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História da Terapia
Cognitivo-comportamental
Unidade I
Origens da TCC
 A TCC é uma abordagem que baseia se em dois princípios centrais:
 1- Nossos pensamentos têm influência controladora nobre nossas
emoções e comportamentos .
 2- O modo como agimos ou nos comportamos pode afetar
profundamente nossos padrões de pensamento e emoções.
 Os elementos cognitivos que originaram estes princípios
foram reconhecidos por alguns filósofos como Epíteto,
Cícero, Sêneca, entre outros; isso a 2 MIL ANOS antes da
introdução da TCC, por Aaron Beck.
 O filósofo grego Epíteto, por exemplo, propõe em seus estudos que:
 ¨ Os homens não se perturbam pelas coisas que acontecem, mas sim
pelas opiniões sobre as coisas¨ ( Epitectus 1991).
História da Terapia Cognitiva
 No início da década de 1960, uma “revolução cognitiva” começou a
emergir,embora os primeiros textos centrais sobre modificação cognitiva
tenham aparecido somente na década de 1970. A pesquisa de Albert
Bandura sobre modelos de processamento de informações e
aprendizagem vicária, e as evidências empíricas na área do
desenvolvimento da linguagem suscitou questões sobre o modelo
comportamental tradicional disponível até então. Influenciando o
surgimento posteriormente da Terapia-Cognitiva ou Cognitivo-
Comportamental.
História da Terapia Cognitiva
 A terapia cognitiva foi desenvolvida por Aaron T. Beck (1921), na
Universidade da Pensilvânia, no início da década de 60, como uma
psicoterapia breve, estruturada e orientada para o presente.
Inicialmente, foi direcionada ao tratamento de pacientes com depressão,
a resolver os problemas atuais e a modificar os pensamentos e os
comportamentos disfuncionais destes sujeitos. Porém, ao longo dos anos,
foi adaptada para o tratamento dos mais diversos transtornos
psicológicos, demonstrando grande eficácia em estudos empíricos
realizados com uma ampla gama de perfis populacionais (Beck,
1995/1997).
Aaron Temkin Beck é um psiquiatra norte-americano
e professor emérito do departamento de psiquiatria
na Universidade da Pensilvânia. Beck é conhecido
como pai da Terapia Cognitiva e responsável por
criar as Escalas de Beck. (Escala de Depressão de
Beck e Escala de Ansiedade de Beck).
“Quado comecei a tratar pacientes com um conjunto
de procedimentos terapêuticos que posteriormente
rotulei como Terapia Cognitiva, eu não tinha a
menor idéia de onde me conduziria essa
abordagem que se afastava tão fortemente do meu
treinamento psicanálitico”. Aaron T. Beck, MD.
 Outras formas de Terapia Cognitivo-Comportamental foram
desenvolvidas por outros teóricos importentes, como por exemplo a
Terapia Racional- Emotiva de Albert Ellis ( Ellis,1962) . Contribuições
importantes foram feitas por outros teóricos, incluindo Michael
Mahoney ( 1991), Vittorio Guidano e Giovanni Liotti ( 1983). Sendo
estes teóricos do segmento cognitivo- comportamental.
 Cabe ressaltar que os termos terapia cognitiva (TC) e o termo
genérico terapia cognitivo-comportamental (TCC) são usados com
freqüência como sinônimos para descrever psicoterapias baseadas no
modelo cognitivo. O termo TCC também é utilizado para um grupo de
técnicas nas quais há uma combinação de uma abordagem cognitiva e
de um conjunto de procedimentos comportamentais.
O Modelo Cognitivo
 O modelo cognitivo foi originalmente construído de acordo com
pesquisas conduzidas por Aaron Beck para explicar os processos
psicológicos na depressão.
 A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo, que levanta a
hipotese de que as emoções e comportamentos das pessoas são
influenciados por sua percepção dos eventos. Não é uma situação por
si só que determina o que as pessoas sentem, mas, o modo como
interpretam a situação ( Beck, 1964; Ellis, 1962).
