A reunião do Programa Institucional de Iniciação a Docência (PIBID/CAPES) discutiu as intervenções artísticas dos bolsistas inspiradas em Kafka e no movimento Dadaísta. Os estudantes apresentaram trabalhos que questionaram a arte, o teatro e o papel do artista na sociedade. A reunião também planejou o próximo seminário sobre Paulo Freire e a participação no evento cultural Feira do Livro.
1. Ata 7/2013
Aos dezesseis dias do mês de abril do ano de dois mil e treze, na sala cinco da Unidade
Montenegro da UERGS, ocorreu a sétima reunião ordinária dos integrantes do Programa
Institucional de Iniciação a Docência (PIBID/CAPES), e contou com a presença dos
estudantes bolsistas do PIBID/CAPES/UERGS. A Professora Dra. Cristina Rolim
Wolffenbüttel iniciou o encontro informando que TV Cultura estava presente gravando
nossa reunião de hoje. Assim, foi encaminhada a pauta: Ponto Um: Escolha do relator (a)
da ata da reunião: Alexandra de Castilhos Moojen. Como segundo ponto foi passada a
apresentação das intervenções/ações criadas pelos bolsistas a partir da leitura do texto
de Frank Kafka e do movimento Dadaísta. Todos os bolsistas apresentaram suas
intervenções/ações primeiramente juntos, depois um por vez, para que cada trabalho
fosse assistido por todos. Após, foi aberto para o grupo expressar os comentários sobre
os trabalhos. Assim, o acadêmico Patrick Moraes falou sobre o seu trabalho inspirado no
texto do Kafka, questionando quanto tempo um artista suporta ficar sem o público e, da
mesma forma, sobre o tempo limite que um artista suporta sem estar em cena. A
Professora Cristina fez referência a John Cage que fez algo nesta mesma linha de
questionamento com a obra 4’33”. O acadêmico Rodrigo relatou sobre o quanto ficou
incomodado com texto de Kafka, falou que passou a refletir sobre a sua realidade e o
quanto na arte fazemos coisas somente para ganhar dinheiro, e começou a imaginar
como seria ter alguém enjaulado a serviço do outro e como isso se dá no teatro. Assim,
identificou alguns padrões como o reconhecimento dos textos clássicos como o Romeu e
Julieta como algo bom no teatro, o teatro como terapia, o teatro como veículo para
desinibir e desenvolver a fala, muito usado na escola. E ainda lembrou-se das ideias
preconceituosas existentes sobre a arte e sobre o teatro, como pornografia e a
promiscuidade como questões vinculadas aos artistas. Assim, em sua criação artística, a
partir da leitura de “O Artista da Fome”, de Kafka, Rodrigo com a ideia deste artista que
está desanimado e não sabe qual é a sua fome, ou sabe, mas a opressão do sistema não
permite que a sua fome seja saciada, e que permanece a serviço do público com um
cardápio de opções ao qual o teatro pode ser útil. A Professora Cristina, indicou que este
assunto poderia ser uma pesquisa a ser desenvolvida nas ações do Pibid, caso ele
considerasse pertinente, pois apresenta todos os elementos necessários para tal. O
colega Patrick Moraes comentou que essa pesquisa é importante para a escola, a fim de
2. q uestionar qual é a arte que deve ser ensinada na escola e expôs a necessidade de se
trabalhar com a criação de público, quer dizer, a cultura de assistir espetáculos. Após, a
acadêmica Mariliane falou que a ideia do seu trabalho surgiu partir de uma música que ela
relacionou com o texto do Kafka. A ideia de começar de trás para frente, ou seja, de forma
retrógrada, de acordo com as propostas musicais do Serialismo, e os símbolos do corte
do vínculo da infância com a boneca faz referência ao padrão de feminilidade existente na
sociedade. Também simbolizado pela boneca Barbie, que é citada na cena. A acadêmica
Alexandra explicou que o seu trabalho teve referência na Obra “A Fonte”, de Marcel
Duchamp que, naquele período, desejava questionar o que era arte e se a arte estava
somente nos lugares reconhecidos oficialmente como espaços de arte, como museus e
teatros. Assim, o trabalho realizado pela acadêmica buscou, através de um texto absurdo,
explicar o que é a dança contemporânea, como se a dança necessitasse ser explicada e
narrada. O acadêmico Ranielly falou sobre os trabalhos apresentados pelos colegas da
música, falando que a música tocada não tinha fim, mas poderia acontecer infinitamente.
Os demais colegas elogiaram o trabalho dizendo que, mesmo sem relação, a intervenção
de uma música na outra funcionou e ficou muito bonito de ser apreciado. Após estas
explanações a Professora Cristina seguiu a pauta informando que no próximo encontro
será explicado como ocorrerá o Seminário sobre Paulo Freire e que, até lá, os (as)
bolsistas deverão procurar ler os textos de Paulo Freire, que já foram distribuídos dentre
os pibidianos(as). A acadêmica Marlise informou que está em contato com o SESC para
conversar sobre a Feira do Livro em Montenegro, que ocorrer anualmente, no mês de
outubro, e que existe a perspectiva de relacionar o projeto “A arte de Ler” às ações
ocorridas na Feira. Assim, sem mais pontos de pauta a serem tratados, deu-se por
encerrada a reunião. Sem mais para o momento, eu, Alexandra de Castilhos Moojen,
lavro a presente ata que, após lida, será assinada por todos os presentes.