SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 43
Conectando Mundos
A TRUTA MOCHA

Olá amigos e amigas, como
estão?
O meu nome é Zaida Sivestre.
Sou uma medusa e venho do sul
da Andaluzia, Espanha.
Hoje quero contar-vos a história
dos Truchez,
uma família de trutas de rio que
teve a
valentia de viajar até ao mar à
procura de uma vida melhor.
Estou encantada por poder
conhecer-vos e espero
poder passar um bom bocado
com todos vocês.
A TRUTA MOCHA

Conta a lenda que existia uma Lagoa Verde, onde
habitava uma truta chamada Mocha que viajou até ao
imenso mar juntamente com a sua família.
Ninguém sabe exatamente como tudo aconteceu, mas
dizem que o que motivou a valente truta foi ver que a sua
família passava por grandes dificuldades. No sítio onde
habitavam havia muita falta de água.
A mão do homem tinha poluído toda aquela zona e as
condições do rio eram cada vez mais difíceis de suportar.
A mamã de Mocha tinha muita pena em abandonar o
conforto do rio onde sempre haviam vivido mas um dia
convenceu o papá Truchez a procurar um lugar melhor
onde pudessem viver e cuidar dos seus 4 filhos e filhas.
Lagrimita   Focinhobravo




Mocha        Aiquemedo
A TRUTA MOCHA
Lagrimita tinha tendência para estar sepre triste e as suas
sobrancelhas ficavam com a forma de /.. cada vez que
algo a perturbava.

 Focinhobravo tinha uma personalidade muito forte e
 encontrava sempre motivos para as suas sobrancelhas
 ficarem com a forma de . /.


  Aiquemedo assustava-se com tanta facilidade que ao
  ouvir qualquer ruído saía a correr escondia-se no
  primeiro buraco que encontrava. As suas sobrancelhas
  tinham a forma de (..)


  Mocha :) era a alegria em pessoa. Adorava rir até lhe
  doer a barriga e até o voo de uma pequena mosca o
  fazia soltar umas boas gargalhadas.
A família de Mocha tinha sido muito feliz naquele pedaço de rio onde
haviam passado uma alegre infância até que, infelizmente, chegaram as
dificuldades. Os salmões já tinham falado muitas vezes do distante
Oceano. Era um lugar onde havia comida para todos e onde poderiam
encontrar uma oportunidade para viver melhor.
Os pais de Mocha pensaram em viajar para ali. Falaram durante dias e
noites. Pensaram, abraçaram-se…
Mocha olhava para a família e não percebia porque razões estavam tão
tristes por terem de viajar até ao Oceano. Ela sonhava em conhecer
aquele lugar e sorria ao imaginar que ia conhecer novos amigos e amigas,
novos lugares e novas músicas…
Uma noite, os seus pais, com ar muito pesaroso e comunicaram aos filhos
a sua decisão: iriam iniciar a viagem até ao Oceano e isso também os
afetava a eles.
Pela manhã, Lagrimita, Focinhobravo, Aiquemedo e Mocha já tinham
penteado as suas sobrancelhas e estavam preparados para sair.
Diante da sua casa, os Truchez despediram-se de todos os seus
familiares e amigos do rio, prometendo que muito brevemente iriam enviar
boas notícias.
Mocha despediu-se do seu melhor amigo Nostalginho, com o qual tinha
passado tantas tardes a admirar o pôr-do-sol na Lagoa Verde.
- Vou ter tantas saudades tuas, Mocha.
- Eu também, Nostalginho, mas tenho a certeza de que em breve irás
visitar-nos ao Oceano e vamos brincar com as pedrinhas. Vais ver!
A tartaruga Platera esperava-os junto à Pedra Grande, enquanto
preparava as suas potentes patas para levá-los ao Oceano. As rãs
coaxavam e nadavam nas margens do rio, enquanto centenas de
peixinhos brilhavam à sua volta ao receber os primeiros raios de sol.
Os Truchez alinharam-se, uma a um, na carapaça da Platera e muito
lentamente afastaram-se daquele pedaço de rio onde sempre tinham
vivido.
Mocha observava a paisagem com um sorriso nos lábios. Olhava os
seus amigos e amigas que estavam na margem do rio, contemplava
os nenúfares flutuantes, as plantas que enfeitavam aquele lugar e
sentia-se feliz por ter vivido ali mas, por outro lado, agradava-lhe a
ideia de viver no Oceano e poder conhecer outros lugares.
De repente, aquele sítio transformou-se num ponto distante e um
pouco depois desapareceu detrás dos canaviais que separavam a
região das águas frias. A família nunca tinha ido além dos canaviais,
pelo que, para Mocha, a viagem já estava a ser uma verdadeira
aventura. De súbito, uma pedra caiu estrondosamente na água,
mesmo à frente da cara de Platera.
-Ploooooof!
Todos se entreolharam admirados.
- O que se passa? - Perguntou Aiquemedo.
- Não tenho a certeza –disse a mamã Truchez- … Mas acho que
devem ser os caranguejos do rio a avisarem que se aproxima algum
perigo.
- Ai que medo!- exclamou, abraçando-se à mamã.
- Sim - disse o papá- São pescadores furtivos que estão a pescar no rio.
- Mas como é possível? Não têm esse direito! – disse Focinhobravo.
- E temos mesmo de passar por ali?- perguntou baixinho a Lagrimita.
- Sim filha, não há outro remédio, temos de passar ali – disse a mamã Truchez.
Mocha observava aqueles homens que pescavam com enormes canas e fios
transparentes. Sentia um pouco de medo, um pouco de raiva e um pouco de pena,
mas estava contente porque tinha tido uma grande ideia para salvá-los daquele
desastre…
- Mamã, papá… Tenho uma ideia!- disse Mocha.
- Diz filha! - exclamou o papá Truchez
- A minha ideia é a seguinte: a Platera poderia levar-nos até à margem do
rio onde estão os pescadores, para muito perto do local onde estão a
pescar e passar mesmo à frente dos seus pés, sem fazer qualquer ruído.
Eles acham que os peixes, como nós, estão no meio do rio e nunca irão
imaginar que estamos mesmo à sua frente.
- Ummm…- exclamou a Mamã Truchez- Não é má ideia!
- Sim- disse Aiquemedo- mas, e se fizermos algum barulho e nos
descobrem, o que acontecerá? Estaríamos tão perto que poderiam caçar-
nos facilmente com uma rede daquelas que servem para tirar-nos da água.
Tenho tanto medo.
- Vá lá, Aiquemedo! É preciso ser valente nesta vida – disse Mocha
Então Lagrimita disse: - e se nos escondermos por baixo da carapaça da
Platera e formos para a margem oposta? Eles não caçam as tartarugas,
apenas os peixes e eles nunca vão imaginar que estamos escondidos por
baixo da sua carapaça.
Os pais falaram durante uns minutos. Tinham de decidir o que fazer para
não pôr as suas vidas em perigo.
- Boa ideia, Lagrimita, passaremos diante dos pescadores por baixo da
carapaça da Platera e sem fazer barulho. – Disse o papá Truchez – É
muito arriscado, mas acho que vai funcionar.
A família Truchez e a Platera nadavam os sete no mais absoluto
silêncio. Iriam passar muito perto do perigo e qualquer ruído suspeito
despertaria a curiosidade dos pescadores e poderiam ser descobertos.
Platera cantarolava uma antiga melodia para mostrar a mais absoluta
tranquilidade.
-Olha uma tartaruga- disse um dos pescadores.
- Onde?
- Ali, não vês? Ali a flutuar no meio do rio...
- Ah sim... eu gosto de tartarugas e tu?
- Tenho um amigo que faz pulseiras utilizando o material das carapaças.
- Escuta, se quiseres podemos capturá-la...
- Está bem!

