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Educação Ambiental como
ferramenta a uma Engenharia
consciente
Professor:
Edio Lemes da Silva Neto
 “ Uma das questões que atravessam a crise
do conhecimento na contemporaneidade,
afetando diretamente a educação, diz
respeito a como se pode acessar a realidade
e compreendê-la”CARVALHO,
(2008,P113)
http://obviousmag.org/despertando_consciencias/2015/06/o-
que-e-a-realidade.html
Diferentes visões:
 Pensar na realidade como algo mediado pela
dimensão simbólica (cultural) e situa a produção
de conhecimento e, consequentemente, a
educação dentro de processos compreensivos e
interpretativos, produtores de subjetividades e
modos de vida.
 Tendência de tornar a realidade como algo
possível de ser captado em si, como um fato que
dispensa a mediação da cultura. Essa visão funda,
ao mesmo tempo, o método cientifico como
próprio da racionalidade moderna também
chamada de razão instrumental.
O paradigma cientifico moderno, sua
crise e as consequências para a educação
 René´Descartes (1956-1965), trouxe a legitimação do
conhecimento para dentro do mundo humano.
 Assim, já não havia uma instância externa a operar
como fonte de verdade para compreender a vida.
 A explicação do mundo e a autocompreensão dos
seres humanos eram agora imanentes, ou seja,
estavam no mundo e já não dependiam de uma fonte
externa.
 Portanto, o acesso à verdade imanente ao mundo,
dava-se por intermédio do próprio sujeito humano, o
qual , entendido do sujeito da razão, capaz de pensar
logicamente (racionalmente), podia chegar a uma
compreensão objetiva real.
Blog do Professor Henry - blogger
 Essa mudança de posição, que centrava o
sujeito humano e a razão – sendo aquele
considerado sujeito da razão – como fonte do
conhecimento verdadeiro, inaugurou a
chamada “revolução cientifica” e,
consequentemente, fundou a modernidade.
 As forças cósmicas e os deuses já não
habitavam a natureza, e tudo o que existia
devia ser submetido ao conhecimento
racional.
Physis : a natureza de todas as
coisas
 Physis – palavra grega para designar coesmos.
 Essa palavra representa uma existência do mundo em
que a natureza é parte do cosmos e não se separa dele.
 Na tradução latina do grego, a palavra mais próxima
seria natureza (natura); contudo, esta noção não
corresponde à cosmovisão grega.
 Physis designava a natureza de todas as coisas que
nascem e se desenvolvem sem a assistência dos
humanos, isto é, que se desenvolvem por si mesmas,
independentemente da vontade humana.
 Tem-se um pensamento onde viam a natureza
como uma totalidade ou um organismo vivo,
marcado pelas relações de interpendência dos
fenômenos espirituais e materiais, a
racionalidade moderna separou rigorosamente o
sujeito e o objeto do conhecimento;
https://br.pinterest.com/pin/545146729873197058/
 Para tanto, o encontro do humano com o mundo teve
de ser “purificado” ou ainda “desencantado”.
 Isto é, a compreensão do mundo teve de isentar-se das
paixões, dos afetos, de todo e qualquer tipo de
“contaminação” por sensibilidades, sentidos,
propriedades anímicas, cosmológicas e moldes de
experiênciar o real não correspondentes ao modelo da
razão.
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 Do Senso Comum ao Conhecimento Cientifico vai
uma distância considerável, apesar de que, ao longo
dos tempos se verifique uma aproximação.
 O primeiro baseia-se nos sentidos, crenças, tradições,
acredita no que vê ou sente, é fruto das experiências
do quotidiano, ou naquilo que se tornou evidente
através da evolução da ciência.
 Esta por sua vez, procura através do raciocínio
objetivo, assente na faculdade racional do ser humano
e em métodos experimentais, a comprovação daquilo
que os sentidos nos mostram.
 O Senso Comum é um saber que se adquire através da vida que se leva em
sociedade, por isso, é um saber informal adquirido de forma espontânea
através do contacto com o próximo, com situações e objetos que rodeiam o
indivíduo.
 Apesar das suas limitações, o senso comum é fundamental, sem o qual os
membros integrantes da sociedade não conseguiriam orientar-se na sua vida
quotidiana.
