Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
Agrissênior Notícias Nº 567 an 12 abril 2016.
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jeffcdiass@gmail.com)
Edição 567 – ANO XII Nº 34 – 12 de abril de 2016
CARTA DE RECONCILIAÇÃO DA IGREJA COM O PADRE CÍCERO
Por Luitgarde Oliveira Cavalcanti Barro
Professora Emérita da UFRJ
Tenho refletido muito sobre o ambiente de
regozijo com a Reconciliação, que conduziu o
retrato do Padre Cícero ao interior da igreja
onde foi batizado e celebrou sua primeira
missa como sacerdote.
Pensar no Padre Cícero para mim evocar o
grande juazeirense Padre Azarias Sobreira e
seu inigualável livro sobre a história do
Nordeste e de sua igreja – O Patriarca de
Juazeiro.
Seus inesquecíveis depoimentos me tocam.
Lembram-me sua firmeza de caráter e,
indagado, a resposta que me deu sobre a
possibilidade de algum dia ter tido dúvidas
pela escolha do sacerdócio católico, quando
me afirmou muito ter sofrido e pedido a Deus
o “milagre de um sinal de que esta é sua
Igreja”, acossado como sempre viveu pela
descoberta dos erros da hierarquia da igreja
cearense em relação ao Padre Cícero. Este
milagre aconteceu, dando-lhe o júbilo de ver a
ascensão de João XXIII (Cardeal Roncalli) ao
Papado, e a abertura do Concílio Vaticano II
(11/02/1962), a primeira grande reforma da
Igreja proposta por um membro da hierarquia
sacerdotal.
Antes, as grandes reformas tinham sido
propostas por leigos, como Francisco de
Assis em 1209, opondo a pobreza aos
exorbitantes tesouros e opulências do poder
papal, enfim proclamando a “regra dos
menores” em rejeição aos bens materiais.
Longo foi o caminho da Igreja cristã primitiva
nos seus primeiros três séculos de
helenização para se adaptar à ideia grega de
conciliação entre os poderes do mundo, até
que no quarto século (313) o imperador
Constantino suspendesse a perseguição ao
cristianismo, tornando-se ele próprio cristão,
atraindo para fortalecimento de seu poder
todos os cristãos do Império Romano. Em 325
Constantino convoca o I Concilio de Niceia,
do qual participaram cerca de 300 bispos
cristãos, no qual se proclama a unidade
política do Império e a Doutrina da Trindade.
Para a expansão do cristianismo, Constantino
transfere a capital do Império para
Constantinopla em 330. Antes de morrer
havia estabelecido a existência de livros
canônicos e livros apócrifos.
Nos séculos seguintes a Igreja vai
substituindo o desapego material pelo luxo,
separa-se da Igreja Ortodoxa do Oriente,
tornando-se a Igreja Romana a principal força
do Ocidente, com centralidade na Europa. A
história do crescimento do viés de riqueza do
papado é também a história da reação dos
“franciscanos espirituais” ao crescente poder
econômico-político da instituição dirigente do
catolicismo ocidental. A resistência dos
“espirituais” crescia com a adesão maciça de
cristãos a seus princípios, até à ideia da
pobreza de Cristo, que atingia a ordem social
daquele tempo.
2. Desde Bonifácio VIII os franciscanos
espirituais foram condenados: em 1311, 1317,
1322 e 1323. Essa repressão é respondida
pelo mais contestador dos pensadores
franciscanos, Guilherme de Ockham, que
escreveu sobre o principal problema político
de seu tempo, referindo-se ao papa João
XXII: “o poder do papa, o seu direito de
determinar os caminhos e os limites da vida
espiritual, o seu direito de intervir nas
questões temporais, o seu direito
inquestionável de propriedade e o seu direito
de ter a sua autoridade inalcançável pelos
outros poderes”.
A alegria do Padre Azarias em 1973 era poder
ter assistido, mais de seiscentos anos após a
luta dos franciscanos espirituais, a retomada
de suas teses por João XXIII no Concílio
Vaticano II (11/02/1962), cujos temas centrais
foram a Misericórdia e o voltar-se a Igreja
para os pobres.
João XXIII demonstrou preocupações com
temas como a pobreza de Cristo, elemento
basilar do mundo beato, do qual Padre
Azarias foi o maior divulgador e defensor,
principalmente das práticas de seu criador –
Padre Mestre Ibiapina. Imagino seu
entusiasmo se estivesse assistindo a atuação
de um cardeal latino-americano, jesuíta Jorge
Mario Bergoglio que, eleito papa após a
renúncia de Bento II, escolhe a nominação de
papa Francisco, preocupado com a pobreza e
a violência no planeta, preconizando uma
Igreja voltada para esses problemas
concretos nas atuais dinâmicas do mundo
contemporâneo.
