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Setembro 2011

3

Boletim organizativo e de luta dos precários

Editorial
Todos à rua!
O
Governo
PSD/CDS
vem
continuando
as
políticas iniciadas pelo Governo anterior de
PS/Sócrates. No inicio do mês de Setembro o
Governo voltou a anunciar mais austeridade
para os trabalhadores e o povo português.
Para o novo Orçamento de Estado 2012 estão
previstos novos cortes na saúde, educação e
segurança social, numa verba total superior a
1.520 milhões de euros.
É na saúde que os cortes são mais profundos,
atingindo 810 milhões de euros (10% do
Orçamento do Ministério!). Este valor vai
implicar um aumento significativo das taxas
moderadoras bem como a redução de custos
inerentes
ao
funcionamento
do
Serviço
Nacional
de
Saúde.
Estas
medidas
vão
deteriorar a qualidade do mesmo e aumentar os
encargos económicos da famílias.
Na educação, o corte irá ser de 500 milhões à
custa
do
encerramento
de
escolas
e
despedimento de ainda mais trabalhadores
(docentes e não docentes). Isto vem destruir
ainda mais o sistema público de ensino. De
referir que 114 milhões vão ser cortados
directamente do Orçamento para o Ensino
Superior, que se traduzirá num brutal aumento
de propinas e a uma ainda maior dificuldade
de acesso a bolsas de estudo, tornando-se
extraordinariamente
complicado
meter
os
nossos filhos a estudar.
Na segurança social os cortes chegam aos 200
milhões,
traduzindo-se
numa
redução
no
rendimento social de inserção e no subsídio
de desemprego (valor e duração do mesmo).
Estas medidas não vêm isoladas, o aumento do
IVA do gás e da electricidade de 6 para 23%,
que para o Governo deixaram de ser bens de
primeira necessidade, e o corte no subsídio
de Natal, vão sobrecarregar o orçamento
familiar a níveis incomportáveis. Toda esta
austeridade para quê? Dizem-nos que é para
pagar a dívida, no entanto esta não foi
contraída por nós e sim pela injecção de
capitais públicos na banca, pelas Parcerias
Publico-Privadas e pela corrupção.
Vemos o exemplo da Grécia em que as medidas
de
austeridade
atingiram
níveis
sem
precedentes, e os resultados estão à vista:
recessão económica; aumento do desemprego e
da pobreza.
No entanto, os juros da dívida
grega continuam a aumentar, atingindo valores
históricos na ordem dos 75% e com tendência
para subir ainda mais!
Fartos de austeridade e da pobreza a que nos
submetem, saiamos à rua nos próximos dias 1 e
15 para reclamarmos as nossas vidas!

