Este documento descreve a morfologia e fisiologia da planta de framboesa. Discute a botânica da framboesa, incluindo sua taxonomia e espécies importantes. Também descreve partes da planta como o sistema radicular, caule, folhas e ramos de fruto. Além disso, explica o ciclo biológico da framboesa, incluindo dormência, indução floral e competição entre fases de crescimento. Por fim, aborda o melhoramento genético da framboesa.
Este documento discute a qualidade pós-colheita da framboesa. Resume três pontos principais:
1) A framboesa tem valor nutricional importante, com teores significativos de vitaminas, minerais e antioxidantes.
2) Vários fatores como cultivares, condições de cultivo e métodos de colheita afetam a qualidade dos frutos.
3) Foram avaliadas qualidades de diferentes cultivares cultivadas em solo e substrato, com foco na conservação e vida útil dos frutos.
Tecnologia de produção da framboesa embrapaEdison Paulo
Este documento descreve as tecnologias de produção da framboesa, incluindo a produção ao ar livre, em túneis e estufas. Detalha como estas tecnologias podem ser usadas para produzir framboesas fora de época, antecipando a produção na primavera ou prolongando-a no outono através da proteção das plantas. Discute também a evolução destas tecnologias na região do sudoeste alentejano português.
Espécie rústica, de climas quentes e temperados, pouco exigente em solos, encontra no Algarve condições edafo-climáticas extremamente favoráveis ao seu desenvolvimento. Componente do histórico pomar de sequeiro, outrora com grande peso e importância sócio-económica na região, principalmente na vertente de figo para secar, tem vindo a perder importância com abandono generalizado, se bem que nos últimos anos, devido aos bons preços praticados se tenha verificado um novo interesse pela cultura nomeadamente na variante de figo para consumo em fresco.
O documento fornece informações sobre a cana-de-açúcar, incluindo sua história, origem, importância econômica, classificação botânica, fases de cultivo, melhoramento genético e recomendações para plantio.
1. O documento discute o cultivo do maxixe, uma hortaliça nativa da África introduzida no Brasil há cerca de 300 anos.
2. O maxixe é classificado na família Cucurbitaceae e espécie Cucumis anguria. Pode ser consumido de diferentes formas, incluindo cozido em "maxixada" ou como salada.
3. O documento fornece detalhes sobre as condições de cultivo do maxixe, incluindo solo, clima, adubação, sistemas de cultivo, colheita
1. O documento discute a produção de cana-de-açúcar no Brasil, incluindo sua importância econômica e produtividade. 2. Fatores como solo, clima e práticas culturais afetam a produtividade da cana-de-açúcar. 3. Nutrientes como nitrogênio, fósforo, potássio e outros são essenciais para o crescimento da planta e produção de açúcar.
1. O documento discute o manejo da cultura de videiras finas no Brasil, com foco na produção no Paraná.
2. Aborda a seleção de porta-enxertos e cultivares, implantação de pomares, sistemas de condução, poda e outros aspectos do manejo.
3. Destaca a importância da escolha correta de porta-enxertos e cultivares considerando objetivos de produção, características do solo e clima.
Este documento discute a qualidade pós-colheita da framboesa. Resume três pontos principais:
1) A framboesa tem valor nutricional importante, com teores significativos de vitaminas, minerais e antioxidantes.
2) Vários fatores como cultivares, condições de cultivo e métodos de colheita afetam a qualidade dos frutos.
3) Foram avaliadas qualidades de diferentes cultivares cultivadas em solo e substrato, com foco na conservação e vida útil dos frutos.
Tecnologia de produção da framboesa embrapaEdison Paulo
Este documento descreve as tecnologias de produção da framboesa, incluindo a produção ao ar livre, em túneis e estufas. Detalha como estas tecnologias podem ser usadas para produzir framboesas fora de época, antecipando a produção na primavera ou prolongando-a no outono através da proteção das plantas. Discute também a evolução destas tecnologias na região do sudoeste alentejano português.
Espécie rústica, de climas quentes e temperados, pouco exigente em solos, encontra no Algarve condições edafo-climáticas extremamente favoráveis ao seu desenvolvimento. Componente do histórico pomar de sequeiro, outrora com grande peso e importância sócio-económica na região, principalmente na vertente de figo para secar, tem vindo a perder importância com abandono generalizado, se bem que nos últimos anos, devido aos bons preços praticados se tenha verificado um novo interesse pela cultura nomeadamente na variante de figo para consumo em fresco.
O documento fornece informações sobre a cana-de-açúcar, incluindo sua história, origem, importância econômica, classificação botânica, fases de cultivo, melhoramento genético e recomendações para plantio.
1. O documento discute o cultivo do maxixe, uma hortaliça nativa da África introduzida no Brasil há cerca de 300 anos.
2. O maxixe é classificado na família Cucurbitaceae e espécie Cucumis anguria. Pode ser consumido de diferentes formas, incluindo cozido em "maxixada" ou como salada.
3. O documento fornece detalhes sobre as condições de cultivo do maxixe, incluindo solo, clima, adubação, sistemas de cultivo, colheita
1. O documento discute a produção de cana-de-açúcar no Brasil, incluindo sua importância econômica e produtividade. 2. Fatores como solo, clima e práticas culturais afetam a produtividade da cana-de-açúcar. 3. Nutrientes como nitrogênio, fósforo, potássio e outros são essenciais para o crescimento da planta e produção de açúcar.
1. O documento discute o manejo da cultura de videiras finas no Brasil, com foco na produção no Paraná.
2. Aborda a seleção de porta-enxertos e cultivares, implantação de pomares, sistemas de condução, poda e outros aspectos do manejo.
3. Destaca a importância da escolha correta de porta-enxertos e cultivares considerando objetivos de produção, características do solo e clima.
Este documento fornece informações técnicas sobre o cultivo da melancia no Brasil, abordando tópicos como clima, solo, cultivares, plantio, tratamentos culturais, doenças, pragas e colheita. O objetivo é orientar produtores, principalmente familiares, sobre como produzir melancia de forma sustentável e produtiva.
O documento descreve a história e cultivo da cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar originou-se no sudeste asiático e foi introduzida na Europa e Américas, sendo cultivada no Brasil desde o século XVI. O documento também descreve a morfologia, ecofisiologia, plantio, colheita, pragas e doenças da cultura da cana-de-açúcar.
1) O documento discute a origem, importância econômica e nutricional da cana-de-açúcar no Brasil. 2) O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e responde por grande parte do açúcar e álcool comercializados globalmente. 3) A cana-de-açúcar tem valor nutricional moderado devido ao alto teor de carboidratos, mas requer suplementação para ser a única fonte de alimentação animal.
1. Este documento apresenta um projeto de pesquisa sobre o diagnóstico da produtividade da mandioca em função de diferentes doses de nutrientes.
2. O projeto foi realizado no município de Itumbiara, Goiás e avaliou a produtividade da mandioca sob quatro tratamentos de adubação química.
3. Os resultados mostraram que a adubação química não afetou significativamente o crescimento das plantas, mas aumentou o rendimento da parte aérea e a produtividade de raízes
O documento discute a importância econômica e produção da mandioca no Brasil. Apresenta informações sobre os principais estados produtores, cultivares recomendadas, processos de cultivo como preparo do solo, plantio, colheita e processamento. Também aborda pragas e doenças comuns e métodos de controle.
Este documento é um livro sobre ecofisiologia da cana-de-açúcar publicado em 2010 pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais. O livro contém 12 capítulos que abordam tópicos como fenologia, modelagem de produtividade, zoneamento agrícola, interação da cana com ambientes estressantes, alterações morfofisiológicas em resposta à seca, interação entre água e nitrogênio, adubação nitrogenada, efeitos de herbicidas e reguladores de cresc
O documento discute a importância da cana-de-açúcar para a agricultura e economia brasileira, seu histórico de introdução no país e desenvolvimento ao longo dos séculos, assim como seu potencial futuro como fonte renovável de energia.
Boletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – UvaMarkEsalq
1) A uva é um fruto originário da videira da família Vitaceae, cultivada há milhões de anos.
2) As espécies mais cultivadas são a Vitis vinifera para vinho, mesa e passas, e a Vitis labrusca para suco e vinho.
3) A uva é rica em antioxidantes, vitamina C, K e potássio, trazendo benefícios à saúde como combate ao câncer e doenças cardíacas.
PANORAMA DA CULTURA DA ACEROLA NO ESTADO DE SÃO PAULORural Pecuária
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com destaque para a acerola em São Paulo. A acerola tem alto teor de vitamina C e é cultivada principalmente no Nordeste brasileiro. No estado de São Paulo, a acerola é cultivada em pequenas propriedades e processada por indústrias locais.
O documento discute o potencial do cultivo de mirtilos no Brasil. O mirtilo é uma fruta com alto valor nutricional e comercial que está crescendo em popularidade mundialmente. No Brasil, a área cultivada é de aproximadamente 27 hectares, principalmente no Rio Grande do Sul, porém há potencial para expansão considerando as vantagens comparativas do cultivo no país. Fatores como o desenvolvimento de novas tecnologias e a organização dos produtores serão importantes para o crescimento sustentável da cultura do mirtilo no Brasil.
A cana-de-açúcar é originária do sudeste asiático e foi introduzida na Europa e Américas durante a expansão marítima. No Brasil, foi introduzida no início do século XVI e se tornou a primeira indústria implantada no país. O documento descreve a morfologia, fenologia, ecofisiologia, cultivo, colheita, pragas e doenças da cana-de-açúcar.
