SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 45
Curso: QUÍMICA LICENCIATURA
Profa. Dra. HELILMA DE ANDRÉA PINHEIRO
Disciplina: ANÁLISE INSTRUMENTAL
1 - Eletrodo de referência Ag/AgCl
2 - Eletrodo de Trabalho ECV
3 - Eletrodo Auxiliar fio de Platina
FUNDAMENTOS DE ANÁLISE INSTRUMENTAL
Química Analítica
A química analítica é a ciência que estuda os princípios e
métodos teóricos da análise química.
A análise química consiste em um
conjunto de técnicas que permite
identificar quais os componentes que
se encontram presentes em uma
determinada amostra e sua quantidade,
visando a resolução de problemas
científicos, técnicos, econômicos e sociais.
Análise qualitativa
Análise quantitava
As substâncias identificadas e quantificadas são chamadas de ANALITOS e os
locais de onde foram retiradas estas amostras são chamados de MATRIZ.
OBERVAÇÃO: Análise Qualitativa
Tem como objetivo a identificação do analito na amostra:
 íons
 moléculas
 espécies atômicas
 grupos funcionais
A incerteza é dependente do método ou da técnica adotada.
Exemplos: identificação de benzeno na água, pesticidas em alimentos,
drogas no sangue, íons metálicos em uma amostra, etc.
OBERVAÇÃO: Análise Quantitativa
Tem como objetivo determinar a quantidade de um
analito em uma porção do material (amostra):
 íons
 moléculas
 espécies atômicas
 grupos funcionais
Origina uma resposta numérica.
A incerteza dessa resposta está implicitamente relacionada às
incertezas de todas as etapas adotadas durante o procedimento
experimental.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ANALÍTICOS
6
Síntese do 𝐅𝐞𝟐𝐎𝟑 pelo método dos precursores poliméricos
20,16 g de ácido cítrico
16,96 mL de etilenoglicol
7 g Fe𝐂𝐥𝟐. 𝟒 𝐇𝟐𝐎
50 mL de água
80ºC 120ºC
Estufa 80 °C
24 h
Calcinação 300 °C 2 h
Para formação do “puff”
Calcinação 500 °C
2 h
𝐅𝐞𝟐𝐎𝟑
Gravimetria é a determinação da concentração de um ou mais analito, de composição química definida,
em uma amostra, através da pesagem.
Gravimetria
Métodos Analíticos Clássicos
Os métodos clássicos apresentam três características
importantes relacionadas à obtenção das informações
qualitativas e quantitativas:
 uso de balança (gravimetria) e bureta (volumetria)
emprego de reações químicas como operações
prévias fundamentais do procedimento analítico
O que é a informação analítica desejada?
Determinação de baixas concentrações de elementos e
espécies em materiais de interesse: alimento, ambiental,
industrial...
4 µL
9
ECV
Procedimento de modificação do eletrodo
PGSTAT 302
Metrohm - Autollab
Fe2O3/MWCNT-COOH (1 mg mL-1)
Metanol + Nafion® (0,5%)
Método Analítico Instrumental
Eletroquimico
10
Avaliação da área eletroquimicamente ativa
Figura 1 - Voltamogramas cíclicos do ECV e ECV/Fe2O3/MWCNT-COOH obtidos na presença de
1x10-3 mol L-1 de K3[Fe(CN)6].
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
-12
-8
-4
0
4
8
12
0,0891cm
2
0,0659 cm
2
ECV
ECV/Fe2
O3/ MWCNT-COOH
I
/

A
E/V vs. Ag/AgCl
Métodos Analíticos Instrumentais
Técnicas Ópticas: Espectrofotometria molecular (absorção e
emissão), Espectrometria atômica (absorção e emissão)
 Técnicas Eletroanalíticas: Condutometria, Potenciometria,
Polarografia, Coulometria, Voltametria
Técnicas Magnéticas: Espectrometria de massas, Ressonância
magnética nuclear
 Técnicas Térmicas: Análise térmica diferencial,
Termogravimetria
 Técnicas Radioquímicas: Análise por ativação neutrônica
Microscopia Eletrônica de Varredura-MEV
Figura 2 - Imagens obtidas por MEV do
(A) Fe2O3, (B) MWCNT-COOH e do (C)
compósito Fe2O3/MWCNT COOH.
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
1080
1050
551
452
Numero de onda (cm
-1
)
452
551
Fe2
O3
500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000
Transmitância
(
u.a)
Fe2
O3
/MWCNT-COOH
MWCNT-COOH
3415
3415
1620
1620
Figura 3 - Espectros de FTIR das amostras de
Fe2O3, MWCNT-COOH e Fe2O3/MWCNT-COOH.
Fe2O3
Atribui
ção
MWC
NT
Atribui
ção
452
vt(Fe -
O)
1080 C - O
551
vt(Fe -
O)
1620 C = O
1050
hemati
ta
3415 H - O
Espectroscopia na região
do infravermelho
10 20 30 40 50 60 70 80
Fe2
O3
/MWCNT-COOH
Fe2
O3
Intensidade
(u.a.)
2grau
MWCNT-COOH
Figura 4 - Difratogramas das amostras dos
MWCNT-COOH, Fe2O3 e Fe2O3/ MWCNT-
COOH.
Fe2O3
2θ
Planos
Fe2O3
MWCNT
2θ
Planos
MWCNT
24,1° 012 25,6° 002
33,1° 104 42,1° 100
35,6° 110 - -
40,8° 113
-
-
-
-
49,5° 024
54,0° 116 - -
57,5º 122
-
-
-
-
62,4° 214 - -
64,1° 300
-
-
-
-
71,9° 1010
Difração de Raios X
1 - Eletrodo de referência Ag/AgCl
3 - Eletrodo de Trabalho ECV
2 - Eletrodo Auxiliar fio de Platina
Célula eletroquímica
-0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5
-40
-20
0
20
40
60
80
I
/