NOVAS FORMAÇÕES
Bem-vindos à IBM Braga
Caros colegas, bem vindos à IBM Braga. Este boletim vai na sua 3a
edição e tem como objectivo ser um espaço onde todos os colegas
interessados na reivindicação dos seus direitos podem participar.
Dentro daquilo que são os trabalhos precários, este é-nos vendido
como tendo boas condições. Este é um facto que a prática se
encarregará de desmentir ao fim de algum tempo. Este é um trabalho
que ao inicio pode parecer muito complicado mas ao fim de algum
tempo vai parecer como é realmente, muito mais simples. Em breve se
sentirão à vontade com a parte técnica, a língua e os soft skills. No
entanto existem problemas que não se resolverão apenas com o tempo
e é por isso que este boletim existe. No primeiro boletim falamos da
questão dos horários que é um dos problemas que mais instabilidade
cria nas nossas vidas. Segundo o contrato, os horários teriam de sair
com a antecedência de um mês, coisa que nunca era cumprida, saindo
estes com menos de uma semana de antecedência. Depois do boletim,
as empresas de trabalho temporário começaram a enviar o horário com
3 semanas de antecedência, no entanto, neste momento estamos a
regredir para 4 ou 5 dias de antecedência.
No segundo boletim falamos sobre a hora extra que os colegas que
trabalham ao domingo têm de fazer durante a semana. Após o boletim
começou-se a discutir o que fazer com essa hora e foi anunciado que
ficaria para self-training. O que queremos dizer com isto é que com
algumas pessoas unidas em torno de uma ferramenta como este
boletim, denunciando as injustiças e situações de incumprimento do
contrato e propondo ideias para melhorar as nossas condições de
trabalho, podemos realmente chegar a mudar para melhor. No entanto
temos de ter a consciência de que para se fazer mudanças a sério
temos de envolver cada vez mais colegas neste projecto e que não
basta falar, temos de exigir e reivindicar.
Ainda falta resolver muita coisa, a questão das injustiças na avaliação,
dos DSATS que não são para nós e que nos prejudicam onde mais nos
dói, no salário. O facto de pagarem uma parte do salário através de
“Prémios”, fazendo com que 100€ que deviam ser parte integrante do
nosso salário sejam condicionados por factores que por vezes nós não
controlamos como o nível de satisfação do cliente com os produtos da
apple ou o facto de ficar doente, é uma bela maneira que a Addeco e
Randstad arranjaram para poupar dinheiro às custas da nossa vida.
Companheiros, estamos aqui para nos organizarmos na luta pelos
nossos direitos e para combater a precariedade. Em tempos de
dificuldades como os que vivemos, a nossa união como trabalhadores é
a peça fundamental para impedir um retrocesso histórico nas condições
de trabalho. Fartos de instabilidade e de contar trocos ao fim do mês,
queremos ter perspectivas de futuro, de poder levar uma vida digna e
com condições, e isto não se consegue com salários de 500€ e com o
medo constante de despedimento.

Fica aqui o apelo à vossa participação para que
mudemos as coisas.
É preciso lutar, é possível vencer!
[1]
PRECARIEDADE
Estamos fartos!
Nos tempos que correm, quando falamos de
trabalho, temos inevitavelmente que falar de
precariedade. Desde trabalhos sem
contracto, aos recibos verdes, passando
pelos contractos a termo incerto chegando
àqueles renováveis de 15 em 15 dias, é cada
vez mais complicado não só encontrar, como
manter o nosso posto de trabalho. Até já
existem empresas especializadas apenas em
contratar trabalhadores para os “vender”
posteriormente, a uma outra empresa na qual
irão realmente trabalhar. Estas empresas
denominam-se Empresas de Trabalho
Te m p o r á r i o ( E T Ts ) e , i n i c i a l m e n t e ,
trabalhavam quase em exclusivo para callcenters e outros serviços de curta duração
mas hoje viraram moda e o fenómeno
alastrou-se para todos os sectores do
mercado de trabalho, sendo agora a escolha
preferencial das grandes empresas. A
tendência do fenómeno é para se tornar
regra, limitando ao máximo os contractos
efectivos, substituindo-os por contratos
precários.
Ora não é por acaso que se estão a
massificar estes métodos contratuais. A razão
é facilmente identificável: uma maior
facilidade em despedir e, por conseguinte,
impor condições deploráveis aos
trabalhadores, limitando ao máximo a nossa
capacidade de luta por um emprego estável.

Esta instabilidade laboral deixa-nos com a corda
ao pescoço. O stress diário que nos é imposto
por não sabermos se temos emprego no dia
seguinte, e pelas próprias tarefas inerentes ao
trabalho, criam um desgaste psicológico de tal
ordem que levam a um aumento exponencial de
casos de depressão. Grande parte dos trabalhos
funcionam em regime de turnos, alternados
aleatoriamente e atribuídos com pouquíssimo
tempo de antecedência, destruindo qualquer
tentativa de planificar as nossas vidas. Já para
não falar das perspectivas de carreira
praticamente nulas que nos condicionam a um
salário, que por não sofrer aumentos, o torna
cada vez mais miserável devido ao constante
assalto à nossa carteira através de “impostos de
Natal”, taxas moderadoras, dívidas, juros e todas
as outras medidas da troika que o governo tem
vindo a impor para pagar a dívida. No caso das
pessoas que trabalham através de ETT's o roubo
é ainda maior. Para além do nosso trabalho valer
pouco no mercado, pois as grandes empresas,
para terem lucros milionários, não nos pagam
aquilo a temos direito, ainda vem o “intermediário
ETT” ficar com mais um pedaço.
A precariedade cria instabilidade e incerteza, um
acatar constante dos abusos do patronato sem
que possamos abrir a boca para contestar.
A alteração das leis laborais previstas por este
governo para nos salvar da crise, facilitam ainda
mais os despedimentos, e visam empobrecer e
precarizar ainda mais o povo português.
Não podemos deixar que os abusos continuem.
Temos que nos unir e lutar por melhores
condições de trabalho e uma vida digna,
repudiando toda esta austeridade.