 Para Beck, o modelo de funcionamento mental está baseado em um
processo em que estão interligados pensamentos, sentimentos e
comportamentos. Nele, esses três fatores estão interligados e se
influenciam mutuamente. Dessa forma entendemos que determinados
pensamentos nos geram alguns sentimentos e diante disso agimos
conforme esse mecanismo.
 Destacamos que o evento em si não gera as emoções, mas sim o que
pensamos sobre o evento. Esse processo funciona como um ciclo,
portanto, um sentimento pode gerar um pensamento e
comportamento, ou um comportamento provocar os o.utros dois
Princípios da Terapia Cognitiva
 Princípio 1: A terapia cognitiva se baseia em uma formulação em contínuo
desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos : Seu
objetivo é organizar diversas informações sobre o paciente, como o diagnóstico, os
problemas atuais e o modo como enfrenta-os, as possíveis distorções cognitivas através
dos pensamentos e crenças disfuncionais e a visão que tem de si, do mundo e do
futuro, permitindo que o terapeuta determine qual a trajetória mais eficiente e efetiva
de tratamento. Cabe ressaltar que o terapeuta refina sua conceituação cognitiva ao
longo da terapia, à medida que novos dados são obtidos.
 Princípio 2: A terapia cognitiva requer uma aliança terapêutica segura: É
importante que haja por parte do terapeuta elementos essenciais como: cordialidade,
empatia, atenção, respeito genuíno e competência.
 Princípio 3: A terapia cognitiva enfatiza a colaboração e participação ativa:
A principio o terapeuta é mais ativo e sugere uma direção para as sessões de
terapia e muitas vezes resume o que foi discutido em sessão afim de orientar
o paciente.
 Princípio 4: A terapia cognitiva é orientada em meta e focalizada em
problemas : Trabalha com metas especificas e com qualificação dos principais
problemas á serem trabalhados
 Princípio 5: A terapia cognitiva inicialmente enfatiza o presente: O
terapeuta cognitivo em geral tende a iniciar a terapia com exame de
problemas no aqui e agora. A atenção volta-se para o passado em três
circustancias: 1- quando o paciente expressa uma forte predileção em fazer
isso ; 2- quando o trabalho voltado para problemas atuais produz pouca ou
nenhuma mudança cognitiva, comportamental e emocional ou quando o
terapeuta julga importante entender como e quando idéias disfuncionais
inportantes surgiram e como essas idéias afetam o paceinte hoje, sendo este
o 3º e ultimo motivo.
 Princípio 6: A terapia cognitiva é educativa, visa ensinar o paciente a ser
seu próprio terapeuta e enfatiza prevenção da recaída.
 Princípio 7: A terapia cognitiva visa ter um tempo limitado.
 Princípio 8: As sessões de terapia cognitiva são estruturadas: Independe do
problema ou sintoma de cada paciente, há um estrutura definida em cada
sessão. Em geral, há a avaliação do humor do paciente, uma avaliação dos
dias que se passaram entre a última sessão e a atual, bem como cria-se a
definição do que será tratado nesta, em comum acordo entre terapeuta e
paciente
 Princípio 9: A terapia cognitiva ensina os pacientes a identificar, avaliar e
responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais.
 Princípio 10: A terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para
mudar pensamento, humor e comportamento.
Conceitos Básicos
 Pensamentos Automáticos: seria o nível mais superficial do
pensamento. Caracterizam-se por serem rápidos, repentinos,
involuntários. Podem ser ativados por eventos internos ou externos e
existem em duas formas: em forma de palavras não faladas e de
imagens;
 A Terapia Cognitivo-Comportamental atua nas mudanças dos
pensamentos automáticos, almejando eliminar as reações
prejudiciais; reestrutura as crenças intermediárias, mudando
conclusões do paciente sobre eventos e percepções deles; e amplia a
concepção das situações em que o paciente está envolvido,
estabelecendo comportamentos alternativos, resolução de problemas,
entre outros.
