2. VERDADE PRÁTICA
• Deus deseja que os crentes, alcançados pela graça,
cultivem relacionamentos saudáveis.
3. LEITURA DIÁRIA
• Segunda – Rm 16.1,2 - Febe, cooperadora do apóstolo Paulo
e da obra do Senhor
• Terça – Rm 16.3 - Priscila e Áquila cooperadores do apóstolo
em Jesus Cristo
• Quarta – Rm 16.5 - Paulo sabia cultivar boas relações
interpessoais
• Quinta – Rm 16.17 - Paulo recomenda evitar os que
promovem dissensões
• Sexta – Rm16.21 - Paulo cultiva um bom relacionamento
com seus parentes
• Sábado – 1Co 3.9 - Sejamos bons cooperadores de Deus para
cuidarmos da "lavoura"
5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• COMPREENDER a importância das relações interpessoais;
• APONTAR as ameaças às relações interpessoais;
• APONTAR a fonte das relações interpessoais.
6. ESBOÇO DA LIÇÃO
I – A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
1. Valorizando pessoas, não coisas.
2. O valor das mulheres.
3. Irmandade e companheirismo.
II - AS AMEAÇAS ÀS RELAÇÕES INTERPESSOAIS
1. Individualismo.
2. Sensualismo e antinomismo.
III – A FONTE DAS INTEIPESSOAIS
1. Existe em razão da sabedoria e soberania de Deus.
2. Existe em razão da graça de Deus.
8. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 16.1-16
1 RECOMENDO-VOS, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na
igreja que está em Cencréia,
2 Para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a
ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem
hospedado a muitos, como também a mim mesmo.
3 Saudai a Priscila e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo
Jesus,
4 Os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que
não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos
gentios.
9. 5 Saudai também a igreja que está em sua casa. Saudai a
Epêneto, meu amado, que é as primícias da Acaia em Cristo.
6 Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós.
7 Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus
companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os
apóstolos e que foram antes de mim em Cristo.
8 Saudai a Amplias, meu amado no SENHOR.
9 Saudai a Urbano, nosso cooperador em Cristo, e a Estáquis,
meu amado.
10 Saudai a Apeles, aprovado em Cristo. Saudai aos da família de
Aristóbulo.
10. 11 Saudai a Herodião, meu parente. Saudai aos da família de
Narciso, os que estão no SENHOR.
12 Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor.
Saudai à amada Pérside, a qual muito trabalhou no SENHOR.
13 Saudai a Rufo, eleito no Senhor, e a sua mãe e minha.
14 Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a
Hermas, e aos irmãos que estão com eles.
15 Saudai a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas,
e a todos os santos que com eles estão.
11. TEXTO ÁUREO
Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus
Cristo para todo o sempre. Amém! (Rm 16.27)
12. • sophos: usado a respeito de Deus, como superando todos os
discernimento, conhecimento, pureza; doska:
demais em sabedoria, sendo infinito em habilidade,
dignidade,
louvor, honra, adoração.
• Alguém que nunca enxergará a decadência ou o abandono;
alguém que não se pode ver mas opera em todos os lugares;
alguém que possui sabedoria acima de qualquer criatura,
incluindo o homem; alguém que deve ser respeitado, honrado
e glorificado para sempre. Esta é uma alusão ao monoteísmo
(Dt 6.4-5).
• A cristandade tem somente um Deus, como o judaísmo,
contudo a plena Divindade de Jesus e a plena pessoalidade do
Espírito forçam-nos a uma “triunidade”, que é a Trindade.
13. INTRODUÇÃO
• Os vinte e sete versículos do capítulo dezesseis da
Epístola aos Romanos encerram a monumental obra
literária de Paulo.
• Por toda a obra o apóstolo discorreu a respeito dos
principais temas da fé cristã e deixou-nos princípios
fundamentais que são úteis para a construção de
relacionamentos interpessoais.
• De uma maneira informal, mas com o seu estilo literário
característico, Paulo traz à lembrança nomes de
pessoas que, de uma forma ou de outra, o ajudaram a
construir a identidade cristã do primeiro século.
