2. Quais as causas e
consequências da Revolução
Industrial?
século XVIII
Revolução Industrial ocorreu pelo
desenvolvimento da máquina a vapor,
que aproveita o vapor da água
aquecida pelo carvão para produzir
energia e revertê-la em força para
mover as máquinas.
1760
Revolução Industrial ficou marcada
pelo desenvolvimento tecnológico e
de máquinas que transformou o estilo
de vida da humanidade. As primeiras
máquinas que surgiram voltavam-se,
principalmente, para atender as
necessidades do mercado têxtil da
Inglaterra. Sendo assim, grande parte
das primeiras máquinas criadas veio
com o objetivo de facilitar o processo
de produção de roupas.
Estradas de ferro
Com o tempo e à medida que os grandes
capitalistas foram enriquecendo, o lucro
de suas indústrias começou a ser
revertido em investimento para o
desenvolvimento das estradas de ferro,
por exemplo. O surgimento da
locomotiva e da estrada de ferro permitiu
que as mercadorias pudessem ser
transportadas com maior rapidez e em
maior quantidade. Isso aconteceu porque
o lucro da indústria inglesa era tão alto
que permitiu a diversificação dos
investimentos em outros segmentos.
3. O trabalhador
Transformações
Além do salário extremamente baixo,
os trabalhadores eram obrigados a
aceitar uma carga de trabalho
excessivamente elevada que, em
alguns casos, chegava a 16 horas
diárias de trabalho, das quais o
trabalhador só tinha 30 minutos para
almoçar. Essa jornada era
particularmente cruel porque todos
aqueles que não a aguentassem eram
prontamente substituídos por outros
trabalhadores.
Condições dos
trabalhadores
O trabalho, além de cansativo, era
perigoso, pois não havia nada que
protegesse os trabalhadores, e eram
comuns os acidentes que os faziam perder
os dedos ou mesmo a mão em casos mais
graves. Os afastados por problema de
saúde não recebiam, pois o salário só era
pago para aqueles que trabalhavam. Os que
ficavam fisicamente incapacitados de
exercer o serviço eram demitidos e outros
trabalhadores contratados.
Salário
Na questão salarial, mulheres e crianças
também trabalhavam e seus salários
eram, pelo menos, 50% menores do que
os dos homens adultos. Muitos patrões
preferiam contratar somente mulheres e
crianças porque o salário era menor (e,
por conseguinte, seu lucro maior) e essas
eram mais sujeitas a obedecerem às
ordens, sem se rebelarem.
4. Pensamento sociológico sobe a industrialização
◦ Geograficamente, a Revolução Industrial, no que tange às transformações nos campos econômico,
tecnológico e social, possibilitou uma nova forma de organização da sociedade, bem como deu
início a uma nova forma de produção e consumo de bens e serviços.
◦ Os avanços alcançados, possibilitou novas transformações para além da Europa ocidental. Esses
desdobramentos ficaram conhecidos como fases da Revolução Industrial e representam o
desenvolvimento das sociedades mediante às tecnologias empregadas em cada período.
◦ É importante deixar claro que, apesar de ser apresentada em fases, a Revolução Industrial não teve
ruptura, sendo, portanto, um processo contínuo de transformações socioeconômicas que
transformou a produção capitalista.
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5. NOVAS TECNOLOGIAS
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◦ Uso do carvão como fonte de energia para a máquina a vapor;
◦ Desenvolvimento da máquina a vapor e criação da locomotiva;
◦ Invenção do telégrafo;
◦ Aparecimento de indústrias têxteis, como a do algodão;
◦ Ampliação da indústria siderúrgica.
6. SEGUNDA REVOLUÇÃO SÉC. XIX
◦ A segunda fase da revolução corresponde ao processo evolutivo das tecnologias que modificaram ainda mais o cenário econômico,
industrial e social. Essa fase iniciou-se da metade do século XIX até o início do século XX, findando-se durante a Segunda Guerra
Mundial (1939 a 1945).
◦ Esse período representou avanços não só tecnológicos mas também geográficos, representando o momento em que a revolução
deixou de limitar-se à Inglaterra espalhando-se para outros países, como Estados Unidos, Japão, Alemanha e França.
◦ Foi nesse período que surgiu o capitalismo financeiro, que acabou por moldar essa fase, que ficou conhecida como o período das
grandes inovações.
◦ Esse avanço e aperfeiçoamento tecnológico possibilitou aumentar a produtividade nas indústrias, bem como os lucros obtidos. O
mundo vivenciou novas criações e o incentivo à pesquisa, principalmente no campo da medicina.
