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MODELO
VERDADE PRÁTICA
• Diante da sociedade, o crente tem deveres civis, morais
espirituais.
LEITURA DIÁRIA
• Segunda – Rm 13.1 - É Deus que constitui as autoridades
para que governem com justiça
• Terça – Rm 13.2 – Resistir às autoridades é resistir à
ordenação de Deus
• Quarta – Rm 13.3 - As autoridades são constituídas para
punir os que fazem o mal
• Quinta – Rm 13.5 - Os crentes devem respeitar as
autoridades
• Sexta – Rm 13.7,8 - Pagando os tributos e não devendo nada
a ninguém, a não ser o amor
• Sábado – At 5.29 - A obediência a Deus deve vir sempre em
primeiro lugar
OBJETIVO GERAL
• Conscientizar que o crente tem deveres civis, morais e
espirituais para com a sociedade na qual está inserido.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Apontar: Os deveres civis daqueles que foram alcançados pela
graça divina;
• Explicar: Os deveres civis dos crentes;
• Relacionar: Os deveres espirituais dos crentes.
ESBOÇO DA LIÇÃO
I – DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7)
• 1. A natureza do Estado.
• 2. O propósito do Estado.
• 3. A igreja e o Estado.
II DEVERES MORAIS - (Rm 13.8-10)
• 1. A dívida que todos devem ter.
• 2. A segunda tábua da lei.
• 3. O segundo grande mandamento.
III – DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14)
• 1. Consciência escatológica (v. 11).
• 2. Consciência da salvação e do Espírito Santo (w. 11,14).
PONTO CENTRAL
• O crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a
sociedade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13.1-8
1 TODA a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque
não há potestade que não venha de Deus; e as potestades
que há foram ordenadas por Deus.
2 Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de
Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a
condenação.
3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras,
mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade?
Faze o bem, e terás louvor dela.
4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o
mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é
ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente
pelo castigo, mas também pela consciência.
6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros
de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo;
a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem
honra, honra.
8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que
vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros
cumpriu a lei.
TEXTO ÁUREO
“...Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque
não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades
que há foram ordenadas por Deus..." (Rm13.1)
INTRODUÇÃO
• Na lição de hoje estudaremos o capítulo 13 da Epístola o
capítulo 13 da epístola aos Romanos.
• Paulo trata neste capítulo a respeito da relação dos crentes
com as autoridades.
• Viver pela fé na justiça de Deus implica obedecer às leis, as
autoridades governamentais, pagar impostos e seguir as
regras e normas estabelecidas, demonstrando então que
somos uma nova criatura.
• A submissão do crente às autoridades revela seu amor e sua
obediência às leis de Deus.
I – DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7)
• I – DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7)
• 1. A natureza do Estado.
• 2. O propósito do Estado.
• 3. A igreja e o Estado.
1. A natureza do Estado.
• O apóstolo Paulo parte do princípio de que toda autoridade é
constituída por Deus. [...]
• "Não há potestade que não venha de Deus; e as potestades
que há foram ordenadas por Deus" (Rm 13.1 - ACRF).
• A tradução Almeida Corrigida Revisada Fielusada aqui deixa
ambíguo o sentido desse texto ao usar a palavra potestade
em vez de autoridade.
• O termo potestade dá uma conotação de que a referência seja
a seres espirituais. Todavia, o termo exousia (autoridade), que
ocorre 102 vezes em o Novo Testamento grego, quatro vezes
neste capítulo, possui o sentido, nesse contexto, de
governantes civis.
• A referência, portanto, diz respeito às autoridades civis, quer
locais, quer nacionais. O princípio da autoridade constituída,
ou delegada, vem de Deus, e por isso o crente tem o dever de
se submeter a ela. Esse princípio é fartamente documentado
no Antigo Testamento, onde é mostrado que nenhum
governante exerce autoridade fora do domínio de Deus (Pv
8.15,16; Dn 2.21; Is 45.1-7).
• A teologia judaica concordava de modo perfeito com essa
forma de declaração, pelo menos em termos gerais e quanto
à sua filosofia básica. Segundo o sistema teológico judaico
Deus era tão fortemente salientado como a grande è única
causa que, virtualmente, não havia lugar para quaisquer
causas secundárias.
• Deus, pois, era considerado não somente a causa primária,
mas também o princípio total de causa, como causa primária,
formal, eficiente e final.
• O fato de que Deus instituiu autoridades governamentais tem
uma dupla aplicação moral, a saber:
• 1. As próprias autoridades
reconhecer a origem de
civis estão na obrigação de
seu poder, governando de
conformidade com a justiça, no temor de Deus; porque, se
assim não agirem, aguarda-as um mui severo julgamento.
(Esse é o ponto de vista salientado pelo escritor do livro
apócrifo Sabedoria de Salomão, citado acima).
• 2. As pessoas sujeitas ao governo civil devem obedecer ao
mesmo como se estivessem obedecendo ao próprio Deus,
reconhecendo que a autoridade que possuem lhe foi
conferida por Deus. Assim, quem obedece aos governantes
humanos, naquilo que é justo, obedece, ao mesmo tempo, a
Deus.
• A aplicação dessas verdades é bem clara, portanto: «Todo
homem esteja sujeito...» Há traduções que dizem «...a/ma...»,
ao invés de «homem»; mas o emprego da palavra «alma»
refere-se aos homens simplesmente como criaturas vivas,
sem nenhuma referência especial à porção «imaterial» do
homem.
• Todo homem deve sujeitar-se às autoridades civis, e isso
inclui, acima de todos, e não menos que os outros, aos
crentes, visto que os discípulos de Cristo, acima de todos,
devem mostrar-se ansiosos por obedecerem às autoridades
civis devidamente instituídas. Todo o crente pertence a duas
comunidades, a saber: a religiosa, que reivindica autoridade
celestial; e a civil, que é a comunidade totalmente material e
terrena.
• Ê verdade que isso pode criar muitos conflitos de consciência,
sobretudo se a sociedade terrena mostrar-se anticristã em
seu conceito e funções.
• Não obstante, Paulo não aborda aqui as várias possibilidades
de exceção no tocante à obediência devida às autoridades
civis, mas meramente lança uma regra geral, a ser seguida em
tempos «normais».
• A despeito do governo eclesiástico, amoldado segundo os
padrões bíblicos e neotestamentários, seja essencialmente
democrático, conforme fica amplamente demonstrado na
narrativa do livro de Atos, o cristianismo não tem por intuito
combater contra uma forma de governo em favor de outra
forma qualquer.
• Os crentes que vivem em diversos países, onde imperam
formas de governo às vezes tão díspares, têm todos a
obrigação de respeitarem e obedecerem às suas respectivas
autoridades civis.
• Uma vez mais, entretanto, o espírito do amor cristão pode
servir de instrumento na modificação da forma de governo,
embora isso não seja nenhuma função direta da igreja.
• Somente como conseqüência indireta é que essa
transformação social para melhor tem lugar.
• O alvo primordial da igreja de Cristo é o de propagar 0 reino
espiritual de Deus.
• Erram os pregadores cristãos que, no púlpito, se imiscuem nas
questões políticas, a menos que o façam para combater os
abusos humanos contra a vontade expressa de Deus.
2. O propósito do Estado.
• A natureza espiritual de um governo civil está no princípio da
autoridade a ele delegada. O propósito da sujeição do crente
à autoridade constituída, segundo Paulo, é especificado em
Romanos 13.3,4.
• A razão dada é a promoção do bem e a punição do mal por
parte da autoridade.
• Em outras palavras, a manutenção da ordem. Sem obediência
a autoridade corre-se o risco de se cair numa anarquia.
• É por isso que o apóstolo diz que o governo é ministro de
Deus para a promoção do bem comum, bem como para frear
o mal.
• A palavra ministro, no grego, é diáconos, vocábulo que mostra
o princípio divino por trás do governo humano.
• São ministros A serviço de Deus, mesmo que sejam
governantes pagãos, como, por exemplo, os imperadores Ciro
e Nabucodonosor (Is 45.1; Dn 4.17).
• Este versículo torna ainda mais patente, conforme tem sido
salientado nesta exposição geral, a começar pela introdução a
este décimo terceiro capítulo de Romanos, que Paulo falava
pelo menos acerca de tempos «relativamente» normais.
• E de esperar-se que aqueles que são levantados em postos de
autoridade sejam suficientemente humanitários para
baixarem leis essencialmente justas, pondo-as em vigor de
modos essencialmente justos.
• O fato que muitos governos, através dos séculos, não têm
agido assim com justiça, não faz parte do escopo do
a
argumento de Paulo. Antes, ele olhava somente para
situação contemporânea do império romano de seus dias.
• Porquanto estava bem lembrado que, na qualidade de
missionário cristão, com freqüência havia sido livrado de
elementos violentos e multidões de judeus fanáticos, por
parte de oficiais romanos. Estava familiarizado com o governo
romano no próprio império, e considerava-o geralmente justo.
• Ao contrário do que têm pensado tantos, Paulo não estava
olhando profeticamente para os tempos em que Nero e
outros imperadores abusaram grandemente
autoridade (embora esse terror não estivesse
de sua
longe de
começar, e apesar do fato que o próprio Paulo foi morto por
causa dessas perseguições imperiais).
• Quando assassinaram a milhares e milhares de cristãos
inocentes, que nenhuma culpa tinham de todas as acusações
que foram feitas contra eles.
• Quanto ao presente, Paulo tão-somente quis mostrar que, a
fim de não temerem às autoridades, os crentes precisavam
apenas mostrarem-se obedientes às leis civis.
mostra-nos aqui que
• «...magistrados...» O plural
Paulo
fala em termos gerais. A
obediência ao magistrado é
algo deduzido como algo
necessário, neste versículo,
porque, ordinariamente, essa
obediência produz resultados
benéficos, ao passo que a
a da
atitude contrária,
rebeldia, produz resultados
desagradáveis e até mesmo
trágicos.
• Paulo também deixa entendido que todos o,s crentes são
pessoas interessadas pela paz e segurança, no que diz
respeito às suas vidas diárias, e no que tange aos benefícios
que o governo civil tem para oferecer aos seus cidadãos.
• “O homem reto deve ser respeitador da lei civil, e não
precisará temê-la”. Sob um bom governo, debaixo de uma
provisão legal sempre presente, o cidadão decente não
precisará temer o que as autoridades civis possam fazer
contra ele. Se porventura andar em temor, é que algo anda
errado, ou como próprio estado, ou com a compreensão
acerca do devido papel e escopo do governo humano.
• Porém, sempre que a higidez do estado for considerada como
ponto pacífico, podemos supor que o homem que teme à
autoridade é igualmente um homem mau e culpado.
• E andará apreensivo com toda a razão. Entre ele e a
comunidade em que vive terá de existir um antagonismo
constante. Seu tipo de vida não pode ser reconciliado com os
princípios da ordem pública.
3. A igreja e o Estado.
• Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às
autoridades deve-se primeiramente por razões de obediência.