CHEGA DE ROUBOS! DIA 15 MOSTRA A TUA INDIGNAÇÃO!

Lucros da Adecco
2009 14.797 milhões de euros
2010 18.656 milhões de euros
Lucros da Ranstad
2009 2.669 milhões de euros
2010 2.421 milhões de euros
A Apple, no 3º. trimestre fiscal de
2011, facturou 28,57 mil milhões
de dólares tendo um lucro líquido
de 7,31 mil milhões de dólares.
Neste caso, mais expressivo do
que qualquer dado são as
palavras do dirigente da empresa:
“Estamos contentes em entregar o melhor
trimestre da nossa história, com 82% mais
receitas e 125% mais lucros”, afirmou Steve
Jobs, CEO da Apple.

Quem não está contente são
aqueles que são explorados para
eles manterem estes lucros.

Para prepararmos uma grande
manifestação no próximo dia 15
de Outubro, juntemo-nos no
próximo dia 6 de Outubro pelas
18h30 junto ao coreto na Avenida
Central.
Todos temos direito de ter uma
vida digna, saiamos à rua para
exigir o que é nosso!

MUDANÇAS NA IBM BRAGA

JUNTEMO-NOS
PA R A
ORGANIZAR.
LUTEMOS PARA CONQUISTAR!!

Para tudo ficar na mesma
Na IBM Braga, depois de algum tempo de reuniões com os
advisors, decidiu-se o que se implementariam algumas mudanças.
Quanto à questão já levantada neste boletim sobre o domingo,
onde o turno tem menos uma hora, ficou estabelecido que essa
hora ficaria para self training. Esta mudança existe para que tudo
fique na mesma. A hora extra de domingo a ficar para self-training
não pode ser acrescentada a outro dia da semana pois é uma
violação clara do contrato de trabalho que estabelece turnos de 8
horas diárias. Ao compensarmos em qualquer outro dia da semana
ficamos com 9 horas.

Outra questão que tem sido discutida e que é aquela que mais
prejudica os advisors (a par com o salário baixo) é a questão da
antecedência com que se recebem os horários e a confusão que
gera receber 4 horários até ao definitivo. O contrato estabelece
que os horários devem ser entregues com 1 mês de antecedência,
no entanto, apesar de terem prometido isso e até ter havido
alguma melhoria durante Julho e inicio de Agosto, voltamos a ter
os horários com 4 ou 5 dias de antecedência. Não podemos
continuar a planear as nossas vidas em cima do joelho.

Não questionamos a necessidade de haver uma hora para selftraining mas isso não pode ser feito às nossas custas, deve ser a
empresa quem nos tem que arranjar tempo dentro das 8 horas
legais de trabalho para esta componente formativa.

Estamos a exigir aquilo que nos fizeram assinar, as regras
estabelecidas pela empresa e que não podem ser mudadas a
meio do jogo.

A precariedade faz com que a incerteza e a falta de perspectivas de futuro muitas vezes coloquem demasiada pressão sobre nós. Cada
	
vez mais há razões para que nos juntemos na reivindicação das nossas vidas mas o nosso posto de trabalho está constantemente em
risco.
Colega, desabafa as angústias, exorciza os receios, partilha a opinião, escreve-nos. A informação é confidencial. Este boletim existe para
que te possas organizar na defesa dos teus direitos, para que possas ter um espaço onde anonimamente exponhas os teus problemas e
denúncias, onde te possas exprimir.