E/V vs. Ag/AgCl
ECV
MWCNT-COOH
Fe2O3
Fe2O3 / MWCNT-COOH
A
Eletroquímico
Aplicabilidade
Indústria, na medicina e em todas as outras ciências.
As concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono usadas para
diagnosticar e tratar doenças.
As quantidades de hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e monóxido de
carbono presentes nos gases de descarga veiculares - para se avaliar a
eficiência dos dispositivos de controle da poluição do ar.
As medidas quantitativas de cálcio iônico no soro sangüíneo ajudam no
diagnóstico de doenças da tireóide em seres humanos.
A determinação quantitativa de nitrogênio em alimentos indica o seu
valor protéico e, desta forma, o seu valor nutricional.
Aplicabilidade
A análise do aço na sua produção - o ajuste nas
concentrações de elementos, como o carbono, níquel e cromo, para
que se possa atingir a resistência física, a dureza, a resistência à
corrosão e a flexibilidade desejadas.
O teor de mercaptanas no gás de cozinha deve ser monitorado com
freqüência, para garantir que este tenha um odor ruim a fim de alertar
a ocorrência de vazamentos.
Os fazendeiros planejam a programação da fertilização e a irrigação
para satisfazer as necessidades das plantas, durante a estação de
crescimento, que são avaliadas a partir de análises quantitativas nas
plantas e nos solos nos quais elas crescem.
Seleção dos Métodos Instrumentais
 Objetivo da análise
 Exatidão requerida
 Teor do componente presente na amostra
 Recursos disponíveis
 Número de amostras a analisar
 Composição química da amostra
 Quantidade de amostra
O USO DE UM EQUIPAMENTO SOFISTICADO PARA A
DETECÇÃO DE UM SINAL ANALÍTICO NÃO É GARANTIADE
UM RESULTADO EXATO!
Escolha do método
Características dométodo
Eficiente, simples e rápido
Não deve implicar em danos aos materiais
usados na análise
Não deve ser passível de erros sistemáticos
Ter boa seletividade
Se possível, ter mínima manipulação
Resultados devem ser obtidos com a máxima
segurança operacional
TRATAMENTO DE DADOS ESTATÍSTICOS:
A calibração é uma etapa fundamental na
medida. Ela pode ser analisada através do
desempenho de um instrumento.
Vamos estudar a precisão, bias,
sensibilidade, limite de detecção,
faixa de concentração e
seletividade
PADRONIZAÇÃO E CALIBRAÇÃO
CONCEITOS:
 Precisão
 Precisão
 Bias
 Sensibilidade
 Limite de Detecção
 Faixa Dinâmica
 Seletividade
MÉTODOS DECALIBRAÇÃO
 Para muitos tipos de análises químicas, a resposta para o procedimento
analítico deve ser avaliado para quantidades conhecidas de constituintes
(chamados padrões), de forma que a resposta para uma quantidade
desconhecida possa ser interpretada.
 Curva de calibração externa ou curva analítica
 Curva de adição de padrão
 Padrão interno
CURVA DE CALIBRAÇÃO OU CURVA
ANALÍTICA
 Uma curva de calibraçãomostra a resposta de um método analítico
para
quantidades conhecidas de constituinte.
 Soluções contendo concentrações conhecidas de constituinte são
chamadas de
solução padrão.
 Soluções contendo todos os reagentes e solventes usados na análise,
sem adição do constituinte que se deseja analisar, são chamadas de
solução em branco. O branco mede a resposta instrumental do
procedimento analítico para impurezas ou espécies interferentes nos
reagentes.
Branco
 Os brancos indicam a interferência de outras espécies na amostra e os traços de
analito encontrados nos reagentes usados na preservação, preparação e análise.
Medidas frequentes de brancos também permitem detectar se analitos
provenientes de amostras previamente analisadas estão contaminando as novas
análises, por estarem aderidos aos recipientes ou aos instrumentos.
1. Branco do método
2. Branco para reagentes
3. Branco de campo
Branco de método: é uma amostra que contém todos os constituintes exceto o
analito, e deve ser usada durante todas as etapas do procedimento analítico.
Branco para reagente: é semelhante ao branco de método, mas ele não foi
submetido a todos os procedimentos de preparo de amostra.
Branco de campo: é semelhante a um branco de método, mas ele foi exposto ao
local de amostragem.
25
Ao realizarmos qualquer medida instrumental, devemos ter em mente os
seguintes questionamentos.
MÉTODOS DECALIBRAÇÃO E VALIDAÇÃO
 A técnica instrumental possui sensibilidade suficiente
para a análise do analito de interesse?
 As análises são reprodutíveis e também são confiáveis?
 Para refletirmos sobre esses questionamentos, devemos
levar em consideração os CUSTOS, LIMITES DE DETECÇÃO E
QUANTIFICAÇÃO, SENSIBILIDADE, SELETIVIDADE,
, PRECISÃO e EXATIDÃO.
 A técnica instrumental é a mais indicada para
a realização da análise a ser realizada?
 Limite de Detecção LD ou Cm
Concentração ou massa mínima de um analito que
pode ser detectado em um nível confiável.
 Limite de Quantificação (LQ)
Menor concentração, ou massa, que é medida com um
nível aceitável de confiança.
26
MÉTODOS DECALIBRAÇÃO E VALIDAÇÃO
 Em ambos:
 S = Desvio-padrão da concentração  m = Inclinação
 X = Média da concentração  t = t de Student
de Detecção e
realizam-se as medidas
Obtenção dos Limites
Quantificação
Prepara-se 7 a 10 brancos e
(leituras).
devem ser
Cabe ressaltar que as medidas
realizadas frente a uma curva analítica.
27
MÉTODOS DECALIBRAÇÃO E VALIDAÇÃO
28
 Exemplo:
Calcule LD e LQ para as medidas realizadas em um amperímetro,
segundo os dados abaixo, sabendo que o coeficiente angular da
curva (inclinação) é 0,229 nA/µM.
Bco Sinal nA/µM
1 1,3
2 1,7
3 1,6
4 1,2
5 1,0
6 1,2
7 1,4
8 1,6
9 1,8
10 1,7
Faixa de concentração do analito em que a resposta é
proporcional ao sinal analítico.
Assim, ao aumentar ou diminuir a concentração “n” vezes,
obtém-se um sinal “n” vezes maior ou menor.
A recíproca é verdadeira: assim, ao aumentar ou diminuir o
sinal “n” vezes, obtém-se uma concentração “n” vezes
maior ou menor.
29
Faixa Linear
30
Métodos de Calibração e
Validação
 Faixa Linear de Trabalho (FLT)
É também chamado de FAIXA ÓTIMA DE TRABALHO (FOT).
 Faixa que se estende de LQ até o LIMITE DE RESPOSTA
LINEAR (LRL).
 Faixa Dinâmica
Intervalo de concentração concentração mensurável.
Concentração (mol L-1) Ipa (µA) B Ipa (µA) T Ipa (µA) X
