O documento discute temas como sofrimento, esperança e suicídio. Apresenta a visão espírita de que o sofrimento é resultado do pagamento de dívidas do passado e deve ser enfrentado com resignação. O suicídio é considerado uma transgressão, e a esperança na reencarnação e no apoio mútuo entre as pessoas pode ajudar nos momentos difíceis.
2. Agenda
A caverna de todos Nós.
Bem aventurados os aflitos
Causa das aflições.
A consolação da reencarnação.
Nos dias difíceis.
O suicídio.
A esperança.
4. A Caverna de Todos Nós
“Um pouco de cada ser vivente neste planeta estava soterrado com
aqueles meninos esquálidos no fundo de uma caverna na Tailândia
aguardando por uma luz, por socorro, por esperança de continuarem
suas jornadas. Lamentável serem tantas as angústias, os clamores por
novas vidas e tão poucos os esforços por resgastes no dia a dia.
Desde menino, me chamam de “guerreiro” ou diziam que eu tinha de
ser um para conseguir suportar carregar o peso e as consequências de
uma deficiência severa. Demorei muitos anos para entender a razão do
rótulo, que me impunha sempre a necessidade de rugir firmemente, de
ser bravo, de ser destemido diante às adversidades que parecem não
ter fim.
5. A Caverna de Todos Nós
Hoje o conceito me é mais claro. Chamar o outro de guerreiro é uma
maneira de alertá-lo de que na selva ou na caverna, muitas vezes, a
vontade de continuar enfrentando o medo, de seguir pelejando para se
manter íntegro é um processo solitário, de enfrentamento de medos, de
dores físicas, mentais e sentimentais.
O que pouco se considera nos guerreiros é que a cada frente de
batalha, novos arranhões e feridas se formam, mais vulnerável se fica,
menos rugidos sobram.
Por mais fortes e resistentes que fossem os 12 meninos –e,
evidentemente, também o treinador–, foram os incansáveis
mergulhadores, socorristas, voluntários, rezadores e xamãs que deram
a eles, em momentos distintos, o fiar das garras para acreditarem que
se salvariam.
6. A Caverna de Todos Nós
Na caverna de cada um, o processo é semelhante. Há momentos
diversos em que apenas a dedicação própria é inócua para voltar à
superfície, que é fundamental que alguém, do lado de fora, dedique
algo a mais que desejos de boa luta, de boa sorte.
Na minha trajetória de “guerreiro”, a carapaça de resistência servia
mais para me fazer sentir dificuldades de compartilhar minhas
angústias, minhas fraquezas –e me tornar tremendamente arisco–, do
que para me tornar alguém firme, inume a qualquer sofrimento.
Quando o padecer de alguém se torna processo além do indivíduo,
mais rápido se atinge um ponto de equilíbrio, retoma-se energia, mais
lenta avança a desilusão.
7. A Caverna de Todos Nós
Quando se sabe que alguém está empenhando em arrumar uma corda
longa para resgatar um aflito de um buraco, algo na natureza humana
faz a gente não se esvair em choro e fim.
E sempre, sempre há algo a ser feito para quem está enfurnado em
uma caverna, mesmo se ela estiver parcialmente alagada, mesmo se
ela for lúgubre, estreita, desconhecida.
Os técnicos mais graduados envolvidos na recuperação dos garotos,
objetivamente, diziam ser muito difícil que tão pequenos seres fossem
capazes, em tão curto espaço de tempo, de aprender mergulho, de
controlar suas aflições e de adquirir o conhecimento necessário para
sair daquela situação.
8. A Caverna de Todos Nós
Junte-se a isso as tempestades que desabavam na região, a anêmica
condição física do grupo e a dificuldade de levar recursos para as
proximidades do ponto de contato. Mas do lado de fora, havia muito
mais que pensamento positivo, gritos de “vocês são guerreiros”.
Havia vontade e ação para que tudo se resolvesse, para que a luz não
se apagasse para eles e para cada um de nós. Sem nenhuma dúvida, é
necessário mais gente explorando cavernas e mais gente acreditando
que há chances de ser resgatado.”
Jairo Marques. Jornal Folha de São Paulo. 11 jul 2018.
9. Bem-aventurados os aflitos
“Bem-aventurados os que choram, pois que serão
consolados. - Bem aventurados os famintos e os
sequiosos de justiça, pois que serão saciados. - Bem-
aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois
que é deles o reino dos céus.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. V, item 1. (S. MATEUS, Cap. V,
vv. 5, 6 e 10.)
11. Causas das aflições
“Bem aventurados os aflitos, pois que serão consolados.”
Pagamento das dívidas contraídas libertação
“Bem aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence.”
Resignação recondução para Deus
12. Reencarnação, benção do Criador
Quatro alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro de
além-túmulo:
● 1ª, o nada, de acordo com a doutrina materialista;
● 2ª, a absorção no todo universal, de acordo com a doutrina
panteísta;
● 3ª, a individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a
doutrina da Igreja;
● 4ª, a individualidade, com progressão indefinita.
14. Suicídio
943. Donde nasce o desgosto da vida, que, sem
motivos plausíveis, se apodera de certos indivíduos?
“Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da
saciedade.
“Para aquele que usa de suas faculdades com fim útil e de
acordo com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem
de árido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele lhe suporta
as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação,
quanto obra com o fito da felicidade mais sólida e mais
durável que o espera.”
15. Suicídio
944. Tem o homem o direito de dispor da sua vida?
“Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário
importa numa transgressão desta lei.”
16. Suicídio
950. Que pensar daquele que se mata, na esperança
de chegar mais depressa a uma vida melhor?
“Outra loucura! Que faça o bem e mais cedo estará de lá
chegar, pois, matando-se, retarda a sua entrada num mundo
melhor e terá que pedir lhe seja permitido voltar, para
concluir a vida a que pôs termo sob o influxo de uma ideia
falsa. Uma falta, seja qual for, jamais abre a ninguém o
santuário dos eleitos.”
17. Suicídio
952. Comete suicídio o homem que perece vítima de
paixões que ele sabia lhe haviam de apressar o fim,
porém a que já não podia resistir, por havê-las o
hábito mudado em verdadeiras necessidades
físicas?
“É um suicídio moral. Não percebeis que, nesse caso, o
homem é duplamente culpado? Há nele então falta de
coragem e bestialidade, acrescidas do esquecimento de
Deus.”
18. Esperança
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e
sobrecarregados, que eu vos aliviarei.”
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 1. (S. Matheus, Cap. XI, vv. 28 a
30).
19. Esperança
“Porque onde estiverem dois ou três reunidos
em meu nome, aí estou no meio deles.”
(S. Matheus, Cap. XVIII, vv. 18 a 20).
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
1. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. 112a
edição.
1996.
2. CALDAS, Sueli. Memórias de um Suicida. FEB. 1954.
3. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB. 76a
edição. 1995.
4. KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. FEB. 1a
edição. 2008.
5. Blog de Jairo Marques. Jornal Folha de São Paulo.
https://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2018/07/11/a-caverna-de-
todos-nos/?utm_source#, acessado em 21/07/2018.
6. YOUTUBE. Nos Dias Dificeis. https://www.youtube.com/watch?
v=RB3C1eIle48&t=29s, acessado em 16/07/2018.
23. CENTRO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ
BRASÍLIA/DF
Agosto, 2018
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“Disse-lhe Jesus: Creste, porque me viste.
Felizes aqueles que crêem sem ter visto!”
(S. João, Cap. XX, vv. 20:29).