Contacta-nos através de:

Email: precariaccoesbraga@gmail.com Blog: precariaccoesbraga.blogspot.com
[2]

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Precariedade cresce e trabalhadores unem-se

  • 1. PrecariAcções Setembro 2011 3 Boletim organizativo e de luta dos precários Editorial Todos à rua! O Governo PSD/CDS vem continuando as políticas iniciadas pelo Governo anterior de PS/Sócrates. No inicio do mês de Setembro o Governo voltou a anunciar mais austeridade para os trabalhadores e o povo português. Para o novo Orçamento de Estado 2012 estão previstos novos cortes na saúde, educação e segurança social, numa verba total superior a 1.520 milhões de euros. É na saúde que os cortes são mais profundos, atingindo 810 milhões de euros (10% do Orçamento do Ministério!). Este valor vai implicar um aumento significativo das taxas moderadoras bem como a redução de custos inerentes ao funcionamento do Serviço Nacional de Saúde. Estas medidas vão deteriorar a qualidade do mesmo e aumentar os encargos económicos da famílias. Na educação, o corte irá ser de 500 milhões à custa do encerramento de escolas e despedimento de ainda mais trabalhadores (docentes e não docentes). Isto vem destruir ainda mais o sistema público de ensino. De referir que 114 milhões vão ser cortados directamente do Orçamento para o Ensino Superior, que se traduzirá num brutal aumento de propinas e a uma ainda maior dificuldade de acesso a bolsas de estudo, tornando-se extraordinariamente complicado meter os nossos filhos a estudar. Na segurança social os cortes chegam aos 200 milhões, traduzindo-se numa redução no rendimento social de inserção e no subsídio de desemprego (valor e duração do mesmo). Estas medidas não vêm isoladas, o aumento do IVA do gás e da electricidade de 6 para 23%, que para o Governo deixaram de ser bens de primeira necessidade, e o corte no subsídio de Natal, vão sobrecarregar o orçamento familiar a níveis incomportáveis. Toda esta austeridade para quê? Dizem-nos que é para pagar a dívida, no entanto esta não foi contraída por nós e sim pela injecção de capitais públicos na banca, pelas Parcerias Publico-Privadas e pela corrupção. Vemos o exemplo da Grécia em que as medidas de austeridade atingiram níveis sem precedentes, e os resultados estão à vista: recessão económica; aumento do desemprego e da pobreza. No entanto, os juros da dívida grega continuam a aumentar, atingindo valores históricos na ordem dos 75% e com tendência para subir ainda mais! Fartos de austeridade e da pobreza a que nos submetem, saiamos à rua nos próximos dias 1 e 15 para reclamarmos as nossas vidas! NOVAS FORMAÇÕES Bem-vindos à IBM Braga Caros colegas, bem vindos à IBM Braga. Este boletim vai na sua 3a edição e tem como objectivo ser um espaço onde todos os colegas interessados na reivindicação dos seus direitos podem participar. Dentro daquilo que são os trabalhos precários, este é-nos vendido como tendo boas condições. Este é um facto que a prática se encarregará de desmentir ao fim de algum tempo. Este é um trabalho que ao inicio pode parecer muito complicado mas ao fim de algum tempo vai parecer como é realmente, muito mais simples. Em breve se sentirão à vontade com a parte técnica, a língua e os soft skills. No entanto existem problemas que não se resolverão apenas com o tempo e é por isso que este boletim existe. No primeiro boletim falamos da questão dos horários que é um dos problemas que mais instabilidade cria nas nossas vidas. Segundo o contrato, os horários teriam de sair com a antecedência de um mês, coisa que nunca era cumprida, saindo estes com menos de uma semana de antecedência. Depois do boletim, as empresas de trabalho temporário começaram a enviar o horário com 3 semanas de antecedência, no entanto, neste momento estamos a regredir para 4 ou 5 dias de antecedência. No segundo boletim falamos sobre a hora extra que os colegas que trabalham ao domingo têm