0,25 29,74 (±0,02) 46,03 (±0,27) 22,25 (±0,23)
0,5 43,84 (±0,10) 63,36 (±0,04) 34,09 (±0,21)
0,75 34,81 (±0,20) 52,65 (±0,24) 15,11 (±0,11)
Tabela 2 - Influência da concentração da solução H2SO4 (pH 1) sobre as correntes de pico
anódica, obtidas em concentrações de 200 µmol L-1 benzeno, Tolueno e xilenos. Amp = 0,02V;
fz= 40Hz e Es = 0,002 V.
 Método do Padrão Externo
Padrão  Concentração conhecida.
 V1
 V2  V3
 V5
 V4
 Y = aX +b
31
 S1  S2  S3  S4  S5
 Adição de quantidades crescentes do Padrão.
 Ajuste do volume com o BRANCO ANALÍTICO ou MATRIZ.
 Em alguns casos, pode-se completar com água: CURVA
AQUOSA.
32
Métodos de Calibração e
Validação
 Método do Padrão Externo
O método do Padrão Externo possui algumas limitações que
devem ser observadas e trabalhadas.
A primeira limitação é a possibilidade de interferência da Matriz. Na
existência de interferência causada por matriz, deve-se empregar o
MÉTODO DEADIÇÃO-PADRÃO.
A segunda limitação é a possibilidade de perda do analito no
decorrer da análise. Na existência de perda do analito no decorrer da
análise, deve-se empregar o MÉTODO DE PADRONIZAÇÃO
INTERNA.
33
Métodos de Calibração e
Validação
 Método de Adição Padrão – Método Gráfico
O padrão é adicionado em quantidades crescentes (assim
como no método do padrão-externo). Entretanto, a adição do
padrão acontece sobre um volume conhecido de solução da
amostra (mesmo volume e todos os balões).
Este método é empregado quando a matriz da amostra é
muito complexa e difícil de ser reproduzida.
 Método de Adição Padrão – Método Gráfico
Padrão  Concentração conhecida.
 S1  S2  S3  S4  S5
 V1
 V2  V3
 V5
 V4
 Cada
quantidade
34
balão possui uma
de amostra. Esta
quantidade deve ser a mesma em
cada balão.
 Método de Adição Padrão – Método Gráfico
 A concentração é calculada pela extrapolação da curva,
mantendo Y = 0, e considerando o valor em módulo.
35
Métodos de Calibração e
Validação
 Método de Adição Padrão – Método Gráfico
Ex 1: Calcule a concentração da espécie de interesse,
considerando-se a curva abaixo:
36
Parâmetros de Mérito
 Seletividade
Capacidade de distinguir o analito de outras espécies
presentes na amostra.
 Sensibilidade
É a capacidade de responder de forma confiável e
mensurável às variações de concentração do analito.
 O método deve apresentar LQ MENOR que as
concentrações a serem medidas.
Em uma curva de calibração, a sensibilidade é a
Inclinação da Curva (m).
 Quanto MAIOR a inclinação, MAIOR será a
sensibilidade.
37
Parâmetros de
Mérito
 Sensibilidade Analítica
É o quociente da inclinação da curva pelo desvio-padrão
da medida (que pode ser de uma única concentração, ou de
várias concentrações).
 Inclinação da curva.
 Desvio-padrão da medida.
38
Parâmetros de
Mérito
 Consiste na adição de uma quantidade conhecida de analito à amostra
para testar se a resposta da amostra corresponde ao esperado a partir da
curva de calibração.
 As amostras fortificadas são analisadas da mesma forma que as
desconhecidas.
 Deve-se adicionar pequenos volumes de um padrão concentrado para
evitar mudança significativa no volume de amostra.
39
RECUPERAÇÃO OU FORTIFICAÇÃO:
40
REPETIBILIDADE OU REPETIVIDADE
Máxima diferença aceitável entre duas repetições, vale dizer dois resultados
independentes, do mesmo ensaio, no mesmo laboratório e sob as mesmas
condições.
a) Mesma amostra;
b) Mesmo analista;
c) Mesmo equipamento;
d) Mesmo momento;
e) Mesmo ajuste;
f) Mesma calibração
Medida Ipc/µA (Benzeno) Ipc/µA (Tolueno) Ipc/µA (Xileno)
1 68,73 48,07 20,51
2 64,58 48,80 20,79
3 63,67 44,42 20,25
4 63,81 47,17 20,48
5 63,15 46,22 20,54
6 62,64 46,03 20,74
7 62,40 44,98 21,33
8 62,21 44,79 21,50
9 61,70 43,56 20,64
10 61,63 43,94 20,54
Média 63,45 45,89 20,83
DPR (%) 2,56 3,78 1,96
Avaliação da repetibilidade de medidas obtidas com ECV/Fe2O3/MWCNT-COOH
imerso em solução 0,5 mol L-1, de H2SO4 (pH 1,0) contendo 35 µmol L-1 de
benzeno e 53 µmol L-1 de tolueno e xilenos. Medidas conduzidas sob condições
experimentais e operacionais otimizadas.
42
Parâmetros de
Mérito
 REPRODUTIVIDADE OU REPRODUTIBILIDADE:
Máxima diferença aceitável entre dois resultados individuais paraum
mesmo processo e com demais condições comoespecificado.
a) Amostras diferentes do mesmo ponto amostral,ou
b) Diferentes analistas, ou
c) Diferentes equipamentos, ou
d) Diferentes técnicas, ou
e) Diferentes calibrações, ou ajustes.
Sensor Ipc (µA) B Ipc (µA) T Ipc (µA) X
1 60, 20 47,01 20,10
2 60, 86 46,15 21, 12
3 62,10 45, 52 21, 43
4 61, 20 48, 30 20, 69
5 62, 03 47, 19 21, 34
6 61, 29 45, 09 20, 14
Média 61,44 46,54 20,80
DPR (%) 0,81 3,99 2,82
Avaliação da reprodutibilidade do preparo do ECV/Fe2O3/MWCNT-
COOH. Medidas obtidas em 0,5 mol L-1 de H2SO4 (pH 1,0) contendo 35
µmol L-1 de benzeno e 53 µmol L-1 de tolueno e xilenos. Medidas
conduzidas sob condições experimentais e operacionais otimizada.
44
Parâmetros de
Mérito
 EXATIDÃO:
1. Testes de calibração: a cada dez análises realizadas um padrão de
concentração conhecida e diferentes dos usados para contruir a curva
de calibração deve ser analisado.
2. Recuperação da substância fortificada.
3. Amostra de controle de qualidade: são medidas do controle de qualidade
que ajuda a eliminar vícios introduzidos pelo analista, que sabe a
concentração das amostras de verificação de calibração. Amostras de
como se fossem
composição conhecida são fornecidas ao analista
desconhecida.
4. Brancos.
 PRECISÃO:
1. Amostras repetidas (repetibilidade).
2. Porções repetidas da mesma amostra (reprodutibilidade).
45
Validação do sensor proposto e considerações finais sobre o
ECV/FE2O3/MWCNT-COOH
Tabela 8 - Figuras de mérito determinadas na validação do sensor proposto.
Figura mérito Teste Realizado Resultado
Benzeno Tolueno Xileno
Exatidão Adição e Recuperação Satisfatório Satisfatório Satisfatório
Precisão
Repetibilidade das
medidas
Repetibilidade do
preparo do
sensor
2,56
0,81
3,78
3,99
1,96
2,82
Seletividade Estudo de interferentes Satisfatório Satisfatório Satisfatório
LD Para oxidação 0,78 µmolL-1 5,33 µmolL-1 20,38 µmolL-1
LQ Para oxidação 2,62 µmolL-1 17,77 µmolL-1 67,94 µmolL-1
Linearidade 2-35 µmolL-1 20-53 µmolL-1 20-53 µmolL-1

