SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 52
Licenciatura em Geografia
Disciplina: Hidrogeografia
Aspectos Teóricos e Práticos de
Hidrogeografia
Professor: Éderson Dias de Oliveira
“Não é culpa minha que o corpo humano sucumba ao fim de três dias sem beber.
Eu desconhecia que fosse tão dependente da água. Eu não fazia ideia de que
tivesse tão pouca autonomia... É suposto que o ser humano seja livre... e ninguém
vê a amarra que o liga ao poço, como um cordão umbilical ao ventre da Terra“.
Antoine De Saint-Exupéry
RAMOS, Catarina. Programa de Hidrogeografia, Centro de Estudos Geográficos da
Universidade de Lisboa, Lisboa, 2005
A importância da água – Definição/objeto da Hidrogeografia
• A ÁGUA como fonte e meio de vida, entra na composição dos
elementos bióticos e abióticos;
• É o principal agente erosivo dos continentes, sendo que
transporta sedimentos; nutrientes e da matéria orgânica;
• É utilizada em diversas atividades humanas: higiene e
abastecimento público, agricultura e irrigação, pesca e
aquicultura, produção de sal e energia, na indústria, como via
de transporte e também no desporto, recreio e lazer.
• É um recurso natural fundamental, fator de progresso e
desenvolvimento.
• Entretanto, a água também pode constituir um perigo através
da sua escassez, do seu excesso ou da sua degradação.
O QUE É ÁGUA ?
• A água é um líquido incolor, insípida e inodoro, essencial a
todas as formas de vida.
• Sua molécula é composta por dois átomos de hidrogênio e um
de oxigênio e sua fórmula química é: H2O
 Civilizações do antigo Egito, da China, Índia e Mesopotâmia
eram chamadas de civilizações hidráulicas.
 A ascensão e queda desses povos está intimamente ligada
aos usos e abusos da água.
Diferença entre Água e Recursos Hídricos
• Existem sutis diferenças entre as duas expressões, sendo
que a ‘água’ é o elemento natural descomprometido com
qualquer uso ou utilização.
• Já o gênero ‘Recurso hídrico’ é a
água com um valor econômico,
passível de utilização com tal fim.
• Sendo assim, a diferença que se
salienta entre os dois vocábulos
consiste em ter ou não valor
econômico.
• Assim a água é desprovida de valor
monetário, já o recurso hídrico possui
um valor no mercado de consumo.
• A água é objeto de análise multidisciplinar, sendo assim
objeto de estudo de diferentes especialistas.
• A mesma encontra-se em todo o Sistema Ambiental
Terrestre, estando em constante movimento entre os
diversos subsistemas: atmosfera, litosfera, hidrosfera,
biosfera e noosfera;
• Assim, o objeto de estudo da Hidrogeografia é a Hidrosfera,
que é composta pelas águas nos três estados físicos.
• Por sua vez o seu objetivo é o estudo da ocorrência,
repartição geográfica, circulação da água, bem como das
principais consequências da sua utilização pelo Homem.
• Parte do corpo teórico da Hidrogeografia provém da
Hidrologia (marinha e continental), que estuda a ocorrência,
distribuição e circulação da água, bem como as suas propri-
edades físicas e químicas e as suas relações com o ambiente.
APLICAÇÕES DA HIDROLOGIA
• Planejamento e gerenciamento da BH: o planejamento e
controle do uso dos recursos naturais na BH requer uma ação
pública e privada coordenada;
• Águas Urbanas: buscar mitigar os problemas de enchentes,
produção de sedimentos e qualidade da água encontrados em
grande parte das cidades brasileiras;
• Energia: a produção de energia hidrelétrica representa 92%
de toda a energia produzida no país. Esta energia depende
da disponibilidade de água, da sua regularização por obras
hidráulicas e o impacto das mesmas sobre o meio ambiente;
• Uso do solo rural: a expansão das fronteiras agrícolas e o
intenso uso agrícola têm gerado impacto significativos na
produção de sedimentos e nutrientes nas bacias rurais,
resultando em perda de solo fértil e assoreamento dos rios;
• Abastecimento de água: a redução da qualidade da água dos
rios e os grandes centros urbanos têm apresentado limitaçõ-
es quanto à disponibilidade de água para o abastecimento;
• Irrigação: a produção agrícola nas regiões mais secas
depende essencialmente da disponibilidade de água, sendo
que a maior produtividade passa pelo aumento da irrigação;
• Navegação: a navegação interior é ainda pequena, mas tem
um potencial significativo no desenvolvimento nacional.
Nesse item é necessário: disponibilidade hídrica para calado,
previsão de níveis e planejamento e operação de obras
hidráulicas para navegação.
• Qualidade da água e meio ambiente: o meio ambiente
aquático (oceanos, rios, lagos, reservatórios e aqüíferos)
sofre com a falta de tratamento dos despejos domésticos e
industriais e de cargas de pesticidas de uso agrícola;
A água no Planeta: ocorrência, repartição e circulação
O princípio de conservação da água
 A Terra pode ser considerado como um sistema global
fechado, onde a circulação da água se faz de forma contínua
e fechada entre: oceanos - atmosfera - continentes.
 Nesse sistema há um relativo equilíbrio da manutenção da
quantidade de água no planeta.
 Com isso a massa global da água, qualquer que seja a
intensidade e frequência da sua utilização, mantém-se
praticamente constante: Princípio de Conservação da Água.
 Deste princípio resultam duas características essenciais da
água: é um recurso renovável mas não inesgotável.
 Neste contexto temos o Ciclo Hidrológico, como conceito
fundamental do Princípio de Conservação da Água;
Ciclo Hidrológico - circulação da água - superfície terrestre
/ atmosfera. energia solar / gravidade – equilíbrio térmico e
ambiental do planeta.
Modelo Esquemático do Ciclo Hidrológico
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ciclo_da_%C3%A1gua.jpg
Evaporação–
Transpiração=
Evapotranspiração
PrecipitaçãoEnergiaGravitacional
EnergiaTermal
CICLO DA ÁGUA
• O ciclo da água é um fenômeno global de circulação fechada
da água entre a superfície terrestre e a atmosfera;
• O conceito de ciclo hidrológico está ligado ao movimento e à
troca de água nos seus diferentes estados físicos.
• Este movimento permanente deve-se ao Sol, que fornece a
energia para elevar a água da superfície terrestre para a
atmosfera (evaporação), e à gravidade, que faz com que a
água condensada caia (precipitação);
• Essa uma vez na superfície, circula através de linhas de água
que se reúnem em rios até atingir os oceanos (escoamento
superficial) ou se infiltre nos solos e nas rochas, através dos
seus poros, fissuras e fraturas (escoamento subterrâneo).
• O mesmo é constituído por uma cadeia de subsistemas
abertos, porque há troca de massa e energia entre eles.
A seguir as fases do ciclo hidrológico e as suas componentes.
PRECIPITAÇÃO (P)
 Definição: é a água proveniente do vapor da atmosfera