Os dois apressaram-se a ir buscar os utensílios de captura. Ao ouvir os
planos dos pescadores, Platera nadou, nadou, nadou tão depressa que
parecia uma tartaruga expresso. Nesse dia a tartaruga Platera conseguiu
bater um recorde mundial ao chegar tão depressa à zona pantanosa onde
se encontrava a Grande Barreira de Corais.

-Bravo Platera! És a melhor!
Ao chegarem ao oceano esperava-os um enorme cartaz!
Uma grande barreira de corais impedia-os de nadar e quase
instantaneamente apareceram uns camarões vermelhos chamados
Gambas Polícias que lhes perguntaram o que vinham fazer ao Oceano,
onde iam ficar hospedados, quem iam visitar, de onde vinham, quantas
moedas “aquas” tinham (as “aquas” são as moedas do Oceano e têm a
forma de uma bola transparente, parecem cristais).
Depois de responder a todas as perguntas, conseguiram ultrapassar
a barreira de corais em cima do lombo de Platera e observavam
deslumbrados o grande e bonito Oceano.
Mocha não queria acreditar que estava ali. Observava as lagostas, os
polvos, os mexilhões - todos negros e abraçados às rochas. Que
amorosos! – pensava ela… Tudo parecia maravilhoso… A vida no rio
já parecia tão distante…
Platera parou e disse:


