O documento discute a resiliência, definindo-a como a capacidade de resistir a pressões e se adaptar às mudanças sem perder a essência. A água é usada como exemplo de substância resiliente que pode assumir diferentes formas sob pressão, mas sempre retorna ao estado original. A resiliência também é caracterizada como a habilidade de lidar com adversidades da vida e transformar crises em oportunidades de crescimento.
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
Revista Projeto Inove 02
1. 2017 | março | ano 1 | Nº 02
N VEIa vida sob um novo prisma
PROJETO
enriquecendo
MENTESO
IRRADIANDO BEM-ESTAR
sobre
resiliência
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RESILIÊNCIA RESILIÊNCIA
Resiliência é um termo usado na linguagem
acadêmica, que veio migrado da física.
Significa a resistência de uma substância
a fortes pressões, temperaturas extremas e
a quaisquer outros fatores externos, e que,
ao final de tudo, o estado inicial voltará a
prevalecer.
A água é um exemplo clássico de alta
resiliência. Tomemos o seu exemplo para
nossa melhor compreensão.
Esta substância é totalmente passiva
quando as necessidades lhe pressionam a
mudar de forma ou de estado. Com o calor
torna-se vapor; com a ausência do mesmo
se solidifica. Adapta-se ao meio. E basta
novamente só um comando para voltar a ser o
que era antes. Sem problema! Temos tido nós
sobre a resiliência
sempre
em
direção à
próxima
árvore
Neste mundo, nada é mais maleável
e frágil quanto a água. Contudo,
ninguém, por mais poderoso que
seja, resiste à sua ação (corrosão,
desgaste, choque de ondas), ou pode
viver sem ela. Não é bastante claro
que a flexibilidade é mais eficaz que a
rigidez? Poucos agem de acordo com
essa convicção. - Lao-Tsé
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RESILIÊNCIA RESILIÊNCIA
essa sabedoria, flexibilidade e renúncia?
A água também vai aonde deva ir. Viaja
pelo mundo, sendo tomada por correntes a
lugares às vezes paradisíacos, e outras tantas
para os confins mais inóspitos da Terra. Mas
se for necessário dar uma parada, pode ficar
ali para sempre sem reclamar. De uma grande
onda havaiana, belíssima e imponente, ou uma
majestosa cachoeira, a um remoto e profundo
iceberg.
Ela ainda também nos dá outro ensinamento:
Se envolve com qualquer tipo de substância mais
não perde sua essência. Com certos até convive
de perto mais não se mistura. O óleo bem que
tenta. Pela aparência pode até parecer que se
perdeu, mais continua água. Juntos, mas não
misturados.
Esta é a força de resistência que observamos
neste composto maravilhoso. Mesmo com toda
esta capacitação, ela não exige lugares de glória.
Seja qual for o espaço que lhe estiver reservado,
pequeno ou grande, estreito ou largo, de difícil ou
fácil acesso, ela irá se acomodar com perfeição.
Estará satisfeita, pois foi designada para isso
mesmo.
Assim, pessoa resiliente é caracterizada
por um conjunto de atitudes adotadas pelo ser
humano para resistir aos embates da vida.
A análise dos comportamentos leva à ideia
de que todo ser humano traz dentro de si essa
capacidade inata.
Alguns a estimulam por si mesmos
sobrepujando guerras, maus tratos, conflitos
diversos. Outros precisam de ajuda externa, seja
de comunidades religiosas ou não, da família ou
de terapeutas para ajudá-los a criar os fatores
de proteção que suavizam os fatores de risco.
Ou seja, são as forças internas e externas
que contribuem para minorar esses fatores de risco. E a essa força chama-se resiliência. Assim, diz-se que um indivíduo é resiliente quando
consegue superar (e não necessariamente eliminar) as adversidades, encontrando forças para superar e aprender com elas.
A forma como lidamos com os agentes estressores é que determinaria o grau de resiliência alcançado. O ser resiliente não foge das
opressões e consegue neutralizar seus efeitos sem que necessariamente as mesmas sejam afastadas ou diminuídas.
Dá a volta por cima e segue adiante.
Ser resiliente também implica em aceitar as coisas como são, se não puderem ser modificadas. A angústia leva algumas pessoas ao
desespero enquanto outras procuram consolo e resposta para os acontecimentos.
Aprendemos com Lao-Tsé: O rio atinge seus objetivos porque aprendeu a contornar obstáculos.
Mediante a coragem de defrontar os sofrimentos e os reveses e trabalhá-los corajosamente com os instrumentos da realidade, podemos
modificar o nosso estado íntimo de aceitação ou não das circunstâncias, ensejando-nos ressignificar as ocorrências e seus efeitos em nós,
mudando nossa forma de pensar e de ser.
Quanto maior a lucidez da consciência, melhor equipado o indivíduo na superação da amargura, do desespero, da infelicidade.
Um exemplo caracteriza bem o tema.
Terry Fox foi um atleta canadense e, mais notavelmente, um ativista para o tratamento de câncer em seu país.
Depois de perder uma de suas pernas para um sarcoma, Terry Fox, decidiu cruzar o país de costa a costa, para arrecadar fundos para a
pesquisa do tratamento do câncer, pretendendo um milhão de dólares canadianos. Ele começou sua jornada em São João da Terra Nova, em
Terra Nova e Labrador, na costa atlântica, em 12 de abril de 1980, e pretendia ir até Vancouver, Colúmbia Britânica, na costa pacífica, numa
jornada que acabou conhecida como Maratona da Esperança.