depositada na superfície terrestre sob qualquer forma:
chuva, granizo, neve, neblina, orvalho ou geada.
 A precipitação faz a transferência de água do ramo aéreo
para o ramo terrestre do ciclo hidrológico, constituindo o
“input” (entrada) da água nos sistemas naturais.
 É ela que alimenta as outras componentes do ciclo
hidrológico.
 Considerando longos períodos de tempo, este fato é dado
pela equação clássica da hidrologia: P = Et + I + Es, em que:
P – precipitação Es – escoamento
Et – evapotranspiração I - infiltração
EVAPORAÇÃO E TRANSPIRAÇÃO
 O conhecimento da perda d’água da superfície terrestre é
fundamental nos vários campos da ciência, especialmente nas
aplicações da meteorologia e da hidrologia às diversas
atividades humanas.
 O conhecimento da perda de água em correntes, canais,
reservatórios, bem como, a transpiração dos vegetais, têm
muita importância no balanço hídrico de uma BH.
 Evaporação (E): é o processo natural pelo qual a água, de uma
superfície livre (líquida) ou de uma superfície úmida, passa
para a atmosfera na forma de vapor, a uma temperatura
inferior a de ebulição.
 Transpiração (T): é a evaporação devida a ação fisiológica
dos vegetais/animais, ocorrida, principalmente, através dos
estômatos.
 Evapotranspiração (ET): evaporação + transpiração.
• Ao calcular-se a água perdida (“output”) numa região
revestida por vegetação, é praticamente impossível separar a
transpiração da evaporação do solo, lagos e rios.
• Assim, em termos de balanço hidrológico, os dois processos
devem ser considerados em conjunto, sob a designação de
evapotranspiração.
• Os fatores que influenciam a evapotranspiração são:
 radiação solar, que por sua vez depende da latitude;
 estação do ano, hora do dia e nebulosidade;
 o calor armazenado pela massa de água;
 a tensão do vapor, que depende da temperatura do ar,
pressão atmosférica e humidade;
 a velocidade do vento;
 a extensão da superfície evaporante e a profundidade da
massa de água;
 a salinidade das águas;
 a natureza do solo e;
 a vegetação.
BALANÇO HÍDRICO
INFILTRAÇÃO
 Definição: trata-se do processo pelo qual a água atravessa a
superfície do solo.
 É de grande importância prática, pois afeta o escoamento
superficial, que é o componente do ciclo hidrológico
responsável pelos processos de erosão e inundações.
 Na infiltração há a passagem da água da superfície para o
interior do solo, movendo-se através de vazios, sob a ação da
gravidade, formando a água do solo;
 É um fenômeno que depende:
Da água disponível para infiltrar;
Da natureza do solo;
Do estado da superfície;
Das quantidades de água e ar, presentes no solo
• O movimento da água no solo é marcado pela ação da
gravidade e pelo potencial capilar. Quando a água atinge a
superfície do solo definem-se:
 a água higroscópica ou pelicular (a que é retida no solo por
atração molecular formando uma película envolvente das
partículas constituintes do solo);
 a água de capilaridade (a que é retida no solo acima do nível
freático devido à ação da capilaridade, ou seja, a água retida
pela tensão superficial e pelas forças moleculares contra a
ação da gravidade);
 a água de percolação ou gravitacional (a água da zona não
saturada que se move sob a influência da gravidade desde a
superfície do solo até ao nível freático).
• A água que as plantas aproveitam é a água de capilaridade,
enquanto a de percolação alimenta os aquíferos.
Distribuição da água no Subsolo
O Nível Freático e o relevo da superfície
As fases do ciclo hidrológico
• Os oceanos são os grandes fornecedores de água à
atmosfera, dando-lhe mais água do que dela recebem (P < Et).
• Os continentes, pelo contrário, recebem mais água da
atmosfera do que deles se evapora. Este excesso de água (P >
Et) é devolvido aos oceanos através do escoamento,
reequilibrando assim o balanço hídrico dos oceanos.
• Tipos de fluxos e volumes de água movimentados no ciclo da
água anual da Terra (em milhares de km³), sendo as setas
proporcionais à quantidade de água movimentada.
• A precipitação pode ocorrer sob a forma de chuva, neve ou
granizo; a deposição ocorre sob a forma de orvalho e geada.
• Se a precipitação ocorre sobre o oceano, o ciclo termina, pois
a água volta ao seu ponto de partida; mas se cai sobre os
continentes, pode seguir quatro vias diferentes: ou evapora,
ou infiltra, ou escoa ou acumula.
• Uma parte evapora-se imediatamente, entrando na fase
precedente.
• Da parte que se infiltra,
duas situações podem
ocorrer: ou alimenta as
reservas de água do solo,
ou continua a infiltrar-se
indo alimentar as
reservas de água
subterrâneas.
• A água que penetra no solo pode-se evaporar mais tarde ou
ser absorvida pelas plantas e libertar-se destas, através da
transpiração, entrando na fase precedente.
• A água que se infiltra mais profundamente, vai alimentar os
aquíferos e acumular-se nestes sob a forma de toalhas
aquíferas.
• Depois de um trajeto subterrâneo, mais ou menos longo,
atinge a superfície, sob a forma de nascentes, podendo estas
ocorrer acima ou abaixo do nível do mar.
• Uma parte escoa-se à
superfície, assim que
ocorre a precipitação,
sem penetrar no solo,
constituindo o
escoamento direto e
alimentando rios.
• Estes podem também ser alimentados pela água resultante
das nascentes, depois de ter feito o seu percurso
subterrâneo, constituindo o escoamento de base.
• Uma última parte pode acumular-se sob a forma de neve ou
gelo formando as neves perpétuas, os glaciares e os inlandsis.
• Contudo, durante o
verão, uma parte desta
água, resultante da
fusão da neve ou do
degelo vai alimentar o
escoamento superficial,
regressando,
posteriormente, à
primeira fase do ciclo,
ou evapora-se para a
atmosfera.
Os grandes reservatórios naturais de água do Planeta
• Os oceanos reservam cerca de 96,5% do volume total de água
da Terra, seguindo-se os continentes com pouco mais de 3,4%
e a atmosfera com 0,001%.
• A água doce é uma pequena parcela do total da água do
Planeta: apenas 2,5%.
• Os continentes são os grandes reservatórios de água doce do
Planeta (99,9% do total);
• Um outro aspecto importante é o de que 69,6% da água doce
se encontra no estado sólido (neve e gelo), com a Antártida
(61,7%) e Groelândia (6,7%), tendo a maior parte.
• Por fim resta uma pequena porção de água doce (cerca de
30,4% do total de água doce) disponível para a humanidade.
• Essa encontra-se quase toda nas toalhas aquíferas (30,1%), à
qual se tem acesso através de poços e furos de captação.
A renovação das reservas de água do Planeta
 A renovação da água nos subsistemas é variável, sendo medida
pelo Tempo de Residência: (Tr = S/Q); onde S é o volume de
água armazenado e Q é o volume de água que sai numa