Entrevista – Conceituação cognitiva
 Desde o início do tratamento, o terapeuta desenvolve (idealmente de forma
colaborativa, como sempre) uma conceitualização cognitiva do paciente.
 A conceitualização de caso é um trabalho permanente no decorrer de um
tratamento; à medida que novos dados clínicos importantes são trazidos para a
terapia, a conceitualização cognitiva será alterada e atualizada conforme
necessário enquanto o tratamento evolui.
 Para preparar um plano de tratamento, uma conceitualização de caso individual é
extremamente necessária, uma vez que guia as intervenções terapêuticas.
 A conceitualização de caso contém uma avaliação histórica e
prospectiva de padrões e estilos de pensamento.Procurando e
agrupando denominadores cognitivos comuns em diversas situações de
vida e a avaliação delas pelo paciente, pode-se identificar um padrão
cognitivo. Ele incluirá um entendimento do conjunto idiossincrático
de crenças disfuncionais, vulnerabilidades específicas individuais e
estratégias comportamentais que os pacientes usam para lidar com
suas crenças nucleares.
 Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendiemnto de um
paciente pelo terapeuta . O terapeuta começa a construir uma conceituação
cognitiva durante seu primeiro contato com o paciente e continua a refinar
sua conceituação até a última sessão . Essa formulação ajuda a planejar uma
terapia eficiente e efetiva.
Elementos importantes para reconhecer
dentro do diagrama de conceituação
cognitiva :
 As Crenças centrais:
 São idéias desenvolvidas sobre si mesma, outras pessoas e seus mundos,
as crenças centrais são entendimentos que são tão fundamentais e
profundos que os pacientes tendem a não questiona-los , aceitando como
verdade absoluta . Existe uma tendência de se interpretar as situações
através da lente dessa crença, mesmo não sendo racionalmente
verdadeira.
 As centrais são o nível mais fundamental de crença ; elas são globais,
rígidas e supergeneralizadas.
 As crenças são ideias ou esquemas que as pessoas desenvolvem desde a
infância sobre si mesmas, as outras pessoas e seus mundos. As crenças são
uma forma que a criança tem de extrair sentido do seu ambiente. São
entendimentos que são tão fundamentais e profundos que as pessoas
frequentemente não os questionam e os consideram como verdades absolutas.
Usualmente se valem dos ditos “sempre foi assim” ou ”eu sempre fui assim”.
 As crenças centrais são as ideias mais centrais da pessoa a respeito dela
mesma, de outras pessoas e seus mundos. São usualmente globais,
supergeneralizadas e absolutistas. Quando ativadas, o paciente facilmente
identifica informações que a apoiam e distorcem as que não se enquadram no
estilo de sua crença.
 Crenças intermediárias ( regras, atitudes, suposições)
 Sob infleurncia das crenças centrais se desenvolvem uma classe intermediária
de crenças que podem ser melhor observadas, quando em contado com o
paciente, por meio da sua forma de entender e agir frente a uma situação.
Ou seja estão ligadas as atitudes, regras e suposições do paciente.
 Essas crenças influenciam sua visão de uma situação , o que , por sua vez,
influencia como ele pensa, sente e se comporta.
Tipos de crenças centrais:
 DESAMOR: O paciente possui como guia de seus pensamentos a certeza (
irracional/ inconsciente) de que será rejeitada.
 DESAMPARO: O paciente tem como guia de seus pensamentos a certeza
(irracional/inconsciente) de que é incompetente e sempre será um fracassado.
 DESVALOR : O paciente possui como guia de seus pensamentos a certeza (
irracional/inconsciente) de ser inaceitável, sem valor algum.
Exemplos
 Pensamentos automáticos da crença de desamparo:
 * Sou inadequado, ineficiente, incompetente;
 * Eu não consigo me proteger;
 * Eu não consigo mudar;
 * Eu não tenho atitude;
 * Sou uma vítima; Sou carente;
 * Eu estou sem saída;
 * Não sou bom o suficiente;
 * Não sou igual aos outros.