Este documento discute a fertirrigação em hortaliças no Brasil. Ele fornece informações sobre os equipamentos usados na fertirrigação, como sistemas de filtragem e injetores de fertilizantes. Também fornece recomendações de doses e frequência de aplicação de fertilizantes para culturas como pimentão, tomate, pepino, melão e alface cultivados sob estufa e morango cultivado em campo. Além disso, apresenta tabelas de recomendações de fertirrigação para hortaliças em outros estados brasileiros e
O documento discute a preservação e o potencial dos frutos nativos dos cerrados brasileiros. A região dos cerrados possui grande diversidade de fauna e flora e é importante para a produção agrícola do país. Muitas espécies de frutas nativas dos cerrados possuem valor nutricional e podem ser exploradas economicamente, porém atualmente ocorre o extrativismo predatório que ameaça essas espécies. Pesquisas buscam alternativas sustentáveis para a produção e o uso desses frutos.
Cultivo da Mandioca na Região Centro-Sul do Brasiljoseagro18
Atualmente, o Brasil produz mais de 23 milhões de toneladas de mandioca, sendo que a Região Centro-Sul, onde estão os Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, detem 23% da produção. O rendimento médio brasileiro é de aproximadamente 13,3 t/ha, sendo
que os três Estados dos quais destina-se este
têm produtividade média superior a 22 t/ha.
Com esta publicação pretende-se fornecer subsídios técnicos para incrementar a produção e a produtividade em uma área, que além da produção para consumo vem destacando-se na produção de raiz para a agroindústria.
A elaboração do Sistemas de Produção 3 - Cultivo da Mandioca na Região Centro-Sul do Brasil, foi possível visto a parceria estabelecida entre a Embrapa, através dos centros de pesquisa Agropecuária Oeste e Mandioca e Fruticultura e o Instituto Agronômico - Centro de
Horticultura.
Relatório Técnico - Projeto Soja Brasil 2015/2016Rikardy Tooge
A safra 2015/16 foi marcada por fortes chuvas no sul do Brasil e longa estiagem nas regiões centro-oeste e norte devido ao fenômeno El Niño, comprometendo os rendimentos da soja. A qualidade ruim das sementes usadas e a falta de chuva após o plantio causaram problemas generalizados de germinação. Muitos agricultores reduziram o uso de fertilizantes em cerca de 12%, o que não afetou os rendimentos, estimados em 3.037 kg/ha. A aplicação de fósforo
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...Armindo Rosa
Desde há muito que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALG) acredita na potencialidade das culturas sub tropicais na região. Do trabalho experimental e estudos realizados o abacateiro sobressaiu das restantes culturas.A necessidade de conhecimento actualizado das áreas de plantação levou-nos à realização do inquérito de que agora se apresentam os resultados e conclusões
O documento discute a macaxeira, incluindo sua importância econômica para o Brasil, exigências climáticas, escolha do solo, adubação, obtenção de mudas, plantio, consórcio, rotação de culturas, doenças, pragas e colheita. A macaxeira é um importante cultivo no Brasil, responsável por 12,7% da produção mundial.
Sistema coletor de frutos de macaúba crissia tapeti finalAcessoMacauba
Este estudo avaliou a qualidade do óleo da polpa de frutos de macaúba coletados em diferentes períodos de tempo em um sistema de coletores no campo. A umidade e teor de lipídeos dos frutos seguiram padrões polinomiais cúbicos em função do tempo, com máximo teor de lipídeos aos 11 dias. A qualidade do óleo se manteve adequada por até 11 dias, porém indicadores de oxidação aumentaram após esse período, comprometendo a qualidade do óleo.
1. A mandioca é uma das culturas mais importantes do mundo, sendo a terceira fonte de calorias.
2. Mundialmente, a produção e área cultivada de mandioca aumentaram significativamente entre 1961 e 2007.
3. A África é o maior produtor mundial de mandioca, porém tem a menor produtividade, enquanto a Ásia tem a maior produtividade.
1 - A planta de Framboesa - Morfologia e fisiologia.pdfPedroSilva845276
Este documento descreve a morfologia e fisiologia da planta de framboesa. Aborda a biologia da planta, incluindo o sistema radicular, caule, folhas e ramos de fruto. Também discute o ciclo biológico, com ênfase nos gomos radiculares e axilares, dormência e indução floral. Por fim, fornece informações sobre o melhoramento genético da framboesa.
O documento resume as principais informações sobre o cultivo do centeio no Brasil, incluindo sua introdução por imigrantes europeus, características morfológicas e cultivares cultivados no país, com foco na região Sul. Aborda também tópicos como época de semeadura, fenologia, adubação, doenças e plantas daninhas associadas à cultura.
O documento discute a cultura do caquizeiro no Brasil. Ele fornece detalhes sobre a produção nacional e estadual de caquis, características da planta e frutos, principais cultivares e recomendações de adubação. O estado de São Paulo é o maior produtor nacional, respondendo por 50% da produção brasileira. O caquizeiro é uma árvore de clima subtropical originária da Ásia, que produz flores masculinas, femininas e hermafroditas. As principais cultivares descritas incluem Fuyu
Este documento fornece informações técnicas sobre o cultivo da melancia no Brasil, abordando tópicos como clima, solo, cultivares, plantio, tratamentos culturais, doenças, pragas e colheita. O objetivo é orientar produtores, principalmente familiares, sobre como produzir melancia de forma sustentável e produtiva.
O documento descreve a história e cultivo da cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar originou-se no sudeste asiático e foi introduzida na Europa e Américas, sendo cultivada no Brasil desde o século XVI. O documento também descreve a morfologia, ecofisiologia, plantio, colheita, pragas e doenças da cultura da cana-de-açúcar.
1) O documento discute a origem, importância econômica e nutricional da cana-de-açúcar no Brasil. 2) O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e responde por grande parte do açúcar e álcool comercializados globalmente. 3) A cana-de-açúcar tem valor nutricional moderado devido ao alto teor de carboidratos, mas requer suplementação para ser a única fonte de alimentação animal.
1. Este documento apresenta um projeto de pesquisa sobre o diagnóstico da produtividade da mandioca em função de diferentes doses de nutrientes.
2. O projeto foi realizado no município de Itumbiara, Goiás e avaliou a produtividade da mandioca sob quatro tratamentos de adubação química.
3. Os resultados mostraram que a adubação química não afetou significativamente o crescimento das plantas, mas aumentou o rendimento da parte aérea e a produtividade de raízes
O documento discute a importância econômica e produção da mandioca no Brasil. Apresenta informações sobre os principais estados produtores, cultivares recomendadas, processos de cultivo como preparo do solo, plantio, colheita e processamento. Também aborda pragas e doenças comuns e métodos de controle.
Este documento é um livro sobre ecofisiologia da cana-de-açúcar publicado em 2010 pela Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais. O livro contém 12 capítulos que abordam tópicos como fenologia, modelagem de produtividade, zoneamento agrícola, interação da cana com ambientes estressantes, alterações morfofisiológicas em resposta à seca, interação entre água e nitrogênio, adubação nitrogenada, efeitos de herbicidas e reguladores de cresc
O documento discute a importância da cana-de-açúcar para a agricultura e economia brasileira, seu histórico de introdução no país e desenvolvimento ao longo dos séculos, assim como seu potencial futuro como fonte renovável de energia.
Boletim MarkEsalq em Rede Ano 4 n°19/ Outubro 2016 – UvaMarkEsalq
1) A uva é um fruto originário da videira da família Vitaceae, cultivada há milhões de anos.
2) As espécies mais cultivadas são a Vitis vinifera para vinho, mesa e passas, e a Vitis labrusca para suco e vinho.
3) A uva é rica em antioxidantes, vitamina C, K e potássio, trazendo benefícios à saúde como combate ao câncer e doenças cardíacas.
PANORAMA DA CULTURA DA ACEROLA NO ESTADO DE SÃO PAULORural Pecuária
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com destaque para a acerola em São Paulo. A acerola tem alto teor de vitamina C e é cultivada principalmente no Nordeste brasileiro. No estado de São Paulo, a acerola é cultivada em pequenas propriedades e processada por indústrias locais.
O documento discute o potencial do cultivo de mirtilos no Brasil. O mirtilo é uma fruta com alto valor nutricional e comercial que está crescendo em popularidade mundialmente. No Brasil, a área cultivada é de aproximadamente 27 hectares, principalmente no Rio Grande do Sul, porém há potencial para expansão considerando as vantagens comparativas do cultivo no país. Fatores como o desenvolvimento de novas tecnologias e a organização dos produtores serão importantes para o crescimento sustentável da cultura do mirtilo no Brasil.
A cana-de-açúcar é originária do sudeste asiático e foi introduzida na Europa e Américas durante a expansão marítima. No Brasil, foi introduzida no início do século XVI e se tornou a primeira indústria implantada no país. O documento descreve a morfologia, fenologia, ecofisiologia, cultivo, colheita, pragas e doenças da cana-de-açúcar.
Este documento discute a fertirrigação em hortaliças no Brasil. Ele fornece informações sobre os equipamentos usados na fertirrigação, como sistemas de filtragem e injetores de fertilizantes. Também fornece recomendações de doses e frequência de aplicação de fertilizantes para culturas como pimentão, tomate, pepino, melão e alface cultivados sob estufa e morango cultivado em campo. Além disso, apresenta tabelas de recomendações de fertirrigação para hortaliças em outros estados brasileiros e
O documento discute a preservação e o potencial dos frutos nativos dos cerrados brasileiros. A região dos cerrados possui grande diversidade de fauna e flora e é importante para a produção agrícola do país. Muitas espécies de frutas nativas dos cerrados possuem valor nutricional e podem ser exploradas economicamente, porém atualmente ocorre o extrativismo predatório que ameaça essas espécies. Pesquisas buscam alternativas sustentáveis para a produção e o uso desses frutos.
Cultivo da Mandioca na Região Centro-Sul do Brasiljoseagro18
Atualmente, o Brasil produz mais de 23 milhões de toneladas de mandioca, sendo que a Região Centro-Sul, onde estão os Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, detem 23% da produção. O rendimento médio brasileiro é de aproximadamente 13,3 t/ha, sendo
que os três Estados dos quais destina-se este
têm produtividade média superior a 22 t/ha.