Evocando teses caras a João XXIII, como
Evangelho dos pobres e uma Igreja Pastoral,
Francisco publica “Evangelii Gaudium” e
convoca o Sínodo da Família em 2014 e
2015, quando são expostos conflitos internos
da Igreja Romana contemporânea, num
mundo em crise econômica e de valores,
marcado por extrema violência e
aparecimento de novos protagonistas na cena
internacional de disputa do poder hegemônico
num momento de diminuição da importância
da Europa.
Para seu papado, convoca titulados e
experientes participantes de cargos como o
Cardeal presbítero de 83 anos de idade
Walter Kasper (membro da Congregação para
as Igrejas Orientais, do Pontifício Conselho
para a Cultura, Congregação para a Doutrina
da Fé, Supremo Tribunal da Assinatura
Apostólica, Supremo Tribunal da Assinatura
Apostólica e Pontifício Conselho para os
Textos Legislativos) e o respeitado diplomata
Pietro Card. Parolin seu Secretário de Estado.
Francisco empreende a dificílima tarefa de
reforma do papado, objetivando
principalmente efetivar a Descentralização do
poder decisório entre Bispados nacionais e
regionais. Isto é expresso pela criação de um
estatuto das conferências piscopais, com o
Evangelho dos pobres, ouvindo o “sensus
fidei do povo”, como propusera João XXIII.
Preocupado com escândalos na Igreja,
Bergoglio se preocupa com a escassez de
vocações sacerdotais, mas clama por “fervor
apostólico religioso”, enquanto expande para
a Ásia a Evangelização.
Preocupado com a moral religiosa,
incrementa maior rigor na seleção de
seminaristas, elencando a fragilidade de
motivações como busca de formas de poder,
de glória humana ou bem-estar econômico e
insegurança afetiva.
Como característica de uma Igreja Pastoral,
recomenda criatividade das Igrejas locais na
escuta dos principais problemas que
angustiam os cristãos em cada país, em cada
região. Enfim, recomenda a Igreja atenta aos
clamores de seu povo, à fé e à moral cristã,
na construção de uma verdadeira Igreja
Mundial.
Para quem vive ou estuda as romarias de
Juazeiro, é como se aí se encontrasse a ideia,
emanada do mundo beato, de que a pobreza
de Cristo o irmanava com todos os romeiros
do Padre Cícero e da Mãe das Dores, numa
piedade cristã que o tempo, mesmo com
todas as incertezas desse “vale de lágrimas”
contemporâneo, só tem feito multiplicar.
Reconciliando a Igreja com o Padre Cícero, o
Papa Francisco supera a proposta de
Ratzinger de “reabilitação histórica” deste que
é o maior guia do povo nordestino, tendo
vivido para que o catolicismo seja educação,
forma de vida, consolo dos aflitos, força dos
necessitados, respeito aos 10 mandamentos
da lei de Deus, fé em Nossa Senhora das
Dores, misericórdia, exaltação do trabalho no
3. exemplo de São José Carpinteiro, resistência
ao sofrimento e o perdão divino.
Constituindo a categoria “homem de bem”, para
designar seus seguidores que o ajudaram no
“ciclópico trabalho” (Sic Azarias Sobreira) de
soerguimento da vida nos sertões do Nordeste -
com a palavra do evangelho, o trabalho e a
oração, Ibiapina fundiu em seu programa
missionário os preceitos de São Bento e São
Francisco de Assis, este último a principal
evocação de Bergoglio.
Em sua concepção de autonomia da Igreja
local para suas práticas pastorais, Francisco
destacou na América Central o sacrifício de
Dom Romero em El Salvador e, na América
Latina, a obra de Padre Cícero no Juazeiro do
Norte, último testemunho do Mundo Beato em
seu possível histórico no seio de uma Igreja
em transformação.
Procurando fragmentar o poder de dominação
do Vaticano, o atual papa pratica o
ecumenismo proposto por João XXII e, como
aquele, procura a entre todas as
denominações cristãs, superando quase
milenares dissensões, com o objetivo de
colocar a Igreja cristã como Mediadora num
tempo em que um por cento (1%) da
população mundial detém noventa e nove por
cento (99%) da riqueza dos bilhões restantes
dos filhos de Deus. No mundo estritamente
político econômico - partidos políticos,
empresas e potências bélicas fazem Acordos
e instalam a barbárie do saque à natureza na
exploração de nióbio, coltran, petróleo, gás,
tráfico de armas e drogas, com a
consequência da morte ou expulsão de
milhões de seres humanos de suas terras de
origem, prenunciando-se, pela potência
destrutiva dos métodos utilizados nessas
guerras, até o desaparecimento da espécie
humana.