14. • Ele não deixou que esses nomes caíssem no esquecimento, e,
no final de sua carta envia-lhes saudações, numa
demonstração de gratidão a Deus por tudo o que essas
significaram para ele.
15. • As epístolas de Paulo tipicamente terminam com notícias e
saudações pessoais.
• Este capítulo se destaca pelo grande número de crentes que
foram mencionados.
• Estes versículos nos dão um certo discernimento quanto ao
calor das relações pessoais do apóstolo, bem como quanto à
comunhão entre os crentes.
• No versículo 1 “Recomendo-vos”, indica que esta é uma carta
de recomendação da diaconisa Febe (nome comum na
mitologia grega, significava “brilhante” ou “radiante”).
• Foi ela quem provavelmente levou a carta de Paulo para
Roma.
16. • Estima-se que este texto tenha sido escrito no inverno de 57-
58 d.C., estando Paulo em Corinto, na casa de seu amigo Gaio,
ao final de sua terceira viagem missionária aos territórios que
margeiam o Mar Egeu e às vésperas de partir para Jerusalém,
levando a oferta para os crentes pobres (15:22-27).
• Acresce-se, ainda a esses elementos, referências a pessoas de
conhecimento comum, tais como Febe, Priscila e Áquila e
Timóteo, que se tornam elo importante entre o escritor e os
destinatários.
• O portador é uma senhora chamada Febe, de Cencréia,
subúrbio de Corinto, que estava de saída para Roma (16: 1-2).
• Como não havia serviço postal particular no Império Romano
da época, as cartas eram enviadas por viajantes de confiança.
17. • Há diversos outros exemplos dessas cartas de apresentação
ou recomendação no Novo Testamento (At 18.27; 1Co 16.3;
2Co 3.1; 8.18-24; Fp 2.19-30). Finalizando a Epístola, Paulo se
refere à diversas pessoas, demonstrando que conservava um
relacionamento interpessoal.
18. • Não era individualista e isto fica evidente pelo fato de fundar
comunidades e reunir em torno a si muitos colaboradores, de
trabalhar em equipe e de estabelecer relações de amizades, e
na realidade todo o capítulo 16 da epístola aos romanos é um
testemunho eloquente da capacidade de Paulo de estabelecer
vínculos de amizade.
• Para Paulo a igreja não é um emaranhado de propósitos e
eventos culturais. Igreja é gente e trabalha na dinâmica dos
relacionamentos com Deus e com o próximo.
• A igreja não entendeu o seu conceito: 1Co 12.14-27.
19. I – A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES
INTERPESSOAIS
• 1. Valorizando pessoas, não coisas.
• 2. O valor das mulheres.
• 3. Irmandade e companheirismo.
20. 1. Valorizando pessoas, não coisas.
• Paulo finaliza sua carta primeiramente recomendando a irmã
Febe, membro da igreja de Cencreia. Foi através dela que o
apóstolo enviou sua epístola à igreja que estava em Roma.
• A recomendação vem acompanhada de uma observação na
qual Paulo reconhece o serviço prestado por ela à igreja de
Cencreia: “...A qual serve na igreja que está em Cencreia,
para que a recebais no Senhor, como convém aos santos, e a
ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque tem
hospedado a muitos, como também a mim mesmo...” (Rm
16.1,2).
21. • Ela servia à igreja.
• O vocábulo servir, usado aqui,
traduz o termo grego
diakonos, o que tem levado
muitos comentaristas a
acreditar que ela era uma
diaconisa da igreja.
• O fato é que o apóstolo pôs
em evidência a função em vez
do ofício.
• Infelizmente, hoje as
coisas estão invertidas.
22. • O que vale mais hoje são os títulos e os
cargos ao invés do desempenho do serviço
cristão.
23. • Diáconos é o termo grego para ministro/servo. É usado a
respeito de Cristo em 15.8 e de Paulo em Ef 3.7 e Cl 1.23,25.