 É um saber muito simples, superficial e informal, que não exige grandes
esforços nem bases consistentes que atestem a sua veracidade ou
proveniência, ao contrário das ciências, que assentam em conhecimentos
formais porque requerem um longo processo de
aprendizagem/conhecimento.
 O Senso Comum tem fatores positivos e negativos.
 Se por um lado congrega conhecimentos e sabedoria popular e os transmite
de geração em geração fornecendo bases para uma vida adaptativa na
sociedade em que estamos inseridos, por outro lado poderá originar o
prolongamento de crenças ou opiniões menos verdadeiras e/ou
preconceituosas que se arrastam no tempo, somente ultrapassadas por
pesquisas/estudos científicos.
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 “As máquinas, como o telescópio e o
relógio, foram os protótipos da pretensão
moderna de capturar a realidade e
manipulá-la como uma engrenagem.”
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 No método cientifico, a separação entre
sujeito e objeto desdobrou-se em outras
polaridades excludentes com as quais
aprendemos a pensar o mundo:
natureza/cultura,
corpo/ mente
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O que pensar dessa imagem ao separar natureza da cultura,
corpo da mente, sujeito do objeto e razão da emoção?
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 Somos seres do nosso tempo e, por isso,
marcados por essa tradição do pensamento
ocidental.
 Tal maneira de ver o mundo, a qual tem sido
denominado paradigma moderno, entrou em
crise justamente por não conseguir responder
adequadamente aos novos problemas
teóricos práticos que atravessam a vida
contemporânea, entre os quais os
ambientais.
 O que nos interessa destacar aqui é que
esse paradigma produziu uma forma
especifica de conhecer, pela qual a natureza
foi instituída como um objeto passivo de
conhecimento pelo sujeito humano,
soberano e condutor desse processo
cognitivo.
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 Francis Bacon, filósofo inglês do século XVII, é
considerado um dos precursores do método
científico:
 “Devemos dominar a natureza e atrelá-la a
nossos desejos”; a natureza é “obrigada a
servir”, deve ser “escravizada”, “reduzida à
obediência”.
 Para ele, o cientista deveria “extrair da
natureza, sob tortura, todos os seus segredos”
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réus diante dos cientistas.
Perguntas...
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ideia?
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produzir, colocar gado, plantar capim,
derrubar tudo, limpar as beiras de rios e
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 Ao separar radicalmente a natureza da
cultura, a ciência sacrificou a diversidade em
nome da universalidade do conhecimento,
reduzindo os fenômenos culturais às
determinações das leis naturais gerais.
 Nesse sentido, os saberes da Física e
Biologia tiveram grande ascensão e
ganharam legitimidade como portadores do
conhecimento verdadeiro do reale, portanto,
explicativo do humano.
 Qual das falas é
uma visão cultural?
 Já as ciências humanas, entre elas a
Educação, nesse quadro da hegemonia de
uma cientificidade objetivista, ocuparam
lugar menos valorizado, devendo
espelhar-se na ciência objetiva para um
dia alcançarem tal padrão de racionalidade
e objetividade.
 Hoje o próprio campo científico tem-se
repensado e aberto espaço ao surgimento de
novas teorias em que a incerteza ganha lugar
e as pretensões objetivadoras e normativas
perdem terreno.
 Também o reconhecimento do caráter
histórico, cultural e social do fazer cientifico
abala as pretensões de verdade mutável e
cientifica, na separação e distanciamento
absolutos entre o pesquisador e o fenômeno
pesquisado.
É preciso conhecer algo de pontos de vista diferentes e
assim ter uma visão cientifica totalitária.
https://img.cultura10.com/wp-content/uploads/2010/01/gran_muralla_de_china.jpg
 Nesse sentido, é importante destacar o
rebatimento desses questionamentos no
campo da educação, com o
reconhecimento do caráter social e
histórico da ciência e da tecnologia e a
crítica ao ensino de uma “ciência morta”.
 Em oposição consciente à prática da ciência
morta, a ação docente buscará construir o
entendimento de que o processo de produção do
conhecimento que caracteriza a ciência e a
tecnologia constitui uma atividade humana, sócio-
históricamente determinad.
