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REINO FRANCO
INTRODUÇÃO
O ano de 476 marca o fim do Império Romano do Ocidente. Em
seu lugar encontramos a partir de então diversos Reinos Bárbaros.
É verdade que esses reinos não surgiram ao mesmo tempo;
desde o século 3º diversos povos bárbaros ocuparam partes do
território romano. Os reinos formaram-se lentamente e de maneira
desigual.O Reino Franco tornou-se o mais importante e sua
trajetória pode ser percebido desde seu início com Clóvis,
considerado primeiro rei e iniciador da Dinastia Merovíngea. Sua
política foi caracterizada pela unificação das diversas tribos
francas, em um processo de centralização. A aliança com a Igreja
Católica teve grande importância para o fortalecimento do poder
real e para sua política de conquistas territoriais.
CLÓVIS
   No século V, o rei Clóvis I
   unifica as tribos francas
   tornando-se seu primeiro
   rei.Clóvis, que era cristão, alia-
   se a Igreja Católica e inicia um
   processo de expansão
   territorial.Clóvis deu origem a
   dinastia dos MOROVÍNGIOS,
   nome em homenagem ao seu
   avô MOROVEU.Clóvis morre no
   ano de 511, seu reino é dividido
   por seus 4 filhos.Devido à
   rivalidades, os reinos francos
   são enfraquecidos.
REIS INDOLENTES
Reis indolentes que não
exerciam suas funções
reais, delegando-as aos
prefeitos do paço.
Destaque para Carlos
Martel que barrou o
avanço muçulmano na
batalha de poltiers
(732);
PEPINO, O BREVE
       O filho de Carlos Martel, chamado
       Pepino, com o apoio da Igreja
       destronou o último rei descendente
       de Clóvis e iniciou a dinastia
       Carolíngia e como recompensa
       pelo apoio recebido, doou terras,
       que deram origem ao Patrimônio
       de São Pedro.
       Carlos Magno, filho de Pepino, o
        Breve, foi o mais importante rei
        dessa dinastia.
DOAÇÃO DE PEPINO, O BREVE
            ●     Na viagem que fez a França em
                754, o Papa Estêvão III foi
                recebido por Pepino o Breve em
                sua villa de Quierzy-sur-Oise em
                janeiro. Um tratado foi assinado
                criando os Estados Pontifícios
                pela doação do Exarcado de
                Ravenna,     da     Córsega,    da
                Sardenha e da Sicília ao papa.
                Em contrapartida, este reconhecia
                a dinastia carolíngia. Esta doação
                foi confirmada em 774, em Roma,
                por Carlos Magno, filho de
                Pepino.A doação de Pepino ou
                tratado de Quierzy , em 754, criou
                os Estados Pontifícios.
DINASTIAS
MEROVÍNGEA:iniciou com Clóvis.CAROLÍNGEA:
iniciou com Pepino, o Breve.
CARLOS MAGNO
Foi o rei dos francos entre 768 e imperador do
ocidente (Imperatur Romanorum) entre 800 até a sua
morte em 814. Ele expandiu o Reino Franco até que
ele se tornasse o Império Carolíngio, que incorporou
a maior parte da Europa Ocidental e Central. Durante
o seu reinado, ele conquistou o Reino da Itália e foi
coroado Imperator Augustus pelo papa Leão III em
25 de dezembro de 800.Seu reinado também está
associado com a chamada Renascença carolíngia,
um renascimento das artes, religião e cultura por
meio da Igreja Católica. Por meio de suas conquistas
no estrangeiro e de suas reformas internas, Carlos
Magno ajudou a definir a Europa Ocidental e a Idade
Média na Europa. Ele é chamado de Carlos I nas
listas reais da Alemanha, do Sacro Império Romano
Germânico e na França.Ele era filho do rei Pepino, o
Breve e de Berta de Laon, uma rainha franca, tendo
sucedido ao pai em 768. Carlos reinou primeiro em
conjunto com seu irmão Carlomano.