Há evidências tanto no Novo Testamento quanto nos escritos
pós-bíblicos das igrejas sobre o ofício das diaconisas.
24. • Todos os crentes são chamados e dotados para ser ministros
de tempo integral (Ef 4.12).
• Alguns são chamados para papéis de liderança ministerial.
• Nossas tradições têm que abrir caminho para as Escrituras!
• Esses antigos diáconos e diaconisas eram servos, não uma
equipe de executivos.
• Cencréia era um dos dois portos de Corinto, ficando este no
lado leste (At 18.18).
• Paulo pede àquela igreja que “receba gentilmente, como um
convidado” (Fp 2.29) a esta senhora, em quem ele tanto
confiava e queria que a Igreja a recebesse e ajudasse, em
favor dele. “aos santos” – Este termo significa “os que são
santos”.
25. • Este termo significa “os que são santos”. Descreve não apenas
a posição dos crentes em Jesus, mas também a esperança e
expectativa de que tenham vidas piedosas, que caracterizem
progressivamente sua nova posição de santidade em Cristo.
26. • O termo “santos” está sempre no plural, exceto uma vez (Fp
4.21), e mesmo então o sentido é coletivo.
• Ser cristão é ser parte de uma comunidade de fé, uma família,
um corpo.
• A igreja ocidental moderna está depreciando cada vez mais
este aspecto coletivo da fé bíblica! “e a ajudeis em qualquer
coisa que de vós precisar”.
• Aqui há dois subjuntivos gregos: paristēmi, “estar perto,
disponível, para ajudar”, e chrēzō, “ajudar com tudo que seja
necessário” (2Co 3.1).
• Isto se refere a provisões materiais para os ministros
itinerantes.
• Este era o propósito das cartas de recomendação.
27. 2. O valor das mulheres.
• Paulo fala de Priscila e Áquila, como tendo exposto suas vidas
na causa do Evangelho (Rm 16.3). Esse casal era judeu e havia
sido expulso de Roma pelo imperador Cláudio. Agora haviam
voltado à capital do império.
28. • Outras referências ao mesmo casal são encontradas em Atos
1H,2,18,26, l Coríntios 16.19 e 2 Timóteo 4-19- Duas
observações são importantes m vida desse casal.
• Primeiramente, Paulo sempre cita Priscila em primeiro lugar.
Muitos comentaristas concordam que isso tinha uma razão de
ser.
• Priscila se destacava na obra do Senhor, sendo auxiliada por
Áquila, seu esposo.
• Quem não conhece uma irmã em Cristo que se destaca mais
do que o esposo na causa do Mestre?
• Paulo não cita apenas Priscila, mas cita outras mulheres de
igual destaque. No versículo 6, ele menciona uma mulher de
nome Maria: "Saudai a Maria, que trabalhou muito por nós".
29. • Pouco se diz dessa Maria, e o que se sabe é que ela
"trabalhou muito" na obra de Deus. Trabalhar aqui traduz o
termo grego kopiao, que significa trabalho voluntário. Maria
se deu voluntariamente para a obra de Deus. Precisamos de
mais "Marias". Que o Senhor envie mais "Marias" para sua
obra.
30. • “Prisca e Áquila” – Este casal tinha por profissão a fabricação
de tendas, como Paulo (At 18.3). Ele estava com eles em
Corinto. Lucas a chama de “Priscila”. Ela é frequentemente
mencionada antes do marido, o que era muito incomum (At
18.18, 26; 1Co 16.19; 2Tm 4.19).
31. • Possivelmente ela era da nobreza romana ou a personalidade
dominante no casal. Paulo os chama de “meus cooperadores
em Cristo Jesus”.
• É possível que Paulo tenha sabido das fraquezas e pontos
fortes da igreja romana através deste casal.
• “expuseram a sua cabeça” – Aqui foi usada uma expressão
idiomática referente ao risco de ser degolado ou decapitado
pela guilhotina de um carrasco.
• A Bíblia não esclarece o que Paulo tinha em mente com esta
frase.
• “não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos
gentios”.
32. • Paulo era muito grato pela amizade e ajuda ativa deste casal.