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7. INOVAÇÕES NO SISTEMA
DE PRODUÇÃO
Novas fontes de energia
Eletricidade e o petróleo
Novas técnicas de produção
A substituição do ferro
pelo aço e o motor a
explosão
Avanços no campo cientifico e agrícola
O surgimento de antibióticos; a
construção de ferrovias e navios a vapor;
a invenção do telefone, da televisão e da
lâmpada incandescente; O uso de
máquinas e fertilizantes químicos na
agricultura.
8. A industrialização no Brasil
◦ A industrialização no Brasil foi historicamente tardia ou retardatária.
◦ Enquanto na Inglaterra acontecia a Primeira Revolução Industrial, o Brasil vivia sob o regime colonial e
escravista.
◦ Desta maneira, as primeiras fábricas só puderam ser abertas com a chegada da Família Real ao Brasil, em
1808.
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9. Fases da industrialização
brasileira
1530 – 1808
Período colonial, quando as indústrias estavam
proibidas. Durante o período colonial, a
metrópole portuguesa proibia a manufatura,
pois os produtos iriam concorrer com os do
reino e, com o fortalecimento da economia, a
colônia poderia se tornar independente, o que
não interessava a Portugal.
1808 – 1930
Compreende a época joanina, o Primeiro e o
Segundo Reinado, e a Primeira República.
Surgem as primeiras fábricas, mas o café era o
grande produto de exportação. Em 1808, com
a vinda da família real para o Brasil, o Príncipe-
regente D. João tomou algumas medidas que
favoreceram o desenvolvimento industrial,
entre elas: extinção da lei que proibia a
instalação de indústrias de tecidos na colônia;
liberação da importação de matéria prima para
abastecer as fábricas, sem a cobrança da taxa de
importação.
1930 – 1956
Alguns assinalam que nestas décadas se deu a
Revolução Industrial Brasileira. O governo
Vargas passa a ser o grande investidor e
formador da indústria pesada no País.
1956 – até os dias de hoje: começa com o
estímulo à indústria de automóveis por JK, a
abertura da economia ao capital estrangeiro e a
globalização.
10. Os Miseráveis (1862),O Cortiço (1890) e o Quinze (1930):
A sociologia literária das consequências sociais nas
transformações industrializantes.
◦ Baseado em algumas teorias da Sociologia e da Filosofia, podemos tecer algumas reflexões
acerca do pensamento literário nos livros citados.
◦ Estas reflexões podem ser vistas através do olhar teórico de algumas escolas de pensamento da
Sociologia e da Filosofia como:
◦ Sociologia: Podemos pensar através do olhar teórico do materialismo dialético histórico, e da
escola de Chicago acerca das formações da periferização das sociedades, e as causas que
remetem as classes dominantes a constituírem a logica capital. Podemos ainda refletir os
aspectos que a industrialização e o consumo podem trazer como forma de manipulação e
domesticação através da Escola de Frankfurt quando citamos a Industria Cultural e o meios de
produção como agentes das desigualdade;
◦ Filosofia: Por entender as consequências inerentes do capital, e de como o processo de
transformação acontece, citamos uma reflexão do autore como Jean-Paul Sartre acerca do
existencialismo.
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11. INTRODUÇÃO
Os miseráveis (1860)
Os Miseráveis" é uma obra de arte pintada com palavras.
Usando como pano de fundo a batalha de Waterloo e os
motins de 1832 que aconteceram em Paris, Victor Hugo
desenha personagens inesquecíveis e marcantes. O autor
escreve com sua filosofia política de fácil entendimento.
Ele aborda a desigualdade social e a miséria; o poder
benéfico do empreendedorismo e do trabalho para o
indivíduo e para a sociedade; o desequilíbrio do Estado
com conflitos pela obsessão da justiça entre a polícia e o
revolucionário; e o milagre do amor e da entrega para
com o próximo.
O cortiço (1890)
É um romance escrito por Aluísio de Azevedo (1857-
1913), que além de escritor, foi jornalista, caricaturista,
diplomata, cronista e pintor. O autor vivia em um
contexto histórico no qual o país sofria com um grande
crescimento demográfico, que é onde se inicia as
construções de cortiços. Outra característica marcante do
final do século XIX foi o fortalecimento da sociedade
burguesa, industrial e materialista, e também onde os
métodos científicos e as ciências naturais começam a
evoluir. E é rodeado deste contexto e destas influências
que surge o romance naturalista O Cortiço.
