4. A história de Jefté fala de um homem que morava em
Gileade, a terra do balsamo, a terra da cura, mas ele
mesmo não foi curado.
Nós vamos falar do drama de Jefté, o perigo de um líder
que não foi sarado por Deus, e como ele se colocou na
frente de um conflito que tinha uma conotação espiritual, e
isso o deixou vulnerável, e ele sofreu algumas retaliações
que foram trágicas no sentido familiar, e como ele acabou
expondo a sua própria filha a morte.
“E Jefté fez um voto ao Senhor e disse: Se totalmente
deres os filhos de Amom na minha mão, aquilo que, saindo
da porta de minha casa, me sair ao encontro, voltando eu
dos filhos de Amom em paz, isso será do Senhor, e o
oferecerei em holocausto. Assim, Jefté passou aos filhos
de Amom, a combater contra eles; e o Senhor os deu na
sua mão.” Jz 11:30-32
5. Esse foi o voto que Jefté fez, ele estava em uma situação
de guerra e ele queria tanto a vitória, que ele fez um voto.
Imagine irmãos que Jefté só tinha aquela filha ou seja ela
era filha única. Com isso a linhagem de Jefté foi
extinguida.
Não tinha sinal maior de maldição, na cultura judaica que
este tipo de esterilidade, o homem morrer sem deixar um
descendente.
O que levaria um homem fazer este tipo de voto? Isso
indica que ele estava abrindo a porta do seu lar para que
alguém fosse destruído.
6. TRES COISAS SOBRE JEFTÉ.
Personalidade descompensada,
Princípio da retaliação,
A batalha de Jefté e Amom.
7. 1. Personalidade descompensada. Quando voltamos no
início da história de jefté, podemos acompanhar uma
série de acontecimentos traumáticos comprometedores
na sua personalidade.
“Era, então, Jefté, o gileadita, valente e valoroso, porém
filho de uma prostituta; mas Gileade gerara a Jefté.” v.1
Quando vamos trabalhar com uma pessoa no
aconselhamento e libertação, existem dois padrões de
diagnósticos.
Diagnóstico familiar e territorial.
Neste texto que lemos, a bíblia nos dá algumas
informações muito importantes.
8. Diagnóstico territorial, nos fala de onde ele era, (Gileade).
Diagnóstico familiar, nos fala quem era o pai e quem era a
mãe.
O texto faz um raio x de Jefté, comparando com uma
balança.
Era gileadita,
Era corajoso,
Era forte,
Era valente,
Era um grande líder,
Era um servo de Deus.
porém
Era filho de uma prostituta.
9. Não é fácil conviver com essa marca, ser filho de uma
prostituta ou prostituto, que cada dia dorme com uma
pessoa diferente.
Jefté saia na rua e era motivo de olhares e chacotas, na
escola era zombado por seus colegas e seus meio irmãos
ainda ajudavam a zombar dele, chegava em casa tinha
uma família que não gostava dele e tinha um pai que era
uma pessoa que o via como um peso e não o protegia.
Imagine a carga emocional que Jefté carregava; para uma
pessoa crescer com esta sobrecarga emocional não é
fácil.
10. Este porém na sua vida, foi onde o seu potencial se
descompensou, isso passou a ser um referencial de
identidade perante a sua família, consequentemente
perante toda a sociedade por que isso virou um estigma na
vida de Jefté.
O peso de um legado como esse pode distorcer todo o
desenvolvimento, espiritual e emocional de qualquer
pessoa, Comprometendo o destino.
Jefté estava de baixo de um terrível fardo rejeição e de
imoralidade, um homem maldito, descriminado, quando ele
se entendeu como gente ele percebeu esse rótulo que ele
carregava.
Era literalmente a expressão da vergonha do pecado do
pai. O pai traiu a esposa com uma prostituta, destruiu a
felicidade da família ou seja esmagou a família.
11. E ele era o resultado de uma traição, um adultério, e, esse
fútil legado estava consumindo internamente a sua vida,
golpes de rejeição afligindo a sua alma.
O ataque mais fulminante de satanás contra uma pessoa é
a rejeição.
Rejeição se aloja tão fortemente no coração de uma
pessoa, que produz orfandade e esterilidade.
Toda maldição familiar é propagada primariamente através
da rejeição.
E é aqui que começamos a entender, uma das principais
bases da imoralidade e sensualidade, tão latente que
vemos hoje.
12. Muitos de nós chegamos na igreja cheio de feridas
abertas, mas ao invés de buscarmos a cura destas feridas
nós maquiamos as feridas.
Como uma ferida não curada dentro nós, pode pesar
significamente quando resolvemos ir para a linha de
frente.
13. 2. Princípio da retaliação. Foi exatamente nesta brecha de
rejeição, que havia na vida de Jefté, foi que satanás
colocou uma cunha, tentando arranca-lo da sua família.
Vamos ver como Jefté foi arrancado da sua família, como
um quadro de maldição foi se configurando na sua
realidade.