determinada unidade de tempo.
 A renovação da água nos reservatórios naturais, tem ritmos
diferentes, indo de alguns dias até milhares de anos.
 Com isso temos os recursos hídricos renováveis com Tr nos
diversos subsistemas, relativamente curto, e os não
renováveis com Tr longo, (Peixoto, 1989).
 A Água não se “consome”,
apenas passa de subsistema
para subsistema.
 As mudanças de estado a
que a água é submetida,
durante as fases do ciclo
hidrológico, dão-se a
temperaturas bem
definidas;
 Dessa forma, uma pequena variação
da temperatura do globo pode
modificar substancialmente as
condições do ciclo hidrológico,
retardando-o ou acelerando-o.
 A redução da temperatura no
planeta pode provocar um período
de glaciação, retardando o ciclo
hidrológico e aumentando a
retenção de água sob a forma de
gelo (Criosfera).
 Pelo contrário, num período de
aquecimento global, o ciclo
hidrológico acelera-se, aumentando
a evaporação e a quantidade de água
existente na atmosfera.
Água nos continentes: o ramo terrestre do ciclo hidrológico
 A atmosfera tem papel decisivo no input de água nos
continentes.
 A maior quantidade de água precipitável se concentra no
Hemisfério Sul, (a bacia amazônica possui o máximo
absoluto), havendo um decréscimo do Equador para os pólos.
 As zonas (subtropicais) de
divergência atmosférica,
principalmente sobre os
oceanos, são as grandes
fornecedoras de vapor de
água à atmosfera
(precipitação < evaporação).
As regiões de escassez e de abundância de água
 A figura abaixo, mostra a disposição das grandes massas
continentais no hemisfério norte e a sua influência no
balanço hídrico regional;
As regiões de escassez e de abundância de água
 A repartição espacial do escoamento anual nos continentes,
reflete a influência da circulação atmosférica global e a
distribuição da precipitação anual.
Repartição espacial do escoamento anual nos diferentes continentes
 A abundância de chuvas (>1000 mm anuais) ocorre nas áreas
de convergência dos ventos alísios e nas latitudes médias,
atingidas pela frente polar (convergência das massas de ar
tropicais e polares, levando à ocorrência de chuvas frontais).
Balanço hídrico por continente (km³ / ano)
 As regiões de maior escassez de escoamento (<50mm anuais)
são aquelas onde predomina a divergência atmosférica, ou
seja, as afetadas pelas cinturas de altas pressões
subtropicais e pelos anticiclones polares;
 Cabe destacar também áreas pouco úmidas, como o interior
dos continentes norte americano e asiático (a latitudes
médias), devido à secura das massas de ar.
 A seguir estão
representadas as
maiores BH do planeta
(> 1 milhão de km²),
onde se destaca a do
Amazonas, com mais
de 6 milhões de km²
(67 vezes maior que
Portugal).
Grandes bacias hidrográficas da Terra (> 1.000.000 km²)
 A Ásia sendo o continente mais extenso, é também o que
possui o maior número de grandes BHs;
 Já a África, apesar de ser o segundo maior continente,
ocupa somente a terceira posição, em número de grandes
bacias, porque 1/3 do seu território é ocupado por desertos;
 A Antártida, por ser um continente gelado é o maior
inlandsis do Planeta, não permitindo, por isso, no seu
interior, a circulação da água no estado líquido e a formação
de bacias de drenagem.
 Os desertos (frios e quentes) são regiões arreicas, ou seja,
não têm BHs estruturadas, devido às fracas precipitações e,
no caso dos desertos arenosos, à movimentação das dunas
que acabam por cobrir os canais de drenagem esporádicos.
Os sistemas de drenagem dos continentes: Bacias
Hidrográficas (BHs)
 Para conceituar a BH há vários termos como: bacia de drena-
gem, bacia de recepção, bacia-vertente e bacia de captação;
 Essas diversas concepções variam de acordo com o
especialista: hidrólogo, geomorfólogo, engenheiro, geógrafo,
ecólogo, e etc;
De maneira geral a BH se
refere a uma porção de
território continental drenada
por uma rede fluvial, os quais
transportam, além da água,
sedimentos, materiais dissolvi-
dos e nutrientes até um ponto
comum: a desembocadura ou
secção de referência da bacia.
* área da superfície terrestre bem delimitada
topograficamente, que drena água e sedimentos em direção a
uma saída em comum, numa determinada seção transversal
(foz ou exutório). Stralher – Horton.
Modelo de uma bacia hidrográfica
Fonte: Adaptado de Charlton (2008);
Bacia hidrográfica da Água do Andaraí
Jandaia do Sul/PR – Foto do autor, 2011.
É considerado o palco do ciclo hidrológico!
Ilustração de uma bacia hidrográfica mostrando os divisores de água,
as sub-bacias e a drenagem principal.
Fonte: ANA, 2002.
• A delimitação de uma bacia tem como principal elemento o
relevo, visto que a água segue um caminho de acordo com o
desnível do terreno;
Modelo de bacias de
drenagem costeiras
Delimitação da Bacia Hidrográfica
Etapa 1: definir o ponto em que será
feita a delimitação da bacia, situado na
parte mais baixa do trecho em estudo
do curso d’água principal. Reforçar a
marcação do curso d’água principal e
dos tributários (os quais cruzam as
curvas de nível, das mais altas para as
mais baixas, e definem os fundos de
vale).
Etapa 2: para definir o limite da bacia hidrográfica, partir da foz e
conectar os pontos mais elevados, tendo por base as curvas de nível e os
pontos cotados. O limite da bacia circunda o curso d’água e tributários,
não podendo nunca cruzá-los. Próximo a cada limite marcado, verificar se
a água da chuva escoará sobre o terreno rumo às partes baixas (cruzando
perpendicularmente as curvas de nível) na direção dos tributários e do
curso d’água principal (se ela correr em outra direção, é porque pertence
a outra bacia). Observar que dentro da bacia poderá haver locais com
cotas mais altas do que as cotas dos pontos que definem o divisor de
águas da bacia.
Divisores de BH
 Os divisores de água das BHs se dividem em: divisor
superficial (topográfico) e divisor freático (subterrâneo).
 O divisor subterrâneo é mais difícil de ser localizado e varia
com o tempo. À medida que o lençol freático sobe, ele tende
ao divisor superficial.
Corte transversal de bacias hidrográficas.
 O subterrâneo só é utilizado em estudos mais complexos de
hidrologia subterrânea e estabelece, portanto, os limites dos
reservatórios de água subterrânea de onde é derivado o
deflúvio básico da bacia.
 Na prática, assume-se por
facilidade que o superficial
também é o subterrâneo.
 A seguir temos a
delimitação de uma BH
utilizando o divisor
topográfico.
 Note que o divisor de águas
(linha tracejada) acompanha
os pontos com maior
altitude (curvas de nível de
maior valor).
TALVEGUE
LEITO
MARGEM
MARGEM
RIO
VERTENTE VERTENTE
CRISTA OU
INTERFLÚVIO
CRISTA OU
INTERFLÚVIO
PERFIL LONGITUDINAL DE UM VALE FLUVIAL
DELTA
ESTUÁRIO