Ele mesmo relaciona o serviço deles a “todas as Igrejas dos
gentios”.
33. • Que afirmação e agradecimento arrebatador!
• Deve ser por causa do apoio e do relato sobre Apolo (At
18.24-28).
• “a Igreja” – É digno de nota que este termo refere-se às
pessoas, não ao prédio.
• O termo significava “os chamados para fora”.
• No grego da Septuaginta, usado para traduzir o termo
hebraico qahal, “congregação”.
• A igreja primitiva via a si mesma como o cumprimento da
verdadeira “congregação de Israel” do Antigo Testamento,
como sucessores naturais, e não como um grupo divisionista
e sectário.
34. • “que está em sua casa” – Os cristãos primitivos encontravam-
se nos lares (16.23; At 12.12; 1Co 16.19; Cl 4.15 e Fm 2). Os
templos como locais de reunião para culto não surgiram até
o terceiro século d.C.
35. 3. Irmandade e companheirismo.
• Na saudação seguinte, sentimos o peso que tinha a
comunidade cristã para Paulo e o valor do seu
companheirismo (Rm 16.7,8).
• A igreja é o Corpo de Cristo.
• Ela é uma grande família.
• Conscientizemo-nos da importância que tem a fraternidade
cristã para a saúde da igreja.
• Infelizmente a nossa espiritualidade segue mais um modelo
de condomínio, onde ninguém conhece ninguém, do que de
uma casa de família, onde todos se conhecem e se
relacionam.
36. • No versículo 7 Paulo se refere a “meus companheiros na
prisão” – não há consenso sobre qual prisão ele se refere,
porque sofreu muito por causa da sua fé (2Co 4.8-11; 6.4-10;
11.25-28).
37. • Ele esteve preso em Filipos, Cesaréia, Roma e provavelmente
em Éfeso e outros lugares (1Co 15.32; 2Co 1.8).
• Também não há consenso sobre “Junias” – este nome pode
ser masculino ou feminino, o que só pode ser determinado
por acentos gráficos e há variações em manuscritos gregos
com “Iounian”, mas sem qualquer acentuação.
• As traduções da Vulgata e Cóptica, bem como nos textos
gregos usados por Jerônimo, aparece “Ioulian”, que é nome
feminino.
• Alguns estudiosos pensam que isso foi erro dos copistas.
• É também interessante que a grafia “Junias” não foi
encontrada em nenhum outro lugar, na literatura romana ou
em inscrições, mas o nome “Junia” era muito comum.
38. • Trata-se de um sobrenome romano. O versículo sete termina
com “se distinguiram entre os apóstolos” - Isto pode referir-se
aos Doze e, se for o caso, estes dois eram bem conhecidos
deles ou de um grupo maior de ministros também conhecido
como “apóstolos” (At 14.4, 14; 18.5; 1Co 4.9; Gl 1.19; Fp 2.25;
1Ts 2.6).
39. Por Marcelo Berti.
• Com a recente decisão da Ordem dos Pastores Batistas do
Brasil para aceitar mulheres como integrantes do ministério
pastoral na denominação, pessoas de todo o Brasil passaram a
se perguntar a respeito da validade de tal decisão. Blogs,
Sites, Páginas do Facebook foram criadas para dialogar sobre
o assunto.
• Até mesmo Augustus Nicodemos, um pastor presbiteriano,
sentiu a necessidade de apresentar sua opinião a respeito do
assunto no artigo Resposta a Argumentos Usados em Favor da
Ordenação de Mulheres.
• Entre os argumentos respondidos pelo Reverendo Augustus
Nicodemos encontra-se a questão sobre Júnias: Era ou não
era ela uma apóstola? Se Júnia era de fato uma apóstola, isso
não seria uma excelente evidência das escrituras sobre a
validade do ministério pastoral feminino na igreja local?
40. • A questão é de fato complexa e precisa ser analisada com
atenção.
• A primeira evidência da complexidade do assunto encontra-
se na falta de clareza nas traduções conhecidas em
português.
