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11º ENCONTRO
O sacramento da Ordem
O que é o sacramento da Ordem?
O sacramento da Ordem é o sacramento graças
ao qual a missão confiada por Cristo aos seus
Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao
fim dos tempos.
Introdução
Para as necessidades sociais da Igreja e
da comunidade civil, Jesus Cristo instituiu a
Ordem sacerdotal e o Matrimônio, ordenados
à salvação dos outros; por isso é que se
conhecem como sacramentos ao serviço da
comunidade.
Ideias principais
O que é um sacerdote?
Para saber o que é um sacerdote, é preciso saber primeiro o que é um
sacrifício. Hoje em dia, a palavra “sacrifício” é usada em muitos sentidos.
Mas, no seu significado estrito e original, é a oferenda de um dom de
alguém que tenha o direito de representar esse grupo.
O propósito da oferenda é prestar culto coletivo a Deus; quer dizer,
reconhecer o supremo domínio de Deus sobre os homens, agradecer-lhe
as suas mercês, satisfazer pelos pecados do homem e pedir-lhe os seus
benefícios. Deus não necessita dos nossos dons, pois tudo o que existe, foi
Ele que o fez. Mesmo que lhe oferecêssemos uma montanha de
diamantes, estes em si não teriam nenhum valor aos olhos de Deus. Antes
de Jesus se ter dado a nós como oferenda perfeita no Sacrifício da Missa,
o homem nada tinha a oferecer a Deus que fosse realmente digno dEle.
Não obstante, desde o começo da história humana, foi do
agrado de Deus que o homem lhe manifestasse os seus
sentimentos por meio de sacrifícios. De tudo o que Ele nos
desse, tomaríamos o melhor e lho restituiríamos, destruindo
no altar como símbolo da nossa oferenda. Essas oferendas
não podiam ser senão um gesto simbólico, mas expressavam
melhor que as palavras os profundos sentimentos do coração
humano para com Deus.
Um sacrifício é uma oração em ação. É a oração em ação
de um grupo. E aquele que oferece o sacrifício em nome do
grupo – como ministro de Deus – é o sacerdote.
Ninguém tem o direito a receber o sacramento da Ordem.
Com efeito, ninguém pode arrogar-se tal encargo. É-se
chamado a ele por Deus. Aquele que julga reconhecer em si
sinais do chamamento divino ao ministério ordenado, deve
submeter humildemente o seu desejo à autoridade da Igreja,
à qual incumbe a responsabilidade e o direito de chamar
seja quem for para receber as ordens. Como toda e
qualquer graça, este sacramento não pode ser recebido
senão como dom imerecido.
Todos os ministros ordenados da Igreja Latina, à exceção
dos diáconos permanentes, são normalmente escolhidos
entre os homens crentes que vivem celibatários e têm
vontade de guardar o celibato por amor do Reino dos Céus.
Chamados a consagrarem-se totalmente ao Senhor e às
suas coisas, dão-se por inteiro a Deus e aos homens. O
celibato é um sinal desta vida nova, ao serviço da qual o
ministro da Igreja se consagra; aceito de coração alegre,
anuncia de modo radioso o Reino de Deus.
Os graus da Ordem Sagrada
O sacramento da Ordem difere dos outros sacramentos
por existirem nele três graus.
O primeiro grau são os bispos que, como sucessores dos
Apóstolos, têm a plenitude do sacramento da Ordem e
participam do Sacerdócio de Cristo, sumo e eterno Sacerdote
e Cabeça da Igreja, presidindo no lugar de Deus o rebanho
do qual são pastores, como mestres da doutrina, sacerdotes
do culto sagrado e ministros do governo.
O segundo grau é constituído pelos presbíteros – os
sacerdotes – que estão unidos aos bispos na dignidade
sacerdotal, embora só o bispo possua a plenitude do
sacerdócio e o presbítero o possua em grau subordinado,
como cooperador da Ordem Episcopal. Em virtude do
sacramento da Ordem, segundo a imagem de Cristo, sumo e
eterno Sacerdote, eles são consagrados para pregar o
Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, de
maneira que são verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento.
O terceiro grau é constituído pelos diáconos.
Não possuem o sacerdócio, mas um ministério
sagrado para que, fortalecidos com a graça
sacramental, sirvam o Povo de Deus no serviço da
Liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão
com o bispo e seu presbitério.