de fazer durante a semana. Após o boletim começou-se a discutir o que fazer com essa hora e foi anunciado que ficaria para self-training. O que queremos dizer com isto é que com algumas pessoas unidas em torno de uma ferramenta como este boletim, denunciando as injustiças e situações de incumprimento do contrato e propondo ideias para melhorar as nossas condições de trabalho, podemos realmente chegar a mudar para melhor. No entanto temos de ter a consciência de que para se fazer mudanças a sério temos de envolver cada vez mais colegas neste projecto e que não basta falar, temos de exigir e reivindicar. Ainda falta resolver muita coisa, a questão das injustiças na avaliação, dos DSATS que não são para nós e que nos prejudicam onde mais nos dói, no salário. O facto de pagarem uma parte do salário através de “Prémios”, fazendo com que 100€ que deviam ser parte integrante do nosso salário sejam condicionados por factores que por vezes nós não controlamos como o nível de satisfação do cliente com os produtos da apple ou o facto de ficar doente, é uma bela maneira que a Addeco e Randstad arranjaram para poupar dinheiro às custas da nossa vida. Companheiros, estamos aqui para nos organizarmos na luta pelos nossos direitos e para combater a precariedade. Em tempos de dificuldades como os que vivemos, a nossa união como trabalhadores é a peça fundamental para impedir um retrocesso histórico nas condições de trabalho. Fartos de instabilidade e de contar trocos ao fim do mês, queremos ter perspectivas de futuro, de poder levar uma vida digna e com condições, e isto não se consegue com salários de 500€ e com o medo constante de despedimento. Fica aqui o apelo à vossa participação para que mudemos as coisas. É preciso lutar, é possível vencer! [1]
  • 2. PRECARIEDADE Estamos fartos! Nos tempos que correm, quando falamos de trabalho, temos inevitavelmente que falar de precariedade. Desde trabalhos sem contracto, aos recibos verdes, passando pelos contractos a termo incerto chegando àqueles renováveis de 15 em 15 dias, é cada vez mais complicado não só encontrar, como manter o nosso posto de trabalho. Até já existem empresas especializadas apenas em contratar trabalhadores para os “vender” posteriormente, a uma outra empresa na qual irão realmente trabalhar. Estas empresas denominam-se Empresas de Trabalho Te m p o r á r i o ( E T Ts ) e , i n i c i a l m e n t e , trabalhavam quase em exclusivo para callcenters e outros serviços de curta duração mas hoje viraram moda e o fenómeno alastrou-se para todos os sectores do mercado de trabalho, sendo agora a escolha preferencial das grandes empresas. A tendência do fenómeno é para se tornar regra, limitando ao máximo os contractos efectivos, substituindo-os por contratos precários. Ora não é por acaso que se estão a massificar estes métodos contratuais. A razão é facilmente identificável: uma maior facilidade em despedir e, por conseguinte, impor condições deploráveis aos trabalhadores, limitando ao máximo a nossa capacidade de luta por um emprego estável. Esta instabilidade laboral deixa-nos com a corda ao pescoço. O stress diário que nos é imposto por não sabermos se temos emprego no dia seguinte, e pelas próprias tarefas inerentes ao trabalho, criam um desgaste psicológico de tal ordem que levam a um aumento exponencial de casos de depressão. Grande parte dos trabalhos funcionam em regime de turnos, alternados aleatoriamente e atribuídos com pouquíssimo tempo de antecedência, destruindo qualquer tentativa de planificar as nossas vidas. Já para não falar das perspectivas de carreira praticamente nulas que nos condicionam a um salário, que por não sofrer aumentos, o torna cada vez mais miserável devido ao constante assalto à nossa carteira através de “impostos de Natal”, taxas moderadoras, dívidas, juros e todas as outras medidas da troika que o governo tem vindo a impor para pagar a dívida. No caso das pessoas