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10 turbomáquinas hidráulicas - pt2
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10 turbomáquinas hidráulicas - pt2
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João Braga 1 Os principais tipos de turbinas hidráulicas são: • Pelton (outros semelhantes – Michell, Banki ou Ossberger) • Francis • Mista (Dériaz) • Kaplan A divisão dos tipos de turbinas pode ainda ser feita em dois grupos: • Turbinas de acção (actuadas por água à pressão atmosférica) • Turbinas de reacção (escoamento sob pressão) Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas - tipos
2.
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João Braga 2 Hidráulica II - Turbomáquinas Tomada de água para turbina
3.
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João Braga 3 A turbina Pelton é uma turbina hidráulica de reacção, que funciona portanto à pressão atmosférica. Esta é constituída por uma roda e um ou mais injectores, que efectuam a transformação de energia de pressão em energia cinética. Os jactos de água, ao chocarem com as pás da roda, geram o impulso que a faz mover. Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Pelton
4.
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João Braga 4 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Pelton
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João Braga 5 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Pelton Corte horizontal de turbina Pelton
6.
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João Braga 6 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Pelton - Características • Podem existir desde um (apesar de o mínimo normal serem dois) a seis injectores. • Os injectores possuem uma agulha que pode regular o jacto de água, diminuindo o caudal quando necessário, e de um deflector, que pode desviar a direcção do jacto; estes, em geral, apontam para a extremidade da roda. • É mais adequada para grandes quedas úteis. • Opera com maiores velocidades de rotação do eixo do rotor. • Funcionam com vasta gama de caudais sem perder eficiência. • Podem sofrer erosão no caso de a água não estar bem limpa, devido à força do impacto dos jactos de água, caso estes possuam areia, por exemplo. • Maior facilidade de evitar altas sobrepressões. • Maior simplicidade de manutenção.
7.
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João Braga 7 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Francis A turbina Francis é um tipo de turbina de acção, que funciona com um fluxo de água de fora para dentro. A água sob pressão entra por um ducto em espiral de secção decrescente, sendo desviada por um conjunto de pás estáticas do distribuidor para um rotor central. A água atravessa a parede lateral do rotor, empurrando um conjunto de pás do rotor, saindo pela base com pressão e velocidade reduzidas.
8.
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João Braga 8 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Francis Esquema geral de turbina Francis
9.
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João Braga 9 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Francis - características • Foi concebida por Jean-Victor Poncelet em 1820 e aperfeiçoada pelo engenheiro norte americano James Francis em 1849. • As pás estáticas podem ser ajustáveis. • São as mais usadas pela sua flexibilidade e eficiência. • Funcionam com quedas desde 10 até 650 m, a velocidades de 80 a 1000 rpm. • Não necessitam de uma estrutura tão grande como as Pelton, com menor custo de escavação e betonagem • O difusor é normalmente de secção decrescente, para promover a recuperação de parte da energia cinética e de pressão • O caudal é tanto maior quanto maior for a abertura das directrizes
10.
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João Braga 10 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Francis Turbina regulada para baixo caudal Turbina regulada para caudal elevado
11.
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João Braga 11 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Kaplan A turbina Kaplan é um tipo de turbina axial, de acordo com o movimento do líquido em relação à respectiva roda. Esta assemelha-se a um propulsor de um navio (hélice), e possui um sistema de pás servo-controláveis, por um sistema hidráulico a óleo sob pressão ligado a um servomotor.
12.
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João Braga 12 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Kaplan Turbina Kaplan da HACKER Turbina Kaplan da VOITH
13.
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João Braga 13 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Kaplan
14.
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João Braga 14 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Kaplan - características • Foram concebidas pelo engenheiro austríaco Victor Kaplan que, a partir de estudos teóricos e experimentais, criou um novo tipo de turbina a partir das turbinas hélice, com a possibilidade de variar o passo das pás do rotor e do distribuidor. • Aplicadas em quedas baixas (até 50 metros) e grandes volumes de água • O acionamento das pás, realizado por um sistema de bombeamento localizado fora da turbina, é conjugado ao das palheta do distribuidor, de modo que, para um determinada abertura do distribuidor, corresponde um determinado valor de inclinação das pás do rotor • Conseguem atingir altos rendimentos (até 94%)
15.
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João Braga 15 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas Kaplan - características
16.
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João Braga 16 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – domínio de aplicação
17.
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João Braga 17 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – domínio de aplicação
18.
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João Braga 18 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas - parâmetros • H0 – queda útil dos melhores rendimentos • Q0 – caudal máximo absorvido pela turbina para H0 • P0 – potência da turbina correspondente a H0 e Q0 • n – número de rotações por minuto • ns – número específico de rotações para a queda útil de 1 m • np – número de pás da roda
19.
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João Braga 19 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – número específico de rotações
20.
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João Braga 20 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – número específico de rotações Variação do número específico de rotações com a queda útil
21.
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João Braga 21 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – aspectos importantes Uma turbina funciona com caudais e quedas úteis que variam dentro de determinados intervalos. A velocidade de rotação, n, deve manter-se constante, em virtude da necessidade de conservar invariável a frequência da rede eléctrica alimentada. Numa dada altura do ano (queda útil constante), o caudal absorvido varia por se modificar ao longo do tempo o pedido de potência da rede eléctrica. O distribuidor é comandado por um órgão que aumenta ou diminui a abertura de modo a repor a igualdade entre o binário motor e o resistente, para uma dada velocidade de rotação do grupo. Por sua vez, a queda útil também varia lentamente ao longo do tempo, em consequência de se modificarem os níveis da água a montante.
