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O VALOR DA CONSTÂNCIA (11/08/09)




Na região em que Jesus morava havia um grande lago; tão grande que era chamado de Mar da Galiléia.
Cristo gostava de reunir as pessoas à beira do lago. As pessoas sentavam-se a sua volta nas praias. Diz
S.Mateus: “Naquele dia, saiu Jesus e sentou-se à beira do lago. Acercou-se dele tal multidão, que ele
precisou entrar numa barca. Nela se assentou, enquanto a multidão ficava à margem. Seus discursos
foram uma série de parábolas.”



Jesus Cristo usa como comparação o que as pessoas viam todos os dias: “Um semeador saiu a semear.
E, semeando, parte da semente caiu ao longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram. Outra
parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco
profunda. Logo porém que o sol nasceu, queimou-se por falta de raízes. Outras sementes caíram sobre
os espinhos: os espinhos cresceram e as sufocaram. Outras, enfim, caíram em terra boa: deram frutos,
cem por um, sessenta por um, trinta por um. Aquele que tem ouvidos, ouça.” (Mt 13,1-9 )



É um belo modo de apresentar a questão da Constância; só quando há constância, há frutos. A
inconstância, pelo contrário, esteriliza a vida. Tantos bons desejos começam fulgurantes, mas morrem
diante de pequenos obstáculos, deixando de lado a vida cristã mais séria.



Para nos ajudar a meditar sobre a Constância, lembro um documentário que assisti sobre o relato de
dois alpinistas que escalaram uma montanha do Peru. Um terceiro colega ficou na base. Havia muito
gelo e neve. No 2º dia de escalada chegaram ao pico e começaram a descer. Um deles escorregou e,
na pancada da queda, quebrou a perna. Pensou que ia morrer, mas o outro colega prendeu sua perna
quebrada, atou-o à corda e começou a desliza-lo montanha a baixo. De 90 em 90 metros descia o
amigo e seguia atrás. Estava já exausto, percebendo que não agüentaria continuar. Estavam na parte
inferior da montanha, faltavam apenas 20 metros, mas ele não sabia disso, quando precisou cortar a
corda. Caiu o amigo ferido numa placa de gelo, que se partiu e afundou na neve. Pensando que
provocara a morte do colega, o que estava são desceu até a base da montanha, enquanto o outro deixou-
se deslizar buraco abaixo, saindo do outro lado. Já embaixo, viu as pegadas do amigo e foi se
arrastando.



Estabelecia um ponto visual e se arrastava até lá, por 20 minutos, repetindo sempre o procedimento, até
que o solo coberto com neve terminou. Amarrou, então, o colchonete na perna ferida e continuou se
arrastando, de tantos em tantos minutos. Enquanto isso, os outros dois estavam no acampamento, se
recuperando física e psicologicamente. Estabeleceram que partiriam na manhã seguinte. Nessa noite,
embora confuso e delirante, o amigo da perna quebrada se aproximou e começou a gritar o nome do
companheiro. Com muitos quilos a menos, ele se salvou, recuperou-se e tornou a escalar montanhas,
alguns anos depois.



Com pequenas metas podemos chegar mais longe do que imaginamos. Mas é preciso constância. O
homem da história precisou de: fortaleza e coragem, metas claras, perseverança.

* Precisamos ser fortes se queremos conseguir objetivos sérios, de valor, na vida. Jesus Cristo não
cedia às pressões do ambiente, dos fariseus. Se você quiser mudança pessoal na vida, precisará ser
forte. São verdadeiros e simpáticos os antigos provérbios populares:

“Rapadura é doce, mas não é mole não”.

“A vida é como a cana; só dá açúcar depois de muito aperto”.

Se alguém quer viver esmeradamente a fidelidade matrimonial deverá enfrentar elogios e pressões à
volta. É preciso fortaleza para ir à missa naquele dia difícil, ou para ir se confessar, em vez de fazer
algo mais agradável.



* É preciso perseverança quando pensamos em parar. Como o alpinista que julgava morrer, mas
reagia. É importante perseverar na disposição. Tirar um propósito, uma determinação. Recebi pela
internet um texto que mostrava uma relação de fatos e nomes conhecidos.

O superstar do basquete mundial, Michael Jordan, foi cortado do time da escola.