REALIZAÇÕES DE CARLOS
            MAGNO
●Destacou-se por conquistas militares, pela
organização administrativa implantada nos
territórios sob seu domínio e também pelo
renascimento    das   Artes.  (Renascimento
Carolíngio)
ADMINISTRAÇÃO TERRITORIAL
Para facilitar a administração do vasto território,
Carlos Magno criou um sistema bem eficiente. As
regiões foram divididas em condados
(administradas pelos condes). Para fiscalizar a
atuação dos condes, foi criado o cargo de missi
dominici. Estes funcionários eram os enviados do
imperador para fiscalizar os territórios. Ou seja,
eles deveriam verificar e avisar ao imperador
sobre a cobrança dos impostos, aplicação das leis
e etc.
ADMINISTRAÇÃO DE CARLOS
            MAGNO
E nas fronteiras colocou os marqueses, que administravam as
 marcas.
No seu reinado, ampliou-se entre os germanos a antiga prática de
conceder terras conquistadas aos nobres guerreiros em troca de
serviços e fidelidade. Ao receber um território, denominado
Beneficium. O nobre fazia um juramento, tornando-se vassalo do
imperador e este tornava-se suserano do nobre. Depois da morte
do beneficiado as terras voltavam às mãos do imperador
O vassalo que recebia a terra tinha o direito de administrar   e
submeter os camponeses (servos) a uma série de obrigações.
Carlos Magno incentivou seus vassalos a repartirem suas terras
entre outros nobres.
Criou as primeiras leis do império, as capitulares.
RENASCIMENTO CAROLÍNGEO
Carlos Magno tinha pouca instrução. Com idade avançada, aprendeu a ler
e a escrever em latim. Valorizou o ensino, promovendo obras para a sua
difusão em todo o império. Queria funcionários instruídos para ler os
textos oficiais, que eram redigidos em latim.Construiu igrejas, mosteiros,
escola para sacerdotes, procurou atrair vários sábios para a corte,
responsáveis pela manutenção do conhecimento da Antiguidade
Clássica.O monge inglês Alcuíno foi o responsável pelo desenvolvimento
do projeto escolar de Carlos Magno. A manutenção dos conhecimentos
clássicos (gregos e romanos) tornou-se o objetivo principal desta
reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos mosteiros
(escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes
(escolas palatinas).Estas escolas eram frequentadas, sem distinção de
tratamento, por meninos de famílias pobres e por filhos de nobres. Nelas
eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética, geometria, astronomia,
música, gramática, retórica e dialética.A arte sofreu uma grande
influência das culturas grega, romana e bizantina. Destacam-se a
construção de palácios e igrejas. As iluminuras (livros pequenos com
muitas ilustrações, com detalhes em dourado) e os relicários (recipientes
decorados para guardar relíquias sagradas) também marcaram este
período.Dotou as escolas de biblioteca e instituiu as letras minúsculas,
que eram mais simples para escrever.
RELICÁRIO
ILUMINURA
MORTE DE CARLOS MAGNO
Carlos magno morreu em 814 e seu reino passou para o
filho, Luís o Piedoso, que não tinha vocação administrativa e
por isso distribuiu o reino entre os filhos: Lotário, Pepino
(morreu antes do pai) e Luís.
Depois da morte de Luís, (840) começou uma guerra entre
Lotário e seus irmãos Luís e Carlos (filho de um segundo
casamento de Luís) o que resultou na assinatura do Tratado
de Verdum.
TRATADO DE VERDUM
Em 843 os irmãos assinaram um tratado e dividiram o
império:


Carlos: parte da atual França.
Luís: com a Germânia, atual Alemanha.
Lotário: parte da Itália e a Lotaríngia, hoje a Itália.
DESINTEGRAÇÃO DO IMPÉRIO
Na segunda metade do século IX iniciou-se um segundo período
de invasões: os magiares, os viking ou normandos.
Os reis descendentes de Carlos Magno eram incapazes de
enfrentar os invasores que se lançavam de todos os lados e por
isso entregaram aos duques, condes e marqueses a organização
da defesa de seus territórios e isso contribuiu para a
independência dos nobres e o enfraquecimento do poder real. Ao
mesmo tempo os beneficium passaram a ser hereditários e
começaram a ser construídos, como meio de defesa, os grandes
castelos de pedra rodeados por muralhas.
