sendo assim dividida em duas estruturas (norte e sul). A estrutura norte, possui três andares, sendo um subsolo. Já a estrutura sul, utiliza o desnível do terreno, obtendo quatro pavimentos, sendo dois subsolos. Portanto ao todo o Residencial possui quatro andares, dois acima do nível do solo e dois abaixo. No térreo estão localizados as áreas de convívio, refeitório, cozinha, área dos funcionários, suporte médico, piscina e balneários. No primeiro pavimento localizam-se os dormitórios e as áreas de apoio hospitalar. No subsolo encontram-se os dormitórios, garagem, áreas técnicas, zonas de estar, banho assistido e rouparia. Já no 2º Subsolo estão os dormitórios, áreas técnicas e apoios. Figura 52: Fachada Torre Sénior Fonte: Site ArchDaily Figura 53: Fachada Torre Sénior Fonte: Site ArchDaily CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ 15 05 03 03 LEGENDA 02- Circ. Horizontal 03- Lavanderia 04- Banheiros Funcionários 05- Refeitório Funcionários 06- Cozinha 15- Sala de Estar 16 - Banheiro 22- Carga/Descarga 24- Estacionamento Privado 25- Dormitório Tipo 01 26- Dormitório Tipo 02
  • 33. 32/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.6 Subsolo Na estrutura norte do subsolo encontra-se a garagem, com 20 vagas (figura 54), os depósitos e a área técnica. Já na sul, existem 10 dormitórios tipo 2 e 8 dormitórios tipo 3. Os dormitórios tipo 2 possuem uma ou duas camas de solteiro e um banheiro adaptado para cadeirante. Os dormitórios de tipo 3 possuem uma tipologia diferenciada, com uma sala de estar, um banheiro e um quarto. (figura 55,56 e 57) Foi usado um revestimento de madeira no chão e em algumas paredes, sendo utilizados como cabeceira de cama. Assim como todo mobiliário é de madeira, para que os pacientes se sintam em casa, além da utilização de luz artificial de cor amarelada e carpete em baixo das camas, se tornando mais agradável a sensação quando o idoso colocar os pés para fora da cama. LEGENDA 01- Circ. Vertical 02- Circ. Horizontal 12- Depósito 15- Sala de Estar 17- Sala de Atividades 24- Estacionamento Privado 26- Dormitório tipo 02 27- Dormitório tipo 03 28- Banhos Assistidos 29- Área Técnica 24 29 01 12 12 01 28 15 12 01 15 12 17 02 15 26 27 Subsolo – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily Figura 54: Garagem Fonte: Site Torresenior.pt Figura 55: Quarto Duplo (Tipo 03) Fonte: Site Torresenior.pt Figura 56: WC (Tipo 03) Fonte: Site Torresenior.pt Figura 57: Sala (Tipo 03) Fonte: Site Torresenior.pt CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 34. 02 01 01 27 29 29 12 29 28 Planta 2° Subsolo – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily 3.1.8 Primeiro Pavimento Há 16 dormitórios tipo 01 na estrutura norte. Na estrutura sul, ainda há dois dormitórios tipo 01, com privilegiada localização, próximo as áreas médicas. Além de possuir banhos assistidos, salas de estar, sala de atividades, sala médica/enfermagem. Essa estrutura ainda possui uma ala de internamento, com todos os equipamentos hospitalares (figura 58), contendo 14 dormitórios tipo 02 que possuem capacidade para 28 camas. Esses dormitórios possuem capacidade para duas camas (figura 59), articuladas, oferecendo apoio as pessoas com pouca mobilidade. 33/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.7 Segundo Subsolo No 2º Subsolo existe apenas a estrutura sul, contendo lavanderia, depósitos, áreas técnicas, salas de estar, banho assistido e oito dormitórios tipo 03. 25 25 02 11 01 01 25 26 02 17 28 28 Planta 1º Pav. – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily LEGENDA 01- Circ. Vertical 02- Circ. Horizontal 03- Lavanderia 11- Cuidados Médicos/Enf. 12- Depósito 15- Sala de Estar 17- Sala de Atividades 25- Dormitório Tipo 01 26- Dormitório Tipo 02 27- Dormitório Tipo 03 28- Banhos Assistidos 29- Área Técnica Figura 58: Rede de gases medicinais Fonte: Site Torresenior.pt Figura 59: Dormitório com cama articulada Fonte: Site Torresenior.pt CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ 03 15 15 15 15 11
  • 35. 34/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.9 Circulações O vão das escadas, onde são feitas as circulações verticais, são iluminados naturalmente por meio de claraboias circulares no teto. Nos corredores e zonas de acesso além da cor branca, foi utilizado a madeira, sendo que esse material transmite aos pacientes a sensação de estarem em casa, fugindo do estereótipo de hospital. (figura 60, 61 e 62) 3.1.10 Sistemas Construtivos e Materialidade Em vista do desnível do terreno, foram utilizados blocos de concreto na cor branca, servindo como contenção. Este se fixa a estrutura de concreto armado da edificação. As fachadas são predominantemente brancas e com a utilização de uma grande quantidade de vidro, nas janelas e guarda-corpos (figura 63). Além da utilização de brises em formato de ripados de madeira, que fazem a composição da fachada da entrada principal (figura 64). 3.1.11 Conforto Ambiental A fachada leste (figura 64) é toda envidraçada, por consequência disso recebe brises com ripas horizontais de madeira que escondem visualmente o interior da edificação, oferecendo privacidade. Porém se estas ripas de madeira fossem verticais barrariam com maior eficiência os raios solares para o interior da edificação. As sacadas presentes nos quartos da fachada sul (figura 63) fazem com que os raios solares não entrem diretamente nos quartos, porém haja a entrada de iluminação e ventilação natural. Figura 60: Vão escada Fonte: Site ArchDaily Figura 62: Corredor Fonte: Site ArchDaily Figura 61: Circulações Fonte: Site ArchDaily Figura 63: Fachada Sul Fonte: Site ArchDaily Figura 64: Fachada Leste Fonte: Site Torresenior.pt CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 36. 