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A importância da greve
 VJ. Lênin *
     Que significado
têm as greves na luta da
classe operária? Para
responder a esta per-
gunta devemos deter-
tno-nos primeiro em
examinar com mais deta-                           6AKIS EM GREVE!
lhes as greves. Se o salá-             KXt MEIHORES QWDIfÓES M TMMIM
rio do operário se deter-
mina por um convénio
entre o patrão e o opera- , e se cada operário
                                                                    Greve da limpeza urbana na Paraíba, 2010
por si só é de todo impotente, torna-se claro que
os operários devem necessariamente defender                       reza da sociedade capitalista, significam o
juntos as suas reivindicações, devem necessaria-                  começo da luta da classe operária contra
mente declarar-se em greve para impedir que os                    esta estrutura da sociedade. Quando ope-
patrões baixem os salários, ou para conseguir um                  rários despojados que agem individual-
salário mais alto. E, efetivamente, não existe                    mente enfrentam os potentados capitalis-
nenhum país capitalista em que não sejam defla-                   tas, isso equivale à completa escravização
 gradas greves operárias. Em todos os países euro-                dos operários. Quando, porém, estes ope-
peus e na América, os operários se sentem,' em                    rários desapossados se unem, a coisa
toda parte, impotentes quando atuam individual-                   muda. Não há riquezas que os capitalistas
 mente e só podem opor resistência aos patrões se                 possam aproveitar se estes não encontram
estiverem unidos, quer declarando-se em greve,                    operários dispostos a trabalhar com os
 quer ameaçando com a greve. E quanto mais se                     instrumentos e materiais dos capitalistas e
desenvolve o capitalismo, quanto maior é a rapi-
                                                                  a produzir novas riquezas. Quando os ope-
dez com que crescem as grandes fábricas, quanto
                                                                  rários enfrentam sozinhos os patrões con-
 rnais se vêem deslocados os pequenos pelos gran-
                                                                  tinuam sendo verdadeiros escravos, que
des capitalistas, mais imperiosa é a necessidade
                                                                  trabalham eternamente para um estranho,
 de uma resistência conjunta dos operários, por-
 que se agrava o desemprego, aguça-se a competi-                  por um pedaço de pão, como assalariados
ção entre capitalistas, que procuram produzir                     eternamente submissos e silenciosos. Mas
mercadorias de modo mais barato possível (para                    quando os operários levantam juntos suas
 o que é preciso pagar aos operários o menos pos-                 reivindicações e se negam a submeter-se a
sível), c accntuam-sc as oscilações da indústria c                quem tem a bolsa de ouro, deixam então
as crises. Quando a indústria prospera, os patrões               .de ser escravos, convcrtcm-sc cm homens
 obtêm grandes lucros e não pensam em reparti-                    e começam a exigir que seu trabalho não
los com os operários; mas durante a crise, os                     sirva somente para enriquecer a um
patrões tratam de despejar sobre os ombros dos                    punhado de parasitas, mas que permita
 operários os prejuízos. A necessidade das greves                 aos trabalhadores viver como pessoas.
 na sociedade capitalista está tão reconhecida por
                                                                 * Wadimir iltich Leniu foi o principal líder polí-
 todos os países europeus, que lá a lei não proíbe a             tico e teóricoda Revolução Socialista de 1917,
 declaração de greves; somente na Rússia subsis-                 na Rússia, que, após sua vitória,
 tiram leis selvagens contra as greves.                          construiu o primeiro Estudo governado 'pela
      Mas as greves, por emanarem da própria natu-               classe operária no mundo.