E com isso estava concluído longo processo de formação da
sociedade feudal, que tinha iniciado com as invasões bárbaras do
século V.
TRATADO DE VERDUM

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Reino Franco: da unificação às dinastias Merovíngia e Carolíngia

  • 2. INTRODUÇÃO O ano de 476 marca o fim do Império Romano do Ocidente. Em seu lugar encontramos a partir de então diversos Reinos Bárbaros. É verdade que esses reinos não surgiram ao mesmo tempo; desde o século 3º diversos povos bárbaros ocuparam partes do território romano. Os reinos formaram-se lentamente e de maneira desigual.O Reino Franco tornou-se o mais importante e sua trajetória pode ser percebido desde seu início com Clóvis, considerado primeiro rei e iniciador da Dinastia Merovíngea. Sua política foi caracterizada pela unificação das diversas tribos francas, em um processo de centralização. A aliança com a Igreja Católica teve grande importância para o fortalecimento do poder real e para sua política de conquistas territoriais.
  • 3. CLÓVIS No século V, o rei Clóvis I unifica as tribos francas tornando-se seu primeiro rei.Clóvis, que era cristão, alia- se a Igreja Católica e inicia um processo de expansão territorial.Clóvis deu origem a dinastia dos MOROVÍNGIOS, nome em homenagem ao seu avô MOROVEU.Clóvis morre no ano de 511, seu reino é dividido por seus 4 filhos.Devido à rivalidades, os reinos francos são enfraquecidos.
  • 4. REIS INDOLENTES Reis indolentes que não exerciam suas funções reais, delegando-as aos prefeitos do paço. Destaque para Carlos Martel que barrou o avanço muçulmano na batalha de poltiers (732);
  • 5. PEPINO, O BREVE O filho de Carlos Martel, chamado Pepino, com o apoio da Igreja destronou o último rei descendente de Clóvis e iniciou a dinastia Carolíngia e como recompensa pelo apoio recebido, doou terras, que deram origem ao Patrimônio de São Pedro. Carlos Magno, filho de Pepino, o Breve, foi o mais importante rei dessa dinastia.
  • 6. DOAÇÃO DE PEPINO, O BREVE ● Na viagem que fez a França em 754, o Papa Estêvão III foi recebido por Pepino o Breve em sua villa de Quierzy-sur-Oise em janeiro. Um tratado foi assinado criando os Estados Pontifícios pela doação do Exarcado de Ravenna, da Córsega, da Sardenha e da Sicília ao papa. Em contrapartida, este reconhecia a dinastia carolíngia. Esta doação foi confirmada em 774, em Roma, por Carlos Magno, filho de Pepino.A doação de Pepino ou tratado de Quierzy , em 754, criou os Estados Pontifícios.
  • 8. CARLOS MAGNO Foi o rei dos francos entre 768 e imperador do ocidente (Imperatur Romanorum) entre 800 até a sua morte em 814. Ele expandiu o Reino Franco até que ele se tornasse o Império Carolíngio, que incorporou a maior parte da Europa Ocidental e Central. Durante o seu reinado, ele conquistou o Reino da Itália e foi coroado Imperator Augustus pelo papa Leão III em 25 de dezembro de 800.Seu reinado também está associado com a chamada Renascença carolíngia, um renascimento das artes, religião e cultura por meio da Igreja Católica. Por meio de suas conquistas no estrangeiro e de suas reformas internas, Carlos Magno ajudou a definir a Europa Ocidental e a Idade Média na Europa. Ele é chamado de Carlos I nas listas reais da Alemanha, do Sacro Império Romano Germânico e na França.Ele era filho do rei Pepino, o Breve e de Berta de Laon, uma rainha franca, tendo sucedido ao pai em 768. Carlos reinou primeiro em conjunto com seu irmão Carlomano.