35/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.12 Edifício com o Entorno A Torre Sénior está localizada em uma região pouco urbanizada, onde a maioria das edificações são residências de um e dois pavimentos. A edificação mesmo possuindo quatro pavimentos, não se sobressai as demais edificações do seu entorno, porque segue o desnível do terreno. (figura 65 e 66) 3.1.13 Relação Interior x Exterior Devido a edificação ser um residencial para terceira idade, ela se fecha para o exterior na fachada norte, onde é o acesso a edificação, para que assim obtenha o controle da entrada e saída de pessoas da edificação (figura 67). E ao sul é bastante aberto e envidraçado, valorizando a vista do jardim para o vale e o Rio Ave (figura 68). Figura 65: Entorno Torre Sénior Fonte: Google Earth Figura 67: Entorno Torre Sénior Fonte: Google Earth Figura 66: Acesso Torre Sénior Fonte: Google Earth Figura 68: Vista Sul Fonte: Torresenior.pt CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 37. 36/94 Capítulo 03 REFERENCIAL PROJETUAL 3.1 Hiléa 3.2 Residencial Torre Sénior 3.1.15 Impacto na Minha Proposta A escolha deste referencial baseou-se no funcionamento de seu programa de necessidades, principalmente por apresentar piscina e balneários, assim como vou utilizar esses recursos para tratamento hidroterápico em meu projeto arquitetônico. A Torre Sénior possui três tipologias diferentes de dormitórios, o que permite integrar cada idoso, de acordo com seus diferentes tipos de necessidades, desde aqueles totalmente dependentes, que necessitam de apoio médico 24 horas, até os independentes, que vivem sozinhos em seus apartamentos. Visto isso, quero trabalhar com tipologias diferentes de apartamentos em meu partido arquitetônico. Planta Baixa – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily Planta 2° Subsolo – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily LEGENDA Público Semi-Público Privado Planta 1º Pav. – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily 3.1.14 Hierarquia Espacial Os espaços são predominantemente privado e semi-público, por consequência de ser um residencial para terceira idade. Subsolo – Adaptado pela autora Fonte: Site ArchDaily CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 39. 38/94 Capítulo 04 ESTUDO DE CASO 4.1 Casa de Repouso Lírio do Vale 4 ESTUDO DE CASO 4.1 CASA DE REPOUSO LÍRIO DO VALE 4.1.1 Ficha Técnica Localização: Passagem, Tubarão/SC Conclusão da Obra: 2006 Projeto Arquitetônico de regularização: Arco A (2009) Total de Unidades: 13 apartamentos Tipo: Casa de Repouso Figura 69: Fachada Fonte: Acervo Pessoal, 2016 Figura 70: Acesso ao jardim Fonte: Acervo Pessoal, 2016 4.1.2 Localização O terreno retangular localiza-se na Rua Dalmari Luciano Luiz no bairro Passagem em Tubarão/SC. Mapa 08: Bairro Passagem, Tubarão Fonte: Google Maps 4.1.3 Objetivos Principais A casa de repouso surgiu por consequência de um sonho de Delícia, a presidente da instituição, de possuir uma casa onde os idosos fossem recebidos com amor e dignidade. Esta depois de se aposentar e o marido falecer foi para os Estados Unidos em 2004 a procura de emprego para arrecadar fundos. Em 2006 retornou para Tubarão e começou a construção da instituição, esta de caráter filantrópico sobrevive por meio de doações e pelo aluguel dos quartos individuais. 4.1.4 Volumetria A edificação é um poliedro regular de base retangular e possui apenas um pavimento, onde a fachada principal, a sudoeste, remete a lembrança de uma casa, trazendo conforto aos idosos. Já a fachada noroeste é de caráter mais horizontal para que assim acomode toda a casa de repouso. Mapa 07: Localização de Tubarão Fonte: Site Wikipédia Fachada Sudoeste Fonte: Acervo Casa de Repouso Fachada Noroeste Fonte: Acervo Casa de Repouso CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 40. 39/94 Capítulo 04 ESTUDO DE CASO 4.1 Casa de Repouso Lírio do Vale 4.1.5 Implantação Os acessos a edificação são a maioria realizados pela fachada sudoeste. Na entrada principal se acessa direto pela recepção (figura 71), não havendo recepcionista, oferecendo acesso a fisioterapia (figura 72), administração e sala de estar (figura 73). O acesso de carga e descarga é direto a dispensa da cozinha. O refeitório (figura 74) é pequeno e possui poucos assentos, não dando suporte a todos os pacientes, além disso as cadeiras são de plástico o que oferece perigo aos idosos. A cozinha (figura 75) é ampla e possui acesso direto ao refeitório e a dispensa. Nos fundos da edificação está localizada a lavanderia, porém é pouco utilizada, pois esse serviço é terceirizado. LEGENDA Circulação horizontal Lavanderia Banheiro (WC ou BWC) Cozinha Dispensa Carga/descarga Refeitório Fisioterapia Enfermagem Jardim interno Sala de estar Administração Recepção Sala de reunião Dormitório tipo 01 Dormitório tipo 02 Dormitório tipo 03 Acesso veículos estacionamento privado Área de embarque e desembarque Acesso pedestres Entrada de serviço Figura 71: Recepção Fonte fotos: Acervo Pessoal, 2016 Figura 72: Fisioterapia Figura 73: Sala de estar Figura 74: Refeitório Figura 75: Cozinha Circulação Horizontal Planta Baixa Fonte: Acervo Casa de Repouso Lavanderia WC BWC BWC BWC Dispensa BWC BWC BWC WC WC Cozinha Dispensa Carga/ Descarga Enfermagem Jardim Interno Refeitório Sala de Estar Administração Recepção Sala de Reunião 01 01 01 01 02 02 02 02 02 BWC Fisioterapia 03 03 03 03 BWC Jardim Interno Circulação Horizontal CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 41. 