Com esta publicação pretende-se fornecer subsídios técnicos para incrementar a produção e a produtividade em uma área, que além da produção para consumo vem destacando-se na produção de raiz para a agroindústria.
A elaboração do Sistemas de Produção 3 - Cultivo da Mandioca na Região Centro-Sul do Brasil, foi possível visto a parceria estabelecida entre a Embrapa, através dos centros de pesquisa Agropecuária Oeste e Mandioca e Fruticultura e o Instituto Agronômico - Centro de
Horticultura.
Relatório Técnico - Projeto Soja Brasil 2015/2016Rikardy Tooge
A safra 2015/16 foi marcada por fortes chuvas no sul do Brasil e longa estiagem nas regiões centro-oeste e norte devido ao fenômeno El Niño, comprometendo os rendimentos da soja. A qualidade ruim das sementes usadas e a falta de chuva após o plantio causaram problemas generalizados de germinação. Muitos agricultores reduziram o uso de fertilizantes em cerca de 12%, o que não afetou os rendimentos, estimados em 3.037 kg/ha. A aplicação de fósforo
Breve História Sobre a Evolução e Situação Actual da Cultura do Abacateiro no...Armindo Rosa
Desde há muito que a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAPALG) acredita na potencialidade das culturas sub tropicais na região. Do trabalho experimental e estudos realizados o abacateiro sobressaiu das restantes culturas.A necessidade de conhecimento actualizado das áreas de plantação levou-nos à realização do inquérito de que agora se apresentam os resultados e conclusões
O documento discute a macaxeira, incluindo sua importância econômica para o Brasil, exigências climáticas, escolha do solo, adubação, obtenção de mudas, plantio, consórcio, rotação de culturas, doenças, pragas e colheita. A macaxeira é um importante cultivo no Brasil, responsável por 12,7% da produção mundial.
Sistema coletor de frutos de macaúba crissia tapeti finalAcessoMacauba
Este estudo avaliou a qualidade do óleo da polpa de frutos de macaúba coletados em diferentes períodos de tempo em um sistema de coletores no campo. A umidade e teor de lipídeos dos frutos seguiram padrões polinomiais cúbicos em função do tempo, com máximo teor de lipídeos aos 11 dias. A qualidade do óleo se manteve adequada por até 11 dias, porém indicadores de oxidação aumentaram após esse período, comprometendo a qualidade do óleo.
1. A mandioca é uma das culturas mais importantes do mundo, sendo a terceira fonte de calorias.
2. Mundialmente, a produção e área cultivada de mandioca aumentaram significativamente entre 1961 e 2007.
3. A África é o maior produtor mundial de mandioca, porém tem a menor produtividade, enquanto a Ásia tem a maior produtividade.
1 - A planta de Framboesa - Morfologia e fisiologia.pdfPedroSilva845276
Este documento descreve a morfologia e fisiologia da planta de framboesa. Aborda a biologia da planta, incluindo o sistema radicular, caule, folhas e ramos de fruto. Também discute o ciclo biológico, com ênfase nos gomos radiculares e axilares, dormência e indução floral. Por fim, fornece informações sobre o melhoramento genético da framboesa.
O documento resume as principais informações sobre o cultivo do centeio no Brasil, incluindo sua introdução por imigrantes europeus, características morfológicas e cultivares cultivados no país, com foco na região Sul. Aborda também tópicos como época de semeadura, fenologia, adubação, doenças e plantas daninhas associadas à cultura.
O documento discute a cultura do caquizeiro no Brasil. Ele fornece detalhes sobre a produção nacional e estadual de caquis, características da planta e frutos, principais cultivares e recomendações de adubação. O estado de São Paulo é o maior produtor nacional, respondendo por 50% da produção brasileira. O caquizeiro é uma árvore de clima subtropical originária da Ásia, que produz flores masculinas, femininas e hermafroditas. As principais cultivares descritas incluem Fuyu
1. O relatório descreve um experimento analisando o efeito do oxigênio disponível no processo germinativo de sementes de melancia em dois tratamentos: solo e água.
2. As sementes colocadas em solo germinaram normalmente, enquanto as colocadas em água não germinaram, possivelmente devido à deficiência de oxigênio causada pelo excesso de água.
3. O relatório fornece detalhes sobre a biologia e cultivo da melancia para contextualizar o experimento.
MORFOLOGIA E FENOLOGIA DA CULTURA DA SOJAGeagra UFG
O documento descreve a morfologia e fisiologia da soja, incluindo sua classificação, histórico, componentes, características das raízes, caule, folhas, flores e frutos. Detalha também os estádios de desenvolvimento, exigências de temperatura, disponibilidade hídrica e fotoperíodo para o cultivo da soja.
O documento descreve as características ecológicas, de propagação e cultivo da espécie Platanus acerifolia. Apresenta detalhes sobre a origem híbrida da espécie, sua descrição botânica, exigências edafoclimáticas, coleta e beneficiamento de sementes, armazenamento, germinação e produção de mudas. Fornece informações técnicas sobre a silvicultura da espécie para fins madeireiros.
O documento fornece instruções detalhadas para o plantio de um pomar de limão, incluindo a produção de mudas, preparação da área, espaçamento das plantas, adubação e cuidados com possíveis deficiências nutricionais.
O documento resume a morfologia do feijoeiro, descrevendo suas principais partes como raiz, caule, folhas, flores e frutos. Detalha os quatro tipos de hábito de crescimento e os nove estádios fenológicos de desenvolvimento da planta, desde a germinação até a maturação dos grãos.
O documento descreve a origem, distribuição, importância nutricional e características botânicas da alface. Origina da região Mediterrânea há 4500 anos e disseminou-se pela Europa e Américas. É uma importante fonte de vitaminas e minerais, porém seu valor nutricional varia de acordo com a cor das folhas. Pertence à família Asteraceae e possui diferentes variedades cultivadas.
Trata-se de uma publicação contendo informações simplificadas, sendo bastante útil como um manual de campo, para rápida referência, tornando-o uma importante ferramenta de trabalho para os técnicos e trabalhadores das equipes de reflorestamento
Manual de Identificação de Mudas e de Espécies Florestais (2ª Ed.)Hawston Pedrosa
Este manual apresenta 54 espécies florestais nativas da Mata Atlântica, ilustradas com classificações, zonas de ocorrência, informações ecológicas, usos, fenologia e características morfológicas para auxiliar na identificação de mudas. O objetivo é fornecer referências para profissionais de reflorestamento sobre espécies com bom desempenho na recuperação de áreas no Rio de Janeiro.
cana-de-açucar-botanica e anatomia-antonio inacio ferraz, técnico em eletroni...ANTONIO INACIO FERRAZ
Este documento descreve a classificação botânica e anatomia da cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar é uma planta perene da família Poaceae. Os cultivares atuais são híbridos de várias espécies do gênero Saccharum. O documento explica a estrutura e função dos principais órgãos da planta, como colmos, folhas, flores e raízes.
Este documento fornece informações sobre diferentes métodos de propagação de árvores frutíferas, incluindo estaquia, alporquia, mergulhia, enxertia e estruturas especializadas. Detalha aspectos como tipos de estacas, fatores que afetam o enraizamento, substratos e ambientes ideais para cada método. A propagação vegetativa é essencial para a produção de mudas de qualidade e uniformidade genética nas fruteiras.
1) O documento descreve a fisiologia da videira Vitis vinifera.
2) Aborda as características gerais, estrutura, nutrição mineral e fotossíntese da videira.
3) Também descreve os sintomas de deficiência e toxicidade dos principais nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio.
CANA DE AÇÚCAR-ANTONIO INACIO FERRAZ PESQUISADOR E TÉCNICO EM ELETRONICA, AGR...ANTONIO INACIO FERRAZ
1) A cana-de-açúcar é uma planta perene da família Poaceae, cultivada através de híbridos de várias espécies do gênero Saccharum.
2) Seus principais órgãos são os colmos, folhas e raízes, sendo os colmos responsáveis pelo armazenamento do açúcar.
3) O melhoramento genético da cana-de-açúcar utilizou espécies como S. spontaneum para aumentar a resistência a pragas e doenças.
1) A cana-de-açúcar pertence à família Poaceae e é um híbrido de várias espécies do gênero Saccharum, sendo cultivada para produção de açúcar e etanol.
2) Seus principais órgãos são os colmos, folhas e raízes, sendo os colmos responsáveis pelo armazenamento do caldo rico em sacarose.
3) A cana-de-açúcar floresce raramente em cultivo comercial devido à baixa produtividade, mas o florescimento
1. O documento descreve as principais partes e tipos de raízes vegetais, incluindo a coifa, zona de crescimento, zona pilífera, zona suberosa e região do colo. 2. Detalha os sistemas radiculares pivotante e fasciculado e tipos de raízes como terrestres, aquáticas e aéreas. 3. Apresenta raízes especiais como tuberosas, contráteis, suporte, tabulares, escora e grampiformes.
O documento descreve a classificação botânica e anatomia da cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar é uma planta perene da família Poaceae e os híbridos atuais são resultado de cruzamentos entre diferentes espécies do gênero Saccharum. O documento explica as características dos principais órgãos da planta, como colmos, folhas, sistema radicular e inflorescência.
O documento apresenta o abacaxizeiro, descrevendo sua origem, exigências edafoclimáticas, ciclo da cultura, variedades, manejo de mudas, plantio, consorcio, controle de plantas daninhas, irrigação, doenças e pragas. Fornece detalhes técnicos sobre o cultivo comercial dessa fruteira tropical.
O documento discute a diversidade e constituição das plantas, incluindo plantas com flor e sem flor. Aborda as partes das plantas como raiz, caule e folha, e descreve como cada parte é constituída e classificada. Também discute os fatores ambientais como temperatura, humidade e luz que influenciam o crescimento e distribuição das plantas.