A doutrina católica expressa na Liturgia, no Magistério e
na prática constante da Igreja, reconhece que existem dois
graus de participação ministerial no sacerdócio de Cristo: o
episcopado e o presbiterado. O diaconato destina-se a ajudá-
los e a servi-los. Por isso, o termo sacerdotes designa, no
uso atual, os bispos e os presbíteros, mas não os diáconos.
Todavia, a doutrina católica ensina que os graus de
participação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o grau
de serviço (diaconato), todos três são conferidos por um ato
sacramental chamado “ordenação”, ou seja, pelo sacramento
da Ordem.
Em virtude do sacramento da Ordem, os
sacerdotes participam das dimensões universais
da missão confiada por Cristo aos Apóstolos. O
dom espiritual que receberam na ordenação
prepara-os, não para uma missão limitada e
restrita, mas sim para uma missão de salvação de
dimensão universal, até aos confins da terra.
O terceiro e o mais elevado passo do sacramento da
Ordem Sagrada é o episcopal. Quando se necessita de um
novo bispo para presidir a uma diocese ou para alguma
missão importante dentro da Igreja, o Papa, como sucessor
de Pedro, designa o sacerdote que deve ser elevado à ordem
episcopal. Esse sacerdote recebe então a terceira “imposição
de mãos” de outro bispo (as duas anteriores foram no
diaconato e no presbiterato) e, por sua vez, converte-se em
bispo. Ao poder de oferecer a Santa Missa e de perdoar os
pecados, junta-se agora o de administrar a Confirmação por
direito próprio e o poder exclusivo dos bispos de administrar o
sacramento da Ordem Sagrada, de poder ordenar outros
sacerdotes e de consagrar outros bispos.
Com esta terceira imposição de mãos do bispo consagrante, o novo
bispo recebeu o Espírito Santo pela última vez. O Espírito Santo desceu
sobre ele pela primeira vez quando recebeu o Batismo, e deu-lhe o poder
de participar com Cristo da sua oferenda sacrificial e de receber a graça
dos demais sacramentos. O Espírito Santo desceu outra vez sobre ele na
Confirmação, e conferiu-lhe o poder de participar com Cristo no seu ofício
profético: o poder de propagar a fé com a palavra e com as obras. O
Espírito Santo veio mais uma vez, com novos poderes e graças, no
diaconato e no presbiterato. E, agora, ao ser ordenado Bispo, o Espírito
Santo desce sobre ele pela última vez: já não há novos poderes que
Deus possa conferir ao homem. Pela última vez, a sua alma ficará
marcada com um caráter – o pleno e completo caráter do sacramento da
Ordem Sagrada – o caráter episcopal.
A essência da ordem episcopal reside no poder de o
bispo se perpetuar a si mesmo, no poder de ordenar
sacerdotes e de consagrar outros bispos, isto é, no poder de
ele, sucessor dos Apóstolos, perpetuar essa sucessão
apostólica. É um poder que jamais se poderá perder. Assim
como um sacerdote nunca perde o poder de converter o pão
e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor, mesmo que
apostate e abandone a Igreja Católica, um bispo jamais
poderá perder o seu poder de ordenar outros sacerdotes e
bispos, nem mesmo se abandonar a Igreja Católica.
Diácono, sacerdote, bispo: os três graus do
sacramento da Ordem. Acima do bispo não existe
poder maior que Deus dê aos homens. Então... que
acontece com o Papa? Não tem mais poder que os
bispos ordinários? E que se passa com os cardeais
e os arcebispos? Onde é que entram e que fazem?
Não. O Papa não tem um poder espiritual maior que dos demais
bispos. Tem mais autoridade, uma jurisdição mais extensa que a de
qualquer outro bispo. Por ser bispo de Roma, sucessor de São Pedro,
tem autoridade sobre toda a Igreja. Estabelece leis para toda a Igreja.
Designa os sacerdotes que serão bispos e atribui dioceses a esses
bispos. Goza também de um privilégio muito especial, que Jesus deu a
São Pedro e aos seus sucessores: o privilégio da infalibilidade. Por
este privilégio divino, Deus preserva o Papa do erro, quando se
pronuncia definitivamente, para a Igreja Universal, sobre matéria de fé
ou de moral, usando da plenitude da sua autoridade docente. Mas o
poder essencial do Santo Padre, ao ser eleito Papa, não se torna maior
do que quando o consagraram bispo.