“...e se converterá o coração dos pais aos filhos e o
coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e
fira a terra com maldição.” Ml 4:6
Quando os pais não tem a humildade de pedir perdão aos
filhos, e os filhos não querem perdoar os pais, isso vai
trazer a desconexão de geracional.
14. Isso é chamado de a brecha das gerações, a rejeição dos
pais, o abandono, a injustiça dos pais sustentando a
rebelião, a carência no coração dos filhos.
É nessa brecha que a maldição se instala, é na
desconexão das gerações que a maldição entra.
O princípio mais elevado para dissolver esse manto de
maldição, é quando o coração dos pais se convertem aos
filhos e os filhos e se convertem aos pais, quando
começa a restauração familiar.
16. 1. A rejeição dos irmãos. “Também a mulher de Gileade
lhe deu filhos, e, sendo os filhos desta mulher já
grandes, repeliram a Jefté e lhe disseram: não herdarás
em casa de nosso pai, porque és filho de outra mulher.”
v2
Os seus irmãos o taxara como filho de outra mulher.
Por causa da identidade que ele ganhará, “filho de uma
prostituta” ele se viu sem herança.
Quando sua identidade foi traumatizada, os
relacionamentos tornaram-se ameaçadores e a herança foi
saqueada.
17. 2. Indiferença do pai. Esse foi o ponto que mais pesou na
vida de Jefté.
Gileade não fez nada para resolver a situação que ele
mesmo havia criado.
Enquanto Jefté sofria as consequências de ser um filho de
uma prostituta.
Gileade sentia a culpa calado, marginalizado na família
sem fazer nada.
Quando olhamos para este texto, vemos um pai que
perdeu a moral dentro de casa, um pai marginalizado.
Os irmãos decidiram deserdar Jefté e o pai não fez nada,
os anciãos da cidade expulsaram Jefté da cidade e o pai
também não fez nada.
18. O maior problema de Jefté não era tanto os seus irmãos o
terem rejeitado e sim o pai que o inguinorou.
Ele vivenciava a dor de um filho abandonado, um filho que
foi desprotegido pelo pai, rejeitado.
E essa é uma das grandes feridas da nossa sociedade, o
problema da marginalidade do pai na família.
Na nossa cultura brasileira ou latina, o homem para ser
homem ele tem que ser: cachaceiro, violento e adúltero.
Mas quando o homem entra por esse caminho, ele perde o
referencial para a família, e leva o homem para a
irresponsabilidade.
E essa irresponsabilidade do homem produz insegurança
na mulher. E essa mulher assume o lugar do homem.
19. 3. Vergonha da mãe. A mãe uma prostituta, Jefté vê sua
mãe saindo com outros homens, e isso o machucava, o
deixava a sua alma machucada.
Com isso Jefté abandona o lar “Então Jefté fugiu de diante
de seus irmãos e habitou na terra de Tobe”... Vs 3a, aqui
ele não aguentando a rejeição dos irmãos e pai, ele então
resolve fugir, ou seja abandona o lar, em atitude de
represália e desgosto.
Mas sabemos como isso funciona, a pessoa sai da
situação, mas, a situação não sai dela.
Jefté carregava dentro de si uma ferida aberta pela
possibilidade de uma vingança emocional.
20. 4. A maldição gerado fora do casamento. Esse tipo de
situação, nós devemos enfrentar com o coração muito
aberto.
Existe uma estatística brasileira que diz que um terço dos
brasileiros não tem o nome do pai na sua certidão de
nascimento.
Esse problema é mais comum do que imaginamos.
Olha para a nossa juventude, como está vivendo.
Nossa juventude está vivendo em um estado de
marginalização.
“...e homens levianos se ajuntaram com Jefté e saíam com
ele.” v3b
21. Este texto nos mostra um processo de marginalização,
Jefté ele não conseguia se encaixar no propósito de Deus
que era, família, sociedade e igreja.
Ele se marginalizou com outras pessoas que vinham da
mesma situação que ele vinha.
“Nenhum bastardo entrará na congregação do Senhor; nem
ainda a sua décima geração entrará na congregação do
Senhor, eternamente.” Dt 23:2
É muito importante entendermos este texto.
Deus não está rejeitando este tipo de pessoas, até porque a
Bíblia diz que: “Deus é pai de órfãos e Juiz de viúvas.”
O que o texto está querendo dizer é que existe uma
resistência espiritual, que nos leva reproduzir a mesma
22. Jefté foi um líder muito zeloso, porém ferido, de alguma
forma corrompeu seu conhecimento de Deus.
Jefté estava ferido e quando um animal está ferido, ele
acaba sendo presa fácil para o seu predador.
Jefté era um líder meio louco, então os anciãos o
convidaram para ele ir a guerra.
Foi aí que Jefté fez uma proposta para os anciãos e eles
aceitaram. Quando eles disseram sim, Jefté começa a
pensar em tudo que ele havia passado, com a sua família
na sociedade e na igreja.
Então Jefté faz um voto; e Deus dá a vitória a Jefté porém
ele perde a família.