O documento discute o período do Humanismo nos séculos XIV e XV, marcado pela transição entre a era medieval e a era moderna. O pensamento renascentista valorizava mais o ser humano e a vida terrena em comparação ao pensamento medieval mais teocêntrico. O documento também aborda características do Humanismo como o crescimento da burguesia e das cidades, o ser humano como foco central, e a tradução e divulgação de textos clássicos. Finalmente, discute aspectos da produção literária e teatral de
4. Antropocentrismo:
O homem como centro
do universo.
O homem passou a
considerar-se não mais
como imagem de Deus,
mas como um ser
ligado à sua natureza
material, física e
terrena.
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5. “ O Homem é a
medida de todas as
coisas”
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6. • O ideal de universalidade: Os renascentistas
acreditavam que uma pessoa poderia vir a aprender
e saber tudo o que se conhece.
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7. PENSAMENTO MEDIEVAL PENSAMENTO RENASCENTISTA
Teocentrismo Antropocentrismo
Verdade = Bíblia Verdade = experimentação, observação
Vida material sem importância Vida terrena e material também é importante
Conformismo Crença no progresso
Natureza = fonte do pecado Natureza = beleza, onde o homem se insere
Ascetismo Hedonismo
Dogmatismo Fé diferente da razão
Diferenças entre o pensamento medieval e o
renascentista:
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Prática da abstenção de
prazeres e até do conforto
material, adotada com o fim de
alcançar a perfeição moral e
espiritual.
Doutrina moral que considera
ser o prazer a finalidade da vida
Tendência para afirmar ou crer
como verdadeiro e indiscutível.
8. Nessa época,
surge uma nova
visão de mundo,
mais centrada
na valorização
do ser humano
como sujeito de
sua própria
história.
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9. Humanismo: um novo olhar sobre a
vida humana
O novo modo de encarar a vida fica conhecido
como Humanismo, porque sua preocupação
central é o ser humano, o estudo da natureza
humana e de suas potencialidades. Essa
preocupação central desloca-se de Deus para o
homem, mas sempre sob o olhar atento da
Igreja.
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10. Características:
A imprensa é aperfeiçoada e graças a ela impulsiona-se o saber
O começo do mercantilismo na Europa – A expansão ultra marítima
é impulsionada
A burguesia desenvolve-se e se expande
Surge na Itália (reavivando características da cultura Greco-
romana)
Teocentrismo X Antropocentrismo
Ascensão do Absolutismo
A ciência ganha espaço
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Sistema de governo em que a
autoridade do governante é
absoluta, com restrição dos
direitos dos súditos.
11. H
U
M
A
N
I
S
M
O
Crescimento da burguesia
e das cidades;
Ser humano como
preocupação central;
Tradução e divulgação de
textos clássicos;
Harmonização das culturas
pagãs e cristãs.
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13. Francesco Petrarca (Arezzo, 20 de Julho de
1304 - Arquà Petrarca, 19 de Julho de 1374)
Pai do humanismo
Considerado o inventor do soneto,
tipo de poema composto de 14
versos. Ele inspirou a filosofia
humanista que levou à Renascença.
Ele acreditava no imenso valor
prático e na imensa moral do estudo
da História Antiga e da Literatura
Antiga - isto é, o estudo do
pensamento e da ação humanas.
NA LITERATURA
O Humanismo recupera, pois, na literatura, os ideais
clássicos e nas artes os modelos clássicos, que passaram
a ser uma das fontes mais ricas e valorizadas de
inspiração. A renovação da literatura, das artes e da
ciência que se produziu nelas recebeu o nome de
Renascimento.
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14. Um fator
fundamental na
divulgação das ideias
humanistas foi a
descoberta da
imprensa, por
Gutemberg
(Alemanha –1452),
mas que chegou a
Portugal somente em
1494.
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15. • Produção escrita:
Teatro – é a manifestação
literária onde ficam mais
claras as características do
período;
Poesia Palaciana– a poesia
deixa de ser acompanhada
por música e passa a ser
declamada dentro do
palácio;
Historiografia – crônicas
(Fernão Lopes), na época,
eram os registros da vida de
personagens e
acontecimentos históricos.
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16. Humanismo: Crônicas
Fernão Lopes (aproximadamente 1380-1460)
Responsável pelos arquivos do Estado
português.
Visão bastante moderna da história.
Interesse pelo lado humano dos fatos e pela
importância dos movimentos populares e das
forças econômicas na história.
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17. A produção
Três atividades mais destacadas compuseram
esse período : a produção historiográfica de
Fernão Lopes , a produção poética dos nobres ,
e a atividade teatral de Gil Vicente.
Fernão Lopez
Historiografia Portuguesa: Fernão Lopes
• União do literário e do histórico.
• Crônica histórica.