Churchill repetiu a 6ªsérie e foi ministro da Inglaterra aos 62 anos.

Einstein só falou aos 4 anos, aprendeu a ler aos 7 e foi classificado de lerdo pela professora.

Thomas Edson teve muitos fracassos até inventar a lâmpada elétrica.



Perseverar no esforço para fazer o planejamento do dia. Perseverar na leitura espiritual de 10 minutos,
ainda que a TV e o computador atraiam.



   Metas claras:

   •   Nesse mês vou enfrentar um trabalho desagradável.
   •   Nessa semana vou deixar as gavetas em ordem.
   •   Hoje não vou falar mal de ninguém.
   •   Na próxima hora vou ouvir e me interessar pelas crianças.
Com pequenas metas claras, alcançaremos as grandes, arrancando defeitos antigos nossos.

Mesmo que haja falhas, não desanimemos; é propor novas metas e recomeçar. A santidade pessoal só
é alcançada com lutas pequenas e constantes.

Conseguir uma virtude não é fácil. Alcançar novo patamar de vida cristã exige persistência. S.
Josemaria Escriva tinha predileção pelas últimas pedras de uma construção.




                                  2ª PALESTRA




A Constância é trabalhosa, mas dá grandes frutos na nossa vida. Tudo o que é valoroso tem seu preço,
dá trabalho. Podemos comparar a Constância à corrida de obstáculos. Os corredores saltam até cruzar a
meta. Pensava em 5 obstáculos claros que devemos vencer para sermos constantes:



1) Entusiasmo superficial. Na parábola do semeador, é a semente que cai na superfície, cresce
rapidamente, mas não lança raízes.

É o corredor que parte com entusiasmo e, vendo que os outros também correm bem, desanima. É bom
que a pessoa seja entusiasmada, mas o entusiasmo superficial não leva a nada. Lembra o jovem rico
que se entusiasmou com Jesus Cristo, quis seguir seus conselhos, mas quando Jesus mostrou que ia
custar, ele foi embora triste. Não basta o entusiasmo fugaz pela proposta do Cristianismo. A pessoa se
empolga com a idéia de oração mental, mas rapidamente deixa de lado diante dos obstáculos diários. O
que rende é perseverar, quando o entusiasmo não é tão grande, mas a meta ainda está no coração.



2) Cansaço: Judas pode ter ficado cansado. Ele entrou como os outros apóstolos, entusiasmado, mas
Jesus Cristo não aproveitou os ventos favoráveis para tomar o poder ou ganhar dinheiro. O trabalho
supõe muitas horas, pesquisas; a tendência das pessoas seria ficar saltitando para coisas menos
desagradáveis. Mas o que Jesus nos pede é o esforço, sacrifício, a superação do obstáculo. Dá um
sentimento bom. Às vezes é o cansaço para corrigir um filho. É preciso repetir muitas vezes, sem
desistir.



3) Um terceiro inimigo, que pode se disfarçar em cansaço, é a Preguiça. Só de olhar um caminho que
parece longo, já dá preguiça de antemão. Já dizia Aristóteles uma verdade irrefutável: “a única maneira
de tocar harpa é tocar harpa...”. Gostaríamos que houvesse outros métodos; que aprendêssemos de
tanto ouvir. Só vencendo a preguiça é que se pode tocar harpa.

A pessoa quer fazer o exame de consciência à noite para ter um balanço do dia. Ou quer acompanhar o
exercício dos filhos. O único jeito de ir à missa com regularidade é... ir à missa. Se não afastamos a
preguiça podemos nos tornar pessoas teóricas; com muitos desejos e nenhuma realidade. Jesus se
levantava imediatamente e ia, sem nenhuma preguiça.



4) Outro possível obstáculo na corrida da vida é o Desânimo. Dizia São Josemaria Escriva em Sulco:
“Quando se extinguem as labaredas do primeiro entusiasmo, avançar às escuras torna-se penoso. – Mas
esse progresso, que custa, é o mais firme. E depois, quando menos esperas, cessará a escuridão e
voltarão o entusiasmo e o fogo. - Persevera!”.

Podemos desanimar de nossos erros, ou da demora das coisas, mas Deus sempre está do nosso lado. Só
pode desanimar quem esquece dessa realidade.