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Degradação do solo
Degradação do soloDegradação do solo
Degradação do soloIvan Araujo
 
Dinâmica climática
Dinâmica climáticaDinâmica climática
Dinâmica climáticaRoberta Sumar
 
Origem e formação do solo
Origem e formação do soloOrigem e formação do solo
Origem e formação do soloFabíola Mello
 
Aula de hidrografia do brasil
Aula de hidrografia do brasilAula de hidrografia do brasil
Aula de hidrografia do brasilProfessor
 
Fatores do clima e tipos climáticos
Fatores do clima e tipos climáticosFatores do clima e tipos climáticos
Fatores do clima e tipos climáticosJefferson Santos
 
Intemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solosIntemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solosGiovanna Martins
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoRodrigo Pavesi
 
Agua subterrânea aquíferos
Agua subterrânea   aquíferosAgua subterrânea   aquíferos
Agua subterrânea aquíferosmarciotecsoma
 
Aula 01: Água x Recursos Hídricos
Aula 01: Água x Recursos HídricosAula 01: Água x Recursos Hídricos
Aula 01: Água x Recursos HídricosLucas Soares
 
Tempo Geológico
Tempo GeológicoTempo Geológico
Tempo GeológicoLucca
 
A água do Planeta
A água do PlanetaA água do Planeta
A água do PlanetaAna Keizy
 
Águas Subterrâneas
Águas SubterrâneasÁguas Subterrâneas
Águas SubterrâneasCarlos Gomes
 
fatores e elementos climáticos
 fatores e elementos climáticos fatores e elementos climáticos
fatores e elementos climáticosCarolina Corrêa
 

Mais procurados (20)

Degradação do solo
Degradação do soloDegradação do solo
Degradação do solo
 
Dinâmica climática
Dinâmica climáticaDinâmica climática
Dinâmica climática
 
Origem e formação do solo
Origem e formação do soloOrigem e formação do solo
Origem e formação do solo
 
Aula 1 solos
Aula 1 solosAula 1 solos
Aula 1 solos
 
Aula de hidrografia do brasil
Aula de hidrografia do brasilAula de hidrografia do brasil
Aula de hidrografia do brasil
 
Fatores do clima e tipos climáticos
Fatores do clima e tipos climáticosFatores do clima e tipos climáticos
Fatores do clima e tipos climáticos
 
Intemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solosIntemperismo e formação dos solos
Intemperismo e formação dos solos
 
Aula 6
Aula 6Aula 6
Aula 6
 
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservaçãoSolos: origem, evolução, degradação e conservação
Solos: origem, evolução, degradação e conservação
 
Agua subterrânea aquíferos
Agua subterrânea   aquíferosAgua subterrânea   aquíferos
Agua subterrânea aquíferos
 
Aula 01: Água x Recursos Hídricos
Aula 01: Água x Recursos HídricosAula 01: Água x Recursos Hídricos
Aula 01: Água x Recursos Hídricos
 
Tempo Geológico
Tempo GeológicoTempo Geológico
Tempo Geológico
 
A água do Planeta
A água do PlanetaA água do Planeta
A água do Planeta
 
RIOS VOADORES
RIOS VOADORESRIOS VOADORES
RIOS VOADORES
 
Águas Subterrâneas
Águas SubterrâneasÁguas Subterrâneas
Águas Subterrâneas
 
A crise da água
A crise da águaA crise da água
A crise da água
 
Hidrografia - oceanos e mares
Hidrografia - oceanos e maresHidrografia - oceanos e mares
Hidrografia - oceanos e mares
 
Ciclo Da Agua
Ciclo Da AguaCiclo Da Agua
Ciclo Da Agua
 
Erosões
ErosõesErosões
Erosões
 
fatores e elementos climáticos
 fatores e elementos climáticos fatores e elementos climáticos
fatores e elementos climáticos
 

Semelhante a HIDROGEOGRAFIA E HIDROLOGIA

Recursos Hidricos.ppt
Recursos Hidricos.pptRecursos Hidricos.ppt
Recursos Hidricos.pptRicardoNeto60
 
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13daniboy7lag
 
Aula HIDROLOGIA_CursoSWAT_FOTOS DE EQUIP.pdf
Aula HIDROLOGIA_CursoSWAT_FOTOS DE EQUIP.pdfAula HIDROLOGIA_CursoSWAT_FOTOS DE EQUIP.pdf
Aula HIDROLOGIA_CursoSWAT_FOTOS DE EQUIP.pdfSpiller3
 
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.pptHidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.pptwesleybatistadossant
 
O ciclo da água na natureza e a importância da preservação dos mananciais.ppt
O ciclo da água na natureza e a importância da preservação dos mananciais.pptO ciclo da água na natureza e a importância da preservação dos mananciais.ppt
O ciclo da água na natureza e a importância da preservação dos mananciais.pptdeivid silva
 
Ciclo Biogeoquímico da água
Ciclo Biogeoquímico da águaCiclo Biogeoquímico da água
Ciclo Biogeoquímico da águaLuiz Neto
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 1: Hidrologia Apli...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 1: Hidrologia Apli...Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 1: Hidrologia Apli...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 1: Hidrologia Apli...Danilo Max
 
Geografia o ciclo da agua na natureza e a importancia da preservacao dos ma...
Geografia   o ciclo da agua na natureza e a importancia da preservacao dos ma...Geografia   o ciclo da agua na natureza e a importancia da preservacao dos ma...
Geografia o ciclo da agua na natureza e a importancia da preservacao dos ma...Gustavo Soares
 
Apostila recursos hidridicos
Apostila recursos hidridicosApostila recursos hidridicos
Apostila recursos hidridicosi_ramos
 
Apostila recursos hidridicos
Apostila recursos hidridicosApostila recursos hidridicos
Apostila recursos hidridicosi_ramos
 
Aula 2 hidrologia( ciclo hidrologico)
Aula 2 hidrologia( ciclo hidrologico)Aula 2 hidrologia( ciclo hidrologico)
Aula 2 hidrologia( ciclo hidrologico)Gilson Adao
 
