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2 | Semana Santa 2020
3 | Semana Santa 2020
SERMÕES
Semana Santa
2020
EXPEDI E N TE
S
Copyright © Divisão Sul-Americana
Direitos internacionais reservados.
Coordenação geral
Pr. Herbert Boger – Ministério Pessoal – Divisão Sul-Americana
Autores
Pr. Arilton Oliveira – Rede Novo Tempo
Pr. Diogo Cavalcanti – Casa Publicadora Brasileira
Capa
Gustavo Leighton
Diagramação
Gustavo Leighton
Impressão e acabamento
Casa Publicadora Brasileira
2020
M
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SUM ÁRI O
MOMENTO PARA CELEBRAR .............................................................
1. SÁBADO, 4 DE ABRIL / AMOR ESCRITO COM SANGUE .......................
2. DOMINGO, 5 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO ....................
3. SEGUNDA, 6 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO RESGATADOR ....................
4. TERÇA, 7 DE ABRIL / CRISTO, NOSSA GARANTIA ...............................
5. QUARTA, 8 DE ABRIL / CRISTO, NOSSA ESPERANÇA ..........................
6. QUINTA, 9 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO ADVOGADO .........................
7. SEXTA, 10 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO JUIZ .......................................
8. SÁBADO, 11 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO REI ......................................
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5 | Semana Santa 2020
Oevangelismo de colheita na Semana Santa é uma oportunidade única
para apresentar Jesus e a vida que encontramos nEle por meio da Pala-
vra de Deus. O objetivo do evangelismo é relembrar o sacrifício, a morte e a
ressurreição do Senhor Jesus Cristo em favor da humanidade, incentivando
milhares de pessoas a aceitar a salvação que Ele oferece. 	
Em 2020, a Igreja Adventista do Sétimo Dia comemora 50 anos desse pro-
jeto, entre os dias 4 e 11 de abril. Será uma semana marcante, servindo mais
uma vez para ajudar pessoas em praticamente toda América do Sul a ter
uma experiência viva com o Cristo que salva e intercede por nós.
Neste ano, adotaremos o mesmo tema da primeira edição desse projeto:
Amor Escrito com Sangue. Refletiremos no valor do sacrifício de Jesus a par-
tir das lições do santuário ao longo da Bíblia. Assim, apreciaremos mais o
tremendo esforço e o sofrimento de Cristo na cruz para nos salvar.
Como muito bem expressou a escritora norte-americana Ellen G. White:
“Toda dor suportada pelo Filho de Deus sobre a cruz, as gotas de sangue
que corriam de Sua fronte, Suas mãos e pés, as convulsões de agonia que
sacudiam Seu corpo, e a indescritível angústia que enchia Sua alma ao Dele
ocultar o Pai a face, falam ao homem, dizendo: Foi por amor de ti que o
Filho de Deus consentiu em levar sobre Ele esses odiosos crimes; por ti Ele
rompeu o domínio da morte e abriu os portões do Paraíso e da vida imortal
(História da Redenção, p. 225).
A história da liberdade humana foi escrita com o sangue de um Deus que
preferiu morrer a viver sem você (Jo 3:16). Ele o convida a olhar Seu amor
durante esta Semana Santa. “Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os
termos da Terra; porque Eu sou Deus, e não há outro” (Is 45:22). Seu Filho
Jesus é quem nos atrai; basta olhar: “Mas Eu, quando for levantado da terra,
atrairei todas as pessoas para Mim” (Jo 12:32). “Todo aquele que é da verda-
de ouve a Minha voz” (Jo 18:37).
S em ana Santa
MOME N TO PARA
C E L E BRAR
6 | Semana Santa 2020
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Jesus nos atrai pessoalmente: Ele tem um vínculo pessoal conosco. “De ma-
neira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13:5).
Jesus nos atrai emocionalmente: Ele acalma o coração angustiado. “Lan-
çando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe
5:7).
Jesus nos atrai espiritualmente: Ele nos capacita a seguir na caminhada.
Lembre-se do que Jesus disse: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15:5).
O convite dEle é: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarre-
gados, e Eu vos aliviarei” (Mt 6:28). Reflita, estude e pregue esta mensagem
com toda convicção, pois o Cristo que morreu por nós em breve virá! Ele
conta com você.
Pr. Herbert Boger
Ministério Pessoal da Divisão Sul-Americana
Semana Santa 2020 | 7
S ÁB ADO
A MOR E SC RITO COM
SA N GUE
SAUDAÇÃO
TEXTO CHAVE: Apocalipse 13:8
“E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes
não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fun-
dação do mundo”.
INTRODUÇÃO
Édifícil acompanhar os noticiários. Vemos muitas tragédias e maldades
todos os dias. Muitos se perguntam como Deus lida com isso. E o futuro
ainda reserva momentos dramáticos. O tema de Apocalipse 13 é o fim do
grande conflito entre o bem e o mal vivenciado em nosso planeta. De um
lado está a besta, um monstro simbólico, com sete cabeças e dez chifres. Por
meio dela, o dragão (Satanás) busca ser adorado. Do outro, temos o Cordeiro
que foi morto desde a fundação do mundo e por isso é digno de receber “o
poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5:12).
Nossa resposta a quem vamos adorar decidirá nosso destino eterno.
O Cordeiro e o dragão são os dois protagonistas no grande conflito que
se arrasta por milênios e que teve sua origem no templo ou santuário onde
Deus habita. Vamos descobrir como isso aconteceu.
Pergunta de transição: Onde Deus habita?
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8 | Semana Santa 2020
AMOR ESCRITO COM SANGUE
1.	 EXISTE UM SANTUÁRIO NO CÉU
Dezenas de textos na Bíblia afirmam a existência de um templo ou santu-
ário no Céu, morada de Deus. Moisés escreveu: “Olha desde a Tua santa ha-
bitação, desde o Céu, e abençoa o Teu povo, a Israel, e a terra que nos deste”
(Dt 26:15). Davi afirmou: “O SENHOR está no Seu santo templo; nos Céus tem
o SENHOR Seu trono” (Sl 11:4); o salmista ensina: “O SENHOR, do alto do Seu
santuário, desde os Céus, baixou vistas à terra, para ouvir o gemido dos cati-
vos e libertar os condenados à morte” (Sl 102:19, 20).
Na Bíblia, as palavras santuário, templo e tabernáculo representam a mo-
rada de Deus, seja no Céu, seja na Terra. Ora apontam para o santuário cons-
truído por Moisés, após libertar o povo de Israel do cativeiro egípcio. Ora
apontam para o templo construído por Salomão em Jerusalém, e outras vezes
apontam para o santuário que existe no Céu, do qual o terrestre era uma
apenas um tipo de cópia.
Atividades do santuário
Quais atividades ocorrem no templo ou santuário celestial? A Bíblia men-
ciona várias atividades, e elas podem ser divididas em duas fases específicas,
antes e depois do surgimento do mal e do pecado.
O templo ou santuário celestial é a própria morada de Deus, o lugar de Sua
habitação. João viu o santuário de Deus que se acha no Céu (Ap 11:19). Em
Hebreus descobrimos que o verdadeiro santuário e tabernáculo foi construí-
do no Céu, por Deus e não pelo homem (Hb 8:1, 2). O próprio tabernáculo que
Moisés erigiu foi feito segundo o modelo celestial (Hb 8:5).
O templo ou santuário celestial é também um local de adoração; por isso,
tinha uma função litúrgica. O Salmo 150:1 diz: “Aleluia, louvai a Deus no Seu
santuário”. O Salmo 134:1 e 2 convida: “Bendizei ao SENHOR, vós todos, ser-
vos do SENHOR, que assistis na Casa do SENHOR, nas horas da noite; erguei
as mãos para o santuário e bendizei ao SENHOR”.
Pergunta de transição: Que acontecimento no santuário celestial
afetou a ordem no Universo?
2.	 O SURGIMENTO DO MAL NO SANTUÁRIO DO CÉU
De acordo com o profeta Ezequiel, o mal teve origem no próprio templo
ou santuário celestial. Em seu livro, usando a figura do rei de Tiro, uma
importante cidade comercial do mundo antigo, ele compara esse rei com
Satanás. O rei de Tiro, então, funciona como um tipo de Satanás. O profeta
escreveu: “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permane-
cias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras
nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqui-
dade em ti” (Ez 28:14, 15).
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AMOR ESCRITO COM SANGUE
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A expressão “querubim da guarda ungido” ou “querubim ungido para co-
brir” (ARC) indica que esse ser angelical havia sido ungido ou dedicado pelo
próprio Deus para estar o mais próximo possível dEle. Note que esse ser an-
gelical era ungido para cobrir o trono de Deus. A palavra “ungido” vem da
mesma palavra para “messias”, um termo que foi reservado para Jesus como
o Ungido por Deus para nos salvar (Dn 9:25, 26). Jesus, o Ungido, veio para
destruir o mal causado desde tempos antigos pelo querubim ungido (1Jo 3:8).
O profeta diz ainda que o querubim permanecia no “monte santo de Deus”,
expressão que representa a sede do governo divino, ou seja, o próprio santu-
ário celestial. Isto quer dizer que o mal surgiu no santuário celestial, e lá ele
precisaria ser resolvido.
“Lúcifer havia sido o querubim cobridor. Esteve à luz da presença divina.
Era o mais elevado de todos os seres criados e o primeiro em revelar ao Uni-
verso os desígnios divinos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 537). Todavia,
misteriosamente, o mal começou a surgir no coração desse importante ser
angelical. Ezequiel revela: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formo-
sura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ez 28:17). O
mal surgido no coração daquele anjo tinha que ver com uma admiração de si
mesmo, o orgulho e a exaltação própria. Além disso, esse anjo “fez comércio”
no santuário celestial: “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do
teu comércio, profanaste os teus santuários” (Ez 28:18). Aqui, a profecia liga
as práticas corruptas de comércio do rei de Tiro com o “comércio” corrupto
feito pelo querubim rebelde. Num primeiro momento, o mal surgiu em seu
coração; em seguida, ele passou a tentar convencer os demais anjos a segui-lo
em sua rebelião contra Deus. No livro do Apocalipse, o dragão arrasta com a
sua cauda “a terça parte das estrelas do céu” (Ap 12:4), que são um terço dos
anjos (Ap 1:20). Ou seja, o querubim rebelde ainda conseguiu convencer um
terço dos anjos do Céu em sua revolta contra Deus!
O resultado disso não poderia ser outro: conflito no Céu. Em Ezequiel, o
inimigo de Deus foi “lançado por terra” (Ez 28:17). O próprio Jesus afirma:
“Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago” (Lc 10:18, NVI). O livro do
Apocalipse pinta essa batalha em tons dramáticos, fazendo uma conexão en-
tre o conflito no Céu e a vitória na cruz de Cristo, que garantiu a expulsão de-
finitiva dos inimigos. “Houve peleja no Céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram
contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não pre-
valeceram; nem mais se achou no Céu o lugar deles. E foi expulso o grande
dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo
o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Ap 12:7-9).
A expulsão de Satanás foi o primeiro passo dado por Deus para combater o
mal. Além de ser a sede do governo divino, o santuário servia para a adora-
ção a Deus, mas também se tornou “o próprio centro da obra divina em favor
dos homens” ( Evagelismo, p. 222).
10 | Semana Santa 2020
AMOR ESCRITO COM SANGUE
Pergunta de transição: Como esse conflito cósmico, iniciado no
Céu, afetou nosso planeta?
3.	 O CORDEIRO MORTO: SACRIFÍCIO SUPREMO
A rebelião de Satanás é anterior à criação do planeta Terra. O surgimento
deste mundo ocorreu em meio à grande controvérsia entre Jesus e Satanás.
Em jogo estava o próprio Senhor, que era constantemente acusado por Sa-
tanás de ser um Deus tirano e limitador da felicidade e liberdade de Suas
criaturas. Afinal, Satanás estava certo? Assim como sempre, Deus permitiu
que cada ser criado por Ele, fossem anjos ou pessoas, analisassem e decidis-
sem, mas também lhes apelou ao coração. Afinal, só existe amor quando há
liberdade. Ninguém pode ser forçado a amar. Deus não força nem engana
ninguém.
Adão e Eva escolheram acreditar em um animal fantoche de Satanás, que
lhes enganou, prometendo que seriam como Deus (Gn 3:1-6). Deram lugar à
desconfiança e também se rebelaram contra o Criador, apesar de Ele ter-lhes
dado a vida com tanto amor e carinho. Rebelando-se contra Deus, que era a
Vida, tornaram-se mortais. Numa alegoria, seria o mesmo que se smartpho-
nes se “rebelassem” contra as fontes de energia e decidissem funcionar inde-
pendentemente só com a carga de suas baterias. Em algum momento, esses
aparelhos iriam se apagar. Assim ocorre conosco desde que nossos primei-
ros pais pecaram. Recebemos o pecado e a morte como herança: “Pelo que,
como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos peca-
ram” (Rm 5:12).
No entanto, apesar da ingratidão humana, Deus não desistiu de nós. Nosso
destino seria a morte eterna, mas Deus já tinha um plano para nos salvar.
Como vimos no início, Jesus é o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do
mundo” (Ap 13:8). Quando o mal surgiu, virtualmente Cristo já estava comis-
sionado a nos salvar por meio de Sua morte na cruz. Quando o mal surgiu,
a graça e o perdão já estavam prontos, assim como os bombeiros estão em
prontidão para qualquer emergência. Deus nunca é pego de surpresa; Ele
é um Pai amoroso que não desiste de Seus filhos, e Ele não desiste de você!
Enxergamos aqui o plano da redenção, em que a própria Divindade Se
sacrifica pela humanidade. Já imaginou isso? Existe maior prova de amor?
Satanás acusava a Deus de ser tirano, mas Deus revelou na prática a que
ponto estava disposto a ir para nos salvar. Ele não Se restringiu a palavras
escritas com tinta e papel, mas foi além, com o vermelho vivo de Seu sangue,
escrevendo na cruz do Calvário Seu amor por você e por mim.
Em Jesus e Seu sacrifício, a graça apenas foi manifestada, pois ela já existia
desde sempre no coração e nos planos de Deus. O apóstolo Pedro declara
que somos salvos “pelo […] sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da
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fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós
(1Pe 1:19, 20). O próprio Filho de Deus Se ofereceu para assumir toda a culpa
e resolver o problema do pecado. Por isso João, no Apocalipse, declara: “Dig-
no é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e
força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5:12). Devemos ser infinitamente gratos
por esse amor divino que nos restaura e nos salva.
CONCLUSÃO
O pecado surgiu no Universo com um anjo cobridor no próprio santuário
celestial. Todavia, Deus não foi pego de surpresa, e nesse mesmo santuário o
pecado passou a ser resolvido. No exato instante em que surge o mal, a gra-
ça divina já estava disponível. Mediante o sangue derramado pelo Cordeiro,
morto desde a fundação do mundo, podemos ter a esperança da vida eterna.
APELO
O amor de Deus nos constrange. Não podemos ficar indiferentes ao amor
de um Deus tão imenso, mas tão achegado a nós. Ainda hoje Ele não força
ninguém a amá-Lo, mas convida, bate à porta do seu coração. Qual será sua
resposta? Aceite hoje o convite de Jesus. Não se rebele, abra seu coração
para que Cristo viva nele e lhe dê Seu perdão, confiança e paz.
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SAUDAÇÃO
TEXTO CHAVE: Gênesis 3:15
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu des-
cendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”.
INTRODUÇÃO
Você já sofreu com uma calúnia ou falsidade? Foi fácil provar sua ino-
cência? Na história bíblica, Deus sofreu graves acusações da parte de
Satanás. Após tolerar longamente a obra de engano do anjo caído, Deus por
fim precisou expulsá-lo do Céu. Em uma descrição que revela a expulsão do
Céu completada na cruz, João viu que “foi expulso o grande dragão, a antiga
serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo; sim, foi
atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Ap 12:9). Como também já
vimos, um terço dos anjos de Deus acompanhou Lúcifer em sua rebelião e
também foram expulsos (Ap 12:4).
Ao levar o pecado para a Terra, Satanás planejava expandir sua rebelião.
Seus enganos, seu comércio de ideias sujas avançou, e ele continuava a lan-
çar suas acusações contra Deus e Seus filhos, especialmente aos seres huma-
nos pecadores.
No livro de Jó, Satanás teve a ousadia de ir ao Céu e se apresentar junto
aos “filhos de Deus”, diante do Senhor (Jó 2:1). Esses filhos de Deus não são
mencionados como anjos, e tampouco são seres humanos, pois comparecem
diante de Deus. Certamente são outros seres criados por Deus. Satanás foi
perante o Senhor a fim de lançar uma dupla acusação contra Ele e contra Jó.
Perceba que Satanás continuava a espalhar suas sementes de ódio e rebelião
a outros seres e mundos criados por Deus. De alguma forma, ele ainda fazia
pairar uma dúvida sobre o caráter de Deus, e essa era sua principal arma no
grande conflito.
14 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO
Somente por ocasião da morte de Cristo as mentiras do inimigo foram
completamente expostas. “Até à morte de Jesus, o caráter de Satanás não ha-
via sido claramente revelado aos anjos e mundos não caídos. O arqui-após-
tata se revestira por tal forma de engano que mesmo os santos seres não
lhe compreenderam os princípios. Não viram claramente a natureza de sua
rebelião” (O Desejado de Todas as Nações, p. 537).
A intenção de Satanás era contaminar os mundos criados por Deus, assim
como havia tentado contaminar o santuário no Céu (ver Is 14:12-14; Ez 28:14-
18) e a Terra, o que vamos entender melhor neste estudo. O inimigo de Deus
buscou ter êxito no jardim do Éden, o lar do primeiro casal da família humana.
Pergunta de transição: O que a Bíblia informa sobre o jardim do
Éden? Havia algum significado especial nele?
1.	 O ÉDEN E A LINGUAGEM DO SANTUÁRIO
O texto de Gênesis 2:4 a 3:24 apresenta termos-chave e conceitos que se li-
gam à mensagem do santuário no Antigo Testamento. Logo após o ser huma-
no ter sido formado do pó da terra e Deus soprar em suas narinas o fôlego de
vida, o Gênesis declara: “Plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na di-
reção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado (Gn 2:8). O jardim
do Éden foi criado não só para lhe servir como habitação, mas também como
um ponto de encontro com o Criador. Vejamos este e mais alguns paralelos
entre o Éden e o santuário, destacados por Angel Manuel Rodríguez (revista
Ministry, abril de 2002), com base em vários estudiosos da Bíblia:
1.		Ponto de encontro: Assim como Deus “andava no jardim” (Gn 3:8)
para Se encontrar com Seus filhos, Ele também estava no meio de Seu
povo no santuário (2Sm 7:6, 7).
2.		Orientação para o leste: O jardim estava localizado na parte oriental
do Éden (Gn 2:8), e a entrada do antigo santuário estava voltada para
o oriente (Êx 27:13-16).
3.	Fontes de água: O jardim era regado por um rio que saía do Éden e se
dividia em quatro braços (Gn 2:10). Fontes de água também estão as-
sociadas ao santuário (Sl 46:4) e havia uma pia ou lavatório de bronze
que ficava na entrada do santuário (Êx 38:8).
4.	Trabalho: O primeiro casal devia “cultivar” e “guardar” o jardim (Gn
2:15). Em hebraico, os mesmos dois verbos são usados em relação ao
serviço dos levitas no tabernáculo (Nm 3:7, 8; 8:26).
5.		Plantas: Figuras relacionadas a plantas estavam presentes em objetos
e partes de todo o santuário, as quais lembram a árvore da vida e a be-
leza natural do jardim recém-criado por Deus (Êx 25:31-36; 1Rs 6:18).
6.		Querubins: Após o pecado, querubins passaram a guardar a entrada
do jardim do Éden (Gn 3:24). Representações de dois querubins tam-
bém foram colocadas no lugar santíssimo do santuário (Êx 25:18-22).
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CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO
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7.		 Juízo e redenção: Após o pecado, no jardim, Deus realiza um ato de
juízo, ou seja, ele faz perguntas, avalia a situação com base no que
ouve do primeiro casal, e dá sentenças (Gn 3:11-20). Porém, diante
das necessidades de Adão e Eva, Ele lhes provê roupas de couro do
animal morto (Gn 3:21) e promete a salvação no descendente prome-
tido, que lhes pagaria o preço da salvação com Seu próprio sangue
(Gn 3:15). No santuário, o couro dos animais sacrificados deveria ser
dado aos levitas (Lv 7:8).
O jardim do Éden é chamado na Bíblia de “jardim de Deus” (Is 51:3; Ez
28:13; 31:9). Era o lugar em que nossos primeiros pais deviam adorar e ter
comunhão com o Criador. O propósito divino era que Adão e seus descen-
dentes vivessem ali em perfeita harmonia e paz.
Adão e Eva, os primeiros seres humanos, foram criados como agentes
morais livres. Deveriam exercer seu livre-arbítrio, ao decidir pela obedi-
ência ou não às ordens divinas. No fogo cruzado da guerra entre o bem e
o mal, deveriam tomar uma posição pela vontade de Deus ou pelo afasta-
mento e rebelião.
Pergunta de transição: Qual foi o teste aplicado ao homem? Como
nosso planeta foi contaminado pelo pecado?
2.	 O MAL NO PARAÍSO
Deus deu a Adão a seguinte orientação: “De toda árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás;
porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2:16, 17). Esse
era o teste, e o obedecer ou não às ordens divinas resultaria em vida eterna
ou morte eterna.
Tragicamente, Adão e Eva desobedeceram à clara orientação divina e co-
meram do fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal. O pro-
blema não estava no fruto em si, mas no ato da desobediência e, principal-
mente, suas motivações: ao comer do fruto, eles acreditavam que poderiam
ser como Deus. Havia ali um componente de audácia, orgulho e soberba. O
resultado natural da desobediência era a morte; mas a maior perda não foi
a expulsão do jardim, e sim a perda da possibilidade de estar na presença de
Deus, que é a própria vida.
O apóstolo Paulo explica que a serpente (Satanás), com sua astúcia, con-
seguiu enganar nossos primeiros pais e levá-los à desobediência (2Co 11:3).
O inimigo prometeu que eles seriam “como Deus” (Gn 3:5), o que de certa
forma já eram, pois o ser humano havia sido criado à imagem e semelhança
divina (Gn 1:26). No entanto, pelo ato de desobediência a Deus, deixaram
de ser semelhantes a Ele e se tornaram mais parecidos com o inimigo de
Deus, pois passaram a mentir e se acusar mutuamente, como Satanás age
(Ap 12:10). O pecado distorce a imagem divina no ser humano.
16 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO
Todavia, Deus, em Seu infinito amor e misericórdia, não permitiu que fi-
cássemos sem esperança e condenados à morte eterna. Ele proveu um subs-
tituto. No mesmo cenário em que surge o pecado, ocorre a mais linda mani-
festação de amor e graça.
Pergunta de transição: Qual foi a solução divina ao problema do
pecado? Como Deus salvaria os seres humanos da morte eterna?
3.	 O SUBSTITUTO
Deus tinha sido claro em Suas orientações: “No dia em que dela comerdes,
certamente morrerás” (Gn 2:17). A morte seria a consequência natural da
desobediência. Assim, após o pecado, Deus poderia agir apenas uma dentre
três maneiras: (a) Poderia ter deixado o primeiro casal morrer como resul-
tado de sua desobediência, e isso não seria injustiça de forma alguma, pois
o homem havia sido advertido previamente; (b) poderia, talvez, abolir suas
próprias palavras que proibiam o casal de participar do fruto, mas as pa-
lavras e as leis de Deus não podem ser mudadas; ou (c) poderia executar a
sentença contra um substituto a fim de livrar os seres humanos culpados.
Foi exatamente isso o que Deus fez. Um animal morreu no dia em que o
primeiro casal pecou. Era o primeiro sacrifício que simbolizava Aquele que
morreria no lugar do ser humano.
Assim, antes mesmo de falar das consequências negativas que recairiam
sobre o primeiro casal e seus filhos, Deus anunciou as consequências que re-
cairiam sobre Ele mesmo. O Criador disse à Eva e à serpente: “Porei inimizade
entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te feri-
rá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Deus seria ferido, mas nes-
se processo esmagaria a cabeça da serpente, decretando o fim de todo o mal.