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Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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1 a planta_de_framboesa_morfologia_e_fisiologia_1369128264
1. DIVULGAÇÃO AGRO 556
Nº 1 2007
A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
Novembro 2007
2. DIVULGAÇÃO AGRO 556
Novembro, 2007
Edição no âmbito do Projecto PO AGRO DE&D Nº 556
“Diversificação da produção frutícola com novas espécies
e tecnologias que assegurem a qualidade agro-alimentar”
Coordenação
► Pedro Brás de Oliveira (INRB / ex-EAN/DPA)
Composição e Grafismo:
► Francisco Barreto (INRB / ex-EAN/DPA)
Impressão e Encadernação
► INRB / ex-EAN/DPA
► Tiragem - 50 exemplares impressos
100 exemplares em formato digital
3. A PLANTA DE FRAMBOESA
Morfologia e fisiologia
Folhas de Divulgação AGRO 556
Nº 1
Autor:
► Pedro Brás de Oliveira (INRB / ex-EAN/DPA)
Co-autores:
► Teresa Valdiviesso (INRB / ex-EFN)
► Ana Esteves (ISA / INRB)
► Mariana Mota (ISA)
► Luís Lopes da Fonseca (INRB / ex-EAN/DPA)
4. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
Índice
Pág.
1
Botânica...............................................................................
3
2
Biologia da planta.................................................................
5
2.1
O sistema radicular..................................................................
5
2.2
O caule..................................................................................
6
2.3
As folhas................................................................................
8
2.4
O ramo de fruto......................................................................
8
2.5
As flores e os frutos.................................................................
10
3
Ciclo biológico......................................................................
12
3.1
Os gomos radiculares...............................................................
13
3.2
Os gomos axilares...................................................................
14
3.3
Dormência e atempamento.......................................................
16
3.4
Indução e diferenciação floral....................................................
17
3.5
Forma da canópia – competição entre fase vegetativa e fase
reprodutiva.............................................................................
19
3.6
Translocação e repartição de fotoassimilados..............................
22
3.7
Padrão de variação dos hidratos de carbono e proteínas...............
23
4
O melhoramento da framboesa.….........................................
24
4.1
Principais objectivos do melhoramento da framboesa vermelha.....
24
4.2
Metodologias utilizadas no melhoramento...................................
27
4.3
Propagação e direitos sobre o material vegetal............................
28
4.4
O melhoramento da framboesa remontante................................
29
5
Referências bibliográficas....................................................
32
2
5. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
1. Botânica
As plantas de framboesa pertencem à família das Rosaceae, género
Rubus, que inclui
plantas herbáceas, perenes
e bienais e está
subdividido em elevado número de subgéneros. As diferenças nos
hábitos de frutificação têm sido utilizadas pelos sistematas para
delimitarem subgéneros. Considera-se a existência de 12 subgéneros
(Quadro I).
Quadro I
Subdivisão do género Rubus em 12 sub-géneros[1]
Subgénero
Nº de espécies
Interesse
Exemplo
Chamaemorus
1
Frutos colhidos na Natureza
R. chamaemorus L.
Dalibarda
5
Baixo
Chamaebatus
5
Baixo
Comaropsis
2
Baixo
Cylactis
14
Melhoramento
Orobatus
19
Baixo
4
Baixo
114
Ornamental
Dalibardastrum
Malacholatus
Anoplobatus
6
Ornamental
Idaeobatus
200
Muito alto - Framboesas
Lampobatus
10
Baixo
> 5 000
Muito alto - Amoras
R. articus L.
Eubatus
R. idaeus L.
R. fruticosus L. e R. caesius L.
O subgénero Idaeobatus, onde estão incluídas as framboesas, ocorre
nos
cinco
continentes,
mas
tem
a
sua
distribuição
centrada
fundamentalmente no hemisfério Norte, com especial incidência na Ásia,
Europa e América do Norte.
Quadro II
Espécies de framboesa mais importantes do ponto de vista frutícola
Rubus idaeus subsp. vulgatus Arrhen.; a framboesa vermelha europeia
Rubus idaeus subsp. strigosus Michx.; a framboesa vermelha norte americana
Rubus occidentalis L.; a framboesa preta
Rubus neglectus Peck.; nesta espécie estão incluídas as framboesas púrpura e híbridos das
framboesas vermelhas norte americanas com as framboesas pretas[2]
3
6. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
Existem diferenças morfológicas e de distribuição geográfica entre as
espécies americana e europeia, o que justifica a sua separação. No
entanto são ambas ecótipos da Rubus idaeus L. (Quadro II). A R. idaeus
subsp. vulgatus é a forma diplóide europeia que se estende do círculo
polar às montanhas do Cáucaso na Ásia Menor. A R. idaeus subsp.
strigosus é a forma diplóide da América do Norte e da Ásia de Leste. A
principal diferença morfológica entre estas duas espécies encontra-se na
inflorescência e na forma do fruto. No melhoramento das framboesas
não foi utilizada a indução à poliploidia, pelo que as formas cultivadas se
encontram muito próximas das selvagens. As plantas selvagens diferem
essencialmente das cultivadas pelas seguintes características:
•
Produzem maior número de lançamentos por planta
•
Os lançamentos são mais pequenos e finos
•
Os frutos são mais pequenos e de menor coesão
•
O sabor e aroma são por vezes melhores
A framboesa vermelha floresce no Verão após um ano de crescimento
vegetativo e de passar por um período de dormência durante o
Inverno[3]. No entanto, existe um grupo de plantas de framboesa
vermelha que possui como característica particular, o poder florir nos
lançamentos do ano durante o fim do Verão princípio do Outono – a
framboesa remontante[4].
A característica remontante é determinada quantitativamente por genes
actuando de uma forma aditiva ou complementar, variando a sua
expressão de cultivar para cultivar[5]. Uma cultivar é considerada
remontante quando a diferenciação floral dos gomos ocorre durante o
período de crescimento, em contraste com a framboesa não remontante
em que a diferenciação só ocorre após o fim do crescimento[4][6][7]. Do
ponto de vista prático estamos perante uma framboesa remontante
quando a produção em lançamentos do ano assume valor comercial.
4
7. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
2. Biologia da planta
2.1. O sistema radicular
O sistema radicular da framboesa é fasciculado, desenvolvendo-se na
sua maior parte nos primeiros 25 cm do solo, constituindo a estrutura
perene da planta. As raízes podem apresentar até 20 mm de diâmetro,
sendo no entanto a espessura de 3 a 4 mm a mais frequente. As raízes
são mais grossas junto à base dos lançamentos, não parecendo existir
nenhuma relação directa entre o comprimento e o diâmetro[8].
A disposição das raízes no solo é assimétrica, sendo influenciada pela
competição entre plantas bem como pela rega e a adubação. Em
algumas zonas do solo as raízes podem ser extremamente frequentes e
noutras estar completamente ausentes. No entanto, a localização da
maior quantidade de raízes dá-se junto à zona de renovo dos
lançamentos. É do sistema radicular que todos os anos surgem novos
lançamentos. Estes podem ter origem em gomos radiculares ou gomos
dormentes da base dos lançamentos[3]. Com o envelhecimento da
plantação a sucessiva renovação dos lançamentos por gomos da base
origina a formação de uma toiça.
As raízes apresentam um pico de crescimento em pleno Verão,
influenciado
pela
temperatura
do
solo[9].
Existe,
por
isso,
um
crescimento concorrencial entre as raízes e os lançamentos. Uma raiz
saudável tem um aspecto firme, variando a cor de um amarelo pálido a
castanho-escuro, dependendo da idade e da cultivar. Um sinal de falta
de vigor das raízes é um aspecto maleável e demasiado escuro[10].
As raízes apresentam gomos adventícios que se desenvolvem no
Inverno. Estes gomos podem formar-se em raízes com apenas dois
meses de idade. Os gomos aparecem a intervalos irregulares, podendo
surgir até 10 por centímetro. São mais comuns nas zonas em que a raiz
muda repentinamente de direcção e nas áreas em que a produção de
radículas é maior. A posição que assumem na raiz não afecta o seu
posterior desenvolvimento, verificando-se a sua separação ao fim de um
curto período (Figura 1). A profundidade a que os gomos adventícios
podem surgir varia grandemente, podendo ir dos poucos milímetros até
aos 90cm[8]. O conhecimento da disposição espacial das raízes é de
fundamental importância para uma prática cultural correcta.
5
8. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
Figura 1 – Produção de plantas a partir de gomos de raiz[10].
2.2. O caule
Os caules da framboesa (lançamentos) são geralmente de forma
cilíndrica, podendo ser lisos ou ostentar acúleos e pelos. Os acúleos
podem apresentar diversas formas e tamanhos, variando muito a sua
densidade. Estes caracteres são extremamente importantes sob o ponto
de vista taxonómico e na susceptibilidade a algumas doenças (Figura 2).
Figura 2 – Aspecto geral dos lançamentos de framboesa durante o Inverno[11].
6
9. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
O ritmo de produção de nós varia entre limites muito próximos ao longo
de toda a época de crescimento. A taxa de alongamento dos entre-nós é
variável com a cultivar e consideravelmente influenciada pelas condições
de crescimento. Assim, nas framboesas não remontantes, o número de
nós presentes na zona de colheita (abaixo dos 150 cm) pode ser
pequeno quando os lançamentos são muito compridos devido a um
crescimento muito rápido. Já o número de nós pode ser elevado se o
crescimento for moderado. Assim, na base e topo dos lançamentos
existe maior número de nós por unidade de comprimento dado que os
nós se formaram sob condições de alongamento menos favoráveis, ou
seja, no início e fim da estação. A zona intermédia do lançamento tem
menos nós por unidade de comprimento porque se formou durante um
período de alongamento rápido.
A maioria das framboesas tem apenas um gomo axilar por nó, sendo
todos eles potencialmente frutíferos[12] (Figura 3). No entanto, pode
desenvolver-se um gomo secundário com vigor igual ao gomo principal.
Algumas cultivares podem apresentar noventa a cem por cento de
gomos
secundários.