Ciclo Da áGua
Ciclo Da áGuaCiclo Da áGua
Ciclo Da áGuaecsette
 
Trabalho pratico importancia da agua subterranea
Trabalho pratico importancia da agua subterraneaTrabalho pratico importancia da agua subterranea
Trabalho pratico importancia da agua subterraneaGeraldo Quibelo Quibelo
 

Semelhante a HIDROGEOGRAFIA E HIDROLOGIA (20)

Hidrologia analítica aula1
Hidrologia analítica aula1Hidrologia analítica aula1
Hidrologia analítica aula1
 
Hidrologia aula 02
Hidrologia aula 02Hidrologia aula 02
Hidrologia aula 02
 
Recursos Hidricos.ppt
Recursos Hidricos.pptRecursos Hidricos.ppt
Recursos Hidricos.ppt
 
Agua pernambuco
Agua pernambucoAgua pernambuco
Agua pernambuco
 
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13
Mat geo 3ºem_usos_da_água_13-09-13
 
Aula HIDROLOGIA_CursoSWAT_FOTOS DE EQUIP.pdf
Aula HIDROLOGIA_CursoSWAT_FOTOS DE EQUIP.pdfAula HIDROLOGIA_CursoSWAT_FOTOS DE EQUIP.pdf
Aula HIDROLOGIA_CursoSWAT_FOTOS DE EQUIP.pdf
 
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.pptHidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
Hidrologia Bacias Hidrograficas e cursos dagua.ppt
 
O ciclo da água na natureza e a importância da preservação dos mananciais.ppt
O ciclo da água na natureza e a importância da preservação dos mananciais.pptO ciclo da água na natureza e a importância da preservação dos mananciais.ppt
O ciclo da água na natureza e a importância da preservação dos mananciais.ppt
 
Ciclo Biogeoquímico da água
Ciclo Biogeoquímico da águaCiclo Biogeoquímico da água
Ciclo Biogeoquímico da água
 
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 1: Hidrologia Apli...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 1: Hidrologia Apli...Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 1: Hidrologia Apli...
Apostila de Hidrologia (Profa. Ticiana Studart) - Capítulo 1: Hidrologia Apli...
 
A Água
A ÁguaA Água
A Água
 
A água
A águaA água
A água
 
Geografia o ciclo da agua na natureza e a importancia da preservacao dos ma...
Geografia   o ciclo da agua na natureza e a importancia da preservacao dos ma...Geografia   o ciclo da agua na natureza e a importancia da preservacao dos ma...
Geografia o ciclo da agua na natureza e a importancia da preservacao dos ma...
 
Recursos naturais
Recursos naturaisRecursos naturais
Recursos naturais
 
Apostila recursos hidridicos
Apostila recursos hidridicosApostila recursos hidridicos
Apostila recursos hidridicos
 
Apostila recursos hidridicos
Apostila recursos hidridicosApostila recursos hidridicos
Apostila recursos hidridicos
 
Aula 2 hidrologia( ciclo hidrologico)
Aula 2 hidrologia( ciclo hidrologico)Aula 2 hidrologia( ciclo hidrologico)
Aula 2 hidrologia( ciclo hidrologico)
 
Ciclo Hidrologico
Ciclo HidrologicoCiclo Hidrologico
Ciclo Hidrologico
 
Ciclo Da áGua
Ciclo Da áGuaCiclo Da áGua
Ciclo Da áGua
 
Trabalho pratico importancia da agua subterranea
Trabalho pratico importancia da agua subterraneaTrabalho pratico importancia da agua subterranea
Trabalho pratico importancia da agua subterranea
 

Mais de Patrícia Éderson Dias

Processos Migratórios e a Crise dos Refugiados
Processos Migratórios e a Crise dos RefugiadosProcessos Migratórios e a Crise dos Refugiados
Processos Migratórios e a Crise dos RefugiadosPatrícia Éderson Dias
 
Psicologia e educação interlocuções e possibilidades
Psicologia e educação  interlocuções e possibilidadesPsicologia e educação  interlocuções e possibilidades
Psicologia e educação interlocuções e possibilidadesPatrícia Éderson Dias
 
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Patrícia Éderson Dias
 
Livro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação InfantilLivro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação InfantilPatrícia Éderson Dias
 
Tendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaTendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaPatrícia Éderson Dias
 

Mais de Patrícia Éderson Dias (20)

Processos Migratórios e a Crise dos Refugiados
Processos Migratórios e a Crise dos RefugiadosProcessos Migratórios e a Crise dos Refugiados
Processos Migratórios e a Crise dos Refugiados
 
Geografia economica i
Geografia economica iGeografia economica i
Geografia economica i
 
Conhecimento geografico i
Conhecimento geografico iConhecimento geografico i
Conhecimento geografico i
 
Climatologia ii
Climatologia iiClimatologia ii
Climatologia ii
 
Climatologia i
Climatologia iClimatologia i
Climatologia i
 
Cartografia ii
Cartografia iiCartografia ii
Cartografia ii
 
Cartografia i
Cartografia iCartografia i
Cartografia i
 
Psicologia e educação interlocuções e possibilidades
Psicologia e educação  interlocuções e possibilidadesPsicologia e educação  interlocuções e possibilidades
Psicologia e educação interlocuções e possibilidades
 
Política educacional
Política educacional Política educacional
Política educacional
 
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação Metodologia da pesquisa em ciências da educação
Metodologia da pesquisa em ciências da educação
 
Literatura infantil
Literatura infantilLiteratura infantil
Literatura infantil
 
Linguagem e alfabetização
Linguagem e alfabetizaçãoLinguagem e alfabetização
Linguagem e alfabetização
 
Leitura e produção de texto
Leitura e produção de texto Leitura e produção de texto
Leitura e produção de texto
 
Historia da Educação Brasileira
Historia da Educação BrasileiraHistoria da Educação Brasileira
Historia da Educação Brasileira
 
Livro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação InfantilLivro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação Infantil
 
Fosolofia na Educação
Fosolofia na EducaçãoFosolofia na Educação
Fosolofia na Educação
 
Livro de Didatica
Livro de DidaticaLivro de Didatica
Livro de Didatica
 
Divisão dos períodos da História
Divisão dos períodos da HistóriaDivisão dos períodos da História
Divisão dos períodos da História
 
Tendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de históriaTendencias e perspectivas do ensino de história
Tendencias e perspectivas do ensino de história
 
Introdução ao estudo da história
Introdução ao estudo da históriaIntrodução ao estudo da história
Introdução ao estudo da história
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxLusGlissonGud
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 