O Papa, bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é
princípio perpétuo e visível e fundamento da unidade que liga
entre si tanto os bispos como a multidão dos fiéis. Em virtude
do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, o
pontífice romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno,
supremo e universal, que sempre pode exercer livremente.
O Colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não
ser em união com o pontífice romano como sua cabeça.
Como tal, este Colégio é também sujeito dum poder supremo
e plenário sobre toda a Igreja, poder que, no entanto, não
pode ser exercido sem consentimento do pontífice romano.
O ofício de cardeal não tem absolutamente nada a ver com o poder
sacerdotal. O cardinalato é um posto honorífico, inteiramente à margem do
sacramento da Ordem Sagrada. Os cardeais não são senão conselheiros
do Papa, colaboradores especiais em altos cargos do governo da Igreja, e
formam o colégio eleitoral que escolhe um novo Papa. Teoricamente, um
cardeal nem sequer teria que ser sacerdote. Atualmente, não se costuma
nomear cardeais que não sejam sacerdotes ou bispos, mas houve um
tempo na Igreja em que também eram nomeados entre os leigos. O título
de cardeal é muito antigo na Igreja, mas foi o papa Nicolau II que no ano
de 1059 organizou o colégio cardinalício de forma muito semelhante à que
conhecemos hoje, e deu aos cardeais o direito de elegerem o novo Papa
quando a Santa Sé fica vacante.
Para entendermos o ofício de arcebispo, devemos conhecer um
pouco da composição física da Igreja. O mundo divide-se em dioceses
ou circunscrições equivalentes. Deve haver mais de duas mil divisões
dessas na Igreja de hoje. Cada diocese ou prelazia territorial tem limites
geográficos bem precisos, como os têm as nações e as províncias. Só
algumas circunscrições – como os vicariatos militares e as prelazias
pessoais – não têm território, e abrangem um grupo de pessoas – por
exemplo, os militares – de um determinado país. Cada pessoa
domiciliada dentro dos limites de uma diocese pertence a essa diocese.
Cada diocese divide-se em paróquias que, por sua vez – fora os casos
de paróquias pessoais, como paróquias para grupos de imigrantes, para
universitários, etc. – têm limites geográficos bem definidos, e qualquer
pessoa domiciliada dentro desses limites pertence a essa paróquia,
esteja ou não registrada.
À frente de cada diocese há um bispo. O bispo que governa
uma diocese chama-se Ordinário dessa diocese. O título de
Ordinário distingue o bispo que governa uma diocese dos
bispos Titulares, que são os que não tem diocese própria. Um
bispo titular pode ser designado para ajudar o Ordinário de
uma diocese grande, e nesse caso é chamado bispo auxiliar.
Ou pode também ocupar-se de algum trabalho diocesano ou
interdiocesano, como ser reitor de uma universidade católica
ou delegado papal.
Várias dioceses adjacentes agrupam-se para formar uma
província da Igreja. A diocese principal da província chama-se
arquidiocese, e o seu Ordinário, arcebispo. Este não é o
“chefe” das dioceses da província, pois cada bispo governa a
sua própria diocese. Mas tem a precedência de honra e o
dever de convocar os bispos da província e de presidir às
suas reuniões. E, assim como há bispos titulares, há também
arcebispos titulares, que não estão à frente de nenhuma
arquidiocese.
Deveres dos fiéis para com os sacerdotes
 Sendo tão grande a dignidade do sacerdote e tão essencial a
sua função na Igreja, é lógico que os pais deixem seus filhos
em plena liberdade para seguir a vocação, se Deus os
chamasse para o sacerdócio.
 Os fiéis devem rezar para que Deus se digne conceder à sua
Igreja bons pastores e ministros zelosos.
 Devem professar um grande respeito, veneração e amor aos
sacerdotes, considerando-os como o que são: ministros de
Cristo, pais e pastores das almas. Por isso, devem ajudá-los
também com generosidade nas suas necessidades materiais.
Perguntas
www.conhecendominhafe.blogspot.com.br
1. O que é o sacramento da Ordem?
2. De quantos graus se compõem o sacramento da Ordem?
3. Qual é o efeito da Ordenação Episcopal?
4. Quem pode conferir este sacramento?
5. Quais são os efeitos do sacramento da Ordem?

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  • 2. O que é o sacramento da Ordem? O sacramento da Ordem é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo aos seus Apóstolos continua a ser exercida na Igreja, até ao fim dos tempos.
