O documento discute a epistemologia antiga e medieval, apresentando os principais pensadores e teorias sobre o conhecimento nesses períodos, como a distinção entre conhecimento sensível e intelectual para Platão, a organização do conhecimento e abstração para Aristóteles, e a iluminação divina como garantia da verdade para Agostinho de Hipona. Também aborda a epistemologia moderna, com o método experimental de Galileu e Bacon, o racionalismo de Descartes, e o empirismo de Locke e Hume.
1. - Epistemologia antiga e medieval
- Epistemologia moderna
Flávia da Rosa Melo
Módulo 2
Filosofia
Epistemologia
2. GOYA, Francisco de. O sono da razão produz
monstros. 1799. 1 gravura, 21,5 x 15 cm. Museu
de Arte Nelson-Atkins, Kansas City, Missouri.
Epistemologia antiga
e medieval
7. Marcos Guilherme. 2020. Digital
Em A República, Platão escreveu sobre a "Alegoria da caverna", na qual demonstrava
o processo vivido por um filósofo em busca do conhecimento verdadeiro.
Alegoria da caverna
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8. Processo de abstração
Aristóteles
DKO Estúdio. 2020. Digital
Organização do
conhecimento e abstração
Além dos cinco sentidos,
Aristóteles apontava a existência
de um sentido comum, capaz de
captar “formas sensíveis comuns”
(como a quietude, o movimento ou a
grandeza), que não seriam percebidas
por um sentido em particular.
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9. CETICISMO E NEOPLATONISMO
Os céticos negavam o dogmatismo
das teorias filosóficas.
Para eles, na impossibilidade dos
indivíduos provarem ter atingido a
verdade, deveriam adotar algumas
posturas:
►
► Acatalepsia;
►
► Epoché;
►
► Adóxia;
►
► Ataraxia.
Ceticismo, do grego sképtomai, equivalente a “examinar, investigar”.
O neoplatonismo se
desenvolveu a partir do
século II d.C., apropriando-se
e ressignificando conceitos e
reflexões de Platão.
Seu maior representante
é Plotino, que afirmava a
existência do Uno: uma realidade
superior à esfera do sensível e
do inteligível, muito acima da
compreensão humana.
É representado pela LUZ.
Representação da ideia de Plotino a
respeito da processão e ascensão ao Uno.
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9
14. Epistemologia Moderna
Como a mente humana produz CONHECIMENTO?
Experiência | Razão| Experiência + Razão
Ciência
Antiga
Ciência
Moderna
Para a Epistemologia, razão é a
CAPACIDADE DE CONHECER.
Na Idade Moderna se iniciou o estudo do conhecimento
especializado e organizado: ciência.
ILUMINISMO
Retomada dos pensamentos filosóficos gregos.
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Formas distintas de conhecimento
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16. Tábuas de investigação
É um método que ficou conhecido como indução por eliminação.
Baseava-se nas afirmações e principalmente nas rejeições e exclusões
BACON, Francis. Novum Organum ou verdadeiras
indicações acerca da interpretação da natureza.
Pará de Minas: M&M, 2003. p. 75-102.
COMPARAÇÕES
Portanto, o calor se manifesta desde
registros de temperatura mais altos até os
mais baixos, em diferentes corpos.
No entanto, é inegável que exista e que
altere as sensações.
AFIRMAÇÃO
Tenho de levar em consideração fontes
de calor, como as labaredas do fogo, a
temperatura do sangue humano...
NEGAÇÃO
Mas não posso esquecer que existem
fenômenos opostos ao calor, como o dos raios
de luar, o sangue frio e os animais mortos...
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DKO
Estudio.
2015.
Digital.
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Vamos falar mais sobre
MÉTODO?
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Racionalismo: inatismo
Três tipos de
verdade:
adventícias fictícias inatas
Para os racionalistas modernos, os sentidos poderiam causar enganos.
Portanto, a apreensão da realidade não se daria pela experiência, e sim por meio de ideias inatas.
René Descartes buscava por
um princípio sólido que
possibilitasse um conhecimento
científico seguro.
Razão
1ª Etapa 2ª Etapa 3ª Etapa 4ª Etapa
As quatro etapas do método de Descartes
Penso, logo
EXISTO
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Empirismo
O conhecimento se constrói com base nas percepções dos sentidos.
John Locke (1632-1704)
Nada havia na mente que não tivesse
sua origem nos sentidos
A mente é como uma tábula rasa:
uma folha em branco preenchida com
ideias obtidas por meio da experiência
Sentidos externos (sensações)
+
Sentido interno (reflexão)
=
CONHECIMENTO
David Hume (1711-1776)
Cético: conhecimento tem como base a
experiência, porém há sempre uma dúvida.
O hábito de observar fenômenos ocorrendo
em sequência era que levava as pessoas a
imaginar uma lei de causalidade entre eles.
Associação
+
Tempo-espaço
+
Causalidade
=
CONHECIMENTO
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A EXPERIÊNCIA COMO FONTE DO CONHECIMENTO.
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Criticismo
Crítica sobre a capacidade humana de conhecer
Racionalistas Empiristas
►
► existência do sujeito conhecedor e do objeto conhecido, respectivamente (mente -
ou razão) e mundo (ou realidade);
►
► noção de conhecimento como apreensão do objeto pelo sujeito.
OBJETO CONHECIDO NO CENTRO DA REFLEXÃO SOBRE O
CONHECIMENTO COMO ALGO PRONTO, QUE O SUJEITO DEVE APRENDER
23. Orientações metodológicas
1 Use este momento para pedir que os alunos definam “conhecimento”.
2 Professor, faça uma reflexão sobre a luz como representação do conhecimento.
3 Para iniciar a reflexão, questionar os alunos sobre o que eles entendem a respeito de sensível/inteligível, se veem diferença e, se sim, qual.
4 Use este momento da aula para narrar aos alunos a Alegoria da caverna e abrir espaço para discussão das diferentes interpretações que podem
surgir na turma. Questionar os alunos sobre o que seria “sair da caverna” hoje em dia, na visão deles (fazendo um paralelo com as fake news e
mídias sociais).
5 Retomar discussão sobre a representação da luz como conhecimento, como visto no primeiro slide com a obra de René Magritte, O princípio do
prazer.
6 Explicar sobre a importância do estudo e das universidades para o islamismo; retomar a questão da presença árabe na Europa (Península
Ibérica).
7 Questionar os alunos de onde eles acham que “vem” o conhecimento.
8 Abrir espaço para discussão sobre momentos em que os alunos utilizam métodos na tarefas diárias e quais são eles.
9 Abrir espaço para os alunos falarem o que, na interpretação deles, só se entende/conhece a partir da experiência (ex: amor.).
10 Explorar a foto do quadro do retrato de Kant, principalmente o que ele tinha na mão.
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