HIDROGEOGRAFIA E HIDROLOGIA

  • 1. Licenciatura em Geografia Disciplina: Hidrogeografia Aspectos Teóricos e Práticos de Hidrogeografia Professor: Éderson Dias de Oliveira “Não é culpa minha que o corpo humano sucumba ao fim de três dias sem beber. Eu desconhecia que fosse tão dependente da água. Eu não fazia ideia de que tivesse tão pouca autonomia... É suposto que o ser humano seja livre... e ninguém vê a amarra que o liga ao poço, como um cordão umbilical ao ventre da Terra“. Antoine De Saint-Exupéry RAMOS, Catarina. Programa de Hidrogeografia, Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa, Lisboa, 2005
  • 2. A importância da água – Definição/objeto da Hidrogeografia • A ÁGUA como fonte e meio de vida, entra na composição dos elementos bióticos e abióticos; • É o principal agente erosivo dos continentes, sendo que transporta sedimentos; nutrientes e da matéria orgânica; • É utilizada em diversas atividades humanas: higiene e abastecimento público, agricultura e irrigação, pesca e aquicultura, produção de sal e energia, na indústria, como via de transporte e também no desporto, recreio e lazer. • É um recurso natural fundamental, fator de progresso e desenvolvimento. • Entretanto, a água também pode constituir um perigo através da sua escassez, do seu excesso ou da sua degradação.
  • 3. O QUE É ÁGUA ? • A água é um líquido incolor, insípida e inodoro, essencial a todas as formas de vida. • Sua molécula é composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio e sua fórmula química é: H2O  Civilizações do antigo Egito, da China, Índia e Mesopotâmia eram chamadas de civilizações hidráulicas.  A ascensão e queda desses povos está intimamente ligada aos usos e abusos da água.
  • 4. Diferença entre Água e Recursos Hídricos • Existem sutis diferenças entre as duas expressões, sendo que a ‘água’ é o elemento natural descomprometido com qualquer uso ou utilização. • Já o gênero ‘Recurso hídrico’ é a água com um valor econômico, passível de utilização com tal fim. • Sendo assim, a diferença que se salienta entre os dois vocábulos consiste em ter ou não valor econômico. • Assim a água é desprovida de valor monetário, já o recurso hídrico possui um valor no mercado de consumo.
  • 5. • A água é objeto de análise multidisciplinar, sendo assim objeto de estudo de diferentes especialistas. • A mesma encontra-se em todo o Sistema Ambiental Terrestre, estando em constante movimento entre os diversos subsistemas: atmosfera, litosfera, hidrosfera, biosfera e noosfera; • Assim, o objeto de estudo da Hidrogeografia é a Hidrosfera, que é composta pelas águas nos três estados físicos. • Por sua vez o seu objetivo é o estudo da ocorrência, repartição geográfica, circulação da água, bem como das principais consequências da sua utilização pelo Homem. • Parte do corpo teórico da Hidrogeografia provém da Hidrologia (marinha e continental), que estuda a ocorrência, distribuição e circulação da água, bem como as suas propri- edades físicas e químicas e as suas relações com o ambiente.
  • 6. APLICAÇÕES DA HIDROLOGIA • Planejamento e gerenciamento da BH: o planejamento e controle do uso dos recursos naturais na BH requer uma ação pública e privada coordenada; • Águas Urbanas: buscar mitigar os problemas de enchentes, produção de sedimentos e qualidade da água encontrados em grande parte das cidades brasileiras; • Energia: a produção de energia hidrelétrica representa 92% de toda a energia produzida no país. Esta energia depende da disponibilidade de água, da sua regularização por obras hidráulicas e o impacto das mesmas sobre o meio ambiente; • Uso do solo rural: a expansão das fronteiras agrícolas e o intenso uso agrícola têm gerado impacto significativos na produção de sedimentos e nutrientes nas bacias rurais, resultando em perda de solo fértil e assoreamento dos rios;
  • 7. • Abastecimento de água: a redução da qualidade da água dos rios e os grandes centros urbanos têm apresentado limitaçõ- es quanto à disponibilidade de água para o abastecimento; • Irrigação: a produção agrícola nas regiões mais secas depende essencialmente da disponibilidade de água, sendo que a maior produtividade passa pelo aumento da irrigação; • Navegação: a navegação interior é ainda pequena, mas tem um potencial significativo no desenvolvimento nacional. Nesse item é necessário: disponibilidade hídrica para calado, previsão de níveis e planejamento e operação de obras hidráulicas para navegação. • Qualidade da água e meio ambiente: o meio ambiente aquático (oceanos, rios, lagos, reservatórios e aqüíferos) sofre com a falta de tratamento dos despejos domésticos e industriais e de cargas de pesticidas de uso agrícola;
  • 8. A água no Planeta: ocorrência, repartição e circulação O princípio de conservação da água  A Terra pode ser considerado como um sistema global fechado, onde a circulação da água se faz de forma contínua e fechada entre: oceanos - atmosfera - continentes.  Nesse sistema há um relativo equilíbrio da manutenção da quantidade de água no planeta.  Com isso a massa global da água, qualquer que seja a intensidade e frequência da sua utilização, mantém-se praticamente constante: Princípio de Conservação da Água.  Deste princípio resultam duas características essenciais da água: é um recurso renovável mas não inesgotável.  Neste contexto temos o Ciclo Hidrológico, como conceito fundamental do Princípio de Conservação da Água;
  • 9. Ciclo Hidrológico - circulação da água - superfície terrestre / atmosfera. energia solar / gravidade – equilíbrio térmico e ambiental do planeta. Modelo Esquemático do Ciclo Hidrológico Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ciclo_da_%C3%A1gua.jpg Evaporação– Transpiração= Evapotranspiração PrecipitaçãoEnergiaGravitacional EnergiaTermal
  • 11.
  • 12. • O ciclo da água é um fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera; • O conceito de ciclo hidrológico está ligado ao movimento e à troca de água nos seus diferentes estados físicos. • Este movimento permanente deve-se ao Sol, que fornece a energia para elevar a água da superfície terrestre para a atmosfera (evaporação), e à gravidade, que faz com que a água condensada caia (precipitação); • Essa uma vez na superfície, circula através de linhas de água que se reúnem em rios até atingir os oceanos (escoamento superficial) ou se infiltre nos solos e nas rochas, através dos seus poros, fissuras e fraturas (escoamento subterrâneo). • O mesmo é constituído por uma cadeia de subsistemas abertos, porque há troca de massa e energia entre eles.