  • 3. Introdução Para as necessidades sociais da Igreja e da comunidade civil, Jesus Cristo instituiu a Ordem sacerdotal e o Matrimônio, ordenados à salvação dos outros; por isso é que se conhecem como sacramentos ao serviço da comunidade.
  • 5. O que é um sacerdote? Para saber o que é um sacerdote, é preciso saber primeiro o que é um sacrifício. Hoje em dia, a palavra “sacrifício” é usada em muitos sentidos. Mas, no seu significado estrito e original, é a oferenda de um dom de alguém que tenha o direito de representar esse grupo. O propósito da oferenda é prestar culto coletivo a Deus; quer dizer, reconhecer o supremo domínio de Deus sobre os homens, agradecer-lhe as suas mercês, satisfazer pelos pecados do homem e pedir-lhe os seus benefícios. Deus não necessita dos nossos dons, pois tudo o que existe, foi Ele que o fez. Mesmo que lhe oferecêssemos uma montanha de diamantes, estes em si não teriam nenhum valor aos olhos de Deus. Antes de Jesus se ter dado a nós como oferenda perfeita no Sacrifício da Missa, o homem nada tinha a oferecer a Deus que fosse realmente digno dEle.
  • 6. Não obstante, desde o começo da história humana, foi do agrado de Deus que o homem lhe manifestasse os seus sentimentos por meio de sacrifícios. De tudo o que Ele nos desse, tomaríamos o melhor e lho restituiríamos, destruindo no altar como símbolo da nossa oferenda. Essas oferendas não podiam ser senão um gesto simbólico, mas expressavam melhor que as palavras os profundos sentimentos do coração humano para com Deus. Um sacrifício é uma oração em ação. É a oração em ação de um grupo. E aquele que oferece o sacrifício em nome do grupo – como ministro de Deus – é o sacerdote.
  • 7. Ninguém tem o direito a receber o sacramento da Ordem. Com efeito, ninguém pode arrogar-se tal encargo. É-se chamado a ele por Deus. Aquele que julga reconhecer em si sinais do chamamento divino ao ministério ordenado, deve submeter humildemente o seu desejo à autoridade da Igreja, à qual incumbe a responsabilidade e o direito de chamar seja quem for para receber as ordens. Como toda e qualquer graça, este sacramento não pode ser recebido senão como dom imerecido.
  • 8. Todos os ministros ordenados da Igreja Latina, à exceção dos diáconos permanentes, são normalmente escolhidos entre os homens crentes que vivem celibatários e têm vontade de guardar o celibato por amor do Reino dos Céus. Chamados a consagrarem-se totalmente ao Senhor e às suas coisas, dão-se por inteiro a Deus e aos homens. O celibato é um sinal desta vida nova, ao serviço da qual o ministro da Igreja se consagra; aceito de coração alegre, anuncia de modo radioso o Reino de Deus.
  • 9. Os graus da Ordem Sagrada O sacramento da Ordem difere dos outros sacramentos por existirem nele três graus. O primeiro grau são os bispos que, como sucessores dos Apóstolos, têm a plenitude do sacramento da Ordem e participam do Sacerdócio de Cristo, sumo e eterno Sacerdote e Cabeça da Igreja, presidindo no lugar de Deus o rebanho do qual são pastores, como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do governo.
  • 10. O segundo grau é constituído pelos presbíteros – os sacerdotes – que estão unidos aos bispos na dignidade sacerdotal, embora só o bispo possua a plenitude do sacerdócio e o presbítero o possua em grau subordinado, como cooperador da Ordem Episcopal. Em virtude do sacramento da Ordem, segundo a imagem de Cristo, sumo e eterno Sacerdote, eles são consagrados para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, de maneira que são verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento.
  • 11. O terceiro grau é constituído pelos diáconos. Não possuem o sacerdócio, mas um ministério sagrado para que, fortalecidos com a graça sacramental, sirvam o Povo de Deus no serviço da Liturgia, da palavra e da caridade, em comunhão com o bispo e seu presbitério.