4.1.7 Sistemas Construtivos e Materialidade O sistema construtivo utilizado foi concreto armado, sendo utilizado o mesmo sistema na área que está sendo ampliada (figura 83). A edificação apresenta as paredes externas em amarelo, oferecendo identidade a edificação, e as paredes internas na cor branca, permitindo a sensação de higiene e conforto. 4.1.6 Circulações Todas as circulações verticais possuem piso antiderrapante e corrimões, sendo que na circulação externa (figura 81) possui em ambos os lados e na circulação interna (figura 82) em apenas um. 40/94 Capítulo 04 ESTUDO DE CASO 4.1 Casa de Repouso Lírio do Vale Os dormitórios estão divididos em ala feminina (fachada noroeste) e ala masculina (sudeste). Essa divisão é feita por jardins internos e sala de enfermagem, sala de reunião e dois dormitórios femininos. Os dormitórios possuem três tipologias, o dormitório tipo 01 (figura 76), são os individuais, o tipo 02 são os duplos e o tipo 03 (figura 77) são os coletivos, possuindo capacidade para 3 camas. Porém, atualmente o dormitório tipo 03 está com mais camas, cinco ao total, por causa da reforma que está acontecendo. Todos os banheiros dos dormitórios são iguais ao da figura 78, possuindo piso antiderrapante, azulejos nas paredes e barras de apoio no chuveiro. O jardim (figura 79 e 80) está localizado na frente da edificação, do outro lado da rua, onde oferece espaços de lazer ao idoso, permitindo caminhadas e locais agradáveis de descaso e contemplação. Aos fundos está localizada a horta. Figura 76: Dormitório tipo 01 Figura 77: Dormitório tipo 03 Figura 78: Banheiro Figura 82: Circulação interna Fonte: Acervo Pessoal, 2016 Figura 81: Circulação externa Fonte: Acervo Pessoal, 2016 Figura 79: Jardim Figura 80: Jardim Fonte Fotos: Acervo Pessoal, 2016 Edificação Casa de Repouso Jardim Implantação edificação e jardim Fonte: Elaborado pela autora CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 42. 41/94 Capítulo 04 ESTUDO DE CASO 4.1 Casa de Repouso Lírio do Vale 4.1.8 Conforto Ambiental A edificação possui várias janelas que possibilitam a entrada de ar e iluminação natural. Os corredores internos possuem janelas ou portas envidraçadas para o jardim interno (figura 83) existente, permitindo a circulação de ar entre a edificação e a entrada de iluminação natural, o corredor oferece uma paisagem aconchegante, não sendo um corredor monótono. Figura 83: Jardim interno Fonte: Acervo Pessoal, 2016 4.1.9 Edifício com o entorno A casa de repouso está numa região predominantemente residencial, portanto a edificação não afeta o seu entorno devido ao seu aspecto domiciliar, assim não se sobressai ao meio em que está inserido. (figura 84) Figura 84: Entorno Casa de Repouso Fonte: Google Maps Casa de Repouso Lírio do Vale 4.1.10 Relação Interior x Exterior A relação com o exterior é limitada, sendo a maioria realizados pela fachada sudoeste, possuindo controle de entrada e saída de pessoas, sendo necessário a uma casa de repouso manter a segurança dos idosos. A edificação se abre para o interior, por meio janelas envidraçadas, oferecendo visualização para os jardins internos. 4.1.11 Hierarquia Espacial Os espaços são predominantemente semi-público e privado, por consequência de ser uma casa de repouso para idosos. Planta Baixa Fonte: Acervo Casa de Repouso 4.1.12 Impacto na Minha Proposta Sua escolha se da pelas suas características domiciliares, criando uma atmosfera tranquila e confortável para os idosos. Neste projeto já a presença de jardins internos que trazem vida e conforto ao interior e circulações da edificação. Outro fator positivo foi a existência de três tipologias de dormitórios, atendendo assim a necessidade dos usuários e promovendo qualidade de vida. LEGENDA Público Semi-público Privado CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 44. 43/94 Capítulo 05 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História 5.2 Panorama Geográfico 5.3 Localização Macro 5.4 Cheios e vazios 5.5 Uso do solo 5.6 Gabarito 5.7 Público e Privado 5.8 Análise da Área Específica da Proposta 5 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 HISTÓRIA A fundação da cidade se deu pela chegada de João M. F. Euclides de Souza e Joana de Souza em 1842, onde instalaram dois engenhos e dois alambiques abastecidos pelas suas lavouras de cana-de-açúcar e mandioca. Antigamente o nome da cidade era Gravatá, por consequência da bromélia Gravatá presente em grande quantidade na região, posteriormente devido a existir outra cidade com o mesmo nome, passou a ser denominada Gravatal. Observando que as águas do rio, aqui existentes, eram em grande quantidade, começou a utilizá-las, usando canoas para fazer o transporte de mercadorias. Assim, passou a ser o proprietário do Porto onde as canoas atracavam. (DUARTE, 2001, p. 26) O Porto Gravatá, figura 85, trouxe muitos imigrantes para a cidade, além de servir como movimentação para um intenso comércio da região. Em 1910, o colonizador Pedro Zappelini, vindo da Itália, percebeu que no Rio Gravatá (figura 86) existia água quente, foi então, que mandou uma amostra dessa água a um laboratório no Rio de Janeiro. O laboratório constatou que havia água mineral com alto poder radioativo, a uma temperatura de 37ºC. Percebendo o potencial econômico que tinha encontrado, Pedro Zappelini começou a arquitetar a instalação de um complexo turístico prevendo a construção hotéis, restaurantes, campings e escolas na cidade. Figura 85: Porto Gravatá 1930 Fonte: Acervo Sec. de Turismo de Gravatal Em 1961, junto com novos sócios, construíram o primeiro empreendimento da cidade, o Gravatal Termas Hotel. Nesse mesmo ano, após a criação da Lei Estadual nº 802 de 20 de Dezembro, o distrito de Gravatá, emancipou-se de Tubarão, nascendo então o município de Gravatal. 