Quando
as
condições
de
crescimento
são
favoráveis, é possível o aparecimento de laterais a partir de gomos
primários, de secundários e de terciários[13]
Figura 3 – Aspecto geral de um gomo em lançamento de framboesa[11].
7
10. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
Os gomos axilares do primeiro ano de crescimento dão origem, no
segundo ano, aos ramos de fruto das framboesas remontantes e não
remontantes. Em cultivares vigorosas e com plantas recém plantadas é
possível a evolução de gomos axilares para ramos vegetativos. Este
facto aumenta a capacidade produtiva da planta numa fase em que esta
ainda não foi capaz de produzir um adequado número de lançamentos.
A produção deste tipo de ramos é mínima ou completamente ausente
em plantas bem estabelecidas. Algumas cultivares remontantes podem
ser podadas neste sentido, especialmente se forem bastante precoces. A
ocorrência de ramos vegetativos está fortemente correlacionada com a
antecipação da floração outonal[1].
2.3. As folhas
As folhas podem assumir diversas formas consoante as cultivares.
Normalmente as folhas jovens e as dos ramos de fruto são trifoliadas,
apresentando as folhas adultas cinco folíolos. As folhas são glabras sem
estomas na página superior. A página inferior apresenta grande número
de estomas. A regulação dos estomas em função das condições
ambientais é mais eficiente nos lançamentos do ano, uma vez que se
está a processar a formação contínua de folhas sobre as folhas dos
lançamentos de segundo ano. Esta diferença deve-se, assim, ao
progressivo
ensombrar
dos
lançamentos
de
segundo
ano
pelos
lançamentos do ano. No entanto, a capacidade respiratória das folhas é
igual nos dois tipos de lançamento (para áreas foliares equivalentes)[14].
As framboesas são capazes de absorver água pelas folhas e movimentá-la quer no sentido ascendente quer descendente, sendo a capacidade
condutora da água superior às necessidades da planta[15]. Na maioria
das cultivares dá-se a queda das folhas no Outono.
2.4. O ramo de fruto
No início do desenvolvimento do gomo floral ocorre a formação de um
eixo que com o seu desenvolvimento dá origem a primórdios florais no
seu ápice. Com o decorrer do desenvolvimento vão-se formando, na
axila dos primórdios foliares, eixos secundários que por sua vez dão
origem a novas flores. Assim cada gomo dormente contém uma
inflorescência complexa, composta por uma inflorescência terminal e
8
11. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
varias inflorescência secundárias[16].O ramo de fruto pode apresentar
várias inflorescências, variando o seu número com a época em que se
deu a diferenciação floral (Figura 4).
Figura 4 – Aspecto geral de um ramo de fruto de framboesa[11].
O
número
de
frutos
presentes
num
ramo
de
fruto
varia
consideravelmente, quer seja porque existiam poucas flores ou porque
poucas flores vingaram e evoluíram para fruto. O desenvolvimento do
processo que leva à formação do fruto pode ser interrompido a qualquer
momento, quer seja em botão, em flor ou mesmo no estado de fruto
imaturo.
Normalmente os ramos de fruto são tanto maiores quanto mais
próximos estão da base do lançamento, apresentando também nesse
caso maior número de nós. Contudo, o número de frutos e o número
total
de
flores
não
varia
significativamente
com
a
posição
no
lançamento. Alterações nas práticas culturais, nas condições ambientais
e na própria idade da planta podem afectar a expressão destas duas
características: comprimento e número de nós por ramos de fruto[17].
Parece razoável esperar que existam diferenças entre os ramos de fruto
localizados nos vários níveis de um lançamento, uma vez que sendo a
diferenciação floral desfasada no tempo, os ramos de fruto podem ter-se
diferenciado sob distintas condições de ambiente.
9
12. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
2.5. As flores e os frutos
A espécie Rubus idaeus produz uma inflorescência definida, do tipo
cimeira, em que o eixo principal é encimado por uma flor. A floração
inicia-se
no
ápice,
seguida
das
outras
flores
que
aparecem
sucessivamente em direcção à base, em ráquis secundários. O número
de flores por inflorescência é muito variável. Algumas espécies podem
produzir flores solitárias, mas a maioria produz conjuntos que variam
entre 3 e 75 flores por inflorescência[18].
As flores de framboesa (Figura 5) têm aproximadamente 2,5 cm de
diâmetro e são hermafroditas, possuindo geralmente cinco sépalas e
cinco pétalas. Este número pode, no entanto, variar em função do
genótipo.
Figura 5 – Pormenor de uma flor de framboesa em corte radial-longitudinal[11].
a) bráctea; b) receptáculo; c) ovário; d) pétala; e) filete;
f) antera; g) estilete; h) estigma.
As
pétalas
são
geralmente
pequenas
e
brancas,
podendo
ocasionalmente ocorrerem de cor rosa ou avermelhada. Os carpelos
encontram-se sobre um receptáculo carnudo, envolvidos por anéis de
estames, inseridos no cálice.
Em 13 cultivares de framboesa observou-se que o número de carpelos
por flor varia entre 56 e 121, com uma média de 100[18]. Os estames
são numerosos variando entre 70 e 90. Os estiletes são em menor
10
13. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
número que os estames, encontrando-se dispostos em espiral na parte
terminal do receptáculo. O tamanho e forma do receptáculo determinam
o tamanho e forma do fruto. Os grãos de pólen variam em tamanho e
número de poros. As flores segregam grandes quantidades de néctar,
através de um anel carnudo na margem do receptáculo e dentro do anel
de estames, podendo produzir até cerca de 1,4 mg de açucares por dia,
e um total de 13 mg de néctar durante todo o período de floração[19].
Este néctar rico e abundante juntamente com o pólen é altamente
atractivo para os insectos polinizadores. Apesar de várias espécies de
insectos visitarem as flores de framboesa, a abelha doméstica é
considerada o principal e mais eficiente polinizador.
A floração pode ocorrer durante 1 a 3 semanas. Quando a flor abre, as
anteras estão imaturas, com os filamentos curvados sobre os estiletes e
estigmas imaturos. Posteriormente, os estames externos curvam-se
para o exterior em direcção às pétalas e as anteras iniciam a deiscência.
À medida que a deiscência progride para o interior da flor, o receptáculo
expande-se,
os
estiletes
alongam-se
e
os
estigmas
tornam-se
receptivos. A queda das pétalas inicia-se 1 ou 2 dias após a abertura da
flor.
A
redução no grau
de autogamia
resulta fundamentalmente de
fenómenos de auto incompatibilidade e não da redução da fertilidade do
pólen[20]. No entanto, em ambos os casos verifica-se um aumento do
peso dos frutos quando as flores são visitadas por insectos.
Após a fertilização o ovário desenvolve-se formando uma drupéola, ou
seja uma mini drupa que se desenvolve a partir de um ovário. O fruto é
um agregado de drupéolas formado pela junção de um grande número
de ovários todos da mesma flor e aderentes a um receptáculo comum.
Como cada drupéola é por si só um fruto perfeito, a framboesa forma
um fruto múltiplo de drupas (Figura 6).
11
14. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
Figura 6 – Pormenor de um fruto de framboesa[11].
a) pedunculo; b) cálice; c) anteras secas; d) receptáculo;
e) drupéola; f) semente.
A coesão das drupéolas depende da área de contacto com o receptáculo,
do seu número e da pubescência da sua epiderme[21]. Com a maturação
forma-se uma camada de abcisão no ponto de união entre as drupéolas
e o receptáculo, ficando este último ligado à planta após a abcisão do
fruto. Os frutos assim formados são extremamente frágeis devendo ser
evitado o seu excessivo manuseamento. Os frutos devem ser colhidos
durante as primeiras horas do dia, imediatamente refrigerados (2 ºC e
95%
de
humidade
relativa)
e
enviados
para
os
circuitos
de
comercialização no período máximo de 24 horas.
3. Ciclo biológico
O ciclo de crescimento das framboesas tem início quando se dá o
desenvolvimento dos gomos situados abaixo do nível do solo. Podem
desenvolver-se dois tipos de gomos, os gomos de raiz e os gomos
axilares dos lançamentos na zona de substituição.
12
15. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
3.1. Os gomos radiculares
Estes gomos são extremamente abundantes ao longo das raízes, porém
o seu abrolhamento só se produz durante o período que decorre entre o
fim do Verão e a Primavera[10](Figura 7). Podem assim distinguir-se dois
grupos de lançamentos de raiz consoante a época em que emergem,
Outono ou Primavera[22].
Figura 7 – Pormenor de um gomo radicular de framboesa[10].
Nos lançamentos de Outono dá-se o alongamento do ponto vegetativo
até à superfície do solo onde se forma uma roseta de folhas a sua volta.
O comprimento deste novo lançamento e o desenvolvimento da roseta
de folhas depende das condições climáticas que prevalecem quando se
dá a emergência. Os que emergem cedo no Outono possuem rosetas
bem formadas, os mais tardios não possuem folhas bem desenvolvidas,
observando-se apenas um pequeno gomo junto ao solo. Em ambos os
casos estes novos rebentos tornam-se dormentes.
Durante a Primavera também se observa a formação de lançamentos a
partir da raiz. No entanto, não há a formação da roseta de folhas uma
vez que as condições são favoráveis ao crescimento contínuo do
lançamento. O comportamento destes dois tipos de lançamentos, é no
entanto igual, tenham ou não sofrido um período de dormência.
13
16. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
3.2. Os gomos axilares
Os gomos axilares que se encontram abaixo da superfície do solo, na
denominada zona de substituição, são especializados e de maior
tamanho que todos os outros. Estes gomos dão origem todos os anos
aos lançamentos de reposição. O seu crescimento inicia-se na Primavera
e continua até que os lançamentos atinjam o seu desenvolvimento
completo.
Os gomos da raiz podem passar o Inverno dormentes. Pelo contrário, os
gomos axilares da zona de substituição nunca ficam completamente
dormentes, não necessitando por isso da acção do frio para evoluírem.
