2. Natan
Filosofia
O que é afinal conhecer?
• Conhecer é representar, cuidadosamente, o
que é exterior à mente.
• No processo de conhecimento, dois elementos
são indispensáveis: o Sujeito e o Objeto.
• O sujeito é o elemento que conhece e o objeto
é o elemento conhecido.
• Sujeito: Nossa consciência, nossa mente.
• Objeto: A realidade, o mundo e os fenômenos
(e a nossa própria consciência, quando nós
refletimos).
3. Natan
Filosofia
Definições
• Racionalismo: doutrina segundo a qual todo
conhecimento provém de princípios
irrecusáveis, a priori, evidentes, de que ela é
consequência necessária, e por si sós, os
sentidos não podem fornecer senão uma ideia
confusa e provisória da verdade.
• Empirismo: nome genérico das doutrinas
filosóficas que negam a existência de axiomas
enquanto princípios de conhecimento
logicamente distintos da experiência.
4. Natan
Filosofia
Inatismo
Percebemos que o princípio do
racionalismo é a teoria do inatismo, ou
seja, a crença de que, ao nascermos, já
trazemos conosco algumas ideias. Por
outro lado, o empirismo fundamenta-se
na crença de que nossa mente nasce
vazia e somente no contato com o
mundo, por meio dos nossos sentidos, é
que iremos construir as ideias.
5. Natan
Filosofia
Empirismo
Para o empirista, todo o
conhecimento está
baseado na experiência
sensorial. Depende,
portanto, em última
instância, de, pelo
menos, um dos nossos
cinco sentidos.
6. Natan
Filosofia
Empirismo
1. A experiência é a origem de todo o conhecimento.
2. Todas as ideias têm uma base empírica, mesmo as mais complexas.
3. O objeto impõe-se ao sujeito.
7. Natan
Filosofia
Dedução ou Indução?
(UERJ 2013) “Eu não sou literato, detesto com toda a
paixão essa espécie de animal. O que observei neles,
no tempo em que estive na redação do O Globo, foi o
bastante para não os amar, nem os imitar. São em
geral de uma lastimável limitação de ideias, cheios
de fórmulas, de receitas, só capazes de colher fatos
detalhados e impotentes para generalizar, curvados
aos fortes e às ideias vencedoras, e antigas, adstritos
a um infantil fetichismo do estilo e guiados por
conceitos obsoletos e um pueril e errôneo critério de
beleza.”
LIMA BARRETO. Recordações do escrivão Isaías Caminha. São Paulo:
Penguin Classics Companhia das Letras, 2010.
O trecho em negrito se refere à utilização do seguinte
método de argumentação:
a) indutivo
b) dedutivo
8. Natan
Filosofia
Francis Bacon
(1561-1626)
Obra Principal: Novum Organum (1620)
- Objetivo: A descoberta dos fatos
depende da observação e da
experimentação (lógica indutiva)
- Crítica ao conhecimento anterior: a busca
por um pensamento que apresente um
resultado prático na vida do homem;
- Conceito de conhecimento: deve servir o
homem e dar-lhe poder sobre a natureza;
- Denunciou os preconceitos e as noções
falsas que dificultam a apreensão da
realidade, aos quais chama de ídolos;
9. Natan
Filosofia
Quadro-síntese: os ídolos de Bacon
Francis Bacon. Novum Organum ou Verdadeiras Indicações Acerca da Interpretação da Natureza.
Tradução de José Aluysio Reis de Andrade. Livro I, Aforismos 39-44.
Para compreender o
mundo é necessário
estar consciente dos
obstáculos e
distrações que são
classificados no que
ele denomina
sistema dos ídolos.
O que vale
cientificamente é o que
pode ser provado sem
interferência dos
ídolos do pensamento
humano, mas a partir
da observação.
10. Natan
Filosofia
Entretenimento
(UEL) Segundo Bacon, "são de quatro gêneros os ídolos que bloqueiam a mente humana.