  • 13. A seguir as fases do ciclo hidrológico e as suas componentes. PRECIPITAÇÃO (P)  Definição: é a água proveniente do vapor da atmosfera depositada na superfície terrestre sob qualquer forma: chuva, granizo, neve, neblina, orvalho ou geada.  A precipitação faz a transferência de água do ramo aéreo para o ramo terrestre do ciclo hidrológico, constituindo o “input” (entrada) da água nos sistemas naturais.  É ela que alimenta as outras componentes do ciclo hidrológico.  Considerando longos períodos de tempo, este fato é dado pela equação clássica da hidrologia: P = Et + I + Es, em que: P – precipitação Es – escoamento Et – evapotranspiração I - infiltração
  • 14. EVAPORAÇÃO E TRANSPIRAÇÃO  O conhecimento da perda d’água da superfície terrestre é fundamental nos vários campos da ciência, especialmente nas aplicações da meteorologia e da hidrologia às diversas atividades humanas.  O conhecimento da perda de água em correntes, canais, reservatórios, bem como, a transpiração dos vegetais, têm muita importância no balanço hídrico de uma BH.  Evaporação (E): é o processo natural pelo qual a água, de uma superfície livre (líquida) ou de uma superfície úmida, passa para a atmosfera na forma de vapor, a uma temperatura inferior a de ebulição.  Transpiração (T): é a evaporação devida a ação fisiológica dos vegetais/animais, ocorrida, principalmente, através dos estômatos.
  • 15.  Evapotranspiração (ET): evaporação + transpiração. • Ao calcular-se a água perdida (“output”) numa região revestida por vegetação, é praticamente impossível separar a transpiração da evaporação do solo, lagos e rios. • Assim, em termos de balanço hidrológico, os dois processos devem ser considerados em conjunto, sob a designação de evapotranspiração. • Os fatores que influenciam a evapotranspiração são:  radiação solar, que por sua vez depende da latitude;  estação do ano, hora do dia e nebulosidade;
  • 16.  o calor armazenado pela massa de água;  a tensão do vapor, que depende da temperatura do ar, pressão atmosférica e humidade;  a velocidade do vento;  a extensão da superfície evaporante e a profundidade da massa de água;  a salinidade das águas;  a natureza do solo e;  a vegetação. BALANÇO HÍDRICO
  • 17. INFILTRAÇÃO  Definição: trata-se do processo pelo qual a água atravessa a superfície do solo.  É de grande importância prática, pois afeta o escoamento superficial, que é o componente do ciclo hidrológico responsável pelos processos de erosão e inundações.  Na infiltração há a passagem da água da superfície para o interior do solo, movendo-se através de vazios, sob a ação da gravidade, formando a água do solo;  É um fenômeno que depende: Da água disponível para infiltrar; Da natureza do solo; Do estado da superfície; Das quantidades de água e ar, presentes no solo
  • 18. • O movimento da água no solo é marcado pela ação da gravidade e pelo potencial capilar. Quando a água atinge a superfície do solo definem-se:  a água higroscópica ou pelicular (a que é retida no solo por atração molecular formando uma película envolvente das partículas constituintes do solo);  a água de capilaridade (a que é retida no solo acima do nível freático devido à ação da capilaridade, ou seja, a água retida pela tensão superficial e pelas forças moleculares contra a ação da gravidade);  a água de percolação ou gravitacional (a água da zona não saturada que se move sob a influência da gravidade desde a superfície do solo até ao nível freático). • A água que as plantas aproveitam é a água de capilaridade, enquanto a de percolação alimenta os aquíferos.
  • 20. O Nível Freático e o relevo da superfície
  • 21. As fases do ciclo hidrológico • Os oceanos são os grandes fornecedores de água à atmosfera, dando-lhe mais água do que dela recebem (P < Et). • Os continentes, pelo contrário, recebem mais água da atmosfera do que deles se evapora. Este excesso de água (P > Et) é devolvido aos oceanos através do escoamento, reequilibrando assim o balanço hídrico dos oceanos.
  • 22. • Tipos de fluxos e volumes de água movimentados no ciclo da água anual da Terra (em milhares de km³), sendo as setas proporcionais à quantidade de água movimentada.
  • 23. • A precipitação pode ocorrer sob a forma de chuva, neve ou granizo; a deposição ocorre sob a forma de orvalho e geada. • Se a precipitação ocorre sobre o oceano, o ciclo termina, pois a água volta ao seu ponto de partida; mas se cai sobre os continentes, pode seguir quatro vias diferentes: ou evapora, ou infiltra, ou escoa ou acumula. • Uma parte evapora-se imediatamente, entrando na fase precedente. • Da parte que se infiltra, duas situações podem ocorrer: ou alimenta as reservas de água do solo, ou continua a infiltrar-se indo alimentar as reservas de água subterrâneas.
  • 24. • A água que penetra no solo pode-se evaporar mais tarde ou ser absorvida pelas plantas e libertar-se destas, através da transpiração, entrando na fase precedente. • A água que se infiltra mais profundamente, vai alimentar os aquíferos e acumular-se nestes sob a forma de toalhas aquíferas. • Depois de um trajeto subterrâneo, mais ou menos longo, atinge a superfície, sob a forma de nascentes, podendo estas ocorrer acima ou abaixo do nível do mar. • Uma parte escoa-se à superfície, assim que ocorre a precipitação, sem penetrar no solo, constituindo o escoamento direto e alimentando rios.
  • 25. • Estes podem também ser alimentados pela água resultante das nascentes, depois de ter feito o seu percurso subterrâneo, constituindo o escoamento de base. • Uma última parte pode acumular-se sob a forma de neve ou gelo formando as neves perpétuas, os glaciares e os inlandsis. • Contudo, durante o verão, uma parte desta água, resultante da fusão da neve ou do degelo vai alimentar o escoamento superficial, regressando, posteriormente, à primeira fase do ciclo, ou evapora-se para a atmosfera.
  • 26. Os grandes reservatórios naturais de água do Planeta • Os oceanos reservam cerca de 96,5% do volume total de água da Terra, seguindo-se os continentes com pouco mais de 3,4% e a atmosfera com 0,001%.
  • 27. • A água doce é uma pequena parcela do total da água do Planeta: apenas 2,5%. • Os continentes são os grandes reservatórios de água doce do Planeta (99,9% do total); • Um outro aspecto importante é o de que 69,6% da água doce se encontra no estado sólido (neve e gelo), com a Antártida (61,7%) e Groelândia (6,7%), tendo a maior parte. • Por fim resta uma pequena porção de água doce (cerca de 30,4% do total de água doce) disponível para a humanidade. • Essa encontra-se quase toda nas toalhas aquíferas (30,1%), à qual se tem acesso através de poços e furos de captação.
  • 28.
  • 29.
  • 30. A renovação das reservas de água do Planeta  A renovação da água nos subsistemas é variável, sendo medida pelo Tempo de Residência: (Tr = S/Q); onde S é o volume de água armazenado e Q é o volume de água que sai numa determinada unidade de tempo.