Nesse caso o crente deve submeter-se ao poder coercitivo da
lei, pagando impostos e tributos.
• É interessante notar que Paulo fala de dois tipos de
tributos nesse capítulo, phorose e telos.
• O primeiro termo é uma referência aos impostos diretos
enquanto a segunda aos indiretos. Paulo aconselhou os
crentes a cumprirem seus deveres pagando seus
impostos (Mt 22.21). Mas havia uma razão a mais para a
submissão à autoridade - a consciência do crente. O
crente não deve¬ria se sujeitar a autoridade
simplesmente por medo da lei, mas por uma questão de
consciência diante de Deus.
• O princípio bíblico em relação às autoridades é que o
cristão as respeite e as honre (Rm 13.7). A desobediência
civil só se justifica no caso de conflito entre a lei humana
e a divina (At 5.29).
• No caso de governos que decretam leis injustas e estados
totalitários que privam o exercício da fé, o cristão, em razão
da sua consciência para com Deus, deve moldar-se pela
Palavra de Deus, para isso, estando disposto a assumir todas
as consequências de seus atos.
• «...bem...» Trata-se do mesmo louvor que aparece no
versículo anterior. O bem-social em geral é aqui focalizado. O
apóstolo subentendia uma vida caracterizada pela paz e pela
prosperidade relativa, que é o objeto de todo o bom governo.
Pelo menos os crentes devem ter a esperança de serem
deixados em paz pelas autoridades, para que possam
prosseguir em suas buscas espirituais, porquanto, apesar de
viverem espiritualmente separados da sociedade, fazem parte
integrante dessa sociedade no que tange às questões práticas
da vida diária.
• O bom cristão, por conseguinte, pode esperar ter
oportunidade de mostrar-se átivo na sociedade, conforme é
desejável e útil. Os magistrados haverão de observar homens
honestos, lançando mão deles para funções úteis.
• Tais funções visarão ao benefício tanto do crente individual
como o bem-estar da sociedade inteira em que habita tal
crente.
• Todas essas noções, portanto, podem ser:
• 13:5: “...Pelo que é necessário que lhe estejois sujeitos, não
somente por causo da ira, mas também por causa da
consciência...”
• A moralidade cristã deve ser motivada por algo muito maior
do que o temor do castigo. Esse temor talvez seja suficiente
para algumas pessoas, mas isso não pode caracterizar o
crente.
• Antes, o que o crente deve temer é o opróbrio que suas más
ações podem trazer contra o nome da família divina.
• Mais do que isso ainda, porém, o apóstolo Paulo mostra-nos
que o crente deve ser o melhor dos cidadãos, a nata mesma
da sociedade, moralmente falando, porquanto possui motivos
muito superiores para ser bom.
• Pois os crentes têm consciência que estão em contato direto
com o Espírito Santo e estão perante ele como responsáveis; e
isso serve de testemunho íntimo que dirige os seguidores de
Cristo, desviando-os do mal e conduzindo-os ao bem.
• «.. .consciência...» A consciência humana, embora se utilize
do veículo do cérebro físico, é uma faculdade espiritual,
própria da alma.
• Trata-se da natureza inteligente e moral da alma.
• O homem, por ser um ente espiritual, tem comunicações
naturais com o Espírito de Deus, e algumas vezes recebe
iluminação da consciência divina quanto à natureza do mal.
• Tanto a razão como a intuição levam o homem a corrigir
conclusões morais errôneas, quando o indivíduo mostra-se
honesto, não sendo um pervertedor proposital da
consciência.
• “...A consciência...” só se manifesta a fim de mostrar-nos o
caminho pelo qual devemos andar, mas, por semelhante
modo, é dona de sua própria autoridade; ou, em outras
palavras, é nosso guia natural, 0 guia que nos foi atribuído
pelo Autor de nossa natureza;
• Por conseguinte, pertence à
nossa condição do ser;
• E é nosso dever conduzir-nos
por essa vereda e seguir esse
...guia...
• Trata-se daquele princípio
mediante o qual pesquisamos,
e então aprovamos
desaprovamos o
próprio coração,
ou
nosso
nosso
temperamento e nossas ações
• E deve ser considerado não somente aquilo que exerce sobre
nós alguma influência, o que se poderia dizer acerca de todas
as paixões, de todos os apetites inferiores;
• Mas, semelhantemente, é algo superior, porquanto, com base
em sua própria natureza, reivindica superioridade sobre todas
as outras influências.
• Dependendo de como o espírito humano reage em relação ao
Espírito de Deus.
A consciência pode ser descrita das seguintes maneiras:
• 1. Fraca (ver I Cor. 8:7,12);
• 2. má ou contaminada (ver Heb. 10:22 e Tito 1:15);
• 3. cauterizada(ver I Tim. 4:2);
• 4. pura(ver II Tim. 1:5);
• 5. livre de ofensa (ver Atos 24:6); e
• 6. boa ou honrada (ver Heb. 13:17 e I Ped. 3:16).
• Paulo confiava, pois, que o crente,
dotado de uma faculdade íntima
e devidamente treinada, que
reconhece instintivamente o bem
e o mal, dando preferência ao
bem, e que isso opera com
relações aos assuntos do estado,
envolvendo tanto as ações
individuais como as ações sociais,
e isso contribuindo para a feitura
de cidadãos melhores, se viesse a
fazer o bem, não teria nenhuma
razão para temer as autoridades.
• 13:6: “...Por esta razão também pagais tributo; porque são
ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo...”
• O Senhor Jesus favorecia o pagamento de impostos, até
mesmo a um governo estrangeiro, conforme o governo
romano era considerado pela maioria dos judeus. (Ver Mat.
22:21; 17:25-27; Luc. 20:20-25).
• E 0 apóstolo Paulo tomou o lado do Senhor Jesus em favor do
pagamento de impostos por parte dos cidadãos crentes, sem
importar se tal pagamento fosse feito a um governo pagão,
não-judaico e não-cristão, conforme era o caso dos crentes
que habitavam na cidade de Roma, que estavam na obrigação
de pagarem taxas e impostos ao governo romano.
• Não obstante, Paulo não aborda a questão dos abusos na
taxação, o que sempre foi motivo de discórdias, através da
história, tendo causado muito derramamento de sangue e
muita miséria entre os homens.
• Paulo não haveria de negar a existência de tais abusos, e nem
haveria de ser inimigo de reformas, contanto que estas
fossem feitas sem violência, e de acordo com os devidos
processos da lei.
• De outro modo, a sua atitude, indubitável- mente, seria que é
melhor que um crente seja explorado do que venha a
contribuir para adicionar mal ao ,mal, mediante violências ou
vinganças individuais ou coletivas.
• A sua maneira típica, entretanto, Paulo estabelece uma regra
geral no que diz sobre a questão, neste capítulo, sem olhar de
um lado para outro, apresentando exceções possíveis a essa
regra.
• Podemos observar, uma vez mais, que Paulo chama os oficiais
do governo de «...ministros...» Porquanto dão atenção
contínua a «...este serviço...», isto é, o serviço público.
Essas palavras podem significar o seguinte:
• 1. O serviço do tributo.
• 2. As ministrações públicas em geral, que requerem taxação.
• A segunda possibilidade concorda melhor com o contexto em
geral, mas a primeira dessas possibilidades tem recebido a
aprovação da maioria dos comentadores bíblicos.
• Neste último caso, deve-se pensar que a coleta de tributos era
um serviço honroso, até mesmo delegado aos homens.
Geralmente não é assim que olhamos para essa questão; a
despeito do que, trata-se de uma grande verdade.
• «...ministros...» Esta é uma palavra que, no original grego, é
usada mais freqüentemente em conexão com 0 culto
religioso, com os sacerdotes, etc.
• O governo humano, pois, é elevado à esfera da religião,
porque esses homens, não menos do que aqueles que cuidam
diretamente das questões espirituais, são servos de Deus.
• No grego posterior, entretanto, esse vocábulo passou a ser
comumente usado para indicar os servos militares, os servos
dos reis, bem como aqueles que serviam nos templos
religiosos (uso esse que aparece no trecho de Heb. 8:2).
• Por essa razão dizemos que talvez Paulo não tivesse querido
dizér nada de especial com seu uso, porquanto poderia ser
um serviço amplo o que estava na mente do apóstolo, tal
como nossa palavra moderna «ministro», que não
subentende necessariamente qualquer serviço religioso.
• E interessante que Paulo se utilizou dessa palavra para indicar
a si mesmo como servo de Cristo, no trecho de Rom. 15:16.
• Também alude a Epafrodito, nessa mesma capacidade, em Fil.
2:25, ainda que, naquela passagem, ele seja descrito como
servo de Paulo.
• No original grego o vocábulo é «leitourgos», o qual, como é
óbvio, está vinculado ao nosso termo moderno, liturgia.
II DEVERES MORAIS - (Rm 13.8-10)
• 1. A dívida que todos devem ter.
• 2. A segunda tábua da lei.
• 3. O segundo grande mandamento.
1. A dívida que todos devem ter.
• O apóstolo reconhece os deveres do cristão em relação ao
Estado, e aconselhou a não ficarem em débito com ninguém:
"A ninguém devais coisa alguma [...]" (Rm 13.8).
• Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o “...nome
limpo na praça...".
• Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza de dívida, esta
não negativa, mas positiva para o crente.
• A dívida do amor.
• Não podemos dever nada a ninguém, exceto “...o amor com
que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros
cumpriu a lei..." (Rm 13.8).
• Orígenes, um dos pais da igreja antiga, dizia que “...a dívida
de amar é permanente e nunca a saldamos; por isso
devemos pagá-la diariamente, e sem dúvida, continuaremos
devendo...".
• Amar o Semelhante é uma obrigação moral que temos para
com a raça humana.
• O antídoto infalível para todos esses males é a atitude de
amor cristão, porque o amor jamais procura prejudicar ao
próximo, já que o amor considera o próximo com o mesmo
interesse que caracteriza os cuidados de um homem por si
mesmo. O indivíduo normal não quer ser prejudicado
• E aqueles que prejudicam propositadamente a um seu
semelhante estão psicologicamente desviados, mostrando-se
anormais.
• A pessoa que ama não deseja o mal de outrem, pois, para ela,
isso eqüivaleria a auto-injúria, e isso certamente é uma
atitude anormal, do ponto de vista espiritual, tal como, na
psicologia a auto-injúria é considerada uma anormalidade.
• Prejudicar ao próximo, por conseguinte, é uma atitude
anormal do ponto de vista divino.
• No entanto, a benigna lei do amor elimina toda a injúria.
• Variante Textual As palavras «Não darás falso testemunho...»
se encontram em alguns manuscritos antigos, entre o
mandamento acerca do furto e o mandamento referente à
cobiça.
• Porém, os manuscritos mais
antigos e até mesmo a grande
maioria dos manuscritos
minúsculos, omitem esse
outro mandamento.
