3. ESPERMOGRAMA
• O exame de espermograma tem como objetivo avaliar a
quantidade e qualidade dos espermatozoides do homem
4. ESPERMOGRAMA
• O espermograma ou análise do sêmen é um teste laboratorial
que fornece informações importantes em relação à
espermatogênese (produção dos espermatozóides) e à
permeabilidade do sistema reprodutivo masculino.
5. • Solicitado para investigar a causa da infertilidade do casal, por
exemplo. Além disso, o espermograma também é normalmente
solicitado após cirurgia de vasectomia e para avaliar o
funcionamento dos testículos.
ESPERMOGRAMA
7. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
É composto pelos testículos, que são responsáveis pela
produção dos espermatozóides e hormônios;
Ductos denominados canal deferente e ducto ejaculatório que
armazenam, conduzem e alimentam os espermatozóides;
- Glândulas que contribuem para a produção do sêmen; - o pênis
e a uretra através da qual o sêmen (líquido que contém os
espermatozoídes) é propelido para fora do organismo.
8. ESPERMATOGÊNESE
É um processo no qual ocorre a formação dos espermatozoides.
Tem duração de cerca de 64-74 dias, portanto, após algum
tratamento, só veremos resultados no espermograma cerca de
três meses depois.
A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos dos
testículos e divide-se em quatro fases: Multiplicação,
Crescimento, Maturação e Diferenciação ou Espermiogênese
10. ESPERMATOGÊNESE
Fase 1- Proliferativa ou de Multiplicação
• O início da espermatogênese ocorre através das
espermatogônias, células diploides (2n = 46 pares de
cromossomos). Elas se multiplicam por mitose na parede dos
túbulos seminíferos e tornam-se abundantes.
• As células de Sertoli, localizadas ao redor dos túbulos
seminíferos, são responsáveis pela nutrição e pela sustentação
das espermatogônias.
• A fase de multiplicação torna-se mais intensa a partir da
puberdade e dura toda a vida do homem
11. ESPERMATOGÊNESE
Fase 2- Crescimento
• Durante a fase de crescimento as espermatogônias crescem, ou
seja, aumentam o volume do seu citoplasma. A partir daí, se
dividem por mitose, originando os espermatócitos primários
(espermatócitos I).
• Os espermatócitos primários são também diploides (2n)
12. ESPERMATOGÊNESE
• Fase 3- Maturação
• Na fase de maturação, os espermatócitos primários sofrem a
primeira divisão por meiose, originando 2 células-filhas
haploides (n = 23 pares de cromossomos), chamadas
espermatócitos secundários (espermatócito II).
• Como sofreram meiose, os espermatócitos secundários são
haploides, porém, com cromossomos ainda duplicados.
13. ESPERMATOGÊNESE
• Somente após a segunda divisão meiótica, os dois
espermatócitos secundários originam quatro espermátides
haploides (n).
15. • A fase final da espermatogênese consiste na transformação das
espermátides em espermatozoides, um processo diferenciado
chamado de espermiogênese e dividido em quatro fases:
• Fase Golgi: inicio do desenvolvimento do acrossoma (a partir de
grânulos do complexo de Golgi) e da formação da cauda do
espermatozoide.
• Fase do Capuz: o acrossoma forma uma capa sobre a porção
anterior do núcleo e inicia-se a projeção do flagelo.
ESPERMATOGÊNESE
16. • Fase do Acrossoma: acrossoma se redireciona e cobre cerca
de 2/3 do núcleo.
• Fase de Maturação: condensação do núcleo e descarte de
porções do citoplasma não necessárias. As mitocôndrias se
organizam na base do flagelo, garantindo a energia necessária
para movimentação do flagelo.
ESPERMATOGÊNESE
17. • Todo o processo de espermatogênese pode demorar de 64 a 74
dias, divididos da seguinte forma: 16 dias no período de mitoses
das espermatogônias; 24 dias na primeira meiose; 8h na
segunda meiose, e cerca de 24 dias na espermiogênese.
ESPERMATOGÊNESE
18. • Ao final da espermatogênese, têm-se como produto
o espermatozoide, a célula reprodutiva dos homens. Ele
diferencia-se por ser uma célula móvel, capaz de se locomover
até encontrar um ovócito secundário feminino, o que assegurará
a fecundação.
• A cauda do espermatozoide é dividida em três partes: peça
intermediária, peça principal e peça terminal. Essa estrutura
permite a locomoção do gameta sexual masculino até o óvulo.