5.1.1 Contexto Socioeconômico Atualmente Gravatal é uma cidade turística, possuindo uma estrutura hoteleira de seis hotéis. Os turistas são atraídos pela natureza exuberante, águas termais (tratamentos médicos hidroterápicos), turismo rural e religioso. A cidade possui restaurantes, cafés, um parque aquático, um camping, cafés e clínicas de terapias naturais. O comércio de malhas e artesanato se destaca na região, possuindo mais de 240 lojas. 5.2 PANORAMA GEOGRÁFICO Latitude: 28°19'51"S Longitude: 49°02'06"W Microrregião: Amurel Figura 86: Rio Gravatá Fonte: Acervo Sec. de Turismo de Gravatal CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 45. Hierarquia do Sistema Viário Fonte: Elaborado pela autora com base no Cadastral da Prefeitura de Gravatal e Google Earth LEGENDA Terreno BR- 475 Via Arterial Via Coletora Via Local 44/94 Capítulo 05 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História 5.2 Panorama Geográfico 5.3 Localização Macro 5.4 Cheios e vazios 5.5 Uso do solo 5.6 Gabarito 5.7 Público e Privado 5.8 Análise da Área Específica da Proposta Municípios Limítrofes: Armazém (ao Norte), Imaruí e Laguna (a Leste), Braço do Norte e São Ludgero (a Oeste) e, Tubarão e Capivari de Baixo (ao Sul). Área da unidade territorial: 164,752 (IBGE 2010) População: 10.635 habitantes (IBGE 2010) Altitude: 18m acima do nível do mar. Clima: Temperado, com temperatura média anual entre 18ºC e 27ºC. 5.3 LOCALIZAÇÃO MACRO Gravatal está localizado na região sul do estado de Santa Catarina. (Mapa 09) 5.3.1 Acessos e Fluxos Pelo município passam a SC-370 vinda de Tubarão, onde esta ao chegar no centro da cidade, se divide em duas, a BR-475 que faz o trajeto para Braço do Norte, e a SC-435 que leva a Armazém. (Mapa 10) 5.3.2 Hierarquia do Sistema Viário e Mobilidade Urbana A BR-475 é a principal ligação entre o bairro Termas do Gravatal e o Centro da cidade e aos demais municípios vizinhos. Na área analisada há a predominância de vias locais por ser uma cidade de pequeno porte. O terreno da proposta é cercado por vias Mapa 09: Mapa de Santa Catarina Fonte: Site Wikipédia Mapa 10: Gravatal Fonte: Google Maps Gravatal Braço do Norte Tubarão locais, com pouco transito, o que garante mais segurança e conforto sonoro aos idosos. A pavimentação no entorno do terreno é estrada de chão e não possui calçadas. 5.3.3 Transporte O transporte público existente é uma linha de ônibus interurbana privada que passa na BR-475, há 280m do terreno, ligando os municípios de Braço do Norte e Tubarão. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 46. 02 04 05 06 01 07 03 Perímetro 300m Creche Equipamentos Urbanos Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth Cheios e Vazios Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth LEGENDA Terreno Cheios Vazios 01–Lotérica 02–E.E.B. Hercílio Bez; 03–Praça dos Direitos Humanos 04–Creche Mickeylandia 05–Igreja de Santo Antônio (figura 87) 06–Banco do Brasil 07–Posto de Saúde (1,2km do Trevo) 31/01 5.3.4 Equipamentos Urbanos Segundo os cálculos de equipamentos urbanos de Golvêa, 2008, p. 95, os equipamentos urbanos como escolas (raio de 1.500m), posto de saúde (raio de 5.000m) estão localizados em um perímetro que suprem a necessidade da população do terreno da proposta. Porém, deveria haver uma creche a um raio de 300m, pois as que existem no bairro estão fora desse perímetro. Figura 87: Igreja de Santo Antônio Fonte: Acervo pessoal, 2016 5.4 CHEIOS E VAZIOS Próximo ao terreno encontram-se muitos lotes vazios, sendo uma área de expansão do bairro, contendo urbanizações recentes. A ocupação dos lotes é baixa, possuindo áreas permeáveis, entretanto nos lotes próximos a Av. Pedro Zapelini possui uma ocupação alta, aproveitando quase todo terreno, devido a ser uma área de caráter comercial. 45/94 Capítulo 05 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História 5.2 Panorama Geográfico 5.3 Localização Macro 5.4 Cheios e vazios 5.5 Uso do solo 5.6 Gabarito 5.7 Público e Privado 5.8 Análise da Área Específica da Proposta CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 47. Uso do Solo Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth 46/94 Capítulo 05 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História 5.2 Panorama Geográfico 5.3 Localização Macro 5.4 Cheios e vazios 5.5 Uso do solo 5.6 Gabarito 5.7 Público e Privado 5.8 Análise da Área Específica da Proposta 5.5 USO DO SOLO A área possui características distintas de uso do solo. Próximo a Av. Pedro Zapelini e a BR-475 possuem áreas comerciais, como os complexos hoteleiros, e mistas, sendo que o entorno é predominantemente residencial. Além de que na Avenida é onde se localiza a fábrica de água mineral Gravatal, concentrando também as edificações institucionais como Igrejas, escola e creche. 