 Submetida a pressões internas e externas, com
processos e resultados escolarizadas, e por isso
passíveis de uso e compreensão acríticos e
ingênuos; ou seja, é um processo de produção que
precisa, por essa maioria, ser apropriado e
entendido. (Delizoicov, Angotti e Pernambuco,
2002, p.34)
Função
SUJEITO
Intelecto ou Entendimento
Formação dos Conceitos
Diversas
Representações
Representação
Comum
2ª Fonte do Conhecimento é o
Discurso dado através dos
CONCEITOS
PENSAMENTOS
(Faculdade de Pensar
Conceitos Possíveis)
JUIZOS (Faculdade de
Julgar Juízos Possíveis)
Objeto Indeterminado
NÚMERO ou Coisa em Sí
Tábua das Categorias Função Lógica Tabuas dos Juizos
Conhecimento A PRIORE
do Objeto da Intuição
Lógica
Geral
(CIÊNCIA)
 “A natureza e o universo não constituem
simplesmente o conjunto de objetos existentes, como
pensava a ciência moderna.
 Constituem sim uma teia de relações, em constante
interação.
 Os seres que interagem deixam de ser apenas objetos.
 Eles se fazem sujeitos, sempre relacionados e
interconectados, formando um complexo sistema de
inter-retro-relações” (Boff, 1997, p.72)
 “O conhecimento disciplinar não pode ser
extinto por atos de vontade, por engenharia
curricular ou por decretos epistemológicos,
uma vez que a disciplinaridade dos saberes é
um dos fundamentos da modernidade (...)
Essa disciplinaridade não é uma doença que
veio de fora e atacou/contaminou nossa
maneira de pensar, ela é a nossa própira
maneira de pensar. ( Veiga-Neto, 1994, p.59)
 A crise ambiental, de certa forma,
alimenta esses questionamentos
epistemológicos e desacomoda os modos
já aprendidos de pensar da racionalidade
moderna, ao expor a insuficiência dos
saberes disciplinares e reivindicar a
complexidade das inter-relações na base
os problemas ecológicos.
Enrique Leff – cunhou a expressão
“saber ambiental”
 “ O saber ambiental problematiza o
conhecimento fracionado em disciplinas e
a administração setorial do
desenvolvimento, para construir um
campo de conhecimentos teóricos e
práticos orientado para a rearticulação das
relações sociedade-natureza.(Leff, 1998,
p.124)”
http://sustentarte.org.br/novo/apostilas-de-educacao-ambiental/#.WYhh-RXyv3g
http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/5382-como-identificar-um-profissional-de-talento/
Questionamento
 De que forma o profissional de
Engenharia de Produção pode aplicar a
teoria do “saber ambiental”dentro de
uma empresa?
Interdisciplinaridade na prática
 Cultivar uma postura de abertura e
escuta para a complexidade real.
 Disposição para atuar em equipes com
diferentes formações e competências em
uma ação compartilhada.
 Manter atitude investigativa: querer
saber mais, sem a pretensão de saber
tudo.
 “Todos dependemos de um ambiente
equilibrado para viver.”
 Se sua degradação atinge todos e
fere esse direto coletivo, então por
que existem tantos conflitos
relacionados à gestão e à
apropriação dos bens ambientais?
O ambiente como fonte de vida e
direito de todos
 O motivo central desses conflitos é a tensão entre
o caráter público dos bens ambientais e sua
disputa por interesses privados.
 Como sabemos, tais bens são garantidos em nossa
Constituição como públicos, no sentido de serem
indispensáveis á vida humana.
 Ocorre que vivemos em uma sociedade em que
eles , assim como outros bens econômicos e
sociais, são objeto de uma distribuição desigu.al
O artigo 225 da Constituição Federal, em que seu
parágrafo primeiro, estabelece o caráter público do meio
ambiente:
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida”.
Determina ainda:
“ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações
 Os grupos com maior força econômica política
terminam sobrepondo seus interesses corporativos aos
interesses coletivos na distribuição dos bens
ambientais.
 Apesar de nossa sociedade ser fundada a ideia de
igualdade jurídica dos cidadãos e na universalização
dos direitos – o que difere da prática.
 O uso e apropriação por parte de alguns não podem
reduzir, limitar ou impedir sua disponibilidade para
todos os que dependem dele para viver com saúde.
http://adesigualdadeeconomicanoaspectosocial.blogspot.com.br/2013/11/a-desigualdade-social-e-um-problema.html
 Em todas as formas de manifestação, fica
claro que a reivindicação tem como objeto o
caráter público do meio ambiente.