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 1 aula.pptx

Pratica de Medição em Instrumentos de Higiene Industrial
Pratica de Medição em Instrumentos de Higiene IndustrialPratica de Medição em Instrumentos de Higiene Industrial
Pratica de Medição em Instrumentos de Higiene IndustrialVerlaine Costa
 
ANÁLISE DE ALIMENTOS Aula-3-Introdução.ppt
ANÁLISE DE ALIMENTOS Aula-3-Introdução.pptANÁLISE DE ALIMENTOS Aula-3-Introdução.ppt
ANÁLISE DE ALIMENTOS Aula-3-Introdução.pptwedsongaldino1
 
introdução alimentos...................................
introdução alimentos...................................introdução alimentos...................................
introdução alimentos...................................andreferreira289855
 
01.análise de amostras reais e tratamento de dados 2
01.análise de amostras reais e tratamento de dados 201.análise de amostras reais e tratamento de dados 2
01.análise de amostras reais e tratamento de dados 2Diego Lima
 
1-Sequencia analítica.pdf
1-Sequencia analítica.pdf1-Sequencia analítica.pdf
1-Sequencia analítica.pdfjefferson BARROS
 
Insturmentacao Analitica Introducao.pdf
Insturmentacao Analitica Introducao.pdfInsturmentacao Analitica Introducao.pdf
Insturmentacao Analitica Introducao.pdfFlavioGlapinski1
 
Validação de métodos bioanalitico ICH Guideline
Validação de métodos bioanalitico ICH GuidelineValidação de métodos bioanalitico ICH Guideline
Validação de métodos bioanalitico ICH Guidelineigoreduardos08
 
Texto nº 1 Introdução-Análise Quantitativa
Texto nº 1   Introdução-Análise QuantitativaTexto nº 1   Introdução-Análise Quantitativa
Texto nº 1 Introdução-Análise QuantitativaMarta Pinheiro
 
Apostila de quimica analitica quantitativa ricardo bastos
Apostila de quimica analitica quantitativa   ricardo bastos Apostila de quimica analitica quantitativa   ricardo bastos
Apostila de quimica analitica quantitativa ricardo bastos Sayonara Silva
 
Seminário sobre Validação 2003
Seminário sobre Validação 2003Seminário sobre Validação 2003
Seminário sobre Validação 2003Adriana Quevedo
 
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdfApostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdfGermildoJuvenalMucha
 
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdfApostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdfBiancaCalderon4
 
Apresentação Toxilab Laboratório de Análises
Apresentação Toxilab Laboratório de AnálisesApresentação Toxilab Laboratório de Análises
Apresentação Toxilab Laboratório de Análisesadribender
 

Semelhante a 1 aula.pptx (20)

Aula 3-introdução
Aula 3-introduçãoAula 3-introdução
Aula 3-introdução
 
Quimica instrumental
Quimica instrumentalQuimica instrumental
Quimica instrumental
 
Pratica de Medição em Instrumentos de Higiene Industrial
Pratica de Medição em Instrumentos de Higiene IndustrialPratica de Medição em Instrumentos de Higiene Industrial
Pratica de Medição em Instrumentos de Higiene Industrial
 
ANÁLISE DE ALIMENTOS Aula-3-Introdução.ppt
ANÁLISE DE ALIMENTOS Aula-3-Introdução.pptANÁLISE DE ALIMENTOS Aula-3-Introdução.ppt
ANÁLISE DE ALIMENTOS Aula-3-Introdução.ppt
 
introdução alimentos...................................
introdução alimentos...................................introdução alimentos...................................
introdução alimentos...................................
 