5.6 GABARITO A região apresenta edificações predominantemente de um e dois pavimentos. Porém próximos a Av. Pedro Zapelini possui edificações com mais pavimentos, como edifícios mistos e complexos hoteleiros. Gabarito Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth LEGENDA Terreno Industrial Institucional Residencial Misto Comercial LEGENDA Terreno 1 Pavimento 2 Pavimentos 3 Pavimentos 4 Pavimentos 5 ou + Pav. CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 48. Público e Privado Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth 47/94 Capítulo 05 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História 5.2 Panorama Geográfico 5.3 Localização Macro 5.4 Cheios e vazios 5.5 Uso do solo 5.6 Gabarito 5.7 Público e Privado 5.8 Análise da Área Específica da Proposta 5.7 PÚBLICO E PRIVADO Sendo um bairro misto, entre comércio e residência, há a predominância de espaços privados. As áreas públicas são as Igrejas, a E.E.B. Hercílio Bez, a Creche Mickeylandia e a Praça dos Direitos Humanos. LEGENDA Terreno Público Privado Localização Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth 5.8 ANÁLISE DA ÁREA ESPECÍFICA DA PROPOSTA 5.8.1 Localização O terreno conta com uma localização privilegiada, onde em sua fachada norte passa o Rio Gravatal. Está inserido em uma área pouco urbanizada, porém a poucos metros do centro comercial do bairro, facilitando a integração dos idosos na sociedade e fácil acesso ao comércio, Igreja e banco. Além de ser vizinho da fonte de água termal do Hotel Termas, diminuindo os custos com encanamentos para ter acesso a água no centro. O terreno tem acesso por duas ruas, ao sul pela Rua Francisco Knabben e a leste pela Rua Serafim L. Fernandes. LEGENDA Terreno Fonte de Água Termal Centro Comercial CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 49. Localização das fotos no terreno Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth 48/94 Capítulo 05 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História 5.2 Panorama Geográfico 5.3 Localização Macro 5.4 Cheios e vazios 5.5 Uso do solo 5.6 Gabarito 5.7 Público e Privado 5.8 Análise da Área Específica da Proposta 5.8.2 Levantamento Fotográfico 88 88 89 90 92 93 94 91 89 90 91 92 93 94 Figuras: Terreno Fonte: Acervo Pessoal, 2016 5.8.3 Topografia O terreno da proposta (figura 96) encontra-se em uma área plana, não apresentando desnível e entulhos. Contudo, em seu perímetro apresenta morros que proporcionam uma paisagem exuberante. Figura 95: Foto Panorâmica do Terreno Fonte: Acervo Pessoal, 2016 CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 50. 49/94 Capítulo 05 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História 5.2 Panorama Geográfico 5.3 Localização Macro 5.4 Cheios e vazios 5.5 Uso do solo 5.6 Gabarito 5.7 Público e Privado 5.8 Análise da Área Específica da Proposta 5.8.4 Condicionantes físicos De acordo com a análise da área a fachada norte possui grande influência dos raios solares no período de meio dia, logo se faz necessária a utilização de brises horizontais. Havendo também a predominância dos ventos de inverno, sendo um vento frio, para amenizar esse problema pode-se utilizar vegetação alta para barrar os ventos, contudo nessa fachada passa o Rio Gravatá, onde em seu perímetro possui massas de vegetações, as quais fazem esse serviço. A fachada Leste, que faz limite com a Rua Serafim L. Fernandes, recebe um excelente sol no período da manhã. E em conjunto com a ventilação nordeste, predominantemente no verão, garante uma sensação térmica agradável. A orientação Oeste recebe grande insolação no período da tarde, assim sendo desconfortável projetar ambientes de longa permanência. Na face Sul, que faz extrema com a Rua Francisco Knabben, possui pouca ocorrência de sol, mas deve-se preocupar com a umidade. Insolação e Ventilação Fonte: Elaborado pela autora com base no Mapa de Recadastramento da Prefeitura de Gravatal e Google Earth LEGENDA Terreno Solstício de Inverno Equinócios Solstício de Verão Ventos de Verão – Nordeste Ventos de Inverno - Norte 5.8.5 Condicionantes legais O Plano Diretor de Gravatal ainda está em fase de aprovação, portanto a cidade continua se baseando na Lei Nº 700.97 de 08/07/1997 (Plano Diretor Emergencial). O terreno está inserido na Zona Urbana (ZU), figura 96. As atividades desenvolvidas nesta zona deverão respeitar as normas seguintes. Figura 96: Zona Urbana Gravatal Fonte: Plano Diretor Emergencial de Gravatal Terreno Corte Esquemático do Terreno Fonte: Elaborado pela autora Terreno Rua Rua Vizinho Vizinho CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 51. 