Só um louco joga fora o resto do seu tesouro, quando perde uma parte dele. Desanimar porque algo
não sai como queríamos não significa que deixemos tudo de lado. Se a educação dos filhos não saiu
como queríamos, ou o desejo de ajudar os outros se choca com a má vontade e a ironia, não podemos
desanimar. Nós mesmos repetimos os erros, a ponto de nossa confissão parecer uma gravação.
Perseverar é o único meio.



5) O último obstáculo é a Impaciência. O impaciente é o que quer ser paciente muito depressa. Quer
durma o lavrador, ou fique acordado, a planta cresce. Gostaríamos que o defeito da pessoa com quem
convivemos desaparecesse hoje. Mas é preciso esperar.

Seria bom se só falássemos 2 vezes e os filhos compreendessem e obedecessem. Não podemos chutar
o balde, desistir de ter presença de Deus diante do trabalho, ou desistir de dominar a curiosidade. O
único meio é persistir: 20 minutos, mais 20 minutos, mais 20 minutos, até chegar à meta.



Depois de comer o pão deixado pelo Anjo, Elias correu 40 dias e 40 noites com lembra a leitura do
último domingo. É uma prefiguração da Eucaristia: “Eis o Pão dos Caminhantes”. Nossa vida é longa,
cansativa. Deus sabe disso e por esta razão Ele faz questão de nos dar um alimento especial; Seu
próprio corpo e Seu próprio sangue.

A questão da Constância é uma questão do espírito. E o conselho seguro é garantir o grande alimento
de sua vida e a confissão freqüente. Havendo essas condições temos o meio de sermos constantes na
vida. Cristo enche nosso coração de alegria e revitaliza nossa fé.

Que coisa boa poder comungar sempre! É uma força para a vida.
Vamos examinar nossa vida e aproveitar a ocasião. Qual desses obstáculos está nos emperrando? Com
a ajuda de Maria Santíssima chegaremos à Eucaristia. Ela será a condutora até seu Filho ou às metas
de nossa vida, até a grande Meta.




Próximo Recolhimento: 8 de Setembro, 3ª feira – Edificar a Família

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O VALOR DA CONSTANCIA-agosto