01.análise de amostras reais e tratamento de dados 2
01.análise de amostras reais e tratamento de dados 201.análise de amostras reais e tratamento de dados 2
01.análise de amostras reais e tratamento de dados 2
 
1-Sequencia analítica.pdf
1-Sequencia analítica.pdf1-Sequencia analítica.pdf
1-Sequencia analítica.pdf
 
Validação de métodos analíticos
Validação de métodos analíticosValidação de métodos analíticos
Validação de métodos analíticos
 
Insturmentacao Analitica Introducao.pdf
Insturmentacao Analitica Introducao.pdfInsturmentacao Analitica Introducao.pdf
Insturmentacao Analitica Introducao.pdf
 
Validação de métodos bioanalitico ICH Guideline
Validação de métodos bioanalitico ICH GuidelineValidação de métodos bioanalitico ICH Guideline
Validação de métodos bioanalitico ICH Guideline
 
Aula-3-Introdução-parte-2.ppt
Aula-3-Introdução-parte-2.pptAula-3-Introdução-parte-2.ppt
Aula-3-Introdução-parte-2.ppt
 
Texto nº 1 Introdução-Análise Quantitativa
Texto nº 1   Introdução-Análise QuantitativaTexto nº 1   Introdução-Análise Quantitativa
Texto nº 1 Introdução-Análise Quantitativa
 
Apostila de quimica analitica quantitativa ricardo bastos
Apostila de quimica analitica quantitativa   ricardo bastos Apostila de quimica analitica quantitativa   ricardo bastos
Apostila de quimica analitica quantitativa ricardo bastos
 
Aula 2 - Validação de um método análitico.pdf
Aula 2 - Validação de um método análitico.pdfAula 2 - Validação de um método análitico.pdf
Aula 2 - Validação de um método análitico.pdf
 
Aula 1_Introducao a QAN.ppt
Aula 1_Introducao a QAN.pptAula 1_Introducao a QAN.ppt
Aula 1_Introducao a QAN.ppt
 
Seminário sobre Validação 2003
Seminário sobre Validação 2003Seminário sobre Validação 2003
Seminário sobre Validação 2003
 
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdfApostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
 
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdfApostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
Apostila de Quimica Analitica Quantitativa - Ricardo Bastos .pdf
 
Aula 01
Aula 01Aula 01
Aula 01
 
Apresentação Toxilab Laboratório de Análises
Apresentação Toxilab Laboratório de AnálisesApresentação Toxilab Laboratório de Análises
Apresentação Toxilab Laboratório de Análises
 