Com o pecado, houve uma aproximação mortal entre a serpente (Satanás)
e a humanidade. Deus precisou intervir para gerar uma inimizade entre am-
bos e finalmente enviar o Salvador a fim de destruir Satanás e todo o mal que
ele representa. Jesus viria para dar Sua vida e oferecer uma segunda chance,
de modo que os seres humanos pudessem retornar ao paraíso que haviam
perdido, e onde vão ter novamente acesso à árvore da vida (Ap 22:2).
Jesus é designado no texto como “o Descendente” (Ap 12:1-5; cf. Gl 3:16,
19) que viria para ferir a cabeça da serpente. A palavra “ferir” na verdade
significa “esmagar” na língua original. É evidente que esmagar a cabeça é
bem mais grave do que ferir o calcanhar. Contudo, essa ferida no calcanhar
indica que, ao salvar a humanidade, o Filho de Deus também seria ferido,
teria um preço a pagar com Seu sangue. Afinal, mordidas de serpentes vene-
nosas no calcanhar podem custar a vida! Assim, o Filho de Deus seria ferido
de morte ao assumir sobre Si os pecados de toda a raça humana. Foi o eterno
amor de Deus que o motivou a Se entregar em prol de Suas criaturas.
Temos em Gênesis 3:15 um resumo do grande conflito entre Cristo e Sata-
nás. Foi uma guerra que começou no Céu (Ap 12:7-9), continuou na Terra,
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CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO
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onde Cristo novamente o derrotou (Hb 2:14), e que terminará finalmente
com a destruição definitiva de Satanás no fim do milênio (Ap 20:10).
Adão começou a olhar com novos olhos para a mulher, a quem havia cul-
pado por seu erro. Passou a haver esperança, pois o descendente prometido
seria gerado por ela. A alegria de saber que eles viveriam e teriam descen-
dentes motivou tanto a Adão que ele deu à sua esposa o nome de “Eva” (ḥava)
porque ela seria mãe de todo ḥay (“ser vivente”) (Gn 3:20). Por isso, também
são significativas as palavras pronunciadas por Eva por ocasião do nasci-
mento de Caim. Ela lhe dá esse nome (Qayin) porque afirma com emoção:
“adquiri (qaniti) um varão, o SENHOR (et Yahweh)” (Gn 4:1). Diferentemente
de várias versões bíblicas, no hebraico não se encontra nenhuma preposição
indicando que Eva tinha ganhado um filho “com o auxílio” ou “pelo” Senhor.
No original há apenas: “Adquiri um varão, o Senhor”. Adão e Eva esperavam
que seu primeiro filho fosse o salvador prometido. Mas o tempo mostrou que
não seria assim. Caim assassinou seu irmão mais novo, Abel, e o casal sofreu
amargamente as consequências do mal que eles tinham abrigado no coração.
Adão e Eva sacrificavam animais à porta do jardim. Em cada animal morto
era anunciada a promessa do libertador. Este ritual foi passado a todos os
seus descendentes. Por isso vemos os patriarcas Abraão (Gn 22:13) e Jacó
(Gn 46:1) oferecendo sacrifícios ao Senhor. Todos eles esperavam o Salvador
prometido. Jesus mesmo disse: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o Meu
dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8:56). Assim também, nas festas estabelecidas
por Deus no Sinai (Êx 12; Lv 23), na construção e nos serviços do santuário
terrestre (Êx 25), as boas-novas de salvação seriam pregadas a todos os po-
vos. Cada animal sacrificado era um símbolo da fé e da esperança na vinda
do Messias salvador.
CONCLUSÃO
Devido à entrada do mal neste mundo, o jardim do Éden foi contaminado.
Contudo, Jesus veio, cumprindo as profecias bíblicas. Por meio do mistério
da encarnação e de Seu sacrifício seria garantida uma segunda chance. A
justiça divina exigia que o pecado recebesse a penalidade, mas a miseri-
córdia de Deus já havia encontrado uma forma de redimir a raça humana
caída. Cristo não saiu ileso dessa batalha contra as forças do mal. As marcas
dos cravos em Suas mãos e pés para sempre serão a lembrança do alto preço
que pagou para nos livrar da morte eterna (Jo 20:25; Zc 13:6).
Cristo não sairia ileso dessa batalha contra as forças do mal. As marcas
dos cravos em Suas mãos e pés serão uma eterna lembrança do alto preço
que pagou para nos livrar da morte eterna (Jo 20:25; Zc 13:6).
APELO
Contemple pela fé as marcas nas mãos de Cristo. As feridas que Ele sofreu
ali foram por você. Valorize tamanho esforço feito pela sua salvação. Aceite
hoje o chamado de Deus para salvar e transformar sua vida!
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SAUDAÇÃO
TEXTO CHAVE: 1 Coríntios 5:7
“Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de
fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado”.
INTRODUÇÃO
Os festivais bíblicos do povo de Israel eram janelas abertas para o co-
nhecimento da salvação. Entendê-los é essencial porque eram a ma-
neira que Deus usava para ensinar ao povo que a religião é festiva e alegre.
As festas também celebravam o plano de salvação feito desde a eternidade.
O povo de Israel celebrava sete festas ao longo do ano. Elas comemoravam
eventos importantes da história nacional, mas também eram simbólicas ou
tipológicas, uma vez que apontavam para eventos futuros de maior magni-
tude. Outro detalhe importante é que a relação simbólica não se verificava
apenas quanto ao evento em si, mas também quanto ao tempo. Ou seja, os
eventos tipificados pelas festas tinham também uma correspondência tem-
poral ou cronológica.
As festas em Israel aconteciam em duas estações do ano – primavera e ou-
tono. As festas da primavera (Páscoa, Pães Asmos, Primícias e Pentecostes)
apontavam para os eventos relativos ao primeiro advento de Cristo, enquan-
to as do outono (Trombetas, Expiação e Tabernáculos), apontavam para os
eventos relativos ao segundo advento de Cristo. A primeira festa celebrada
na história de Israel foi a Páscoa.
Pergunta de transição: Qual a origem da Páscoa? Quando a pri-
meira Páscoa foi celebrada?
20 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO RESGATADOR
1.	 A ORIGEM DA PÁSCOA
A festa da Páscoa era a mais importante para o povo de Israel. Ela foi ins-
tituída por ocasião da libertação da escravidão no Egito. Antes que a décima
praga caísse, Moisés recebeu instruções divinas para que cada família israe-
lita “separasse um cordeiro”; ele devia ser “macho, sem defeito e de um ano”.
Devia ser separado no décimo dia do primeiro mês (abibe) e mantido até o
14º dia, quando deveria ser sacrificado ao entardecer (Êx 12:1-6).
Após a morte do cordeiro, seu sangue deveria ser passado no batente das
portas das casas, e a carne do cordeiro deveria ser assada no fogo e consumi-
da à noite, com pães sem fermento (ou pães asmos) e ervas amargas.
À meia-noite, já do dia 15 de abibe, uma calamidade recaiu sobre o Egito.
Morreram todos os primogênitos nas casas que não tinham o sangue nas
portas. A mortandade se espalhou até mesmo para os primogênitos do gado
e dos animais domésticos em toda a terra do Egito (Êx 12:29, 30).
Foi assim que Deus manifestou Seu poder, até que finalmente faraó per-
mitiu que o povo de Israel fosse liberto do cativeiro. Liderados por Moisés,
eles iniciaram sua marcha à Terra Prometida. Contudo, faraó e seu exército
enfurecido os perseguiu. Quando chegaram ao Mar Vermelho, viram-se en-
curralados. Foi então que mais uma vez o poder de Deus se manifestou. O
mar se abriu para que eles passassem e depois se fechou, destruindo todo o
exército de faraó. Com mão poderosa, Deus libertou Seu povo. Em comemo-
ração à libertação do cativeiro do Egito, a festa da Páscoa tem sido celebrada
há milênios pelos judeus, até o presente.
Pergunta de transição: Além de celebrar a libertação do cativeiro
do Egito, o que mais a festa da Páscoa simbolizava?
2.	 O CUMPRIMENTO DA PÁSCOA
A simbologia da Páscoa pode ser interpretada de duas maneiras objetivas:
primeiro, como a libertação do povo de Israel do cativeiro do Egito, depois
de séculos de opressão (Êx 12:37-51). Segundo e mais importante: a Páscoa
apontava para a libertação do cativeiro do pecado por meio de Cristo Jesus, o
verdadeiro Cordeiro pascal (1Co 5:7).
O cordeiro oferecido na Páscoa tinha algumas características distintas: ti-
nha que ser macho, sem defeito e de um ano. Isso representava Cristo como
homem, sem mácula ou defeito, e que morreria na flor da idade. Mais do
que isso, representava a pureza espiritual de Jesus, que viria ao mundo puro
e jamais cometeria pecado (Is 53:9; 1Pe 2:22). Ninguém conseguia apontar
algum pecado nEle (Jo 8:46-48).
O cordeiro pascal não poderia, em hipótese alguma, ter um só osso que-
brado, pois Jesus, a quem ele representava, seria morto sem ter também um
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CRISTO, NOSSO RESGATADOR
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único osso quebrado, o que era mais um indicativo de Sua perfeição (ver Jo
19:32-36). O cordeiro devia ser assado inteiro, significando que Cristo seria
completamente moído por nossas iniquidades (Is 53:5).
Como já foi dito, a relação tipológica da Páscoa não se verificava apenas
quanto ao evento em si, mas também quanto ao tempo. Os eventos tipifica-
dos ou simbolizados pela festa deveriam ocorrer no mesmo dia e mês em
que ela era celebrada. Já como parte da celebração da Páscoa, o cordeiro
deveria ser separado ao décimo dia do primeiro mês, o mês de abibe (Êx
12:3). Cristo cumpriu todas as profecias messiânicas e todas as festas que
para Ele apontavam. O profeta Zacarias havia escrito: “Alegra-te muito, ó
filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salva-
dor, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” (Zc
9:9). Jesus ordenou a dois de seus discípulos que tomassem um jumentinho
emprestado e, montando nele, entrou na cidade de Jerusalém. Ellen G. White
escreveu: “Foi no primeiro dia da semana que Jesus fez Sua entrada triunfal
em Jerusalém” (O Desejado de Todas as Nações, p. 399). As multidões cla-
mavam “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!
Hosana nas maiores alturas!” (Mt 21:9).
Toda a cidade estava pronta para coroá-Lo rei; mas, Jesus não aceitou e
saiu de cena. Ellen G. White explica: “Enquanto o povo estava reunido em Je-
rusalém para a celebração da Páscoa, Ele, o Cordeiro de Deus, representado
pelos sacrifícios simbólicos, voluntariamente Se pôs de parte como oblação
[sacrifício]” (O Desejado de Todas as Nações, p. 400). E por que Ele fez isso?
Porque aquele domingo era o dia 10 de abibe, quando o cordeiro pascal de-
veria ser separado.
Na quinta-feira, dia 14 de abibe, véspera de Sua morte, Jesus pediu aos
discípulos que preparassem a Páscoa (Lc 22:8). Em uma sala do andar supe-
rior de uma casa, depois de ter participado da ceia pascal, Jesus começou a
ensiná-los como deveriam relembrar Seu sacrifício por meio da Ceia do Se-
nhor a partir de então (Jo 13:1). Assim como a Páscoa era uma lembrança da
libertação do Egito, hoje a Ceia do Senhor é a constante lembrança da morte
redentora do Cordeiro de Deus no Calvário para nos libertar do cativeiro do
pecado (1Co 11:26).
Na sexta-feira, dia 15 de abibe do ano 31, Jesus morreu na cruz. Na hora em
que o sacrifício vespertino seria apresentado no santuário, o verdadeiro sa-
crifício estava sendo oferecido na cruz. Nesse exato momento, o véu do san-
tuário se rasgou de alto a baixo, indicando que todos os sacrifícios não eram
mais necessários, pois o Cordeiro de Deus havia sido imolado (Mt 27:50, 51).
Pergunta de transição: Cristo morreu como um criminoso? Qual a re-
lação entre os sacrifícios de cordeiros e a condenação de criminosos?
22 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO RESGATADOR
3.	 CORDEIRO PASCAL E MALDITO DE DEUS
Em Israel, os piores criminosos eram mortos e pendurados em um su-
porte de madeira, como advertência à sociedade. Quem sofria essa mor-
te era considerado o pior tipo de pessoa, o mais vil criminoso. O próprio
Deus havia instruído Moisés: “o que for pendurado no madeiro é maldito
de Deus” (Dt 21:23). É curioso notar que poucos versículos antes no texto
de Deuteronômio, o último crime passível de morte a ser mencionado era
o de um filho rebelde e desobediente. Ele deveria ser apedrejado e morto.
Tragicamente, Cristo, o divino Filho de Deus, apesar de só ter feito o bem
em sua vida, apesar de ter sido perfeito e “obediente”, foi considerado como
um dos piores criminosos e destinado “à morte, e morte de cruz” (Fp 2:8),
um maldito de Deus.
Paulo aplica o texto de Moisés a Jesus, ao afirmar que “Cristo nos resga-
tou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar”
(Gl 3:13). Perceba que Jesus não foi o preço para pagar a maldição, mas a
própria maldição. Por quê? Porque Ele carregou em Si todos os pecados da
humanidade de toda a história. Todas as mentiras, todos os assassinatos,
roubos, torturas, traições, abusos e crueldades inimagináveis foram transfe-
ridos para Cristo, que os assumiu na cruz, como se Ele os tivesse cometido. O
Inocente, então, foi considerado culpado de todos esses pecados e Se tornou
um Réu divino, digno da mais terrível morte. A esse ponto, o Pai Se separou
dEle, e Sua ligação com Deus não foi mais sentida. Em seu desespero, Cristo
clamou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46).
Na cruz, Jesus sofreu a morte eterna, uma morte que estava decretada
sobre mim e você. Sabemos que Jesus venceu na cruz e ressuscitou. Tal-
vez isso pareça diminuir de alguma forma o infinito peso que Ele carregou.
Quem sabe isso transmite a impressão de que tenha sido fácil para Ele, que
era Deus. Contudo, não podemos nos esquecer de que Ele também era um
ser humano como nós. Ele sofreu como ninguém sofreu nem jamais sofrerá.
Por favor, reflita nessas palavras:
“A culpa de todo descendente de Adão pesava-Lhe sobre a alma. A ira de
Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa
da iniquidade, encheram de consternação a alma de Seu Filho. Em toda
a Sua vida Cristo havia anunciado ao mundo caído as boas-novas da mi-
sericórdia do Pai, de Seu amor cheio de perdão. A salvação para o maior
pecador tinha sido Seu tema. Mas agora, com o terrível peso de culpas que
carrega, não pode ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do sem-
blante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-
-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida
pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física”
(O Desejado de Todas as Nações, p. 753).
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O profeta Isaías havia declarado 700 anos antes da primeira vinda de
Jesus: “Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nos-
sas dores levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus e
oprimido. Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas
nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas
Suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:4, 5). Sete séculos antes de Cristo, um
profeta de Deus descreveu de maneira clara o sofrimento vicário ou subs-
titutivo do Messias. Seria um sofrimento altruísta, não por Si mesmo, mas
pelos outros, por mim e por você!
É impossível valorizar suficientemente tudo o que Jesus fez por nós na
cruz. Graças à Sua morte em nosso lugar, temos o direito à vida eterna. Por
Seu sacrifício, somos salvos da condenação à morte e temos a esperança da
vida eterna. Louvado seja Seu nome!
CONCLUSÃO
Assim como o sangue do cordeiro pascal deveria ser passado nos batentes
das portas para livrar os primogênitos da morte, hoje o precioso sangue de
Cristo deve ser passado em seu coração para que você seja liberto da morte
eterna.
APELO
O sacrifício já foi realizado. Sua salvação é oferecida por Aquele que deu
a vida por você. É gratuita para você, mas custou muito caro para Ele. Cristo
hoje o convida a aceitar Seu precioso sangue para purificar seus pecados e
transformar sua vida. Não deixe para amanhã. Tome uma decisão agora,
enquanto há tempo. Permita que Cristo reine em seu coração e em sua vida.
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SAUDAÇÃO
TEXTO CHAVE: Êxodo 25:8
“E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles”.
INTRODUÇÃO
Desde a queda de nossos primeiros pais, a redenção humana dependia
da vinda do Messias libertador. Já no Éden, um animal inocente teve
que dar seu sangue e sua pele para cobrir a nudez do casal. Assim, o ser
humano deveria sempre se lembrar de que o Filho de Deus teria que dar a
vida para expiar sua transgressão e que unicamente a justiça de Cristo seria
suficiente para cobri-lo.
Para manter o plano da salvação vivo na memória dos seres humanos,
Deus ordenou a Moisés que construísse um santuário no deserto (Êx 25:8).
O santuário e seus serviços ilustram três fases do ministério de Cristo em
favor da salvação do ser humano: (1) Seu sacrifício substitutivo; (2) Sua me-
diação sacerdotal; e (3) o julgamento final. A partir de hoje, nos próximos
dias, vamos analisar essas três fases. Hoje vamos aprender sobre a primei-
ra, o sacrifício substitutivo de Cristo, tipificado por todos os animais que
morriam diariamente no pátio do santuário.
Pergunta de transição: Como era o santuário que Deus mandou
construir? Qual foi o modelo usado por Moisés?
26 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSA GARANTIA
1.	 O SANTUÁRIO TERRESTRE
Por meio da construção de altares e do sacrifício de animais, tanto Adão
quanto os patriarcas posteriores exerciam fé no Messias que estava por vir.
Todos esperavam o “descendente da mulher” (Gn 3:15) que esmagaria a ca-
beça da serpente.
Após libertar Seu povo do Egito, Deus deu a Moisés uma visão do santuário
celestial e ordenou a construção de um santuário que fosse uma cópia do
modelo mostrado a ele no monte (Êx 25:8, 9, 40). O tabernáculo foi constru-
ído de tal maneira que podia ser todo desmontado e carregado pelos israe-
litas em todas as suas jornadas pelo deserto. A tenda sagrada ficava em um
espaço aberto chamado pátio, o qual estava rodeado de cortinas de linho
fino, suspensas por colunas de cobre. O edifício era dividido em dois com-
partimentos, chamados santo e santíssimo, separados apenas por uma linda
cortina, ou véu, suspensa em colunas chapeadas de ouro.
No primeiro compartimento, ou lugar santo, estavam a mesa dos pães da
proposição, o castiçal ou candelabro com sete lâmpadas e o altar de incenso.
Além do véu interior estava o santo dos santos ou santíssimo, e nesse com-
partimento ficava a arca da aliança. Esta havia sido feita para ser o recep-
táculo das tábuas de pedra sobre as quais o próprio Deus havia escrito os
Dez Mandamentos com Seu dedo. A cobertura da caixa sagrada chamava-se
propiciatório. Este era feito de uma peça inteiriça de ouro, e sobre ele havia
dois querubins, também de ouro, um de cada lado. Acima do propiciatório
aparecia a shekinah ou manifestação da presença divina.
Pergunta de transição: Como funcionava a salvação para aqueles
que viveram antes da primeira vinda de Jesus? Qual era a garantia de
eles eram perdoados?
2.	 OS SACRIFÍCIOS NO SANTUÁRIO
Para que o perdão pudesse ser alcançado, os israelitas deveriam levar uma
oferta até ao santuário, onde, na presença do sacerdote, o animal deveria
ser sacrificado. Para cada tipo de pecado havia um animal designado pela
lei. Além dos animais trazidos pelos ofertantes, o próprio santuário provia
diariamente dois cordeiros para o holocausto (Êx 29:38, 39). Eram oferecidos
um pela manhã e outro à tarde. Esse sacrifício contínuo, como era chama-
do, servia para beneficiar os pobres que não tinham animais para levar ao
santuário e ofertar por seus pecados. Também servia para os israelitas que
porventura estivessem longe ou mesmo a caminho do santuário. O sacrifício
contínuo era um sinal da contínua graça e do perdão divino em favor da-
queles que creem nEle. Esse sacrifício, assim como todos os outros, de fato
não produziam expiação (substituição dos pecados). Todos os sacrifícios só
teriam efeito se Jesus desse Sua vida na cruz, “porque é impossível que o
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sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hb 10:4). Jesus era a garantia
de salvação para os antigos ofertantes de animais, assim como Ele é nossa
garantia hoje.
O altar de holocausto
Tudo no santuário, inclusive os móveis, apontava para Jesus e Seu minis-
tério em favor do ser humano. No pátio, achava-se o altar de cobre para as
ofertas queimadas ou holocaustos. Sobre esse altar eram consumidos todos
os sacrifícios, e nas suas pontas era aspergido o sangue dos animais sacrifi-
cados.
O altar de holocausto era um símbolo do Calvário, local onde Jesus daria
Sua vida em favor da humanidade (Mt 27:50, 51; Hb 10:10-12). Os sacrifícios
que aconteciam no pátio eram repetitivos; dia após dia, mês após mês, ano
após ano. Em contraste, o antítipo – o verdadeiro sacrifício expiatório, a mor-
te de Jesus no Calvário, ocorreu uma vez por todas (Hb 9:26-28; 10:10-14).
Por isso, João Batista declarou, referindo-se a Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Ele é o verdadeiro Cordeiro de Deus,
e somente por meio de Seu sangue podemos ter a vida eterna. Seu sangue foi
derramado uma vez por todas (Hb 10:10, 12).
Pergunta de transição: Quando Jesus cumpriu o papel de oferta
pelos nossos pecados e garantiu nossa salvação?
3.	 O SACRIFÍCIO DE JESUS
Deus nos assegura em Sua Palavra que certamente não fará coisa alguma
sem antes revelar Seus segredos a Seus servos, os profetas (Am 3:7). Ao es-
tabelecer o plano da salvação, um dia foi marcado para que Cristo morresse
em lugar do pecador. Essa data foi revelada por meio de uma profecia regis-
trada no livro de Daniel.
A profecia das setenta semanas (Dn 9:24-27)
Essa profecia de tempo compõe a explicação da profecia das 2.300 tardes e
manhãs, ou anos, dada no capítulo 8. Ela havia permanecido sem explicação,
e o profeta Daniel ficou muito triste e perturbado. Então, começou a orar e
a confessar os pecados de Israel, incluindo-se entre eles, pois lhe pareceu
que Deus os estava rejeitando e que o cativeiro duraria para sempre. Então,
enquanto Daniel orava, Deus enviou um anjo para confortá-lo e fazer-lhe
“entender o sentido” da profecia (Dn 9:20-22).
Para começar, em Daniel 9 é explicado que o primeiro período da profecia
do capítulo 8 seria composto de 70 semanas de anos, as quais seriam corta-
das ou extraídas do período profético maior de 2.300 anos. “Setenta semanas
estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer
28 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSA GARANTIA
cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade,
para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o San-
to dos Santos” (Dn 9:24). Como resposta à oração de Daniel pelo perdão dos
pecados de Seu povo, Deus lhe mostrou que esses pecados seriam perdoados
mediante a vinda e o sacrifício do Ungido, o Messias, e que isso ocorreria
dentro de “setenta semanas”. Logicamente, como já foi adiantado, elas não
se tratavam de semanas literais.
Para entender melhor essa profecia de tempo, é preciso descobrir por que
ela se estende por quase cinco séculos e qual é seu ano de início. Se aplicar-
mos o princípio profético em que um dia profético equivale a um ano literal
(Nm 14:34; Ez 4:6, 7), então temos um período de 490 anos literais (70 sema-
nas de anos x sete = 490 anos). Mas quando se iniciaria esse período? Em Da-
niel 9:25 temos a resposta: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para res-
taurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e
sessenta e duas semanas”. O ponto de partida para o período profético das 70
semanas é a ordem para “restaurar e para edificar” a cidade de Jerusalém.