Na busca de paz para a humanidade as
Igrejas Cristãs fazem Reconciliação.
O BRASILEIRO
Por Aloísio Guimarães
(www.terra dos xucuros.blog.spot.com.br)
Podemos afirmar que a maioria dos
brasileiros são assim:
Coloca nome em trabalho que não fez.
Coloca nome de colega que faltou em lista de
presença.
Paga para alguém fazer seus trabalhos.
Saqueia cargas de veículos acidentados nas
estradas.
Estaciona nas calçadas, muitas vezes
debaixo de placas proibitivas.
Suborna ou tenta subornar quando é pego
cometendo infração.
Troca voto por qualquer coisa: areia, cimento,
tijolo, e até dentadura.
Fala no celular enquanto dirige.
Usa o telefone da empresa onde trabalha
para ligar para o celular dos amigos (“me dá
um toque que eu retorno...”) - assim o amigo
não gasta nada.
Trafega pela direita nos acostamentos num
congestionamento.
Para em filas duplas, triplas, em frente às
escolas.
Viola a lei do silêncio.
Dirige após consumir bebida alcoólica.
"Fura fila" nos bancos, utilizando-se das mais
esfarrapadas desculpas.
Espalha churrasqueira, mesas, nas calçadas.
Pega atestado médico sem estar doente, só
para faltar ao trabalho.
Faz "gato" de luz, de água e de televisão a
cabo.
Registra imóveis no cartório num valor abaixo
do comprado, muitas vezes irrisórios, só para
pagar menos impostos.
Compra recibo para abater na declaração de
renda para pagar menos imposto.
Muda a cor da pele para ingressar na
universidade através do sistema de cotas.
Quando viaja a serviço pela empresa, se o
almoço custou 10, pede nota fiscal de 20.
Comercializa objetos doados nessas
campanhas de catástrofes.
Estaciona em vagas exclusivas para
deficientes.
Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo
como se fosse pouco rodado.
4. Compra produtos piratas com a plena
consciência de que são piratas.
Substitui o catalisador do carro por um que só
tem a casca.
Diminui a idade do filho para que este passe
por baixo da roleta do ônibus, sem pagar
passagem.
Emplaca o carro fora do seu domicílio para
pagar menos IPVA.
Frequenta os caça-níqueis e faz uma fezinha
no jogo de bicho.
Leva das empresas onde trabalha, pequenos
objetos, como clipes, envelopes, canetas,
lápis... como se isso não fosse furto.
Comercializa o vale-transporte e vale-refeição
que recebe das empresas onde trabalha.
Falsifica tudo, tudo mesmo; só não falsifica
aquilo que ainda não foi inventado.
Quando volta do exterior, nunca diz a verdade
quando o fiscal aduaneiro pergunta o que traz
na bagagem.
Quando encontra algum objeto perdido, na
maioria das vezes não devolve.
Pede ao amigo que está em algum trabalho
público, principalmente político, um lugarzinho
para seus filhos em vez de estimulá-los a
estudar e conseguir seus próprios
empregos....
Não se importa (muitas vezes até ajuda) se
seu filho faz parte daquele grupo que fraudou
o concurso público e passou, em detrimento
de outros candidatos que honestamente
tentaram passar. E olha aí: concurso na área
jurídica....
Vai até a escola e paga o maior esporro na
professora ou professor que deu a bronca em
seus filhinhos...
Faz vista grossa quando seu filhinho ainda
pequeno chega da escola com pequenos
objetos que não lhe pertencem ao invés de
fazê-lo devolver no dia seguinte;
Não respeita e não cumpre as leis;
Adultera documentos para entrar em locais
proibidos para menores, com a conivência
dos pais;
E quer que os políticos sejam honestos....
Escandaliza-se com o “mensalão”, o “dinheiro
na cueca”, a “farra das passagens aéreas”,
“lava jato”, “pedaladas fiscais”...
Esses políticos que aí estão saíram do meio
desse mesmo povo, ou não saíram? Brasileiro
reclama de quê, afinal? E é a mais pura
verdade, isso que é o pior! Então sugiro
adotarmos uma mudança de comportamento,
começando por nós mesmos, onde for
necessário!
Vamos dar o bom exemplo!
Fala-se tanto sobre a necessidade
deixarmos um planeta melhor para os
nossos filhos e esquecem da urgência de
deixarmos filhos melhores (educados,
honestos, dignos, éticos, responsáveis)
para o nosso planeta, através dos nossos
exemplos!