- Esta é a vossa nova casa.
Vão viver aqui!
- Aqui? – perguntou Focinhobravo – mas isto é tão diferente, eu não quero viver
neste sítio!
- Calma filho, daqui a pouco tempo vais sentir-te bem neste lugar. Só temos de
decorá-lo a nosso gosto e sentir-te-ás em casa. – disse a mamã
Truchez, abraçando-o.
- Sim, mas isto é tão grande, tenho medo de me perder – disse Aiquemedo.
- Não te preocupes - disse o papá Truchez- vamos colocar umas campainhas
em volta da casa para não te perderes.
- Tenho tantas saudades do nosso rio e dos nossos amigos – disse a Lagrimita.
- Filha, vais ver que muito rapidamente vais arranjar novos amigos e amigas.
- Siiiiiiiiiim!- exclamou Mocha. - Eu quero conhecer novos peixinhos.
Mamã, papá, vamos passear, por favor…
Para Mocha, o Oceano era o lugar perfeito para viver. Depressa se adaptou ao
novo lugar. Ali poderia encontrar tudo o que uma truta do rio poderia sonhar.
Na Blue Ocean Avenue havia milhares de pequenas lojas onde Mocha podia
passar horas e horas a observar as montras. Às vezes, ao fim da tarde, os
Truchez saiam para passear num parque ali perto, onde os cavalos marinhos
se ofereciam para levar a passear os mais pequeninos em troca de algumas
aquas. Quando os raios de sol já não iluminavam o fundo do Oceano, a família
voltava para casa. Chegava a hora do jantar. Toda a vizinhança preparava os
seus cozinhados e saiam odores esquisitos de todas as casas.
O prato favorito de Mocha era a couve-flor. Sim, sim, a couve-flor. Sonhava
com ela e adorava o cheiro que emanava ao ser cozinhada. A mamã e o papá
Truchez também gostavam de preparar este prato, só para verem a cara de
satisfação com que ficavam Lagrimita, Focinhobravo, Aiquemedo e Mocha ao
destapar a panela.
Certa tarde, ao chegarem a casa, viram um cartaz que dizia:
- Ups – disse Mocha – eles queriam dizer o óptimo cheiro da couve-
flor...
- Não, filha. Eles querem mesmo dizer o mau cheiro. Eles não gostam
do que nós comemos porque dizem que cheira mal, dizem isso porque
não conhecem.
- Ah! E por que razão não conhecem? – perguntou Aiquemedo.
- Porque aqui não é costume comê-la.
- Pois não sabem o que perdem! – exclamou Focinhobravo.
O papá Truchez contou que, no Oceano, os seus habitantes tinham costumes
diferentes e que as suas comidas também eram diferentes, tanto no aspecto,
nas cores, nos sabores, como na maneira de cozinhá-las.
- Claro – disse Mocha – O melhor será dar-lhes a provar. Tenho a certeza de
que vão adorar!
Entretanto, Focinhobravo estava muito aborrecido só de pensar que no Oceano
não se podia comer couve-flor e disse, todo rezingão:
- Concordo com Mocha, proponho fazermos um delicioso cozinhado de couve-
flor para levar para a reunião de vizinhos e vizinhas. Assim, todos vão prová-la e
tenho a certeza de que vão gostar muito.
A mamã Truchez tinha dúvidas. Não queria arranjar problemas com a
vizinhança e achava que o melhor era não cozinhar mais aquele prato, para não
arranjar conflitos na comunidade.
- Não, meus filhos, acho que o melhor é esquecermos a nossa esquisita couve-
flor e tudo ficará em paz.
- Mas mamããããã - disse Mocha- nós gostamos tanto de couve-flor!
- Sim filha, mas...
Conectando Mundos
Uma tarde, Dom Polvo, o chefe do parque de atracções
“Estrela do mar”, ofereceu ao papá Truchez um pequeno
trabalho no parque.
- Que bom- disse ele – Eu e a minha família acabámos de
chegar ao Oceano, não imagina o quanto preciso deste
trabalho. Muito obrigado, Dom Polvo.
O Papá Truchez voltou para casa muito contente e
explicou à família que tinha conseguido um emprego, um
sinal de que as coisas começavam a correr bem.
Essa noite foi maravilhosa para os Truchez. Cantaram canções
tradicionais do rio e Mocha lembrou-se do Nostalginho.
Quem passava ao lado da casa dos Truchez escutava altas gargalhadas
e aplausos.
Quando o sol já rompia por entre as densas águas do Oceano, o papá Truchez
saia de casa todo aperaltado para ir para o novo trabalho.
O primeiro dia, seja lá do que for, é sempre muito especial, pelo que o papá
Truchez até se lembrou de pôr umas gotas do seu perfume favorito “Água de
Ouriço”. Sentia-se tão bonito como quando era jovem.
Quando chegou ao parque, Dom Polvo organizava os seus trabalhadores em
pequenos grupos, com a ajuda dos seus enormes braços…
-Tu, ficas aqui.
- Tu, vais para trás dele.
- Tú, ficas neste grupo.
O papá Truchez esperou pela sua vez e colocou-se na fila
indicada por Dom Polvo.
- E nós, vamos para onde? –perguntou o Papá Truchez a uma
sardinha que estava à sua frente.
-Vamos para as rochas – disse ela.
Estão loucos, para as rochas????
- Sim – disse uma medusa - é preciso apanhar algas frescas
para fazer as máquinas funcionar.
- Mas, mas, mas... se vamos para lá podemos ser apanhados
pelas redes dos pescadores e eu tenho uma família para
sustentar.
- Eu também! Por isso mesmo, se queres que Dom Polvo te dê
aquas para sustentá-la, já sabes o que é preciso fazer. É ele que
manda aqui. – disse o companheiro, fazendo sinal com a cabeça
para irem.
O papá Truchez tinha medo, sentia raiva e um certo sentimento
de tristeza ao encontrar-se numa situação tão difícil. Dom Polvo
não lhe tinha dito que se tratava de um trabalho tão perigoso e
não sabia o que fazer.
A Truta Mocha
A Truta Mocha

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Poemas do mar
Poemas do marPoemas do mar
Poemas do marcruchinho
 
Poemas de Alda Espirito Santo
Poemas de Alda Espirito SantoPoemas de Alda Espirito Santo
Poemas de Alda Espirito SantoBE ESGN
 
De poema em em poema
De poema em em poemaDe poema em em poema
De poema em em poemamagomes06
 
A sementinha alves redol (1)
A sementinha alves redol (1)A sementinha alves redol (1)
A sementinha alves redol (1)Sandra Pinheiro
 
Relatos de uma cãominhante 1
Relatos de uma cãominhante  1Relatos de uma cãominhante  1
Relatos de uma cãominhante 1grizzdesign
 
Apresentação poemas sobre o mar
Apresentação poemas sobre o marApresentação poemas sobre o mar
Apresentação poemas sobre o marLucilia Fonseca
 
Poemas votacao
Poemas votacaoPoemas votacao
Poemas votacaobearnoso
 
Faça Lá Um Poema! 2010
Faça Lá Um Poema! 2010Faça Lá Um Poema! 2010
Faça Lá Um Poema! 2010Isabel DA COSTA
 
A linha do mar pdf file
A linha do mar  pdf fileA linha do mar  pdf file
A linha do mar pdf fileKadja Saldanha
 
Suplemento acre 0011 e book
Suplemento acre 0011 e book Suplemento acre 0011 e book
Suplemento acre 0011 e book AMEOPOEMA Editora
 