Lançamentos de ambas as origens podem surgir durante toda a época
de crescimento. O número de lançamentos por unidade de área
aumenta até ao segundo ano de idade de uma plantação, decaindo nos
anos seguintes. A produção de frutos não atinge o seu máximo antes do
quarto ano[23].
As plantas de framboesa têm uma grande capacidade de colonizar todo
o espaço disponível, sendo impossível, ao fim de um certo período de
tempo, distinguir qual a ordem ou origem de determinado lançamento.
As
framboesas
formam,
assim,
tufos
densos
com
lançamentos
provenientes dos gomos de raiz e da zona de substituição (Figura 8).
14
17. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
1
2
3
4
5
6
Figura 8 – Esquema das diferentes fases e partes constituintes de um lançamento de
framboesa não remontante[10]. A - Os vários estados de desenvolvimento
dos lançamentos. B - Crescimento de um gomo radicular, onde são visíveis
os gomos de substituição ao nível do solo. C - Os diferentes tipos de gomos
num lançamento de framboesa não remontante: 1 - gomo terminal; 2 gomos imaturos; 3 - gomos frutíferos; 4 - gomos dormentes aéreos; 5 gomo de substituição; 6 - gomos dormentes subterrâneos.
15
18. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
Os lançamentos das framboesas remontantes são geralmente mais
curtos que os das não remontantes, uma vez que ocorre a floração
apical que impede a continuação do seu crescimento. Pelo contrário, nas
framboesas não remontantes, com o abaixamento da temperatura e a
redução das horas de luz no Outono, o crescimento cessa, mas as folhas
continuam a expandir-se dando-se então a formação de uma roseta de
folhas na ponta dos lançamentos.
3.3. Dormência e atempamento
Nas framboesas a diferenciação floral é basípeta. Inicia-se sempre do
topo para a base dos lançamentos e da flor terminal do gomo para as
flores das axilas das brácteas, em resposta às condições de luz e
temperatura[12][16]. No seu conjunto surge por cada gomo floral uma
inflorescência uni-pauciflora com uma pequena cimeira terminal[24]. O
período de endodormência nas framboesas é relativamente curto
estando a sua duração e intensidade dependente das condições
ambientais durante o crescimento, idade das plantas e diferenças
genéticas entre cultivares[25]. Ainda existe alguma controvérsia sobre as
necessidades em frio das framboesas remontantes quando em cultura
anual. No entanto, diversos estudos demonstram que os gomos da base
dos lançamentos devem passar por um período de baixas temperaturas
para que a floração e consequente frutificação seja abundante[26][27][28].
A expressão da característica remontante está dependente da duração
da estação de crescimento e das temperaturas outonais que a
influenciam quantitativamente[4].
Quando as framboesas não remontantes são plantadas em condições de
Inverno ameno, os lançamentos apresentam poucos ramos de fruto,
uma vez que a quebra da dormência não foi obtida. A escolha da
cultivar
é
então
extremamente
importante,
[29]
cultivares com baixas exigências em frio
devendo-se
escolher
.
O atempamento é uma resposta da planta às condições Outonais. O
crescimento cessa, a planta entra em dormência e dá-se uma redução
do conteúdo em água dos lançamentos. Esta alteração é acompanhada
pelo movimento de reservas entre os lançamentos e a raiz. O conteúdo
dos lançamentos em amido é mínimo entre Novembro e Fevereiro sendo
então máximo nas raízes[30]. O atempamento é de extrema importância
16
19. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
nas framboesas, uma vez que é o responsável pela grande resistência
destas plantas ao frio, sendo esta uma das características mais
importantes para as zonas produtoras mais setentrionais.
3.4. Indução e diferenciação floral
De acordo com trabalhos realizados em framboesas remontantes
podemos claramente identificar três fases no processo de formação das
flores: indução floral, diferenciação floral e floração.
A indução floral é um processo complexo pelo qual o meristema apical
transita do estado vegetativo para o reprodutivo. Este processo consiste
numa alteração bioquímica, em consequência de estímulos de natureza
diversa, após o qual o gomo vegetativo fica pronto para diferenciar
flores.
A fase em que se dá a indução floral varia com a cultivar e parece
ocorrer quando o meristema atinge um certo estado fisiológico[22]. A
altura
exacta
temperaturas
é
e
controlada
cessação
do
pelo
comprimento
crescimento
do
dia,
[6][12][22][31]
terminal
baixas
e
é
determinada geneticamente, constituindo a base para a selecção de
cultivares remontantes.
A indução floral pode ser reversível, mas a diferenciação floral é
irreversível, porque as mudanças morfológicas já ocorreram.
Estas alterações morfológicas são sequenciais e podem ser descritas em
quatro estádios: estádio 1 - consiste no alargamento e achatamento do
meristema; estádio 2 - surgem pontos de crescimento secundários;
estádio 3 - alongamento dos pontos de crescimento e estádio 4 - o
ponto terminal forma primórdios de peças florais que posteriormente
culminarão na formação do botão floral (Figura 9).
17
20. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
A
D
B
C
E
Figura 9 – Cortes longitudinais de gomos da framboesa “Autumn Bliss” (ampliação 100x).
A – Vegetativo; B – Estádio 1; C – Estádio 2; D – Estádio 3 e E – Estádio 4.
Nas cultivares remontantes a diferenciação das inflorescências dá-se até
que os gomos axilares se tornem dormentes. No entanto, a indução à
floração
não
inflorescência
pára
[26][32]
nos
gomos
situados
abaixo
da
última
.
Nos lançamentos do ano das framboesas remontantes as baixas
temperaturas não são necessárias à indução floral, mas têm grande
influência na data ou fase do crescimento em que se dá a diferenciação.
O efeito das baixas temperaturas parece residir no facto de ao induzirem
a floração provocam a paragem do crescimento. Nos lançamentos do
ano anterior, a indução floral é independente da temperatura, mas é
influenciada pelas baixas temperaturas[26][32].
Nas framboesas não remontantes a indução ocorre no Outono, podendo
verificar-se ou não a diferenciação dos gomos consoante a cultivar. No
18
21. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
entanto, não há evolução dos gomos que então se tornaram florais. No
gomo a diferenciação das diversas partes da flor dá-se de forma
acrópeta, com as sépalas a surgirem primeiro, seguidas das pétalas,
estames e pistilos[33]. A diferenciação inicia-se no gomo terminal e
progride de forma basípeta ao longo do lançamento. A diferenciação é
interrompida por volta do mês de Novembro voltando a iniciar-se em
Janeiro/Fevereiro. Assim, um segundo período de diferenciação ocorre
ainda
antes
da
evolução
dos
gomos.
Nesta
altura
pode
haver
diferenciação de gomos secundários e terciários dentro de uma mesma
axila.
Em média, apenas dois terços dos gomos evoluem para ramos de fruto,
em parte devido à dominância dos gomos da parte superior dos
lançamentos, ou ainda, devido à formação de condições de sombra.
Assim, a probabilidade de um gomo frutificar está relacionada com a sua
posição no lançamento. Os lançamentos de maior diâmetro possuem
menor número de ramos de fruto. No entanto, estes ramos apresentam
maior número de frutos, o que conduz a uma maior produção por ramo
que se reflecte na produção total[34].
Os factores hormonais envolvidos na indução floral não são ainda
correctamente conhecidos, mas é possível que as diferentes respostas
dos vários genótipos às condições ambientais sejam devidas a diferente
produção de fitoreguladores endógenos. A idade da planta determina o
grau em que esta responde às condições ambientais indutivas[7].
3.5. Forma da canópia - competição entre fase vegetativa e fase reprodutiva
Na cultura da framboesa assume particular importância a competição
entre lançamentos, factor amplamente estudado em plantações de
framboesa
não
remontante[35][36][37][38].
A
menor
densidade
de
lançamentos que assegura a máxima produção em cultura de ar livre foi
estabelecida em 8 / 12 lançamentos por metro linear na Europa e cerca
de 15 lançamentos por metro linear na América do Norte[39]. A diferença
entre estes valores reduz-se quando os valores são expressos por
unidade de área, sendo actualmente aceite o valor de 5 lançamentos por
metro quadrado como densidade óptima[40][41]. De uma forma geral a
redução do número de lançamentos por unidade de área é uma
19
22. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
operação cultural benéfica nesta cultura embora seja uma operação
dispendiosa.
Factor intimamente associado à densidade de lançamentos é a sua
disposição no espaço restrito de uma cultura em linha. A forma da
canópia, estando ligada à competição entre lançamentos, condiciona
principalmente o seu ambiente luminoso durante o período vegetativo e
produtivo, factor estudado com alguma profundidade em framboesas
não remontantes[42][43][44]. A sensibilidade da framboesa e a sua
resposta
a
alterações
[23][45]
controverso
da
intensidade
luminosa
é
assunto
ainda
. No entanto, todos os autores concordam que uma
redução da intensidade luminosa provoca uma quebra acentuada na
produtividade da cultura[39]. Estudos do microclima da conópia de
framboesas não remontantes mostraram que 55 a 60% das flores e
frutos se encontravam na zona da canópia sujeita a apenas 25% ou
menos da radiação fotossinteticamente activa (PAR) sendo esta a zona
mais
produtiva[44].
Estes
estudos
verificaram
também
que
a
produtividade aumentava com a radiação disponível. O vingamento era
de 90% em zonas sujeitas a mais de 25% da PAR e inferior a 50% em
áreas expostas a menos de 25% da PAR (Figura 10).
20
23. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
Floração
Início de colheita
Fim de colheita
Lançamentos:
1º ano
2º ano
Largura da canópia (cm)
Figura 10 - Lado poente de uma canópia, de framboesas cultivadas em linhas, em três fases
de desenvolvimento da cultura: floração, início de colheita e fim de colheita.
Valores de 25, 50 e 75 % da radiação fotossinteticamente activa (PAR). Estão
representados os limites espaciais dos lançamentos com 1 e 2 anos[44].