Acesse: www.averdade.org.br                                     EÍ)Í?XI em £ontafo
                                                                São Paulo: (11) 8535-4463 e 6424-7927


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Jm jornal dos trabalhadores a serviço da luta pelo socialismo
                                                                Rio deJaneiro: (21) 8171-9616, 7146-3359
                                                                Minas Gerais: (31) 9866-6898, 8498-2338
                                                                R,G, do Sul: (51) 8131-4693 e 8127-3222
                                                                Rondônía: (69) 8408-3710 e 3418-2948
                                                                Pará: (91) 8154-0530
                                                                Piauí: (86) 8823-5332
EXPEPIENTE:                                                     Ceará:'(85) 8805-5343 e 9640-5848

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  • 1. A importância da greve VJ. Lênin * Que significado têm as greves na luta da classe operária? Para responder a esta per- gunta devemos deter- tno-nos primeiro em examinar com mais deta- 6AKIS EM GREVE! lhes as greves. Se o salá- KXt MEIHORES QWDIfÓES M TMMIM rio do operário se deter- mina por um convénio entre o patrão e o opera- , e se cada operário Greve da limpeza urbana na Paraíba, 2010 por si só é de todo impotente, torna-se claro que os operários devem necessariamente defender reza da sociedade capitalista, significam o juntos as suas reivindicações, devem necessaria- começo da luta da classe operária contra mente declarar-se em greve para impedir que os esta estrutura da sociedade. Quando ope- patrões baixem os salários, ou para conseguir um rários despojados que agem individual- salário mais alto. E, efetivamente, não existe mente enfrentam os potentados capitalis- nenhum país capitalista em que não sejam defla- tas, isso equivale à completa escravização gradas greves operárias. Em todos os países euro- dos operários. Quando, porém, estes ope- peus e na América, os operários se sentem,' em rários desapossados se unem, a coisa toda parte, impotentes quando atuam individual- muda. Não há riquezas que os capitalistas mente e só podem opor resistência aos patrões se possam aproveitar se estes não encontram estiverem unidos, quer declarando-se em greve, operários dispostos a trabalhar com os quer ameaçando com a greve. E quanto mais se instrumentos e materiais dos capitalistas e desenvolve o capitalismo, quanto maior é a rapi- a produzir novas riquezas. Quando os ope- dez com que crescem as grandes fábricas, quanto rários enfrentam sozinhos os patrões con- rnais se vêem deslocados os pequenos pelos gran- tinuam sendo verdadeiros escravos, que des capitalistas, mais imperiosa é a necessidade trabalham eternamente para um estranho, de uma resistência conjunta dos operários, por- que se agrava o desemprego, aguça-se a competi- por um pedaço de pão, como assalariados ção entre capitalistas, que procuram produzir eternamente submissos e silenciosos. Mas mercadorias de modo mais barato possível (para quando os operários levantam juntos suas o que é preciso pagar aos operários o menos pos- reivindicações e se negam a submeter-se a sível), c accntuam-sc as oscilações da indústria c quem tem a bolsa de ouro, deixam então as crises. Quando a indústria prospera, os patrões .de ser escravos, convcrtcm-sc cm homens obtêm grandes lucros e não pensam em reparti- e começam a exigir que seu trabalho não los com os operários; mas durante a crise, os sirva somente para enriquecer a um patrões tratam de despejar sobre os ombros dos punhado de parasitas, mas que permita operários os prejuízos. A necessidade das greves aos trabalhadores viver como pessoas. na sociedade capitalista está tão reconhecida por * Wadimir iltich Leniu foi o principal líder polí- todos os países europeus, que lá a lei não proíbe a tico e teóricoda Revolução Socialista de 1917, declaração de greves; somente na Rússia subsis- na Rússia, que, após sua vitória, tiram leis selvagens contra as greves. construiu o primeiro Estudo governado 'pela Mas as greves, por emanarem da própria natu- classe operária no mundo. Acesse: www.averdade.org.br EÍ)Í?XI em £ontafo São Paulo: (11) 8535-4463 e 6424-7927 HVEffMDE Jm jornal dos trabalhadores a serviço da luta pelo socialismo Rio deJaneiro: (21) 8171-9616, 7146-3359 Minas Gerais: (31) 9866-6898, 8498-2338 R,G, do Sul: (51) 8131-4693 e 8127-3222 Rondônía: (69) 8408-3710 e 3418-2948 Pará: (91) 8154-0530 Piauí: (86) 8823-5332 EXPEPIENTE: Ceará:'(85) 8805-5343 e 9640-5848