2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosa
2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosa2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosa
2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosaO Ciclista
 
7 libertacao-1949
7 libertacao-19497 libertacao-1949
7 libertacao-1949paulasa pin
 
Pedro das Malasartes - EB1 de Arnelas
Pedro das Malasartes - EB1 de ArnelasPedro das Malasartes - EB1 de Arnelas
Pedro das Malasartes - EB1 de ArnelasVirgínia Ferreira
 

Mais procurados (20)

Poemas do mar
Poemas do marPoemas do mar
Poemas do mar
 
Ler o mar
Ler o marLer o mar
Ler o mar
 
Poemas de Alda Espirito Santo
Poemas de Alda Espirito SantoPoemas de Alda Espirito Santo
Poemas de Alda Espirito Santo
 
De poema em em poema
De poema em em poemaDe poema em em poema
De poema em em poema
 
A sementinha alves redol (1)
A sementinha alves redol (1)A sementinha alves redol (1)
A sementinha alves redol (1)
 
Relatos de uma cãominhante 1
Relatos de uma cãominhante  1Relatos de uma cãominhante  1
Relatos de uma cãominhante 1
 
Frases sobre o mar
Frases sobre o marFrases sobre o mar
Frases sobre o mar
 
Apresentação poemas sobre o mar
Apresentação poemas sobre o marApresentação poemas sobre o mar
Apresentação poemas sobre o mar
 
Poemas votacao
Poemas votacaoPoemas votacao
Poemas votacao
 
Fichas De Poesia
Fichas De PoesiaFichas De Poesia
Fichas De Poesia
 
A menina do mar
A menina do marA menina do mar
A menina do mar
 
Faça Lá Um Poema! 2010
Faça Lá Um Poema! 2010Faça Lá Um Poema! 2010
Faça Lá Um Poema! 2010
 
A linha do mar pdf file
A linha do mar  pdf fileA linha do mar  pdf file
A linha do mar pdf file
 
J A Gomes
J A GomesJ A Gomes
J A Gomes
 
Suplemento acre 0011 e book
Suplemento acre 0011 e book Suplemento acre 0011 e book
Suplemento acre 0011 e book
 
Abyssus abyssum
Abyssus abyssumAbyssus abyssum
Abyssus abyssum
 
2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosa
2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosa2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosa
2014 09-07 - ler e aprender gn sec - mar - sofia pedrosa
 
7 libertacao-1949
7 libertacao-19497 libertacao-1949
7 libertacao-1949
 
Pedro das Malasartes - EB1 de Arnelas
Pedro das Malasartes - EB1 de ArnelasPedro das Malasartes - EB1 de Arnelas
Pedro das Malasartes - EB1 de Arnelas
 
04.10 o mar e o caracol
04.10   o mar e o caracol04.10   o mar e o caracol
04.10 o mar e o caracol
 

Semelhante a A Truta Mocha

A truta Mocha - 2ª Parte
A truta Mocha - 2ª ParteA truta Mocha - 2ª Parte
A truta Mocha - 2ª Partehcbmelo
 
Historias infantis para evangelizacao espirita (autores diversos)
Historias infantis para evangelizacao espirita (autores diversos)Historias infantis para evangelizacao espirita (autores diversos)
Historias infantis para evangelizacao espirita (autores diversos)Alice Lirio
 
UM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS - A HISTÓRIA DE UMA CORTESÃ
UM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS - A HISTÓRIA DE UMA CORTESÃUM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS - A HISTÓRIA DE UMA CORTESÃ
UM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS - A HISTÓRIA DE UMA CORTESÃAdriana Matheus
 
Se eu fosse uma gotinha de água
Se eu fosse uma gotinha de águaSe eu fosse uma gotinha de água
Se eu fosse uma gotinha de águaCarla Paias
 
Histórias com sabor a mar
Histórias com sabor a marHistórias com sabor a mar
Histórias com sabor a marmarilize2
 
Ppt o segredo-do_rio
Ppt o segredo-do_rioPpt o segredo-do_rio
Ppt o segredo-do_rioSara Barbosa
 
Mar me quer
Mar me querMar me quer
Mar me querLeitorX
 
Joana E Liliana E Rafaela
Joana E  Liliana E  RafaelaJoana E  Liliana E  Rafaela
Joana E Liliana E RafaelaMaria Filomena
 
Mateus e o muiraquitã
Mateus e o muiraquitãMateus e o muiraquitã
Mateus e o muiraquitãMarisa Seara
 
A truta Mocha - 3ª Parte
A truta Mocha - 3ª ParteA truta Mocha - 3ª Parte
A truta Mocha - 3ª Partehcbmelo
 
A verdadeira história da lenda do boto - o pedófilo sedutor.
A verdadeira história da lenda do boto - o pedófilo sedutor.A verdadeira história da lenda do boto - o pedófilo sedutor.
A verdadeira história da lenda do boto - o pedófilo sedutor.Ojr Bentes
 
Poemas xx en galego sen filtro
Poemas xx en galego sen filtroPoemas xx en galego sen filtro
Poemas xx en galego sen filtrocenlf
 
Poemas XX en galego sen filtro
Poemas XX en galego sen filtroPoemas XX en galego sen filtro
Poemas XX en galego sen filtrocenlf
 
Contos-de-Andersen.pdf
Contos-de-Andersen.pdfContos-de-Andersen.pdf
Contos-de-Andersen.pdfbiblioteca123
 
A menina do mar final
A menina do mar finalA menina do mar final
A menina do mar finalmargaflor
 