Terry Fox correu durante a Maratona da Esperança, em média, o equivalente a uma maratona – 42 quilômetros – por dia. Após 143 dias
consecutivos, e de ter percorrido aproximadamente 5.300 quilômetros, Fox foi obrigado a parar sua jornada, quando soube que seu câncer
havia se espalhado para seus pulmões. Fox acabou morrendo alguns meses depois, aos 22 anos de idade.
A Maratona da Esperança arrecadou um total de 360 milhões de dólares canadianos para pesquisa sobre o tratamento de câncer.
Que a esperança ocupe o nosso tempo e a
autoconfiança preencha nossos sentimentos.
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RESILIÊNCIA RESILIÊNCIA
Ato de coragem próprio de quem tem
objetivo de vida, propósito de viver, resiliência.
Certa feita, questionado por um repórter se
a sua meta de cruzar a pé todo o seu país não
era ousada demais em face de sua deficiência
física, respondeu-lhe que em momento algum
ele anunciara que tinha esse compromisso
(cruzar todo o seu país caminhando uma
maratona por dia). Proponho-me sim,
continuou ele com outras palavras, ao me
levantar cada manhã, caminhar em direção a
próxima árvore ou ao próximo poste, e assim
sucessivamente, buscando vencer o caminho
parte por parte, poste por poste, árvore por
árvore. Se ao final de um dia caminhei 1, 30
ou 42 quilômetros, é consequência apenas,
pois, na manhã seguinte guardarei o firme
propósito de ir sempre em direção à próxima
e seguinte árvore. Se caio, busco forças em
Deus e me levanto, continuando a marcha. Os
percalços, as dores, tolero-os e sigo em frente
sem destemor. E concluiu dizendo: a vida para
mim faz sentido, pois eu tenho um propósito
de viver alcançável, já que o vejo sempre
próximo, e, se não conseguir chegar ao grande
final almejado, assim mesmo terei chegado ao
meu ponto máximo, pois terei dedicado o meu
máximo. A determinação é minha força motriz.
Esforço e sofrimento que me custem, é o
preço da passagem para a viagem que resolvi
espontaneamente empreender.
A compreensão que o ser demonstra
em torno dos objetivos de sua existência,
facilita-lhe entender e aceitar o sofrimento
e a necessidade de mais de empenhar em
fortalecer suas resistências e melhor exercitar
sua flexibilização sobre suas crenças, valores
e critérios de vida. Reconhece que a única
constante na vida é a mudança. E que seja
para melhor, então.
Essa aceitação e superação dos desafios
que a vida terrena nos oferece é que demonstram
atitudes resilientes.
Bem observado, veremos que a resiliência pode
nos levar a ser pessoas bem realizadas e resolvidas.
Em síntese, resiliência é:
• Suportar com dignidade os acidentes da vida.
• Enfrentar contrariedades e manter a integridade.
• Ter plena consciência de que vida é complexa
e, como tal, possui fatos imprevisíveis e inevitáveis.
• Desenvolver flexibilidade diante das
adversidades.
• Não culpar os outros pelas derrotas, mas usá-
las para expandir a maturidade pessoal.
• Transformar o caos em oportunidade criativa e
crescer diante da dor.
• Traçar pontes entre os projetos de vida e a
disciplina perseverante.
• Dar utilidade à própria vida.
• Simplificar o modo de viver.
• Valorizar o próximo.
• Redescobrir o valor do trabalho também
como fator de equilíbrio emocional, da solidariedade
como fonte de bem-estar e refazimentos das forças
mantenedoras da vida, e da tolerância, como rede
de amortecimento das atitudes insensatas ou
desgostantes.
Por mais que os Céus demonstrem a formação
de forte chuva, e os raios e trovões prenunciem
momentos de apreensão e possíveis estragos,
anteveja o após a tempestade, com atmosfera
mais limpa, os campos, as árvores e as plantações,
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RESILIÊNCIA
verdejantes e promissoras, como se agora sorrissem em resposta aos Céus, agradecendo.
Assim em nossos dias. Que a esperança ocupe o nosso tempo e a autoconfiança
preencha nossos sentimentos.
Deixemos nossas lembranças reverem o Grande Poeta de Deus, Trovador da
Esperança, com sua ética que era uma poesia e exalava como perfume, com quem a
natureza foi destaque com seus exemplos vivos, dando-nos elementos simples para
compreensão do mais complexo, o que demarcou suas lições para ficarem entre nós para
sempre.
Ele apontou os lírios no campo, falou de como eles crescem e não trabalham, nem
fiam; no entanto, afirmou, que nem mesmo o Rei Salomão, em toda a sua glória, se vestiu
em beleza e graça como um deles.
Apontou as aves do céu, lembrando-nos, os que vivemos ansiosos pelo dia de amanhã
ou pelos prenúncios de problemas que talvez nem cheguem, que elas nem semeiam, nem
colhem, nem ajuntam em celeiros; mas o Grande Zelador da Vida as alimenta. E, com
suavidade de Mestre sábio, nos deixa a pergunta no ar: Você não tem muito mais valor do
que elas?
Não estamos em desamparo perante o Grande Todo, o Rei de Jade, do taoísmo.
Confiemos, prossigamos, realizemos.
E, por fim, fala-nos também ao coração, Lao-Tsé:
Seja humilde, e permanecerás íntegro.
Curva-te, e permanecerás ereto.
Esvazia-te, e permanecerás repleto.
Gasta-te, e permanecerás novo.
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