1 aula.pptx

  • 1. Curso: QUÍMICA LICENCIATURA Profa. Dra. HELILMA DE ANDRÉA PINHEIRO Disciplina: ANÁLISE INSTRUMENTAL 1 - Eletrodo de referência Ag/AgCl 2 - Eletrodo de Trabalho ECV 3 - Eletrodo Auxiliar fio de Platina FUNDAMENTOS DE ANÁLISE INSTRUMENTAL
  • 2. Química Analítica A química analítica é a ciência que estuda os princípios e métodos teóricos da análise química. A análise química consiste em um conjunto de técnicas que permite identificar quais os componentes que se encontram presentes em uma determinada amostra e sua quantidade, visando a resolução de problemas científicos, técnicos, econômicos e sociais. Análise qualitativa Análise quantitava As substâncias identificadas e quantificadas são chamadas de ANALITOS e os locais de onde foram retiradas estas amostras são chamados de MATRIZ.
  • 3. OBERVAÇÃO: Análise Qualitativa Tem como objetivo a identificação do analito na amostra:  íons  moléculas  espécies atômicas  grupos funcionais A incerteza é dependente do método ou da técnica adotada. Exemplos: identificação de benzeno na água, pesticidas em alimentos, drogas no sangue, íons metálicos em uma amostra, etc.
  • 4. OBERVAÇÃO: Análise Quantitativa Tem como objetivo determinar a quantidade de um analito em uma porção do material (amostra):  íons  moléculas  espécies atômicas  grupos funcionais Origina uma resposta numérica. A incerteza dessa resposta está implicitamente relacionada às incertezas de todas as etapas adotadas durante o procedimento experimental.
  • 6. 6 Síntese do 𝐅𝐞𝟐𝐎𝟑 pelo método dos precursores poliméricos 20,16 g de ácido cítrico 16,96 mL de etilenoglicol 7 g Fe𝐂𝐥𝟐. 𝟒 𝐇𝟐𝐎 50 mL de água 80ºC 120ºC Estufa 80 °C 24 h Calcinação 300 °C 2 h Para formação do “puff” Calcinação 500 °C 2 h 𝐅𝐞𝟐𝐎𝟑 Gravimetria é a determinação da concentração de um ou mais analito, de composição química definida, em uma amostra, através da pesagem. Gravimetria
  • 7. Métodos Analíticos Clássicos Os métodos clássicos apresentam três características importantes relacionadas à obtenção das informações qualitativas e quantitativas:  uso de balança (gravimetria) e bureta (volumetria) emprego de reações químicas como operações prévias fundamentais do procedimento analítico
  • 8. O que é a informação analítica desejada? Determinação de baixas concentrações de elementos e espécies em materiais de interesse: alimento, ambiental, industrial...
  • 9. 4 µL 9 ECV Procedimento de modificação do eletrodo PGSTAT 302 Metrohm - Autollab Fe2O3/MWCNT-COOH (1 mg mL-1) Metanol + Nafion® (0,5%) Método Analítico Instrumental Eletroquimico
  • 10. 10 Avaliação da área eletroquimicamente ativa Figura 1 - Voltamogramas cíclicos do ECV e ECV/Fe2O3/MWCNT-COOH obtidos na presença de 1x10-3 mol L-1 de K3[Fe(CN)6]. 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 -12 -8 -4 0 4 8 12 0,0891cm 2 0,0659 cm 2 ECV ECV/Fe2 O3/ MWCNT-COOH I /  A E/V vs. Ag/AgCl
  • 11. Métodos Analíticos Instrumentais Técnicas Ópticas: Espectrofotometria molecular (absorção e emissão), Espectrometria atômica (absorção e emissão)  Técnicas Eletroanalíticas: Condutometria, Potenciometria, Polarografia, Coulometria, Voltametria Técnicas Magnéticas: Espectrometria de massas, Ressonância magnética nuclear  Técnicas Térmicas: Análise térmica diferencial, Termogravimetria  Técnicas Radioquímicas: Análise por ativação neutrônica
  • 12. Microscopia Eletrônica de Varredura-MEV Figura 2 - Imagens obtidas por MEV do (A) Fe2O3, (B) MWCNT-COOH e do (C) compósito Fe2O3/MWCNT COOH.
  • 13. 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 1080 1050 551 452 Numero de onda (cm -1 ) 452 551 Fe2 O3 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 Transmitância ( u.a) Fe2 O3 /MWCNT-COOH MWCNT-COOH 3415 3415 1620 1620 Figura 3 - Espectros de FTIR das amostras de Fe2O3, MWCNT-COOH e Fe2O3/MWCNT-COOH. Fe2O3 Atribui ção MWC NT Atribui ção 452 vt(Fe - O) 1080 C - O 551 vt(Fe - O) 1620 C = O 1050 hemati ta 3415 H - O Espectroscopia na região do infravermelho
  • 14. 10 20 30 40 50 60 70 80 Fe2 O3 /MWCNT-COOH Fe2 O3 Intensidade (u.a.) 2grau MWCNT-COOH Figura 4 - Difratogramas das amostras dos MWCNT-COOH, Fe2O3 e Fe2O3/ MWCNT- COOH. Fe2O3 2θ Planos Fe2O3 MWCNT 2θ Planos MWCNT 24,1° 012 25,6° 002 33,1° 104 42,1° 100 35,6° 110 - - 40,8° 113 - - - - 49,5° 024 54,0° 116 - - 57,5º 122 - - - - 62,4° 214 - - 64,1° 300 - - - - 71,9° 1010 Difração de Raios X
  • 15. 1 - Eletrodo de referência Ag/AgCl 3 - Eletrodo de Trabalho ECV 2 - Eletrodo Auxiliar fio de Platina Célula eletroquímica -0.5 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 -40 -20 0 20 40 60 80 I /  E/V vs. Ag/AgCl ECV MWCNT-COOH Fe2O3 Fe2O3 / MWCNT-COOH A Eletroquímico
  • 16. Aplicabilidade Indústria, na medicina e em todas as outras ciências. As concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono usadas para diagnosticar e tratar doenças. As quantidades de hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono presentes nos gases de descarga veiculares - para se avaliar a eficiência dos dispositivos de controle da poluição do ar. As medidas quantitativas de cálcio iônico no soro sangüíneo ajudam no diagnóstico de doenças da tireóide em seres humanos. A determinação quantitativa de nitrogênio em alimentos indica o seu valor protéico e, desta forma, o seu valor nutricional.
  • 17. Aplicabilidade A análise do aço na sua produção - o ajuste nas concentrações de elementos, como o carbono, níquel e cromo, para que se possa atingir a resistência física, a dureza, a resistência à corrosão e a flexibilidade desejadas. O teor de mercaptanas no gás de cozinha deve ser monitorado com freqüência, para garantir que este tenha um odor ruim a fim de alertar a ocorrência de vazamentos. Os fazendeiros planejam a programação da fertilização e a irrigação para satisfazer as necessidades das plantas, durante a estação de crescimento, que são avaliadas a partir de análises quantitativas nas plantas e nos solos nos quais elas crescem.