• Alguns escribas subsequentes,
por conseguinte, meramente
adicionaram esse outro
mandamento, alicerçados no
conhecimento que tinham dos
mandamentos da lei mosaica,
segundo os registros históricos
do A.T.
A Qualidade Do Amor
• 1. O valor do amor é tão grande que cumpre a lei inteira, algo
que 0 esforço humano jamais poderia realizar (ver Rom. 13:8
e ss.).
• 2. O amor reduz a lei a dois simples conceitos: amor a Deus e
amor ao próximo (ver Mat. 22:37-39).
• 3. O amor não consiste de mera reação ou condição
emocional. Antes, é a qualidade de altruísmo, implantada em
nós através da operação do Espírito (ver Gál. 5:22).
• 4. Quanto a muitas outras idéias acerca desse tema, ver Rom.
13:8, sob o título «Pagando a dívida de amor». 14:1
• 6. É provável que alguns essênios posteriores se
encontrassem entre aqueles que estão em vista. Alguns deles
eram vegetarianos, e muitos deles, se não mesmo todos, se
abstinham de vinho e de todas as bebidas alcoólicas.
2. A segunda tábua da lei.
• Paulo havia falado muito sobre a Lei nos capítulos anteriores,
e aqui novamente ele volta a citá-la: [...] "quem ama aos
outros cumpriu a lei" (Rm 13.8).
• A lei dada a Moisés no Sinai foi escrita em duas tábuas
(Êx 34.1).
• Os quatro primeiros mandamentos enfatizam o
relacionamento vertical, isto é, entre Deus e os homens:
Não ter deuses estranhos; não fazer imagens; não
profanar o nome de Deus e guardar o sábado.
• Por outro lado, os outros seis mandamentos são
horizontais, isto é, enfocam o relacionamento entre as
pessoas: Honrar os pais; não matar; não adulterar; não
furtar; não dar falso testemunho e não cobiçar.
• O interesse do apóstolo pelas relações interpessoais fica
claro quando ele cita, em Romanos 13, esses
mandamentos: "Com efeito: Não adulterarás, não
matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não
cobiçarás [...]" (Rm 13.9).
• No tocante aos diversos mandamentos da lei mosaica,
expressos neste versículo, ver os trechos de Êxo. 20:14 e Deut.
5:18 (não adulterás): Exo. 20:13 e Deut. 5:17 (não matarás);
Exo. 20:15 e Deut. 5:19 (não furtarás); Exo. 20:17 e Deut. 5:21
(não cobiçarás); e Lev. 19:18 (amarás a teu próximo como a ti
mesmo).
• Todas essas ações proibidas pela lei de Moisés envolvem
alguma «injúria» contra nossos semelhantes.
• Essa injúria pode assumir a forma de degradação, de ataque
contra sua sensibilidade moral, ou a forma de assalto a seu
senso de possessão, ou mesmo a forma de assédio contra o
senso de proximidade a outra pessoa, de contacto com
outrem (ou seja, a forma de adultério).
• Por igual modo, essa injúria pode assumir a forma de violência
contra 0 ser físico, mediante o assassínio literal ou o assassínio
de caráter, mediante 0 ódio, atitude errônea essa que, em
espírito, assemelha-se ao homicídio (não matarás).
• Também pode ser uma injúria por causa de seu labor,
representado em sua propriedade, que lhe é arrebatada (não
furtarás).
• Além disso, pode ser uma maldade meramente planejada
contra outrem, o que usualmente cria uma atitude de má
vontade para com nossos semelhantes; pois aquele que
cobiça o que uma pessoa tem, usualmente aprende também a
desprezá-la, mediante a inveja.
• Ê muito fácil alguém desprezar, criticar ou degradar aqueles
que se tornam objetos de sua inveja, e essa é uma
poderosíssima força negativa que atua na sociedade humana
(o que explica 0 mandamento que diz: «Não cobiçarás»).
• O antídoto infalível para todos esses males é a atitude de
amor cristão, porque o amor jamais procura prejudicar ao
próximo, já que o amor considera o próximo com o mesmo
interesse que caracteriza os cuidados de um homem por si
mesmo.
• O indivíduo normal não quer ser prejudicado.
• E aqueles que prejudicam propositadamente a um seu
semelhante estão psicologicamente desviados, mostrando-se
anormais.
• A pessoa que ama não deseja o mal de outrem, pois, para ela,
isso eqüivaleria a auto-injúria, e isso certamente é uma
atitude anormal, do ponto de vista espiritual, tal como, na
psicologia a auto-injúria é considerada uma anormalidade.
• No
intensamente egoísta que não levará nada disso
entanto, o homem mostra-se sempre um ser tão
em
consideração, a menos que o princípio do amor seja formado
paulatinamente nele, mediante a atuação íntima do Espírito
de Deus. Não é suficiente o crente ter «conhecimento» do
que é errado e do que é direito. O certo é evitar o erro.
3. O segundo grande mandamento.
• Paulo reforça o seu
argumento sobre a lei do
amor citando Levítico
19.18. Ele conclui dizendo
que "o cumprimento da
lei é o amor" (Rm 13.10).
• O mandamento do amor
sintetiza todos os outros
preceitos que promovem
as relações (Rm 13.9).
• 13:10: “...0 amor não faz mal ao próximo. De modo que 0
amor é 0 cumprimento da lei...”
• No dizer de Leibnitz, «O amor é aquela qualidade que
encontra sua felicidade no bem alheio».
• Tal princípio não pode ser limitado somente à atitude que
evita ações negativas contra o próximo.
• Antes, deve ser uma atitude positivamente altruísta.
• O grande comentário inspirado e apostólico sobre essa maior
das virtudes cristãs é o trecho do décimo terceiro capítulo da
primeira epístola aos Coríntios, que é um dos maiores se não
o maior de todos os poemas já escritos em louvor ao amor
cristão.
• O amor cristão é essencialmente altruísta, manifestando-se na
forma de ações destituídas, de egoísmo, não sendo apenas o
evitar de certas ações pecaminosas e francamente prejudiciais
contra o próximo.
• Porém, até mesmo os seus aspectos «negativos» são uma
forma de ação altruísta, porquanto, com freqüência, assume
um poder especial da vontade, da determinação do ser, e de
não praticar certas coisas.
• Esse mesmo poder e essa mesma determinação também se
devem manifestar na forma de ações positivas de bondade
para com o próximo.
• Ora, tudo isso seria simplesmente impossível para 0 homem
não-regenerado, que é naturalmente egoísta, embora o
«amor», como um princípio da atuação do Espírito Santo,
permeie a sociedade inteira dos homens, e não apenas as
congregações dos indivíduos piedosos.
• As ações amorosas do Espírito Santo são de escopo universal,
e qualquer bondade verdadeira que os homens demonstram,
sem importar se são homens regenerados ou não, deve ser
atribuída ao Espírito de Deus.
• O famoso rabino judeu, Hilel (que viveu pouco tempo depois
dos dias de Jesus Cristo à face da terra, e que foi 0 fundador
de uma das principais escolas teológicas dos judeus), quando
alguns gentios lhe solicitaram que repetisse a substância da lei
judaica, estando de pé sobre uma única perna, disse: «Não
faças aos outros o que não queres que te façam».
• Embora essa idéia tenha sido proferida de forma negativa, de
fato expressa a substância da lei, sendo exatamente isso que o
apóstolo Paulo enfatiza aqui, no décimo terceiro capítulo da
epístola aos Romanos.
• «Assim como o amor, devido à sua própria natureza, busca e
se deleita em agradar a seu objeto, a sua própria existência
serve de segurança eficaz contra nossas tentativas de
prejudicá-lo». (Brown, in loc.).
• O versículo que ora comentamos pode ser confrontado com a
Regra Áurea, expressa pelo Senhor Jesus: «Tudo quanto, pois,
quereis que os homens vos façam, assim fazei-0 vós também
a eles; porque esta é a lei, e os profetas» (Mat. 7:12).
III – DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14)
• 1. Consciência escatológica (v. 11).
• 2. Consciência da salvação e do Espírito Santo
(11,14).
1. Consciência escatológica (v. 11).
• Encabeçando a lista dos
deveres de natureza espiritual,
Paulo apresenta um de
natureza escatológica: "E isto
digo, conhecendo o tempo,
que é já hora de despertarmos
do sono [...]" (Rm 13.11).
• A palavra tempo, aqui, traduz o
termo gregokairós, que
significa tempo oportuno. Para
o apóstolo, a vinda de Jesus
era uma realidade sempre
presente na vida do crente.
• Paulo não encarava a era da igreja cristã como um período
imensamente prolongado, e pensava que suas qualidades
necessárias se concretizariam em pouco tempo.
• Não temos dúvidas que essa expectativa sobre a volta breve e
mesmo iminente de Cristo foi uma das grandes forças
impulsionadoras da vida do apóstolo Paulo.
• E nesta passagem, voltando novamente a sua mente para esse
pensamento, ele percebia a grande urgência da verdadeira
conduta cristã, visando a demonstração do amor de Cristo em
toda a sociedade, até onde o crente puder ser
responsabilizado por isso.
• «O que era verdade acerca dele (de Cristo) será verdade para
sempre.
• Seus servos atualmente, neste final intranqüilo do século XIX
(Moule viveu nessa época), devem continuar encontrando
nele esse maravilhoso duplo segredo, até hoje.
• O crente deve ser, em Cristo, mediante a própria natureza de
sua fé, 0 mais prático e o mais bem disposto dos servos de
seus semelhantes, tanto acerca dos interesses mortais como
acerca dos interesses imortais dos mesmos; ao mesmo tempo
que devem sentir-se desligados da servidão ao que é visível e
temporal, mediante sua misteriosa união com O Filho de
Deus, e através de sua firme expectação de seu retorno».
(Moule, in loc.).
Salvação.
• O ponto de vista do apóstolo Paulo sobre a «salvação» é com
frequência exposto como algo de natureza «escatológica».
• Mas o contexto implica; o recado do Apóstolo, a Salvação não
deve estar associada a uma prática alienada.
• É dever de todo cristão a prática de uma vida santa e
consagrada ao Senhor, evitando o escândalo. “...Assim diz
Paulo: Sede meus imitadores assim como eu sou de Cristo...”
• Nesse sentido, a salvação é o que está prestes a suceder à
alma, em seu processo de transformação segundo a imagem
de Cristo, processo esse que inclui a glorificação final, e isso
promovido pela «parousia» ou segunda vinda de, Cristo.
• A salvação, entretanto, também é uma experiência presente,
porque os seus passos iniciais, dados nesta vida terrena, são
dados por ocasião da conversão e da regeneração, bem como
durante o processo da santificação, passos iniciais esses que
desde há muito raiaram neste mundo material dos homens.
• Portanto, 0 «tempo presente» é imensamente importante,
porque faz parte daquela grande salvação que Deus nos
prometeu, sendo também seus primeiros frutos.