De acordo com o livro de Esdras, houve três decretos alusivos à recons-
trução da cidade de Jerusalém. Um decreto de Ciro (Ed 1), outro, de Dario
(Ed 6), e o último, de Artaxerxes (Ed 7). Todavia, como esses decretos eram
cumulativos (ver Ed 6:14), deve-se levar em conta a data do 3o decreto, o
de Artaxerxes, e este entrou em vigência no ano 457 a.C., quando de fato os
muros foram reconstruídos. Ou seja, quando se passassem sete semanas (49
anos), mais 62 semanas (434 anos), ou seja, 69 semanas no total (483 anos),
o Ungido (o Messias) Se apresentaria ao mundo. A expressão “ungido”, na
profecia, refere-se ao batismo de Jesus, o momento em que Ele foi ungido
pelo Espírito Santo (Mt 3:16) e iniciou Seu ministério público. Nesse dia, Ele
foi chamado de “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29),
pois Ele havia vindo para “dar fim aos pecados”, como a profecia de Daniel
indicava (Dn 9:24). Assim, se avançarmos 483 anos a partir do ano 457 a.C.,
chegaremos ao ano 27 d.C., ou seja, o ano do batismo de Jesus.
Então o anjo informou a Daniel: “Ele [o Messias] fará firme aliança com
muitos por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a
oferta de manjares” (Dn 9:27). Jesus foi batizado no ano 27 d.C. e fez “aliança
com muitos por uma semana”, ou seja, mais sete anos, o que nos leva ao ano
34 d.C. Essa aliança foi feita com muitos judeus, mas o Sinédrio, o corpo go-
vernante da nação judaica, rejeitou a Jesus, assim como muitos do povo em
Jerusalém e na Judeia também. Essa situação demarcou uma transição no
avanço da pregação de Cristo e dos apóstolos, até ali restrita ao povo judeu.
De acordo com a profecia das 70 semanas, ou 490 anos, o fim do status de
Israel, em um plano nacional como agência evangelizadora, foi assinalado
no apedrejamento de Estêvão (At 7:54-58). Isso ocorreu no ano 34 da Era
Cristã. Devemos nos lembrar, no entanto, que, segundo Paulo, Deus não re-
jeitou o povo judeu (Rm 11:1); o próprio Paulo, sendo um israelita, era um
dos maiores pregadores do evangelho, se não o maior. Todos os outros após-
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CRISTO, NOSSA GARANTIA
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tolos eram judeus. De fato, havia um remanescente israelita que tinha acei-
tado o Messias (Rm 11:3, 4). Inúmeros sacerdotes “obedeciam à fé” (At 6:7). O
principal ponto em Daniel 9:24-27 é o tempo em que o Messias viria e daria a
vida pelas transgressões do povo de Israel, assim como pelas de todo o mun-
do. Essa foi a resposta divina à oração de confissão e intercessão de Daniel.
O Messias faria “cessar o sacrifício e a oferta de manjares” na metade da
última semana (Dn 9:27). Daí, conclui-se que Jesus teria morrido no ano 31
d.C. Como Cristo fez cessar os sacrifícios do templo? Dando Sua vida sobre a
cruz. Isso ocorre exatamente no ano 31 d.C., três anos e meio depois de Seu
batismo, por volta dos 33 anos de idade.
O fim do sistema sacrifical
Por meio da profecia das 70 semanas, sabemos o ano da morte de Jesus:
31 d.C. Sabemos o mês: o mês da Páscoa (abibe ou nisã). Sabemos o dia, uma
sexta-feira, dia 15, pois na quinta, dia 14, os discípulos prepararam a Páscoa,
participando do cordeiro pascal. Sabemos também a hora, pois Jesus foi cru-
cificado às 9 horas da manhã; ao meio-dia houve trevas sobre a terra, que
perduraram até 15 horas, hora de Sua morte (Mc 15:25; 33-38).
No exato momento da morte de Jesus, “o véu do santuário rasgou-se em
duas partes, de alto a baixo” (Mc 15:38). Assim, todo o cerimonial estabeleci-
do para representar o caráter mediador da obra de Cristo e Sua morte para
redimir o mundo foi cumprido. Não haveria mais necessidade do sacrifício
de animais, porque o acontecimento para o qual apontavam havia se consu-
mado. Quando Jesus exclamou na cruz: “Está consumado” (Jo 19:32), todos
os rituais que representavam simbolicamente esse sacrifício se tornaram
desnecessários.
CONCLUSÃO
Na cruz, a penalidade pelo pecado humano foi plenamente cumprida. A
justiça divina foi satisfeita. Sob a perspectiva legal, o mundo foi restaurado
ao favor divino. A expiação ou reconciliação foi completada na cruz, confor-
me o tempo previsto pela profecia. Cristo Se sacrificou uma vez por todas, e
o pecador que se arrepende pode confiar plenamente no amoroso Salvador.
APELO
Os planos de Deus sempre se cumprem, mas, para que eles se realizem
em sua vida, você precisa permitir. Ele pode salvar todos ao seu redor, mas,
se você não quiser, não será salvo. Permanecerá perdido, mesmo havendo
oportunidade de salvação. Qual é sua decisão hoje? Entregue sua vida ao
Senhor enquanto é tempo, confesse seus pecados e Ele lhe dará salvação e
vida eterna.
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QUARTA
C RI STO, NOSSA
E SPE RA NÇA
SAUDAÇÃO
TEXTO CHAVE: 1 Coríntios 15:20
“Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias
dos que dormem”.
INTRODUÇÃO
Festas são ocasiões de alegria. São oportunidades de expressar felici-
dade e gratidão, unindo a família e pessoas queridas. O povo de Israel
celebrava várias festas ao longo do ano. Essas festas comemoravam eventos
importantes da história daquela nação, que revelavam como Deus os havia
libertado da escravidão no Egito e conduzido a uma terra que lhes daria
sustento e conforto. Por outro lado, as festas também eram prefigurativas
ou tipológicas, uma vez que apontavam para eventos futuros do plano da
redenção. Todas as festas tinham alguma relação com o Salvador.
As festas estavam ligadas ao ciclo agrícola de Israel, marcado pelas colhei-
tas, e ocorriam em duas estações do ano. As festas da primavera (Páscoa,
Pães Asmos, Primícias e festa das Semanas ou Pentecostes) ocorriam no iní-
cio do ano e culminavam no início da colheita do trigo. Essas festas apon-
tavam para os eventos relativos ao primeiro advento de Cristo. As festas
do outono (Trombetas, Expiação e Tabernáculos) ocorriam após a colheita
e apontavam para os eventos relativos ao segundo advento de Jesus. Hoje
aprenderemos um pouco mais sobre a festa das Primícias e o que ela nos
ensina sobre Cristo e nossa salvação.
Pergunta de transição: Como a festa das Primícias era celebra-
da em Israel nos tempos bíblicos? Qual era seu significado para
aquele povo?
32 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSA ESPERANÇA
1.	 A FESTA DAS PRIMÍCIAS
Deus orientou a Moisés: “Disse mais o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos
de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra que vos dou, e segardes a
sua messe, então, trareis um molho das primícias da vossa messe ao sacer-
dote; este moverá o molho perante o SENHOR, para que sejais aceitos; no
dia imediato ao sábado, o sacerdote o moverá. No dia em que moverdes o
molho, oferecereis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao
SENHOR (Lv 23:9-12).
A festa das Primícias ocorria no início do ano do calendário religioso de
Israel, dentro das festividades da Páscoa. A Páscoa era celebrada no dia 14
do primeiro mês, então era seguida pela festa dos Pães Asmos, que ocorria
sempre no dia seguinte, em 15 de abibe. Já a festa das Primícias era celebra-
da no dia seguinte, o dia 16. Não era santa convocação, ou uma grande festa
como as outras, mas envolvia a realização de um rito cheio de significado.
Assim como todas as outras festas, o propósito era levar Israel a entender,
por meio dos rituais e sacrifícios, que Deus lhes havia concedido a terra e
as colheitas. O ritual basicamente envolvia a apresentação de um molho, ou
seja, um feixe de plantas colhidas diante de Deus. “A cevada era o primeiro
cereal a produzir-se […] e no início da festa estava começando a amadure-
cer. Um molho deste cereal era movido pelo sacerdote diante do altar de
Deus, em reconhecimento de que todas as coisas eram dEle. Antes que esta
cerimônia se realizasse não se devia fazer a colheita” (Patriarcas e Profetas,
p. 539). O feixe deveria ser apresentado para que o povo fosse aceito (Lv
23:11).
Segundo a tradição judaica, era requerido dos israelitas um ritual de pre-
paração para a festa das Primícias. Uma parte de um campo era delimitada
no dia 14 para ser dedicada à festa. Certamente, era a parte com as plantas
mais saudáveis e carregadas de bons frutos. Três homens selecionados cor-
tavam a cevada na presença de testemunhas. Depois de serem cortados, os
feixes eram amarrados em um feixe maior e então apresentados diante do
Senhor (Comentário Bíblico Adventista, v. 1, p. 871). A festa era celebrada
para agradecer a Deus pelos frutos da terra; ou seja, tudo o que fosse colhido
primeiro era apresentado ao Senhor como uma forma de gratidão pela pro-
visão de alimento.
Contudo, a cerimônia da oferta do molho movido também apontava para
outras colheitas. A partir dela, deveriam ser contadas sete semanas, quan-
do a colheita de trigo, o cereal mais importante, nascia. Esta era a festa das
Semanas (Pentecostes, no Novo Testamento), pois ocorria 50 dias depois da
festa das Primícias.
Pergunta de transição: Uma vez que as festas também eram prefi-
gurativas ou tipológicas, para que evento futuro a festa das Primí-
cias apontava?
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CRISTO, NOSSA ESPERANÇA
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2.	 CRISTO, NOSSAS PRIMÍCIAS
Em 1 Coríntios 15:20, o apóstolo Paulo afirma que Jesus representa “as pri-
mícias dos que dormem,” em uma clara referência à festa das Primícias. Je-
sus é o primeiro “feixe” do plano da redenção. Sua ressurreição após a morte
na cruz e apresentação diante do Pai logo em seguida foi o cumprimento
exato do ritual antigo da apresentação do feixe da colheita. Logo após Sua
ressurreição, Jesus Se apresentou ao Pai e teve a confirmação de que Seu
sacrifício foi aceito (Jo 20:17).
Assim como os primeiros grãos de cereal eram sinal de sustento e vida
para mais um ano, Jesus como o “Pão vivo que desceu do Céu” (Jo 6:51), era a
certeza de que haveria vida não só para mais um ano, mas para a eternidade.
Não somente vida abundante, verdadeira felicidade e paz no presente, mas a
própria vitória eterna sobre a morte!
Com Sua ressurreição, Jesus garantiu uma grande colheita de salvos res-
suscitados, daqueles justos que dormiram nas sepulturas esperando a reden-
ção final. Cristo foi as primícias, o sinal de garantia da parte do próprio Deus
de que a ressurreição dos justos está assegurada.
Assim como na visão de José, feixes colhidos representavam pessoas de
sua família (Gn 37:7, 8), o ritual do molho movido representava a pessoa de
Cristo. O cereal envolvido também guarda aplicações interessantes. A cevada
era o cereal que enfrentava as piores condições climáticas para amadurecer
logo após o inverno, no início da primavera. Era o mais barato e o principal
alimento dos pobres. Da mesma forma, Jesus veio a este mundo como uma
pobre criança, viveu como um servo pobre e, desde o nascimento, enfrentou
as maiores dificuldades para nos salvar. Ele ainda teve de enfrentar terríveis
lutas e adversidades. Por isso, o apóstolo nos apela: “considerai, pois, aten-
tamente, Aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra Si
mesmo…” (Hb 12:3). Pense um pouco no que Jesus precisou enfrentar para
salvar você da morte eterna!
Assim como a flor da farinha era amassada e apresentada diante do Se-
nhor na festa das Primícias, Ele foi “moído pelas nossas iniquidades” (Is
53:5). Assim como a oferta devia ser agradável ao Senhor, a oferta de Jesus
como Cordeiro de Deus também agradou ao Pai e foi suficiente para a nossa
redenção (Is 53:10).
Como Primícia, Ele foi apresentado primeiro, a fim de que fôssemos aceitos
(Lv 23:11). Por meio de Cristo, somos aceitos diante de Deus, temos acesso a
Ele. Antes, éramos pecadores em rebelião, agora somos reconciliados por uma
cruz fincada entre o Céu e a Terra (Rm 5:1-11). Já éramos amados enquanto
ainda inimigos de Deus. Agora, em Cristo, somos mais do que aceitos e abra-
çados no reino do Pai, assim como o filho ou a filha distante que volta para
casa. Portanto, se Jesus foi aceito, nós somos aceitos. Você é aceito por Deus.
34 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSA ESPERANÇA
O cronômetro divino é perfeito. No ano em que Jesus deu Sua vida por nós,
Sua ressurreição ocorreu exatamente no dia da oferta do molho movido, na
festa das Primícias (Mt 28:1, 6). Os planos de Deus são perfeitos. Ele sempre
age na hora certa. Assim Ele agiu ao longo da história sagrada e assim Ele
atua em nossa vida. Se você está ouvindo esta mensagem hoje, é porque este
é o momento, esta é a hora em que você precisa ouvir, porque você também
precisa de Deus. Sem Ele, você não tem esperança de um futuro melhor. So-
mente nEle você encontra o perdão e a transformação de que tanto precisa
para viver.
Os que creem em Jesus e põem sua fé inteiramente nEle não se desesperam
diante da morte, pois sabem que Cristo foi as primícias. A morte de Cristo foi
algo tão poderoso que, no exato momento em que Ele deu Seu último suspiro
na cruz, pessoas ressuscitaram em Jerusalém: “tremeu a terra, fenderam-se
as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam,
ressuscitaram” (Mt 27:51, 52). Aqueles ressuscitados foram troféus da vitória
de Jesus sobre a morte e eram apenas uma amostra, as primícias, da grande
colheita de salvos que ainda está por vir. No Apocalipse, a segunda vinda
de Jesus é representada como uma vasta colheita que vai envolver todo o
planeta. Ele é descrito, simbolicamente, com uma foice na mão para com ela
colher a humanidade, trazendo salvação e julgamento à Terra (Ap 14:14-16).
Pergunta de transição: Como a ressurreição de Jesus se relaciona
com a ressurreição de todos os salvos?
3.	 ESPERANÇA DE VIDA ETERNA
Ao ressuscitar, Jesus obteve uma vitória definitiva sobre Satanás e a mor-
te. Não precisamos ter medo, pois Aquele que nos ama e deu Sua vida por
nós tem as chaves da morte e da sepultura (Ap 1:18). De Sua ressurreição de-
pende a de todos os filhos de Deus. Conforme o apóstolo Paulo argumenta,
Se Ele não tivesse ressuscitado, nossa fé e nossa pregação seriam vãs, sem
proveito nenhum (1Co 15:13, 14). Felizmente, não é assim. Cristo ressusci-
tou, vive, reina e virá nos buscar! “Cada um, porém, por sua própria ordem:
Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1Co 15:23).
Todos os salvos olham com esperança, como Marta, para a ressurreição do
último dia (Jo 11:24). Paulo tinha essa esperança e estava certo de que rece-
beria a coroa da vida na volta de Jesus (2Tm 4:8).
Graças à ressurreição de Cristo, podemos ter esperança de reencontrar
entes queridos que já perdemos e de receber finalmente a vida eterna. Ele
é nossa esperança. Jesus mesmo prometeu: “Não vos maravilheis disto, por-
que vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a Sua
voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os
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que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5:28, 29). To-
dos os salvos serão ressuscitados por Ele no dia da Sua volta e então recebe-
rão a recompensa eterna pela oferta de salvação que Cristo fez na cruz por
nós (Ap 22:12).
O espírito festivo das celebrações do Israel antigo representa a alegria
que sentimos pela salvação que Deus nos oferece em Jesus. Temos a doce es-
perança, a certeza do perdão e plena confiança diante do futuro. Em Jesus,
temos a esperança da vida eterna.
CONCLUSÃO
Imagine como será maravilhoso o grande reencontro dos salvos quando
Jesus voltar. Será uma ocasião gloriosa, quando todos serão reunidos em
família e jamais se separarão. Tudo isso, graças ao extraordinário amor de
Jesus, Sua morte e ressurreição em nosso favor. Louvado seja Seu santo
nome! Ele é nossas primícias.
APELO
Pense um momento no sacrifício de Jesus. Pense em quantas dificuldades
Ele precisou enfrentar para salvar você. O pecado é mortal e nos separa de
Deus. Somente em Cristo somos aceitos pelo Pai. Entregue hoje sua vida.
Abandone seus pecados. Você precisa aceitar a Cristo para ser perdoado por
Deus e viver para sempre em Seu reino. Jesus chama. Qual é a sua decisão?
Quando um filho volta aos braços do Pai, há uma grande festa!
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A DVO GADO
SAUDAÇÃO
TEXTO CHAVE: 1 João 2:1
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, toda-
via, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”.
INTRODUÇÃO
Você já cometeu algum erro e se sentiu culpado? Em algum momento
de sua vida já precisou de alguém para pôr a mão em seu ombro e di-
zer que acredita em você? É maravilhoso ter um defensor quando sabemos
que precisamos de ajuda. Além de dar Sua vida por nós, Cristo também atua
como nosso Advogado diante de Deus. Para entender isso, precisamos olhar
para o passado e analisar como os sacerdotes atuavam no santuário.
O santuário e seus serviços ilustram três fases do ministério de Cristo em
favor de nossa salvação: (1) Seu sacrifício substitutivo; (2) Sua mediação
sacerdotal; e (3) o julgamento final. Hoje vamos aprender sobre a segunda
fase, a da mediação sacerdotal de Jesus conforme simbolizada pelo minis-
tério diário do sacerdote no pátio e no primeiro compartimento do santu-
ário terrestre.
As principais verdades ensinadas pelo ministério dos sacerdotes no san-
tuário terrestre eram que o pecador não tinha acesso a Deus, mas que Deus
havia estabelecido Sua tenda entre os pecadores. Para se aproximar de Deus
e obter perdão e salvação, o pecador precisava de um mediador, o sacerdote.
Hoje, da mesma forma, somente por meio do nosso Sumo Sacerdote, Cristo
Jesus, podemos ter acesso a Deus.
Para compreender esse assunto, é preciso lembrar que o santuário terres-
tre, construído por Moisés, e o santuário celestial, que serviu de modelo para
o terrestre (Êx 25:9, 40), relacionam-se de duas formas: estrutural e funcio-
38 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO ADVOGADO
nalmente. A estrutura de dois compartimentos do santuário terrestre aponta
não somente para um santuário celestial com duas partes (santo e santíssi-
mo), mas também para o ministério de Cristo em duas fases, corresponden-
tes aos serviços desses dois lugares (Ap 1:12-16; 8:3-5; 11:19). Isso nos revela
que Cristo ministraria como os sacerdotes faziam no santuário terrestre.
Pergunta de transição: Como o ministério do lugar santo no san-
tuário terrestre funcionava? Qual a importância desse ministério
para a salvação das pessoas da época?
1.	 O MINISTÉRIO DO LUGAR SANTO
O ritual diário do sacerdote no santuário terrestre incluía os seguintes
serviços: (a) ofertar um cordeiro sobre o altar de holocausto de manhã e ou-
tro à tarde, com as devidas ofertas de manjares e libações (sacrifício contí-
nuo); (b) manter acesas, com óleo sagrado, as lâmpadas do castiçal do lugar
santo; (c) ofertar incenso com todo o serviço que o acompanhava; (d) repor
os pães da proposição a cada sábado; (e) oferecer sacrifícios individuais,
como as ofertas pelo pecado, ofertas queimadas, de manjares e pacíficas; e
muitos outros deveres, como os sacrifícios pela purificação de leprosos, vo-
tos de nazireu, o provimento de lenha para o altar de holocaustos, o cuidado
com as cinzas, a vigilância do santuário, etc. O recinto do templo, desde o
amanhecer até que se fechassem as portas à noitinha, era um lugar muito
agitado para os sacerdotes e levitas.
Como vimos, de fato, o pecador não tinha acesso a Deus, e, para obter
perdão e salvação, precisava de um sacrifício e de um mediador. Somente
mediante o sacerdote ele poderia ser representado diante de Deus. O acesso
a Deus era simbolizado pela presença de diversos móveis no interior do lu-
gar santo: o altar de incenso, o candelabro e a mesa dos pães da proposição.
Portanto, o serviço diário do sacerdote provia expiação por meio do sangue
derramado; intercessão mediante a nuvem de fumaça que subia do altar de
incenso; vida física e espiritual, por meio dos pães da proposição, e luz, por
meio das sete lâmpadas do castiçal.
Pergunta de transição: Quando Jesus iniciou Seu ministério sa-
cerdotal em nosso favor?
2.	 O SACERDÓCIO DE CRISTO
Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e, após haver ressuscitado,
permaneceu ainda 40 dias com os discípulos (At 1:1-3). Durante esse perí-
odo, apareceu a eles várias vezes. Desejava-lhes dar provas de que havia
ressuscitado e deixar orientações claras com respeito à obra que deveriam
executar. Chegou o dia, porém, que deveria ascender definitivamente ao Céu
e cumprir a promessa de enviar o Consolador, o Espírito Santo (Jo 14:16, 17).
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Se Cristo não fosse ao Céu, o Consolador não viria (Jo 16:7). Depois de ter sido
exaltado e entronizado, Jesus enviou o Espírito (At 2:32, 33), o que nos faz
pensar na antiga festa das Semanas, ou festa do Pentecostes.
A festa de Pentecostes (ou festa das Semanas)
A última festa da primavera celebrada em Israel era a Festa das Semanas
ou festa do Pentecostes (Dt 16:9, 10). Como vimos, a colheita dos cereais
começava com a colheita da cevada, na festa das Primícias. Ela terminava
quando os campos de trigo eram colhidos, na festa do Pentecostes. Essa fes-
ta era assim chamada porque acontecia 50 dias depois da apresentação do
feixe com os primeiros frutos, na festa das Primícias (ver Lv 23:15, 16).
O cumprimento da festa do Pentecostes consistiu na grande colheita espi-
ritual proporcionada pela descida do Espírito Santo no dia em que a festa
era realizada, exatamente 50 dias após a ressurreição de Cristo. Os três mil
que foram batizados naquele dia podem ser considerados os primeiros fru-
tos da obra do evangelho, pois a festa do Pentecostes também era chamada
de festa da Colheita (Êx 23:16).
Contudo, a festa do Pentecostes tem outro significado ainda mais belo. Ela
representa o momento da entronização de Cristo como sacerdote no santuá-
rio celestial. Em João 7:39 lemos: “Isto Ele disse com respeito ao Espírito que
haviam de receber os que nEle cressem; pois o Espírito até aquele momento
não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”. Isso significa
que a vinda do Espírito Santo no Pentecostes foi uma evidência da glori-
ficação de Cristo no santuário celestial, quando Ele deu início à Sua obra
sacerdotal no santuário.
Pedro, em seu discurso no dia de Pentecostes, usa duas passagens das Es-
crituras para explicar o evento. Primeiramente, cita o livro de Joel, e depois,
o Salmo 110, que é um retrato da entronização de Cristo. Quando os apósto-
los receberam o Espírito Santo, esse foi certamente o momento em que Cris-
to estava sendo ungido para começar Sua função sacerdotal no santuário no
Céu (ver At 2:14, 15). O livro de Hebreus também nos revela que, após Sua
ressurreição, Jesus ascendeu ao Céu e foi para o santuário (Hb 8:1, 2).
Pergunta de transição: Por que o ministério sacerdotal de Cristo
é essencial para nossa salvação?
3.	 UM ADVOGADO JUNTO AO PAI
Na cruz, Jesus efetuou completa expiação em favor dos pecadores. Seu sa-
crifício nos garante o direito à vida eterna. Porém, é mediante seu ministé-
rio sacerdotal no santuário celestial que esse sacrifício expiatório é aplicado
a todo o que nEle crê. É ao Cristo vivo que nos dirigimos hoje, não ao Cristo
morto. É o Cristo ressurreto que vive e intercede por nós diante do Pai, não
40 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO ADVOGADO
a imagem congelada de um Jesus emagrecido exposto na cruz. A cruz não é
um evento presente, mas passado. Hoje, é do Cristo vivo, do nosso Sumo Sa-
cerdote que recebemos a salvação. Suas mãos estão marcadas pelos cravos,
mas elas não estão mais sangrando. As cicatrizes das palmas de Suas mãos
se levantam diante do Pai para mostrar o preço de nossa redenção e cobrir
nossos pecados diante das santíssimas exigências de Deus. Conforme ocor-
ria no serviço dos sacerdotes em Israel, Jesus ministra agora em nosso favor
e aplica os méritos de Seu sacrifício, concedendo-nos perdão e vida eterna.