 Pensamentos automáticos da crença de desamor:
 * Sou diferente, indesejável, feio, monótono, não tenho nada a oferecer;
 * Não sou amado, querido;
 * Sou negligenciado;
 * Sempre serei rejeitado, abandonado, sempre estarei sozinho;
 * Sou diferente, imperfeito, não sou bom o suficiente para ser amado.
 Pensamentos automáticos da crença de desvalor:
 * Não tenho valor;
 * Sou inaceitável;
 * Sou mau, louco, derrotado;
 * Sou um nada mesmo, sou um lixo;
 * Sou cruel, perigosos, venenoso, maligno;
 * Não mereço viver.
 As crenças tendem a se fortificarem quando a pessoa foca sua atenção para os
dados que confirmam sua visão negativa e não conseguem perceber as
situações da vida com outro ponto de vista. Esse processo ocorre
involuntariamente e automaticamente, gerando sofrimento psicológico e/ou
transtornos psicológicos significativos.
Pensamentos Automáticos
 A trajetória usual do tratamento, na terapia cognitiva, envolve uma enfase
inicial sobre pensamentos automáticos, sendo tais pensamentos, as cognições
mais proximas à percepção consciente. Surgem espontaneamente e estão
associados a comportementos problemáticos ou emoções perturbadoras.
 O terapeuta trabalha afim de ajudar e ensinar o paciente a indentificar,
avaliar e modificar seus pensamentos, produzindo então uma melhora dos
sintomas apresentados. Para auxiliar na identificação dos pensamentos
disfuncionais é usado a lista de distorções cognitivas.
Exemplo :
Crença central
Eu sou incopetente
Crença intermediária
Se eu não entendo a matéria perfeitamente , então sou “burro”
Situação -------------- Pensamento Automáticos ------------Reações
Ler o livro ---------------------- é difício , não vou entender -------------------
------ tristeza, comportamento ----- fechar o livro
Bibliografia
 BECK, Judith S. Terapia cognitiva: teoria e prática. Tradução de Sandra
Costa. Porto Alegre: ARTMED, 1997.
 Obs: ler capiítulo 1 e 2 do livro citado.

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  • 2. Origens da TCC  A TCC é uma abordagem que baseia se em dois princípios centrais:  1- Nossos pensamentos têm influência controladora nobre nossas emoções e comportamentos .  2- O modo como agimos ou nos comportamos pode afetar profundamente nossos padrões de pensamento e emoções.
  • 3.  Os elementos cognitivos que originaram estes princípios foram reconhecidos por alguns filósofos como Epíteto, Cícero, Sêneca, entre outros; isso a 2 MIL ANOS antes da introdução da TCC, por Aaron Beck.
  • 4.  O filósofo grego Epíteto, por exemplo, propõe em seus estudos que:  ¨ Os homens não se perturbam pelas coisas que acontecem, mas sim pelas opiniões sobre as coisas¨ ( Epitectus 1991).
  • 5. História da Terapia Cognitiva  No início da década de 1960, uma “revolução cognitiva” começou a emergir,embora os primeiros textos centrais sobre modificação cognitiva tenham aparecido somente na década de 1970. A pesquisa de Albert Bandura sobre modelos de processamento de informações e aprendizagem vicária, e as evidências empíricas na área do desenvolvimento da linguagem suscitou questões sobre o modelo comportamental tradicional disponível até então. Influenciando o surgimento posteriormente da Terapia-Cognitiva ou Cognitivo- Comportamental.
  • 6. História da Terapia Cognitiva  A terapia cognitiva foi desenvolvida por Aaron T. Beck (1921), na Universidade da Pensilvânia, no início da década de 60, como uma psicoterapia breve, estruturada e orientada para o presente. Inicialmente, foi direcionada ao tratamento de pacientes com depressão, a resolver os problemas atuais e a modificar os pensamentos e os comportamentos disfuncionais destes sujeitos. Porém, ao longo dos anos, foi adaptada para o tratamento dos mais diversos transtornos psicológicos, demonstrando grande eficácia em estudos empíricos realizados com uma ampla gama de perfis populacionais (Beck, 1995/1997).