• «...dignamente...» Esta palavra, se fosse mais literalmente
traduzida, diria
outras palavras,
«com decoro», «com honestidade». Em
não com dolo, com ludíbrios, com
artimanhas, mas antes, «abertamente», «francamente», aos
olhos de todos os homens, com ações que possam ser
contempladas por todos, sem nada a ocultar.
• «Convenientemente» também seria uma tradução possível,
isto é, «como convém a filhos da luz», como é apropriado
para os filhos de Deus, fazendo violento contraste com as
obras das trevas, que são características dos indivíduos não-
regenerados. (Ver também os trechos de I Tes. 4:12 e I Cor.
14:40, onde essa palavra é novamente usada).
• «...como em pleno dia...» Segundo o comentário de Brown
(in loc.), «...Os homens preferem a noite para suas bacanais.
Nossa noite, entretanto, é passada, porquanto somos agora
filhos da luz e do dia... (ver I Tes. 5:5). - ...Por conseguinte,
façamos somente aquilo que é apropriado para ser exposto à
luz do dia...».
• «...não em orgias...» Originalmente, o vocábulo grego que há
por detrás dessa palavra em português (no grego, komos) era
usado para indicar uma procissão ou cortejo festivo que se
fazia entre os gregos em honra a Dionísio, onde havia um
festim ou banquete. No mau sentido da palavra, porém,
transparece a idéia de «banquetear excessivo», de
«bacanal».
• Paulo deixa subentendido que nesses festins e banquetes
muitos males são geralmente cometidos, entre os quais se
poderiam destacar a gula, a bebedice e a hilaridade vil. Paulo,
pois, frisa primeiramente os pecados «sociais», ' coletivos,
que são os atos impróprios para os lugares públicos. E isso
inclui o item que vem a seguir, as «bebedices».
• «...bebedices...» O apóstolo foi levado a pensar sobre esse
vício porque a palavra anterior, «orgia», fê-lo lembrar-se de
que, nessas oportunidades, os homens quase sempre se
excedem e se intoxicam com bebidas alcoólicas.
• Ora, é extremamente impróprio e pecaminoso para um crente
tornar-se um insensato nos lugares públicos, mediante o vício
do alcoolismo.
• Por essa razão é que as festas onde abundam o vinho e outras
bebidas alcoólicas devem ser evitadas, porque ali geralmente
há manifestações repulsivas, provocadas pela intoxicação
alcoólica, embora tais atitudes vis caracterizem tão bem a
tantos filhos das trevas.
• A esse pecado, que geralmente é praticado em lugares
secretos, Paulo adiciona ainda mais um pecado de natureza
sexual, na palavra que usa a seguir:
• «...dissoluções...» Esta é uma palavra de sentido mais geral
que a palavra anterior, usada por Paulo, e cujo sentido é
«licenciosidade», «sensualidade», indicando desejos
indecentes, postos em ação.
• Diz Newell
sensualidade». Provavelmente
(in loc.) que se trata
inclui
do «abandono à
as práticas dos
sodomitas, as concupiscências contrárias à natureza, sobre o
que Paulo escreveu ousadamente em Rom. 1:26,27.
• «...contendas...» Os dois últimos vícios a serem mencionados,
pertencem especificamente a uma terceira categoria de
pecados, isto é, os vícios de natureza político-eclesiástica, os
vícios que envolvem ódios pessoais e contendas, que infestam
muitas comunidades cristãs evangélicas até hoje.
• No grego, essa palavra, «eris», significa «discórdia»,
«desarmonia», etc. Também é usada com 0 sentido de
«querela».
• Dentro desse vício podemos incluir as muitas «lutas
eclesiásticas», bem como as querelas e contendas privadas,
entre os membros de igrejas.
• Tais atitudes são bem próprias dos filhos das trevas, e não
deveriam jamais surgir entre os filhos da luz, dentro da
própria comunidade cristã.
• «...ciúmes...» Como o vício anterior, este pertence à categoria
dos pecados de natureza político-eclesiástica.
• Essa emoção, que algumas traduções traduzem por «invejas»,
sempre será destrutiva, e, na linguagem simbólica moderna
tem sido mui acertadamente caracterizada como um
«monstro».
• Pode ocorrer entre duas pessoas particulares, ou pode
assumir um caráter «público», quando ocorrem as «divisões»
ou facções dentro de uma igreja ou dentro de uma sociedade
qualquer.
• É deveras interessante que o termo grego, «zelos», pode ser
usado também em um bom sentido, quando então tem o
significado de «ardor», relativo aos interesses espirituais.
• No entanto, Paulo usa essa palavra em mau sentido, neste
caso, a fim de indicar a comuníssima «inveja».
2. Consciência da Salvação e do Espírito
Santo (11,14).
• Nos dois últimos versículos de Romanos 13, observamos que
há a necessidade de uma consciência que seja soteriológica e
pneumatológica (Rm 13.11).
• A referência direta ao Salvador está na palavra salvação e a
referência indireta ao Espírito Santo está na frase: [...] “E não
tenhais cuidado da carne em suas concupiscências” (Rm 13-
14).
• É o Espírito quem produz o fruto na vida do crente de forma
que este possa vencer as concupiscências da carne (Gl 5.19-
22). Cabe ao cristão andar no Espírito para não satisfazer os
desejos da carne.
• “...A aproximação célere da salvação final e do juízo não faz
esses ensinamentos práticos tornarem-se mais
verdadeiros...” (Rom. 12 e 13); porém, conforme o apóstolo
Paulo via as coisas, o evento futuro de Cristo torna-o mais
relevantes e compelidores. Quanto ao ‘despertar do sono’,
ver também 0 trecho de I Tes. 4:4-8». (John Knox, in loc.).
• «...hora...» Essa palavra refere-se a um período de tempo que
haverá imediatamente antes da segunda vinda de Cristo, 0
que envolverá o arrebatamento da igreja e o julgamento que
se seguirá.
• (Ver as notas expositivas sobre 0 «segundo advento de
Cristo», em Apo. 19:11; sobre o «arrebatamento», em I Tes.
4:15; sobre 0 «julgamento dos crentes», em II Cor. 5:10; sobre
o «milênio», Apo. 20:5,6; sobre 0 «Dia do Senhor», ver Apo.
19:19; sobre o «último dia», ver João 6:39.
• «A noite desta era corrupta está passando. A parousia
(segunda vinda de Cristo) está se avizinhando. Repeli vossos
caminhos iníquos. Cinge-vos com a armadura da luz. Acolhei a
Cristo em vossos corações.
• Evitai o pecado e a autocomplacência». (Sanday e Headlam),
como introdução da presente secção da epístola aos
Romanos).
• Esses mesmos autores acrescentam: «O período de provação
da terra inteira é considerado como uma noite catastrófica,
mas que será seguida de uma manhã brilhante.
• Precisamos despertar do tempo, preparando-nos para
receber a luz da manhã.
• Porque a nossa salvação terminada, completada, não mais
aquela esperança da salvação, que nos sustenta agora, está
apreciavelmente mais perto de nós do que quando aceitamos
a princípio, pela fé, a mensagem messiânica...
• A linguagem é própria daqueles que esperam a vinda real de
Cristo para quase imediatamente, mas se adaptará às
circunstâncias de qualquer forma cristã para quem a morte
trará aquele dia».
• 13:12: “...A noite é passada, e 0 dia έ chegado; dispamo-nos,
pois, das obras das trevas, e vislamo nos das armas da luz...”
• Agostinho, segundo ele nos revela em Confissões (VIII 12,73),
ouviu as palavras, Tolle, lege («Toma, lê»), ditas por uma
criança, proferidas em uma visão mística que recebeu.
• Lutava ele então com os impulsos íntimos do Espírito Santo,
buscando um lugar de paz e segurança.
• No sentido de obter a vitória sobre 0 pecado, especialmente
os pecados do corpo, das paixões físicas, que o haviam
dominado inteiramente.
• A resposta ao seu clamor veio nessa visão, nas palavras Toma,
lê.
• E assim, sem ter tido de afastar-se muito do jardim onde essa
visão ocorrera, ele estendeu a mão a um manuscrito desta
epístola aos Romanos.
• «...noite...» Esse vocábulo refere-se à nossa presente e escura
era, a expansão inteira do tempo antes do «dia», que será a
época da luz, época essa que terá início por ocasião do
segundo advento de Cristo.
• Essa palavra é muito apropriada para descrever 0 período do
pecado, da enfermidade, do desespero, da negridão do
pecado, do ódio dos homens uns contra os outros, da
desumanidade mútua dos homens, da ignorância acerca das
leis de Deus e das reivindicações de Jesus Cristo.
• E essa palavra ainda é mais apropriada como a descrição do
tempo em que governará na terra 0 anticristo.
• Tempo esse que evidentemente não se demorará a começar
entre nós.
• Com ele e através dele terá começo a noite mais negra de
sofrimento e caos que já se abateu sobre o mundo.
• Embora isso venha a suceder imediatamente antes do raiar da
bendita manhã de esperança, que será inaugurada pela
«parousia» ou segundo advento de Cristo.
• «...e vem chegando o dia...» Paulo não se refere aqui à
«ressurreição», conforme alguns estudiosos têm pensado, ou,
pelo menos, não se refere diretamente a essa ocorrência;
antes, alude à «parousia» ou segunda vinda de Cristo, o que
resultará na ressurreição dentre os mortos.
• «...Deixemos, pois, as obras das trevas...» É muito
embaraçoso alguém ser apanhado de pijamas, depois que o
dia já raiou, porquanto tais vestes são impróprias para
andarmos durante o dia.
• Por semelhante modo, as «...obras das trevas...» são
inapropriadas para os filhos do dia, que são os crentes, os
quais deveriam vestir-se das vestes da luz.
• Assim como determinadas roupas são mais apropriadas para
serem usadas à noite, assim também certas modalidades de
ações são mais apropriadas para a noite espiritual, embora
sejam um escândalo em confronto com a luz, com a
iluminação espiritual, quando já nos foi dado um
conhecimento superior, sobre as realidades celestiais, perante
consciências ativadas espiritualmente.
• O décimo terceiro versículo, logo adiante, alista várias dessas
obras próprias das trevas.
• A noite, em sentido comum e literal, é o tempo em que os
homens geralmente praticam coisas desviadas, desonestas,
violentas e vergonhosas, porquanto as trevas contribuem para
ocultar aquilo que querem fazer de mal.
• Nas grandes cidades, por exemplo, tem-se descoberto que os
crimes podem ser grandemente reduzidos mediante a
providência simples de aumentar a iluminação pública à noite.
• «...revistamo-nos das armas da luz...» A metáfora acerca da
noite tenebrosa, da nossa luta necessária contra a maldade,
fez lembrar o apóstolo Paulo da necessidade da armadura de
Cristo.
• O combate no qual o crente está engajado dá-se entre os
poderes das trevas e os poderes da luz.
Conclusão
• Nesta lição, vimos as responsabilidades que o cristão deve
assumir, tanto no convívio social como espiritual.