Um Mediador entre Deus e os seres humanos (1Tm 2:5, 6)
Paulo ensina que Cristo é o Mediador entre Deus e os seres humanos, pois
Ele é plenamente Deus e plenamente homem. Ele é a ponte que nos recon-
ciliou com o Pai (2Co 5:18), o único que teve uma vida sem pecado, morreu
pela raça humana e, em seguida, venceu a morte por meio da própria ressur-
reição. Ele possui autoridade e as credenciais necessárias para nos represen-
tar e interceder diante de Deus. Contrariamente aos sacrifícios de animais, o
sacrifício de Jesus foi perfeito e realizado “uma vez para sempre” (Hb 7:27).
Uma obra especial (1Jo 2:1)
Como Ele intercede por nós? No santuário antigo, após o sacrifício do ani-
mal, o sangue deveria ser levado pelo sacerdote para dentro do santuário
em um recipiente. O sangue era levado até um altar de ouro e uma cortina
que separava o lugar santo do lugar santíssimo. O sacerdote molhava seu
dedo no sangue que havia no recipiente, o passava nas pontas do altar de
incenso e espargia a cortina com gotas de sangue. Atrás da cortina, a pre-
sença de Deus se revelava por meio da shekinah, uma luz que pairava aci-
ma da arca da aliança, fechada com uma tampa (o propiciatório) com dois
anjos esculpidos, e dentro da qual ficava a lei de Deus.
Ou seja, o sangue era espargido sobre a tampa da arca, diante da presen-
ça de Deus, para aplicar o pagamento da penalidade que o pecador deveria
sofrer. Em vez do sangue do pecador ser apresentado, era levado o sangue
de uma vítima que havia morrido em seu lugar. O sangue era o preço que
a lei de Deus exigia do pecador. A lei de Deus é uma expressão de Seu ca-
ráter justo e amoroso, e ela exigia a morte do transgressor. Por meio do
sacrifício, da mediação do sacerdote e da apresentação do sangue dentro
do santuário, bem como dos outros serviços, os pecadores poderiam ser
poupados pelo Deus santo.
A mediação do sacerdote e todo o serviço do santuário eram o único
meio de os pecadores terem acesso a Deus e ao perdão que Ele oferece.
Da mesma forma, após aceitar o sacrifício da cruz, precisamos ir pela fé
ao santuário celestial, onde Jesus apresenta Seu sangue em nosso favor.
Assim, nossas orações se dirigem a um lugar específico. Isso é uma notícia
fantástica! Ainda hoje temos um santuário, por mais que ele não seja visí-
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vel a nós. A cruz foi o preço pago, e esse preço é apresentado ininterrupta-
mente no santuário celestial.
A morte de Cristo foi para todos e é capaz de salvar todos, mas infelizmen-
te nem todos serão salvos. Mesmo após termos aceitado a morte de Cristo
no Calvário, precisamos que Ele, nosso grande Sacerdote, faça a aplicação
de Seu sangue em nosso favor, no santuário celestial. Isso nos provê per-
dão diário e nos fortalece no processo da santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor (Hb 12:14). Hoje precisamos nos aproximar de Cristo com fé,
mediante oração e confissão dos pecados para recebermos Seu perdão (1Jo
1:9). Ele é o Único capaz de nos auxiliar nas nossas fraquezas (Hb 4:14-16;
1Co 10:13), pois experimentou nossas dores e tentações, mas não pecou. Ele
é nosso Advogado junto ao Pai. Lancemos sobre Jesus agora os nossos peca-
dos, porque Ele cuida de nós (Mt 11:28-30; 1Pe 5:7).
CONCLUSÃO
Cristo nos proveu expiação, por meio de Seu sangue derramado (oferta);
intercessão, mediante Seu ministério sacerdotal junto ao Pai (sacerdócio);
vida física e espiritual, pois Ele é o Pão da Vida (pães da proposição); e luz,
pois Ele é a Luz do mundo (candelabro).
APELO
Cristo provê cada uma das nossas necessidades. Nele se encontra nossa
única esperança de salvação. Nele encontramos a segurança e o amparo de
que tanto precisamos. Coloque sua fé Naquele que deu Sua vida por você.
Consagre sua vida a Deus hoje.
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SAUDAÇÃO
TEXTO CHAVE: Hebreus 4:15
“Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nos-
sas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança,
mas sem pecado”.
INTRODUÇÃO
OVocê já passou por alguma avaliação ou foi obrigado a esperar por al-
gum resultado? Uma prova da escola ou da faculdade? Uma entrevista
de emprego? O resultado de um exame médico ou biópsia? Certamente a es-
pera gera alguma ansiedade e pensamentos de autoavaliação. Talvez pensou
no que poderia ter feito melhor ou no que precisaria fazer diante dos possí-
veis resultados. Nos tempos bíblicos, todo início de ano, o povo de Israel fazia
um exercício de autoanálise e de reflexão. Isso ocorria na época do Dia da
Expiação, quando o santuário era purificado. Nesse período, ocorria um tipo
de juízo, quando o povo era chamado a “afligir a alma” e fazer um profundo
autoexame (Lv 16:29-31).
De fato, o santuário e seus serviços ilustram três fases do ministério de
Cristo em favor da salvação do ser humano: (1) Seu sacrifício substitutivo;
(2) Sua mediação sacerdotal; e (3) o julgamento final. Hoje vamos aprender
sobre a terceira fase, o julgamento final, realizado por Jesus e tipificado pelo
Dia da Expiação, o ministério anual do sumo sacerdote no segundo compar-
timento do santuário terrestre, o santo dos santos ou santíssimo.
Durante o ano, o santuário era contaminado pelos pecados do povo que,
simbolicamente, eram transferidos para dentro do mesmo pelo sangue dos
sacrifícios ou da carne da oferta consumida pelo sacerdote. Assim, o pecado
era perdoado; o pecador, considerado limpo, mas a impureza ligada ao servi-
ço do santuário com a manipulação do sangue ficava gravada no santuário.
Por isso se fazia necessária uma purificação, a fim de, simbolicamente, lim-
pá-lo dos pecados acumulados ao longo do ano.
44 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO JUIZ
Pergunta de transição: Como era feita a purificação do santuário
terrestre? Quando ela acontecia?
1.	 O JUÍZO NO SANTUÁRIO TERRESTRE
Como já vimos nesta semana, o povo de Israel celebrava sete festas ao lon-
go do ano. A mais importante era o Dia da Expiação. Ela acontecia sempre
no 10o dia do 7o mês (tisri), que era o primeiro mês. Nessa data, entrava em
cena a maior autoridade religiosa de Israel, o sumo sacerdote. Essa festa era
a coluna mestra do sistema sacrifical. A cerimônia do Dia da Expiação tinha
o propósito de fazer uma limpeza tripla: do sumo sacerdote e de sua família
(Lv 16:6, 17), do povo de Israel (v. 17) e do santuário (v. 16, 20, 33).
A preparação para a expiação começava dez dias antes, com a festa das
Trombetas, que abriam o ano. Eram dias de arrependimento, destinados a
operar uma mudança no coração que culminava no Dia da Expiação. O sumo
sacerdote que fazia a expiação tinha uma preparação cuidadosa para esse
evento: (a) no 3º dia do 7º mês, ele se mudava para os recintos do templo,
para uma semana em oração e meditação, a fim de se afastar de algum erro
significativo; (b) não dormia no dia anterior para que não lhe ocorresse qual-
quer contaminação; (c) banhava-se e vestia vestes santas; e (d) usava vestes
brancas e simples e, sem ostentação, apresentava-se diante de Deus.
Todo o ritual do Dia da Expiação era realizado de dentro para fora, come-
çando no lugar santíssimo, passando pelo lugar santo e terminando no pátio.
Ao começar o serviço, o sumo sacerdote recebia dois bodes e um carneiro, os
quais, juntamente com sua oferta pessoal, um novilho, eram apresentados
perante o Senhor. Antes de o novilho ser morto, ele lançava sortes sobre os
dois bodes, uma sorte pelo Senhor e outra por Azazel. Ele então matava o
novilho, e um sacerdote colocava parte do sangue numa tigela.
Enquanto isso, o sumo sacerdote tomava brasas do altar onde as ofertas
eram queimadas e as colocava em um incensário. Enchia também as mãos
com um incenso suave, e, levando ambos, entrava no Tabernáculo e passava
ao lugar santíssimo. Colocava o incensário no propiciatório, o qual era co-
berto por uma nuvem para que ele não morresse (Lv 16:13). Concluída essa
parte, o sumo sacerdote saía para receber do sacerdote o sangue do novilho.
Esse sangue era levado para o lugar santíssimo, onde era aspergido com o
dedo sobre a tampa da arca da aliança (o propiciatório), por sete vezes. Ao
voltar do lugar santíssimo, o sumo sacerdote matava o bode da expiação pelo
pecado. Tornava a entrar no santíssimo, onde espargia o sangue do bode
como fizera com o sangue do novilho sobre o propiciatório e diante do mes-
mo. Feito isso, ele voltava ao pátio, onde abençoava o povo e tomava o bode
por Azazel e o enviava ao deserto pela mão de um homem. Este abandonava
o bode em um local bem distante, onde o mesmo morreria.
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CRISTO, NOSSO JUIZ
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Pergunta de transição: Qual o cumprimento do Dia da Expiação?
Há também um dia de juízo para os seguidores de Jesus hoje?
2.	 O JUÍZO NO SANTUÁRIO CELESTIAL
De acordo com o livro de Hebreus, os serviços e cerimônias do santuário
terrestre eram um exemplar ou sombra das coisas celestiais (Hb 8:5). Logo,
a purificação do santuário terrestre ilustrava a obra de Cristo em favor do
pecador e o juízo que seria realizado no Céu. Do ponto de vista do pecador,
o sacrifício de Cristo na cruz foi completo, mas os registros dos pecados
permanecem. Por essa razão, o santuário no Céu precisa passar por uma
purificação.
O Apocalipse ensina que, na volta de Jesus, a recompensa será dada a cada
ser humano, de acordo com suas obras (Ap 22:12). Logo, é necessário que
uma obra de investigação ou juízo preceda a volta de Jesus. Essa obra era
prefigurada pelo grande Dia da Expiação em Israel. Chegará o momento em
que Deus começará a julgar os habitantes da Terra, definindo quem será
salvo e habitará a cidade santa.
A profecia da data do juízo
A purificação anual do santuário terrestre apontava para uma purificação
do santuário celestial. É evidente que não existe pecado no Céu, mas sim o
registro de pecados (Ap 20:12; Is 65:6, 7), e estes devem ser apagados dos
registros dos justos por um processo judicial. Em Daniel 8:14, lemos: “Ele
me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será puri-
ficado”. Ou seja, quando se passassem 2.300 dias proféticos, o santuário se-
ria purificado. Aplicando o princípio dia/ano de interpretação profética (ou
seja, cada dia em profecia equivale a um ano literal, conforme Nm 14:34;
Ez 4:6, 7), quando se passassem 2.300 anos, o santuário seria purificado; ou
seja, chegaria o dia do juízo.
	 O próximo passo é descobrir quando começa esse período profé-
tico. O anjo Gabriel volta para explicar a profecia a Daniel e dá o evento:
“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jeru-
salém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas;
as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos”
(Dn 9:25).
A ordem para “restaurar e edificar Jerusalém” foi promulgada no ano 457
a.C. (ver Ed 6:14; e o capítulo 7). Viajando os 490 anos, dados aos judeus (ver
Dn 9:24), chegamos ao ano 34 d.C., quando Estêvão foi apedrejado. Restam
então 1.810 anos do período maior de 2.300 anos. Basta agora adicionar os
1.810 anos restantes, e a profecia alcança o tempo exato em que se iniciaria
a purificação do santuário, ou seja, 1844. Assim, no Dia da Expiação do ano
1844, que ocorreu no dia 22 de outubro, teve início o juízo, e Cristo deixou
46 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO JUIZ
o lugar santo do santuário para iniciar, no lugar santíssimo, uma obra de
purificação. Assim, da mesma forma que o sumo sacerdote voltava ao pátio
para abençoar o povo, quando Jesus terminar a Sua obra de juízo, Ele volta-
rá à Terra para abençoar Seu povo e levá-lo para o Céu (Mt 25:34).
As fases do juízo
Esse juízo no Céu está dividido em três fases: (a) juízo pré-advento; (b)
juízo comprobatório; e (c) juízo executivo. Na primeira fase são analisados
apenas os casos daqueles que um dia aceitaram a Jesus como Salvador. Essa
fase começou no dia 22 de outubro de 1844 e vai terminar quando Jesus en-
cerrar sua obra no santíssimo do santuário (ver Ap 15:8; 22:11).
	 A segunda fase do juízo (comprobatório) ocorrerá durante o milênio
(Ap 20:4). Esse será o juízo dos ímpios, ou seja, daqueles que não aceitaram
Jesus como Salvador. Isso não significa que haverá esperança para eles; o
juízo ocorre apenas para tornar claro, perante todo o Universo, o motivo da
sua perdição. Nenhuma dúvida deverá ficar sobre o caráter e a justiça de
Deus em salvar uns e condenar outros.
	 Já a terceira fase do juízo (executivo) será a aplicação da sentença
sobre os ímpios e acontecerá somente depois do milênio. João viu a Cida-
de Santa, a Nova Jerusalém, descer do Céu (Ap 21:9); viu a segunda ressur-
reição, quando todos os ímpios saíram dos sepulcros (Ap 20:5); viu Satanás
sendo solto e enganando os ímpios para que atacassem a cidade. Quando,
porém, sitiaram a Cidade Santa, desceu fogo do céu e consumiu a todos (Ap
20:7-9). Esse será o fim dos ímpios, assim como de Satanás e seus anjos maus.
Pergunta de transição: Como escapar desse juízo? Como podemos
ser salvos neste momento em que os nomes estão sendo analisados
no santuário celestial?
3.	 CRISTO – NOSSO JUIZ
Só existe uma esperança de escapar da condenação no juízo e obter a vida
eterna: entregando nosso caso nas mãos de Jesus, o justo Juiz (At 17:31). João
ensinou que o “Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento”
(Jo 5:22). Paulo ensina que Jesus é juiz dos vivos e dos mortos (At 10:42). O
livro do Apocalipse, falando sobre os salvos, declara: “lavaram suas vestidu-
ras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7:14).
Os salvos alcançaram uma rica experiência com Jesus. Creram em Seu sa-
crifício expiatório e se apegaram a Seus méritos. Por isso a Bíblia declara:
“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe ne-
nhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos
salvos” (At 4:12).
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CONCLUSÃO
O autor do livro de Hebreus nos faz um convite: “Tendo, pois, a Jesus, o
Filho de Deus, como grande Sumo Sacerdote que penetrou os Céus, conser-
vemos firmes a nossa confissão. Porque não temos Sumo Sacerdote que não
possa compadecer-Se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas
as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto,
confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e
acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hb 4:14-16).
Sim, o templo celestial tornou-se um lugar de expiação e julgamento, mas
o Juiz nos ama e deseja conceder a todos os méritos de uma vida sem pe-
cado, a única forma de escapar da condenação eterna. Por isso, vamos nos
achegar a Ele com confiança!
APELO
Amigo, descobrimos hoje que um juízo está acontecendo no Céu e que
precisamos avaliar profundamente nosso coração. O que ainda falta entre-
gar para Deus? Cristo hoje está realizando um grande juízo, e precisamos
rapidamente nos desfazer de tudo o que nos afasta de Deus. Tome hoje sua
decisão. O tempo é agora.
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Semana Santa 2020 | 49
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SAUDAÇÃO
TEXTO CHAVE: Apocalipse 19:16
“Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E
SENHOR DOS SENHORES”.
INTRODUÇÃO
Alguma vez você já teve a oportunidade de acampar? Já dormiu em
uma barraca à luz de lanterna? Experiências assim marcam as lem-
branças de pessoas de qualquer idade. Jovens, adolescentes e crianças que
já passaram por isso sempre têm algo para contar. No antigo Israel ocorria
uma das festas mais marcantes, Sukkot, “Cabanas”, mais conhecida como
festa dos Tabernáculos. Nessa festa, os israelitas construíam cabanas e re-
lembravam como havia sido a peregrinação de seus antepassados no deser-
to, quando viviam em tendas ou cabanas.
A festa dos Tabernáculos é a única que ainda não teve seu cumpri-
mento tipológico. Ela aponta para um evento que está para se concretizar: a
gloriosa volta de Jesus à Terra. De acordo com o livro de Hebreus, todos os
serviços e cerimônias do santuário terrestre eram um exemplar ou sombra
das coisas celestiais (Hb 8:5). O sumo sacerdote, concluída a obra da expia-
ção, saía do santuário para abençoar o povo. Da mesma forma, um dia Jesus
deporá Suas vestes de sumo sacerdote, vestirá Suas vestes reais e voltará em
glória e majestade para buscar Seu povo, como prometeu (Jo 14:1-3).
Pergunta de transição: Como a festa dos Tabernáculos era celebrada?
50 | Semana Santa 2020
CRISTO, NOSSO REI
1.	 A FESTA DOS TABERNÁCULOS
A última festa em Israel era celebrada entre os dias 15 e 22 do sétimo mês
(tisri). Era uma celebração de gratidão, e havia dupla razão para a alegria.
A colheita do final do ano havia sido recolhida, e os meios de subsistência
estavam assegurados. Então, as pessoas também se reuniam para se alegrar
com os dons do perdão obtidos no Dia da Expiação.
O propósito desse feriado também era lembrar a Israel a maneira como
Deus os havia abençoado e protegido durante a longa jornada pelo deserto a
caminho da Terra Prometida. Durante os sete dias da festa, o povo habitava
em tendas para lembrar sua peregrinação no deserto. Em seguida, derrama-
va-se água sobre o altar de holocausto, com um pote de ouro, comemorando
os tempos em que Deus sempre forneceu água abundante no deserto. Além
disso, acendiam-se quatro grandes candelabros no átrio do templo. Com
imensa alegria, cantavam-se salmos ao som de instrumentos musicais. Tudo
isso representava o pilar de fogo que iluminou e aqueceu os israelitas duran-
te as noites frias de sua peregrinação.
Pergunta de transição: O que a festa dos Tabernáculos nos ensina
sobre a volta de Jesus?
2.	 A CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO
A festa dos Tabernáculos aponta para o tempo da restauração dos “novos
céus e nova terra” que Deus fará após a eliminação do pecado e dos pecado-
res. Isaías descreve que nessa nova criação os remidos terão alegria eterna,
sem a dor do sofrimento, e se reunirão alegremente a cada sábado para ado-
rar a Deus (Is 66:22, 23).
Deus mesmo preparará uma grande festa. Os salvos em Cristo participarão
de uma enorme ceia: a ceia das bodas do Cordeiro. “Bem-aventurados aque-
les que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (Ap 19:9). Esse é o mo-
mento feliz quando os redimidos começarão a sentir a alegria da eternidade.
Cada momento vivido será desfrutado com um misto de surpresa e gratidão.
João, no Apocalipse, dá vislumbres daquela realização gloriosa e feliz quando
descreve os redimidos celebrando com palmas nas mãos (Ap 7:9) e cantando
louvores (Ap 7:10; 14:3). João escreveu: “Bem-aventurados aqueles que são
chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadei-
ras palavras de Deus” (Ap 19:9).
Nos tempos bíblicos, as bodas ou festa de casamento poderiam durar vários
dias. Todos os convidados precisavam usar um traje de festa especial. Na pa-
rábola das bodas contada por Cristo (Mt 22:1-14), roupas de festa foram forne-
cidas pelo próprio rei. Comparecer à festa sem a roupa devida traria desonra
ao anfitrião e mancharia as festividades. A veste nupcial na parábola repre-
senta a justiça de Cristo. Portanto, a rejeição da veste representa a rejeição
daqueles traços de caráter que qualificam as pessoas para se tornarem filhos
e filhas de Deus (Ap 19:8). Igualmente, significa rejeitar o sangue do Cordeiro,
que lava as vestes. Ter as vestes lavadas pelo sangue de Cristo é o único meio
de entrar na Cidade Santa pelas portas (Ap 22:14).
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Pergunta de transição: Como podemos nos preparar para esse
evento?
3.	 NOSSO REI FUTURO
Existem várias descrições da volta de Jesus na Bíblia. Porém, uma das
mais ricas ocorre em Apocalipse 19. Jesus volta montado em um cavalo
branco e, em Sua coxa, está escrito “Rei dos reis e Senhor dos senhores”.
Na morte de Jesus, Pilatos mandou colocar uma placa na cruz, sobre a
cabeça de Cristo: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus” (Mt 27:37). Mas Ele não é
apenas o Rei dos Judeus, Ele é o Rei de toda a Terra, de todos os povos, de
todas as gentes. Reconhecer esse senhorio é a chave para participar de Seu
reino. Contudo, Jesus declarou enquanto andou pela Terra: “O Meu reino
não é deste mundo” (Jo 18:36). Sim, Jesus não veio como rei em sua primei-
ra vinda, pois não viria para governar este mundo corrupto; mas, Ele um
dia virá para recriar este mundo em algo novo, e virá como Rei dos reis!
Há uma pátria celestial aguardando todos nós (Fp 3:20). Milhares já des-
cansaram nessa esperança. Os patriarcas e profetas a olharam com expec-
tativa (Hb 11:13). Os salvos de todas as eras a valorizaram como a mais
preciosa esperança. Paulo mesmo declarou: “Já agora a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não so-
mente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda” (2Tm 4:8).
Sim, há uma coroa reservada para cada um de nós (Ap 2:10); há uma
pedrinha branca com um novo nome (Ap 2:17) e vestes brancas de justiça
para nos cobrir (Is 61:10). Tudo está pronto. Só falta você!
CONCLUSÃO
Jesus nos deu o segredo para estarmos prontos para esse reino: “Quem
crer e for batizado será salvo” (Mc 16:16). Para Nicodemos, declarou:
“Quem não nascer da água e do Espírito não pode ver o reino de Deus”
(Jo 3:3-5). Pedro apelou: “E agora, porque te demoras? Lava teus pecados
invocando o nome dele” (At 22:16). E João, falando sobre quem poderá ter
acesso à Nova Jerusalém, escreveu: “Nela, nunca jamais penetrará coisa
alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas so-
mente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Ap 21:27). Alegre-se! Você
está sendo chamado. Seu nome está na lista, pois Aquele que o convida deu
a vida por você.
APELO
Um dia no passado, Deus fez sua tenda entre nós e habitou em um santu-
ário. Um dia, no futuro, estaremos com Ele, no Seu tabernáculo no Céu – “o
tabernáculo de Deus com os homens” (Ap 21:3). Mas, para participar disso,
você precisa tomar uma decisão. Aceite a Jesus Cristo como seu Salvador
pessoal e decida-se pelo batismo! Não perca esta chance!