O quinze (1930)
O livro narra a história, rica em detalhes, de várias
famílias que enfrentam dificuldades por conta da seca e
precisam constantemente viajar em busca de melhores
condições de vida. Outro fato importante sobre a obra é
que o enredo é baseado em um acontecimento histórico:
a grande seca que assolou o Nordeste brasileiro em 1915.
Por isso que o nome do livro é O Quinze, fazendo alusão
a essa época.
12. O cortiço e a mais-valia
◦ O livro traz a história de João Romão, o dono de uma venda, uma pedreira e um cortiço, que enriquece as custas do povo que ali
vive, e que em grande parte trabalha para ele e consome o que ele vende.
◦ João Romão é um português que começa a enriquecer quando constrói o cortiço, e que aluga principalmente para os funcionários
de sua pedreira, os quais têm seu trabalho explorado pelo “empresário”.
◦ Podemos pensar sobre dois aspectos a ideia pelo qual o livro retrata seu pensamento: A acepção da mais-valia que está associada à
exploração da mão de obra assalariada, em que o capitalista recolhe o excedente da produção do trabalhador como lucro.
◦ Trata-se de um processo de extorsão por meio da apropriação do trabalho excedente na produção de produtos com valor de troca.
◦ O livro retrata sociologicamente, a lógica capitalista descrita dentro do pensamento do materialismo dialético e histórico, o processo
de dominação que acontece nas diversos agentes sociais. O capitalismo baseia-se na relação entre trabalho assalariado e capital,
mais especificamente na produção do capital por meio da expropriação do valor do trabalho do proletário pelos donos dos meios
de produção. A esse fenômeno Marx deu o nome de mais-valia.
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13. Escola de Chicago e a periferização
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◦ Escola de Chicago, surgiu nos Estados Unidos, na década
de 1910, por iniciativa de sociólogos americanos que
integravam o corpo docente do Departamento de
Sociologia da Universidade de Chicago, fundado pelo
historiador e sociólogo Albion W. Small.
◦ O surgimento da Escola de Chicago está diretamente ligado
ao processo de expansão urbana e crescimento
demográfico da cidade de Chicago no início do século 20,
resultado do acelerado desenvolvimento industrial das
metrópoles do Meio-Oeste norte-americano.
14. Periferização no Brasil e a escola de Chicago e a
ecologia humana
◦ Ao observar o livro o Cortiço, podemos compreender o processo de exploração, industrialização, e periferização das classes como
forma de segregação social.
◦ Ernest Watson Burgess e Roderick Duncan McKenzie elaboraram o conceito de "ecologia humana", a fim de sustentar
teoricamente os estudos de sociologia urbana.
◦ O conceito de ecologia humana serviu de base para o estudo do comportamento humano, tendo como referência a posição dos
indivíduos no meio social urbano. A abordagem ecológica questiona se o habitat social (ou seja, o espaço físico e as relações sociais)
determina ou influencia o modo e o estilo de vida dos indivíduos.
◦ Assim, esta teoria sociológica mostra a formação dos guetos como espécie de “Cortiços”, que os emigrantes se estabeleciam de
forma ilegal nos EUA.
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15. O quinze e a desigualdade social
◦ A desigualdade social é um problema que envolve questões econômicas, de gênero e étnico.
◦ Assim como nos outros países, a Desigualdade social no Brasil é um fenômeno que pode ser explicado a partir de diversos fatores.
Dentro das relações existentes na sociedade, existe uma delimitação espacial e ideológica que determina qual lugar cada grupo ou
classe social ocupa.
◦ Nesse ciclo que parece interminável a desigualdade tende a se expandir. Assim como os grupos mais favorecidos conseguem
manter seus privilégios por gerações, a população pobre luta por oportunidades para ao menos, resistir. Ao realizar uma
comparação entre essas duas realidades fica evidente que a meritocracia é um mito. Ao menos nas sociedades em que alguns
grupos dispõe de vantagens, não há como afirmar que “basta querer que todos conseguem mudar de realidade”.
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16. Os miseráveis: Existencialismo, confronto, e
revolução
◦ Podemos ver dois aspectos na linha de pensamento de Victor Hugo: 1) De que estamos condenados a ser livres, deixar de sermos o
que somos, tentar desviar um destino inexistente; 2) que aborda a desigualdade social e a miséria; o poder benéfico do
empreendedorismo e do trabalho para o indivíduo e para a sociedade; o desequilíbrio do Estado com conflitos pela obsessão da
justiça entre a polícia e o revolucionário; e o milagre do amor e da entrega para com o próximo.
◦ "Enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda,
enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis."
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