O século XIX com suas inovações científicas e tecnológicas além das teorias darwinianas e racistas que justificaram o colonialismo dos povos africanos e asiáticos.
2. O século XIX foi marcado pelo
desenvolvimento do conhecimento
científico. A busca por novas
tecnologias, alavancada pela
Revolução Industrial, fez com que os
estudiosos se multiplicassem nas
mais variadas áreas do
conhecimento. Nessa época, várias
academias e associações voltadas
para o “progresso da ciência”
reconheciam a figura dos cientistas e
colocavam os mesmos como
importantes agentes de
transformação social.
3. CHARLES DARWIN E A ORIGEM DAS ESPÉCIES
O livro “A Origem das Espécies por
Meio da Seleção Natural” foi publicado
na Inglaterra em 24 de novembro de
1859 e foi escrito pelo naturalista
britânico Charles Darwin. A obra
científica desenvolve a teoria
evolucionista que chamou de “seleção
natural”, que afirma que organismos
com variações genéticas são capazes
de se adaptar ao meio ambiente e
tendem a propagar descendentes
adaptados, o que altera a estrutura
genética geral das espécies.
4.
5. DARWINISMO SOCIAL
o chamado “darwinismo social” nasceu desenvolvendo
a ideia de que algumas sociedades e civilizações eram
dotadas de valores que as colocavam em condição
superior às demais.
observamos que o darwinismo social acabou inspirando
os movimentos nacionalistas, que elaboravam toda uma
justificativa capaz de conferir a superioridade de um
povo ou nação.
o darwinismo social criou métodos de compreensão da
cultura impregnados de equívocos e preconceitos.
6. EUGENIA
O cenário estava armado para
que o primo de Darwin, o
pesquisador britânico Francis
Galton, se apropriasse das
descobertas do naturalista para
desenvolver uma nova ciência.
Seu objetivo: o
aperfeiçoamento da espécie
humana por meio de
casamentos entre os “bem
dotados biologicamente” e o
desenvolvimento de programas
educacionais para a reprodução
consciente de casais
saudáveis. Seu nome: eugenia.
7. O RACISMO COMO CIÊNCIA
Arthur de Gobineau é considerado
uma das figuras históricas mais
polêmicas e controversas pelos
seus pensamentos. Ele tornou-se
Ministro da França no Brasil
como eram chamados os
embaixadores a total contragosto,
diga-se de passagem, em 1869.
Alegava que sua nomeação a
esse cargo o obrigava a se
separar da família e de Paris,
além de obrigá-lo a conviver com
uma população mestiça, algo para
ele abominável.
8. Gobineau estava inserido nas discussões intelectuais do XIX
acerca das raças humanas. Sua ideia central era defender um
escalonamento racial. Para tanto, ele elaborou uma teoria
classificatória da humanidade, onde a raça ariana ocupava o
topo da hierarquia social. Os miscigenados, por não serem puros
de sangue não teriam ordenação na sua teoria, eles seriam
inclassificáveis pela ambivalência.
A mestiçagem refutada por Gobineau desumanizava o outro os
mestiços. A esses não havia possibilidade de ocupação na
escala racial, pois não havia como criar critérios para se
classificar, nomear e ordenar com cientificidade, afinado com o
pensamento moderno (SOUSA, 2006, 6).).).
Partindo desse pressuposto, para Gobineau a mestiçagem criava
um povo degenerado, porque não conserva, nas suas veias, o
mesmo sangue original que sucessivas misturas fizeram,
gradualmente, modificar seu valor; em outras palavras... não tem
conservado a mesma raça dos seus fundadores (GOBINEAU,
1853, 24).
9.
10. PASTEUR E O FIM DOS MIASMAS
No início do século XIX, a
maioria dos médicos
acreditava que as doenças
eram provocadas por
miasmas – partículas
invisíveis originárias da
putrefação de animais e
vegetais.
Com as descobertas de
Louis Pasteur a ciência
médica mudou
radicalmente – elevação
da temperatura e
resfriamento para eliminar
micróbios: pasteurização.
11. SANEAMENTO E VACINAÇÃO
Na Idade Contemporânea (1790 até os dias de
hoje), a revolução termodinâmica, possibilitada pela
máquina a vapor, incentivou a aceleração do
processo produtivo, causando um forte impacto
ambiental e socioeconômico. O combate à poluição
das águas se intensificou na França, quando em
1829, foram criadas leis que previam punições com
multa ou prisão para quem atirasse nas águas
produtos que provocassem envenenamento ou
destruição dos peixes.