  • 7. Aaron Temkin Beck é um psiquiatra norte-americano e professor emérito do departamento de psiquiatria na Universidade da Pensilvânia. Beck é conhecido como pai da Terapia Cognitiva e responsável por criar as Escalas de Beck. (Escala de Depressão de Beck e Escala de Ansiedade de Beck). “Quado comecei a tratar pacientes com um conjunto de procedimentos terapêuticos que posteriormente rotulei como Terapia Cognitiva, eu não tinha a menor idéia de onde me conduziria essa abordagem que se afastava tão fortemente do meu treinamento psicanálitico”. Aaron T. Beck, MD.
  • 8.  Outras formas de Terapia Cognitivo-Comportamental foram desenvolvidas por outros teóricos importentes, como por exemplo a Terapia Racional- Emotiva de Albert Ellis ( Ellis,1962) . Contribuições importantes foram feitas por outros teóricos, incluindo Michael Mahoney ( 1991), Vittorio Guidano e Giovanni Liotti ( 1983). Sendo estes teóricos do segmento cognitivo- comportamental.
  • 9.  Cabe ressaltar que os termos terapia cognitiva (TC) e o termo genérico terapia cognitivo-comportamental (TCC) são usados com freqüência como sinônimos para descrever psicoterapias baseadas no modelo cognitivo. O termo TCC também é utilizado para um grupo de técnicas nas quais há uma combinação de uma abordagem cognitiva e de um conjunto de procedimentos comportamentais.
  • 10. O Modelo Cognitivo  O modelo cognitivo foi originalmente construído de acordo com pesquisas conduzidas por Aaron Beck para explicar os processos psicológicos na depressão.  A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo, que levanta a hipotese de que as emoções e comportamentos das pessoas são influenciados por sua percepção dos eventos. Não é uma situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas, o modo como interpretam a situação ( Beck, 1964; Ellis, 1962).
  • 11.
  • 12.  Para Beck, o modelo de funcionamento mental está baseado em um processo em que estão interligados pensamentos, sentimentos e comportamentos. Nele, esses três fatores estão interligados e se influenciam mutuamente. Dessa forma entendemos que determinados pensamentos nos geram alguns sentimentos e diante disso agimos conforme esse mecanismo.
  • 13.  Destacamos que o evento em si não gera as emoções, mas sim o que pensamos sobre o evento. Esse processo funciona como um ciclo, portanto, um sentimento pode gerar um pensamento e comportamento, ou um comportamento provocar os o.utros dois
  • 14.
  • 15. Princípios da Terapia Cognitiva  Princípio 1: A terapia cognitiva se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos : Seu objetivo é organizar diversas informações sobre o paciente, como o diagnóstico, os problemas atuais e o modo como enfrenta-os, as possíveis distorções cognitivas através dos pensamentos e crenças disfuncionais e a visão que tem de si, do mundo e do futuro, permitindo que o terapeuta determine qual a trajetória mais eficiente e efetiva de tratamento. Cabe ressaltar que o terapeuta refina sua conceituação cognitiva ao longo da terapia, à medida que novos dados são obtidos.  Princípio 2: A terapia cognitiva requer uma aliança terapêutica segura: É importante que haja por parte do terapeuta elementos essenciais como: cordialidade, empatia, atenção, respeito genuíno e competência.
