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Bagunça, Barulho, Ordem e Decência 
O avivamento pentecostal começou em 1901 e seu ápice foi na Rua Azusa por volta de 1906. Os cultos da Rua Azusa eram uma verdadeira “bagunça santa”! (Oh Glória!) As reuniões eram barulhentas e a liturgia pouco lembrava os cultos tradicionais e as missas católicas. 
Eram reuniões de “fogo puro”, unção de Deus mesmo! Lembravam em muito as reuniões descritas no livro de Atos. 
Mas pela diferença gritante com os cultos tradicionais, logo os cultos pentecostais atraíram muitas críticas. 
Não que os cultos fossem desordeiros ou sem direção, mas para os padrões religiosos dominantes esses cultos eram uma “verdadeira bagunça”. 
É por isso que hoje em dia os pentecostais se orgulham em dizer que gostam de uma “bagunça santa”! E claro, logo surgem fariseus para dizer que os pentecostais não seguem as instruções paulinas sobre “ordem e decência”. 
A questão é: será que o entendimento dos reformados sobre ordem e decência num culto é o mesmo que o apóstolo Paulo tinha em mente? 
Qual a ordem do culto proposta por Paulo? 1Cor:14:26: Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 
Oras, quem são os cristãos que seguem essas instruções de Paulo? Os pentecostais obviamente! Ou alguém tem visto línguas ou revelações em cultos reformados? 
A rigor ninguém pode se dizer reformado se vive isso pois os legítimos reformados são cessacionistas. Algumas igrejas reformadas experimentaram o avivamento pentecostal e passaram a exercer os dons espirituais. Mas nesse caso hão de admitir que aprenderam com os pentecostais! 
Ou seja, quando você ouvir críticas sobre o “barulho” ou a “bagunça” nos cultos pentecostais, pergunte-se qual ordem de culto você quer seguir: o culto reformado (onde o pastor monopoliza a direção do culto) ou o culto pentecostal (que valoriza a manifestação do Espírito Santo entre os irmãos)? 
Sobre a questão da decência um dos pontos citados pelos reformados como sinal de indecência era o espaço dado às mulheres no avivamento da Rua Azusa – novamente vale a pena ver o que diz a Bíblia: At:21:9: E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam. 
Podemos dar glórias a Deus pela liberdade que temos ao cultuar a Cristo, pois nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus (Gal:3:28). 
Os ferrenhos opositores do pentecostalismo (e da espontaneidade do culto) costumam dizer que os cultos pentecostais carecem de “ordem e decência”. Se “ordem e decência” fosse sinônimo de liturgia engessada então os relatos bíblicos de Atos deveriam seguir esse modelo. Mas ao contrário, vemos que em Atos 2 a “espontaneidade” foi tanta que alguns acharam que os apóstolos estavam bêbados (At 2.13). Aquele culto parecia uma “bagunça” para os religiosos acostumados a uma mesmice. Mas aquele foi um culto ordeiro e decente para os padrões de Deus.
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Qualquer reformado diria que Atos 2 foi uma “bagunça”. Mas será que Deus contrariaria a Si mesmo? Faria uma coisa em Atos2 para depois em 1Co14 dizer que aquilo era algo errado? Ou estaria o apóstolo Paulo apenas coibindo os exageros ocorridos na igreja de Corinto? 
Já ouvi reformados dizendo ironicamente “A igreja de Corinto está vivinha entre os pentecostais!” querendo insinuar que somos infantis. Mal sabem esses irmãos qual o problema vivenciado no culto daquela igreja. Pasmem vocês, mas já vi um pentecostal chamar a liturgia tradicional de equilibrada - engessada acho que seria um termo mais apropriado. [Claro que não me refiro aos reformados avivados, e sim aos cessacionistas!] 
Os cultos pentecostais assemelham-se muitos aos cultos do livro de Atos, e seguem também as recomendações de Paulo (1Cor 14) para que haja edificação. 
Além dos dons espirituais, outra marca forte do pentecostalismo são as chamadas manifestações espirituais (sonhos, visões, arrebatamentos, cair, dançar, pular, chorar, sapatear, etc...). Vemos muitas dessas coisas acontecendo na Bíblia e muitas experiências autênticas desse tipo nos dias de hoje. Interessante dizer que os grandes avivamentos (mesmo calvinistas!) também foram acompanhados por experiências desse tipo. 
Mas infelizmente alguns modismos têm adentrado em muitas igrejas pentecostais, onde se vê claramente pastores manipulando ou induzindo as pessoas a produzir “falsas” experiências desse tipo. Mas isso não tira a legitimidade das experiências autênticas. Assim como há pessoas que fingem falar em línguas, mas isso não tira a beleza do verdadeiro dom de línguas. 
Veja alguns pontos interessantes: 
1) Espontaneidade no uso dos dons e ordem não são coisas antagônicas. 
2) Ter uma experiência sobrenatural e ter decência no culto não são coisas antagônicas. 
3) Dar liberdade ao Espírito Santo e ter um pregação profunda também são coisas perfeitamente conciliáveis. 