• Como ser social, temos deveres para com o Estado.
• Devemos respeitar a ordem estabelecida.
• Todavia, como ser moral e espiritual temos deveres para com
o outro.
• Não somos apenas cidadão do céu (Fl 3.20), somos também
cidadãos da Terra.
• Devemos investir nos relacionamentos horizontais, mantendo
sempre em mente que o salvo em Cristo não é uma ilha.
Precisamos uns dos outros.

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Deveres civis, morais e espirituais dos crentes

  • 2. VERDADE PRÁTICA • Diante da sociedade, o crente tem deveres civis, morais espirituais.
  • 3. LEITURA DIÁRIA • Segunda – Rm 13.1 - É Deus que constitui as autoridades para que governem com justiça • Terça – Rm 13.2 – Resistir às autoridades é resistir à ordenação de Deus • Quarta – Rm 13.3 - As autoridades são constituídas para punir os que fazem o mal • Quinta – Rm 13.5 - Os crentes devem respeitar as autoridades • Sexta – Rm 13.7,8 - Pagando os tributos e não devendo nada a ninguém, a não ser o amor • Sábado – At 5.29 - A obediência a Deus deve vir sempre em primeiro lugar
  • 4. OBJETIVO GERAL • Conscientizar que o crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a sociedade na qual está inserido.
  • 5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Apontar: Os deveres civis daqueles que foram alcançados pela graça divina; • Explicar: Os deveres civis dos crentes; • Relacionar: Os deveres espirituais dos crentes.
  • 6. ESBOÇO DA LIÇÃO I – DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7) • 1. A natureza do Estado. • 2. O propósito do Estado. • 3. A igreja e o Estado. II DEVERES MORAIS - (Rm 13.8-10) • 1. A dívida que todos devem ter. • 2. A segunda tábua da lei. • 3. O segundo grande mandamento. III – DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14) • 1. Consciência escatológica (v. 11). • 2. Consciência da salvação e do Espírito Santo (w. 11,14).
  • 7. PONTO CENTRAL • O crente tem deveres civis, morais e espirituais para com a sociedade
  • 8. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE Romanos 13.1-8 1 TODA a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus. 2 Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. 3 Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
  • 9. 4 Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal. 5 Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência. 6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo. 7 Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra. 8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
  • 10. TEXTO ÁUREO “...Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus..." (Rm13.1)
  • 11. INTRODUÇÃO • Na lição de hoje estudaremos o capítulo 13 da Epístola o capítulo 13 da epístola aos Romanos. • Paulo trata neste capítulo a respeito da relação dos crentes com as autoridades. • Viver pela fé na justiça de Deus implica obedecer às leis, as autoridades governamentais, pagar impostos e seguir as regras e normas estabelecidas, demonstrando então que somos uma nova criatura. • A submissão do crente às autoridades revela seu amor e sua obediência às leis de Deus.
  • 12. I – DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7) • I – DEVERES CIVIS (Rm 13.1-7) • 1. A natureza do Estado. • 2. O propósito do Estado. • 3. A igreja e o Estado.
  • 13. 1. A natureza do Estado. • O apóstolo Paulo parte do princípio de que toda autoridade é constituída por Deus. [...] • "Não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus" (Rm 13.1 - ACRF).
  • 14. • A tradução Almeida Corrigida Revisada Fielusada aqui deixa ambíguo o sentido desse texto ao usar a palavra potestade em vez de autoridade. • O termo potestade dá uma conotação de que a referência seja a seres espirituais. Todavia, o termo exousia (autoridade), que ocorre 102 vezes em o Novo Testamento grego, quatro vezes neste capítulo, possui o sentido, nesse contexto, de governantes civis. • A referência, portanto, diz respeito às autoridades civis, quer locais, quer nacionais. O princípio da autoridade constituída, ou delegada, vem de Deus, e por isso o crente tem o dever de se submeter a ela. Esse princípio é fartamente documentado no Antigo Testamento, onde é mostrado que nenhum governante exerce autoridade fora do domínio de Deus (Pv 8.15,16; Dn 2.21; Is 45.1-7).
  • 15. • A teologia judaica concordava de modo perfeito com essa forma de declaração, pelo menos em termos gerais e quanto à sua filosofia básica. Segundo o sistema teológico judaico Deus era tão fortemente salientado como a grande è única causa que, virtualmente, não havia lugar para quaisquer causas secundárias.
  • 16. • Deus, pois, era considerado não somente a causa primária, mas também o princípio total de causa, como causa primária, formal, eficiente e final. • O fato de que Deus instituiu autoridades governamentais tem uma dupla aplicação moral, a saber: • 1. As próprias autoridades reconhecer a origem de civis estão na obrigação de seu poder, governando de conformidade com a justiça, no temor de Deus; porque, se assim não agirem, aguarda-as um mui severo julgamento. (Esse é o ponto de vista salientado pelo escritor do livro apócrifo Sabedoria de Salomão, citado acima).
  • 17. • 2. As pessoas sujeitas ao governo civil devem obedecer ao mesmo como se estivessem obedecendo ao próprio Deus, reconhecendo que a autoridade que possuem lhe foi conferida por Deus. Assim, quem obedece aos governantes humanos, naquilo que é justo, obedece, ao mesmo tempo, a Deus.
  • 18. • A aplicação dessas verdades é bem clara, portanto: «Todo homem esteja sujeito...» Há traduções que dizem «...a/ma...», ao invés de «homem»; mas o emprego da palavra «alma» refere-se aos homens simplesmente como criaturas vivas, sem nenhuma referência especial à porção «imaterial» do homem. • Todo homem deve sujeitar-se às autoridades civis, e isso inclui, acima de todos, e não menos que os outros, aos crentes, visto que os discípulos de Cristo, acima de todos, devem mostrar-se ansiosos por obedecerem às autoridades civis devidamente instituídas. Todo o crente pertence a duas comunidades, a saber: a religiosa, que reivindica autoridade celestial; e a civil, que é a comunidade totalmente material e terrena.
  • 19. • Ê verdade que isso pode criar muitos conflitos de consciência, sobretudo se a sociedade terrena mostrar-se anticristã em seu conceito e funções. • Não obstante, Paulo não aborda aqui as várias possibilidades de exceção no tocante à obediência devida às autoridades civis, mas meramente lança uma regra geral, a ser seguida em tempos «normais». • A despeito do governo eclesiástico, amoldado segundo os padrões bíblicos e neotestamentários, seja essencialmente democrático, conforme fica amplamente demonstrado na narrativa do livro de Atos, o cristianismo não tem por intuito combater contra uma forma de governo em favor de outra forma qualquer.
  • 20. • Os crentes que vivem em diversos países, onde imperam formas de governo às vezes tão díspares, têm todos a obrigação de respeitarem e obedecerem às suas respectivas autoridades civis.
  • 21. • Uma vez mais, entretanto, o espírito do amor cristão pode servir de instrumento na modificação da forma de governo, embora isso não seja nenhuma função direta da igreja. • Somente como conseqüência indireta é que essa transformação social para melhor tem lugar. • O alvo primordial da igreja de Cristo é o de propagar 0 reino espiritual de Deus. • Erram os pregadores cristãos que, no púlpito, se imiscuem nas questões políticas, a menos que o façam para combater os abusos humanos contra a vontade expressa de Deus.
  • 22. 2. O propósito do Estado. • A natureza espiritual de um governo civil está no princípio da autoridade a ele delegada. O propósito da sujeição do crente à autoridade constituída, segundo Paulo, é especificado em Romanos 13.3,4.
  • 23. • A razão dada é a promoção do bem e a punição do mal por parte da autoridade. • Em outras palavras, a manutenção da ordem. Sem obediência a autoridade corre-se o risco de se cair numa anarquia. • É por isso que o apóstolo diz que o governo é ministro de Deus para a promoção do bem comum, bem como para frear o mal. • A palavra ministro, no grego, é diáconos, vocábulo que mostra o princípio divino por trás do governo humano. • São ministros A serviço de Deus, mesmo que sejam governantes pagãos, como, por exemplo, os imperadores Ciro e Nabucodonosor (Is 45.1; Dn 4.17).
  • 24. • Este versículo torna ainda mais patente, conforme tem sido salientado nesta exposição geral, a começar pela introdução a este décimo terceiro capítulo de Romanos, que Paulo falava pelo menos acerca de tempos «relativamente» normais. • E de esperar-se que aqueles que são levantados em postos de autoridade sejam suficientemente humanitários para baixarem leis essencialmente justas, pondo-as em vigor de modos essencialmente justos. • O fato que muitos governos, através dos séculos, não têm agido assim com justiça, não faz parte do escopo do a argumento de Paulo. Antes, ele olhava somente para situação contemporânea do império romano de seus dias.
  • 25. • Porquanto estava bem lembrado que, na qualidade de missionário cristão, com freqüência havia sido livrado de elementos violentos e multidões de judeus fanáticos, por parte de oficiais romanos. Estava familiarizado com o governo romano no próprio império, e considerava-o geralmente justo.
  • 26. • Ao contrário do que têm pensado tantos, Paulo não estava olhando profeticamente para os tempos em que Nero e outros imperadores abusaram grandemente autoridade (embora esse terror não estivesse de sua longe de começar, e apesar do fato que o próprio Paulo foi morto por causa dessas perseguições imperiais). • Quando assassinaram a milhares e milhares de cristãos inocentes, que nenhuma culpa tinham de todas as acusações que foram feitas contra eles. • Quanto ao presente, Paulo tão-somente quis mostrar que, a fim de não temerem às autoridades, os crentes precisavam apenas mostrarem-se obedientes às leis civis.
  • 27. mostra-nos aqui que • «...magistrados...» O plural Paulo fala em termos gerais. A obediência ao magistrado é algo deduzido como algo necessário, neste versículo, porque, ordinariamente, essa obediência produz resultados benéficos, ao passo que a a da atitude contrária, rebeldia, produz resultados desagradáveis e até mesmo trágicos.
  • 28. • Paulo também deixa entendido que todos o,s crentes são pessoas interessadas pela paz e segurança, no que diz respeito às suas vidas diárias, e no que tange aos benefícios que o governo civil tem para oferecer aos seus cidadãos. • “O homem reto deve ser respeitador da lei civil, e não precisará temê-la”. Sob um bom governo, debaixo de uma provisão legal sempre presente, o cidadão decente não precisará temer o que as autoridades civis possam fazer contra ele. Se porventura andar em temor, é que algo anda errado, ou como próprio estado, ou com a compreensão acerca do devido papel e escopo do governo humano. • Porém, sempre que a higidez do estado for considerada como ponto pacífico, podemos supor que o homem que teme à autoridade é igualmente um homem mau e culpado.
  • 29. • E andará apreensivo com toda a razão. Entre ele e a comunidade em que vive terá de existir um antagonismo constante. Seu tipo de vida não pode ser reconciliado com os princípios da ordem pública.
