Este documento discute os problemas de exploração laboral em três empresas - TYCO, A.J. Lobos e KEMET. Ele descreve baixos salários, contratos precários, longas jornadas de trabalho e pressão sobre os trabalhadores sindicalizados. O documento argumenta que essas empresas lucram milhões enquanto exploram os trabalhadores e pede por melhores condições de trabalho.
Documento da Cordenadora Regional de Empresas de Évora do PCP
1. pcp.pt
facebook.com/maisdireitosmaisfuturo
Os lucros das empresas do Sector Automóvel (104 milhões de euros) e dos
Fabricantes de Material Elétrico (60 milhões de euros).
Com estes milhões de lucros, fruto do trabalhado dos trabalhadores, estas empresas só não aumentam os salários e
passam a efectivos os trabalhadores porque não querem.
Querem sim é trabalhadores e condições mais fáceis de explorar, para aumentar os seus lucros.
A maior empresa do Distrito de Évora, é
também a campeã nos mecanismos de
exploração dos trabalhadores.
Os trabalhadores para fazerem face aos
baixos salários practicados na TYCO optam
pelo horario concentrado de 12h receben-
do um subsídio, que faz parecer no final do
mês que os trabalhadores têm uns euros a
mais no salário.
ATYCO lucra milhões todos os anos, e o que
os trabalhadores recebem na sua maioria é
pouco mais que o salario minino.
Os trabalhadores da TYCO para além de
“dar” obrigados 6 dias de trabalho por ano
à empresa ainda têm menos dias de férias
que os restantes trabalhadores. Os trabal-
hadores da TYCO sofrem pressões enormes
por parte das chefias, o que origina ritmos
de trabalho alucinantes e vários acidentes
de trabalho.
Esta empresa usa e abusa também da pre-
cariedade, os ritmos de rotatividade são
enormes, pois são vários os trabalhadores
que entram e saem. É recorrente a prática
de coagir aqueles que se sindicalizam e de-
fendem os seus direitos, para aTYCO é legal
usar práticas ilegais de exploração dos tra-
balhadores, mas não aceita que os trabal-
hadores usem os seus direitos legais de se
organizem nos seus sindicatos de classe.
Exemplo foram os 3 dirigentes e activis-
tas sindicais que estiverem quase um ano
afastados da empresa, apenas por serem
testemunhas de 1 dirigente do SIESIE, pro-
cesso este que ainda está a decorrer.
Esta empresa em que grande parte da sua produção é para a TYCO, usa e abusa
da precariedade. Grande parte dos trabalhadores são contratados por empresas
de trabalho temporário, os baixos salários são a regra!
Se esta empresa produz o mesmo á vários anos, e os trabalhadores todos têm
horários específicos e funções definidas, porquê o recurso abusivo da
contratação temporária de trabalhadores?
A A.J.Lobos recorre a esta pratica para manter baixos salários, para explorar quem
trabalha e produz. Em média um trabalhador precário recebe menos 41€ que um
trabalhador efectivo. As pressões são enormes para com os trabalhadores, seja
para aumentar os ritmos de trabalho seja por os trabalhadores se organizarem
nos seus sindicatos de classe.
Depois de ter recebido apoios do Estado português, da Segurança Social e de
municípios superiores a 30 milhões de euros. Esta empresa há cerca de 2 anos
realizou um despedimento colectivo de 127 trabalhadores, com o argumento de
ser obrigada a encerrar uma linha de montagem.
Passado cerca de 2 anos, a KEMET prepara-se agora para te uma nova linha de
montagem nesta fabrica em Évora, o que prova o que o PCP sempre afirmou, de
que o despedimento colectivo e o lay-off não eram a solução e constituía uma
manobra.
Para despedir 127 trabalhadores, com vários anos de casa, efectivos, com salários
de acordo com a tabela salarial do acordo Colectivo de Trabalho do sector, para
assim poder recorrer a contratação de trabalhadores temporários com baixos
salários e mais fáceis de explorar. Como o PCP alertou é que hoje se verifica.
Criação do Plano Nacional de Combate à Precariedade Laboral,
que dê resposta às diversas formas de aumento da exploração,
nomeadamente a contratação ilegal, a falsa prestação de serviços
(recibos verdes, entre outras), abuso de contratos a prazo e de
trabalho temporário e a tempo parcial e discriminações salariais;
Alterações à legislação laboral que impeçam o recurso à
contratação precária
O PCP apresentou recentemente um pacote
de iniciativas de combate à precariedade:
Documento da
Cordenadora Regional
de Empresas de Évora
do PCP
TYCO A.J.LOBOS
KEMET
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Esta empresa que trabalha quase em exclusivo para a
Autoeuropa no final do ano de 2015 despediu cerca de 30
trabalhadores temporários pelo período de um mês, para os
voltar a contratar no início de 2016.
O PCP, através do seu deputado na Assembleia da Republica
João Oliveira denunciou esta situação logo em Dezembro.
Esta empresa têm cerca de metade dos trabalhadores em
contratos precários, na sua maioria jovens, que são usados de
uma forma descartável.
Apenas e só para serem mais facilmente explorados e
aumentarem os lucros da empresa à custa da exploração dos
trabalhadores.
Baixos salários, precariedade,
desemprego, emigração
forçada, desregulação dos
horários, retrocesso nos
direitos são realidades
que marcam a vida dos
trabalhadores nos últimos
anos.
O recurso ao trabalho
temporário ou à prestação
de serviços é, na prática,
tratar os trabalhadores
como meras mercadorias,
que a qualquer momento
podem ser dispensados. As
empresas prestadoras de
serviço, chegam a receber
pelo trabalho duas, três ou
mais vezes do que o salário
do próprio trabalhador.
Quanto mais precários são
os vínculos laborais, mais
baixos são os salários. Os
trabalhadores com vínculos
precários trabalham no
mesmo local,
cumprem o mesmo horário,
desempenham as mesmas
tarefas, mas recebem em
média menos 30% do salário
que um trabalhador com
contrato permanente.
A um posto de trabalho
permanente, tem de
corresponder um contrato
de trabalho efectivo!
Fazem falta todos os dias e de forma permanente.
Porque é que os seus
vínculos são precários?
Criar postos
de trabalho.
Promover o pleno
de compra.
Combater
a desregulação
dos horários.
Reduzir os horários
emprego.
Valorizar os
salários.
Aumentar o poder
de trabalho.
Assegurar o direito
à estabilidade
e segurança
no emprego.
Combater a precariedade.
Melhorar
as condições
de trabalho.
Prevenir a sinistralidade
laboral.
Assegurar o trabalho
com direitos.
Repor os direitos postos
em causa pelo Código de
1,2
milhões
trabalhadores precários
252mil
trabalhadores
em trabalho parcial
600mil
“falsos”recibos verdes
Na K-Plastic cerca de 80% dos trabalhadores são temporários,
alguns destes estão nesta situação à 12 anos, na A.I.S mais de
metade dos trabalhadores (cerca de 72) são temporários.
O Recurso ao trabalho temporário em empresas do sector
Elétrico e Automóvel no distrito de Évora é uma a regra ilegal.
São empresas em que a sua produção é contínua, em que não
se registam, salvo raras excepções, aumentos de produção,
em que os trabalhadores têm horários definidos, formação
dada pela empresa, tarefas específicas.
Como tal o seu vínculo de trabalho deve ser efectivo e não
temporários.
È inadmissível a prática ilegal ao trabalho temporário ou o
uso ilegal de estágios profissionais para postos de trabalho
que são efectivos
GESTAMP
Fazem falta todos os dias e de forma permanente.