Anabela Mimoso
Anabela Mimoso  Anabela Mimoso
Anabela Mimoso becreebsr
 

Semelhante a A Truta Mocha (20)

A truta Mocha - 2ª Parte
A truta Mocha - 2ª ParteA truta Mocha - 2ª Parte
A truta Mocha - 2ª Parte
 
O mar na poesia
O mar na poesiaO mar na poesia
O mar na poesia
 
Historias infantis para evangelizacao espirita (autores diversos)
Historias infantis para evangelizacao espirita (autores diversos)Historias infantis para evangelizacao espirita (autores diversos)
Historias infantis para evangelizacao espirita (autores diversos)
 
UM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS - A HISTÓRIA DE UMA CORTESÃ
UM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS - A HISTÓRIA DE UMA CORTESÃUM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS - A HISTÓRIA DE UMA CORTESÃ
UM OLHAR VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS - A HISTÓRIA DE UMA CORTESÃ
 
Se eu fosse uma gotinha de água
Se eu fosse uma gotinha de águaSe eu fosse uma gotinha de água
Se eu fosse uma gotinha de água
 
Histórias com sabor a mar
Histórias com sabor a marHistórias com sabor a mar
Histórias com sabor a mar
 
Ppt o segredo-do_rio
Ppt o segredo-do_rioPpt o segredo-do_rio
Ppt o segredo-do_rio
 
Mar me quer
Mar me querMar me quer
Mar me quer
 
Joana E Liliana E Rafaela
Joana E  Liliana E  RafaelaJoana E  Liliana E  Rafaela
Joana E Liliana E Rafaela
 
Mateus e o muiraquitã
Mateus e o muiraquitãMateus e o muiraquitã
Mateus e o muiraquitã
 
A menina do mar
A menina do marA menina do mar
A menina do mar
 
A truta Mocha - 3ª Parte
A truta Mocha - 3ª ParteA truta Mocha - 3ª Parte
A truta Mocha - 3ª Parte
 
A verdadeira história da lenda do boto - o pedófilo sedutor.
A verdadeira história da lenda do boto - o pedófilo sedutor.A verdadeira história da lenda do boto - o pedófilo sedutor.
A verdadeira história da lenda do boto - o pedófilo sedutor.
 
A menina do mar
A menina do marA menina do mar
A menina do mar
 
Poemas xx en galego sen filtro
Poemas xx en galego sen filtroPoemas xx en galego sen filtro
Poemas xx en galego sen filtro
 
Poemas XX en galego sen filtro
Poemas XX en galego sen filtroPoemas XX en galego sen filtro
Poemas XX en galego sen filtro
 
Contos-de-Andersen.pdf
Contos-de-Andersen.pdfContos-de-Andersen.pdf
Contos-de-Andersen.pdf
 
A menina do mar final
A menina do mar finalA menina do mar final
A menina do mar final
 
Anabela Mimoso
Anabela Mimoso  Anabela Mimoso
Anabela Mimoso
 
BoB Project Apresentacao 2
BoB Project Apresentacao 2BoB Project Apresentacao 2
BoB Project Apresentacao 2
 

Mais de poletef

Cartaz feira de autor madalena santos
Cartaz feira de autor madalena santosCartaz feira de autor madalena santos
Cartaz feira de autor madalena santospoletef
 
Cartaz semana da leitura 2013 penafiel sudeste
Cartaz semana da leitura 2013 penafiel sudesteCartaz semana da leitura 2013 penafiel sudeste
Cartaz semana da leitura 2013 penafiel sudestepoletef
 
Teatro 13º poder
Teatro 13º poderTeatro 13º poder
Teatro 13º poderpoletef
 
Projeção concurso
Projeção concursoProjeção concurso
Projeção concursopoletef
 
Maratona leitura
Maratona leituraMaratona leitura
Maratona leiturapoletef
 
Apresentação big 6
Apresentação big 6Apresentação big 6
Apresentação big 6poletef
 
Bibliopaper penafiel
Bibliopaper penafielBibliopaper penafiel
Bibliopaper penafielpoletef
 
12 passos para organizar
12 passos para organizar12 passos para organizar
12 passos para organizarpoletef
 
Gestão integrada das be
Gestão integrada das beGestão integrada das be
Gestão integrada das bepoletef
 
O velho, o rapaz e o burro
O velho, o rapaz e o burroO velho, o rapaz e o burro
O velho, o rapaz e o burropoletef
 
Peixinho arco íris
Peixinho arco írisPeixinho arco íris
Peixinho arco írispoletef
 
Formação de utilizadores
Formação de utilizadoresFormação de utilizadores
Formação de utilizadorespoletef
 
Promoção da leitura aos pais
Promoção da leitura aos paisPromoção da leitura aos pais
Promoção da leitura aos paispoletef
 
Cartaz ciclo de cinema na be
Cartaz ciclo de cinema na beCartaz ciclo de cinema na be
Cartaz ciclo de cinema na bepoletef
 
Postal de natal be
Postal de natal bePostal de natal be
Postal de natal bepoletef
 
Postal de natal be
Postal de natal bePostal de natal be
Postal de natal bepoletef
 
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo FreitasContinuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitaspoletef
 
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas poletef
 

Mais de poletef (20)

Cartaz feira de autor madalena santos
Cartaz feira de autor madalena santosCartaz feira de autor madalena santos
Cartaz feira de autor madalena santos
 
Cartaz semana da leitura 2013 penafiel sudeste
Cartaz semana da leitura 2013 penafiel sudesteCartaz semana da leitura 2013 penafiel sudeste
Cartaz semana da leitura 2013 penafiel sudeste
 