  • 30. 3. A igreja e o Estado. • Paulo mostra que a sujeição por parte dos cristãos às autoridades deve-se primeiramente por razões de obediência. Nesse caso o crente deve submeter-se ao poder coercitivo da lei, pagando impostos e tributos.
  • 31. • É interessante notar que Paulo fala de dois tipos de tributos nesse capítulo, phorose e telos. • O primeiro termo é uma referência aos impostos diretos enquanto a segunda aos indiretos. Paulo aconselhou os crentes a cumprirem seus deveres pagando seus impostos (Mt 22.21). Mas havia uma razão a mais para a submissão à autoridade - a consciência do crente. O crente não deve¬ria se sujeitar a autoridade simplesmente por medo da lei, mas por uma questão de consciência diante de Deus. • O princípio bíblico em relação às autoridades é que o cristão as respeite e as honre (Rm 13.7). A desobediência civil só se justifica no caso de conflito entre a lei humana e a divina (At 5.29).
  • 32. • No caso de governos que decretam leis injustas e estados totalitários que privam o exercício da fé, o cristão, em razão da sua consciência para com Deus, deve moldar-se pela Palavra de Deus, para isso, estando disposto a assumir todas as consequências de seus atos.
  • 33. • «...bem...» Trata-se do mesmo louvor que aparece no versículo anterior. O bem-social em geral é aqui focalizado. O apóstolo subentendia uma vida caracterizada pela paz e pela prosperidade relativa, que é o objeto de todo o bom governo. Pelo menos os crentes devem ter a esperança de serem deixados em paz pelas autoridades, para que possam prosseguir em suas buscas espirituais, porquanto, apesar de viverem espiritualmente separados da sociedade, fazem parte integrante dessa sociedade no que tange às questões práticas da vida diária. • O bom cristão, por conseguinte, pode esperar ter oportunidade de mostrar-se átivo na sociedade, conforme é desejável e útil. Os magistrados haverão de observar homens honestos, lançando mão deles para funções úteis.
  • 34. • Tais funções visarão ao benefício tanto do crente individual como o bem-estar da sociedade inteira em que habita tal crente.
  • 35. • Todas essas noções, portanto, podem ser: • 13:5: “...Pelo que é necessário que lhe estejois sujeitos, não somente por causo da ira, mas também por causa da consciência...” • A moralidade cristã deve ser motivada por algo muito maior do que o temor do castigo. Esse temor talvez seja suficiente para algumas pessoas, mas isso não pode caracterizar o crente. • Antes, o que o crente deve temer é o opróbrio que suas más ações podem trazer contra o nome da família divina. • Mais do que isso ainda, porém, o apóstolo Paulo mostra-nos que o crente deve ser o melhor dos cidadãos, a nata mesma da sociedade, moralmente falando, porquanto possui motivos muito superiores para ser bom.
  • 36. • Pois os crentes têm consciência que estão em contato direto com o Espírito Santo e estão perante ele como responsáveis; e isso serve de testemunho íntimo que dirige os seguidores de Cristo, desviando-os do mal e conduzindo-os ao bem.
  • 37. • «.. .consciência...» A consciência humana, embora se utilize do veículo do cérebro físico, é uma faculdade espiritual, própria da alma. • Trata-se da natureza inteligente e moral da alma. • O homem, por ser um ente espiritual, tem comunicações naturais com o Espírito de Deus, e algumas vezes recebe iluminação da consciência divina quanto à natureza do mal. • Tanto a razão como a intuição levam o homem a corrigir conclusões morais errôneas, quando o indivíduo mostra-se honesto, não sendo um pervertedor proposital da consciência.
  • 38. • “...A consciência...” só se manifesta a fim de mostrar-nos o caminho pelo qual devemos andar, mas, por semelhante modo, é dona de sua própria autoridade; ou, em outras palavras, é nosso guia natural, 0 guia que nos foi atribuído pelo Autor de nossa natureza;
  • 39. • Por conseguinte, pertence à nossa condição do ser; • E é nosso dever conduzir-nos por essa vereda e seguir esse ...guia... • Trata-se daquele princípio mediante o qual pesquisamos, e então aprovamos desaprovamos o próprio coração, ou nosso nosso temperamento e nossas ações
  • 40. • E deve ser considerado não somente aquilo que exerce sobre nós alguma influência, o que se poderia dizer acerca de todas as paixões, de todos os apetites inferiores;
  • 41. • Mas, semelhantemente, é algo superior, porquanto, com base em sua própria natureza, reivindica superioridade sobre todas as outras influências. • Dependendo de como o espírito humano reage em relação ao Espírito de Deus. A consciência pode ser descrita das seguintes maneiras: • 1. Fraca (ver I Cor. 8:7,12); • 2. má ou contaminada (ver Heb. 10:22 e Tito 1:15); • 3. cauterizada(ver I Tim. 4:2); • 4. pura(ver II Tim. 1:5); • 5. livre de ofensa (ver Atos 24:6); e • 6. boa ou honrada (ver Heb. 13:17 e I Ped. 3:16).
  • 42. • Paulo confiava, pois, que o crente, dotado de uma faculdade íntima e devidamente treinada, que reconhece instintivamente o bem e o mal, dando preferência ao bem, e que isso opera com relações aos assuntos do estado, envolvendo tanto as ações individuais como as ações sociais, e isso contribuindo para a feitura de cidadãos melhores, se viesse a fazer o bem, não teria nenhuma razão para temer as autoridades.
  • 43. • 13:6: “...Por esta razão também pagais tributo; porque são ministros de Deus, para atenderem a isso mesmo...” • O Senhor Jesus favorecia o pagamento de impostos, até mesmo a um governo estrangeiro, conforme o governo romano era considerado pela maioria dos judeus. (Ver Mat. 22:21; 17:25-27; Luc. 20:20-25). • E 0 apóstolo Paulo tomou o lado do Senhor Jesus em favor do pagamento de impostos por parte dos cidadãos crentes, sem importar se tal pagamento fosse feito a um governo pagão, não-judaico e não-cristão, conforme era o caso dos crentes que habitavam na cidade de Roma, que estavam na obrigação de pagarem taxas e impostos ao governo romano.
  • 44. • Não obstante, Paulo não aborda a questão dos abusos na taxação, o que sempre foi motivo de discórdias, através da história, tendo causado muito derramamento de sangue e muita miséria entre os homens.
  • 45. • Paulo não haveria de negar a existência de tais abusos, e nem haveria de ser inimigo de reformas, contanto que estas fossem feitas sem violência, e de acordo com os devidos processos da lei. • De outro modo, a sua atitude, indubitável- mente, seria que é melhor que um crente seja explorado do que venha a contribuir para adicionar mal ao ,mal, mediante violências ou vinganças individuais ou coletivas. • A sua maneira típica, entretanto, Paulo estabelece uma regra geral no que diz sobre a questão, neste capítulo, sem olhar de um lado para outro, apresentando exceções possíveis a essa regra.
  • 46. • Podemos observar, uma vez mais, que Paulo chama os oficiais do governo de «...ministros...» Porquanto dão atenção contínua a «...este serviço...», isto é, o serviço público. Essas palavras podem significar o seguinte: • 1. O serviço do tributo. • 2. As ministrações públicas em geral, que requerem taxação.
  • 47. • A segunda possibilidade concorda melhor com o contexto em geral, mas a primeira dessas possibilidades tem recebido a aprovação da maioria dos comentadores bíblicos. • Neste último caso, deve-se pensar que a coleta de tributos era um serviço honroso, até mesmo delegado aos homens. Geralmente não é assim que olhamos para essa questão; a despeito do que, trata-se de uma grande verdade. • «...ministros...» Esta é uma palavra que, no original grego, é usada mais freqüentemente em conexão com 0 culto religioso, com os sacerdotes, etc. • O governo humano, pois, é elevado à esfera da religião, porque esses homens, não menos do que aqueles que cuidam diretamente das questões espirituais, são servos de Deus.
  • 48. • No grego posterior, entretanto, esse vocábulo passou a ser comumente usado para indicar os servos militares, os servos dos reis, bem como aqueles que serviam nos templos religiosos (uso esse que aparece no trecho de Heb. 8:2).
  • 49. • Por essa razão dizemos que talvez Paulo não tivesse querido dizér nada de especial com seu uso, porquanto poderia ser um serviço amplo o que estava na mente do apóstolo, tal como nossa palavra moderna «ministro», que não subentende necessariamente qualquer serviço religioso. • E interessante que Paulo se utilizou dessa palavra para indicar a si mesmo como servo de Cristo, no trecho de Rom. 15:16. • Também alude a Epafrodito, nessa mesma capacidade, em Fil. 2:25, ainda que, naquela passagem, ele seja descrito como servo de Paulo. • No original grego o vocábulo é «leitourgos», o qual, como é óbvio, está vinculado ao nosso termo moderno, liturgia.
  • 50. II DEVERES MORAIS - (Rm 13.8-10) • 1. A dívida que todos devem ter. • 2. A segunda tábua da lei. • 3. O segundo grande mandamento.
  • 51. 1. A dívida que todos devem ter. • O apóstolo reconhece os deveres do cristão em relação ao Estado, e aconselhou a não ficarem em débito com ninguém: "A ninguém devais coisa alguma [...]" (Rm 13.8).
  • 52. • Em palavras atuais, significa que o crente deve ter o “...nome limpo na praça...".
  • 53. • Por outro lado, Paulo reconhece outra natureza de dívida, esta não negativa, mas positiva para o crente. • A dívida do amor. • Não podemos dever nada a ninguém, exceto “...o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei..." (Rm 13.8). • Orígenes, um dos pais da igreja antiga, dizia que “...a dívida de amar é permanente e nunca a saldamos; por isso devemos pagá-la diariamente, e sem dúvida, continuaremos devendo...". • Amar o Semelhante é uma obrigação moral que temos para com a raça humana.
  • 54. • O antídoto infalível para todos esses males é a atitude de amor cristão, porque o amor jamais procura prejudicar ao próximo, já que o amor considera o próximo com o mesmo interesse que caracteriza os cuidados de um homem por si mesmo. O indivíduo normal não quer ser prejudicado
  • 55. • E aqueles que prejudicam propositadamente a um seu semelhante estão psicologicamente desviados, mostrando-se anormais. • A pessoa que ama não deseja o mal de outrem, pois, para ela, isso eqüivaleria a auto-injúria, e isso certamente é uma atitude anormal, do ponto de vista espiritual, tal como, na psicologia a auto-injúria é considerada uma anormalidade. • Prejudicar ao próximo, por conseguinte, é uma atitude anormal do ponto de vista divino. • No entanto, a benigna lei do amor elimina toda a injúria. • Variante Textual As palavras «Não darás falso testemunho...» se encontram em alguns manuscritos antigos, entre o mandamento acerca do furto e o mandamento referente à cobiça.