Deus não fica reduzido se seguirmos o que está escrito na Bíblia, pois é exatamente isso que os pentecostais fazem. Deus fica reduzido se inventamos regras "litúrgicas" pra tentar controlar o mover de Deus. 
Proibir que se fale em línguas, proibir alguém de pular no Espírito, proibir de profetizar, etc... tudo isso são regras humanas. Muitas igrejas proíbem as profecias com a desculpa de "evitar exageros". Estão indo além da Bíblia, pois ela manda julgar e não proibir. 
Há muitas manifestações legítimas além dos dons. Lembro-me bem de quando fui batizado no Espírito Santo: era recém convertido, estava orando sentado num banco e de repente um anjo me levantou do banco e comecei a pular de alegria no Espírito; nunca tinha sequer visto aquilo, foi algo genuíno, tremendo mesmo. Se dissermos que essas coisas não acontecem estaremos limitando o agir de Deus. 
Infelizmente tenho visto muitos pentecostais afirmando que essas experiências não são de Deus e aceitando apenas os dons espirituais. É uma pena, pois se olharmos a maioria dos avivamentos na história do cristianismo vamos ver essas experiências em muito maior quantidade do que os próprios dons espirituais. Olhe os cultos dirigidos por Wesley, Whitefield, Finney, Moody e Spurgeon: os frutos que esses avivamentos deixaram falam por si.
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Acho válido criticar o culto pentecostal quando este despreza a pregação, despreza o estudo bíblico, parte para a manipulação ou mesmo quando despreza os dons espirituais. Mas jamais podemos criar regras humanas para desprezar aquilo que Deus quer fazer! 
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Há cultos pentecostais mais barulhentos que outros, e barulho não é sinônimo de mover do Espírito Santo. Pessoalmente gosto de ouvir Deus tanto no barulho quanto no silêncio. Acho triste ver crentes criticando os cultos barulhentos como sendo infantis e acho lamentável ver crentes criticando os cultos mais silenciosos como se isso fosse sinônimo de frieza espiritual. O que realmente importa é que o Espírito Santo tenha liberdade, seja para agir de forma barulhenta ou de forma suave, mas isso inclui liberdade para os dons espirituais e as manifestações que Ele quiser fazer. Não podemos ser ingênuos de achar que todo culto barulhento é sinal da presença de Deus, mas pelo que vemos em Atos é bem mais comum Deus agir com barulho.

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Jose goncalves salvador-arminianismo_e_metodismo (3)
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Jose goncalves salvador-arminianismo_e_metodismo (2)
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Jose goncalves salvador-arminianismo_e_metodismo (1)
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John wesley explicacao-clara_da_perfeicao_crista
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Ordem e decência no culto pentecostal

  • 1. http://confraria-pentecostal.blogspot.com/ Bagunça, Barulho, Ordem e Decência O avivamento pentecostal começou em 1901 e seu ápice foi na Rua Azusa por volta de 1906. Os cultos da Rua Azusa eram uma verdadeira “bagunça santa”! (Oh Glória!) As reuniões eram barulhentas e a liturgia pouco lembrava os cultos tradicionais e as missas católicas. Eram reuniões de “fogo puro”, unção de Deus mesmo! Lembravam em muito as reuniões descritas no livro de Atos. Mas pela diferença gritante com os cultos tradicionais, logo os cultos pentecostais atraíram muitas críticas. Não que os cultos fossem desordeiros ou sem direção, mas para os padrões religiosos dominantes esses cultos eram uma “verdadeira bagunça”. É por isso que hoje em dia os pentecostais se orgulham em dizer que gostam de uma “bagunça santa”! E claro, logo surgem fariseus para dizer que os pentecostais não seguem as instruções paulinas sobre “ordem e decência”. A questão é: será que o entendimento dos reformados sobre ordem e decência num culto é o mesmo que o apóstolo Paulo tinha em mente? Qual a ordem do culto proposta por Paulo? 1Cor:14:26: Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Oras, quem são os cristãos que seguem essas instruções de Paulo? Os pentecostais obviamente! Ou alguém tem visto línguas ou revelações em cultos reformados? A rigor ninguém pode se dizer reformado se vive isso pois os legítimos reformados são cessacionistas. Algumas igrejas reformadas experimentaram o avivamento pentecostal e passaram a exercer os dons espirituais. Mas nesse caso hão de admitir que aprenderam com os pentecostais! Ou seja, quando você ouvir críticas sobre o “barulho” ou a “bagunça” nos cultos pentecostais, pergunte-se qual ordem de culto você quer seguir: o culto reformado (onde o pastor monopoliza a direção do culto) ou o culto pentecostal (que valoriza a manifestação do Espírito Santo entre os irmãos)? Sobre a questão da decência um dos pontos citados pelos reformados como sinal de indecência era o espaço dado às mulheres no avivamento da Rua Azusa – novamente vale a pena ver o que diz a Bíblia: At:21:9: E tinha este quatro filhas virgens, que profetizavam. Podemos dar glórias a Deus pela liberdade que temos ao cultuar a Cristo, pois nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus (Gal:3:28). Os ferrenhos opositores do pentecostalismo (e da espontaneidade do culto) costumam dizer que os cultos pentecostais carecem de “ordem e decência”. Se “ordem e decência” fosse sinônimo de liturgia engessada então os relatos bíblicos de Atos deveriam seguir esse modelo. Mas ao contrário, vemos que em Atos 2 a “espontaneidade” foi tanta que alguns acharam que os apóstolos estavam bêbados (At 2.13). Aquele culto parecia uma “bagunça” para os religiosos acostumados a uma mesmice. Mas aquele foi um culto ordeiro e decente para os padrões de Deus.