 Nesse sentido, para além dos danos
ambientais, que variam em cada caso, trata-
se, no conjunto dessas situações, de uma luta
por cidadania, pelo reconhecimento do
direito ao meio ambiente saudável, podendo-
se falar no exercício de uma cidadania
ambiental.
Estudo de caso
Um exemplo de conflito socioambiental foi o caso
noticiado na imprensa nacional em 2002 sobre a
contaminação e adoecimento dos moradores do
bairro Recanto dos Pássaros, na cidade de
Paulínia (SP), onde se verificou a contaminação
do solo e do lençol freático da área em que estava
instalada, na década de 70, a fabrica de pesticidas
Shell Química do Brasil.
Uma ação pública impetrada pela prefeitura de
Paulínia e pela comunidade solicitou da empresa a
remoção dos moradores e tratamento médico para
os doentes
Ação Civil Pública
 É um instrumento jurídico que pode ser acionado
quando há algum dano ambiental.
 Pode ser proposta pelo Ministério Público
(Promotorias de Meio Ambiente), com base em
denúncias encaminhadas por entidades ambientalistas
e pessoas jurídicas.
 AAção Cível para coleta de provas.
 Qualquer entidade ou grupo afetado pode encaminhar
suas denúncias a um promotor público, o qual tem
poderes para solicitar a instauração do Inquérito e/ou
da Ação Civil Pública.
https://iusnatura.com.br/aspectos-da-acao-civil-publica-ambiental/
Bibliografia citada
 CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental:
a formação do sujeito ecológico. 4ªed. São Paulo: Cortez,
2008. p.113-133
 BOFF, Leonardo. A águia e a galinha: uma metáfora da
condição humana.3.ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
 DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.A.; PERNAMBUCO,M.
Ensino de Ciência: fundamentos e métodos. São Paulo:
Cortez, 2002.
 LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilid, complejidad,
poder. México: Siglo Veintiuno: INAM: PNUMA, 1998.
“Uma mente que foi esticada por novas idéias jamais
poderá voltar à sua forma original”
http://2.bp.blogspot.com/-CwZyps2aJgM/TeljpL_rS1I/AAAAAAAAAKQ/b7mqVsZ5PSs/s400/aq21.jpg

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02 EA como ferramenta p uma engenharia mais conciente

  • 1. Educação Ambiental como ferramenta a uma Engenharia consciente Professor: Edio Lemes da Silva Neto
  • 2.  “ Uma das questões que atravessam a crise do conhecimento na contemporaneidade, afetando diretamente a educação, diz respeito a como se pode acessar a realidade e compreendê-la”CARVALHO, (2008,P113) http://obviousmag.org/despertando_consciencias/2015/06/o- que-e-a-realidade.html
  • 3.
  • 4. Diferentes visões:  Pensar na realidade como algo mediado pela dimensão simbólica (cultural) e situa a produção de conhecimento e, consequentemente, a educação dentro de processos compreensivos e interpretativos, produtores de subjetividades e modos de vida.  Tendência de tornar a realidade como algo possível de ser captado em si, como um fato que dispensa a mediação da cultura. Essa visão funda, ao mesmo tempo, o método cientifico como próprio da racionalidade moderna também chamada de razão instrumental.
  • 5.
  • 6.
  • 7. O paradigma cientifico moderno, sua crise e as consequências para a educação  René´Descartes (1956-1965), trouxe a legitimação do conhecimento para dentro do mundo humano.
  • 8.  Assim, já não havia uma instância externa a operar como fonte de verdade para compreender a vida.  A explicação do mundo e a autocompreensão dos seres humanos eram agora imanentes, ou seja, estavam no mundo e já não dependiam de uma fonte externa.  Portanto, o acesso à verdade imanente ao mundo, dava-se por intermédio do próprio sujeito humano, o qual , entendido do sujeito da razão, capaz de pensar logicamente (racionalmente), podia chegar a uma compreensão objetiva real.
  • 9. Blog do Professor Henry - blogger
  • 10.  Essa mudança de posição, que centrava o sujeito humano e a razão – sendo aquele considerado sujeito da razão – como fonte do conhecimento verdadeiro, inaugurou a chamada “revolução cientifica” e, consequentemente, fundou a modernidade.  As forças cósmicas e os deuses já não habitavam a natureza, e tudo o que existia devia ser submetido ao conhecimento racional.
  • 11.