que trabalham através de ETT's o roubo é ainda maior. Para além do nosso trabalho valer pouco no mercado, pois as grandes empresas, para terem lucros milionários, não nos pagam aquilo a temos direito, ainda vem o “intermediário ETT” ficar com mais um pedaço. A precariedade cria instabilidade e incerteza, um acatar constante dos abusos do patronato sem que possamos abrir a boca para contestar. A alteração das leis laborais previstas por este governo para nos salvar da crise, facilitam ainda mais os despedimentos, e visam empobrecer e precarizar ainda mais o povo português. Não podemos deixar que os abusos continuem. Temos que nos unir e lutar por melhores condições de trabalho e uma vida digna, repudiando toda esta austeridade. CHEGA DE ROUBOS! DIA 15 MOSTRA A TUA INDIGNAÇÃO! Lucros da Adecco 2009 14.797 milhões de euros 2010 18.656 milhões de euros Lucros da Ranstad 2009 2.669 milhões de euros 2010 2.421 milhões de euros A Apple, no 3º. trimestre fiscal de 2011, facturou 28,57 mil milhões de dólares tendo um lucro líquido de 7,31 mil milhões de dólares. Neste caso, mais expressivo do que qualquer dado são as palavras do dirigente da empresa: “Estamos contentes em entregar o melhor trimestre da nossa história, com 82% mais receitas e 125% mais lucros”, afirmou Steve Jobs, CEO da Apple. Quem não está contente são aqueles que são explorados para eles manterem estes lucros. Para prepararmos uma grande manifestação no próximo dia 15 de Outubro, juntemo-nos no próximo dia 6 de Outubro pelas 18h30 junto ao coreto na Avenida Central. Todos temos direito de ter uma vida digna, saiamos à rua para exigir o que é nosso! MUDANÇAS NA IBM BRAGA JUNTEMO-NOS PA R A ORGANIZAR. LUTEMOS PARA CONQUISTAR!! Para tudo ficar na mesma Na IBM Braga, depois de algum tempo de reuniões com os advisors, decidiu-se o que se implementariam algumas mudanças. Quanto à questão já levantada neste boletim sobre o domingo, onde o turno tem menos uma hora, ficou estabelecido que essa hora ficaria para self training. Esta mudança existe para que tudo fique na mesma. A hora extra de domingo a ficar para self-training não pode ser acrescentada a outro dia da semana pois é uma violação clara do contrato de trabalho que estabelece turnos de 8 horas diárias. Ao compensarmos em qualquer outro dia da semana ficamos com 9 horas. Outra questão que tem sido discutida e que é aquela que mais prejudica os advisors (a par com o salário baixo) é a questão da antecedência com que se recebem os horários e a confusão que gera receber 4 horários até ao definitivo. O contrato estabelece que os horários devem ser entregues com 1 mês de antecedência, no entanto, apesar de terem prometido isso e até ter havido alguma melhoria durante Julho e inicio de Agosto, voltamos a ter os horários com 4 ou 5 dias de antecedência. Não podemos continuar a planear as nossas vidas em cima do joelho. Não questionamos a necessidade de haver uma hora para selftraining mas isso não pode ser feito às nossas custas, deve ser a empresa quem nos tem que arranjar tempo dentro das 8 horas legais de trabalho para esta componente formativa. Estamos a exigir aquilo que nos fizeram assinar, as regras estabelecidas pela empresa e que não podem ser mudadas a meio do jogo. A precariedade faz com que a incerteza e a falta de perspectivas de futuro muitas vezes coloquem demasiada pressão sobre nós. Cada vez mais há razões para que nos juntemos na reivindicação das nossas vidas mas o nosso posto de trabalho está constantemente em risco. Colega, desabafa as angústias, exorciza os receios, partilha a opinião, escreve-nos. A informação é confidencial. Este boletim existe para que te possas organizar na defesa dos teus direitos, para que possas ter um espaço onde anonimamente exponhas os teus problemas e denúncias, onde te possas exprimir. Contacta-nos através de: Email: precariaccoesbraga@gmail.com Blog: precariaccoesbraga.blogspot.com [2]