ESPERMATOZÓIDE
19. • O espermatozoide apresenta ainda o acrossoma, uma estrutura
mais rígida que representa a cabeça do espermatozoide. Ele
possui enzimas que facilitam a penetração no óvulo, além de
conter o material genético para a transmissão das características
hereditárias de origem paterna.
• Os testículos produzem cerca de 200 milhões de
espermatozoides por dia.
ESPERMATOZÓIDE
21. Composição do sêmen
Aminoácidos, frutose, enzimas,
flavinas, prostaglandinas, ferro e
vitaminas B e C. Além disso, por
conter líquido produzido na
próstata, o sêmen contém ainda
proteínas, fosfatase ácida, ácido
cítrico, colesterol, fibrinolisina,
enzimas proteolíticas e zinco.
Espermatozoides 5%;
Fluído seminal 60-70%;
Fluído prostático 20-30%;
Glândulas bulbouretrais 5%.
COMPOSIÇÃO DO SÊMEN
23. FASE PRÉ- ANALÍTICA
● O paciente deve receber as informações fáceis se possível por
escrito;
● Nas informações devem conter o tempo de entrega, tempo de
abstinência, perdas do material clínico, hora da coleta etc….
24. FASE PRÉ- ANALÍTICA
● Instruções sobre a coleta do sêmen para o espermograma.
● 1- abstinência sexual;
● 2- coleta por auto-masturbação;
● 3- higiene;
● 4-não perder porção da amostra;
● 5- ter cuidado com a tampa do frasco que deve ser estéril.
25. DADOS FORNECIDOS AO LABORATÓRIO
� Sua profissão:
� Doenças anteriores;
� Vícios;
� Motivo do exame;
� Medicação pregressa, recente ou atual;
� Filhos anteriores ao estado infértil;
29. LIQUEFAÇÃO
● O sêmen fresco é coagulado e deve se liquefazer dentro de 30 a
60 minutos após a coleta
30. VOLUME
● Entre 2 a 5 ml;
● Aumentado- longa abstinência;
● Diminuído – associado a infertilidade ou perda de amostra;
31. VISCOSIDADE
● O aumento da viscosidade e a liquefação incompleta impedem a
motilidade dos espermatozoides.
● Amostras liquefeitas incompletamente são coaguladas e
altamente viscosas.
● Teste realizado no momento em que a amostra é transferida para
o tubo cônico
32. pH
● O pH normal de esperma é alcalino com intervalo de 7,2 a 8,0.
● Seu aumento é indicativo de infecção no trato reprodutivo; sua
diminuição é associada ao aumento do fluido prostático.
36. ANTECEDENTES MÓRBIDOS
É importante conhecer os antecedentes da puberdade do paciente,
muitas doenças poderão influenciar a fertilidade futura, como:
caxumba, diabetes, criptorquidia, traumas, torção de testículos e
infecções anteriores.
37. CAXUMBA
● É uma das doenças mais frequentes na infância e pode causar
infertilidade. A infecção se inicia na glândula parótida, podendo
migrar para os testículos, cujo tecido tem características
semelhantes às da glândula onde se originou a infecção.
Costuma-se dizer que “a caxumba desceu para os testículos”.
Essa contaminação testicular pode levar à atrofia do órgão e
interromper a produção dos espermatozoides.
38. PARAPLEGIA
● A paraplegia pode ser causa de infertilidade, são milhares os
casos de trauma de coluna (raquimedular) que ocorrem no mundo
anualmente. As principais consequências são a disfunção erétil, a
falta de ejaculação e a baixa qualidade do sêmen.
39. DIABETES
Estudos demonstraram alterações do DNA das células
(fragmentação do DNA), com maior intensidade do que em pacientes
com fertilidade comprovada. Portanto, a diabetes pode causar
infertilidade não evidente no espermograma, mas presente em nível
molecular.
40. DOENÇAS REUMÁTICAS
● Doenças como Artrite Reumatoide, Lupus Erimatoso Sistêmico e
Espondilite Anquilosante podem interferir na fertilidade do homem.
● Os autoanticorpos e distúrbios hormonais presentes em muitas
dessas doenças, além de algumas drogas utilizadas nos
tratamentos, atuam negativamente na capacidade reprodutiva.
41. HÁBITOS E FATORES EXTERNOS
Estilo de vida inadequado
● Fatores tóxicos: drogas recreativas, como cigarro, bebida
alcoólica e maconha, põem em risco a fertilidade masculina.