  • 18. Seleção dos Métodos Instrumentais  Objetivo da análise  Exatidão requerida  Teor do componente presente na amostra  Recursos disponíveis  Número de amostras a analisar  Composição química da amostra  Quantidade de amostra O USO DE UM EQUIPAMENTO SOFISTICADO PARA A DETECÇÃO DE UM SINAL ANALÍTICO NÃO É GARANTIADE UM RESULTADO EXATO!
  • 19. Escolha do método Características dométodo Eficiente, simples e rápido Não deve implicar em danos aos materiais usados na análise Não deve ser passível de erros sistemáticos Ter boa seletividade Se possível, ter mínima manipulação Resultados devem ser obtidos com a máxima segurança operacional
  • 20. TRATAMENTO DE DADOS ESTATÍSTICOS: A calibração é uma etapa fundamental na medida. Ela pode ser analisada através do desempenho de um instrumento. Vamos estudar a precisão, bias, sensibilidade, limite de detecção, faixa de concentração e seletividade
  • 21. PADRONIZAÇÃO E CALIBRAÇÃO CONCEITOS:  Precisão  Precisão  Bias  Sensibilidade  Limite de Detecção  Faixa Dinâmica  Seletividade
  • 22. MÉTODOS DECALIBRAÇÃO  Para muitos tipos de análises químicas, a resposta para o procedimento analítico deve ser avaliado para quantidades conhecidas de constituintes (chamados padrões), de forma que a resposta para uma quantidade desconhecida possa ser interpretada.  Curva de calibração externa ou curva analítica  Curva de adição de padrão  Padrão interno
  • 23. CURVA DE CALIBRAÇÃO OU CURVA ANALÍTICA  Uma curva de calibraçãomostra a resposta de um método analítico para quantidades conhecidas de constituinte.  Soluções contendo concentrações conhecidas de constituinte são chamadas de solução padrão.  Soluções contendo todos os reagentes e solventes usados na análise, sem adição do constituinte que se deseja analisar, são chamadas de solução em branco. O branco mede a resposta instrumental do procedimento analítico para impurezas ou espécies interferentes nos reagentes.
  • 24. Branco  Os brancos indicam a interferência de outras espécies na amostra e os traços de analito encontrados nos reagentes usados na preservação, preparação e análise. Medidas frequentes de brancos também permitem detectar se analitos provenientes de amostras previamente analisadas estão contaminando as novas análises, por estarem aderidos aos recipientes ou aos instrumentos. 1. Branco do método 2. Branco para reagentes 3. Branco de campo Branco de método: é uma amostra que contém todos os constituintes exceto o analito, e deve ser usada durante todas as etapas do procedimento analítico. Branco para reagente: é semelhante ao branco de método, mas ele não foi submetido a todos os procedimentos de preparo de amostra. Branco de campo: é semelhante a um branco de método, mas ele foi exposto ao local de amostragem.
  • 25. 25 Ao realizarmos qualquer medida instrumental, devemos ter em mente os seguintes questionamentos. MÉTODOS DECALIBRAÇÃO E VALIDAÇÃO  A técnica instrumental possui sensibilidade suficiente para a análise do analito de interesse?  As análises são reprodutíveis e também são confiáveis?  Para refletirmos sobre esses questionamentos, devemos levar em consideração os CUSTOS, LIMITES DE DETECÇÃO E QUANTIFICAÇÃO, SENSIBILIDADE, SELETIVIDADE, , PRECISÃO e EXATIDÃO.  A técnica instrumental é a mais indicada para a realização da análise a ser realizada?
  • 26.  Limite de Detecção LD ou Cm Concentração ou massa mínima de um analito que pode ser detectado em um nível confiável.  Limite de Quantificação (LQ) Menor concentração, ou massa, que é medida com um nível aceitável de confiança. 26 MÉTODOS DECALIBRAÇÃO E VALIDAÇÃO
  • 27.  Em ambos:  S = Desvio-padrão da concentração  m = Inclinação  X = Média da concentração  t = t de Student de Detecção e realizam-se as medidas Obtenção dos Limites Quantificação Prepara-se 7 a 10 brancos e (leituras). devem ser Cabe ressaltar que as medidas realizadas frente a uma curva analítica. 27 MÉTODOS DECALIBRAÇÃO E VALIDAÇÃO
  • 28. 28  Exemplo: Calcule LD e LQ para as medidas realizadas em um amperímetro, segundo os dados abaixo, sabendo que o coeficiente angular da curva (inclinação) é 0,229 nA/µM. Bco Sinal nA/µM 1 1,3 2 1,7 3 1,6 4 1,2 5 1,0 6 1,2 7 1,4 8 1,6 9 1,8 10 1,7
  • 29. Faixa de concentração do analito em que a resposta é proporcional ao sinal analítico. Assim, ao aumentar ou diminuir a concentração “n” vezes, obtém-se um sinal “n” vezes maior ou menor. A recíproca é verdadeira: assim, ao aumentar ou diminuir o sinal “n” vezes, obtém-se uma concentração “n” vezes maior ou menor. 29 Faixa Linear
  • 30. 30 Métodos de Calibração e Validação  Faixa Linear de Trabalho (FLT) É também chamado de FAIXA ÓTIMA DE TRABALHO (FOT).  Faixa que se estende de LQ até o LIMITE DE RESPOSTA LINEAR (LRL).  Faixa Dinâmica Intervalo de concentração concentração mensurável. Concentração (mol L-1) Ipa (µA) B Ipa (µA) T Ipa (µA) X 0,25 29,74 (±0,02) 46,03 (±0,27) 22,25 (±0,23) 0,5 43,84 (±0,10) 63,36 (±0,04) 34,09 (±0,21) 0,75 34,81 (±0,20) 52,65 (±0,24) 15,11 (±0,11) Tabela 2 - Influência da concentração da solução H2SO4 (pH 1) sobre as correntes de pico anódica, obtidas em concentrações de 200 µmol L-1 benzeno, Tolueno e xilenos. Amp = 0,02V; fz= 40Hz e Es = 0,002 V.
  • 31.  Método do Padrão Externo Padrão  Concentração conhecida.  V1  V2  V3  V5  V4  Y = aX +b 31  S1  S2  S3  S4  S5  Adição de quantidades crescentes do Padrão.  Ajuste do volume com o BRANCO ANALÍTICO ou MATRIZ.  Em alguns casos, pode-se completar com água: CURVA AQUOSA.