• A ACF, bem como as mais antigas traduções em português,
verte o texto dando a entender que Júnia é de fato um
homem: “Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e
meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre
os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo“.
• Usando versões como essa, muitos cristãos sinceramente
acreditam que Paulo aqui saúda a dois homens que no
passado foram companheiros de prisão. Tomando por base
que todos pronomes são masculinos, muitos tendem a ver
tanto Andrônico como Júnias como homens
41. • Outros parecem certos de que
Júnia era uma mulher, mas não a
entendem como parte do
ministério apóstólico.
• Robert Utley parece convencido
de que, apesar da complexidade
da questão, Júnia descreve uma
mulher.
• Ele também entende que o
termo apóstolo é usado nesse
texto de maneira restritiva,
especialmente em função do uso
do artigo acompanhado o termo
grego.
42. • Entretanto, entende que a frase ‘entre os apóstolos’ a
descreve não como parte do grupo apostólico, mas como
alguém notável para a comunidade apostólica.
• Similarmente, Robert Mounce também entende que o termo
usado por Paulo aqui descreve uma mulher chamada Júnia,
mas defende que o fato ter sido chamada de ‘exemplar entre
os apóstolos’ não a inclui entre os apóstolos, mas como
alguém que participa do ministério missionário da igreja
primitiva.
• Nesse sentido ela estaria em igualdade a Priscila, esposa de
Áquila.
43. • O contexto implica no uso mais amplo, como em Ef 4.11, mas
o artigo definido implica nos Doze; “que foram antes de mim
em Cristo” – Isto obviamente significa que eles eram salvos e
ativos no serviço de Cristo, antes da experiência de Paulo no
caminho de Damasco.
44. • “meu amado no Senhor” – O termo “amado” é usado por
Deus, o Pai, para referir-se a Jesus, o Filho (Mt 3.17 e 17.5),
Paulo o usa para dirigir-se a crentes, evidenciando o
companheirismo que envolvia aqueles crentes primitivos.
45.
46. * Febe
• "Febe morava na cidade de Cencreia, um porto localizado a
oeste de Corinto, cerca de dez quilómetros do centro desta
cidade.
• Era conhecida como uma diaconisa, isto é, uma ajudante na
igreja local.
• Aparentemente, ela era uma pessoa rica que ajudava a
manter o ministério de Paulo.
• Febe era muito conceituada na igreja de Cencreia e pode ter
sido a portadora desta carta, levando-a de Corinto a Roma.
• A saudação de Paulo a ela é uma evidência do importante
papel que as mulheres desempenharam
• na Igreja Primitiva.
47. “Paulo recomenda Febe (16.1)
• A palavra que a descreve como
serva é diakonia, diácono.
Exceção feita pelo seu final
feminino, é a mesma palavra em
todas as versões em inglês para
‘diácono’ nas epístolas pastorais.
cargo de liderança na
É usada também para indicar
igreja.
tão negativo em relação
Aparentemente, Paulo não era
à
liderança feminina quanto muita
gente é hoje.
48. Priscila e Áquila (16.3).
• O casal apresentado em Atos 18
era bem próximo do apóstolo
Paulo e estava profundamente
envolvido em seu ministério.
• É significativo notar que, exceção
feita ao versículo em que os dois
são apresentados, o nome da
esposa precede o do marido.
• Tudo indica que os dons de Priscila
eram maiores do que os dons do
cônjuge e a Escritura é
testemunha do respeito que ela
gozava na igreja primitiva”
49. II - AS AMEAÇAS ÀS RELAÇÕES
INTERPESSOAIS
• 1. Individualismo.
• 2. Sensualismo e antinomismo.
50. 1. Individualismo.
• No meio das saudações, o apóstolo Paulo, de forma abrupta,
põe uma advertência: “...E rogo-vos, irmãos, que noteis os
que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina
que aprendestes; desviai-vos deles..." (Rm 16.17).
• Alguns comentaristas acham que esse versículo se encontra
deslocado do restante dos demais.
• Mas, a verdade é que ele está no lugar onde deveria estar.