Teatro 13º poder
Teatro 13º poderTeatro 13º poder
Teatro 13º poder
 
Projeção concurso
Projeção concursoProjeção concurso
Projeção concurso
 
Maratona leitura
Maratona leituraMaratona leitura
Maratona leitura
 
Apresentação big 6
Apresentação big 6Apresentação big 6
Apresentação big 6
 
Bibliopaper penafiel
Bibliopaper penafielBibliopaper penafiel
Bibliopaper penafiel
 
12 passos para organizar
12 passos para organizar12 passos para organizar
12 passos para organizar
 
Mabe
MabeMabe
Mabe
 
Gestão integrada das be
Gestão integrada das beGestão integrada das be
Gestão integrada das be
 
O velho, o rapaz e o burro
O velho, o rapaz e o burroO velho, o rapaz e o burro
O velho, o rapaz e o burro
 
Lyomer
LyomerLyomer
Lyomer
 
Peixinho arco íris
Peixinho arco írisPeixinho arco íris
Peixinho arco íris
 
Formação de utilizadores
Formação de utilizadoresFormação de utilizadores
Formação de utilizadores
 
Promoção da leitura aos pais
Promoção da leitura aos paisPromoção da leitura aos pais
Promoção da leitura aos pais
 
Cartaz ciclo de cinema na be
Cartaz ciclo de cinema na beCartaz ciclo de cinema na be
Cartaz ciclo de cinema na be
 
Postal de natal be
Postal de natal bePostal de natal be
Postal de natal be
 
Postal de natal be
Postal de natal bePostal de natal be
Postal de natal be
 
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo FreitasContinuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
 
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
Continuação da história ‘’A truta Mocha’’ Leonardo Freitas
 

Último

Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 

Último (20)

Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 

A Truta Mocha

  • 2. A TRUTA MOCHA Olá amigos e amigas, como estão? O meu nome é Zaida Sivestre. Sou uma medusa e venho do sul da Andaluzia, Espanha. Hoje quero contar-vos a história dos Truchez, uma família de trutas de rio que teve a valentia de viajar até ao mar à procura de uma vida melhor. Estou encantada por poder conhecer-vos e espero poder passar um bom bocado com todos vocês.
  • 3. A TRUTA MOCHA Conta a lenda que existia uma Lagoa Verde, onde habitava uma truta chamada Mocha que viajou até ao imenso mar juntamente com a sua família. Ninguém sabe exatamente como tudo aconteceu, mas dizem que o que motivou a valente truta foi ver que a sua família passava por grandes dificuldades. No sítio onde habitavam havia muita falta de água. A mão do homem tinha poluído toda aquela zona e as condições do rio eram cada vez mais difíceis de suportar. A mamã de Mocha tinha muita pena em abandonar o conforto do rio onde sempre haviam vivido mas um dia convenceu o papá Truchez a procurar um lugar melhor onde pudessem viver e cuidar dos seus 4 filhos e filhas.
  • 4.
  • 5. Lagrimita Focinhobravo Mocha Aiquemedo
  • 6. A TRUTA MOCHA Lagrimita tinha tendência para estar sepre triste e as suas sobrancelhas ficavam com a forma de /.. cada vez que algo a perturbava. Focinhobravo tinha uma personalidade muito forte e encontrava sempre motivos para as suas sobrancelhas ficarem com a forma de . /. Aiquemedo assustava-se com tanta facilidade que ao ouvir qualquer ruído saía a correr escondia-se no primeiro buraco que encontrava. As suas sobrancelhas tinham a forma de (..) Mocha :) era a alegria em pessoa. Adorava rir até lhe doer a barriga e até o voo de uma pequena mosca o fazia soltar umas boas gargalhadas.
  • 7. A família de Mocha tinha sido muito feliz naquele pedaço de rio onde haviam passado uma alegre infância até que, infelizmente, chegaram as dificuldades. Os salmões já tinham falado muitas vezes do distante Oceano. Era um lugar onde havia comida para todos e onde poderiam encontrar uma oportunidade para viver melhor. Os pais de Mocha pensaram em viajar para ali. Falaram durante dias e noites. Pensaram, abraçaram-se… Mocha olhava para a família e não percebia porque razões estavam tão tristes por terem de viajar até ao Oceano. Ela sonhava em conhecer aquele lugar e sorria ao imaginar que ia conhecer novos amigos e amigas, novos lugares e novas músicas… Uma noite, os seus pais, com ar muito pesaroso e comunicaram aos filhos a sua decisão: iriam iniciar a viagem até ao Oceano e isso também os afetava a eles.
  • 8. Pela manhã, Lagrimita, Focinhobravo, Aiquemedo e Mocha já tinham penteado as suas sobrancelhas e estavam preparados para sair. Diante da sua casa, os Truchez despediram-se de todos os seus familiares e amigos do rio, prometendo que muito brevemente iriam enviar boas notícias. Mocha despediu-se do seu melhor amigo Nostalginho, com o qual tinha passado tantas tardes a admirar o pôr-do-sol na Lagoa Verde. - Vou ter tantas saudades tuas, Mocha. - Eu também, Nostalginho, mas tenho a certeza de que em breve irás visitar-nos ao Oceano e vamos brincar com as pedrinhas. Vais ver!
  • 9. A tartaruga Platera esperava-os junto à Pedra Grande, enquanto preparava as suas potentes patas para levá-los ao Oceano. As rãs coaxavam e nadavam nas margens do rio, enquanto centenas de peixinhos brilhavam à sua volta ao receber os primeiros raios de sol. Os Truchez alinharam-se, uma a um, na carapaça da Platera e muito lentamente afastaram-se daquele pedaço de rio onde sempre tinham vivido. Mocha observava a paisagem com um sorriso nos lábios. Olhava os seus amigos e amigas que estavam na margem do rio, contemplava os nenúfares flutuantes, as plantas que enfeitavam aquele lugar e sentia-se feliz por ter vivido ali mas, por outro lado, agradava-lhe a ideia de viver no Oceano e poder conhecer outros lugares.
  • 10.
  • 11. De repente, aquele sítio transformou-se num ponto distante e um pouco depois desapareceu detrás dos canaviais que separavam a região das águas frias. A família nunca tinha ido além dos canaviais, pelo que, para Mocha, a viagem já estava a ser uma verdadeira aventura. De súbito, uma pedra caiu estrondosamente na água, mesmo à frente da cara de Platera. -Ploooooof! Todos se entreolharam admirados. - O que se passa? - Perguntou Aiquemedo. - Não tenho a certeza –disse a mamã Truchez- … Mas acho que devem ser os caranguejos do rio a avisarem que se aproxima algum perigo. - Ai que medo!- exclamou, abraçando-se à mamã.
  • 12. - Sim - disse o papá- São pescadores furtivos que estão a pescar no rio. - Mas como é possível? Não têm esse direito! – disse Focinhobravo. - E temos mesmo de passar por ali?- perguntou baixinho a Lagrimita. - Sim filha, não há outro remédio, temos de passar ali – disse a mamã Truchez. Mocha observava aqueles homens que pescavam com enormes canas e fios transparentes. Sentia um pouco de medo, um pouco de raiva e um pouco de pena, mas estava contente porque tinha tido uma grande ideia para salvá-los daquele desastre…
  • 13. - Mamã, papá… Tenho uma ideia!- disse Mocha. - Diz filha! - exclamou o papá Truchez - A minha ideia é a seguinte: a Platera poderia levar-nos até à margem do rio onde estão os pescadores, para muito perto do local onde estão a pescar e passar mesmo à frente dos seus pés, sem fazer qualquer ruído. Eles acham que os peixes, como nós, estão no meio do rio e nunca irão imaginar que estamos mesmo à sua frente.
  • 14.
  • 15. - Ummm…- exclamou a Mamã Truchez- Não é má ideia! - Sim- disse Aiquemedo- mas, e se fizermos algum barulho e nos descobrem, o que acontecerá? Estaríamos tão perto que poderiam caçar- nos facilmente com uma rede daquelas que servem para tirar-nos da água. Tenho tanto medo. - Vá lá, Aiquemedo! É preciso ser valente nesta vida – disse Mocha Então Lagrimita disse: - e se nos escondermos por baixo da carapaça da Platera e formos para a margem oposta? Eles não caçam as tartarugas, apenas os peixes e eles nunca vão imaginar que estamos escondidos por baixo da sua carapaça. Os pais falaram durante uns minutos. Tinham de decidir o que fazer para não pôr as suas vidas em perigo.
  • 16. - Boa ideia, Lagrimita, passaremos diante dos pescadores por baixo da carapaça da Platera e sem fazer barulho. – Disse o papá Truchez – É muito arriscado, mas acho que vai funcionar. A família Truchez e a Platera nadavam os sete no mais absoluto silêncio. Iriam passar muito perto do perigo e qualquer ruído suspeito despertaria a curiosidade dos pescadores e poderiam ser descobertos. Platera cantarolava uma antiga melodia para mostrar a mais absoluta tranquilidade.
  • 17.