50/94 Capítulo 05 ANÁLISE DA ÁREA 5.1 História 5.2 Panorama Geográfico 5.3 Localização Macro 5.4 Cheios e vazios 5.5 Uso do solo 5.6 Gabarito 5.7 Público e Privado 5.8 Análise da Área Específica da Proposta a) Quanto ao uso do solo: Índice de aproveitamento: 2x a área do terreno. Taxa de ocupação: 2/3 do terreno. Recuos: Frente maior ou igual a 4m, se for esquina deverá ser recuo nas duas ruas. Lateral e fundos até 2 pavimentos maior ou igual a 1,5m, de 3 a 4 pavimentos deverá manter desde o primeiro pavimento nos recuos laterais de no mínimo 2,5m. Número de pavimentos: Menor ou igual a 4 pavimentos com altura máxima de 14m. As garagens poderão ocupar o subsolo sem observar os recuos laterais e fundo. Quando os terrenos estiverem em aclive, as garagens não poderão ultrapassar a altura máxima, em relação ao nível médio do terreno, de 2,20m. O acesso as garagens poderá ser feito através do uso de rampas. De acordo com o Código Florestal – Lei Nº 12.727, de outubro de 2012, estabelece APP nas faixas marginais de qualquer curso d´água naturais excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regulador. Largura do rio Largura APP em cada margem do rio Menos de 10m 30m Tabela 02: Área de APP na margem do rio Fonte: Elaborado pela autora Portanto a área de APP respeitada na margem do Rio Gravatá, presente na fachada Norte do terreno, que possui menos de 10m de largura é de 30m. 5.8.6 Infra-estrutura Abastecimento de Água: Águas de Gravatal (Prefeitura Municipal) Esgotamento Sanitário: Companhia Catarinense de Água e Saneamento (CASAN). Energia Elétrica: A luz de toda cidade é abastecida pela Cooperativa de Eletricidade de Gravatal (CERGRAL). Ao longo de todo perímetro do terreno existem postes de iluminação, fazendo com que se torne um local bem iluminado. (figura 01 e 02) Coleta de lixo: A coleta de lixo é terceirizada pela empresa Retrans, passando duas vezes por semana no bairro Termas. Não há coleta seletiva de lixo. Vias e passeio público: As ruas que envolvem o terreno são estradas de terra batida. Como a área próxima ao terreno apresenta muitos vazios, ainda não há passeio público. (figura 97 e 98) Figura 97 : Rua Serafim Fernandes Fonte: Acervo Pessoal, 2016 Figura 98 : Rua Francisco Knabben Fonte: Acervo Pessoal, 2016 CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ Área total do Terreno 17.173,40m² Índice de aproveitamento 34.346,80m² Taxa de Ocupação 11.448,93m² Tabela 01: Cálculos uso do solo Fonte: Elaborado pela autora
  • 53. 52/94 Capítulo 06 PARTIDO 6.1 Conceito 6.2 Diretrizes e Intenções de Projeto 6.3 Programa de Necessidades / Pré- dimensionamento 6.4 Fluxograma 6.5 Zoneamento 6.6 Implantação 6.7 Volumetria 6.8 Planta 6.9 Hierarquia Espacial 6.10 Sistema Construtivo e Materialidade 6.11 Croqui 6 PARTIDO 6.1 CONCEITO Para o ser humano é imprescindível à integração social, porém essa convivência vai diminuindo com o passar dos anos, principalmente na terceira idade, onde muitos são desvalorizados profissionalmente e socialmente. Por esse motivo, muitos idosos acabam se sentindo inúteis e menosprezados o que acarreta em doenças como a depressão. É vital para o ser humano a presença da água, seu corpo é composto basicamente por H2O, necessitamos para a biodiversidade, produção de alimentos, entre outros. Esta possui dilatação anômala, fazendo com que ela se adapte ao meio em que está inserido. É uma fonte que existe em abundância em todo o mundo, assim como os idosos, e precisamos pensar nos dois como aliados, valorizando essas duas riquezas, a água com seus princípios medicinais, seu poder vital e rejuvenescedor, e o idoso, com sua larga sabedoria e experiência do meio em que vive. (figura 99) Além disso, a água traz a sensação de bem estar, serenidade, amplitude e leveza, sendo sensações que serão atribuídas ao projeto. Portanto, serão criados ambientes que promovam essa vitalidade ao idoso, fazendo com que ele se sinta rejuvenescido e se adapte de uma melhor maneira ao meio em que vive, otimizando a integração e contatos dos usuários com o ambiente exterior. Figura 99: Principio rejuvenescedor da água Fonte: Site Kangen do Brasil CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 54. 53/94 6.2 DIRETRIZES E INTENÇÕES DE PROJETO 6.2.1 Definição É um centro de integração, saúde e habitação para a terceira idade, possuindo permanência integral de idosos. E também atividades diurnas para idosos que não residem no centro - recebendo cuidados, assistência e supervisão de profissionais - e para pessoas de todas as idades. Os dormitórios possuirão diferentes tipologias e posto de enfermagem próximo, para que assim atendam às necessidades e segurança de cada idoso e seu respectivo grau de dependência ou independentes. Além disso, a instituição pretende dispor de uma ala para pacientes portadores de Alzheimer, com características arquitetônicas que auxiliam na melhora do paciente portador de Alzheimer e para que tenham os cuidados necessários. Possuirá estrutura para tratamentos hidroterápicos, com piscinas e balneários, os quais proporcionaram melhoria na qualidade de vida física e mental do idoso, • Integração social, promovendo atividades ao idoso em conjunto com a sociedade; • Projetar um edifício que siga as normas da NBR 9050, ANVISA e o Estatuto do idoso; • Desenvolver atividades e terapias ocupacionais; • Promover a saúde do corpo e da mente do idoso; • Propor ambientes de lazer e convivência externos e internos acessíveis; • Atendimento médico e enfermagem 24 horas; • Utilizar materiais que promovam a sensação de lar e aconchego ao idoso. trazendo inúmeros benefícios à saúde. 6.2.2 Objetivo O centro tem como objetivo promover a inclusão social do idoso e a melhoria da qualidade de vida, com ambientes acessíveis e seguros, além de promover oficinas que integrem pessoas de todas as idades, fazendo com que o idoso se sinta útil para a sociedade. 6.2.3 Usuários A edificação terá capacidade para oferecer residência para 120 idosos, dos três tipos de modalidade existentes de acordo com a ANVISA, estes com idade a partir de 60 anos. Já as oficinas, fisioterapia, aulas de pilates, piscina, balneários e saunas serão destinados aos idosos que residem no centro e também a população em geral, para que assim, ocorra a integração das pessoas de todas as idades, o que acaba trazendo mais recursos financeiros para a manutenção do centro. 