• Paulo via como uma ameaça a quebra da koinonia cristã.
• Portanto, era um perigo às relações interpessoais, o
individualismo daqueles que promoviam dissensões.
51. • Esse individualismo está
caracterizado no fato de que
eles serviam ao seu próprio
estômago ou ventre.
• Viviam para si mesmos.
• O faccioso geralmente é um
indivíduo solitário até o
momento em que arregimenta
outros para compartilhar do
seu pensamento doentio.
• A igreja deve observá-lo e
afastar-se dele.
52. • Esta advertência parece irromper inesperadamente no
contexto. Nos versículos 17 e 18 há uma lista do que esses
falsos mestres estavam fazendo:
1. Fomentavam divisões;
2. Criavam obstáculos para os crentes;
3. Ensinavam o contrário do que era ensinado na Igreja;
4. Tratavam de saciar os seus próprios apetites;
5. Enganavam os corações incautos com amenidades e lisonjas.
53. • “...desviai-vos (apartai-vos)
deles...”
• Este é um tema repetitivo (Gl
1.8-9; 2Ts 3.6,14; 2 Jo 10).
• Mestres falsos com frequência
são atraentes de físico e têm
personalidades dinâmicas (Cl
2.4).
54. • O que dizem frequentemente tem muita lógica.
• Portanto, cuidado!
• Alguns testes bíblicos possíveis para identificar falsos mestres
são encontrados em Dt 13.1-5; 18.22; Mt 7; Fp 3.2-3, 18-19;
1Jo 4.1-6.
• Os crentes de Roma deveriam evitar aqueles que provocam
divisões e escândalos, em desacordo com a ‘doutrina que
aprendestes’.
• Os crentes devem aprender a não se deixar enganar por
‘suaves palavras de lisonjas’ (v. 18).
55. 2. Sensualismo e antinomismo.
• Esses irmãos facciosos não apenas provocavam dissensões,
mas também promoviam escândalos (Rm 16.17).
• A maioria dos comentaristas são de acordo que Paulo tinha
em mente o movimento herético do primeiro século
conhecido como gnosticismo.
• Era um movimento sectário, que tinha como prática o
sensualismo e o antinomismo.
• Em outras palavras, como viam a matéria como algo ruim, não
tinham apreço pelo corpo, já que este era material.
• Isso os conduzia a uma vida sensual.
56. • Por outro lado, outra consequência desse entendimento
errado, estava na troca da doutrina bíblica por “...palavras
suaves e lisonjas..." (Rm 16.18). Não havia regras para
obedecer. Esse ensino de sabor adocicado, porém falso, tinha
a capacidade de atrair os incautos.
57. • Gnosticismo foi um movimento
religioso, de caráter sincrético
e esotérico, desenvolvido nos
primeiros séculos de nossa era
à margem do cristianismo
institucionalizado, combinando
misticismo e especulação
filosófica.
58. • O Gnosticismo talvez fosse a heresia mais perigosa que
ameaçava a igreja primitiva durante os primeiros três séculos.
Influenciado por filósofos como Platão, o Gnosticismo é
baseado em duas premissas falsas.
• Primeiro, essa teoria sustenta um dualismo em relação ao
espírito e à matéria.
• Os gnósticos acreditam que a matéria seja essencialmente
perversa e que o espírito seja bom.
• Como resultado dessa pressuposição, os gnósticos acreditam
que qualquer coisa feita no corpo, até mesmo o pior dos
pecados, não tem valor algum porque a vida verdadeira existe
no reino espiritual apenas.
59. • Os apóstolos Paulo e João combateram duramente o
Gnosticismo, por conta de sua exaltação ao conhecimento
oculto, sua negativa da Encarnação de Cristo, de Sua Morte e
Ressurreição, seu dualismo entre alma e corpo, espírito e
matéria, ignorância e conhecimento, mundo material e
corrupto versus mundo espiritual e perfeito.
60. • ESTA HERESIA NEFASTA RONDA A IGREJA HOJE, E
PODE SER ENCONTRADA EM MUITOS PÚLPITOS.