• Imparcialidade na visão dos acontecimentos.
• Interesse pelo lado humano dos acontecimentos que
determinaram a história critica o rei e os nobres em seus
textos.
• Causas econômicas e psicológicas do processo
histórico.
• Estilo coloquial.
• Retrato psicológico dos personagens.
Nascido entre 1378 ou 1383, Fernão Lopes
sempre foi um escritor cuidadoso,
procurando incluir em seus relatos as ações
dos reis, dos nobres e dos indivíduos que
se destacavam na massa popular.
Apresentando um panorama da sociedade
brasileira portuguesa, em estilo simples,
elegante e coloquial.
Principais Obras
Crônica del-Rei D.Pedro;
Crônica del-Rei D. Fernando;
Crônica del-Rei D. João I;
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18. Prosa
Registravam a vida dos personagens e acontecimentos
históricos.
Crônicas
Tem a função de transmitir ensinamentos, sobre certas
práticas diárias e sobre a vida.
Prosa doutrinária
(Ensinanças)
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19. Prosa
Como já vimos no Trovadorismo a novela de
Cavalaria relatava os feitos heroicos de um cavaleiro.Novelas de cavalaria
Poesia
A poesia abandonou as formas fixas do Trovadorismo, além de
perder o acompanhamento musical, passando a ser recitada.
Adquirindo ritmo próprio, passou a ser apresentada em reuniões
e festas da corte. O seu ambiente principal era o palácio ou castelo,
ficando conhecida como "Poesia Palaciana".
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20. Cancioneiro geral
Coletânea de poemas
publicadas em 1516.
Predomina o lirismo
amoroso, mais sutil
que o das cantigas
trovadorescas
Prevalecem a
redondilha menor e
maior.
O paralelismo dá
lugar ao vilancete.
Vilancete: estrofe de 2 ou 3
versos, formando um mote ou
motivo.
Humanismo: Poesia
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21. O teatro medieval
Religioso Profano
Mistérios e milagres
Travam da vida de
Cristo, de passagens
da Bíblia ou da vida
dos santos.
Moralidades
Peças de claro
simbolismo moral, em
que os personagens
pecadores sofriam
terríveis punições.
Farsas
Peças satíricas que
divertiam o público.
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22. Gil Vicente e o teatro
em Portugal
Visão
extremamente
crítica da
sociedade da
época.
Teatro de fundo
moralista, vê na
restauração da
pureza da
religião católica
o único caminho
de salvação.
Expressa
uma visão
teocêntrica
numa época
de crise dos
valores
medievais.
Principais
peças:
Farsa de Inês
Pereira,
O velho da
horta,
Auto da barca
do inferno e
Auto da alma.
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23. Teatro Português (Antes de Gil Vicente)
Encenações de caráter religioso e profano com
elementos rudimentares. Embrionários do teatro de
Gil Vicente.
As encenações religiosas
apresentadas no interior
das igrejas dividiam-se em: representação da vida de
Jesus Cristo
representação da vida de
santos
representações curtas com
finalidade didática ou
moralizante
Moralidade
Milagre
Mistério
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24. As encenações de caráter
“profano” ocorriam fora dos
templos religiosos e tinham
uma característica mais
popular
Imitação cômica de
acontecimentos ou pessoas;
Espécie de palhaçada
circense da atualidade
encenação satírica com um
humor primário, situações
absurdas e ridículas;
Farsa
pantomima
alegórica
Arremedo
Entremezes
encenações breves apresentadas
entre os atos de peças mais longas
Sua função era preencher os
intervalos;
Sermão
burlesco
monólogo recitado por um ator
mascarado
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25. Teatro
Gil Vicente
Gil Vicente foi o introdutor do teatro em Portugal,
alguns assinalam que teria sido em 1465 ou 1466,
e o ano de sua morte entre 1536 e 1540.
Ele iniciou sua carreira teatral em 1502, quando,
representando os servidores do Palácio do rei
D. Manoel, declamou em espanhol o Auto da
Visitação ou Monólogo do Vaqueiro, na câmara
de D. Maria de Castela.
O Monólogo do vaqueiro, como teria sido
representado pelo próprio Gil Vicente, de
acordo com a visão do pintor Roque Gameiro.
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26. Características do Teatro Vicentino
Seu teatro tem caráter popular e se utiliza de Temas da idade
média. Foi homem de coragem, que não hesitou em denunciar
com
lucidez, mordacidade e sentido de humor os abusos, hipocrisias e
incoerências que estavam a sua volta. Suas personagens não
apresentam características particularizadas, ao contrário, são
generalizações, estereótipos, que representam toda categoria
profissional ou uma classe social (personagens-tipo) (povoam
suas peças as alcoviteiras, os fidalgos, os frades, os judeus, os
médicos charlatões).
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