  • 1. O VALOR DA CONSTÂNCIA (11/08/09) Na região em que Jesus morava havia um grande lago; tão grande que era chamado de Mar da Galiléia. Cristo gostava de reunir as pessoas à beira do lago. As pessoas sentavam-se a sua volta nas praias. Diz S.Mateus: “Naquele dia, saiu Jesus e sentou-se à beira do lago. Acercou-se dele tal multidão, que ele precisou entrar numa barca. Nela se assentou, enquanto a multidão ficava à margem. Seus discursos foram uma série de parábolas.” Jesus Cristo usa como comparação o que as pessoas viam todos os dias: “Um semeador saiu a semear. E, semeando, parte da semente caiu ao longo do caminho; os pássaros vieram e a comeram. Outra parte caiu em solo pedregoso, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque a terra era pouco profunda. Logo porém que o sol nasceu, queimou-se por falta de raízes. Outras sementes caíram sobre os espinhos: os espinhos cresceram e as sufocaram. Outras, enfim, caíram em terra boa: deram frutos, cem por um, sessenta por um, trinta por um. Aquele que tem ouvidos, ouça.” (Mt 13,1-9 ) É um belo modo de apresentar a questão da Constância; só quando há constância, há frutos. A inconstância, pelo contrário, esteriliza a vida. Tantos bons desejos começam fulgurantes, mas morrem diante de pequenos obstáculos, deixando de lado a vida cristã mais séria. Para nos ajudar a meditar sobre a Constância, lembro um documentário que assisti sobre o relato de dois alpinistas que escalaram uma montanha do Peru. Um terceiro colega ficou na base. Havia muito gelo e neve. No 2º dia de escalada chegaram ao pico e começaram a descer. Um deles escorregou e, na pancada da queda, quebrou a perna. Pensou que ia morrer, mas o outro colega prendeu sua perna quebrada, atou-o à corda e começou a desliza-lo montanha a baixo. De 90 em 90 metros descia o amigo e seguia atrás. Estava já exausto, percebendo que não agüentaria continuar. Estavam na parte inferior da montanha, faltavam apenas 20 metros, mas ele não sabia disso, quando precisou cortar a corda. Caiu o amigo ferido numa placa de gelo, que se partiu e afundou na neve. Pensando que provocara a morte do colega, o que estava são desceu até a base da montanha, enquanto o outro deixou- se deslizar buraco abaixo, saindo do outro lado. Já embaixo, viu as pegadas do amigo e foi se arrastando. Estabelecia um ponto visual e se arrastava até lá, por 20 minutos, repetindo sempre o procedimento, até que o solo coberto com neve terminou. Amarrou, então, o colchonete na perna ferida e continuou se arrastando, de tantos em tantos minutos. Enquanto isso, os outros dois estavam no acampamento, se recuperando física e psicologicamente. Estabeleceram que partiriam na manhã seguinte. Nessa noite, embora confuso e delirante, o amigo da perna quebrada se aproximou e começou a gritar o nome do
  • 2. companheiro. Com muitos quilos a menos, ele se salvou, recuperou-se e tornou a escalar montanhas, alguns anos depois. Com pequenas metas podemos chegar mais longe do que imaginamos. Mas é preciso constância. O homem da história precisou de: fortaleza e coragem, metas claras, perseverança. * Precisamos ser fortes se queremos conseguir objetivos sérios, de valor, na vida. Jesus Cristo não cedia às pressões do ambiente, dos fariseus. Se você quiser mudança pessoal na vida, precisará ser forte. São verdadeiros e simpáticos os antigos provérbios populares: “Rapadura é doce, mas não é mole não”. “A vida é como a cana; só dá açúcar depois de muito aperto”. Se alguém quer viver esmeradamente a fidelidade matrimonial deverá enfrentar elogios e pressões à volta. É preciso fortaleza para ir à missa naquele dia difícil, ou para ir se confessar, em vez de fazer algo mais agradável. * É preciso perseverança quando pensamos em parar. Como o alpinista que julgava morrer, mas reagia. É importante perseverar na disposição. Tirar um propósito, uma determinação. Recebi pela internet um texto que mostrava uma relação de fatos e nomes conhecidos. O superstar do basquete mundial, Michael Jordan, foi cortado do time da escola. Churchill repetiu a 6ªsérie e foi ministro da Inglaterra aos 62 anos. Einstein só falou aos 4 anos, aprendeu a ler aos 7 e foi classificado de lerdo pela professora. Thomas Edson teve muitos fracassos até inventar a lâmpada elétrica. Perseverar no esforço para fazer o planejamento do dia. Perseverar na leitura espiritual de 10 minutos, ainda que a TV e o computador atraiam. Metas claras: • Nesse mês vou enfrentar um trabalho desagradável. • Nessa semana vou deixar as gavetas em ordem. • Hoje não vou falar mal de ninguém. • Na próxima hora vou ouvir e me interessar pelas crianças.