Sermomario semana santa 2020 Portugues

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Sermomario semana santa 2020 Portugues

  • 1. 2 | Semana Santa 2020
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  • 4. EXPEDI E N TE S Copyright © Divisão Sul-Americana Direitos internacionais reservados. Coordenação geral Pr. Herbert Boger – Ministério Pessoal – Divisão Sul-Americana Autores Pr. Arilton Oliveira – Rede Novo Tempo Pr. Diogo Cavalcanti – Casa Publicadora Brasileira Capa Gustavo Leighton Diagramação Gustavo Leighton Impressão e acabamento Casa Publicadora Brasileira 2020 M 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
  • 5. SUM ÁRI O MOMENTO PARA CELEBRAR ............................................................. 1. SÁBADO, 4 DE ABRIL / AMOR ESCRITO COM SANGUE ....................... 2. DOMINGO, 5 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO .................... 3. SEGUNDA, 6 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO RESGATADOR .................... 4. TERÇA, 7 DE ABRIL / CRISTO, NOSSA GARANTIA ............................... 5. QUARTA, 8 DE ABRIL / CRISTO, NOSSA ESPERANÇA .......................... 6. QUINTA, 9 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO ADVOGADO ......................... 7. SEXTA, 10 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO JUIZ ....................................... 8. SÁBADO, 11 DE ABRIL / CRISTO, NOSSO REI ...................................... 5 7 12 17 22 27 32 37 42
  • 7. 5 | Semana Santa 2020 Oevangelismo de colheita na Semana Santa é uma oportunidade única para apresentar Jesus e a vida que encontramos nEle por meio da Pala- vra de Deus. O objetivo do evangelismo é relembrar o sacrifício, a morte e a ressurreição do Senhor Jesus Cristo em favor da humanidade, incentivando milhares de pessoas a aceitar a salvação que Ele oferece. Em 2020, a Igreja Adventista do Sétimo Dia comemora 50 anos desse pro- jeto, entre os dias 4 e 11 de abril. Será uma semana marcante, servindo mais uma vez para ajudar pessoas em praticamente toda América do Sul a ter uma experiência viva com o Cristo que salva e intercede por nós. Neste ano, adotaremos o mesmo tema da primeira edição desse projeto: Amor Escrito com Sangue. Refletiremos no valor do sacrifício de Jesus a par- tir das lições do santuário ao longo da Bíblia. Assim, apreciaremos mais o tremendo esforço e o sofrimento de Cristo na cruz para nos salvar. Como muito bem expressou a escritora norte-americana Ellen G. White: “Toda dor suportada pelo Filho de Deus sobre a cruz, as gotas de sangue que corriam de Sua fronte, Suas mãos e pés, as convulsões de agonia que sacudiam Seu corpo, e a indescritível angústia que enchia Sua alma ao Dele ocultar o Pai a face, falam ao homem, dizendo: Foi por amor de ti que o Filho de Deus consentiu em levar sobre Ele esses odiosos crimes; por ti Ele rompeu o domínio da morte e abriu os portões do Paraíso e da vida imortal (História da Redenção, p. 225). A história da liberdade humana foi escrita com o sangue de um Deus que preferiu morrer a viver sem você (Jo 3:16). Ele o convida a olhar Seu amor durante esta Semana Santa. “Olhai para Mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da Terra; porque Eu sou Deus, e não há outro” (Is 45:22). Seu Filho Jesus é quem nos atrai; basta olhar: “Mas Eu, quando for levantado da terra, atrairei todas as pessoas para Mim” (Jo 12:32). “Todo aquele que é da verda- de ouve a Minha voz” (Jo 18:37). S em ana Santa MOME N TO PARA C E L E BRAR
  • 8. 6 | Semana Santa 2020 SA T nã da IN ai gr la m qu po N se D P Jesus nos atrai pessoalmente: Ele tem um vínculo pessoal conosco. “De ma- neira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei” (Hb 13:5). Jesus nos atrai emocionalmente: Ele acalma o coração angustiado. “Lan- çando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5:7). Jesus nos atrai espiritualmente: Ele nos capacita a seguir na caminhada. Lembre-se do que Jesus disse: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15:5). O convite dEle é: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e sobrecarre- gados, e Eu vos aliviarei” (Mt 6:28). Reflita, estude e pregue esta mensagem com toda convicção, pois o Cristo que morreu por nós em breve virá! Ele conta com você. Pr. Herbert Boger Ministério Pessoal da Divisão Sul-Americana
  • 9. Semana Santa 2020 | 7 S ÁB ADO A MOR E SC RITO COM SA N GUE SAUDAÇÃO TEXTO CHAVE: Apocalipse 13:8 “E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fun- dação do mundo”. INTRODUÇÃO Édifícil acompanhar os noticiários. Vemos muitas tragédias e maldades todos os dias. Muitos se perguntam como Deus lida com isso. E o futuro ainda reserva momentos dramáticos. O tema de Apocalipse 13 é o fim do grande conflito entre o bem e o mal vivenciado em nosso planeta. De um lado está a besta, um monstro simbólico, com sete cabeças e dez chifres. Por meio dela, o dragão (Satanás) busca ser adorado. Do outro, temos o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo e por isso é digno de receber “o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5:12). Nossa resposta a quem vamos adorar decidirá nosso destino eterno. O Cordeiro e o dragão são os dois protagonistas no grande conflito que se arrasta por milênios e que teve sua origem no templo ou santuário onde Deus habita. Vamos descobrir como isso aconteceu. Pergunta de transição: Onde Deus habita? a- n- Pe a. e- m le
  • 10. 8 | Semana Santa 2020 AMOR ESCRITO COM SANGUE 1. EXISTE UM SANTUÁRIO NO CÉU Dezenas de textos na Bíblia afirmam a existência de um templo ou santu- ário no Céu, morada de Deus. Moisés escreveu: “Olha desde a Tua santa ha- bitação, desde o Céu, e abençoa o Teu povo, a Israel, e a terra que nos deste” (Dt 26:15). Davi afirmou: “O SENHOR está no Seu santo templo; nos Céus tem o SENHOR Seu trono” (Sl 11:4); o salmista ensina: “O SENHOR, do alto do Seu santuário, desde os Céus, baixou vistas à terra, para ouvir o gemido dos cati- vos e libertar os condenados à morte” (Sl 102:19, 20). Na Bíblia, as palavras santuário, templo e tabernáculo representam a mo- rada de Deus, seja no Céu, seja na Terra. Ora apontam para o santuário cons- truído por Moisés, após libertar o povo de Israel do cativeiro egípcio. Ora apontam para o templo construído por Salomão em Jerusalém, e outras vezes apontam para o santuário que existe no Céu, do qual o terrestre era uma apenas um tipo de cópia. Atividades do santuário Quais atividades ocorrem no templo ou santuário celestial? A Bíblia men- ciona várias atividades, e elas podem ser divididas em duas fases específicas, antes e depois do surgimento do mal e do pecado. O templo ou santuário celestial é a própria morada de Deus, o lugar de Sua habitação. João viu o santuário de Deus que se acha no Céu (Ap 11:19). Em Hebreus descobrimos que o verdadeiro santuário e tabernáculo foi construí- do no Céu, por Deus e não pelo homem (Hb 8:1, 2). O próprio tabernáculo que Moisés erigiu foi feito segundo o modelo celestial (Hb 8:5). O templo ou santuário celestial é também um local de adoração; por isso, tinha uma função litúrgica. O Salmo 150:1 diz: “Aleluia, louvai a Deus no Seu santuário”. O Salmo 134:1 e 2 convida: “Bendizei ao SENHOR, vós todos, ser- vos do SENHOR, que assistis na Casa do SENHOR, nas horas da noite; erguei as mãos para o santuário e bendizei ao SENHOR”. Pergunta de transição: Que acontecimento no santuário celestial afetou a ordem no Universo? 2. O SURGIMENTO DO MAL NO SANTUÁRIO DO CÉU De acordo com o profeta Ezequiel, o mal teve origem no próprio templo ou santuário celestial. Em seu livro, usando a figura do rei de Tiro, uma importante cidade comercial do mundo antigo, ele compara esse rei com Satanás. O rei de Tiro, então, funciona como um tipo de Satanás. O profeta escreveu: “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permane- cias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqui- dade em ti” (Ez 28:14, 15). br pr ge m o de O ex ár pr Er ve m an su m m no te as fe co em su an te in “E Ap tr fin co va dr o m çã do
  • 11. Semana Santa 2020 | 9 AMOR ESCRITO COM SANGUE u- a- e” m eu ti- o- s- ra es ma n- as, ua m uí- ue o, eu r- ei lo ma m ta e- as ui- A expressão “querubim da guarda ungido” ou “querubim ungido para co- brir” (ARC) indica que esse ser angelical havia sido ungido ou dedicado pelo próprio Deus para estar o mais próximo possível dEle. Note que esse ser an- gelical era ungido para cobrir o trono de Deus. A palavra “ungido” vem da mesma palavra para “messias”, um termo que foi reservado para Jesus como o Ungido por Deus para nos salvar (Dn 9:25, 26). Jesus, o Ungido, veio para destruir o mal causado desde tempos antigos pelo querubim ungido (1Jo 3:8). O profeta diz ainda que o querubim permanecia no “monte santo de Deus”, expressão que representa a sede do governo divino, ou seja, o próprio santu- ário celestial. Isto quer dizer que o mal surgiu no santuário celestial, e lá ele precisaria ser resolvido. “Lúcifer havia sido o querubim cobridor. Esteve à luz da presença divina. Era o mais elevado de todos os seres criados e o primeiro em revelar ao Uni- verso os desígnios divinos” (O Desejado de Todas as Nações, p. 537). Todavia, misteriosamente, o mal começou a surgir no coração desse importante ser angelical. Ezequiel revela: “Elevou-se o teu coração por causa da tua formo- sura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor” (Ez 28:17). O mal surgido no coração daquele anjo tinha que ver com uma admiração de si mesmo, o orgulho e a exaltação própria. Além disso, esse anjo “fez comércio” no santuário celestial: “Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários” (Ez 28:18). Aqui, a profecia liga as práticas corruptas de comércio do rei de Tiro com o “comércio” corrupto feito pelo querubim rebelde. Num primeiro momento, o mal surgiu em seu coração; em seguida, ele passou a tentar convencer os demais anjos a segui-lo em sua rebelião contra Deus. No livro do Apocalipse, o dragão arrasta com a sua cauda “a terça parte das estrelas do céu” (Ap 12:4), que são um terço dos anjos (Ap 1:20). Ou seja, o querubim rebelde ainda conseguiu convencer um terço dos anjos do Céu em sua revolta contra Deus! O resultado disso não poderia ser outro: conflito no Céu. Em Ezequiel, o inimigo de Deus foi “lançado por terra” (Ez 28:17). O próprio Jesus afirma: “Eu vi Satanás caindo do céu como relâmpago” (Lc 10:18, NVI). O livro do Apocalipse pinta essa batalha em tons dramáticos, fazendo uma conexão en- tre o conflito no Céu e a vitória na cruz de Cristo, que garantiu a expulsão de- finitiva dos inimigos. “Houve peleja no Céu. Miguel e os Seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não pre- valeceram; nem mais se achou no Céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Ap 12:7-9). A expulsão de Satanás foi o primeiro passo dado por Deus para combater o mal. Além de ser a sede do governo divino, o santuário servia para a adora- ção a Deus, mas também se tornou “o próprio centro da obra divina em favor dos homens” ( Evagelismo, p. 222).
  • 12. 10 | Semana Santa 2020 AMOR ESCRITO COM SANGUE Pergunta de transição: Como esse conflito cósmico, iniciado no Céu, afetou nosso planeta? 3. O CORDEIRO MORTO: SACRIFÍCIO SUPREMO A rebelião de Satanás é anterior à criação do planeta Terra. O surgimento deste mundo ocorreu em meio à grande controvérsia entre Jesus e Satanás. Em jogo estava o próprio Senhor, que era constantemente acusado por Sa- tanás de ser um Deus tirano e limitador da felicidade e liberdade de Suas criaturas. Afinal, Satanás estava certo? Assim como sempre, Deus permitiu que cada ser criado por Ele, fossem anjos ou pessoas, analisassem e decidis- sem, mas também lhes apelou ao coração. Afinal, só existe amor quando há liberdade. Ninguém pode ser forçado a amar. Deus não força nem engana ninguém. Adão e Eva escolheram acreditar em um animal fantoche de Satanás, que lhes enganou, prometendo que seriam como Deus (Gn 3:1-6). Deram lugar à desconfiança e também se rebelaram contra o Criador, apesar de Ele ter-lhes dado a vida com tanto amor e carinho. Rebelando-se contra Deus, que era a Vida, tornaram-se mortais. Numa alegoria, seria o mesmo que se smartpho- nes se “rebelassem” contra as fontes de energia e decidissem funcionar inde- pendentemente só com a carga de suas baterias. Em algum momento, esses aparelhos iriam se apagar. Assim ocorre conosco desde que nossos primei- ros pais pecaram. Recebemos o pecado e a morte como herança: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos peca- ram” (Rm 5:12). No entanto, apesar da ingratidão humana, Deus não desistiu de nós. Nosso destino seria a morte eterna, mas Deus já tinha um plano para nos salvar. Como vimos no início, Jesus é o “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8). Quando o mal surgiu, virtualmente Cristo já estava comis- sionado a nos salvar por meio de Sua morte na cruz. Quando o mal surgiu, a graça e o perdão já estavam prontos, assim como os bombeiros estão em prontidão para qualquer emergência. Deus nunca é pego de surpresa; Ele é um Pai amoroso que não desiste de Seus filhos, e Ele não desiste de você! Enxergamos aqui o plano da redenção, em que a própria Divindade Se sacrifica pela humanidade. Já imaginou isso? Existe maior prova de amor? Satanás acusava a Deus de ser tirano, mas Deus revelou na prática a que ponto estava disposto a ir para nos salvar. Ele não Se restringiu a palavras escritas com tinta e papel, mas foi além, com o vermelho vivo de Seu sangue, escrevendo na cruz do Calvário Seu amor por você e por mim. Em Jesus e Seu sacrifício, a graça apenas foi manifestada, pois ela já existia desde sempre no coração e nos planos de Deus. O apóstolo Pedro declara que somos salvos “pelo […] sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fu (1 e no fo po C ce pe ça m A de ni re pa
  • 13. Semana Santa 2020 | 11 AMOR ESCRITO COM SANGUE to ás. a- as iu s- há na ue à es a o- e- es ei- e, e, a- so ar. do s- u, m le ! Se r? ue as e, ia ra da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós (1Pe 1:19, 20). O próprio Filho de Deus Se ofereceu para assumir toda a culpa e resolver o problema do pecado. Por isso João, no Apocalipse, declara: “Dig- no é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor” (Ap 5:12). Devemos ser infinitamente gratos por esse amor divino que nos restaura e nos salva. CONCLUSÃO O pecado surgiu no Universo com um anjo cobridor no próprio santuário celestial. Todavia, Deus não foi pego de surpresa, e nesse mesmo santuário o pecado passou a ser resolvido. No exato instante em que surge o mal, a gra- ça divina já estava disponível. Mediante o sangue derramado pelo Cordeiro, morto desde a fundação do mundo, podemos ter a esperança da vida eterna. APELO O amor de Deus nos constrange. Não podemos ficar indiferentes ao amor de um Deus tão imenso, mas tão achegado a nós. Ainda hoje Ele não força ninguém a amá-Lo, mas convida, bate à porta do seu coração. Qual será sua resposta? Aceite hoje o convite de Jesus. Não se rebele, abra seu coração para que Cristo viva nele e lhe dê Seu perdão, confiança e paz.
  • 15. Semana Santa 2020 | 13 DOM INGO C RI STO, NOSSO S U BSTI TUTO SAUDAÇÃO TEXTO CHAVE: Gênesis 3:15 “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu des- cendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. INTRODUÇÃO Você já sofreu com uma calúnia ou falsidade? Foi fácil provar sua ino- cência? Na história bíblica, Deus sofreu graves acusações da parte de Satanás. Após tolerar longamente a obra de engano do anjo caído, Deus por fim precisou expulsá-lo do Céu. Em uma descrição que revela a expulsão do Céu completada na cruz, João viu que “foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo; sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Ap 12:9). Como também já vimos, um terço dos anjos de Deus acompanhou Lúcifer em sua rebelião e também foram expulsos (Ap 12:4). Ao levar o pecado para a Terra, Satanás planejava expandir sua rebelião. Seus enganos, seu comércio de ideias sujas avançou, e ele continuava a lan- çar suas acusações contra Deus e Seus filhos, especialmente aos seres huma- nos pecadores. No livro de Jó, Satanás teve a ousadia de ir ao Céu e se apresentar junto aos “filhos de Deus”, diante do Senhor (Jó 2:1). Esses filhos de Deus não são mencionados como anjos, e tampouco são seres humanos, pois comparecem diante de Deus. Certamente são outros seres criados por Deus. Satanás foi perante o Senhor a fim de lançar uma dupla acusação contra Ele e contra Jó. Perceba que Satanás continuava a espalhar suas sementes de ódio e rebelião a outros seres e mundos criados por Deus. De alguma forma, ele ainda fazia pairar uma dúvida sobre o caráter de Deus, e essa era sua principal arma no grande conflito.
  • 16. 14 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO Somente por ocasião da morte de Cristo as mentiras do inimigo foram completamente expostas. “Até à morte de Jesus, o caráter de Satanás não ha- via sido claramente revelado aos anjos e mundos não caídos. O arqui-após- tata se revestira por tal forma de engano que mesmo os santos seres não lhe compreenderam os princípios. Não viram claramente a natureza de sua rebelião” (O Desejado de Todas as Nações, p. 537). A intenção de Satanás era contaminar os mundos criados por Deus, assim como havia tentado contaminar o santuário no Céu (ver Is 14:12-14; Ez 28:14- 18) e a Terra, o que vamos entender melhor neste estudo. O inimigo de Deus buscou ter êxito no jardim do Éden, o lar do primeiro casal da família humana. Pergunta de transição: O que a Bíblia informa sobre o jardim do Éden? Havia algum significado especial nele? 1. O ÉDEN E A LINGUAGEM DO SANTUÁRIO O texto de Gênesis 2:4 a 3:24 apresenta termos-chave e conceitos que se li- gam à mensagem do santuário no Antigo Testamento. Logo após o ser huma- no ter sido formado do pó da terra e Deus soprar em suas narinas o fôlego de vida, o Gênesis declara: “Plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na di- reção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado (Gn 2:8). O jardim do Éden foi criado não só para lhe servir como habitação, mas também como um ponto de encontro com o Criador. Vejamos este e mais alguns paralelos entre o Éden e o santuário, destacados por Angel Manuel Rodríguez (revista Ministry, abril de 2002), com base em vários estudiosos da Bíblia: 1. Ponto de encontro: Assim como Deus “andava no jardim” (Gn 3:8) para Se encontrar com Seus filhos, Ele também estava no meio de Seu povo no santuário (2Sm 7:6, 7). 2. Orientação para o leste: O jardim estava localizado na parte oriental do Éden (Gn 2:8), e a entrada do antigo santuário estava voltada para o oriente (Êx 27:13-16). 3. Fontes de água: O jardim era regado por um rio que saía do Éden e se dividia em quatro braços (Gn 2:10). Fontes de água também estão as- sociadas ao santuário (Sl 46:4) e havia uma pia ou lavatório de bronze que ficava na entrada do santuário (Êx 38:8). 4. Trabalho: O primeiro casal devia “cultivar” e “guardar” o jardim (Gn 2:15). Em hebraico, os mesmos dois verbos são usados em relação ao serviço dos levitas no tabernáculo (Nm 3:7, 8; 8:26). 5. Plantas: Figuras relacionadas a plantas estavam presentes em objetos e partes de todo o santuário, as quais lembram a árvore da vida e a be- leza natural do jardim recém-criado por Deus (Êx 25:31-36; 1Rs 6:18). 6. Querubins: Após o pecado, querubins passaram a guardar a entrada do jardim do Éden (Gn 3:24). Representações de dois querubins tam- bém foram colocadas no lugar santíssimo do santuário (Êx 25:18-22). 28 co de m ên o m P no 2. liv po er ou m bl m se re a D se O fo di de D (A
  • 17. Semana Santa 2020 | 15 CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO m a- s- ão ua m 4- us a. li- a- de di- m mo os ta 8) eu al ra se s- ze Gn ao os e- ). da m- ). 7. Juízo e redenção: Após o pecado, no jardim, Deus realiza um ato de juízo, ou seja, ele faz perguntas, avalia a situação com base no que ouve do primeiro casal, e dá sentenças (Gn 3:11-20). Porém, diante das necessidades de Adão e Eva, Ele lhes provê roupas de couro do animal morto (Gn 3:21) e promete a salvação no descendente prome- tido, que lhes pagaria o preço da salvação com Seu próprio sangue (Gn 3:15). No santuário, o couro dos animais sacrificados deveria ser dado aos levitas (Lv 7:8). O jardim do Éden é chamado na Bíblia de “jardim de Deus” (Is 51:3; Ez 28:13; 31:9). Era o lugar em que nossos primeiros pais deviam adorar e ter comunhão com o Criador. O propósito divino era que Adão e seus descen- dentes vivessem ali em perfeita harmonia e paz. Adão e Eva, os primeiros seres humanos, foram criados como agentes morais livres. Deveriam exercer seu livre-arbítrio, ao decidir pela obedi- ência ou não às ordens divinas. No fogo cruzado da guerra entre o bem e o mal, deveriam tomar uma posição pela vontade de Deus ou pelo afasta- mento e rebelião. Pergunta de transição: Qual foi o teste aplicado ao homem? Como nosso planeta foi contaminado pelo pecado? 2. O MAL NO PARAÍSO Deus deu a Adão a seguinte orientação: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2:16, 17). Esse era o teste, e o obedecer ou não às ordens divinas resultaria em vida eterna ou morte eterna. Tragicamente, Adão e Eva desobedeceram à clara orientação divina e co- meram do fruto proibido da árvore do conhecimento do bem e do mal. O pro- blema não estava no fruto em si, mas no ato da desobediência e, principal- mente, suas motivações: ao comer do fruto, eles acreditavam que poderiam ser como Deus. Havia ali um componente de audácia, orgulho e soberba. O resultado natural da desobediência era a morte; mas a maior perda não foi a expulsão do jardim, e sim a perda da possibilidade de estar na presença de Deus, que é a própria vida. O apóstolo Paulo explica que a serpente (Satanás), com sua astúcia, con- seguiu enganar nossos primeiros pais e levá-los à desobediência (2Co 11:3). O inimigo prometeu que eles seriam “como Deus” (Gn 3:5), o que de certa forma já eram, pois o ser humano havia sido criado à imagem e semelhança divina (Gn 1:26). No entanto, pelo ato de desobediência a Deus, deixaram de ser semelhantes a Ele e se tornaram mais parecidos com o inimigo de Deus, pois passaram a mentir e se acusar mutuamente, como Satanás age (Ap 12:10). O pecado distorce a imagem divina no ser humano.