  • 12. Physis : a natureza de todas as coisas  Physis – palavra grega para designar coesmos.  Essa palavra representa uma existência do mundo em que a natureza é parte do cosmos e não se separa dele.  Na tradução latina do grego, a palavra mais próxima seria natureza (natura); contudo, esta noção não corresponde à cosmovisão grega.  Physis designava a natureza de todas as coisas que nascem e se desenvolvem sem a assistência dos humanos, isto é, que se desenvolvem por si mesmas, independentemente da vontade humana.
  • 13.  Tem-se um pensamento onde viam a natureza como uma totalidade ou um organismo vivo, marcado pelas relações de interpendência dos fenômenos espirituais e materiais, a racionalidade moderna separou rigorosamente o sujeito e o objeto do conhecimento; https://br.pinterest.com/pin/545146729873197058/
  • 14.  Para tanto, o encontro do humano com o mundo teve de ser “purificado” ou ainda “desencantado”.  Isto é, a compreensão do mundo teve de isentar-se das paixões, dos afetos, de todo e qualquer tipo de “contaminação” por sensibilidades, sentidos, propriedades anímicas, cosmológicas e moldes de experiênciar o real não correspondentes ao modelo da razão.
  • 16.  Do Senso Comum ao Conhecimento Cientifico vai uma distância considerável, apesar de que, ao longo dos tempos se verifique uma aproximação.  O primeiro baseia-se nos sentidos, crenças, tradições, acredita no que vê ou sente, é fruto das experiências do quotidiano, ou naquilo que se tornou evidente através da evolução da ciência.  Esta por sua vez, procura através do raciocínio objetivo, assente na faculdade racional do ser humano e em métodos experimentais, a comprovação daquilo que os sentidos nos mostram.
  • 17.  O Senso Comum é um saber que se adquire através da vida que se leva em sociedade, por isso, é um saber informal adquirido de forma espontânea através do contacto com o próximo, com situações e objetos que rodeiam o indivíduo.  Apesar das suas limitações, o senso comum é fundamental, sem o qual os membros integrantes da sociedade não conseguiriam orientar-se na sua vida quotidiana.  É um saber muito simples, superficial e informal, que não exige grandes esforços nem bases consistentes que atestem a sua veracidade ou proveniência, ao contrário das ciências, que assentam em conhecimentos formais porque requerem um longo processo de aprendizagem/conhecimento.  O Senso Comum tem fatores positivos e negativos.  Se por um lado congrega conhecimentos e sabedoria popular e os transmite de geração em geração fornecendo bases para uma vida adaptativa na sociedade em que estamos inseridos, por outro lado poderá originar o prolongamento de crenças ou opiniões menos verdadeiras e/ou preconceituosas que se arrastam no tempo, somente ultrapassadas por pesquisas/estudos científicos.
  • 19.  “As máquinas, como o telescópio e o relógio, foram os protótipos da pretensão moderna de capturar a realidade e manipulá-la como uma engrenagem.” https://br.stockfresh.com/image/3525157/vintage-still-life
  • 20.  No método cientifico, a separação entre sujeito e objeto desdobrou-se em outras polaridades excludentes com as quais aprendemos a pensar o mundo: natureza/cultura, corpo/ mente Sujeito/objeto Razão/ emoção.
  • 21. O que pensar dessa imagem ao separar natureza da cultura, corpo da mente, sujeito do objeto e razão da emoção? http://diocesecentral.blogspot.com.br/2014/05/africa-natureza-e-historia.html
  • 22.  Somos seres do nosso tempo e, por isso, marcados por essa tradição do pensamento ocidental.  Tal maneira de ver o mundo, a qual tem sido denominado paradigma moderno, entrou em crise justamente por não conseguir responder adequadamente aos novos problemas teóricos práticos que atravessam a vida contemporânea, entre os quais os ambientais.
  • 23.
  • 24.  O que nos interessa destacar aqui é que esse paradigma produziu uma forma especifica de conhecer, pela qual a natureza foi instituída como um objeto passivo de conhecimento pelo sujeito humano, soberano e condutor desse processo cognitivo. http://agentencontra.blogspot.com.br/2017/02/conquistando-monstros-e-natureza.html
  • 25.  Francis Bacon, filósofo inglês do século XVII, é considerado um dos precursores do método científico:  “Devemos dominar a natureza e atrelá-la a nossos desejos”; a natureza é “obrigada a servir”, deve ser “escravizada”, “reduzida à obediência”.  Para ele, o cientista deveria “extrair da natureza, sob tortura, todos os seus segredos”  A natureza estava assim colocada no banco dos réus diante dos cientistas.