  • 16.  Princípio 3: A terapia cognitiva enfatiza a colaboração e participação ativa: A principio o terapeuta é mais ativo e sugere uma direção para as sessões de terapia e muitas vezes resume o que foi discutido em sessão afim de orientar o paciente.  Princípio 4: A terapia cognitiva é orientada em meta e focalizada em problemas : Trabalha com metas especificas e com qualificação dos principais problemas á serem trabalhados
  • 17.  Princípio 5: A terapia cognitiva inicialmente enfatiza o presente: O terapeuta cognitivo em geral tende a iniciar a terapia com exame de problemas no aqui e agora. A atenção volta-se para o passado em três circustancias: 1- quando o paciente expressa uma forte predileção em fazer isso ; 2- quando o trabalho voltado para problemas atuais produz pouca ou nenhuma mudança cognitiva, comportamental e emocional ou quando o terapeuta julga importante entender como e quando idéias disfuncionais inportantes surgiram e como essas idéias afetam o paceinte hoje, sendo este o 3º e ultimo motivo.
  • 18.  Princípio 6: A terapia cognitiva é educativa, visa ensinar o paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza prevenção da recaída.  Princípio 7: A terapia cognitiva visa ter um tempo limitado.  Princípio 8: As sessões de terapia cognitiva são estruturadas: Independe do problema ou sintoma de cada paciente, há um estrutura definida em cada sessão. Em geral, há a avaliação do humor do paciente, uma avaliação dos dias que se passaram entre a última sessão e a atual, bem como cria-se a definição do que será tratado nesta, em comum acordo entre terapeuta e paciente
  • 19.  Princípio 9: A terapia cognitiva ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais.  Princípio 10: A terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e comportamento.
  • 20. Conceitos Básicos  Pensamentos Automáticos: seria o nível mais superficial do pensamento. Caracterizam-se por serem rápidos, repentinos, involuntários. Podem ser ativados por eventos internos ou externos e existem em duas formas: em forma de palavras não faladas e de imagens;
  • 21.  A Terapia Cognitivo-Comportamental atua nas mudanças dos pensamentos automáticos, almejando eliminar as reações prejudiciais; reestrutura as crenças intermediárias, mudando conclusões do paciente sobre eventos e percepções deles; e amplia a concepção das situações em que o paciente está envolvido, estabelecendo comportamentos alternativos, resolução de problemas, entre outros.
  • 22.
  • 23. Entrevista – Conceituação cognitiva  Desde o início do tratamento, o terapeuta desenvolve (idealmente de forma colaborativa, como sempre) uma conceitualização cognitiva do paciente.  A conceitualização de caso é um trabalho permanente no decorrer de um tratamento; à medida que novos dados clínicos importantes são trazidos para a terapia, a conceitualização cognitiva será alterada e atualizada conforme necessário enquanto o tratamento evolui.  Para preparar um plano de tratamento, uma conceitualização de caso individual é extremamente necessária, uma vez que guia as intervenções terapêuticas.
  • 24.  A conceitualização de caso contém uma avaliação histórica e prospectiva de padrões e estilos de pensamento.Procurando e agrupando denominadores cognitivos comuns em diversas situações de vida e a avaliação delas pelo paciente, pode-se identificar um padrão cognitivo. Ele incluirá um entendimento do conjunto idiossincrático de crenças disfuncionais, vulnerabilidades específicas individuais e estratégias comportamentais que os pacientes usam para lidar com suas crenças nucleares.
  • 25.  Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendiemnto de um paciente pelo terapeuta . O terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com o paciente e continua a refinar sua conceituação até a última sessão . Essa formulação ajuda a planejar uma terapia eficiente e efetiva.
  • 26. Elementos importantes para reconhecer dentro do diagrama de conceituação cognitiva :  As Crenças centrais:  São idéias desenvolvidas sobre si mesma, outras pessoas e seus mundos, as crenças centrais são entendimentos que são tão fundamentais e profundos que os pacientes tendem a não questiona-los , aceitando como verdade absoluta . Existe uma tendência de se interpretar as situações através da lente dessa crença, mesmo não sendo racionalmente verdadeira.  As centrais são o nível mais fundamental de crença ; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas.
  • 27.  As crenças são ideias ou esquemas que as pessoas desenvolvem desde a infância sobre si mesmas, as outras pessoas e seus mundos. As crenças são uma forma que a criança tem de extrair sentido do seu ambiente. São entendimentos que são tão fundamentais e profundos que as pessoas frequentemente não os questionam e os consideram como verdades absolutas. Usualmente se valem dos ditos “sempre foi assim” ou ”eu sempre fui assim”.