Os lançamentos de segundo ano (frutíferos) são os primeiros a
desenvolver a biomassa foliar, através das reservas acumuladas na raiz
e nos caules. As folhas transferem depois os fotoassimilados para os
frutos, após o que as folhas entram em senescência. O consequente
decréscimo na área foliar dos lançamentos frutíferos é contrabalançado
pelo
desenvolvimento
(vegetativos).
O
da
área
crescimento
foliar
dos
dos
lançamentos
lançamentos
do
ano,
do
ano
que
é
inicialmente realizado à custa das reservas do sistema radicular continua
então livremente durante o resto da estação de crescimento. Assim, o
aumento da produção está condicionado à forma como a matéria seca é
21
24. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
repartida, estando a competição dependente da separação ou não entre
a fase de crescimento dos lançamentos vegetativos e a fase de
crescimento dos lançamentos frutíferos.
Nas fases iniciais do crescimento os lançamentos vegetativos são
capazes de utilizar parte dos fotoassimilados dos lançamentos frutíferos
devido à translocação dos fotoassimilados para a raiz, enquanto não se
verifica a senescência do floema[15]. É também possível a aplicação de
herbicidas com o intuito de controlar a emissão de lançamentos tendo
em vista o aumento da produção[46][47].
A conópia de uma plantação de framboesa remontante, em cultura
anual, é simplificada pela ausência de competição entre lançamentos
vegetativos e frutíferos dado que as duas fases da cultura são
temporalmente separadas. Nesta cultura a produtividade fotossintética
das folhas dos lançamentos é alterada com o aumento da densidade de
lançamentos
e
agravada
pelas
condições
limitativas
[40]
temperatura que se observam no período de Outono
de
luz
e
.
3.6. Translocação e repartição de fotoassimilados
Um sistema de produção pode encontrar-se limitado pela diminuição do
fornecimento em fotoassimilados ou, por outro lado, limitado pela sua
capacidade em utilizar os produtos da fotossíntese. A eficiência dos
sistemas de translocação dos fotoassimilados é ainda outro factor
determinante da produção. É geralmente aceite que a parte aérea de
uma planta se encontra em competição pelos fotoassimilados com o
sistema radicular e que a parte aérea tem prioridade sobre as raízes[48].
No entanto, é nas raízes que se encontram as maiores concentrações de
hidratos de carbono de reserva[49].
Em condições naturais a competição pelos fotoassimilados na planta de
framboesa é minimizada pela separação temporal e espacial entre
lançamentos e o crescimento vegetativo durante o período do Outono.
Assim, elevados índices de área foliar, permitem à planta regenerar os
teores de hidratos de carbono de reserva no sistema radicular[23]. Com a
introdução da framboesa em cultura, a competição entre lançamentos é
aumentada e, com o melhoramento genético das cultivares existentes, a
repartição dos fotoassimilados tornou-se mais complexa. Diversos
estudos têm sido realizados na tentativa de esclarecer as relações entre
22
25. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
as
diversas
fases
da
[45][50][51][52][53]
remontante
cultura
principalmente
em
framboesa
não
.
Na framboesa remontante a competição por fotoassimilados estabelece-se apenas entre os lançamentos e o sistema radicular durante as
diferentes fases do ciclo. Vários estudos confirmaram o movimento
descendente dos fotoassimilados logo após o início da floração,
estabelecendo que no caso particular da framboesa remontante em
cultura anual, a fracção do lançamento que permanece vegetativa tem
como
principal
função
[15][54]
fotoassimilados
fornecer
o
sistema
radicular
com
.
3.7. Padrão de variação dos hidratos de carbono e proteínas
Em todas as plantas caducifólias a acumulação de reservas é necessária
para suportar os novos crescimentos de Primavera. O padrão de
acumulação e utilização das reservas em framboesas não remontantes
segue o padrão universalmente aceite para as plantas lenhosas[23][55]. A
acumulação de reservas é muito sensível às práticas culturais e às
condições ambientais limitantes, principalmente no fim da estação, e o
seu decréscimo pode afectar profundamente o desempenho da cultura.
Durante o período de Inverno, os hidratos de carbono acumulam-se
preferencialmente sob a forma de amido nas raízes e lançamentos[55][56].
Estas concentrações elevadas de amido podem ser convertidas em
açúcares nos meses de Inverno como forma da planta aumentar a sua
resistência ao frio[34][57][58].
Os hidratos de carbono são os principais constituintes das reservas nas
plantas mas o azoto é também um elemento de reserva importante. As
reservas em azoto são compostas por uma fracção solúvel e uma
insolúvel, estando os teores de proteína muito dependentes dos teores
em hidratos de carbono[59]. A análise de proteínas em framboesas tem
incidido fundamentalmente em moléculas com aproveitamento biofungicida[60][61][62] e com importância determinante na qualidade dos
frutos[63][64]. Estudos de caracterização de compostos promotores da
saúde humana têm tido forte incremento desde o reconhecimento de
propriedades anticancerígenas dos frutos da framboesa[65][66][67].
23
26. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
4. O melhoramento da framboesa
As framboesas vermelhas têm sido cultivadas e melhoradas desde o
século XIV. De início, através do desenvolvimento de variedades
primárias e, a partir de 1800, através da hibridação[1]. No entanto, o
primeiro artigo científico sobre o melhoramento das framboesas foi
publicado em 1913[68].
4.1. Principais objectivos do melhoramento da framboesa vermelha
•
Qualidade do fruto
Em termos de qualidade da fruta, tem-se procurado melhorar
características como o tamanho do fruto, o brilho, a firmeza, a
cor e o sabor. A selecção (para mercados europeus) dá
preferência a tamanhos grandes e cultivares menos brilhantes. A
necessidade de obtenção de firmeza obrigou a ir buscar esta
característica à espécie Rubus occidentalis uma vez que a espécie
Rubus idaeus não possui esta característica. Este é um objectivo
comum a todos os programas de melhoramento. A firmeza do
fruto é uma característica aditiva, pelo que permite ganhos
genéticos muito rápidos em programas de melhoramento. O
melhoramento tem também procurado a obtenção de cores
diferentes. Embora o mercado prefira a cor vermelha, existe
também procura de frutos amarelos e pretos. Nas framboesas
vermelhas o sabor a tanino é mais acentuado devido a um maior
teor em compostos fenólicos e antioxidantes. Um outro aspecto
importante que tem sido objecto de melhoramento tem a ver
com a capacidade de separação do fruto do receptáculo. Assim, o
fruto deve destacar-se de forma fácil, mas não de forma
excessivamente fácil, para evitar que caia antes da colheita.
•
Rendimento
O rendimento à colheita depende de várias componentes,
incluindo o número de laterais, o número de frutos por lateral, e
o tamanho do fruto. O melhoramento para elevado rendimento
pode incidir sobre uma ou várias destas componentes. É
importante garantir entrenós curtos, muitos ramos laterais e
24
27. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
muitos frutos em cada lateral. A selecção para alto rendimento é
fácil, sendo 1kg/lançamento facilmente atingível. O tamanho do
fruto pode variar entre 5 e 7g, dependendo do número e
tamanho das drupéolas.
•
Resistência a pragas e doenças
A resistência a pragas e doenças tem sido um objectivo do
melhoramento Europeu. Os maiores problemas fitossanitários na
framboesa são os causados pelo RBDV (raspberry bushy dwarf
virus), transmitido por pólen infectado, e a podridão radicular,
causada pelo fungo Phytophthora erythroseptica.
A obtenção de cultivares isentas de vírus tem sido um grande
objectivo em termos de melhoramento, na medida em que não
há possibilidade de tratamento após a plantação. A tentativa de
erradicação por via da termoterapia seguida de cultura de
meristemas tem dado resultados importantes. Outras estratégias
de resistência a vírus têm passado pela tentativa de obtenção de
resistência contra os vectores dos vírus (principalmente aos
afídeos) e a obtenção de tolerância (utilização de progenitores
tolerantes, sem sinais de infecção, e selecção de descendências
que apresentem característica de tolerância).
Nas
doenças,
também
se
tentou
resistência
aos
fungos
Phragmidium rubi-idaei, que causa a ferrugem, e ao Botrytis
cinerea, responsável pela podridão cinzenta, tanto na fase pré
como pós-colheita. Tem-se procurado seleccionar cultivares
resistentes
ou,
pelo
menos,
com
menor
susceptibilidade,
existindo genótipos dentro do género Rubus que preenchem esta
condição. Outra abordagem para conseguir resistência a doenças
passou
por
seleccionar
cultivares
com
características
morfológicas que evitem o desenvolvimento de doenças. A
selecção de características morfológicas como boa separação e
exposição dos frutos, facilidade de colheita, firmeza, ausência de
excesso
de
folhagem
e
bom
estado
fitossanitário
dos
lançamentos tem contribuído para a obtenção indirecta de
resistência a doenças causadas por fungos.
Dentro das pragas, um dos principais problemas são os afídeos. A
resistência ao Amphorophora agathonica Hottes é controlada
25
28. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
geneticamente e, apesar de ter já sido ultrapassada por algumas
raças, continua a ser importante para reduzir a transmissão de
vírus e aumentar a duração da plantação. Tentou-se também
obter resistência a outras pragas, como gorgulhos, vectores
também de outros fitopatogénios, e ao escaravelho da framboesa
Byturus tomentosus.
A utilização de cultivares remontantes, em que os lançamentos
são retirados após a colheita do fruto, reduz o problema de
permanência de problemas fitossanitários de um ano para o
outro.
•
Factores ambientais
Resistência ao frio: tem-se tentado obter cultivares resistentes às
baixas temperaturas.
Época de colheita: O melhoramento tem-se dedicado à obtenção
de cultivares remontantes de produção temporã.
Resposta ao fotoperíodo: o comportamento de resposta aos dias
curtos das diferentes cultivares depende do clima. Cultivares de
dias curtos em climas de estações quentes e longas apresentam
problemas de quebra da dormência. As cultivares remontantes
têm menor rendimento mas são mais facilmente manipuláveis
nos diferentes ambientes.