6.2.4 Diretrizes Projetuais • Um ambiente seguro e agradável que atenda a necessidade da terceira idade; Capítulo 06 PARTIDO 6.1 Conceito 6.2 Diretrizes e Intenções de Projeto 6.3 Programa de Necessidades / Pré- dimensionamento 6.4 Fluxograma 6.5 Zoneamento 6.6 Implantação 6.7 Volumetria 6.8 Planta 6.9 Hierarquia Espacial 6.10 Sistema Construtivo e Materialidade 6.11 Croqui CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 55. 54/94 6.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES / PRÉ-DIMENSIONAMENTO Para ser possível projetar o Centro é indispensável à elaboração de um programa de necessidades pré-dimensionado. Sendo assim foram estudados os referenciais projetuais e as exigências da ANVISA (apêndice 02) em relação às áreas mínimas de acordo com os graus de dependência de cada idoso. SETOR AMBIENTE FUNÇÃO OCUPAÇÃO / USUÁRIOS HIERARQUIA TOTAL m² (cada) 02 Recepções Recepcionar o público / Recepcionar público da administração 02 func. e 20 visitantes / 02 func. e 07 visitantes Público / Semi - Público 70/20 Administração Chefe administrativo do centro 01 func. Privado 10 Sala Assistente Social Assistencia social do centro 01 func. Privado 10 Administrativo Contabilidade Desenvolver a contabilidade do centro 02 func. Privado 15 Almoxarifado Destinado a armazenamento 01 func. Privado 05 Sala de Reunião Desenvolver reuniões em relação ao centro 10 visitantes Privado 15 04 Banheiros 02 Destinado ao público da recepção / 01 func. Da administração / 01 chefe administrativo 01 usuário Semi-Público 05 Recepção Recepção e sala de espera destinado a área da saúde 02 func. e 05 usuários Semi-Público 25 02 Consultórios Médicos Destinado aos pacientes modalidade 01 e 02 (Anexo 02 - Anvisa) 01 médico e 01 paciente Privado 10 Consultório Nutricionista Consulta de pacientes e controle de cardápio 01 nutricionista e 01 paciente Privado 10 Consultório Psicólogo Consulta de pacientes 01 psicólogo e 01 paciente Privado 10 Saúde Consultório Odontológico Para tratamentos odontológicos 01 dentista e 01 paciente Privado 10 Consultório Fonoaudiólogo Consulta fonoaldiólogo 01 fonoaldiólogo e 01 paciente Privado 10 Enfermaria Controle geral e verificação dos pacientes 01 enfermeiro e 01 paciente Privado 10 Farmácia Armazenamento de medicamentos 01 farmacêutico Privado 15 Sala de Coleta Destinado a realização de coleta para exames laboratoriais 01 enfermeiro e 01 paciente Privado 10 03 Banheiros 01 destinados aos consultórios / 01 Enfermaria / 01 sala de coleta Semi-Público 03 Cozinha Preparo de refeições 04 func. Privado 25 Refeitório Servir refeições 120 usuários Semi-Público 100 Serviços Gerais Destinado para armazenamento de produtos e utensílios para limpeza 02 func. Privado 15 Serviços de Lavanderia Higienização de roupas 04 func. Privado 15 Apoio Central de gás Destinado as tubulações de gás Privado 2,5 Lixeira Destinado aos lixos Privado 10 Sala funcionários com Refeitório Sala destinada aos intervalos dos funcionários 20 func. Privado 35 05 Banheiros 02 Refeitório / 01 Cozinha / 02 Funcionários com vestiário Privado 20 / 03 / 28 Capítulo 06 PARTIDO 6.1 Conceito 6.2 Diretrizes e Intenções de Projeto 6.3 Programa de Necessidades / Pré- dimensionamento 6.4 Fluxograma 6.5 Zoneamento 6.6 Implantação 6.7 Volumetria 6.8 Planta 6.9 Hierarquia Espacial 6.10 Sistema Construtivo e Materialidade 6.11 Croqui CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 56. 55/94 SETOR AMBIENTE FUNÇÃO OCUPAÇÃO / USUÁRIOS HIERARQUIA TOTAL m² (cada) Salão Multiuso Festas, encontros, eventos e palestras 120 Semi-Público 150 Sala de TV Lazer e integração 12 Semi-Público 35 Sala de Jogos Lazer e integração 12 Semi-Público 35 Sala de Informática Integração na sociedade e tecnologia 12 Semi-Público 50 Convivência/ Salão de beleza Estética e bem estar físico e mental 02 func. Semi-Público 20 Lazer Centro Ecumênico Práticas religiosas 20 Semi-Público 80 Academia Alongamento, ginástica e musculação 02 func. e 15 usuários Semi-Público 80 06 Banheiros 02 Salão Multiuso e Centro Ecumênico / 02 Sala de TV, jogos, Informática, salão de beleza / 02 Academia com vestiário Semi-Público 20 / 20 / 28 Dormitório Individual Suíte para os pacientes 01 Privado 14 Dormitório Casal Apartamentos com suítes 02 Privado 16 Habitação Posto de Enfermagem Atender a necessidade dos usuários e monitoramento (01 em cada andar de habitação) 02 func. Privado 09 Recepção Recepcionar o público das terapias 02 func. e 09 visitantes Público 40 Sala de Fisioterapia Destinada a fisioterapia 01 fisioterapeuta e 02 usuários Semi-Público 15 Sala de Pilates Destinado a prática de pilates 01 professor de pilates e 3 usuários Semi-Público 15 02 Piscinas Para natação e hidroginástica 25 usuários interna e 100 usuários externa Semi-Público 50 / 200 12 Balneários Para balneoterapia 01 usuário Semi-Público 05 Terapia 02 Saúnas Destinado a prática de saúna 24 usuários Semi-Público 13 Enfermaria Controle geral e verificação dos pacientes 01 enfermeiro e 01 pacientes Privado 15 04 Salas Multiuso Destinado a oficinas como musicoterapia, marcenaria, pintura, etc 10 usuários Semi-Público 20 Biblioteca Leitura e integração (contar histórias) 10 Semi-Público 20 07 Banheiros 02 