  • 18. 16 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO Todavia, Deus, em Seu infinito amor e misericórdia, não permitiu que fi- cássemos sem esperança e condenados à morte eterna. Ele proveu um subs- tituto. No mesmo cenário em que surge o pecado, ocorre a mais linda mani- festação de amor e graça. Pergunta de transição: Qual foi a solução divina ao problema do pecado? Como Deus salvaria os seres humanos da morte eterna? 3. O SUBSTITUTO Deus tinha sido claro em Suas orientações: “No dia em que dela comerdes, certamente morrerás” (Gn 2:17). A morte seria a consequência natural da desobediência. Assim, após o pecado, Deus poderia agir apenas uma dentre três maneiras: (a) Poderia ter deixado o primeiro casal morrer como resul- tado de sua desobediência, e isso não seria injustiça de forma alguma, pois o homem havia sido advertido previamente; (b) poderia, talvez, abolir suas próprias palavras que proibiam o casal de participar do fruto, mas as pa- lavras e as leis de Deus não podem ser mudadas; ou (c) poderia executar a sentença contra um substituto a fim de livrar os seres humanos culpados. Foi exatamente isso o que Deus fez. Um animal morreu no dia em que o primeiro casal pecou. Era o primeiro sacrifício que simbolizava Aquele que morreria no lugar do ser humano. Assim, antes mesmo de falar das consequências negativas que recairiam sobre o primeiro casal e seus filhos, Deus anunciou as consequências que re- cairiam sobre Ele mesmo. O Criador disse à Eva e à serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te feri- rá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3:15). Deus seria ferido, mas nes- se processo esmagaria a cabeça da serpente, decretando o fim de todo o mal. Com o pecado, houve uma aproximação mortal entre a serpente (Satanás) e a humanidade. Deus precisou intervir para gerar uma inimizade entre am- bos e finalmente enviar o Salvador a fim de destruir Satanás e todo o mal que ele representa. Jesus viria para dar Sua vida e oferecer uma segunda chance, de modo que os seres humanos pudessem retornar ao paraíso que haviam perdido, e onde vão ter novamente acesso à árvore da vida (Ap 22:2). Jesus é designado no texto como “o Descendente” (Ap 12:1-5; cf. Gl 3:16, 19) que viria para ferir a cabeça da serpente. A palavra “ferir” na verdade significa “esmagar” na língua original. É evidente que esmagar a cabeça é bem mais grave do que ferir o calcanhar. Contudo, essa ferida no calcanhar indica que, ao salvar a humanidade, o Filho de Deus também seria ferido, teria um preço a pagar com Seu sangue. Afinal, mordidas de serpentes vene- nosas no calcanhar podem custar a vida! Assim, o Filho de Deus seria ferido de morte ao assumir sobre Si os pecados de toda a raça humana. Foi o eterno amor de Deus que o motivou a Se entregar em prol de Suas criaturas. Temos em Gênesis 3:15 um resumo do grande conflito entre Cristo e Sata- nás. Foi uma guerra que começou no Céu (Ap 12:7-9), continuou na Terra, on co pa se de po sã m “a de in N qu nã am er se (G pr di po te vo do C Co da ju có ca do qu do qu A al ho
  • 19. Semana Santa 2020 | 17 CRISTO, NOSSO SUBSTITUTO fi- s- ni- o es, da re ul- is as a- a os. o ue m e- de ri- s- al. s) m- ue e, m 6, de é ar o, e- do no a- a, onde Cristo novamente o derrotou (Hb 2:14), e que terminará finalmente com a destruição definitiva de Satanás no fim do milênio (Ap 20:10). Adão começou a olhar com novos olhos para a mulher, a quem havia cul- pado por seu erro. Passou a haver esperança, pois o descendente prometido seria gerado por ela. A alegria de saber que eles viveriam e teriam descen- dentes motivou tanto a Adão que ele deu à sua esposa o nome de “Eva” (ḥava) porque ela seria mãe de todo ḥay (“ser vivente”) (Gn 3:20). Por isso, também são significativas as palavras pronunciadas por Eva por ocasião do nasci- mento de Caim. Ela lhe dá esse nome (Qayin) porque afirma com emoção: “adquiri (qaniti) um varão, o SENHOR (et Yahweh)” (Gn 4:1). Diferentemente de várias versões bíblicas, no hebraico não se encontra nenhuma preposição indicando que Eva tinha ganhado um filho “com o auxílio” ou “pelo” Senhor. No original há apenas: “Adquiri um varão, o Senhor”. Adão e Eva esperavam que seu primeiro filho fosse o salvador prometido. Mas o tempo mostrou que não seria assim. Caim assassinou seu irmão mais novo, Abel, e o casal sofreu amargamente as consequências do mal que eles tinham abrigado no coração. Adão e Eva sacrificavam animais à porta do jardim. Em cada animal morto era anunciada a promessa do libertador. Este ritual foi passado a todos os seus descendentes. Por isso vemos os patriarcas Abraão (Gn 22:13) e Jacó (Gn 46:1) oferecendo sacrifícios ao Senhor. Todos eles esperavam o Salvador prometido. Jesus mesmo disse: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o Meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8:56). Assim também, nas festas estabelecidas por Deus no Sinai (Êx 12; Lv 23), na construção e nos serviços do santuário terrestre (Êx 25), as boas-novas de salvação seriam pregadas a todos os po- vos. Cada animal sacrificado era um símbolo da fé e da esperança na vinda do Messias salvador. CONCLUSÃO Devido à entrada do mal neste mundo, o jardim do Éden foi contaminado. Contudo, Jesus veio, cumprindo as profecias bíblicas. Por meio do mistério da encarnação e de Seu sacrifício seria garantida uma segunda chance. A justiça divina exigia que o pecado recebesse a penalidade, mas a miseri- córdia de Deus já havia encontrado uma forma de redimir a raça humana caída. Cristo não saiu ileso dessa batalha contra as forças do mal. As marcas dos cravos em Suas mãos e pés para sempre serão a lembrança do alto preço que pagou para nos livrar da morte eterna (Jo 20:25; Zc 13:6). Cristo não sairia ileso dessa batalha contra as forças do mal. As marcas dos cravos em Suas mãos e pés serão uma eterna lembrança do alto preço que pagou para nos livrar da morte eterna (Jo 20:25; Zc 13:6). APELO Contemple pela fé as marcas nas mãos de Cristo. As feridas que Ele sofreu ali foram por você. Valorize tamanho esforço feito pela sua salvação. Aceite hoje o chamado de Deus para salvar e transformar sua vida!
  • 21. Semana Santa 2020 | 19 S EGU NDA C RI STO, NOSSO RE SGATADOR SAUDAÇÃO TEXTO CHAVE: 1 Coríntios 5:7 “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado”. INTRODUÇÃO Os festivais bíblicos do povo de Israel eram janelas abertas para o co- nhecimento da salvação. Entendê-los é essencial porque eram a ma- neira que Deus usava para ensinar ao povo que a religião é festiva e alegre. As festas também celebravam o plano de salvação feito desde a eternidade. O povo de Israel celebrava sete festas ao longo do ano. Elas comemoravam eventos importantes da história nacional, mas também eram simbólicas ou tipológicas, uma vez que apontavam para eventos futuros de maior magni- tude. Outro detalhe importante é que a relação simbólica não se verificava apenas quanto ao evento em si, mas também quanto ao tempo. Ou seja, os eventos tipificados pelas festas tinham também uma correspondência tem- poral ou cronológica. As festas em Israel aconteciam em duas estações do ano – primavera e ou- tono. As festas da primavera (Páscoa, Pães Asmos, Primícias e Pentecostes) apontavam para os eventos relativos ao primeiro advento de Cristo, enquan- to as do outono (Trombetas, Expiação e Tabernáculos), apontavam para os eventos relativos ao segundo advento de Cristo. A primeira festa celebrada na história de Israel foi a Páscoa. Pergunta de transição: Qual a origem da Páscoa? Quando a pri- meira Páscoa foi celebrada?
  • 22. 20 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO RESGATADOR 1. A ORIGEM DA PÁSCOA A festa da Páscoa era a mais importante para o povo de Israel. Ela foi ins- tituída por ocasião da libertação da escravidão no Egito. Antes que a décima praga caísse, Moisés recebeu instruções divinas para que cada família israe- lita “separasse um cordeiro”; ele devia ser “macho, sem defeito e de um ano”. Devia ser separado no décimo dia do primeiro mês (abibe) e mantido até o 14º dia, quando deveria ser sacrificado ao entardecer (Êx 12:1-6). Após a morte do cordeiro, seu sangue deveria ser passado no batente das portas das casas, e a carne do cordeiro deveria ser assada no fogo e consumi- da à noite, com pães sem fermento (ou pães asmos) e ervas amargas. À meia-noite, já do dia 15 de abibe, uma calamidade recaiu sobre o Egito. Morreram todos os primogênitos nas casas que não tinham o sangue nas portas. A mortandade se espalhou até mesmo para os primogênitos do gado e dos animais domésticos em toda a terra do Egito (Êx 12:29, 30). Foi assim que Deus manifestou Seu poder, até que finalmente faraó per- mitiu que o povo de Israel fosse liberto do cativeiro. Liderados por Moisés, eles iniciaram sua marcha à Terra Prometida. Contudo, faraó e seu exército enfurecido os perseguiu. Quando chegaram ao Mar Vermelho, viram-se en- curralados. Foi então que mais uma vez o poder de Deus se manifestou. O mar se abriu para que eles passassem e depois se fechou, destruindo todo o exército de faraó. Com mão poderosa, Deus libertou Seu povo. Em comemo- ração à libertação do cativeiro do Egito, a festa da Páscoa tem sido celebrada há milênios pelos judeus, até o presente. Pergunta de transição: Além de celebrar a libertação do cativeiro do Egito, o que mais a festa da Páscoa simbolizava? 2. O CUMPRIMENTO DA PÁSCOA A simbologia da Páscoa pode ser interpretada de duas maneiras objetivas: primeiro, como a libertação do povo de Israel do cativeiro do Egito, depois de séculos de opressão (Êx 12:37-51). Segundo e mais importante: a Páscoa apontava para a libertação do cativeiro do pecado por meio de Cristo Jesus, o verdadeiro Cordeiro pascal (1Co 5:7). O cordeiro oferecido na Páscoa tinha algumas características distintas: ti- nha que ser macho, sem defeito e de um ano. Isso representava Cristo como homem, sem mácula ou defeito, e que morreria na flor da idade. Mais do que isso, representava a pureza espiritual de Jesus, que viria ao mundo puro e jamais cometeria pecado (Is 53:9; 1Pe 2:22). Ninguém conseguia apontar algum pecado nEle (Jo 8:46-48). O cordeiro pascal não poderia, em hipótese alguma, ter um só osso que- brado, pois Jesus, a quem ele representava, seria morto sem ter também um ún 19 co qu do qu de 12 pa fil do 9: em es em m H sa ru pe [s Po ve di ri en nh lib re pe qu cr tu m Pe la
  • 23. Semana Santa 2020 | 21 CRISTO, NOSSO RESGATADOR s- ma e- o”. o as mi- o. as do r- és, to n- O o o- da ro s: is oa o ti- mo do ro ar e- m único osso quebrado, o que era mais um indicativo de Sua perfeição (ver Jo 19:32-36). O cordeiro devia ser assado inteiro, significando que Cristo seria completamente moído por nossas iniquidades (Is 53:5). Como já foi dito, a relação tipológica da Páscoa não se verificava apenas quanto ao evento em si, mas também quanto ao tempo. Os eventos tipifica- dos ou simbolizados pela festa deveriam ocorrer no mesmo dia e mês em que ela era celebrada. Já como parte da celebração da Páscoa, o cordeiro deveria ser separado ao décimo dia do primeiro mês, o mês de abibe (Êx 12:3). Cristo cumpriu todas as profecias messiânicas e todas as festas que para Ele apontavam. O profeta Zacarias havia escrito: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salva- dor, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta” (Zc 9:9). Jesus ordenou a dois de seus discípulos que tomassem um jumentinho emprestado e, montando nele, entrou na cidade de Jerusalém. Ellen G. White escreveu: “Foi no primeiro dia da semana que Jesus fez Sua entrada triunfal em Jerusalém” (O Desejado de Todas as Nações, p. 399). As multidões cla- mavam “Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!” (Mt 21:9). Toda a cidade estava pronta para coroá-Lo rei; mas, Jesus não aceitou e saiu de cena. Ellen G. White explica: “Enquanto o povo estava reunido em Je- rusalém para a celebração da Páscoa, Ele, o Cordeiro de Deus, representado pelos sacrifícios simbólicos, voluntariamente Se pôs de parte como oblação [sacrifício]” (O Desejado de Todas as Nações, p. 400). E por que Ele fez isso? Porque aquele domingo era o dia 10 de abibe, quando o cordeiro pascal de- veria ser separado. Na quinta-feira, dia 14 de abibe, véspera de Sua morte, Jesus pediu aos discípulos que preparassem a Páscoa (Lc 22:8). Em uma sala do andar supe- rior de uma casa, depois de ter participado da ceia pascal, Jesus começou a ensiná-los como deveriam relembrar Seu sacrifício por meio da Ceia do Se- nhor a partir de então (Jo 13:1). Assim como a Páscoa era uma lembrança da libertação do Egito, hoje a Ceia do Senhor é a constante lembrança da morte redentora do Cordeiro de Deus no Calvário para nos libertar do cativeiro do pecado (1Co 11:26). Na sexta-feira, dia 15 de abibe do ano 31, Jesus morreu na cruz. Na hora em que o sacrifício vespertino seria apresentado no santuário, o verdadeiro sa- crifício estava sendo oferecido na cruz. Nesse exato momento, o véu do san- tuário se rasgou de alto a baixo, indicando que todos os sacrifícios não eram mais necessários, pois o Cordeiro de Deus havia sido imolado (Mt 27:50, 51). Pergunta de transição: Cristo morreu como um criminoso? Qual a re- lação entre os sacrifícios de cordeiros e a condenação de criminosos?
  • 24. 22 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO RESGATADOR 3. CORDEIRO PASCAL E MALDITO DE DEUS Em Israel, os piores criminosos eram mortos e pendurados em um su- porte de madeira, como advertência à sociedade. Quem sofria essa mor- te era considerado o pior tipo de pessoa, o mais vil criminoso. O próprio Deus havia instruído Moisés: “o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt 21:23). É curioso notar que poucos versículos antes no texto de Deuteronômio, o último crime passível de morte a ser mencionado era o de um filho rebelde e desobediente. Ele deveria ser apedrejado e morto. Tragicamente, Cristo, o divino Filho de Deus, apesar de só ter feito o bem em sua vida, apesar de ter sido perfeito e “obediente”, foi considerado como um dos piores criminosos e destinado “à morte, e morte de cruz” (Fp 2:8), um maldito de Deus. Paulo aplica o texto de Moisés a Jesus, ao afirmar que “Cristo nos resga- tou da maldição da lei, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar” (Gl 3:13). Perceba que Jesus não foi o preço para pagar a maldição, mas a própria maldição. Por quê? Porque Ele carregou em Si todos os pecados da humanidade de toda a história. Todas as mentiras, todos os assassinatos, roubos, torturas, traições, abusos e crueldades inimagináveis foram transfe- ridos para Cristo, que os assumiu na cruz, como se Ele os tivesse cometido. O Inocente, então, foi considerado culpado de todos esses pecados e Se tornou um Réu divino, digno da mais terrível morte. A esse ponto, o Pai Se separou dEle, e Sua ligação com Deus não foi mais sentida. Em seu desespero, Cristo clamou: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46). Na cruz, Jesus sofreu a morte eterna, uma morte que estava decretada sobre mim e você. Sabemos que Jesus venceu na cruz e ressuscitou. Tal- vez isso pareça diminuir de alguma forma o infinito peso que Ele carregou. Quem sabe isso transmite a impressão de que tenha sido fácil para Ele, que era Deus. Contudo, não podemos nos esquecer de que Ele também era um ser humano como nós. Ele sofreu como ninguém sofreu nem jamais sofrerá. Por favor, reflita nessas palavras: “A culpa de todo descendente de Adão pesava-Lhe sobre a alma. A ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniquidade, encheram de consternação a alma de Seu Filho. Em toda a Sua vida Cristo havia anunciado ao mundo caído as boas-novas da mi- sericórdia do Pai, de Seu amor cheio de perdão. A salvação para o maior pecador tinha sido Seu tema. Mas agora, com o terrível peso de culpas que carrega, não pode ver a face reconciliadora do Pai. O afastamento do sem- blante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou- -Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem. Tão grande era essa agonia, que Ele mal sentia a dor física” (O Desejado de Todas as Nações, p. 753). Je sa op no Su pr tit pe cr Se vi C da Cr et A a ho tr en
  • 25. Semana Santa 2020 | 23 CRISTO, NOSSO RESGATADOR u- r- io to to ra o. m mo 8), a- r” a da os, e- O ou ou to da al- u. ue m á. de sa da mi- or ue m- u- da a” O profeta Isaías havia declarado 700 anos antes da primeira vinda de Jesus: “Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nos- sas dores levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:4, 5). Sete séculos antes de Cristo, um profeta de Deus descreveu de maneira clara o sofrimento vicário ou subs- titutivo do Messias. Seria um sofrimento altruísta, não por Si mesmo, mas pelos outros, por mim e por você! É impossível valorizar suficientemente tudo o que Jesus fez por nós na cruz. Graças à Sua morte em nosso lugar, temos o direito à vida eterna. Por Seu sacrifício, somos salvos da condenação à morte e temos a esperança da vida eterna. Louvado seja Seu nome! CONCLUSÃO Assim como o sangue do cordeiro pascal deveria ser passado nos batentes das portas para livrar os primogênitos da morte, hoje o precioso sangue de Cristo deve ser passado em seu coração para que você seja liberto da morte eterna. APELO O sacrifício já foi realizado. Sua salvação é oferecida por Aquele que deu a vida por você. É gratuita para você, mas custou muito caro para Ele. Cristo hoje o convida a aceitar Seu precioso sangue para purificar seus pecados e transformar sua vida. Não deixe para amanhã. Tome uma decisão agora, enquanto há tempo. Permita que Cristo reine em seu coração e em sua vida.
  • 27. Semana Santa 2020 | 25 TERÇ A C RI STO, NOSSA GA RA N TIA SAUDAÇÃO TEXTO CHAVE: Êxodo 25:8 “E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles”. INTRODUÇÃO Desde a queda de nossos primeiros pais, a redenção humana dependia da vinda do Messias libertador. Já no Éden, um animal inocente teve que dar seu sangue e sua pele para cobrir a nudez do casal. Assim, o ser humano deveria sempre se lembrar de que o Filho de Deus teria que dar a vida para expiar sua transgressão e que unicamente a justiça de Cristo seria suficiente para cobri-lo. Para manter o plano da salvação vivo na memória dos seres humanos, Deus ordenou a Moisés que construísse um santuário no deserto (Êx 25:8). O santuário e seus serviços ilustram três fases do ministério de Cristo em favor da salvação do ser humano: (1) Seu sacrifício substitutivo; (2) Sua me- diação sacerdotal; e (3) o julgamento final. A partir de hoje, nos próximos dias, vamos analisar essas três fases. Hoje vamos aprender sobre a primei- ra, o sacrifício substitutivo de Cristo, tipificado por todos os animais que morriam diariamente no pátio do santuário. Pergunta de transição: Como era o santuário que Deus mandou construir? Qual foi o modelo usado por Moisés?
  • 28. 26 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSA GARANTIA 1. O SANTUÁRIO TERRESTRE Por meio da construção de altares e do sacrifício de animais, tanto Adão quanto os patriarcas posteriores exerciam fé no Messias que estava por vir. Todos esperavam o “descendente da mulher” (Gn 3:15) que esmagaria a ca- beça da serpente. Após libertar Seu povo do Egito, Deus deu a Moisés uma visão do santuário celestial e ordenou a construção de um santuário que fosse uma cópia do modelo mostrado a ele no monte (Êx 25:8, 9, 40). O tabernáculo foi constru- ído de tal maneira que podia ser todo desmontado e carregado pelos israe- litas em todas as suas jornadas pelo deserto. A tenda sagrada ficava em um espaço aberto chamado pátio, o qual estava rodeado de cortinas de linho fino, suspensas por colunas de cobre. O edifício era dividido em dois com- partimentos, chamados santo e santíssimo, separados apenas por uma linda cortina, ou véu, suspensa em colunas chapeadas de ouro. No primeiro compartimento, ou lugar santo, estavam a mesa dos pães da proposição, o castiçal ou candelabro com sete lâmpadas e o altar de incenso. Além do véu interior estava o santo dos santos ou santíssimo, e nesse com- partimento ficava a arca da aliança. Esta havia sido feita para ser o recep- táculo das tábuas de pedra sobre as quais o próprio Deus havia escrito os Dez Mandamentos com Seu dedo. A cobertura da caixa sagrada chamava-se propiciatório. Este era feito de uma peça inteiriça de ouro, e sobre ele havia dois querubins, também de ouro, um de cada lado. Acima do propiciatório aparecia a shekinah ou manifestação da presença divina. Pergunta de transição: Como funcionava a salvação para aqueles que viveram antes da primeira vinda de Jesus? Qual era a garantia de eles eram perdoados? 2. OS SACRIFÍCIOS NO SANTUÁRIO Para que o perdão pudesse ser alcançado, os israelitas deveriam levar uma oferta até ao santuário, onde, na presença do sacerdote, o animal deveria ser sacrificado. Para cada tipo de pecado havia um animal designado pela lei. Além dos animais trazidos pelos ofertantes, o próprio santuário provia diariamente dois cordeiros para o holocausto (Êx 29:38, 39). Eram oferecidos um pela manhã e outro à tarde. Esse sacrifício contínuo, como era chama- do, servia para beneficiar os pobres que não tinham animais para levar ao santuário e ofertar por seus pecados. Também servia para os israelitas que porventura estivessem longe ou mesmo a caminho do santuário. O sacrifício contínuo era um sinal da contínua graça e do perdão divino em favor da- queles que creem nEle. Esse sacrifício, assim como todos os outros, de fato não produziam expiação (substituição dos pecados). Todos os sacrifícios só teriam efeito se Jesus desse Sua vida na cruz, “porque é impossível que o sa de ga O té of os ca Su qu ap te Po qu e de P pe 3. se ta em tr A m e a qu en “e do da es
  • 29. Semana Santa 2020 | 27 CRISTO, NOSSA GARANTIA ão ir. a- io do u- e- m ho m- da da o. m- p- os se ia io es de ma ia la ia os a- ao ue io a- to só o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hb 10:4). Jesus era a garantia de salvação para os antigos ofertantes de animais, assim como Ele é nossa garantia hoje. O altar de holocausto Tudo no santuário, inclusive os móveis, apontava para Jesus e Seu minis- tério em favor do ser humano. No pátio, achava-se o altar de cobre para as ofertas queimadas ou holocaustos. Sobre esse altar eram consumidos todos os sacrifícios, e nas suas pontas era aspergido o sangue dos animais sacrifi- cados. O altar de holocausto era um símbolo do Calvário, local onde Jesus daria Sua vida em favor da humanidade (Mt 27:50, 51; Hb 10:10-12). Os sacrifícios que aconteciam no pátio eram repetitivos; dia após dia, mês após mês, ano após ano. Em contraste, o antítipo – o verdadeiro sacrifício expiatório, a mor- te de Jesus no Calvário, ocorreu uma vez por todas (Hb 9:26-28; 10:10-14). Por isso, João Batista declarou, referindo-se a Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Ele é o verdadeiro Cordeiro de Deus, e somente por meio de Seu sangue podemos ter a vida eterna. Seu sangue foi derramado uma vez por todas (Hb 10:10, 12). Pergunta de transição: Quando Jesus cumpriu o papel de oferta pelos nossos pecados e garantiu nossa salvação? 3. O SACRIFÍCIO DE JESUS Deus nos assegura em Sua Palavra que certamente não fará coisa alguma sem antes revelar Seus segredos a Seus servos, os profetas (Am 3:7). Ao es- tabelecer o plano da salvação, um dia foi marcado para que Cristo morresse em lugar do pecador. Essa data foi revelada por meio de uma profecia regis- trada no livro de Daniel. A profecia das setenta semanas (Dn 9:24-27) Essa profecia de tempo compõe a explicação da profecia das 2.300 tardes e manhãs, ou anos, dada no capítulo 8. Ela havia permanecido sem explicação, e o profeta Daniel ficou muito triste e perturbado. Então, começou a orar e a confessar os pecados de Israel, incluindo-se entre eles, pois lhe pareceu que Deus os estava rejeitando e que o cativeiro duraria para sempre. Então, enquanto Daniel orava, Deus enviou um anjo para confortá-lo e fazer-lhe “entender o sentido” da profecia (Dn 9:20-22). Para começar, em Daniel 9 é explicado que o primeiro período da profecia do capítulo 8 seria composto de 70 semanas de anos, as quais seriam corta- das ou extraídas do período profético maior de 2.300 anos. “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer
  • 30. 28 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSA GARANTIA cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o San- to dos Santos” (Dn 9:24). Como resposta à oração de Daniel pelo perdão dos pecados de Seu povo, Deus lhe mostrou que esses pecados seriam perdoados mediante a vinda e o sacrifício do Ungido, o Messias, e que isso ocorreria dentro de “setenta semanas”. Logicamente, como já foi adiantado, elas não se tratavam de semanas literais. Para entender melhor essa profecia de tempo, é preciso descobrir por que ela se estende por quase cinco séculos e qual é seu ano de início. Se aplicar- mos o princípio profético em que um dia profético equivale a um ano literal (Nm 14:34; Ez 4:6, 7), então temos um período de 490 anos literais (70 sema- nas de anos x sete = 490 anos). Mas quando se iniciaria esse período? Em Da- niel 9:25 temos a resposta: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para res- taurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas”. O ponto de partida para o período profético das 70 semanas é a ordem para “restaurar e para edificar” a cidade de Jerusalém. De acordo com o livro de Esdras, houve três decretos alusivos à recons- trução da cidade de Jerusalém. Um decreto de Ciro (Ed 1), outro, de Dario (Ed 6), e o último, de Artaxerxes (Ed 7). Todavia, como esses decretos eram cumulativos (ver Ed 6:14), deve-se levar em conta a data do 3o decreto, o de Artaxerxes, e este entrou em vigência no ano 457 a.C., quando de fato os muros foram reconstruídos. Ou seja, quando se passassem sete semanas (49 anos), mais 62 semanas (434 anos), ou seja, 69 semanas no total (483 anos), o Ungido (o Messias) Se apresentaria ao mundo. A expressão “ungido”, na profecia, refere-se ao batismo de Jesus, o momento em que Ele foi ungido pelo Espírito Santo (Mt 3:16) e iniciou Seu ministério público. Nesse dia, Ele foi chamado de “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29), pois Ele havia vindo para “dar fim aos pecados”, como a profecia de Daniel indicava (Dn 9:24). Assim, se avançarmos 483 anos a partir do ano 457 a.C., chegaremos ao ano 27 d.C., ou seja, o ano do batismo de Jesus. Então o anjo informou a Daniel: “Ele [o Messias] fará firme aliança com muitos por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares” (Dn 9:27). Jesus foi batizado no ano 27 d.C. e fez “aliança com muitos por uma semana”, ou seja, mais sete anos, o que nos leva ao ano 34 d.C. Essa aliança foi feita com muitos judeus, mas o Sinédrio, o corpo go- vernante da nação judaica, rejeitou a Jesus, assim como muitos do povo em Jerusalém e na Judeia também. Essa situação demarcou uma transição no avanço da pregação de Cristo e dos apóstolos, até ali restrita ao povo judeu. De acordo com a profecia das 70 semanas, ou 490 anos, o fim do status de Israel, em um plano nacional como agência evangelizadora, foi assinalado no apedrejamento de Estêvão (At 7:54-58). Isso ocorreu no ano 34 da Era Cristã. Devemos nos lembrar, no entanto, que, segundo Paulo, Deus não re- jeitou o povo judeu (Rm 11:1); o próprio Paulo, sendo um israelita, era um dos maiores pregadores do evangelho, se não o maior. Todos os outros após- to ta pr vi do úl d. cr ba O 31 se pa ci pe du do re de m os de C ju ao m o A em se op Se vi
  • 31. Semana Santa 2020 | 29 CRISTO, NOSSA GARANTIA e, n- os os ia ão ue r- al a- a- s- e 70 . s- io m o os 49 s), na do le 9), el C., m a ça no o- m no u. de do ra e- m s- tolos eram judeus. De fato, havia um remanescente israelita que tinha acei- tado o Messias (Rm 11:3, 4). Inúmeros sacerdotes “obedeciam à fé” (At 6:7). O principal ponto em Daniel 9:24-27 é o tempo em que o Messias viria e daria a vida pelas transgressões do povo de Israel, assim como pelas de todo o mun- do. Essa foi a resposta divina à oração de confissão e intercessão de Daniel. O Messias faria “cessar o sacrifício e a oferta de manjares” na metade da última semana (Dn 9:27). Daí, conclui-se que Jesus teria morrido no ano 31 d.C. Como Cristo fez cessar os sacrifícios do templo? Dando Sua vida sobre a cruz. Isso ocorre exatamente no ano 31 d.C., três anos e meio depois de Seu batismo, por volta dos 33 anos de idade. O fim do sistema sacrifical Por meio da profecia das 70 semanas, sabemos o ano da morte de Jesus: 31 d.C. Sabemos o mês: o mês da Páscoa (abibe ou nisã). Sabemos o dia, uma sexta-feira, dia 15, pois na quinta, dia 14, os discípulos prepararam a Páscoa, participando do cordeiro pascal. Sabemos também a hora, pois Jesus foi cru- cificado às 9 horas da manhã; ao meio-dia houve trevas sobre a terra, que perduraram até 15 horas, hora de Sua morte (Mc 15:25; 33-38). No exato momento da morte de Jesus, “o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo” (Mc 15:38). Assim, todo o cerimonial estabeleci- do para representar o caráter mediador da obra de Cristo e Sua morte para redimir o mundo foi cumprido. Não haveria mais necessidade do sacrifício de animais, porque o acontecimento para o qual apontavam havia se consu- mado. Quando Jesus exclamou na cruz: “Está consumado” (Jo 19:32), todos os rituais que representavam simbolicamente esse sacrifício se tornaram desnecessários. CONCLUSÃO Na cruz, a penalidade pelo pecado humano foi plenamente cumprida. A justiça divina foi satisfeita. Sob a perspectiva legal, o mundo foi restaurado ao favor divino. A expiação ou reconciliação foi completada na cruz, confor- me o tempo previsto pela profecia. Cristo Se sacrificou uma vez por todas, e o pecador que se arrepende pode confiar plenamente no amoroso Salvador. APELO Os planos de Deus sempre se cumprem, mas, para que eles se realizem em sua vida, você precisa permitir. Ele pode salvar todos ao seu redor, mas, se você não quiser, não será salvo. Permanecerá perdido, mesmo havendo oportunidade de salvação. Qual é sua decisão hoje? Entregue sua vida ao Senhor enquanto é tempo, confesse seus pecados e Ele lhe dará salvação e vida eterna.