  • 18. -Olha uma tartaruga- disse um dos pescadores. - Onde? - Ali, não vês? Ali a flutuar no meio do rio... - Ah sim... eu gosto de tartarugas e tu? - Tenho um amigo que faz pulseiras utilizando o material das carapaças. - Escuta, se quiseres podemos capturá-la... - Está bem! Os dois apressaram-se a ir buscar os utensílios de captura. Ao ouvir os planos dos pescadores, Platera nadou, nadou, nadou tão depressa que parecia uma tartaruga expresso. Nesse dia a tartaruga Platera conseguiu bater um recorde mundial ao chegar tão depressa à zona pantanosa onde se encontrava a Grande Barreira de Corais. -Bravo Platera! És a melhor!
  • 19. Ao chegarem ao oceano esperava-os um enorme cartaz!
  • 20. Uma grande barreira de corais impedia-os de nadar e quase instantaneamente apareceram uns camarões vermelhos chamados Gambas Polícias que lhes perguntaram o que vinham fazer ao Oceano, onde iam ficar hospedados, quem iam visitar, de onde vinham, quantas moedas “aquas” tinham (as “aquas” são as moedas do Oceano e têm a forma de uma bola transparente, parecem cristais).
  • 21. Depois de responder a todas as perguntas, conseguiram ultrapassar a barreira de corais em cima do lombo de Platera e observavam deslumbrados o grande e bonito Oceano. Mocha não queria acreditar que estava ali. Observava as lagostas, os polvos, os mexilhões - todos negros e abraçados às rochas. Que amorosos! – pensava ela… Tudo parecia maravilhoso… A vida no rio já parecia tão distante…
  • 22. Platera parou e disse: - Esta é a vossa nova casa. Vão viver aqui!
  • 23. - Aqui? – perguntou Focinhobravo – mas isto é tão diferente, eu não quero viver neste sítio! - Calma filho, daqui a pouco tempo vais sentir-te bem neste lugar. Só temos de decorá-lo a nosso gosto e sentir-te-ás em casa. – disse a mamã Truchez, abraçando-o. - Sim, mas isto é tão grande, tenho medo de me perder – disse Aiquemedo. - Não te preocupes - disse o papá Truchez- vamos colocar umas campainhas em volta da casa para não te perderes. - Tenho tantas saudades do nosso rio e dos nossos amigos – disse a Lagrimita. - Filha, vais ver que muito rapidamente vais arranjar novos amigos e amigas. - Siiiiiiiiiim!- exclamou Mocha. - Eu quero conhecer novos peixinhos. Mamã, papá, vamos passear, por favor…
  • 24. Para Mocha, o Oceano era o lugar perfeito para viver. Depressa se adaptou ao novo lugar. Ali poderia encontrar tudo o que uma truta do rio poderia sonhar. Na Blue Ocean Avenue havia milhares de pequenas lojas onde Mocha podia passar horas e horas a observar as montras. Às vezes, ao fim da tarde, os Truchez saiam para passear num parque ali perto, onde os cavalos marinhos se ofereciam para levar a passear os mais pequeninos em troca de algumas aquas. Quando os raios de sol já não iluminavam o fundo do Oceano, a família voltava para casa. Chegava a hora do jantar. Toda a vizinhança preparava os seus cozinhados e saiam odores esquisitos de todas as casas.
  • 25. O prato favorito de Mocha era a couve-flor. Sim, sim, a couve-flor. Sonhava com ela e adorava o cheiro que emanava ao ser cozinhada. A mamã e o papá Truchez também gostavam de preparar este prato, só para verem a cara de satisfação com que ficavam Lagrimita, Focinhobravo, Aiquemedo e Mocha ao destapar a panela. Certa tarde, ao chegarem a casa, viram um cartaz que dizia:
  • 26. - Ups – disse Mocha – eles queriam dizer o óptimo cheiro da couve- flor... - Não, filha. Eles querem mesmo dizer o mau cheiro. Eles não gostam do que nós comemos porque dizem que cheira mal, dizem isso porque não conhecem. - Ah! E por que razão não conhecem? – perguntou Aiquemedo. - Porque aqui não é costume comê-la. - Pois não sabem o que perdem! – exclamou Focinhobravo.
  • 27. O papá Truchez contou que, no Oceano, os seus habitantes tinham costumes diferentes e que as suas comidas também eram diferentes, tanto no aspecto, nas cores, nos sabores, como na maneira de cozinhá-las. - Claro – disse Mocha – O melhor será dar-lhes a provar. Tenho a certeza de que vão adorar! Entretanto, Focinhobravo estava muito aborrecido só de pensar que no Oceano não se podia comer couve-flor e disse, todo rezingão: - Concordo com Mocha, proponho fazermos um delicioso cozinhado de couve- flor para levar para a reunião de vizinhos e vizinhas. Assim, todos vão prová-la e tenho a certeza de que vão gostar muito. A mamã Truchez tinha dúvidas. Não queria arranjar problemas com a vizinhança e achava que o melhor era não cozinhar mais aquele prato, para não arranjar conflitos na comunidade. - Não, meus filhos, acho que o melhor é esquecermos a nossa esquisita couve- flor e tudo ficará em paz. - Mas mamããããã - disse Mocha- nós gostamos tanto de couve-flor! - Sim filha, mas...
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36. Uma tarde, Dom Polvo, o chefe do parque de atracções “Estrela do mar”, ofereceu ao papá Truchez um pequeno trabalho no parque. - Que bom- disse ele – Eu e a minha família acabámos de chegar ao Oceano, não imagina o quanto preciso deste trabalho. Muito obrigado, Dom Polvo. O Papá Truchez voltou para casa muito contente e explicou à família que tinha conseguido um emprego, um sinal de que as coisas começavam a correr bem.
  • 37. Essa noite foi maravilhosa para os Truchez. Cantaram canções tradicionais do rio e Mocha lembrou-se do Nostalginho. Quem passava ao lado da casa dos Truchez escutava altas gargalhadas e aplausos.
  • 38. Quando o sol já rompia por entre as densas águas do Oceano, o papá Truchez saia de casa todo aperaltado para ir para o novo trabalho. O primeiro dia, seja lá do que for, é sempre muito especial, pelo que o papá Truchez até se lembrou de pôr umas gotas do seu perfume favorito “Água de Ouriço”. Sentia-se tão bonito como quando era jovem. Quando chegou ao parque, Dom Polvo organizava os seus trabalhadores em pequenos grupos, com a ajuda dos seus enormes braços…
  • 39. -Tu, ficas aqui. - Tu, vais para trás dele. - Tú, ficas neste grupo. O papá Truchez esperou pela sua vez e colocou-se na fila indicada por Dom Polvo. - E nós, vamos para onde? –perguntou o Papá Truchez a uma sardinha que estava à sua frente. -Vamos para as rochas – disse ela.
  • 40. Estão loucos, para as rochas???? - Sim – disse uma medusa - é preciso apanhar algas frescas para fazer as máquinas funcionar. - Mas, mas, mas... se vamos para lá podemos ser apanhados pelas redes dos pescadores e eu tenho uma família para sustentar.
  • 41. - Eu também! Por isso mesmo, se queres que Dom Polvo te dê aquas para sustentá-la, já sabes o que é preciso fazer. É ele que manda aqui. – disse o companheiro, fazendo sinal com a cabeça para irem. O papá Truchez tinha medo, sentia raiva e um certo sentimento de tristeza ao encontrar-se numa situação tão difícil. Dom Polvo não lhe tinha dito que se tratava de um trabalho tão perigoso e não sabia o que fazer.