  • 26.
  • 27.
  • 28. Perguntas...  O pensamento das pessoas ainda é assim?  Onde podemos atuar para mudar essa ideia? “Comprei uma terra, vou desmata-la para produzir, colocar gado, plantar capim, derrubar tudo, limpar as beiras de rios e córregos”
  • 30.
  • 31.  Ao separar radicalmente a natureza da cultura, a ciência sacrificou a diversidade em nome da universalidade do conhecimento, reduzindo os fenômenos culturais às determinações das leis naturais gerais.  Nesse sentido, os saberes da Física e Biologia tiveram grande ascensão e ganharam legitimidade como portadores do conhecimento verdadeiro do reale, portanto, explicativo do humano.
  • 32.  Qual das falas é uma visão cultural?
  • 33.  Já as ciências humanas, entre elas a Educação, nesse quadro da hegemonia de uma cientificidade objetivista, ocuparam lugar menos valorizado, devendo espelhar-se na ciência objetiva para um dia alcançarem tal padrão de racionalidade e objetividade.
  • 34.  Hoje o próprio campo científico tem-se repensado e aberto espaço ao surgimento de novas teorias em que a incerteza ganha lugar e as pretensões objetivadoras e normativas perdem terreno.  Também o reconhecimento do caráter histórico, cultural e social do fazer cientifico abala as pretensões de verdade mutável e cientifica, na separação e distanciamento absolutos entre o pesquisador e o fenômeno pesquisado.
  • 35. É preciso conhecer algo de pontos de vista diferentes e assim ter uma visão cientifica totalitária. https://img.cultura10.com/wp-content/uploads/2010/01/gran_muralla_de_china.jpg
  • 36.  Nesse sentido, é importante destacar o rebatimento desses questionamentos no campo da educação, com o reconhecimento do caráter social e histórico da ciência e da tecnologia e a crítica ao ensino de uma “ciência morta”.
  • 37.  Em oposição consciente à prática da ciência morta, a ação docente buscará construir o entendimento de que o processo de produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui uma atividade humana, sócio- históricamente determinad.  Submetida a pressões internas e externas, com processos e resultados escolarizadas, e por isso passíveis de uso e compreensão acríticos e ingênuos; ou seja, é um processo de produção que precisa, por essa maioria, ser apropriado e entendido. (Delizoicov, Angotti e Pernambuco, 2002, p.34)
  • 38. Função SUJEITO Intelecto ou Entendimento Formação dos Conceitos Diversas Representações Representação Comum 2ª Fonte do Conhecimento é o Discurso dado através dos CONCEITOS PENSAMENTOS (Faculdade de Pensar Conceitos Possíveis) JUIZOS (Faculdade de Julgar Juízos Possíveis) Objeto Indeterminado NÚMERO ou Coisa em Sí Tábua das Categorias Função Lógica Tabuas dos Juizos Conhecimento A PRIORE do Objeto da Intuição Lógica Geral (CIÊNCIA)
  • 39.
  • 40.  “A natureza e o universo não constituem simplesmente o conjunto de objetos existentes, como pensava a ciência moderna.  Constituem sim uma teia de relações, em constante interação.  Os seres que interagem deixam de ser apenas objetos.  Eles se fazem sujeitos, sempre relacionados e interconectados, formando um complexo sistema de inter-retro-relações” (Boff, 1997, p.72)
  • 41.  “O conhecimento disciplinar não pode ser extinto por atos de vontade, por engenharia curricular ou por decretos epistemológicos, uma vez que a disciplinaridade dos saberes é um dos fundamentos da modernidade (...) Essa disciplinaridade não é uma doença que veio de fora e atacou/contaminou nossa maneira de pensar, ela é a nossa própira maneira de pensar. ( Veiga-Neto, 1994, p.59)
  • 42.  A crise ambiental, de certa forma, alimenta esses questionamentos epistemológicos e desacomoda os modos já aprendidos de pensar da racionalidade moderna, ao expor a insuficiência dos saberes disciplinares e reivindicar a complexidade das inter-relações na base os problemas ecológicos.