  • 56. • Porém, os manuscritos mais antigos e até mesmo a grande maioria dos manuscritos minúsculos, omitem esse outro mandamento. • Alguns escribas subsequentes, por conseguinte, meramente adicionaram esse outro mandamento, alicerçados no conhecimento que tinham dos mandamentos da lei mosaica, segundo os registros históricos do A.T.
  • 57. A Qualidade Do Amor • 1. O valor do amor é tão grande que cumpre a lei inteira, algo que 0 esforço humano jamais poderia realizar (ver Rom. 13:8 e ss.). • 2. O amor reduz a lei a dois simples conceitos: amor a Deus e amor ao próximo (ver Mat. 22:37-39). • 3. O amor não consiste de mera reação ou condição emocional. Antes, é a qualidade de altruísmo, implantada em nós através da operação do Espírito (ver Gál. 5:22). • 4. Quanto a muitas outras idéias acerca desse tema, ver Rom. 13:8, sob o título «Pagando a dívida de amor». 14:1 • 6. É provável que alguns essênios posteriores se encontrassem entre aqueles que estão em vista. Alguns deles eram vegetarianos, e muitos deles, se não mesmo todos, se abstinham de vinho e de todas as bebidas alcoólicas.
  • 58. 2. A segunda tábua da lei. • Paulo havia falado muito sobre a Lei nos capítulos anteriores, e aqui novamente ele volta a citá-la: [...] "quem ama aos outros cumpriu a lei" (Rm 13.8).
  • 59. • A lei dada a Moisés no Sinai foi escrita em duas tábuas (Êx 34.1). • Os quatro primeiros mandamentos enfatizam o relacionamento vertical, isto é, entre Deus e os homens: Não ter deuses estranhos; não fazer imagens; não profanar o nome de Deus e guardar o sábado. • Por outro lado, os outros seis mandamentos são horizontais, isto é, enfocam o relacionamento entre as pessoas: Honrar os pais; não matar; não adulterar; não furtar; não dar falso testemunho e não cobiçar. • O interesse do apóstolo pelas relações interpessoais fica claro quando ele cita, em Romanos 13, esses mandamentos: "Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás [...]" (Rm 13.9).
  • 60. • No tocante aos diversos mandamentos da lei mosaica, expressos neste versículo, ver os trechos de Êxo. 20:14 e Deut. 5:18 (não adulterás): Exo. 20:13 e Deut. 5:17 (não matarás); Exo. 20:15 e Deut. 5:19 (não furtarás); Exo. 20:17 e Deut. 5:21 (não cobiçarás); e Lev. 19:18 (amarás a teu próximo como a ti mesmo).
  • 61. • Todas essas ações proibidas pela lei de Moisés envolvem alguma «injúria» contra nossos semelhantes. • Essa injúria pode assumir a forma de degradação, de ataque contra sua sensibilidade moral, ou a forma de assalto a seu senso de possessão, ou mesmo a forma de assédio contra o senso de proximidade a outra pessoa, de contacto com outrem (ou seja, a forma de adultério). • Por igual modo, essa injúria pode assumir a forma de violência contra 0 ser físico, mediante o assassínio literal ou o assassínio de caráter, mediante 0 ódio, atitude errônea essa que, em espírito, assemelha-se ao homicídio (não matarás). • Também pode ser uma injúria por causa de seu labor, representado em sua propriedade, que lhe é arrebatada (não furtarás).
  • 62. • Além disso, pode ser uma maldade meramente planejada contra outrem, o que usualmente cria uma atitude de má vontade para com nossos semelhantes; pois aquele que cobiça o que uma pessoa tem, usualmente aprende também a desprezá-la, mediante a inveja.
  • 63. • Ê muito fácil alguém desprezar, criticar ou degradar aqueles que se tornam objetos de sua inveja, e essa é uma poderosíssima força negativa que atua na sociedade humana (o que explica 0 mandamento que diz: «Não cobiçarás»). • O antídoto infalível para todos esses males é a atitude de amor cristão, porque o amor jamais procura prejudicar ao próximo, já que o amor considera o próximo com o mesmo interesse que caracteriza os cuidados de um homem por si mesmo. • O indivíduo normal não quer ser prejudicado. • E aqueles que prejudicam propositadamente a um seu semelhante estão psicologicamente desviados, mostrando-se anormais. • A pessoa que ama não deseja o mal de outrem, pois, para ela, isso eqüivaleria a auto-injúria, e isso certamente é uma atitude anormal, do ponto de vista espiritual, tal como, na psicologia a auto-injúria é considerada uma anormalidade.
  • 64. • No intensamente egoísta que não levará nada disso entanto, o homem mostra-se sempre um ser tão em consideração, a menos que o princípio do amor seja formado paulatinamente nele, mediante a atuação íntima do Espírito de Deus. Não é suficiente o crente ter «conhecimento» do que é errado e do que é direito. O certo é evitar o erro.
  • 65. 3. O segundo grande mandamento. • Paulo reforça o seu argumento sobre a lei do amor citando Levítico 19.18. Ele conclui dizendo que "o cumprimento da lei é o amor" (Rm 13.10). • O mandamento do amor sintetiza todos os outros preceitos que promovem as relações (Rm 13.9).
  • 66. • 13:10: “...0 amor não faz mal ao próximo. De modo que 0 amor é 0 cumprimento da lei...” • No dizer de Leibnitz, «O amor é aquela qualidade que encontra sua felicidade no bem alheio». • Tal princípio não pode ser limitado somente à atitude que evita ações negativas contra o próximo. • Antes, deve ser uma atitude positivamente altruísta. • O grande comentário inspirado e apostólico sobre essa maior das virtudes cristãs é o trecho do décimo terceiro capítulo da primeira epístola aos Coríntios, que é um dos maiores se não o maior de todos os poemas já escritos em louvor ao amor cristão.
  • 67. • O amor cristão é essencialmente altruísta, manifestando-se na forma de ações destituídas, de egoísmo, não sendo apenas o evitar de certas ações pecaminosas e francamente prejudiciais contra o próximo.
  • 68. • Porém, até mesmo os seus aspectos «negativos» são uma forma de ação altruísta, porquanto, com freqüência, assume um poder especial da vontade, da determinação do ser, e de não praticar certas coisas. • Esse mesmo poder e essa mesma determinação também se devem manifestar na forma de ações positivas de bondade para com o próximo. • Ora, tudo isso seria simplesmente impossível para 0 homem não-regenerado, que é naturalmente egoísta, embora o «amor», como um princípio da atuação do Espírito Santo, permeie a sociedade inteira dos homens, e não apenas as congregações dos indivíduos piedosos.
  • 69. • As ações amorosas do Espírito Santo são de escopo universal, e qualquer bondade verdadeira que os homens demonstram, sem importar se são homens regenerados ou não, deve ser atribuída ao Espírito de Deus.
  • 70. • O famoso rabino judeu, Hilel (que viveu pouco tempo depois dos dias de Jesus Cristo à face da terra, e que foi 0 fundador de uma das principais escolas teológicas dos judeus), quando alguns gentios lhe solicitaram que repetisse a substância da lei judaica, estando de pé sobre uma única perna, disse: «Não faças aos outros o que não queres que te façam». • Embora essa idéia tenha sido proferida de forma negativa, de fato expressa a substância da lei, sendo exatamente isso que o apóstolo Paulo enfatiza aqui, no décimo terceiro capítulo da epístola aos Romanos. • «Assim como o amor, devido à sua própria natureza, busca e se deleita em agradar a seu objeto, a sua própria existência serve de segurança eficaz contra nossas tentativas de prejudicá-lo». (Brown, in loc.).
  • 71. • O versículo que ora comentamos pode ser confrontado com a Regra Áurea, expressa pelo Senhor Jesus: «Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-0 vós também a eles; porque esta é a lei, e os profetas» (Mat. 7:12).
  • 72. III – DEVERES ESPIRITUAIS (Rm 13.11-14) • 1. Consciência escatológica (v. 11). • 2. Consciência da salvação e do Espírito Santo (11,14).
  • 73. 1. Consciência escatológica (v. 11). • Encabeçando a lista dos deveres de natureza espiritual, Paulo apresenta um de natureza escatológica: "E isto digo, conhecendo o tempo, que é já hora de despertarmos do sono [...]" (Rm 13.11). • A palavra tempo, aqui, traduz o termo gregokairós, que significa tempo oportuno. Para o apóstolo, a vinda de Jesus era uma realidade sempre presente na vida do crente.
  • 74. • Paulo não encarava a era da igreja cristã como um período imensamente prolongado, e pensava que suas qualidades necessárias se concretizariam em pouco tempo. • Não temos dúvidas que essa expectativa sobre a volta breve e mesmo iminente de Cristo foi uma das grandes forças impulsionadoras da vida do apóstolo Paulo. • E nesta passagem, voltando novamente a sua mente para esse pensamento, ele percebia a grande urgência da verdadeira conduta cristã, visando a demonstração do amor de Cristo em toda a sociedade, até onde o crente puder ser responsabilizado por isso. • «O que era verdade acerca dele (de Cristo) será verdade para sempre. • Seus servos atualmente, neste final intranqüilo do século XIX (Moule viveu nessa época), devem continuar encontrando nele esse maravilhoso duplo segredo, até hoje.
  • 75. • O crente deve ser, em Cristo, mediante a própria natureza de sua fé, 0 mais prático e o mais bem disposto dos servos de seus semelhantes, tanto acerca dos interesses mortais como acerca dos interesses imortais dos mesmos; ao mesmo tempo que devem sentir-se desligados da servidão ao que é visível e temporal, mediante sua misteriosa união com O Filho de Deus, e através de sua firme expectação de seu retorno». (Moule, in loc.).
  • 76. Salvação. • O ponto de vista do apóstolo Paulo sobre a «salvação» é com frequência exposto como algo de natureza «escatológica». • Mas o contexto implica; o recado do Apóstolo, a Salvação não deve estar associada a uma prática alienada. • É dever de todo cristão a prática de uma vida santa e consagrada ao Senhor, evitando o escândalo. “...Assim diz Paulo: Sede meus imitadores assim como eu sou de Cristo...” • Nesse sentido, a salvação é o que está prestes a suceder à alma, em seu processo de transformação segundo a imagem de Cristo, processo esse que inclui a glorificação final, e isso promovido pela «parousia» ou segunda vinda de, Cristo.
  • 77. • A salvação, entretanto, também é uma experiência presente, porque os seus passos iniciais, dados nesta vida terrena, são dados por ocasião da conversão e da regeneração, bem como durante o processo da santificação, passos iniciais esses que desde há muito raiaram neste mundo material dos homens. • Portanto, 0 «tempo presente» é imensamente importante, porque faz parte daquela grande salvação que Deus nos prometeu, sendo também seus primeiros frutos.
  • 78. • «...dignamente...» Esta palavra, se fosse mais literalmente traduzida, diria outras palavras, «com decoro», «com honestidade». Em não com dolo, com ludíbrios, com artimanhas, mas antes, «abertamente», «francamente», aos olhos de todos os homens, com ações que possam ser contempladas por todos, sem nada a ocultar.