• Os gnósticos pregavam que o mal é a ignorância, porque esta
afastaria o Homem de conhecer as dádivas colocadas à sua
disposição pelas leis metafísicas do Universo.
• O falecido Mike Murdock, “com sua obra A Lei do
Reconhecimento, vem dizer, entre outras heresias, que a
ignorância é a causa da pobreza, doença e fracasso.
• Infelizmente, esse homem, com seu livro repleto de ensinos
materialistas e influenciado pela Confissão Positiva, vem
sendo considerado "o mais sábio dos Estados Unidos".
61. • Devo me sentir, então, um tolo, por achar que o livro dele é
ruim, e que não passa de um imitador do Gnosticismo, que
usa versículos bíblicos e linguagem evangélica para vender
seu produto, seu evangelho da riqueza?
62. • Esse evangelho da saúde e da riqueza, pregado por tantos
norte-americanos (Kenneth Hagin, Morris Cerullo, T.L. Osborn,
Kenneth Copeland, Frederick Price e muitos outros) é um
grave câncer na Igreja, que se alastra por muitas nações.
• O Movimento da Fé, aqui representado exponencialmente
por R.R.Soares e Edir Macedo, mas também por tantos outros
líderes de maior ou menor monta, é um perigoso entrave ao
assentimento da mensagem da Cruz no coração do pecador.
• Toda essa pregação de "Você vai obter vitória", "Você é um
vencedor", "Basta tomar posse da bênção", "Use a palavra
para trazer à existência as coisas que não existem", "Use a fé
que Deus usou para criar o mundo“.
63. • Toda essa parafernália é oriunda das leis de visualização e
reprogramação mental que vêm das filosofias e religiões
orientais, carregadas também de aspectos inerentes ao
Gnosticismo heresia grega que exalta o conhecimento para a
libertação do Homem, para seu bem-estar físico, emocional,
material e social”.
64. III – A FONTE DAS INTEIPESSOAIS
• 1. Existe em razão da sabedoria e soberania
de Deus.
• 2. Existe em razão da graça de Deus.
65. 1. Existe em razão da sabedoria e
soberania de Deus.
• Paulo queria que os Romanos se certificassem de que ele lhes
ensinara o Evangelho de Deus. O evangelho da graça faz parte
do “...mistério..." que Deus deu a conhecer no final dos
tempos (Rm 16.25).
66. • Esse mistério, que esteve
oculto, foi dado a conhecer à
Igreja através de revelação do
Espírito Santo. Era sobre o
desvendar desse mistério que
Paulo acabara de escrever.
• Deus, em sua soberania,
permitiu que a sua sabedoria
fosse revelada no evangelho
da graça. O resultado foi a
salvação a todo aquele que
crer. A igreja de Roma era
fruto disso.
67. • O “mistério” que esteve oculto é a pregação sobre Jesus
Cristo; a revelação do plano eterno da salvação de Deus, que
foi mantido em segredo (mistério).
• Os crentes são capacitados pelo conhecimento do evangelho
e o evangelho agora está disponível para todos!
• Deus tem um propósito único para a redenção da
humanidade que precede até mesmo a queda (Gn 3).
• Pistas deste plano são reveladas no Antigo Testamento (Gn
3.15; 12.3; Ex 19.5-6; além das passagens universais nos
Profetas).
• Contudo esta agenda cheia não estava clara (1Co 2.6-8).
• Com a vinda de Jesus e do Espírito, ela começa a ficar mais
óbvia.
68. • Paulo usava o termo
“mistério” para descrever
este plano redentivo total
(1Co 4.1; Ef 2.11-3.13;
6.19; Cl 4.3; 1Tm 1.9).
• O evangelho foi tornado
conhecido das nações, e
todas elas estão incluídas
em Cristo e através de
Cristo (Rm 16.25-27; Cl
2.2).
69. 2. Existe em razão da graça de Deus.