Iniciou-se a implantação do saneamento, assim
como sua administração e legislação em conjunto
com outros serviços públicos. Na Inglaterra, os
resíduos industriais foram incluídos na lei britânica
de controle da poluição das águas. Com o
desenvolvimento de grandes centros industriais
iniciou-se um processo de migração das zonas
rurais e os imigrantes passaram a viver em
péssimas condições de habitação e trabalho,
índices de mortalidade e doenças aumentaram de
forma considerável. A cólera levou a óbito 180 mil
pessoas na Europa, e John Snow comprovou a
12. Um estudo de Edwin Chadwick em 1842 serviu de base
para o desenvolvimento das relações entre saneamento e
saúde, dando início a medicina preventiva. A visão
higienista tornou-se dominante ao final do século XIX e na
França implantou-se a medicina urbana, que objetiva os
espaços das cidades, disciplinando a localização de
cemitérios e hospitais, arejando as ruas e as construções
públicas. Em 1875, no Brasil, iniciou-se a utilização de
tubos de ferro fundido na adução de águas dos Rios
d´ouro e São Pedro, para abastecimento do Rio de
Janeiro. Em Diamantina, Minas Gerais, construiu-se a
primeira hidroelétrica do País para mineração, em 1883.
Seis anos depois, em Juiz de Fora a primeira hidroelétrica
foi construída para abastecimento público. Em 1893, foi
criada a Repartição de Água e Esgoto da cidade de São
Paulo, com a incapacitação da Cia. Cantareira, empresa
privada responsável pelo abastecimento da cidade.
Atualmente cerca de um bilhão de pessoas não tem
acesso à água potável no Mundo. A previsão é de que
cerca de dois bilhões de pessoas sofrerão com a
escassez de água potável até meados do século, caso
medidas não sejam adotadas para preservar e recuperar
recursos hídricos. Cerca de 80% das doenças detectadas
no mundo ainda são relacionadas ao controle inadequado
da água e seis mil crianças morrem diariamente devido a
doenças ligadas à água insalubre e a um saneamento e
higiene ineficientes.
13. NOVOS MEIOS DE TRANSPORTE
No século XIX surgiram os
dois tipos de transportes
que provocaram mudanças
mais significativas: a
ferrovia e o navio a vapor
proporcionando
encurtamento das
distâncias.
A Inglaterra se beneficiou
do pioneirismo da técnica e
da condição de maior
produtor de ferro do mundo.
14. As carroças e carruagens trafegavam por
estradas de terra muito precárias. Na década
de 1820, MacAdam criou uma técnica: várias
camadas de pedra britada cobertas por
cascalho e comprimidas por uma rolo. Em
sua homenagem foi chamada de macadame.
15. No século XVIII apareceu um veículo de
duas rodas movido sem ajuda de animais
denominado celerífero, movimentado pelo
impulso das pernas e andava somente em
linha reta. Na segunda metade do séc. XIX,
o barão Karl Dreis, adaptou uma direção,
passando a chamar-se draisiana. Na década
de 1860 foram acrescentados pedais, freios
e pneus de borracha.
16.
17. ELETRICIDADE
No ínicio do século XIX a iluminação era obtida
com um gás obtido do carvão. O problema era
que cada bico de gás era aceso
individualmente.
Benjamin Franklin descobriu o uso p´ratico para
a eletricidade: o para-raios.
Aprimorada no séc. XIX a lâmpada elétrica teve
melhor desempenho com Thomas Edison. Em
pouco tempo a iluminação elétrica desbancou a
iluminação a gás.
18.
19. TELÉGRAFO, TELEFONE, RÁDIO
1838 Samuel Morse criou um código
transmitido por um fio condutor.
1876 Alexandre Graham Bell registrou a
patente do telefone.
1896 Guglielmo Marconi conseguiu transmitir
o som sem necessidade de fios: o rádio
20.
21. Essas inovações
mudaram radicalmente
o cotidiano das pessoas.
Estabeleceu-se uma
vida noturna e surgiram
novos espaços de
convívio com a
multiplicação de teatros,
hotéis, cafés.
O século XIX trouxe o
sucesso da ciência, dos
experimentos, das
invenções, dos
mecanismos
revolucionários.