Maturação precoce: procura-se obter cultivares de ciclo curto, por
volta de 120 dias. Procura-se também que os lançamentos
estejam em produção 4 a 6 semanas.
Características morfológicas: Framboesas sem espinhos: é uma
característica controlada por um gene recessivo e pode ser
seleccionada
muito
cedo,
na
fase
de
plântula.
É
uma
característica muito importante no caso de cultivares destinadas
à colheita mecânica.
Facilidade de abcisão: o lançamento deve ser flexível para
permitir a colheita sem partir os laterais frutíferos.
26
29. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
4.2. Metodologias utilizadas no melhoramento
O melhoramento em framboesa tem sido feito com recurso ao método
clássico:
polinização
controlada
(hibridação)
com
genótipos
que
possuem a característica de interesse, germinação das sementes
resultantes do cruzamento e selecção de descendências com as
características desejadas.
Nos programas de melhoramento em framboesa tende a preferir-se
genes principais dominantes, cuja transferência e acumulação é mais
fácil e o processo de selecção com descendências pequenas mais
adequado. A homozigocidade para genes principais pode ser obtida de
forma relativamente expedita e as descendências de progenitores
homozigóticos
para
a
característica
não
necessitam
de
rastreio,
facilitando todo o processo.
O processo de hibridação envolve várias etapas. Inicia-se pela recolha
do pólen do progenitor a utilizar, e a emasculação (normalmente com
remoção das sépalas, pétalas e estames) das flores a polinizar. Segue-se a polinização controlada com o pólen recolhido e a colheita do fruto
desenvolvido. As sementes são tratadas quimicamente sendo por vezes
necessário submetê-las a tratamento de frio e utilização de ácido
sulfúrico. Após a germinação, inicia-se o processo de análise das
descendências e selecção, havendo características que podem ser
seleccionadas na fase de plântula.
A maioria dos programas de melhoramento encontram-se em países
como os EUA, no lado do Pacífico, Canadá, Reino Unido e Polónia. Os
programas mais bem sucedidos incluem os de British Columbia
(Tulameen) e SCRI (Glen Ample). O melhoramento de cultivares
remontantes tem passado essencialmente por East Malling (Autumn
Bliss e Autumn Cascade), Medway Fruits (Joan Squire e Joan J), Polónia
(Polana e Polka) e Suiça (Himbo-Top). Mais recentemente surgiram as
cultivares Erika e Sugana.
Alguns
trabalhos
têm
sido
feitos
na
obtenção
de
organismos
geneticamente modificados (OGM’s) em framboesa, nomeadamente na
área da indução à partenocarpia tendo em vista o aumento da
produtividade das plantas[69]. A transferência genética tem sido outra
área de intenso estudo tendo como principal objectivo lançar variedades
de amora (Rubus sp.) com o hábito de frutificação remontante[70][71].
27
30. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
4.3. Propagação e direitos sobre o material vegetal
As framboesas são propagadas vegetativamente (clonalmente). O
acordo internacional UPOV foi assinado por vários países da Europa, os
EUA, vários países da Ásia e Austrália, mas não pela China. Este acordo
regula a propriedade do material vegetal melhorado e as contrapartidas
financeiras associadas à venda de variedades. As variedades obtidas
têm que preencher requisitos de novidade, uniformidade, estabilidade e
homogeneidade. Têm que ter sido obtidas, não podem ser selvagens.
Pelo menos tem que haver uma geração de melhoramento. Quando o
melhorador se candidata a direitos de melhorador, há duas assumpções
importantes:
1) O melhorador aceita que outras pessoas usem essa variedade
para melhoramento;
2) O melhorador não pode exigir pagamento de direitos em relação
à produção de propágulos (lançamentos) para uso próprio, isto é,
o agricultor pode produzir propágulos para renovar a sua
plantação.
Há períodos (15-25 anos) em que a propriedade das variedades é
garantida. Durante este período, pode ser exigido o pagamento de
direitos de melhorador aquando da venda de cada propágulo (15 a 25%
do custo do propágulo são direitos de propriedade). Há também a
hipótese de pagar os direitos sobre o produto final, em alternativa aos
direitos
sobre
o
propágulo.
Quando
bem
organizado,
tanto
os
melhoradores quanto os produtores preferem o pagamento de direitos
sobre o produto final.
Nos programas de melhoramento com fundos públicos, a entidade que
detém os direitos tem a obrigação de comercializar a variedade sem
restrições. Os melhoradores privados não têm que obedecer a esta
regra, podem manter o controlo da variedade, patenteá-la e manter a
licença de propagação, mantendo restrito o acesso à variedade. Podem
manter com os agricultores acordos para cultivar as variedades, mas
não a vendem. Assim, os agricultores não podem propagá-la nem para
renovo da plantação.
28
31. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
4.4. O melhoramento da framboesa remontante
As características apresentadas pelas framboesas remontantes são
conhecidas
desde
há
muitos
anos.
A
primeira
referência
à
particularidade da formação de frutos no primeiro ano de crescimento
data de 1806. Desde aí tendo sido frequente a sua observação[72]. Esta
capacidade de produção não é exclusiva das framboesas vermelhas, pois
surge também nas framboesas púrpuras e pretas.
Existem
dois
grandes
pólos
de
melhoramento
das
framboesas
remontantes. Os Estados Unidos da América, onde tiveram início os
programas de melhoramento em 1934, e a Horticulture Research
International - East Mailing (HRl) onde o melhoramento decorre desde
1950[5].
Os primeiros trabalhos de melhoramento para obtenção de cultivares
remontantes tiveram lugar nos EUA onde foi utilizada a cultivar ‘Lloyd
George’ e suas derivadas. Os resultados foram fracos em relação à
característica da “remontância”. Foi então introduzido no melhoramento
a cultivar ‘September’ e duas selecções de R. idaeus subsp. strigosus,
mas
apenas
cinco
por
cento
das
plantas
obtidas
produziram
suficientemente cedo para poderem ser prometedoras.
Na Europa o melhoramento iniciou-se com um leque maior de material
vegetal que incluía cultivares remontantes, não remontantes e espécies
selvagens. No início do programa e para evitar os mesmos problemas
verificados nos Estados Unidos, foram efectuados cruzamentos no
sentido da precocidade. Foi utilizada então a espécie herbácea R.
articus, com essa finalidade e só depois se efectuaram os cruzamentos
com a cultivar ‘Lloyd George’. O principal critério de selecção foi sempre
a precocidade, facto que originou problemas, dado que os dadores da
precocidade transmitem más características de textura e coesão do
fruto. Nos cruzamentos mais recentes foi utilizada a R. spectabilis como
dadora da precocidade, embora não seja ela própria uma espécie
remontante[73].
Tal como no caso americano, os progressos no melhoramento foram
muito lentos dado que a maioria das plantas tiveram que ser eliminadas.
Em 1983 uma cultivar precoce, com frutos grandes e boa produtividade
29
32. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
foi lançada a partir da selecção '3676/78', com o nome de ‘Autumn
Bliss’.
Actualmente o melhoramento assenta nas cultivares 'Autumn Bliss',
'Heritage' e 'Zeva Herbsternte', e em derivados da R. spectabilis e R.
odoractus, o que tem levado a melhores e mais rápidos progressos no
melhoramento das framboesas remontantes. O número de cultivares
hoje disponíveis é extremamente elevado.
Foi considerado de início que a capacidade de florir e frutificar no
lançamento do ano era devido a um único gene que foi então designado
por at. No entanto, as plantas obtidas a partir de cruzamentos entre
variedades remontantes nem sempre expressam esta característica de
uma forma intensa e uniforme. Estudos conduzidos no Reino Unido
provaram que a característica remontante era predominantemente de
carácter
quantitativo
e
bastante
influenciada
pelo
meio.
Esta
característica parece assim ser regulada por um sistema genético
complexo onde o ambiente e o vigor da planta tem um efeito directo na
sua expressão. Plantas vigorosas, estações de crescimento maiores e
temperaturas outonais elevadas, têm um efeito decisivo na colheita de
Outono.
A expressão da característica de “remontância” resulta da combinação
de dois processos: a diferenciação floral no gomo terminal e a paragem
do alongamento do lançamento. É provável haver interacção destes dois
processos de desenvolvimento com as condições ambientais, o que
provoca a variabilidade da sua expressão. As cultivares mais precoces
são aquelas em que a diferenciação floral se dá mais cedo, enquanto os
lançamentos
ainda
se
encontram
em
alongamento
rápido
e
as
temperaturas se mantêm favoráveis para um rápido amadurecimento do
fruto[4].
A cultivar ‘Heritage’ foi a mais cultivada em todo o Mundo. No entanto,
tem-se observado uma grande diversificação da oferta de cultivares de
framboesa remontante o que tem levado a uma grande diversidade de
frutos no mercado. As cultivares ‘Autumn Bliss’ e ‘Heritage’ têm sido
substituídas, na Europa, pela ‘Polka’, ‘Himbo-Top’ e ‘Joan Squire’.
As cultivares remontantes não estão aptas a competir com as não
remontantes considerando a maioria das características produtivas. No
30
33. A planta de framboesa
Morfologia e fisiologia
entanto, é possível melhorar o desempenho das cultivares remontantes
através da utilização de túneis de polietileno[74][75][76][77][78].
As cultivares de framboesa remontante actualmente disponíveis no
mercado não estão adaptadas às condições climáticas do sul da Europa.
Nenhuma linha de melhoramento pública tem actualmente como
principal objectivo a obtenção de cultivares remontantes inermes e de
produção temporã, que cresçam em dias curtos (para produção
antecipada)
e
com
baixas
necessidades
de
frio.
A
qualidade
e
produtividade, bem como a resistência aos ácaros e à ferrugem serão
também factores determinantes do sucesso de uma cultivar.
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