O documento descreve a história do Reino Franco desde sua fundação por Clóvis até sua desintegração. Clóvis unificou as tribos francas e estabeleceu a dinastia Merovíngia. Posteriormente, Pepino, o Breve estabeleceu a dinastia Carolíngia e Carlos Magno expandiu o reino em um vasto império. Após a morte de Carlos Magno, o império foi dividido e enfraquecido, levando eventualmente à sua desintegração.
2. INTRODUÇÃO
O ano de 476 marca o fim do Império Romano do Ocidente. Em
seu lugar encontramos a partir de então diversos Reinos Bárbaros.
É verdade que esses reinos não surgiram ao mesmo tempo;
desde o século 3º diversos povos bárbaros ocuparam partes do
território romano. Os reinos formaram-se lentamente e de maneira
desigual.O Reino Franco tornou-se o mais importante e sua
trajetória pode ser percebido desde seu início com Clóvis,
considerado primeiro rei e iniciador da Dinastia Merovíngea. Sua
política foi caracterizada pela unificação das diversas tribos
francas, em um processo de centralização. A aliança com a Igreja
Católica teve grande importância para o fortalecimento do poder
real e para sua política de conquistas territoriais.
3. CLÓVIS
No século V, o rei Clóvis I
unifica as tribos francas
tornando-se seu primeiro
rei.Clóvis, que era cristão, alia-
se a Igreja Católica e inicia um
processo de expansão
territorial.Clóvis deu origem a
dinastia dos MOROVÍNGIOS,
nome em homenagem ao seu
avô MOROVEU.Clóvis morre no
ano de 511, seu reino é dividido
por seus 4 filhos.Devido à
rivalidades, os reinos francos
são enfraquecidos.
4. REIS INDOLENTES
Reis indolentes que não
exerciam suas funções
reais, delegando-as aos
prefeitos do paço.
Destaque para Carlos
Martel que barrou o
avanço muçulmano na
batalha de poltiers
(732);
5. PEPINO, O BREVE
O filho de Carlos Martel, chamado
Pepino, com o apoio da Igreja
destronou o último rei descendente
de Clóvis e iniciou a dinastia
Carolíngia e como recompensa
pelo apoio recebido, doou terras,
que deram origem ao Patrimônio
de São Pedro.
Carlos Magno, filho de Pepino, o
Breve, foi o mais importante rei
dessa dinastia.
6. DOAÇÃO DE PEPINO, O BREVE
● Na viagem que fez a França em
754, o Papa Estêvão III foi
recebido por Pepino o Breve em
sua villa de Quierzy-sur-Oise em
janeiro. Um tratado foi assinado
criando os Estados Pontifícios
pela doação do Exarcado de
Ravenna, da Córsega, da
Sardenha e da Sicília ao papa.
Em contrapartida, este reconhecia
a dinastia carolíngia. Esta doação
foi confirmada em 774, em Roma,
por Carlos Magno, filho de
Pepino.A doação de Pepino ou
tratado de Quierzy , em 754, criou
os Estados Pontifícios.
8. CARLOS MAGNO
Foi o rei dos francos entre 768 e imperador do
ocidente (Imperatur Romanorum) entre 800 até a sua
morte em 814. Ele expandiu o Reino Franco até que
ele se tornasse o Império Carolíngio, que incorporou
a maior parte da Europa Ocidental e Central. Durante
o seu reinado, ele conquistou o Reino da Itália e foi
coroado Imperator Augustus pelo papa Leão III em
25 de dezembro de 800.Seu reinado também está
associado com a chamada Renascença carolíngia,
um renascimento das artes, religião e cultura por
meio da Igreja Católica. Por meio de suas conquistas
no estrangeiro e de suas reformas internas, Carlos
Magno ajudou a definir a Europa Ocidental e a Idade
Média na Europa. Ele é chamado de Carlos I nas
listas reais da Alemanha, do Sacro Império Romano
Germânico e na França.Ele era filho do rei Pepino, o
Breve e de Berta de Laon, uma rainha franca, tendo
sucedido ao pai em 768. Carlos reinou primeiro em
conjunto com seu irmão Carlomano.