22.
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João Braga 22 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – aspectos importantes Variação da secção do escoamento de acordo com a abertura do distribuidor
23.
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João Braga 23 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – variação do rendimento A cada par de valores do caudal e da queda útil com que uma turbina funciona em regime permanente (n = constante) corresponde um valor de rendimento. O seu valor mais elevado, designa-se de rendimento óptimo.
24.
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João Braga 24 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – variação do rendimento
25.
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João Braga 25 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – variação do rendimento
26.
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João Braga 26 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – diagramas em colina Às curvas que unem os pontos do diagrama (H, Q) ou (H, P) com igual valor de rendimento, chamam-se de diagrama em colina. À direita: ns = 111 a 178 rpm
27.
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João Braga 27 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – diagramas em colina Às curvas que unem os pontos do diagrama (H, Q) ou (H, P) com igual valor de rendimento, chamam-se de diagrama em colina. À direita: ns = 214 a 334 rpm
28.
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João Braga 28 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – vazio e embalamento Dois pontos de funcionamento de turbinas em regime permanente (não representados no diagrama em colina) devem ser destacados: o funcionamento em vazio e em embalamento.
29.
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João Braga 29 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – vazio e embalamento Uma turbina funciona em vazio quando gira à sua velocidade de regime e não fornece potência ao exterior (potência e rendimento nulos). Trata-se do ponto mais baixo dos gráficos anteriores, sendo o caudal absorvido no caso de turbinas Pelton e Kaplan de 7% do caudal máximo para H0. Uma turbina funciona em embalamento quando, a plena abertura do distribuidor (caudal máximo) e com o alternador desligado da rede, atinge o regime permanente, sendo a potência e o rendimento praticamente nulos. A ocorrência deste regime pressupõe também que o regulador de velocidade esteja fora de serviço. A velocidade de rotação em embalamento cresce com a queda a que a turbina estiver submetida. ns,embalamento = 1,8-1,9 ns,0 (Pelton) = 1,85-2,25 ns,0 (Francis)
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João Braga 30 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – queda bruta e queda útil
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João Braga 31 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – altura de aspiração Define-se altura de aspiração (hs) de uma turbina como a diferença entre a cota de uma secção característica da roda e o nível de água a jusante. Diz-se que a turbina funciona em contrapressão quando a altura de aspiração é negativa.
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João Braga 32 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – altura de aspiração
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João Braga 33 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – altura de aspiração
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João Braga 34 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – estratégia para a escolha O intervalo de variação da queda útil fornece a primeira orientação. Existem intervalos de H nos quais se pode aplicar mais de um tipo de turbina. Pelton: bom rendimento com variação da potência, menos problemas com sobrepressões, manutenção mais simples. Francis: Menos espaço exigido, maior velocidade de rotação, rendimentos mais altos para altas potências, menor custo da turbina (face às hélice). Kaplan: bons rendimentos face a ampla variação da potência e queda e maior velocidade de rotação do que as Francis, menor custo do alternador, roda e soleira do difusor a cotas inferiores (construção civil mais cara).
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João Braga 35 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – número de rotações
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João Braga 36 Hidráulica II - Turbomáquinas Turbinas – diâmetro de roda (Pelton)
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João Braga 37 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas Uma bomba hidráulica rotodinâmica compõe-se de dois elementos principais: a roda (ou rotor, ou ainda impulsor), que modifica as trajectórias líquidas, e o corpo da bomba. Os trechos da conduta são o tubo de sucção/aspiração e o tubo de impulsão/descarga. Consoante a direcção do escoamento, as bombas classificam-se em centrífugas, mistas ou axiais. Exemplo de bomba centrífuga
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João Braga 38 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas - tipos Bomba centrífuga de três andares (3 bombas em série, quando não se consegue altura de elevação com bom rendimento com apenas uma bomba
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João Braga 39 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – domínio de aplicação
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João Braga 40 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – número específico de rotações
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João Braga 41 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – número específico de rotações
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João Braga 42 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – variação do rendimento com ns
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João Braga 43 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – diagramas em colina Diagrama em colina de bomba centrífuga Sulzer [note-se as isolinhas de rendimento e as curvas H = H(Q) – cada uma respeitante a uma velocidade de rotação]
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João Braga 44 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – funcionamento em vazio e curto-circuito
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João Braga 45 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – influência de ns no andamento de H = H(Q) Como se pode ver à direita, as curvas características dependem do tipo de bomba e da velocidade de rotação. Com o aumento de ns, a relação H/H0 para o funcionamento em vazio cresce. Nas bombas centrífugas, a potência aumenta com o caudal a partir do vazio; nas axiais, a máxima potência corresponde a esse ponto. Logo, não é corrente neste tipo utilizar-se a jusante uma válvula de regulação do caudal.
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João Braga 46 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – influência de ns no andamento de H = H(Q) Curvas H = H(Q), P = P(Q) e η = η(Q) para bombas centrífugas (a), mistas (b) e axiais (c), em relação aos do ponto de rendimento óptimo
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João Braga 47 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – ponto de funcionamento Variação do caudal para instalações com altura de elevação diferentes Variação do caudal para bombas de curva característica diferente
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João Braga 48 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – bombas em série e em paralelo
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João Braga 49 Hidráulica II - Turbomáquinas Bombas – escolha de bombas
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