  • 79. • «Convenientemente» também seria uma tradução possível, isto é, «como convém a filhos da luz», como é apropriado para os filhos de Deus, fazendo violento contraste com as obras das trevas, que são características dos indivíduos não- regenerados. (Ver também os trechos de I Tes. 4:12 e I Cor. 14:40, onde essa palavra é novamente usada).
  • 80. • «...como em pleno dia...» Segundo o comentário de Brown (in loc.), «...Os homens preferem a noite para suas bacanais. Nossa noite, entretanto, é passada, porquanto somos agora filhos da luz e do dia... (ver I Tes. 5:5). - ...Por conseguinte, façamos somente aquilo que é apropriado para ser exposto à luz do dia...».
  • 81. • «...não em orgias...» Originalmente, o vocábulo grego que há por detrás dessa palavra em português (no grego, komos) era usado para indicar uma procissão ou cortejo festivo que se fazia entre os gregos em honra a Dionísio, onde havia um festim ou banquete. No mau sentido da palavra, porém, transparece a idéia de «banquetear excessivo», de «bacanal».
  • 82. • Paulo deixa subentendido que nesses festins e banquetes muitos males são geralmente cometidos, entre os quais se poderiam destacar a gula, a bebedice e a hilaridade vil. Paulo, pois, frisa primeiramente os pecados «sociais», ' coletivos, que são os atos impróprios para os lugares públicos. E isso inclui o item que vem a seguir, as «bebedices».
  • 83. • «...bebedices...» O apóstolo foi levado a pensar sobre esse vício porque a palavra anterior, «orgia», fê-lo lembrar-se de que, nessas oportunidades, os homens quase sempre se excedem e se intoxicam com bebidas alcoólicas.
  • 84. • Ora, é extremamente impróprio e pecaminoso para um crente tornar-se um insensato nos lugares públicos, mediante o vício do alcoolismo. • Por essa razão é que as festas onde abundam o vinho e outras bebidas alcoólicas devem ser evitadas, porque ali geralmente há manifestações repulsivas, provocadas pela intoxicação alcoólica, embora tais atitudes vis caracterizem tão bem a tantos filhos das trevas. • A esse pecado, que geralmente é praticado em lugares secretos, Paulo adiciona ainda mais um pecado de natureza sexual, na palavra que usa a seguir:
  • 85. • «...dissoluções...» Esta é uma palavra de sentido mais geral que a palavra anterior, usada por Paulo, e cujo sentido é «licenciosidade», «sensualidade», indicando desejos indecentes, postos em ação.
  • 86. • Diz Newell sensualidade». Provavelmente (in loc.) que se trata inclui do «abandono à as práticas dos sodomitas, as concupiscências contrárias à natureza, sobre o que Paulo escreveu ousadamente em Rom. 1:26,27.
  • 87. • «...contendas...» Os dois últimos vícios a serem mencionados, pertencem especificamente a uma terceira categoria de pecados, isto é, os vícios de natureza político-eclesiástica, os vícios que envolvem ódios pessoais e contendas, que infestam muitas comunidades cristãs evangélicas até hoje. • No grego, essa palavra, «eris», significa «discórdia», «desarmonia», etc. Também é usada com 0 sentido de «querela». • Dentro desse vício podemos incluir as muitas «lutas eclesiásticas», bem como as querelas e contendas privadas, entre os membros de igrejas. • Tais atitudes são bem próprias dos filhos das trevas, e não deveriam jamais surgir entre os filhos da luz, dentro da própria comunidade cristã.
  • 88. • «...ciúmes...» Como o vício anterior, este pertence à categoria dos pecados de natureza político-eclesiástica.
  • 89. • Essa emoção, que algumas traduções traduzem por «invejas», sempre será destrutiva, e, na linguagem simbólica moderna tem sido mui acertadamente caracterizada como um «monstro». • Pode ocorrer entre duas pessoas particulares, ou pode assumir um caráter «público», quando ocorrem as «divisões» ou facções dentro de uma igreja ou dentro de uma sociedade qualquer. • É deveras interessante que o termo grego, «zelos», pode ser usado também em um bom sentido, quando então tem o significado de «ardor», relativo aos interesses espirituais. • No entanto, Paulo usa essa palavra em mau sentido, neste caso, a fim de indicar a comuníssima «inveja».
  • 90. 2. Consciência da Salvação e do Espírito Santo (11,14). • Nos dois últimos versículos de Romanos 13, observamos que há a necessidade de uma consciência que seja soteriológica e pneumatológica (Rm 13.11). • A referência direta ao Salvador está na palavra salvação e a referência indireta ao Espírito Santo está na frase: [...] “E não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências” (Rm 13- 14). • É o Espírito quem produz o fruto na vida do crente de forma que este possa vencer as concupiscências da carne (Gl 5.19- 22). Cabe ao cristão andar no Espírito para não satisfazer os desejos da carne.
  • 91. • “...A aproximação célere da salvação final e do juízo não faz esses ensinamentos práticos tornarem-se mais verdadeiros...” (Rom. 12 e 13); porém, conforme o apóstolo Paulo via as coisas, o evento futuro de Cristo torna-o mais relevantes e compelidores. Quanto ao ‘despertar do sono’, ver também 0 trecho de I Tes. 4:4-8». (John Knox, in loc.).
  • 92. • «...hora...» Essa palavra refere-se a um período de tempo que haverá imediatamente antes da segunda vinda de Cristo, 0 que envolverá o arrebatamento da igreja e o julgamento que se seguirá.
  • 93. • (Ver as notas expositivas sobre 0 «segundo advento de Cristo», em Apo. 19:11; sobre o «arrebatamento», em I Tes. 4:15; sobre 0 «julgamento dos crentes», em II Cor. 5:10; sobre o «milênio», Apo. 20:5,6; sobre 0 «Dia do Senhor», ver Apo. 19:19; sobre o «último dia», ver João 6:39.
  • 94. • «A noite desta era corrupta está passando. A parousia (segunda vinda de Cristo) está se avizinhando. Repeli vossos caminhos iníquos. Cinge-vos com a armadura da luz. Acolhei a Cristo em vossos corações.
  • 95. • Evitai o pecado e a autocomplacência». (Sanday e Headlam), como introdução da presente secção da epístola aos Romanos). • Esses mesmos autores acrescentam: «O período de provação da terra inteira é considerado como uma noite catastrófica, mas que será seguida de uma manhã brilhante. • Precisamos despertar do tempo, preparando-nos para receber a luz da manhã. • Porque a nossa salvação terminada, completada, não mais aquela esperança da salvação, que nos sustenta agora, está apreciavelmente mais perto de nós do que quando aceitamos a princípio, pela fé, a mensagem messiânica... • A linguagem é própria daqueles que esperam a vinda real de Cristo para quase imediatamente, mas se adaptará às circunstâncias de qualquer forma cristã para quem a morte trará aquele dia».
  • 96. • 13:12: “...A noite é passada, e 0 dia έ chegado; dispamo-nos, pois, das obras das trevas, e vislamo nos das armas da luz...” • Agostinho, segundo ele nos revela em Confissões (VIII 12,73), ouviu as palavras, Tolle, lege («Toma, lê»), ditas por uma criança, proferidas em uma visão mística que recebeu.
  • 97. • Lutava ele então com os impulsos íntimos do Espírito Santo, buscando um lugar de paz e segurança. • No sentido de obter a vitória sobre 0 pecado, especialmente os pecados do corpo, das paixões físicas, que o haviam dominado inteiramente. • A resposta ao seu clamor veio nessa visão, nas palavras Toma, lê. • E assim, sem ter tido de afastar-se muito do jardim onde essa visão ocorrera, ele estendeu a mão a um manuscrito desta epístola aos Romanos.
  • 98. • «...noite...» Esse vocábulo refere-se à nossa presente e escura era, a expansão inteira do tempo antes do «dia», que será a época da luz, época essa que terá início por ocasião do segundo advento de Cristo.
  • 99. • Essa palavra é muito apropriada para descrever 0 período do pecado, da enfermidade, do desespero, da negridão do pecado, do ódio dos homens uns contra os outros, da desumanidade mútua dos homens, da ignorância acerca das leis de Deus e das reivindicações de Jesus Cristo. • E essa palavra ainda é mais apropriada como a descrição do tempo em que governará na terra 0 anticristo. • Tempo esse que evidentemente não se demorará a começar entre nós. • Com ele e através dele terá começo a noite mais negra de sofrimento e caos que já se abateu sobre o mundo. • Embora isso venha a suceder imediatamente antes do raiar da bendita manhã de esperança, que será inaugurada pela «parousia» ou segundo advento de Cristo.
  • 100. • «...e vem chegando o dia...» Paulo não se refere aqui à «ressurreição», conforme alguns estudiosos têm pensado, ou, pelo menos, não se refere diretamente a essa ocorrência; antes, alude à «parousia» ou segunda vinda de Cristo, o que resultará na ressurreição dentre os mortos.
  • 101. • «...Deixemos, pois, as obras das trevas...» É muito embaraçoso alguém ser apanhado de pijamas, depois que o dia já raiou, porquanto tais vestes são impróprias para andarmos durante o dia.
  • 102. • Por semelhante modo, as «...obras das trevas...» são inapropriadas para os filhos do dia, que são os crentes, os quais deveriam vestir-se das vestes da luz. • Assim como determinadas roupas são mais apropriadas para serem usadas à noite, assim também certas modalidades de ações são mais apropriadas para a noite espiritual, embora sejam um escândalo em confronto com a luz, com a iluminação espiritual, quando já nos foi dado um conhecimento superior, sobre as realidades celestiais, perante consciências ativadas espiritualmente. • O décimo terceiro versículo, logo adiante, alista várias dessas obras próprias das trevas.
  • 103. • A noite, em sentido comum e literal, é o tempo em que os homens geralmente praticam coisas desviadas, desonestas, violentas e vergonhosas, porquanto as trevas contribuem para ocultar aquilo que querem fazer de mal. • Nas grandes cidades, por exemplo, tem-se descoberto que os crimes podem ser grandemente reduzidos mediante a providência simples de aumentar a iluminação pública à noite. • «...revistamo-nos das armas da luz...» A metáfora acerca da noite tenebrosa, da nossa luta necessária contra a maldade, fez lembrar o apóstolo Paulo da necessidade da armadura de Cristo. • O combate no qual o crente está engajado dá-se entre os poderes das trevas e os poderes da luz.
  • 104. Conclusão • Nesta lição, vimos as responsabilidades que o cristão deve assumir, tanto no convívio social como espiritual. • Como ser social, temos deveres para com o Estado. • Devemos respeitar a ordem estabelecida. • Todavia, como ser moral e espiritual temos deveres para com o outro. • Não somos apenas cidadão do céu (Fl 3.20), somos também cidadãos da Terra. • Devemos investir nos relacionamentos horizontais, mantendo sempre em mente que o salvo em Cristo não é uma ilha. Precisamos uns dos outros.