9. REALIZAÇÕES DE CARLOS
MAGNO
●Destacou-se por conquistas militares, pela
organização administrativa implantada nos
territórios sob seu domínio e também pelo
renascimento das Artes. (Renascimento
Carolíngio)
10. ADMINISTRAÇÃO TERRITORIAL
Para facilitar a administração do vasto território,
Carlos Magno criou um sistema bem eficiente. As
regiões foram divididas em condados
(administradas pelos condes). Para fiscalizar a
atuação dos condes, foi criado o cargo de missi
dominici. Estes funcionários eram os enviados do
imperador para fiscalizar os territórios. Ou seja,
eles deveriam verificar e avisar ao imperador
sobre a cobrança dos impostos, aplicação das leis
e etc.
11. ADMINISTRAÇÃO DE CARLOS
MAGNO
E nas fronteiras colocou os marqueses, que administravam as
marcas.
No seu reinado, ampliou-se entre os germanos a antiga prática de
conceder terras conquistadas aos nobres guerreiros em troca de
serviços e fidelidade. Ao receber um território, denominado
Beneficium. O nobre fazia um juramento, tornando-se vassalo do
imperador e este tornava-se suserano do nobre. Depois da morte
do beneficiado as terras voltavam às mãos do imperador
O vassalo que recebia a terra tinha o direito de administrar e
submeter os camponeses (servos) a uma série de obrigações.
Carlos Magno incentivou seus vassalos a repartirem suas terras
entre outros nobres.
Criou as primeiras leis do império, as capitulares.
12. RENASCIMENTO CAROLÍNGEO
Carlos Magno tinha pouca instrução. Com idade avançada, aprendeu a ler
e a escrever em latim. Valorizou o ensino, promovendo obras para a sua
difusão em todo o império. Queria funcionários instruídos para ler os
textos oficiais, que eram redigidos em latim.Construiu igrejas, mosteiros,
escola para sacerdotes, procurou atrair vários sábios para a corte,
responsáveis pela manutenção do conhecimento da Antiguidade
Clássica.O monge inglês Alcuíno foi o responsável pelo desenvolvimento
do projeto escolar de Carlos Magno. A manutenção dos conhecimentos
clássicos (gregos e romanos) tornou-se o objetivo principal desta
reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos mosteiros
(escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes
(escolas palatinas).Estas escolas eram frequentadas, sem distinção de
tratamento, por meninos de famílias pobres e por filhos de nobres. Nelas
eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética, geometria, astronomia,
música, gramática, retórica e dialética.A arte sofreu uma grande
influência das culturas grega, romana e bizantina. Destacam-se a
construção de palácios e igrejas. As iluminuras (livros pequenos com
muitas ilustrações, com detalhes em dourado) e os relicários (recipientes
decorados para guardar relíquias sagradas) também marcaram este
período.Dotou as escolas de biblioteca e instituiu as letras minúsculas,
que eram mais simples para escrever.
16. MORTE DE CARLOS MAGNO
Carlos magno morreu em 814 e seu reino passou para o
filho, Luís o Piedoso, que não tinha vocação administrativa e
por isso distribuiu o reino entre os filhos: Lotário, Pepino
(morreu antes do pai) e Luís.
Depois da morte de Luís, (840) começou uma guerra entre
Lotário e seus irmãos Luís e Carlos (filho de um segundo
casamento de Luís) o que resultou na assinatura do Tratado
de Verdum.
17. TRATADO DE VERDUM
Em 843 os irmãos assinaram um tratado e dividiram o
império:
Carlos: parte da atual França.
Luís: com a Germânia, atual Alemanha.
Lotário: parte da Itália e a Lotaríngia, hoje a Itália.
18. DESINTEGRAÇÃO DO IMPÉRIO
Na segunda metade do século IX iniciou-se um segundo período
de invasões: os magiares, os viking ou normandos.
Os reis descendentes de Carlos Magno eram incapazes de
enfrentar os invasores que se lançavam de todos os lados e por
isso entregaram aos duques, condes e marqueses a organização
da defesa de seus territórios e isso contribuiu para a
independência dos nobres e o enfraquecimento do poder real. Ao
mesmo tempo os beneficium passaram a ser hereditários e
começaram a ser construídos, como meio de defesa, os grandes
castelos de pedra rodeados por muralhas.
E com isso estava concluído longo processo de formação da
sociedade feudal, que tinha iniciado com as invasões bárbaras do
século V.