  • 43. Enrique Leff – cunhou a expressão “saber ambiental”  “ O saber ambiental problematiza o conhecimento fracionado em disciplinas e a administração setorial do desenvolvimento, para construir um campo de conhecimentos teóricos e práticos orientado para a rearticulação das relações sociedade-natureza.(Leff, 1998, p.124)”
  • 45. http://www.manutencaoesuprimentos.com.br/conteudo/5382-como-identificar-um-profissional-de-talento/ Questionamento  De que forma o profissional de Engenharia de Produção pode aplicar a teoria do “saber ambiental”dentro de uma empresa?
  • 46. Interdisciplinaridade na prática  Cultivar uma postura de abertura e escuta para a complexidade real.  Disposição para atuar em equipes com diferentes formações e competências em uma ação compartilhada.  Manter atitude investigativa: querer saber mais, sem a pretensão de saber tudo.
  • 47.  “Todos dependemos de um ambiente equilibrado para viver.”  Se sua degradação atinge todos e fere esse direto coletivo, então por que existem tantos conflitos relacionados à gestão e à apropriação dos bens ambientais?
  • 48. O ambiente como fonte de vida e direito de todos  O motivo central desses conflitos é a tensão entre o caráter público dos bens ambientais e sua disputa por interesses privados.  Como sabemos, tais bens são garantidos em nossa Constituição como públicos, no sentido de serem indispensáveis á vida humana.  Ocorre que vivemos em uma sociedade em que eles , assim como outros bens econômicos e sociais, são objeto de uma distribuição desigu.al
  • 49. O artigo 225 da Constituição Federal, em que seu parágrafo primeiro, estabelece o caráter público do meio ambiente: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”. Determina ainda: “ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
  • 50.  Os grupos com maior força econômica política terminam sobrepondo seus interesses corporativos aos interesses coletivos na distribuição dos bens ambientais.  Apesar de nossa sociedade ser fundada a ideia de igualdade jurídica dos cidadãos e na universalização dos direitos – o que difere da prática.  O uso e apropriação por parte de alguns não podem reduzir, limitar ou impedir sua disponibilidade para todos os que dependem dele para viver com saúde.
  • 52.  Em todas as formas de manifestação, fica claro que a reivindicação tem como objeto o caráter público do meio ambiente.  Nesse sentido, para além dos danos ambientais, que variam em cada caso, trata- se, no conjunto dessas situações, de uma luta por cidadania, pelo reconhecimento do direito ao meio ambiente saudável, podendo- se falar no exercício de uma cidadania ambiental.
  • 53. Estudo de caso Um exemplo de conflito socioambiental foi o caso noticiado na imprensa nacional em 2002 sobre a contaminação e adoecimento dos moradores do bairro Recanto dos Pássaros, na cidade de Paulínia (SP), onde se verificou a contaminação do solo e do lençol freático da área em que estava instalada, na década de 70, a fabrica de pesticidas Shell Química do Brasil. Uma ação pública impetrada pela prefeitura de Paulínia e pela comunidade solicitou da empresa a remoção dos moradores e tratamento médico para os doentes
  • 54. Ação Civil Pública  É um instrumento jurídico que pode ser acionado quando há algum dano ambiental.  Pode ser proposta pelo Ministério Público (Promotorias de Meio Ambiente), com base em denúncias encaminhadas por entidades ambientalistas e pessoas jurídicas.  AAção Cível para coleta de provas.  Qualquer entidade ou grupo afetado pode encaminhar suas denúncias a um promotor público, o qual tem poderes para solicitar a instauração do Inquérito e/ou da Ação Civil Pública. https://iusnatura.com.br/aspectos-da-acao-civil-publica-ambiental/
  • 55. Bibliografia citada  CARVALHO, Isabel Cristina de Moura. Educação ambiental: a formação do sujeito ecológico. 4ªed. São Paulo: Cortez, 2008. p.113-133  BOFF, Leonardo. A águia e a galinha: uma metáfora da condição humana.3.ed. Petrópolis: Vozes, 1997.  DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J.A.; PERNAMBUCO,M. Ensino de Ciência: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.  LEFF, Enrique. Saber ambiental: sustentabilid, complejidad, poder. México: Siglo Veintiuno: INAM: PNUMA, 1998.
  • 56. “Uma mente que foi esticada por novas idéias jamais poderá voltar à sua forma original”