  • 32. 32 Métodos de Calibração e Validação  Método do Padrão Externo O método do Padrão Externo possui algumas limitações que devem ser observadas e trabalhadas. A primeira limitação é a possibilidade de interferência da Matriz. Na existência de interferência causada por matriz, deve-se empregar o MÉTODO DEADIÇÃO-PADRÃO. A segunda limitação é a possibilidade de perda do analito no decorrer da análise. Na existência de perda do analito no decorrer da análise, deve-se empregar o MÉTODO DE PADRONIZAÇÃO INTERNA.
  • 33. 33 Métodos de Calibração e Validação  Método de Adição Padrão – Método Gráfico O padrão é adicionado em quantidades crescentes (assim como no método do padrão-externo). Entretanto, a adição do padrão acontece sobre um volume conhecido de solução da amostra (mesmo volume e todos os balões). Este método é empregado quando a matriz da amostra é muito complexa e difícil de ser reproduzida.
  • 34.  Método de Adição Padrão – Método Gráfico Padrão  Concentração conhecida.  S1  S2  S3  S4  S5  V1  V2  V3  V5  V4  Cada quantidade 34 balão possui uma de amostra. Esta quantidade deve ser a mesma em cada balão.
  • 35.  Método de Adição Padrão – Método Gráfico  A concentração é calculada pela extrapolação da curva, mantendo Y = 0, e considerando o valor em módulo. 35
  • 36. Métodos de Calibração e Validação  Método de Adição Padrão – Método Gráfico Ex 1: Calcule a concentração da espécie de interesse, considerando-se a curva abaixo: 36
  • 37. Parâmetros de Mérito  Seletividade Capacidade de distinguir o analito de outras espécies presentes na amostra.  Sensibilidade É a capacidade de responder de forma confiável e mensurável às variações de concentração do analito.  O método deve apresentar LQ MENOR que as concentrações a serem medidas. Em uma curva de calibração, a sensibilidade é a Inclinação da Curva (m).  Quanto MAIOR a inclinação, MAIOR será a sensibilidade. 37
  • 38. Parâmetros de Mérito  Sensibilidade Analítica É o quociente da inclinação da curva pelo desvio-padrão da medida (que pode ser de uma única concentração, ou de várias concentrações).  Inclinação da curva.  Desvio-padrão da medida. 38
  • 39. Parâmetros de Mérito  Consiste na adição de uma quantidade conhecida de analito à amostra para testar se a resposta da amostra corresponde ao esperado a partir da curva de calibração.  As amostras fortificadas são analisadas da mesma forma que as desconhecidas.  Deve-se adicionar pequenos volumes de um padrão concentrado para evitar mudança significativa no volume de amostra. 39 RECUPERAÇÃO OU FORTIFICAÇÃO:
  • 40. 40 REPETIBILIDADE OU REPETIVIDADE Máxima diferença aceitável entre duas repetições, vale dizer dois resultados independentes, do mesmo ensaio, no mesmo laboratório e sob as mesmas condições. a) Mesma amostra; b) Mesmo analista; c) Mesmo equipamento; d) Mesmo momento; e) Mesmo ajuste; f) Mesma calibração
  • 41. Medida Ipc/µA (Benzeno) Ipc/µA (Tolueno) Ipc/µA (Xileno) 1 68,73 48,07 20,51 2 64,58 48,80 20,79 3 63,67 44,42 20,25 4 63,81 47,17 20,48 5 63,15 46,22 20,54 6 62,64 46,03 20,74 7 62,40 44,98 21,33 8 62,21 44,79 21,50 9 61,70 43,56 20,64 10 61,63 43,94 20,54 Média 63,45 45,89 20,83 DPR (%) 2,56 3,78 1,96 Avaliação da repetibilidade de medidas obtidas com ECV/Fe2O3/MWCNT-COOH imerso em solução 0,5 mol L-1, de H2SO4 (pH 1,0) contendo 35 µmol L-1 de benzeno e 53 µmol L-1 de tolueno e xilenos. Medidas conduzidas sob condições experimentais e operacionais otimizadas.
  • 42. 42 Parâmetros de Mérito  REPRODUTIVIDADE OU REPRODUTIBILIDADE: Máxima diferença aceitável entre dois resultados individuais paraum mesmo processo e com demais condições comoespecificado. a) Amostras diferentes do mesmo ponto amostral,ou b) Diferentes analistas, ou c) Diferentes equipamentos, ou d) Diferentes técnicas, ou e) Diferentes calibrações, ou ajustes.
  • 43. Sensor Ipc (µA) B Ipc (µA) T Ipc (µA) X 1 60, 20 47,01 20,10 2 60, 86 46,15 21, 12 3 62,10 45, 52 21, 43 4 61, 20 48, 30 20, 69 5 62, 03 47, 19 21, 34 6 61, 29 45, 09 20, 14 Média 61,44 46,54 20,80 DPR (%) 0,81 3,99 2,82 Avaliação da reprodutibilidade do preparo do ECV/Fe2O3/MWCNT- COOH. Medidas obtidas em 0,5 mol L-1 de H2SO4 (pH 1,0) contendo 35 µmol L-1 de benzeno e 53 µmol L-1 de tolueno e xilenos. Medidas conduzidas sob condições experimentais e operacionais otimizada.
  • 44. 44 Parâmetros de Mérito  EXATIDÃO: 1. Testes de calibração: a cada dez análises realizadas um padrão de concentração conhecida e diferentes dos usados para contruir a curva de calibração deve ser analisado. 2. Recuperação da substância fortificada. 3. Amostra de controle de qualidade: são medidas do controle de qualidade que ajuda a eliminar vícios introduzidos pelo analista, que sabe a concentração das amostras de verificação de calibração. Amostras de como se fossem composição conhecida são fornecidas ao analista desconhecida. 4. Brancos.  PRECISÃO: 1. Amostras repetidas (repetibilidade). 2. Porções repetidas da mesma amostra (reprodutibilidade).
  • 45. 45 Validação do sensor proposto e considerações finais sobre o ECV/FE2O3/MWCNT-COOH Tabela 8 - Figuras de mérito determinadas na validação do sensor proposto. Figura mérito Teste Realizado Resultado Benzeno Tolueno Xileno Exatidão Adição e Recuperação Satisfatório Satisfatório Satisfatório Precisão Repetibilidade das medidas Repetibilidade do preparo do sensor 2,56 0,81 3,78 3,99 1,96 2,82 Seletividade Estudo de interferentes Satisfatório Satisfatório Satisfatório LD Para oxidação 0,78 µmolL-1 5,33 µmolL-1 20,38 µmolL-1 LQ Para oxidação 2,62 µmolL-1 17,77 µmolL-1 67,94 µmolL-1 Linearidade 2-35 µmolL-1 20-53 µmolL-1 20-53 µmolL-1

Notas do Editor

  1. Primeiramente foi preparada uma suspensão aquosa do compósito NTCPM-COOH /Fe2O3 na concentração 1,0 mg mL-1. Antes da modificação, a superfície do eletrodo de carbono vitreo foi polida em feltro com alumina e, em seguida, lavado com água deionizada. Após a limpeza do eletrodo, uma alíquota de 4 μL da suspensão foi depositada diretamente na superfície do eletrodo e, em seguida, levado ao dessecador para secagem a vácuo.