• Paulo encerra a sua Epístola com uma expressão de louvor e
adoração. Isso tinha uma razão de ser, a revelação da graça de
Deus, mediante o Evangelho: "Mas que se manifestou agora
e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o
mandamento do Deus eterno, a todas as nações para
obediência da fé, ao único Deus, sábio, seja dada glória por
Jesus Cristo para todo o sempre. Amém!" (Rm 16.26,27).
70. • Essas palavras de adoração nos fazem lembrar outra
expressão de louvor do apóstolo: "Porque dele, e por ele, e
para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.
Amém!" (Rm 11.36).
71. • Este mistério ou plano de Deus - o evangelho de Jesus Cristo
(Ef 2.11-3.13), agora foi claramente revelado a toda a
humanidade “pelas Escrituras” – Deus manifestou este
mistério na pessoa e na obra de Jesus.
• Isto foi predito pelos profetas e o sua realidade se vê no
estabelecimento da igreja do Novo Testamento, formada de
crentes judeus e gentios –e Deus apresentou a oferta do
evangelho ao mundo inteiro, o que foi sempre o Seu
propósito! (Gn 3.15; 12.3; Ex 19.5-6; Jr 31.31-34).
• O conceito bíblico de “glória” é difícil de definir.
• A glória dos crentes é que eles entendam o evangelho e se
gloriem em Deus, não neles mesmos (1.29-31; Jr 9.23-24).
72. • Freqüentemente o conceito de brilho era acrescentado à
palavra para expressar a majestade de Deus (Ex 19.16-18;
24.17; Is 60.1-2). Somente Ele é digno e merece ser honrado.
É tão brilhante que a humanidade caída não pode contemplá-
lo (Ex 33.17-23; Is 6.5).
73. • Deus só pode ser verdadeiramente conhecido através de
Cristo (Jr 1.14; Mt 17.2; Hb 1.3; Tg 2.1). Paulo encerra sua
epístola com uma doxologia (Do grego δόξα [doxa] "glória" + -
λογία [-logia], "palavra") é uma fórmula de louvor e
glorificação encontrada ao longo das Escrituras.
74. CONCLUSÃO
• Nada mais apropriado do que encerrar uma carta
incentivando as relações interpessoais saudáveis. É isso o que
Paulo faz no final da carta aos Romanos.
75. • Primeiramente vemos o quanto ele valorizou o
relacionamento interpessoal saudável, doutrinando a igreja a
respeito dos perigos das contendas e divisões.
• O individualismo, o sensualismo e as heresias deveriam ser
resistidos energicamente.
• Muitos dos nomes que Paulo citou haviam labutado ombro a
ombro com ele na edificação do Corpo de Cristo.
• Não eram lembranças nostálgicas, mas recordações que
ajudavam a refrigerar a alma.
• Por último, não deveriam esquecer de que a fonte e a origem
de toda harmonia é Deus. Ele é a fonte de toda a graça
dispensada.
76. • Em 12.5, Paulo diz que “[...] somos um só corpo em Cristo e
membros uns dos outros”.
• Ele emprega o verbo grego esmen (“somos”) no tempo
presente e sugere o estado de que os membros pertencem
tanto a Cristo, quanto uns aos outros, ao mesmo tempo.
77. • É por essa razão que a igreja não deve se conformar com a
cosmovisão secular prevalecente sobre relacionamentos
(individualismo, hedonismo, egocentrismo, etc.), mas deve
renovar-se através do conceito de que os membros
pertencem tanto a Cristo, como uns aos outros.
• Assim, do mesmo modo que cada crente deve se relacionar
com o Senhor, deve igualmente se relacionar e cuidar dos
outros crentes. Não há divindade além do nosso Deus. Todos
os outros deuses são falsos. Somente o Senhor Deus Todo
Poderoso, o Deus da Aliança, merece nosso louvor. Nós O
louvamos pelo seu presente de Jesus para expiar nossos
pecados, seu presente de misericórdia para aperfeiçoar
nossas falhas, seu presente de paciência para nos ajudar a
consertar nossas inconsistências e, por último, seu presente
de amor para prover nossa salvação.