  • 3. Com pequenas metas claras, alcançaremos as grandes, arrancando defeitos antigos nossos. Mesmo que haja falhas, não desanimemos; é propor novas metas e recomeçar. A santidade pessoal só é alcançada com lutas pequenas e constantes. Conseguir uma virtude não é fácil. Alcançar novo patamar de vida cristã exige persistência. S. Josemaria Escriva tinha predileção pelas últimas pedras de uma construção. 2ª PALESTRA A Constância é trabalhosa, mas dá grandes frutos na nossa vida. Tudo o que é valoroso tem seu preço, dá trabalho. Podemos comparar a Constância à corrida de obstáculos. Os corredores saltam até cruzar a meta. Pensava em 5 obstáculos claros que devemos vencer para sermos constantes: 1) Entusiasmo superficial. Na parábola do semeador, é a semente que cai na superfície, cresce rapidamente, mas não lança raízes. É o corredor que parte com entusiasmo e, vendo que os outros também correm bem, desanima. É bom que a pessoa seja entusiasmada, mas o entusiasmo superficial não leva a nada. Lembra o jovem rico que se entusiasmou com Jesus Cristo, quis seguir seus conselhos, mas quando Jesus mostrou que ia custar, ele foi embora triste. Não basta o entusiasmo fugaz pela proposta do Cristianismo. A pessoa se empolga com a idéia de oração mental, mas rapidamente deixa de lado diante dos obstáculos diários. O que rende é perseverar, quando o entusiasmo não é tão grande, mas a meta ainda está no coração. 2) Cansaço: Judas pode ter ficado cansado. Ele entrou como os outros apóstolos, entusiasmado, mas Jesus Cristo não aproveitou os ventos favoráveis para tomar o poder ou ganhar dinheiro. O trabalho supõe muitas horas, pesquisas; a tendência das pessoas seria ficar saltitando para coisas menos desagradáveis. Mas o que Jesus nos pede é o esforço, sacrifício, a superação do obstáculo. Dá um sentimento bom. Às vezes é o cansaço para corrigir um filho. É preciso repetir muitas vezes, sem desistir. 3) Um terceiro inimigo, que pode se disfarçar em cansaço, é a Preguiça. Só de olhar um caminho que parece longo, já dá preguiça de antemão. Já dizia Aristóteles uma verdade irrefutável: “a única maneira
  • 4. de tocar harpa é tocar harpa...”. Gostaríamos que houvesse outros métodos; que aprendêssemos de tanto ouvir. Só vencendo a preguiça é que se pode tocar harpa. A pessoa quer fazer o exame de consciência à noite para ter um balanço do dia. Ou quer acompanhar o exercício dos filhos. O único jeito de ir à missa com regularidade é... ir à missa. Se não afastamos a preguiça podemos nos tornar pessoas teóricas; com muitos desejos e nenhuma realidade. Jesus se levantava imediatamente e ia, sem nenhuma preguiça. 4) Outro possível obstáculo na corrida da vida é o Desânimo. Dizia São Josemaria Escriva em Sulco: “Quando se extinguem as labaredas do primeiro entusiasmo, avançar às escuras torna-se penoso. – Mas esse progresso, que custa, é o mais firme. E depois, quando menos esperas, cessará a escuridão e voltarão o entusiasmo e o fogo. - Persevera!”. Podemos desanimar de nossos erros, ou da demora das coisas, mas Deus sempre está do nosso lado. Só pode desanimar quem esquece dessa realidade. Só um louco joga fora o resto do seu tesouro, quando perde uma parte dele. Desanimar porque algo não sai como queríamos não significa que deixemos tudo de lado. Se a educação dos filhos não saiu como queríamos, ou o desejo de ajudar os outros se choca com a má vontade e a ironia, não podemos desanimar. Nós mesmos repetimos os erros, a ponto de nossa confissão parecer uma gravação. Perseverar é o único meio. 5) O último obstáculo é a Impaciência. O impaciente é o que quer ser paciente muito depressa. Quer durma o lavrador, ou fique acordado, a planta cresce. Gostaríamos que o defeito da pessoa com quem convivemos desaparecesse hoje. Mas é preciso esperar. Seria bom se só falássemos 2 vezes e os filhos compreendessem e obedecessem. Não podemos chutar o balde, desistir de ter presença de Deus diante do trabalho, ou desistir de dominar a curiosidade. O único meio é persistir: 20 minutos, mais 20 minutos, mais 20 minutos, até chegar à meta. Depois de comer o pão deixado pelo Anjo, Elias correu 40 dias e 40 noites com lembra a leitura do último domingo. É uma prefiguração da Eucaristia: “Eis o Pão dos Caminhantes”. Nossa vida é longa, cansativa. Deus sabe disso e por esta razão Ele faz questão de nos dar um alimento especial; Seu próprio corpo e Seu próprio sangue. A questão da Constância é uma questão do espírito. E o conselho seguro é garantir o grande alimento de sua vida e a confissão freqüente. Havendo essas condições temos o meio de sermos constantes na vida. Cristo enche nosso coração de alegria e revitaliza nossa fé. Que coisa boa poder comungar sempre! É uma força para a vida.
  • 5. Vamos examinar nossa vida e aproveitar a ocasião. Qual desses obstáculos está nos emperrando? Com a ajuda de Maria Santíssima chegaremos à Eucaristia. Ela será a condutora até seu Filho ou às metas de nossa vida, até a grande Meta. Próximo Recolhimento: 8 de Setembro, 3ª feira – Edificar a Família