  • 33. Semana Santa 2020 | 31 QUARTA C RI STO, NOSSA E SPE RA NÇA SAUDAÇÃO TEXTO CHAVE: 1 Coríntios 15:20 “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”. INTRODUÇÃO Festas são ocasiões de alegria. São oportunidades de expressar felici- dade e gratidão, unindo a família e pessoas queridas. O povo de Israel celebrava várias festas ao longo do ano. Essas festas comemoravam eventos importantes da história daquela nação, que revelavam como Deus os havia libertado da escravidão no Egito e conduzido a uma terra que lhes daria sustento e conforto. Por outro lado, as festas também eram prefigurativas ou tipológicas, uma vez que apontavam para eventos futuros do plano da redenção. Todas as festas tinham alguma relação com o Salvador. As festas estavam ligadas ao ciclo agrícola de Israel, marcado pelas colhei- tas, e ocorriam em duas estações do ano. As festas da primavera (Páscoa, Pães Asmos, Primícias e festa das Semanas ou Pentecostes) ocorriam no iní- cio do ano e culminavam no início da colheita do trigo. Essas festas apon- tavam para os eventos relativos ao primeiro advento de Cristo. As festas do outono (Trombetas, Expiação e Tabernáculos) ocorriam após a colheita e apontavam para os eventos relativos ao segundo advento de Jesus. Hoje aprenderemos um pouco mais sobre a festa das Primícias e o que ela nos ensina sobre Cristo e nossa salvação. Pergunta de transição: Como a festa das Primícias era celebra- da em Israel nos tempos bíblicos? Qual era seu significado para aquele povo?
  • 34. 32 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSA ESPERANÇA 1. A FESTA DAS PRIMÍCIAS Deus orientou a Moisés: “Disse mais o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra que vos dou, e segardes a sua messe, então, trareis um molho das primícias da vossa messe ao sacer- dote; este moverá o molho perante o SENHOR, para que sejais aceitos; no dia imediato ao sábado, o sacerdote o moverá. No dia em que moverdes o molho, oferecereis um cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao SENHOR (Lv 23:9-12). A festa das Primícias ocorria no início do ano do calendário religioso de Israel, dentro das festividades da Páscoa. A Páscoa era celebrada no dia 14 do primeiro mês, então era seguida pela festa dos Pães Asmos, que ocorria sempre no dia seguinte, em 15 de abibe. Já a festa das Primícias era celebra- da no dia seguinte, o dia 16. Não era santa convocação, ou uma grande festa como as outras, mas envolvia a realização de um rito cheio de significado. Assim como todas as outras festas, o propósito era levar Israel a entender, por meio dos rituais e sacrifícios, que Deus lhes havia concedido a terra e as colheitas. O ritual basicamente envolvia a apresentação de um molho, ou seja, um feixe de plantas colhidas diante de Deus. “A cevada era o primeiro cereal a produzir-se […] e no início da festa estava começando a amadure- cer. Um molho deste cereal era movido pelo sacerdote diante do altar de Deus, em reconhecimento de que todas as coisas eram dEle. Antes que esta cerimônia se realizasse não se devia fazer a colheita” (Patriarcas e Profetas, p. 539). O feixe deveria ser apresentado para que o povo fosse aceito (Lv 23:11). Segundo a tradição judaica, era requerido dos israelitas um ritual de pre- paração para a festa das Primícias. Uma parte de um campo era delimitada no dia 14 para ser dedicada à festa. Certamente, era a parte com as plantas mais saudáveis e carregadas de bons frutos. Três homens selecionados cor- tavam a cevada na presença de testemunhas. Depois de serem cortados, os feixes eram amarrados em um feixe maior e então apresentados diante do Senhor (Comentário Bíblico Adventista, v. 1, p. 871). A festa era celebrada para agradecer a Deus pelos frutos da terra; ou seja, tudo o que fosse colhido primeiro era apresentado ao Senhor como uma forma de gratidão pela pro- visão de alimento. Contudo, a cerimônia da oferta do molho movido também apontava para outras colheitas. A partir dela, deveriam ser contadas sete semanas, quan- do a colheita de trigo, o cereal mais importante, nascia. Esta era a festa das Semanas (Pentecostes, no Novo Testamento), pois ocorria 50 dias depois da festa das Primícias. Pergunta de transição: Uma vez que as festas também eram prefi- gurativas ou tipológicas, para que evento futuro a festa das Primí- cias apontava? 2. m su na ex re sa pa ce N pr su çã de su Cr er lo al po as lu ta m sa nh 53 co re (L El cr ai ça ca
  • 35. Semana Santa 2020 | 33 CRISTO, NOSSA ESPERANÇA os a r- no o ao de 14 ia a- ta r, e ou ro e- de ta as, Lv e- da as r- os do da do o- ra n- as da fi- mí- 2. CRISTO, NOSSAS PRIMÍCIAS Em 1 Coríntios 15:20, o apóstolo Paulo afirma que Jesus representa “as pri- mícias dos que dormem,” em uma clara referência à festa das Primícias. Je- sus é o primeiro “feixe” do plano da redenção. Sua ressurreição após a morte na cruz e apresentação diante do Pai logo em seguida foi o cumprimento exato do ritual antigo da apresentação do feixe da colheita. Logo após Sua ressurreição, Jesus Se apresentou ao Pai e teve a confirmação de que Seu sacrifício foi aceito (Jo 20:17). Assim como os primeiros grãos de cereal eram sinal de sustento e vida para mais um ano, Jesus como o “Pão vivo que desceu do Céu” (Jo 6:51), era a certeza de que haveria vida não só para mais um ano, mas para a eternidade. Não somente vida abundante, verdadeira felicidade e paz no presente, mas a própria vitória eterna sobre a morte! Com Sua ressurreição, Jesus garantiu uma grande colheita de salvos res- suscitados, daqueles justos que dormiram nas sepulturas esperando a reden- ção final. Cristo foi as primícias, o sinal de garantia da parte do próprio Deus de que a ressurreição dos justos está assegurada. Assim como na visão de José, feixes colhidos representavam pessoas de sua família (Gn 37:7, 8), o ritual do molho movido representava a pessoa de Cristo. O cereal envolvido também guarda aplicações interessantes. A cevada era o cereal que enfrentava as piores condições climáticas para amadurecer logo após o inverno, no início da primavera. Era o mais barato e o principal alimento dos pobres. Da mesma forma, Jesus veio a este mundo como uma pobre criança, viveu como um servo pobre e, desde o nascimento, enfrentou as maiores dificuldades para nos salvar. Ele ainda teve de enfrentar terríveis lutas e adversidades. Por isso, o apóstolo nos apela: “considerai, pois, aten- tamente, Aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra Si mesmo…” (Hb 12:3). Pense um pouco no que Jesus precisou enfrentar para salvar você da morte eterna! Assim como a flor da farinha era amassada e apresentada diante do Se- nhor na festa das Primícias, Ele foi “moído pelas nossas iniquidades” (Is 53:5). Assim como a oferta devia ser agradável ao Senhor, a oferta de Jesus como Cordeiro de Deus também agradou ao Pai e foi suficiente para a nossa redenção (Is 53:10). Como Primícia, Ele foi apresentado primeiro, a fim de que fôssemos aceitos (Lv 23:11). Por meio de Cristo, somos aceitos diante de Deus, temos acesso a Ele. Antes, éramos pecadores em rebelião, agora somos reconciliados por uma cruz fincada entre o Céu e a Terra (Rm 5:1-11). Já éramos amados enquanto ainda inimigos de Deus. Agora, em Cristo, somos mais do que aceitos e abra- çados no reino do Pai, assim como o filho ou a filha distante que volta para casa. Portanto, se Jesus foi aceito, nós somos aceitos. Você é aceito por Deus.
  • 36. 34 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSA ESPERANÇA O cronômetro divino é perfeito. No ano em que Jesus deu Sua vida por nós, Sua ressurreição ocorreu exatamente no dia da oferta do molho movido, na festa das Primícias (Mt 28:1, 6). Os planos de Deus são perfeitos. Ele sempre age na hora certa. Assim Ele agiu ao longo da história sagrada e assim Ele atua em nossa vida. Se você está ouvindo esta mensagem hoje, é porque este é o momento, esta é a hora em que você precisa ouvir, porque você também precisa de Deus. Sem Ele, você não tem esperança de um futuro melhor. So- mente nEle você encontra o perdão e a transformação de que tanto precisa para viver. Os que creem em Jesus e põem sua fé inteiramente nEle não se desesperam diante da morte, pois sabem que Cristo foi as primícias. A morte de Cristo foi algo tão poderoso que, no exato momento em que Ele deu Seu último suspiro na cruz, pessoas ressuscitaram em Jerusalém: “tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram” (Mt 27:51, 52). Aqueles ressuscitados foram troféus da vitória de Jesus sobre a morte e eram apenas uma amostra, as primícias, da grande colheita de salvos que ainda está por vir. No Apocalipse, a segunda vinda de Jesus é representada como uma vasta colheita que vai envolver todo o planeta. Ele é descrito, simbolicamente, com uma foice na mão para com ela colher a humanidade, trazendo salvação e julgamento à Terra (Ap 14:14-16). Pergunta de transição: Como a ressurreição de Jesus se relaciona com a ressurreição de todos os salvos? 3. ESPERANÇA DE VIDA ETERNA Ao ressuscitar, Jesus obteve uma vitória definitiva sobre Satanás e a mor- te. Não precisamos ter medo, pois Aquele que nos ama e deu Sua vida por nós tem as chaves da morte e da sepultura (Ap 1:18). De Sua ressurreição de- pende a de todos os filhos de Deus. Conforme o apóstolo Paulo argumenta, Se Ele não tivesse ressuscitado, nossa fé e nossa pregação seriam vãs, sem proveito nenhum (1Co 15:13, 14). Felizmente, não é assim. Cristo ressusci- tou, vive, reina e virá nos buscar! “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda” (1Co 15:23). Todos os salvos olham com esperança, como Marta, para a ressurreição do último dia (Jo 11:24). Paulo tinha essa esperança e estava certo de que rece- beria a coroa da vida na volta de Jesus (2Tm 4:8). Graças à ressurreição de Cristo, podemos ter esperança de reencontrar entes queridos que já perdemos e de receber finalmente a vida eterna. Ele é nossa esperança. Jesus mesmo prometeu: “Não vos maravilheis disto, por- que vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os qu do rã nó qu pe te C Je fa Je no A El D Ab D Q
  • 37. Semana Santa 2020 | 35 CRISTO, NOSSA ESPERANÇA ós, na re le te m o- sa m oi ro se m, ia de da o la 6). na r- or e- a, m ci- m: 3). do e- ar le r- ua os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5:28, 29). To- dos os salvos serão ressuscitados por Ele no dia da Sua volta e então recebe- rão a recompensa eterna pela oferta de salvação que Cristo fez na cruz por nós (Ap 22:12). O espírito festivo das celebrações do Israel antigo representa a alegria que sentimos pela salvação que Deus nos oferece em Jesus. Temos a doce es- perança, a certeza do perdão e plena confiança diante do futuro. Em Jesus, temos a esperança da vida eterna. CONCLUSÃO Imagine como será maravilhoso o grande reencontro dos salvos quando Jesus voltar. Será uma ocasião gloriosa, quando todos serão reunidos em família e jamais se separarão. Tudo isso, graças ao extraordinário amor de Jesus, Sua morte e ressurreição em nosso favor. Louvado seja Seu santo nome! Ele é nossas primícias. APELO Pense um momento no sacrifício de Jesus. Pense em quantas dificuldades Ele precisou enfrentar para salvar você. O pecado é mortal e nos separa de Deus. Somente em Cristo somos aceitos pelo Pai. Entregue hoje sua vida. Abandone seus pecados. Você precisa aceitar a Cristo para ser perdoado por Deus e viver para sempre em Seu reino. Jesus chama. Qual é a sua decisão? Quando um filho volta aos braços do Pai, há uma grande festa!
  • 39. Semana Santa 2020 | 37 QUIN TA C RI STO, NOSSO A DVO GADO SAUDAÇÃO TEXTO CHAVE: 1 João 2:1 “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, toda- via, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo”. INTRODUÇÃO Você já cometeu algum erro e se sentiu culpado? Em algum momento de sua vida já precisou de alguém para pôr a mão em seu ombro e di- zer que acredita em você? É maravilhoso ter um defensor quando sabemos que precisamos de ajuda. Além de dar Sua vida por nós, Cristo também atua como nosso Advogado diante de Deus. Para entender isso, precisamos olhar para o passado e analisar como os sacerdotes atuavam no santuário. O santuário e seus serviços ilustram três fases do ministério de Cristo em favor de nossa salvação: (1) Seu sacrifício substitutivo; (2) Sua mediação sacerdotal; e (3) o julgamento final. Hoje vamos aprender sobre a segunda fase, a da mediação sacerdotal de Jesus conforme simbolizada pelo minis- tério diário do sacerdote no pátio e no primeiro compartimento do santu- ário terrestre. As principais verdades ensinadas pelo ministério dos sacerdotes no san- tuário terrestre eram que o pecador não tinha acesso a Deus, mas que Deus havia estabelecido Sua tenda entre os pecadores. Para se aproximar de Deus e obter perdão e salvação, o pecador precisava de um mediador, o sacerdote. Hoje, da mesma forma, somente por meio do nosso Sumo Sacerdote, Cristo Jesus, podemos ter acesso a Deus. Para compreender esse assunto, é preciso lembrar que o santuário terres- tre, construído por Moisés, e o santuário celestial, que serviu de modelo para o terrestre (Êx 25:9, 40), relacionam-se de duas formas: estrutural e funcio-
  • 40. 38 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO ADVOGADO nalmente. A estrutura de dois compartimentos do santuário terrestre aponta não somente para um santuário celestial com duas partes (santo e santíssi- mo), mas também para o ministério de Cristo em duas fases, corresponden- tes aos serviços desses dois lugares (Ap 1:12-16; 8:3-5; 11:19). Isso nos revela que Cristo ministraria como os sacerdotes faziam no santuário terrestre. Pergunta de transição: Como o ministério do lugar santo no san- tuário terrestre funcionava? Qual a importância desse ministério para a salvação das pessoas da época? 1. O MINISTÉRIO DO LUGAR SANTO O ritual diário do sacerdote no santuário terrestre incluía os seguintes serviços: (a) ofertar um cordeiro sobre o altar de holocausto de manhã e ou- tro à tarde, com as devidas ofertas de manjares e libações (sacrifício contí- nuo); (b) manter acesas, com óleo sagrado, as lâmpadas do castiçal do lugar santo; (c) ofertar incenso com todo o serviço que o acompanhava; (d) repor os pães da proposição a cada sábado; (e) oferecer sacrifícios individuais, como as ofertas pelo pecado, ofertas queimadas, de manjares e pacíficas; e muitos outros deveres, como os sacrifícios pela purificação de leprosos, vo- tos de nazireu, o provimento de lenha para o altar de holocaustos, o cuidado com as cinzas, a vigilância do santuário, etc. O recinto do templo, desde o amanhecer até que se fechassem as portas à noitinha, era um lugar muito agitado para os sacerdotes e levitas. Como vimos, de fato, o pecador não tinha acesso a Deus, e, para obter perdão e salvação, precisava de um sacrifício e de um mediador. Somente mediante o sacerdote ele poderia ser representado diante de Deus. O acesso a Deus era simbolizado pela presença de diversos móveis no interior do lu- gar santo: o altar de incenso, o candelabro e a mesa dos pães da proposição. Portanto, o serviço diário do sacerdote provia expiação por meio do sangue derramado; intercessão mediante a nuvem de fumaça que subia do altar de incenso; vida física e espiritual, por meio dos pães da proposição, e luz, por meio das sete lâmpadas do castiçal. Pergunta de transição: Quando Jesus iniciou Seu ministério sa- cerdotal em nosso favor? 2. O SACERDÓCIO DE CRISTO Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e, após haver ressuscitado, permaneceu ainda 40 dias com os discípulos (At 1:1-3). Durante esse perí- odo, apareceu a eles várias vezes. Desejava-lhes dar provas de que havia ressuscitado e deixar orientações claras com respeito à obra que deveriam executar. Chegou o dia, porém, que deveria ascender definitivamente ao Céu e cumprir a promessa de enviar o Consolador, o Espírito Santo (Jo 14:16, 17). Se ex pe A ou co qu ta fe ri er qu to de re ri ha nã qu fic sa cr o lo to Cé re P é 3. cr ri a m
  • 41. Semana Santa 2020 | 39 CRISTO, NOSSO ADVOGADO ta si- n- la - es u- tí- ar or is, e o- do o to er te so u- o. ue de or o, rí- ia m éu 7). Se Cristo não fosse ao Céu, o Consolador não viria (Jo 16:7). Depois de ter sido exaltado e entronizado, Jesus enviou o Espírito (At 2:32, 33), o que nos faz pensar na antiga festa das Semanas, ou festa do Pentecostes. A festa de Pentecostes (ou festa das Semanas) A última festa da primavera celebrada em Israel era a Festa das Semanas ou festa do Pentecostes (Dt 16:9, 10). Como vimos, a colheita dos cereais começava com a colheita da cevada, na festa das Primícias. Ela terminava quando os campos de trigo eram colhidos, na festa do Pentecostes. Essa fes- ta era assim chamada porque acontecia 50 dias depois da apresentação do feixe com os primeiros frutos, na festa das Primícias (ver Lv 23:15, 16). O cumprimento da festa do Pentecostes consistiu na grande colheita espi- ritual proporcionada pela descida do Espírito Santo no dia em que a festa era realizada, exatamente 50 dias após a ressurreição de Cristo. Os três mil que foram batizados naquele dia podem ser considerados os primeiros fru- tos da obra do evangelho, pois a festa do Pentecostes também era chamada de festa da Colheita (Êx 23:16). Contudo, a festa do Pentecostes tem outro significado ainda mais belo. Ela representa o momento da entronização de Cristo como sacerdote no santuá- rio celestial. Em João 7:39 lemos: “Isto Ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nEle cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”. Isso significa que a vinda do Espírito Santo no Pentecostes foi uma evidência da glori- ficação de Cristo no santuário celestial, quando Ele deu início à Sua obra sacerdotal no santuário. Pedro, em seu discurso no dia de Pentecostes, usa duas passagens das Es- crituras para explicar o evento. Primeiramente, cita o livro de Joel, e depois, o Salmo 110, que é um retrato da entronização de Cristo. Quando os apósto- los receberam o Espírito Santo, esse foi certamente o momento em que Cris- to estava sendo ungido para começar Sua função sacerdotal no santuário no Céu (ver At 2:14, 15). O livro de Hebreus também nos revela que, após Sua ressurreição, Jesus ascendeu ao Céu e foi para o santuário (Hb 8:1, 2). Pergunta de transição: Por que o ministério sacerdotal de Cristo é essencial para nossa salvação? 3. UM ADVOGADO JUNTO AO PAI Na cruz, Jesus efetuou completa expiação em favor dos pecadores. Seu sa- crifício nos garante o direito à vida eterna. Porém, é mediante seu ministé- rio sacerdotal no santuário celestial que esse sacrifício expiatório é aplicado a todo o que nEle crê. É ao Cristo vivo que nos dirigimos hoje, não ao Cristo morto. É o Cristo ressurreto que vive e intercede por nós diante do Pai, não
  • 42. 40 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO ADVOGADO a imagem congelada de um Jesus emagrecido exposto na cruz. A cruz não é um evento presente, mas passado. Hoje, é do Cristo vivo, do nosso Sumo Sa- cerdote que recebemos a salvação. Suas mãos estão marcadas pelos cravos, mas elas não estão mais sangrando. As cicatrizes das palmas de Suas mãos se levantam diante do Pai para mostrar o preço de nossa redenção e cobrir nossos pecados diante das santíssimas exigências de Deus. Conforme ocor- ria no serviço dos sacerdotes em Israel, Jesus ministra agora em nosso favor e aplica os méritos de Seu sacrifício, concedendo-nos perdão e vida eterna. Um Mediador entre Deus e os seres humanos (1Tm 2:5, 6) Paulo ensina que Cristo é o Mediador entre Deus e os seres humanos, pois Ele é plenamente Deus e plenamente homem. Ele é a ponte que nos recon- ciliou com o Pai (2Co 5:18), o único que teve uma vida sem pecado, morreu pela raça humana e, em seguida, venceu a morte por meio da própria ressur- reição. Ele possui autoridade e as credenciais necessárias para nos represen- tar e interceder diante de Deus. Contrariamente aos sacrifícios de animais, o sacrifício de Jesus foi perfeito e realizado “uma vez para sempre” (Hb 7:27). Uma obra especial (1Jo 2:1) Como Ele intercede por nós? No santuário antigo, após o sacrifício do ani- mal, o sangue deveria ser levado pelo sacerdote para dentro do santuário em um recipiente. O sangue era levado até um altar de ouro e uma cortina que separava o lugar santo do lugar santíssimo. O sacerdote molhava seu dedo no sangue que havia no recipiente, o passava nas pontas do altar de incenso e espargia a cortina com gotas de sangue. Atrás da cortina, a pre- sença de Deus se revelava por meio da shekinah, uma luz que pairava aci- ma da arca da aliança, fechada com uma tampa (o propiciatório) com dois anjos esculpidos, e dentro da qual ficava a lei de Deus. Ou seja, o sangue era espargido sobre a tampa da arca, diante da presen- ça de Deus, para aplicar o pagamento da penalidade que o pecador deveria sofrer. Em vez do sangue do pecador ser apresentado, era levado o sangue de uma vítima que havia morrido em seu lugar. O sangue era o preço que a lei de Deus exigia do pecador. A lei de Deus é uma expressão de Seu ca- ráter justo e amoroso, e ela exigia a morte do transgressor. Por meio do sacrifício, da mediação do sacerdote e da apresentação do sangue dentro do santuário, bem como dos outros serviços, os pecadores poderiam ser poupados pelo Deus santo. A mediação do sacerdote e todo o serviço do santuário eram o único meio de os pecadores terem acesso a Deus e ao perdão que Ele oferece. Da mesma forma, após aceitar o sacrifício da cruz, precisamos ir pela fé ao santuário celestial, onde Jesus apresenta Seu sangue em nosso favor. Assim, nossas orações se dirigem a um lugar específico. Isso é uma notícia fantástica! Ainda hoje temos um santuário, por mais que ele não seja visí- ve m te no de dã ve m 1: 1C é do C in vi po A ún qu Co
  • 43. Semana Santa 2020 | 41 CRISTO, NOSSO ADVOGADO é a- os, os ir r- or a. is n- eu r- n- o ). ni- io na eu de e- ci- is n- ia ue ue a- do ro er co e. fé r. ia sí- vel a nós. A cruz foi o preço pago, e esse preço é apresentado ininterrupta- mente no santuário celestial. A morte de Cristo foi para todos e é capaz de salvar todos, mas infelizmen- te nem todos serão salvos. Mesmo após termos aceitado a morte de Cristo no Calvário, precisamos que Ele, nosso grande Sacerdote, faça a aplicação de Seu sangue em nosso favor, no santuário celestial. Isso nos provê per- dão diário e nos fortalece no processo da santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hb 12:14). Hoje precisamos nos aproximar de Cristo com fé, mediante oração e confissão dos pecados para recebermos Seu perdão (1Jo 1:9). Ele é o Único capaz de nos auxiliar nas nossas fraquezas (Hb 4:14-16; 1Co 10:13), pois experimentou nossas dores e tentações, mas não pecou. Ele é nosso Advogado junto ao Pai. Lancemos sobre Jesus agora os nossos peca- dos, porque Ele cuida de nós (Mt 11:28-30; 1Pe 5:7). CONCLUSÃO Cristo nos proveu expiação, por meio de Seu sangue derramado (oferta); intercessão, mediante Seu ministério sacerdotal junto ao Pai (sacerdócio); vida física e espiritual, pois Ele é o Pão da Vida (pães da proposição); e luz, pois Ele é a Luz do mundo (candelabro). APELO Cristo provê cada uma das nossas necessidades. Nele se encontra nossa única esperança de salvação. Nele encontramos a segurança e o amparo de que tanto precisamos. Coloque sua fé Naquele que deu Sua vida por você. Consagre sua vida a Deus hoje.