CRÔNICA DA VIDA
Malubarni
Vila Nova De Gaia - Porto – Portugal
Somos todos passageiros, passageiros de um
trem qualquer, e vamos num daqueles
comboios, e nosso subconsciente traça uma
visão idílica.
Pensamos sempre no destino final,
aguardamos ansiosos a nossa estação.
Imaginamos, que nas estações da vida ao
desembarcarmos haverá, bandas a tocar e
bandeiras a acenar. E achamos que quando
chegarmos a estação idealizada, todos os
nossos sonhos irão se concretizar.
Assim passamos nossa vida a planejar:
“Quando eu tiver dezoito anos….”
“Quando eu comprar um carro novo…”
“Quando colocar meu último filho na
Universidade..”
“Quando eu for promovido…”
“Quando me aposentar , vou viver feliz para
sempre!”
Mais cedo o mais tarde, percebemos , que
não há estação, não há lugar a chegar. A
VERDADEIRA ALEGRIA DA VIDA É A
VIAGEM. A estação é apenas um sonho, que
fica cada vez mais longe.
Por isso devemos parar de contar os
quilómetros. Em vez disso, vamos apreciar a
viagem, curtir mais, o que vemos todos os
dias, flores, paisagens, crianças, nadar no rio,
tomar sorvete, olhar o pôr do sol, rir mais e
chorar menos. Porque uma coisa é certa, a
última estação, esta chegará.!!!
5. AMIZADE INSEPARÁVEL
Vinicius de Moraes
Eu talvez não tenha muitos amigos.
Mas os que eu tenho são os melhores que
alguém poderia ter.
Além disso tenho sorte, porque os amigos que
tenho têm muitos amigos e os dividem comigo.
Assim o meu número de amigos sempre
aumenta, já que eu sempre ganho amigos dos
meus amigos.
Foi assim aqui, uns eu ganhei há tempos,
outros são mais recentes.
E quem os deu não ficou sem eles, pois a
amizade pode sempre ser dividida sem nunca
diminuir ou enfraquecer.
Pelo contrário, quanto mais dividida, mais ela
aumenta.
E há mais vantagens na amizade: é uma das
poucas coisas que não custam nada e valem
muito, embora não sejam vendáveis.
Entretanto, é preciso que se cuide um pouco
das amizades. As mais recentes, por
exemplo, precisam de alguns
cuidados...Poucos, é verdade, mas
indispensáveis.
É preciso mantê-las com um certo calor, falar
com elas mais amiúde e no início, com muito
jeito.
Com o tempo elas crescem, ficam fortes e até
suportam alguns trancos.
Prezo muito minhas amizades e reservo
sempre um canto no meu peito para elas.
E, sempre que surge a ocasião, também não
perco a oportunidade de dar um amigo a um
amigo, da mesma forma que eu ganhei.
E não adiantam as despedidas, de um amigo
ninguém se livra fácil. A amizade além de
contagiosa é totalmente incurável. "
EU GOSTO DO IMPOSSÍVEL
(Bob Marley)
Eu gosto do impossível, tenho medo do
provável, dou risada do ridículo e choro
porque tenho vontade, mas nem sempre
tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que
às vezes não demonstra o tanto de
insegurança por trás dele. Sou inconstante e
talvez imprevisível. Não gosto de rotina. Eu
amo de verdade aqueles pra quem eu digo
isso, e me irrito de forma inexplicável quando
não botam fé nas minhas palavras. Nem
sempre coloco em prática aquilo que eu julgo
certo. São poucas as pessoas pra quem eu
me explico.
A PIADA DA SEMANA
O guarda manda o sujeito parar o carro.
- Seus documentos, por favor. O senhor
estava a 130km/h e a velocidade máxima
nesta estrada é 100.
- Não, seu guarda, eu estava a 100, com
certeza. A sogra dele corrige:
- Ah, Chico, que é isso! Você estava a 130 ou
mais! O sujeito olha para a sogra com o rosto
fervendo.
- E sua lanterna direita não está
funcionando...
- Minha lanterna? Nem sabia disso. Deve ter
pifado na estrada... A sogra insiste:
- Ah, Chico, que mentira! Você vem falando
há semanas que precisa consertar a lanterna!
O sujeito está fulo e faz sinal à sogra para
ficar quieta.
- E o senhor está sem o cinto de segurança.
- Mas eu estava com ele. Eu só tirei para
pegar os documentos!
- Ah, Chico, deixa disso! Você nunca usa o
cinto! O sujeito não se contém e grita para a
sogra: - CALA ESSA BOCA! O guarda se
inclina e pergunta à senhora:
- Ele sempre grita assim com a senhora? Ela
responde:
- Não, seu guarda. Só quando ele bebe.
oOo
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