  • 12. A doutrina católica expressa na Liturgia, no Magistério e na prática constante da Igreja, reconhece que existem dois graus de participação ministerial no sacerdócio de Cristo: o episcopado e o presbiterado. O diaconato destina-se a ajudá- los e a servi-los. Por isso, o termo sacerdotes designa, no uso atual, os bispos e os presbíteros, mas não os diáconos. Todavia, a doutrina católica ensina que os graus de participação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o grau de serviço (diaconato), todos três são conferidos por um ato sacramental chamado “ordenação”, ou seja, pelo sacramento da Ordem.
  • 13. Em virtude do sacramento da Ordem, os sacerdotes participam das dimensões universais da missão confiada por Cristo aos Apóstolos. O dom espiritual que receberam na ordenação prepara-os, não para uma missão limitada e restrita, mas sim para uma missão de salvação de dimensão universal, até aos confins da terra.
  • 14. O terceiro e o mais elevado passo do sacramento da Ordem Sagrada é o episcopal. Quando se necessita de um novo bispo para presidir a uma diocese ou para alguma missão importante dentro da Igreja, o Papa, como sucessor de Pedro, designa o sacerdote que deve ser elevado à ordem episcopal. Esse sacerdote recebe então a terceira “imposição de mãos” de outro bispo (as duas anteriores foram no diaconato e no presbiterato) e, por sua vez, converte-se em bispo. Ao poder de oferecer a Santa Missa e de perdoar os pecados, junta-se agora o de administrar a Confirmação por direito próprio e o poder exclusivo dos bispos de administrar o sacramento da Ordem Sagrada, de poder ordenar outros sacerdotes e de consagrar outros bispos.
  • 15. Com esta terceira imposição de mãos do bispo consagrante, o novo bispo recebeu o Espírito Santo pela última vez. O Espírito Santo desceu sobre ele pela primeira vez quando recebeu o Batismo, e deu-lhe o poder de participar com Cristo da sua oferenda sacrificial e de receber a graça dos demais sacramentos. O Espírito Santo desceu outra vez sobre ele na Confirmação, e conferiu-lhe o poder de participar com Cristo no seu ofício profético: o poder de propagar a fé com a palavra e com as obras. O Espírito Santo veio mais uma vez, com novos poderes e graças, no diaconato e no presbiterato. E, agora, ao ser ordenado Bispo, o Espírito Santo desce sobre ele pela última vez: já não há novos poderes que Deus possa conferir ao homem. Pela última vez, a sua alma ficará marcada com um caráter – o pleno e completo caráter do sacramento da Ordem Sagrada – o caráter episcopal.
  • 16. A essência da ordem episcopal reside no poder de o bispo se perpetuar a si mesmo, no poder de ordenar sacerdotes e de consagrar outros bispos, isto é, no poder de ele, sucessor dos Apóstolos, perpetuar essa sucessão apostólica. É um poder que jamais se poderá perder. Assim como um sacerdote nunca perde o poder de converter o pão e o vinho no Corpo e Sangue do Senhor, mesmo que apostate e abandone a Igreja Católica, um bispo jamais poderá perder o seu poder de ordenar outros sacerdotes e bispos, nem mesmo se abandonar a Igreja Católica.
  • 17. Diácono, sacerdote, bispo: os três graus do sacramento da Ordem. Acima do bispo não existe poder maior que Deus dê aos homens. Então... que acontece com o Papa? Não tem mais poder que os bispos ordinários? E que se passa com os cardeais e os arcebispos? Onde é que entram e que fazem?
  • 18. Não. O Papa não tem um poder espiritual maior que dos demais bispos. Tem mais autoridade, uma jurisdição mais extensa que a de qualquer outro bispo. Por ser bispo de Roma, sucessor de São Pedro, tem autoridade sobre toda a Igreja. Estabelece leis para toda a Igreja. Designa os sacerdotes que serão bispos e atribui dioceses a esses bispos. Goza também de um privilégio muito especial, que Jesus deu a São Pedro e aos seus sucessores: o privilégio da infalibilidade. Por este privilégio divino, Deus preserva o Papa do erro, quando se pronuncia definitivamente, para a Igreja Universal, sobre matéria de fé ou de moral, usando da plenitude da sua autoridade docente. Mas o poder essencial do Santo Padre, ao ser eleito Papa, não se torna maior do que quando o consagraram bispo.