  • 2. http://confraria-pentecostal.blogspot.com/ Qualquer reformado diria que Atos 2 foi uma “bagunça”. Mas será que Deus contrariaria a Si mesmo? Faria uma coisa em Atos2 para depois em 1Co14 dizer que aquilo era algo errado? Ou estaria o apóstolo Paulo apenas coibindo os exageros ocorridos na igreja de Corinto? Já ouvi reformados dizendo ironicamente “A igreja de Corinto está vivinha entre os pentecostais!” querendo insinuar que somos infantis. Mal sabem esses irmãos qual o problema vivenciado no culto daquela igreja. Pasmem vocês, mas já vi um pentecostal chamar a liturgia tradicional de equilibrada - engessada acho que seria um termo mais apropriado. [Claro que não me refiro aos reformados avivados, e sim aos cessacionistas!] Os cultos pentecostais assemelham-se muitos aos cultos do livro de Atos, e seguem também as recomendações de Paulo (1Cor 14) para que haja edificação. Além dos dons espirituais, outra marca forte do pentecostalismo são as chamadas manifestações espirituais (sonhos, visões, arrebatamentos, cair, dançar, pular, chorar, sapatear, etc...). Vemos muitas dessas coisas acontecendo na Bíblia e muitas experiências autênticas desse tipo nos dias de hoje. Interessante dizer que os grandes avivamentos (mesmo calvinistas!) também foram acompanhados por experiências desse tipo. Mas infelizmente alguns modismos têm adentrado em muitas igrejas pentecostais, onde se vê claramente pastores manipulando ou induzindo as pessoas a produzir “falsas” experiências desse tipo. Mas isso não tira a legitimidade das experiências autênticas. Assim como há pessoas que fingem falar em línguas, mas isso não tira a beleza do verdadeiro dom de línguas. Veja alguns pontos interessantes: 1) Espontaneidade no uso dos dons e ordem não são coisas antagônicas. 2) Ter uma experiência sobrenatural e ter decência no culto não são coisas antagônicas. 3) Dar liberdade ao Espírito Santo e ter um pregação profunda também são coisas perfeitamente conciliáveis. Deus não fica reduzido se seguirmos o que está escrito na Bíblia, pois é exatamente isso que os pentecostais fazem. Deus fica reduzido se inventamos regras "litúrgicas" pra tentar controlar o mover de Deus. Proibir que se fale em línguas, proibir alguém de pular no Espírito, proibir de profetizar, etc... tudo isso são regras humanas. Muitas igrejas proíbem as profecias com a desculpa de "evitar exageros". Estão indo além da Bíblia, pois ela manda julgar e não proibir. Há muitas manifestações legítimas além dos dons. Lembro-me bem de quando fui batizado no Espírito Santo: era recém convertido, estava orando sentado num banco e de repente um anjo me levantou do banco e comecei a pular de alegria no Espírito; nunca tinha sequer visto aquilo, foi algo genuíno, tremendo mesmo. Se dissermos que essas coisas não acontecem estaremos limitando o agir de Deus. Infelizmente tenho visto muitos pentecostais afirmando que essas experiências não são de Deus e aceitando apenas os dons espirituais. É uma pena, pois se olharmos a maioria dos avivamentos na história do cristianismo vamos ver essas experiências em muito maior quantidade do que os próprios dons espirituais. Olhe os cultos dirigidos por Wesley, Whitefield, Finney, Moody e Spurgeon: os frutos que esses avivamentos deixaram falam por si.
  • 3. http://confraria-pentecostal.blogspot.com/ Acho válido criticar o culto pentecostal quando este despreza a pregação, despreza o estudo bíblico, parte para a manipulação ou mesmo quando despreza os dons espirituais. Mas jamais podemos criar regras humanas para desprezar aquilo que Deus quer fazer! OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Há cultos pentecostais mais barulhentos que outros, e barulho não é sinônimo de mover do Espírito Santo. Pessoalmente gosto de ouvir Deus tanto no barulho quanto no silêncio. Acho triste ver crentes criticando os cultos barulhentos como sendo infantis e acho lamentável ver crentes criticando os cultos mais silenciosos como se isso fosse sinônimo de frieza espiritual. O que realmente importa é que o Espírito Santo tenha liberdade, seja para agir de forma barulhenta ou de forma suave, mas isso inclui liberdade para os dons espirituais e as manifestações que Ele quiser fazer. Não podemos ser ingênuos de achar que todo culto barulhento é sinal da presença de Deus, mas pelo que vemos em Atos é bem mais comum Deus agir com barulho.