  • 31.  A renovação da água nos reservatórios naturais, tem ritmos diferentes, indo de alguns dias até milhares de anos.  Com isso temos os recursos hídricos renováveis com Tr nos diversos subsistemas, relativamente curto, e os não renováveis com Tr longo, (Peixoto, 1989).  A Água não se “consome”, apenas passa de subsistema para subsistema.  As mudanças de estado a que a água é submetida, durante as fases do ciclo hidrológico, dão-se a temperaturas bem definidas;
  • 32.  Dessa forma, uma pequena variação da temperatura do globo pode modificar substancialmente as condições do ciclo hidrológico, retardando-o ou acelerando-o.  A redução da temperatura no planeta pode provocar um período de glaciação, retardando o ciclo hidrológico e aumentando a retenção de água sob a forma de gelo (Criosfera).  Pelo contrário, num período de aquecimento global, o ciclo hidrológico acelera-se, aumentando a evaporação e a quantidade de água existente na atmosfera.
  • 33. Água nos continentes: o ramo terrestre do ciclo hidrológico  A atmosfera tem papel decisivo no input de água nos continentes.  A maior quantidade de água precipitável se concentra no Hemisfério Sul, (a bacia amazônica possui o máximo absoluto), havendo um decréscimo do Equador para os pólos.  As zonas (subtropicais) de divergência atmosférica, principalmente sobre os oceanos, são as grandes fornecedoras de vapor de água à atmosfera (precipitação < evaporação).
  • 34. As regiões de escassez e de abundância de água  A figura abaixo, mostra a disposição das grandes massas continentais no hemisfério norte e a sua influência no balanço hídrico regional;
  • 35. As regiões de escassez e de abundância de água  A repartição espacial do escoamento anual nos continentes, reflete a influência da circulação atmosférica global e a distribuição da precipitação anual. Repartição espacial do escoamento anual nos diferentes continentes
  • 36.  A abundância de chuvas (>1000 mm anuais) ocorre nas áreas de convergência dos ventos alísios e nas latitudes médias, atingidas pela frente polar (convergência das massas de ar tropicais e polares, levando à ocorrência de chuvas frontais). Balanço hídrico por continente (km³ / ano)
  • 37.  As regiões de maior escassez de escoamento (<50mm anuais) são aquelas onde predomina a divergência atmosférica, ou seja, as afetadas pelas cinturas de altas pressões subtropicais e pelos anticiclones polares;  Cabe destacar também áreas pouco úmidas, como o interior dos continentes norte americano e asiático (a latitudes médias), devido à secura das massas de ar.  A seguir estão representadas as maiores BH do planeta (> 1 milhão de km²), onde se destaca a do Amazonas, com mais de 6 milhões de km² (67 vezes maior que Portugal).
  • 38. Grandes bacias hidrográficas da Terra (> 1.000.000 km²)
  • 39.  A Ásia sendo o continente mais extenso, é também o que possui o maior número de grandes BHs;  Já a África, apesar de ser o segundo maior continente, ocupa somente a terceira posição, em número de grandes bacias, porque 1/3 do seu território é ocupado por desertos;  A Antártida, por ser um continente gelado é o maior inlandsis do Planeta, não permitindo, por isso, no seu interior, a circulação da água no estado líquido e a formação de bacias de drenagem.  Os desertos (frios e quentes) são regiões arreicas, ou seja, não têm BHs estruturadas, devido às fracas precipitações e, no caso dos desertos arenosos, à movimentação das dunas que acabam por cobrir os canais de drenagem esporádicos.
  • 40. Os sistemas de drenagem dos continentes: Bacias Hidrográficas (BHs)  Para conceituar a BH há vários termos como: bacia de drena- gem, bacia de recepção, bacia-vertente e bacia de captação;  Essas diversas concepções variam de acordo com o especialista: hidrólogo, geomorfólogo, engenheiro, geógrafo, ecólogo, e etc; De maneira geral a BH se refere a uma porção de território continental drenada por uma rede fluvial, os quais transportam, além da água, sedimentos, materiais dissolvi- dos e nutrientes até um ponto comum: a desembocadura ou secção de referência da bacia.
  • 41. * área da superfície terrestre bem delimitada topograficamente, que drena água e sedimentos em direção a uma saída em comum, numa determinada seção transversal (foz ou exutório). Stralher – Horton. Modelo de uma bacia hidrográfica Fonte: Adaptado de Charlton (2008); Bacia hidrográfica da Água do Andaraí Jandaia do Sul/PR – Foto do autor, 2011. É considerado o palco do ciclo hidrológico!
  • 42.
  • 43. Ilustração de uma bacia hidrográfica mostrando os divisores de água, as sub-bacias e a drenagem principal. Fonte: ANA, 2002. • A delimitação de uma bacia tem como principal elemento o relevo, visto que a água segue um caminho de acordo com o desnível do terreno;
  • 44. Modelo de bacias de drenagem costeiras
  • 45. Delimitação da Bacia Hidrográfica Etapa 1: definir o ponto em que será feita a delimitação da bacia, situado na parte mais baixa do trecho em estudo do curso d’água principal. Reforçar a marcação do curso d’água principal e dos tributários (os quais cruzam as curvas de nível, das mais altas para as mais baixas, e definem os fundos de vale). Etapa 2: para definir o limite da bacia hidrográfica, partir da foz e conectar os pontos mais elevados, tendo por base as curvas de nível e os pontos cotados. O limite da bacia circunda o curso d’água e tributários, não podendo nunca cruzá-los. Próximo a cada limite marcado, verificar se a água da chuva escoará sobre o terreno rumo às partes baixas (cruzando perpendicularmente as curvas de nível) na direção dos tributários e do curso d’água principal (se ela correr em outra direção, é porque pertence a outra bacia). Observar que dentro da bacia poderá haver locais com cotas mais altas do que as cotas dos pontos que definem o divisor de águas da bacia.
  • 46.
  • 47. Divisores de BH  Os divisores de água das BHs se dividem em: divisor superficial (topográfico) e divisor freático (subterrâneo).  O divisor subterrâneo é mais difícil de ser localizado e varia com o tempo. À medida que o lençol freático sobe, ele tende ao divisor superficial. Corte transversal de bacias hidrográficas.
  • 48.  O subterrâneo só é utilizado em estudos mais complexos de hidrologia subterrânea e estabelece, portanto, os limites dos reservatórios de água subterrânea de onde é derivado o deflúvio básico da bacia.  Na prática, assume-se por facilidade que o superficial também é o subterrâneo.  A seguir temos a delimitação de uma BH utilizando o divisor topográfico.  Note que o divisor de águas (linha tracejada) acompanha os pontos com maior altitude (curvas de nível de maior valor).
  • 49.
  • 50. TALVEGUE LEITO MARGEM MARGEM RIO VERTENTE VERTENTE CRISTA OU INTERFLÚVIO CRISTA OU INTERFLÚVIO PERFIL LONGITUDINAL DE UM VALE FLUVIAL
  • 51.