  • 28.  As crenças centrais são as ideias mais centrais da pessoa a respeito dela mesma, de outras pessoas e seus mundos. São usualmente globais, supergeneralizadas e absolutistas. Quando ativadas, o paciente facilmente identifica informações que a apoiam e distorcem as que não se enquadram no estilo de sua crença.
  • 29.  Crenças intermediárias ( regras, atitudes, suposições)  Sob infleurncia das crenças centrais se desenvolvem uma classe intermediária de crenças que podem ser melhor observadas, quando em contado com o paciente, por meio da sua forma de entender e agir frente a uma situação. Ou seja estão ligadas as atitudes, regras e suposições do paciente.  Essas crenças influenciam sua visão de uma situação , o que , por sua vez, influencia como ele pensa, sente e se comporta.
  • 30.
  • 31. Tipos de crenças centrais:  DESAMOR: O paciente possui como guia de seus pensamentos a certeza ( irracional/ inconsciente) de que será rejeitada.  DESAMPARO: O paciente tem como guia de seus pensamentos a certeza (irracional/inconsciente) de que é incompetente e sempre será um fracassado.  DESVALOR : O paciente possui como guia de seus pensamentos a certeza ( irracional/inconsciente) de ser inaceitável, sem valor algum.
  • 32. Exemplos  Pensamentos automáticos da crença de desamparo:  * Sou inadequado, ineficiente, incompetente;  * Eu não consigo me proteger;  * Eu não consigo mudar;  * Eu não tenho atitude;  * Sou uma vítima; Sou carente;  * Eu estou sem saída;  * Não sou bom o suficiente;  * Não sou igual aos outros.
  • 33.  Pensamentos automáticos da crença de desamor:  * Sou diferente, indesejável, feio, monótono, não tenho nada a oferecer;  * Não sou amado, querido;  * Sou negligenciado;  * Sempre serei rejeitado, abandonado, sempre estarei sozinho;  * Sou diferente, imperfeito, não sou bom o suficiente para ser amado.
  • 34.  Pensamentos automáticos da crença de desvalor:  * Não tenho valor;  * Sou inaceitável;  * Sou mau, louco, derrotado;  * Sou um nada mesmo, sou um lixo;  * Sou cruel, perigosos, venenoso, maligno;  * Não mereço viver.
  • 35.  As crenças tendem a se fortificarem quando a pessoa foca sua atenção para os dados que confirmam sua visão negativa e não conseguem perceber as situações da vida com outro ponto de vista. Esse processo ocorre involuntariamente e automaticamente, gerando sofrimento psicológico e/ou transtornos psicológicos significativos.
  • 36. Pensamentos Automáticos  A trajetória usual do tratamento, na terapia cognitiva, envolve uma enfase inicial sobre pensamentos automáticos, sendo tais pensamentos, as cognições mais proximas à percepção consciente. Surgem espontaneamente e estão associados a comportementos problemáticos ou emoções perturbadoras.  O terapeuta trabalha afim de ajudar e ensinar o paciente a indentificar, avaliar e modificar seus pensamentos, produzindo então uma melhora dos sintomas apresentados. Para auxiliar na identificação dos pensamentos disfuncionais é usado a lista de distorções cognitivas.
  • 37. Exemplo : Crença central Eu sou incopetente Crença intermediária Se eu não entendo a matéria perfeitamente , então sou “burro” Situação -------------- Pensamento Automáticos ------------Reações Ler o livro ---------------------- é difício , não vou entender ------------------- ------ tristeza, comportamento ----- fechar o livro
  • 38. Bibliografia  BECK, Judith S. Terapia cognitiva: teoria e prática. Tradução de Sandra Costa. Porto Alegre: ARTMED, 1997.  Obs: ler capiítulo 1 e 2 do livro citado.