  • 19. O Papa, bispo de Roma e sucessor de São Pedro, é princípio perpétuo e visível e fundamento da unidade que liga entre si tanto os bispos como a multidão dos fiéis. Em virtude do seu cargo de vigário de Cristo e pastor de toda a Igreja, o pontífice romano tem sobre a mesma Igreja um poder pleno, supremo e universal, que sempre pode exercer livremente. O Colégio ou corpo episcopal não tem autoridade a não ser em união com o pontífice romano como sua cabeça. Como tal, este Colégio é também sujeito dum poder supremo e plenário sobre toda a Igreja, poder que, no entanto, não pode ser exercido sem consentimento do pontífice romano.
  • 20. O ofício de cardeal não tem absolutamente nada a ver com o poder sacerdotal. O cardinalato é um posto honorífico, inteiramente à margem do sacramento da Ordem Sagrada. Os cardeais não são senão conselheiros do Papa, colaboradores especiais em altos cargos do governo da Igreja, e formam o colégio eleitoral que escolhe um novo Papa. Teoricamente, um cardeal nem sequer teria que ser sacerdote. Atualmente, não se costuma nomear cardeais que não sejam sacerdotes ou bispos, mas houve um tempo na Igreja em que também eram nomeados entre os leigos. O título de cardeal é muito antigo na Igreja, mas foi o papa Nicolau II que no ano de 1059 organizou o colégio cardinalício de forma muito semelhante à que conhecemos hoje, e deu aos cardeais o direito de elegerem o novo Papa quando a Santa Sé fica vacante.
  • 21. Para entendermos o ofício de arcebispo, devemos conhecer um pouco da composição física da Igreja. O mundo divide-se em dioceses ou circunscrições equivalentes. Deve haver mais de duas mil divisões dessas na Igreja de hoje. Cada diocese ou prelazia territorial tem limites geográficos bem precisos, como os têm as nações e as províncias. Só algumas circunscrições – como os vicariatos militares e as prelazias pessoais – não têm território, e abrangem um grupo de pessoas – por exemplo, os militares – de um determinado país. Cada pessoa domiciliada dentro dos limites de uma diocese pertence a essa diocese. Cada diocese divide-se em paróquias que, por sua vez – fora os casos de paróquias pessoais, como paróquias para grupos de imigrantes, para universitários, etc. – têm limites geográficos bem definidos, e qualquer pessoa domiciliada dentro desses limites pertence a essa paróquia, esteja ou não registrada.
  • 22. À frente de cada diocese há um bispo. O bispo que governa uma diocese chama-se Ordinário dessa diocese. O título de Ordinário distingue o bispo que governa uma diocese dos bispos Titulares, que são os que não tem diocese própria. Um bispo titular pode ser designado para ajudar o Ordinário de uma diocese grande, e nesse caso é chamado bispo auxiliar. Ou pode também ocupar-se de algum trabalho diocesano ou interdiocesano, como ser reitor de uma universidade católica ou delegado papal.
  • 23. Várias dioceses adjacentes agrupam-se para formar uma província da Igreja. A diocese principal da província chama-se arquidiocese, e o seu Ordinário, arcebispo. Este não é o “chefe” das dioceses da província, pois cada bispo governa a sua própria diocese. Mas tem a precedência de honra e o dever de convocar os bispos da província e de presidir às suas reuniões. E, assim como há bispos titulares, há também arcebispos titulares, que não estão à frente de nenhuma arquidiocese.
  • 24. Deveres dos fiéis para com os sacerdotes  Sendo tão grande a dignidade do sacerdote e tão essencial a sua função na Igreja, é lógico que os pais deixem seus filhos em plena liberdade para seguir a vocação, se Deus os chamasse para o sacerdócio.  Os fiéis devem rezar para que Deus se digne conceder à sua Igreja bons pastores e ministros zelosos.  Devem professar um grande respeito, veneração e amor aos sacerdotes, considerando-os como o que são: ministros de Cristo, pais e pastores das almas. Por isso, devem ajudá-los também com generosidade nas suas necessidades materiais.
  • 26. www.conhecendominhafe.blogspot.com.br 1. O que é o sacramento da Ordem? 2. De quantos graus se compõem o sacramento da Ordem? 3. Qual é o efeito da Ordenação Episcopal? 4. Quem pode conferir este sacramento? 5. Quais são os efeitos do sacramento da Ordem?