Este documento discute a primeira missão evangelística do homem curado por Jesus após ser libertado de uma legião de demônios. Jesus instrui o homem a anunciar aos seus familiares a compaixão de Jesus por ele. O documento enfatiza que a família deve ser o primeiro campo missionário de todo discípulo de Jesus.
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Primeiro Campo Família
1. 24ª LIÇÃO – MEU PRIMEIRO CAMPO MISSIONÁRIO
Mc 5.15-20
INTRODUÇÃO: No estudo anterior, vimos que JC havia atravessado o lago e passado
pela tempestade que apavorou seus discípulos para cuidar da situação de um homem
que há muito não estava no seu estado normal. Tal homem, além de não ser judeu,
andava pelos sepulcros, o que o tornava um marginal, ou seja, à margem da sociedade.
Na presente seção vamos dar continuidade a este evento maravilhoso em que JC
demonstra toda a sua compaixão pelo pior dos pecadores. Este pecador, agora em seu
estado normal, é transformado em um missionário. Qual seria sua primeira missão
evangelística?
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 15 – Aqui vemos que os sinais de mudança do ex-endemoninhado
eram notórios pelos seus pares.
Ele estava assentado, o que denota seu controle emocional; estava
vestido, o que mostra uma mudança com relação à aparência do seu
corpo; e estava em perfeito juízo, o que denota uma transformação da
sua mente.
Isso nos mostra os efeitos do evangelho na vida daqueles que o
recebem:
a) Cristo nos torna emocionalmente equilibrados,
colocando em nosso caráter qualidades que produzem
frutos a demonstrar tal equilíbrio (Gl 5.22 e 23);
b) nosso corpo também sente o impacto do evangelho, eis
que não vivemos mais para nós mesmo (Gl 2.19 e 20) e
JC vive em nós através da pessoa do ES, sendo, pois, o
nosso corpo o templo do Senhor (1Co 6.19), pelo qual
devemos nos oferecer como sacrifícios vivos (Rm 12.1);
c) nossa mente também é objeto de mudança quando
aceitamos a JC, eis que devemos nos renovar (e isso deve
ser uma ação diária!) pela completa mudança do nosso
pensamento (Rm 12.2). Só assim experimentaremos a
boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
2. b) V. 16 – Aqui vemos uma das finalidades do evento: demonstrar e
propagar o Poder de Deus na terra.
Os que presenciaram a expulsão da legião contaram para os
demais que chegaram (v. 14b) o que havia acontecido.
Alguns se perguntam o porquê de não vermos mais milagres e
feitos extraordinários com frequência. Ocorre que tais fenômenos
destinaram-se à manifestação do Poder de Deus aqui na terra;
além do mais “o maior milagre já operou em mim” (nossa
conversão), como diz o autor sacro.
c) V. 17 e 18 – É notório o contraste entre a atitude do ex-endemoninhado
e dos seus vizinhos: estes pediram que JC fosse embora, enquanto
aquele pediu para segui-lo.
Não se sabe ao certo a razão pela qual rogaram a JC que fosse embora;
seja o temor (v. 15, parte final), seja o prejuízo (v. 13 e v. 16, parte
final. Note que eles se importavam muito com os porcos), o fato é que
repeliram a doutrina pregada por JC.
Isso nos ensina que muitos dos que virem as maravilhas de JC (e a
maior de todas é a transformação de vidas, como é o caso do ex-
endemoninhado) não o aceitarão e o repelirão. Como servos do Senhor,
temos que estar prontos para sermos rejeitados sem nos deixar abater.
Em contrapartida, vemos a atitude do ex-endemoninhado, agora Servo
do Senhor, que pede para seguir a JC. Esta deve ser atitude de todos os
que experimentam a presença maravilhosa de Cristo: devemos segui-
Lo, ser seus discípulos.
d) V. 19 e 20 – Interessante que JC não deixou que seu neófito o seguisse,
antes lhe deu um encargo muito específico: anunciar aos seus, os da
sua casa, a compaixão de JC para com ele.
Esse é o dever de todos os discípulos, todos aqueles que têm um
relacionamento pessoal com Cristo: anunciar a boa-nova de
salvação.
3. No entanto, a missão do novo missionário foi muito específica:
ele deveria evangelizar os da sua casa, ou seja, sua família.
Observe que a cidade estava atônita; de repente, na visão do novo
Servo, seria mais lucrativo espalhar a novidade pela cidade, mas
JC foi específico em dizer ao novo missionário que evangelizasse
sua família.
Aqui vemos qual é o primeiro Campo missionário de todo e
qualquer discípulos de JC: sua família.
O Ap. Paulo, ao exortar o novo Pr. Timóteo, diz que os que não
cuidam da sua família, e aqui podemos incluir o cuidado quanto à
vida espiritual, negou a fé e é pior do que o incrédulo (1Tm 5.8).
Não pense que sua responsabilidade termina com a conversão dos
seus parentes: como discípulo de JC você deve manter vigilância
sobre a vida espiritual de sua família e exortá-los em caso de
desvios. O escritor aos hebreus nos exorta a pastorearmos uns aos
outros (Hb 10.24 e 25).
CONCLUSÃO: Embora as pessoas precisem de Cristo, nem todos receberão a notícia
do evangelho com agrado. Isso não deve te abater. Faça o seu trabalho: a obra de um
evangelista (2Tm 4.5 ARA).
Como discípulos de JC devemos cumprir o IDE, o “imperativo”, a
Grande Comissão (Mt 28.19); no entanto, nosso primeiro campo missionário deve
ser a NOSSA FAMÍLIA.
Alguém na sua família ainda não aceitou a JC? Compartilhe com o grupo.
Proponha ao grupo fazer um momento de oração pela conversão dos
parentes dos participantes. (De repente este momento pode ser em todas as
reuniões. Analise esta possibilidade).
Discuta com seu grupo formas de evangelizar suas respectivas famílias.
Direcione o debate para os aspectos visíveis da conversão do ex-endemoninhado
(assentado, vestido e em perfeito juízo, do v. 15)