Para melhor apresentá-los, lhes assinamos nomes, a saber: Ídolos da Tribo; Ídolos da
Caverna; Ídolos do Foro e Ídolos do Teatro".
BACON, F. Novum Organum. Tradução de José Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p. 21.
Com base nos conhecimentos sobre Bacon, os Ídolos da Tribo são:
a) Os ídolos dos homens enquanto indivíduos.
b) Aqueles provenientes do intercurso e da associação recíproca dos indivíduos.
c) Aqueles que imigraram para o espírito dos homens por meio das diversas filosofias.
d) Aqueles que chegam ao espírito humano por meio de regras viciosas de demonstração.
e) Aqueles fundados na própria natureza humana.
11. Natan
Filosofia
Frases baconianas
▪ “Quem não quer pensar, é fanático; quem não pode
pensar, idiota; quem não ousa pensar, um covarde”.
▪ “Instrução e capacidade humana são sinônimos”.
▪ “O conhecimento é em si mesmo um poder” =
“Saber é poder”
12. Natan
Filosofia
John Locke (1632-1704)
▪ Locke criticou a noção de ideias inatas.
▪ Para ele, a mente é como um papel em
branco (tabula rasa), por isso o conhecimento
começa com a experiência sensível.
▪ Distinguiu duas fontes possíveis para nossas
ideias: a sensação e a reflexão.
▪ A sensação resulta de um estímulo externo,
pelo qual a mente é modificada por meio dos
sentidos. A reflexão se processa
internamente, é a percepção que a alma tem
daquilo que nela ocorre.
13. Natan
Filosofia
David Hume (1711-1776)
▪ Para Hume o conhecimento tem início com as percepções
individuais, que podem ser impressões ou ideias.
▪ As impressões são as percepções originárias que se
apresentam à consciência com maior vivacidade, tais
como as sensações (ouvir, ver, sentir dor ou prazer etc.).
▪ As ideias são cópias pálidas das impressões e, portanto,
mais fracas.
▪ Hume admite seu ceticismo ao reconhecer os limites
muito estreitos do entendimento humano: “nenhum
conhecimento é certo e seguro”.
14. Natan
Filosofia
Entretenimento
(Enem 2015) Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de
compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a
experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar
duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo
virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimento, e
podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que
a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.
b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.
c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso.
d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória.
e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.
15. Natan
Filosofia
Entretenimento
(Unesp 2018) Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos estão nas próprias
coisas, é claro que as ideias produzidas na mente entram pelos sentidos. O entendimento não
tem o poder de inventar ou formar uma única ideia simples na mente que não tenha sido recebida
pelos sentidos. Gostaria que alguém tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu
paladar, ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer isso,
concluirei também que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções reais dos diversos sons.
(John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. Adaptado.)
De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se
a) da reminiscência de ideias originalmente transcendentes.
b) da combinação de ideias metafísicas e empíricas.
c) de categorias a priori existentes na mente humana.
d) da experiência com os objetos reais e empíricos.
e) de uma relação dialética do espírito humano com o mundo.
16. Natan
Filosofia
Entretenimento
(Upe 2013)A validade de nossos conhecimentos é garantida pela correção do raciocínio. São
dois os modos de raciocínio: o indutivo e o dedutivo. Sobre isso, assinale a alternativa correta.
a) O raciocínio indutivo é amplamente utilizado pelas ciências experimentais.
b) O raciocínio indutivo parte de uma lei universal, considerada válida para um
determinado conjunto, aplicando-a aos casos particulares desse conjunto.
c) O raciocínio dedutivo parte de uma lei particular, considerada válida para um
determinado conjunto, aplicando-a aos casos universais desse conjunto.
d) O raciocínio dedutivo é uma argumentação na qual, a partir de dados singulares
suficientemente enumerados, inferimos uma verdade universal.
e) O raciocínio indutivo é o argumento cuja conclusão é inferida necessariamente de duas
premissas.