Piscina, balneários e saúna (com vestiário) / 02 Pilates e fisioterapia / 02 Salas multiuso, biblioteca e Recepção / 01 enfermaria Semi-Público 28 / 08 / 20 / 05 Praça Desenvolvimento e atividades ao ar livre Público Pista de Caminhada Prática de caminhar Semi-Público Horta Plantio de alimentos Semi-Público Playground Para as crianças visitantes Público Externo Pomar Destinado a árvores frutiferas Semi-Público Academia ao ar livre Destinado a prática de atividades físicas Público Estacionamento Destinada ao público do setor terapia 20 vagas Semi - Público Subsolo Estacionamento Destinada a usuários e visitantes 61 func., 120 usuários e visitantes Semi - Público Capítulo 06 PARTIDO 6.1 Conceito 6.2 Diretrizes e Intenções de Projeto 6.3 Programa de Necessidades / Pré- dimensionamento 6.4 Fluxograma 6.5 Zoneamento 6.6 Implantação 6.7 Volumetria 6.8 Planta 6.9 Hierarquia Espacial 6.10 Sistema Construtivo e Materialidade 6.11 Croqui CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 57. 56/94 6.4 FLUXOGRAMA 6.4.1 Geral dos Setores 6.4.3 Setor Saúde Acesso Carga / Descarga 6.4.4 Setor Serviços de Apoio Acesso Principal Hall / Recepção Sanitários Refeitório Sanitários Cozinha Carga / Descarga Central de Gás Lixeira Acesso Saída Acesso Serviço Sala Funcionários Serviços Gerais Lavanderia Sanitários Acesso Funcionários Administrativo Saúde Serviços de Apoio Convivência / Lazer Circulação Vertical Acesso Principal Hall / Recepção Sanitários Habitação Acesso Principal Hall / Recepção Terapia LEGENDA Público Semi-Público Privado 6.4.7 Terapia Acesso Terapia Hall / Recepção Área molhada Salas Multiuso Fisioterapia Pilates Sanitários Sanitários Piscina Balneários Saunas Enfermaria Sanitários Biblioteca 6.4.2 Setor Administrativo Acesso Principal Hall / Recepção Sanitários Sala de Administração Contabilidade Assistente Social Almoxarifado Sanitário Sanitário Sala de Reunião Acesso Principal Hall / Recepção Sanitários Recepção / Sala Espera Consultório Nutricionista Consultório Médico 02 Consultório Médico 01 Consultório Psicólogo Consultório Odontológico Consultório Fonoaudiólogo Farmácia Sala de Coleta Saída de Emergência Sanitários Enfermaria Sanitário 6.4.5 Setor Convivência / Lazer Academia Acesso Principal Hall / Recepção Sala de Informática Salão Multiuso Centro Ecumênico Sala de Jogos Salão de Beleza Sala de TV Sanitários Sanitários Sanitários 6.4.6 Setor Habitação Dormitórios Circulação Vertical Acesso Principal Hall / Recepção Sanitários Posto de Enfermagem Capítulo 06 PARTIDO 6.1 Conceito 6.2 Diretrizes e Intenções de Projeto 6.3 Programa de Necessidades / Pré- dimensionamento 6.4 Fluxograma 6.5 Zoneamento 6.6 Implantação 6.7 Volumetria 6.8 Planta 6.9 Hierarquia Espacial 6.10 Sistema Construtivo e Materialidade 6.11 Croqui CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ
  • 58. Ap. Casal Ap. Casal Ap. Casal Ap. Individual Ap. Individual Ap. Individual Convivência Apoio Estacionamento Adm. Corte Esquemático Zoneamento Fonte: Elaborado pela autora Área piscina Caminho dos sentidos Horta Pomar Área verde Estacionamento usuários terapia Estacionamento usuários terapia Praça 58/94 Capítulo 06 PARTIDO 6.1 Conceito 6.2 Diretrizes e Intenções de Projeto 6.3 Programa de Necessidades / Pré- dimensionamento 6.4 Fluxograma 6.5 Zoneamento 6.6 Implantação 6.7 Volumetria 6.8 Planta 6.9 Hierarquia Espacial 6.10 Sistema Construtivo e Materialidade 6.11 Croqui LEGENDA Setor Administrativo Setor Saúde Setor de Serviços de Apoio Setor Convivência / Lazer Setor de Terapia Setor Habitação Acesso Veículos Estacionamento Subsolo Acesso Ambulância Acesso setor de serviços de apoio Acesso pedestre e embarque / desembarque Acesso usuários terapia Setor de Serviços de Apoio: Local onde se encontram as atividades gerais do Centro, possuindo entrada para funcionários e acesso para carga e descarga, está situado na fachada oeste para que tenha acesso pela rua. Setor Administrativo: A recepção para usuários e visitantes está localizada no centro do terreno, situado na fachada sul, obtendo acesso pela Rua Francisco Knabben, fazendo a ligação entre os setores e controlando a entrada e saída de pessoas do Centro. O local onde ocorrerão todas as atividades de administração será situado no centro do terreno, pelo bloco A. Setor Convivência / Lazer: Este local contém as atividades para os idosos, estando localizado na esquina com a Rua Francisco Knabben e Rua Serafim L. Fernandes e também no centro do terreno, pelo bloco B. Setor Saúde: Área destinada aos profissionais da saúde, incluindo enfermagem com acesso externo direto para casos de emergência. Setor de Terapia: Essa área é destinada aos usuários do Centro e ao público em geral, contando com oficinas, biblioteca, piscina aquecida, saúde e balneários. Localizada na fachada leste, próxima a área de preservação do Rio Gravatal, possuindo acesso direto pela Rua Serafim L. Fernandes. Setor de Habitação: Este é destinado à vivência dos usuários, estes são de caráter reservado e estão localizados no 2º, 3º e 4º pavimentos do bloco A e B. O bloco A contém os apartamentos de casal e o bloco B os individuais. Estacionamento: O estacionamento destinado ao público do setor de terapia está situado na fachada leste. Já o estacionamento para funcionários, visitantes e pacientes do Centro será localizado no subsolo. BLOCO A BLOCO B BLOCO C Planta Zoneamento Setores Fonte: Elaborado pela autora CENTRO GERIÁTRICO GRAVATÁ