  • 9. REALIZAÇÕES DE CARLOS MAGNO ●Destacou-se por conquistas militares, pela organização administrativa implantada nos territórios sob seu domínio e também pelo renascimento das Artes. (Renascimento Carolíngio)
  • 10. ADMINISTRAÇÃO TERRITORIAL Para facilitar a administração do vasto território, Carlos Magno criou um sistema bem eficiente. As regiões foram divididas em condados (administradas pelos condes). Para fiscalizar a atuação dos condes, foi criado o cargo de missi dominici. Estes funcionários eram os enviados do imperador para fiscalizar os territórios. Ou seja, eles deveriam verificar e avisar ao imperador sobre a cobrança dos impostos, aplicação das leis e etc.
  • 11. ADMINISTRAÇÃO DE CARLOS MAGNO E nas fronteiras colocou os marqueses, que administravam as marcas. No seu reinado, ampliou-se entre os germanos a antiga prática de conceder terras conquistadas aos nobres guerreiros em troca de serviços e fidelidade. Ao receber um território, denominado Beneficium. O nobre fazia um juramento, tornando-se vassalo do imperador e este tornava-se suserano do nobre. Depois da morte do beneficiado as terras voltavam às mãos do imperador O vassalo que recebia a terra tinha o direito de administrar e submeter os camponeses (servos) a uma série de obrigações. Carlos Magno incentivou seus vassalos a repartirem suas terras entre outros nobres. Criou as primeiras leis do império, as capitulares.
  • 12. RENASCIMENTO CAROLÍNGEO Carlos Magno tinha pouca instrução. Com idade avançada, aprendeu a ler e a escrever em latim. Valorizou o ensino, promovendo obras para a sua difusão em todo o império. Queria funcionários instruídos para ler os textos oficiais, que eram redigidos em latim.Construiu igrejas, mosteiros, escola para sacerdotes, procurou atrair vários sábios para a corte, responsáveis pela manutenção do conhecimento da Antiguidade Clássica.O monge inglês Alcuíno foi o responsável pelo desenvolvimento do projeto escolar de Carlos Magno. A manutenção dos conhecimentos clássicos (gregos e romanos) tornou-se o objetivo principal desta reforma educacional. As escolas funcionavam junto aos mosteiros (escolas monacais), aos bispados (escolas catedrais) ou às cortes (escolas palatinas).Estas escolas eram frequentadas, sem distinção de tratamento, por meninos de famílias pobres e por filhos de nobres. Nelas eram ensinadas as sete artes liberais: aritmética, geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.A arte sofreu uma grande influência das culturas grega, romana e bizantina. Destacam-se a construção de palácios e igrejas. As iluminuras (livros pequenos com muitas ilustrações, com detalhes em dourado) e os relicários (recipientes decorados para guardar relíquias sagradas) também marcaram este período.Dotou as escolas de biblioteca e instituiu as letras minúsculas, que eram mais simples para escrever.
  • 13.
  • 16. MORTE DE CARLOS MAGNO Carlos magno morreu em 814 e seu reino passou para o filho, Luís o Piedoso, que não tinha vocação administrativa e por isso distribuiu o reino entre os filhos: Lotário, Pepino (morreu antes do pai) e Luís. Depois da morte de Luís, (840) começou uma guerra entre Lotário e seus irmãos Luís e Carlos (filho de um segundo casamento de Luís) o que resultou na assinatura do Tratado de Verdum.
  • 17. TRATADO DE VERDUM Em 843 os irmãos assinaram um tratado e dividiram o império: Carlos: parte da atual França. Luís: com a Germânia, atual Alemanha. Lotário: parte da Itália e a Lotaríngia, hoje a Itália.
  • 18. DESINTEGRAÇÃO DO IMPÉRIO Na segunda metade do século IX iniciou-se um segundo período de invasões: os magiares, os viking ou normandos. Os reis descendentes de Carlos Magno eram incapazes de enfrentar os invasores que se lançavam de todos os lados e por isso entregaram aos duques, condes e marqueses a organização da defesa de seus territórios e isso contribuiu para a independência dos nobres e o enfraquecimento do poder real. Ao mesmo tempo os beneficium passaram a ser hereditários e começaram a ser construídos, como meio de defesa, os grandes castelos de pedra rodeados por muralhas. E com isso estava concluído longo processo de formação da sociedade feudal, que tinha iniciado com as invasões bárbaras do século V.
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