  • 45. Semana Santa 2020 | 43 S EXTA C RI STO, N OSSO JUIZ SAUDAÇÃO TEXTO CHAVE: Hebreus 4:15 “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nos- sas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado”. INTRODUÇÃO OVocê já passou por alguma avaliação ou foi obrigado a esperar por al- gum resultado? Uma prova da escola ou da faculdade? Uma entrevista de emprego? O resultado de um exame médico ou biópsia? Certamente a es- pera gera alguma ansiedade e pensamentos de autoavaliação. Talvez pensou no que poderia ter feito melhor ou no que precisaria fazer diante dos possí- veis resultados. Nos tempos bíblicos, todo início de ano, o povo de Israel fazia um exercício de autoanálise e de reflexão. Isso ocorria na época do Dia da Expiação, quando o santuário era purificado. Nesse período, ocorria um tipo de juízo, quando o povo era chamado a “afligir a alma” e fazer um profundo autoexame (Lv 16:29-31). De fato, o santuário e seus serviços ilustram três fases do ministério de Cristo em favor da salvação do ser humano: (1) Seu sacrifício substitutivo; (2) Sua mediação sacerdotal; e (3) o julgamento final. Hoje vamos aprender sobre a terceira fase, o julgamento final, realizado por Jesus e tipificado pelo Dia da Expiação, o ministério anual do sumo sacerdote no segundo compar- timento do santuário terrestre, o santo dos santos ou santíssimo. Durante o ano, o santuário era contaminado pelos pecados do povo que, simbolicamente, eram transferidos para dentro do mesmo pelo sangue dos sacrifícios ou da carne da oferta consumida pelo sacerdote. Assim, o pecado era perdoado; o pecador, considerado limpo, mas a impureza ligada ao servi- ço do santuário com a manipulação do sangue ficava gravada no santuário. Por isso se fazia necessária uma purificação, a fim de, simbolicamente, lim- pá-lo dos pecados acumulados ao longo do ano.
  • 46. 44 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO JUIZ Pergunta de transição: Como era feita a purificação do santuário terrestre? Quando ela acontecia? 1. O JUÍZO NO SANTUÁRIO TERRESTRE Como já vimos nesta semana, o povo de Israel celebrava sete festas ao lon- go do ano. A mais importante era o Dia da Expiação. Ela acontecia sempre no 10o dia do 7o mês (tisri), que era o primeiro mês. Nessa data, entrava em cena a maior autoridade religiosa de Israel, o sumo sacerdote. Essa festa era a coluna mestra do sistema sacrifical. A cerimônia do Dia da Expiação tinha o propósito de fazer uma limpeza tripla: do sumo sacerdote e de sua família (Lv 16:6, 17), do povo de Israel (v. 17) e do santuário (v. 16, 20, 33). A preparação para a expiação começava dez dias antes, com a festa das Trombetas, que abriam o ano. Eram dias de arrependimento, destinados a operar uma mudança no coração que culminava no Dia da Expiação. O sumo sacerdote que fazia a expiação tinha uma preparação cuidadosa para esse evento: (a) no 3º dia do 7º mês, ele se mudava para os recintos do templo, para uma semana em oração e meditação, a fim de se afastar de algum erro significativo; (b) não dormia no dia anterior para que não lhe ocorresse qual- quer contaminação; (c) banhava-se e vestia vestes santas; e (d) usava vestes brancas e simples e, sem ostentação, apresentava-se diante de Deus. Todo o ritual do Dia da Expiação era realizado de dentro para fora, come- çando no lugar santíssimo, passando pelo lugar santo e terminando no pátio. Ao começar o serviço, o sumo sacerdote recebia dois bodes e um carneiro, os quais, juntamente com sua oferta pessoal, um novilho, eram apresentados perante o Senhor. Antes de o novilho ser morto, ele lançava sortes sobre os dois bodes, uma sorte pelo Senhor e outra por Azazel. Ele então matava o novilho, e um sacerdote colocava parte do sangue numa tigela. Enquanto isso, o sumo sacerdote tomava brasas do altar onde as ofertas eram queimadas e as colocava em um incensário. Enchia também as mãos com um incenso suave, e, levando ambos, entrava no Tabernáculo e passava ao lugar santíssimo. Colocava o incensário no propiciatório, o qual era co- berto por uma nuvem para que ele não morresse (Lv 16:13). Concluída essa parte, o sumo sacerdote saía para receber do sacerdote o sangue do novilho. Esse sangue era levado para o lugar santíssimo, onde era aspergido com o dedo sobre a tampa da arca da aliança (o propiciatório), por sete vezes. Ao voltar do lugar santíssimo, o sumo sacerdote matava o bode da expiação pelo pecado. Tornava a entrar no santíssimo, onde espargia o sangue do bode como fizera com o sangue do novilho sobre o propiciatório e diante do mes- mo. Feito isso, ele voltava ao pátio, onde abençoava o povo e tomava o bode por Azazel e o enviava ao deserto pela mão de um homem. Este abandonava o bode em um local bem distante, onde o mesmo morreria. Pe H 2. te a pe o pe pu se um pr qu sa A do re re m fic ri se Ez se tic “S sa as (D a. Dn en 1. a 18
  • 47. Semana Santa 2020 | 45 CRISTO, NOSSO JUIZ o n- re m ra ha ia as a mo se o, ro al- es e- o. os os os o as os va o- sa o. o Ao lo de s- de va Pergunta de transição: Qual o cumprimento do Dia da Expiação? Há também um dia de juízo para os seguidores de Jesus hoje? 2. O JUÍZO NO SANTUÁRIO CELESTIAL De acordo com o livro de Hebreus, os serviços e cerimônias do santuário terrestre eram um exemplar ou sombra das coisas celestiais (Hb 8:5). Logo, a purificação do santuário terrestre ilustrava a obra de Cristo em favor do pecador e o juízo que seria realizado no Céu. Do ponto de vista do pecador, o sacrifício de Cristo na cruz foi completo, mas os registros dos pecados permanecem. Por essa razão, o santuário no Céu precisa passar por uma purificação. O Apocalipse ensina que, na volta de Jesus, a recompensa será dada a cada ser humano, de acordo com suas obras (Ap 22:12). Logo, é necessário que uma obra de investigação ou juízo preceda a volta de Jesus. Essa obra era prefigurada pelo grande Dia da Expiação em Israel. Chegará o momento em que Deus começará a julgar os habitantes da Terra, definindo quem será salvo e habitará a cidade santa. A profecia da data do juízo A purificação anual do santuário terrestre apontava para uma purificação do santuário celestial. É evidente que não existe pecado no Céu, mas sim o registro de pecados (Ap 20:12; Is 65:6, 7), e estes devem ser apagados dos registros dos justos por um processo judicial. Em Daniel 8:14, lemos: “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será puri- ficado”. Ou seja, quando se passassem 2.300 dias proféticos, o santuário se- ria purificado. Aplicando o princípio dia/ano de interpretação profética (ou seja, cada dia em profecia equivale a um ano literal, conforme Nm 14:34; Ez 4:6, 7), quando se passassem 2.300 anos, o santuário seria purificado; ou seja, chegaria o dia do juízo. O próximo passo é descobrir quando começa esse período profé- tico. O anjo Gabriel volta para explicar a profecia a Daniel e dá o evento: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jeru- salém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos” (Dn 9:25). A ordem para “restaurar e edificar Jerusalém” foi promulgada no ano 457 a.C. (ver Ed 6:14; e o capítulo 7). Viajando os 490 anos, dados aos judeus (ver Dn 9:24), chegamos ao ano 34 d.C., quando Estêvão foi apedrejado. Restam então 1.810 anos do período maior de 2.300 anos. Basta agora adicionar os 1.810 anos restantes, e a profecia alcança o tempo exato em que se iniciaria a purificação do santuário, ou seja, 1844. Assim, no Dia da Expiação do ano 1844, que ocorreu no dia 22 de outubro, teve início o juízo, e Cristo deixou
  • 48. 46 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO JUIZ o lugar santo do santuário para iniciar, no lugar santíssimo, uma obra de purificação. Assim, da mesma forma que o sumo sacerdote voltava ao pátio para abençoar o povo, quando Jesus terminar a Sua obra de juízo, Ele volta- rá à Terra para abençoar Seu povo e levá-lo para o Céu (Mt 25:34). As fases do juízo Esse juízo no Céu está dividido em três fases: (a) juízo pré-advento; (b) juízo comprobatório; e (c) juízo executivo. Na primeira fase são analisados apenas os casos daqueles que um dia aceitaram a Jesus como Salvador. Essa fase começou no dia 22 de outubro de 1844 e vai terminar quando Jesus en- cerrar sua obra no santíssimo do santuário (ver Ap 15:8; 22:11). A segunda fase do juízo (comprobatório) ocorrerá durante o milênio (Ap 20:4). Esse será o juízo dos ímpios, ou seja, daqueles que não aceitaram Jesus como Salvador. Isso não significa que haverá esperança para eles; o juízo ocorre apenas para tornar claro, perante todo o Universo, o motivo da sua perdição. Nenhuma dúvida deverá ficar sobre o caráter e a justiça de Deus em salvar uns e condenar outros. Já a terceira fase do juízo (executivo) será a aplicação da sentença sobre os ímpios e acontecerá somente depois do milênio. João viu a Cida- de Santa, a Nova Jerusalém, descer do Céu (Ap 21:9); viu a segunda ressur- reição, quando todos os ímpios saíram dos sepulcros (Ap 20:5); viu Satanás sendo solto e enganando os ímpios para que atacassem a cidade. Quando, porém, sitiaram a Cidade Santa, desceu fogo do céu e consumiu a todos (Ap 20:7-9). Esse será o fim dos ímpios, assim como de Satanás e seus anjos maus. Pergunta de transição: Como escapar desse juízo? Como podemos ser salvos neste momento em que os nomes estão sendo analisados no santuário celestial? 3. CRISTO – NOSSO JUIZ Só existe uma esperança de escapar da condenação no juízo e obter a vida eterna: entregando nosso caso nas mãos de Jesus, o justo Juiz (At 17:31). João ensinou que o “Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento” (Jo 5:22). Paulo ensina que Jesus é juiz dos vivos e dos mortos (At 10:42). O livro do Apocalipse, falando sobre os salvos, declara: “lavaram suas vestidu- ras e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7:14). Os salvos alcançaram uma rica experiência com Jesus. Creram em Seu sa- crifício expiatório e se apegaram a Seus méritos. Por isso a Bíblia declara: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe ne- nhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12). C Fi ve po as co ac o ca ac A pr ga ra de
  • 49. Semana Santa 2020 | 47 CRISTO, NOSSO JUIZ de io a- b) os sa n- io m o da de ça a- r- ás o, Ap us. os s da ão o” O u- a- a: e- os CONCLUSÃO O autor do livro de Hebreus nos faz um convite: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como grande Sumo Sacerdote que penetrou os Céus, conser- vemos firmes a nossa confissão. Porque não temos Sumo Sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna (Hb 4:14-16). Sim, o templo celestial tornou-se um lugar de expiação e julgamento, mas o Juiz nos ama e deseja conceder a todos os méritos de uma vida sem pe- cado, a única forma de escapar da condenação eterna. Por isso, vamos nos achegar a Ele com confiança! APELO Amigo, descobrimos hoje que um juízo está acontecendo no Céu e que precisamos avaliar profundamente nosso coração. O que ainda falta entre- gar para Deus? Cristo hoje está realizando um grande juízo, e precisamos rapidamente nos desfazer de tudo o que nos afasta de Deus. Tome hoje sua decisão. O tempo é agora.
  • 51. Semana Santa 2020 | 49 S ÁB ADO C RI STO, N OSSO REI SAUDAÇÃO TEXTO CHAVE: Apocalipse 19:16 “Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES”. INTRODUÇÃO Alguma vez você já teve a oportunidade de acampar? Já dormiu em uma barraca à luz de lanterna? Experiências assim marcam as lem- branças de pessoas de qualquer idade. Jovens, adolescentes e crianças que já passaram por isso sempre têm algo para contar. No antigo Israel ocorria uma das festas mais marcantes, Sukkot, “Cabanas”, mais conhecida como festa dos Tabernáculos. Nessa festa, os israelitas construíam cabanas e re- lembravam como havia sido a peregrinação de seus antepassados no deser- to, quando viviam em tendas ou cabanas. A festa dos Tabernáculos é a única que ainda não teve seu cumpri- mento tipológico. Ela aponta para um evento que está para se concretizar: a gloriosa volta de Jesus à Terra. De acordo com o livro de Hebreus, todos os serviços e cerimônias do santuário terrestre eram um exemplar ou sombra das coisas celestiais (Hb 8:5). O sumo sacerdote, concluída a obra da expia- ção, saía do santuário para abençoar o povo. Da mesma forma, um dia Jesus deporá Suas vestes de sumo sacerdote, vestirá Suas vestes reais e voltará em glória e majestade para buscar Seu povo, como prometeu (Jo 14:1-3). Pergunta de transição: Como a festa dos Tabernáculos era celebrada?
  • 52. 50 | Semana Santa 2020 CRISTO, NOSSO REI 1. A FESTA DOS TABERNÁCULOS A última festa em Israel era celebrada entre os dias 15 e 22 do sétimo mês (tisri). Era uma celebração de gratidão, e havia dupla razão para a alegria. A colheita do final do ano havia sido recolhida, e os meios de subsistência estavam assegurados. Então, as pessoas também se reuniam para se alegrar com os dons do perdão obtidos no Dia da Expiação. O propósito desse feriado também era lembrar a Israel a maneira como Deus os havia abençoado e protegido durante a longa jornada pelo deserto a caminho da Terra Prometida. Durante os sete dias da festa, o povo habitava em tendas para lembrar sua peregrinação no deserto. Em seguida, derrama- va-se água sobre o altar de holocausto, com um pote de ouro, comemorando os tempos em que Deus sempre forneceu água abundante no deserto. Além disso, acendiam-se quatro grandes candelabros no átrio do templo. Com imensa alegria, cantavam-se salmos ao som de instrumentos musicais. Tudo isso representava o pilar de fogo que iluminou e aqueceu os israelitas duran- te as noites frias de sua peregrinação. Pergunta de transição: O que a festa dos Tabernáculos nos ensina sobre a volta de Jesus? 2. A CEIA DAS BODAS DO CORDEIRO A festa dos Tabernáculos aponta para o tempo da restauração dos “novos céus e nova terra” que Deus fará após a eliminação do pecado e dos pecado- res. Isaías descreve que nessa nova criação os remidos terão alegria eterna, sem a dor do sofrimento, e se reunirão alegremente a cada sábado para ado- rar a Deus (Is 66:22, 23). Deus mesmo preparará uma grande festa. Os salvos em Cristo participarão de uma enorme ceia: a ceia das bodas do Cordeiro. “Bem-aventurados aque- les que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” (Ap 19:9). Esse é o mo- mento feliz quando os redimidos começarão a sentir a alegria da eternidade. Cada momento vivido será desfrutado com um misto de surpresa e gratidão. João, no Apocalipse, dá vislumbres daquela realização gloriosa e feliz quando descreve os redimidos celebrando com palmas nas mãos (Ap 7:9) e cantando louvores (Ap 7:10; 14:3). João escreveu: “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E acrescentou: São estas as verdadei- ras palavras de Deus” (Ap 19:9). Nos tempos bíblicos, as bodas ou festa de casamento poderiam durar vários dias. Todos os convidados precisavam usar um traje de festa especial. Na pa- rábola das bodas contada por Cristo (Mt 22:1-14), roupas de festa foram forne- cidas pelo próprio rei. Comparecer à festa sem a roupa devida traria desonra ao anfitrião e mancharia as festividades. A veste nupcial na parábola repre- senta a justiça de Cristo. Portanto, a rejeição da veste representa a rejeição daqueles traços de caráter que qualificam as pessoas para se tornarem filhos e filhas de Deus (Ap 19:8). Igualmente, significa rejeitar o sangue do Cordeiro, que lava as vestes. Ter as vestes lavadas pelo sangue de Cristo é o único meio de entrar na Cidade Santa pelas portas (Ap 22:14). P ev 3. m br ca ap to re nã ra di ca ta pr es m pe pa C cr “Q (Jo in ac al m es a A ár ta vo pe
  • 53. Semana Santa 2020 | 51 CRISTO, NOSSO REI ês a. ia ar mo a va a- do m m do n- na os o- a, o- ão e- o- e. o. do do ão ei- os a- e- ra e- ão os o, io Pergunta de transição: Como podemos nos preparar para esse evento? 3. NOSSO REI FUTURO Existem várias descrições da volta de Jesus na Bíblia. Porém, uma das mais ricas ocorre em Apocalipse 19. Jesus volta montado em um cavalo branco e, em Sua coxa, está escrito “Rei dos reis e Senhor dos senhores”. Na morte de Jesus, Pilatos mandou colocar uma placa na cruz, sobre a cabeça de Cristo: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus” (Mt 27:37). Mas Ele não é apenas o Rei dos Judeus, Ele é o Rei de toda a Terra, de todos os povos, de todas as gentes. Reconhecer esse senhorio é a chave para participar de Seu reino. Contudo, Jesus declarou enquanto andou pela Terra: “O Meu reino não é deste mundo” (Jo 18:36). Sim, Jesus não veio como rei em sua primei- ra vinda, pois não viria para governar este mundo corrupto; mas, Ele um dia virá para recriar este mundo em algo novo, e virá como Rei dos reis! Há uma pátria celestial aguardando todos nós (Fp 3:20). Milhares já des- cansaram nessa esperança. Os patriarcas e profetas a olharam com expec- tativa (Hb 11:13). Os salvos de todas as eras a valorizaram como a mais preciosa esperança. Paulo mesmo declarou: “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não so- mente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda” (2Tm 4:8). Sim, há uma coroa reservada para cada um de nós (Ap 2:10); há uma pedrinha branca com um novo nome (Ap 2:17) e vestes brancas de justiça para nos cobrir (Is 61:10). Tudo está pronto. Só falta você! CONCLUSÃO Jesus nos deu o segredo para estarmos prontos para esse reino: “Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16:16). Para Nicodemos, declarou: “Quem não nascer da água e do Espírito não pode ver o reino de Deus” (Jo 3:3-5). Pedro apelou: “E agora, porque te demoras? Lava teus pecados invocando o nome dele” (At 22:16). E João, falando sobre quem poderá ter acesso à Nova Jerusalém, escreveu: “Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas so- mente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Ap 21:27). Alegre-se! Você está sendo chamado. Seu nome está na lista, pois Aquele que o convida deu a vida por você. APELO Um dia no passado, Deus fez sua tenda entre nós e habitou em um santu- ário. Um dia, no futuro, estaremos com Ele, no Seu tabernáculo no Céu – “o tabernáculo de Deus com os homens” (Ap 21:3). Mas, para participar disso, você precisa tomar uma decisão. Aceite a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal e decida-se pelo batismo! Não perca esta chance!