● O mesmo ocorre naqueles que fumam maconha e crack ou
utilizam LSD, heroína, ecstasy e cocaína.
42. • O álcool em excesso está associado à diminuição da
testosterona e do volume do sêmen.
HÁBITOS E FATORES EXTERNOS
43. • O uso de esteroides anabolizantes sintéticos e suplementos à
base de testosterona, que desejam hipertrofia muscular, inibem a
produção de gonadotrofinas, prejudicando a produção
espermática e, em casos mais prolongados, podem levar à
atrofia testicular.
HÁBITOS E FATORES EXTERNOS
44. • Atividades como o hipismo e ciclismo, dificultam a
espermatogênese (formação dos espermatozoides) e afetam a
qualidade do sêmen, devido os traumas gerados na região
escrotal.
HÁBITOS E FATORES EXTERNOS
45. FATORES AMBIENTAIS
Os efeitos tóxicos geralmente são reversíveis assim que a
ação do produto é descontinuada.
As toxinas do meio ambiente, como os solventes, pesticidas e alguns metais
como o chumbo e o manganês, e exposições ao calor em algumas profissões.
46. ● Podem ser classificadas em quatro categorias:
● Pré-testicular,
● Testicular,
● Pós-testicular
● Desconhecidas.
Causas da infertilidade masculina
47. Causa pré-testicular
● É provocada por alterações externas ao sistema reprodutor
masculino, que interferem no eixo hipotálamo-hipofisário.
● São alterações hormonais
Hipotireoidismo, diabetes, tumores produtores de androgênios,
tumores da hipófise (adenomas e prolactinomas), doenças
sistêmicas do fígado e rins e problemas congênitos como as
síndromes de Kallmann (hipogonadismo hipogonadotrófico) e de
Prader-Willi.
48. ● Inclui a varicocele, substâncias tóxicas, criptorquidismo,
problemas genéticos, quimioterapia, radioterapia e infecções.
Varicocele, ou varizes do testículo, consiste
na dilatação anormal das veias testiculares,
principalmente após esforço físico
Embora seja uma das causas da infertilidade
masculina, não provoca distúrbios da potência
sexual.
CAUSA TESTICULAR
49. CAUSA TESTICULAR
A criptorquidia ocorre quando um testículo ou os
dois ficam parados em algum ponto a caminho da
bolsa escrotal;
Nos últimos meses da vida intra-uterina,
os testículos formados no interior do abdômen
devem migrar para a bolsa escrotal, seguindo um
caminho que passa pelo canal inguinal
50. CAUSA PÓS- TESTICULAR
● São problemas que impedem a saída de espermatozoides na
ejaculação.
CAUSAS
Obstruções ou a ausência do canal deferente, dificuldades
de ejaculação, disfunção sexual e ejaculação retrógrada.
51. CAUSAS DESCONHECIDAS
Representam 25% das causas de infertilidade masculina.
Muitas novidades estão em estudo e poderão esclarecer
diversos diagnósticos ainda sem explicação.
52. FATORES IATROGÊNICOS
● São causados pelo próprio tratamento médico, no qual
correspondem aos efeitos colaterais e indesejados dos
tratamentos.
A ejaculação retrógrada é definida quando o sêmen ao invés de sair
para o exterior no momento da ejaculação direciona-se para o interior da
bexiga, sendo eliminado, posteriormente, pela urina.
Alguns procedimentos cirúrgicos podem levar a alterações na diminuição
do sêmen na ejaculação ou até na ereção, como por exemplo, as
cirurgias de próstata
53. FATORES LIGADOS A RELAÇÃO SEXUAL
Outros fatores que atrapalham a fertilidade são a impotência,
ejaculação precoce, ejaculação retrógrada, falta de ejaculação e
dificuldade na penetração. A maioria destes tratamentos resolve o
problema da infertilidade.
Casais que desejam engravidar devem ter relações pelo menos a cada
48 horas na época da ovulação.
54. MEDICAMENTOS
• Existem vários medicamentos que
podem interferir negativamente na
fertilidade masculina.
Finasterida e duasterida,
Espirolactona,
Bloqueadores de cálcio para a
hipertensão arterial,
Colchicina,
Alupurinol
Cimetidina e ranitidina, para o
tratamento de gastrite e úlceras
Cetoconazol para o tratamento de
micoses,
Antibióticos:nitrofurantoína,
ertitromocina,sulfadiazina,tetracicli
na e gentamicina
Alguns agentes psicoterápicos à
base de tricíclicos, fenotiazida e
antipsicóticos, entre outros.